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Fichamento - em Torno Da Ideia de Performance e Performance e Recepção (Capítulos Do Livro Performance, Recepção e Leitura, de Paul Zumthor)

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Em Torno da Ideia de Performance e Performance e Recepção, capítulos do livro

Performance, Recepção e Leitura, de Paul Zumthor

Em Torno da Ideia de Performance


- Considera a voz em sua qualidade de emanação do corpo e que, sonoramente,
o representa de forma plena. (p.31)
- A forma só existe na performance. (p.33)
- Critica a concentração da análise apenas no texto e defende a inclusão da obra
performatizada. As regras da performance importam para comunicação tanto ou
ainda mais do que as regras textuais postas na obra. (p.34)
- Na performance, a competência é o saber-ser. Um saber que implica uma
presença e uma conduta. (p.34)
- Hymes: Performance: reconhecimento, da virtualidade à atualidade. Se situa
num contexto ao mesmo tempo cultural e situacional. Sai do contexto ao mesmo
tempo que encontra lugar neste. A performance é reiterável sem ser redundante,
diferente do que é contado e/ou interpretado. A performance modifica o
conhecimento. (p.35)
- Reiterabilidade própria da leitura: o conjunto de disposições fisiológicas,
psíquicas e exigências do ambiente. (p.36)
- A performance é o único modo vivo de comunicação poética / é um fenômeno
heterogêneo (p.37)
- Quatro aspectos da relação entre performance, voz e escrita: deve-se levar em
conta as modalidades internas do meio no qual a função do meio é assumida
pela consciência dos indivíduos (p.39); Recorrer à noção de performance implica
então a necessidade de reintroduzir a consideração do corpo no estudo da obra
(p.41); por meio do corpo, a performance se liga ao espaço. O espaço em que
se insere a performance é ao mesmo tempo lugar cênico e manifestação de uma
intenção do autor. É necessário a identificação, pelo espectador-ouvinte, de um
outro espaço - alteridade especial marcando o texto -, implica ruptura com o real
(ps.43 e 44); o que se busca questionar não é a origem, mas o originário, “nossa
apreensão sensível inicial e totalizante do real”. (p.45)

Performance e Recepção
- Zumthor engloba a reiterabilidade e o re-conhecimento sob o termo ritual. A
poesia (o que há de permanente na literatura) repousa em um fato de
ritualização da linguagem. (p.47)
- Três elementos constitutivos de toda literatura e também da poesia: textos
identificados como tal, produtores assim identificados, público iniciado. (p.49)
- A prática poética agrega simultaneamente língua e imaginário. (p.49)
- Tentativa de arrancar os discursos à fragilidade de sua condição temporal, a
poética se situa no prolongamento de um esforço primordial de emancipar a
linguagem desse tempo biológico. Um desejo intemporal. Nesse esforço se
formaliza um ritual. (p.50)
- Performance: termo relativo, por um lado, às condições de expressão, e da
percepção, por outro. Designa um ato de comunicação como tal; um momento
tomado com presente - presença concreta de participantes implicados nesse ato
de maneira imediata. Existe fora da duração. (p.51)
- O discurso poético, em oposição a todos os outros, instaura um confronto entre
recepção e performance. (p.52).
- A introdução dos meios auditivos e audiovisuais, do disco à televisão, modificou
consideravelmente as condições da performance. Mas eu não creio que essas
modificações tenham tocado na natureza própria desta. (p.52)
- Critica as visões de Iser e Jauss, que se concentram no sujeito, reduzindo o
texto a uma pura potencialidade. (p.53)
- A leitura gera prazer, produtividade, mas a isto se deve reintegrar o conjunto de
percepções sensoriais. A recepção se produz em performance ou leitura. (p.53)
- O que produz a concretização de um texto dotado de uma carga poética são,
indissoluvelmente ligadas aos efeitos semânticos, as transformações do próprio
leitor, transformações percebidas em geral como emoção pura, mas que
manifestam uma vibração fisiológica, modificam o sujeito. (p.54)
- Todo texto poético é, nesse sentido, performativo, na medida em que aí
ouvimos, não de maneira metafórica, aquilo que ele nos diz. Percebemos a
materialidade, o peso das palavras, sua estrutura acústica e as reações que elas
provocam em nossos centros nervosos. (p.55)
- A leitura é a apreensão de uma performance ausente-presente; uma tomada da
linguagem falando-se. Sempre haverá um tempo-espaço particular. (p.57)
- O que opõe uma mensagem escrita a uma oral é mais exterior a essas próprias
mensagens, e reside no estilo de existência ligado a um e outro dos media mais
do que ao estatuto do poético. (p.57)
- Nostalgia da voz. (p.58 e 59)

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