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Modelo de Jogo - Rui Quinta

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Planificar a intervenção no

processo de ensino e treino do


Futebol é como preparar uma
viagem.
É aconselhável ter um mapa à
disposição de forma a evitar-se
perder, desnecessariamente, tempo
e energia.
Modelo de jogo :
O Modelo de jogo consiste na concepção de jogo
idealizada pelo treinador, no que diz respeito a
um conjunto de factores necessários para a
organização dos processos ofensivos e defensivos
da equipa, tais como: os princípios, os métodos e
os sistemas de jogo bem como todo o conjunto de
comportamentos e valores que permitam
caracterizar a organização desses processos quer
em termos individuais quer, fundamentalmente,
em termos colectivos da referida equipa.
(Leal & Quinta, 2001)
Adaptado à realidade económica, estrutural e cultural
do clube,
elaborar um conjunto de
ideias sobre o Futebol que
queremos, para que todos saibam
orientar a sua intervenção de forma a que essas
ideias se transformem no …
Transmitir os princípios
de Jogo adoptados pela
equipa sénior, para a
escola de formação de
jogadores, consolidando o
Parece-nos ser evidente que a
especificidade do modelo de jogo
adoptado pelo clube e os seus
princípios de jogo individuais e colectivos
funcionam como referenciais de toda
uma metodologia que deverá ser
adoptada e desenvolvida no processo de
formação
Homens que sejam bons futebolistas
autonomia disciplina educação satisfação

táctica técnica física psicológica


Três níveis

Rendimentos
(17 aos 19 anos)

Aperfeiçoamentos
(14 aos 16 anos)

Fundamentos
(4 aos 13 anos)

Pirâmide da formação
Assente nos
princípios de jogo
ofensivos e defensivos
•jogos condicionados
•habilidades Aspecto lúdico
•finalização
Assente nos
princípios de jogo
ofensivos e defensivos
•jogos condicionados
Aspecto
•habilidades
lúdico-competitivo
•finalização
•exercícios padrão
Futebol
sénior
A IJA pretende criar um sentimento
de clube – mística – que seja visível na
forma de ser e de estar no jogo.
A IJA reflecte as características
fundamentais da concepção do jogo por
parte do clube e pretende, por um lado,
regular a actividade dos jogadores e, por
outro, constituir-se como um referencial
na intervenção do treinador no processo
de treino.
Organização de uma ideia jogo implica
Princípios de Jogo dos diferentes
momentos

Organização
Relação Dinâmica da
Estrutural dinâmica equipa

Capacidades e características
dos jogadores
PRINCÍPIOS DE JOGO
Consideramo-los como PADRÕES
DE COMPORTAMENTO TÁCTICO,
colectivos, sectoriais, inter-
sectoriais e individuais, que se
pretende que a equipa e os
jogadores evidenciem nos
diferentes momentos do jogo.
MOMENTOS DO JOGO
(podem assumir várias dimensões: colectiva, sectorial, inter-sectorial e individual)

- organização ofensiva
Quando a equipa tem a bola

- transição ataque /defesa


Quando a equipa perde a bola

- organização defensiva
Quando a equipa não tem a bola

- transição defesa/ataque
Quando a equipa ganha a bola
O conceito de equipa é muito mais importante do que o conceito de
individualidade (elevado espírito colectivo)

Treinar nos limites para jogar nos limites

Organização colectiva muito forte


- Ofensiva , Defensiva e Transições
Atitude competitiva agressiva

Concentração máxima

Polivalência funcional

Capacidade mental muito forte


•Respeito pelos princípios específicos e gerais do jogo defensivo;
• Pretendemos um campo curto (30m) ;
• Defender com todos os jogadores atrás da linha da bola;
•Alternância da pressão;
•Pressão ao portador da bola em zonas e momentos definidos bem
como a jogadores com deficit técnico;
•As linhas o mais juntas possível;
•Cobrir permanentemente o eixo central do terreno, obrigando
o adversário a utilizar as faixas laterais para atacar;
•Utilizar uma atitude agressiva sobre o portador da bola e as potenciais
linhas de passe na zona onde ele se move, com especial incidência nas
zonas laterais do terreno;
Implica uma rápida e intencional mudança de atitude;
Deve aproveitar a desorganização momentânea da equipa
adversária, fazendo avançar o jogo:
- 1ª opção – Jogar em profundidade para contra-ataque ou ataque
rápido (passe para a frente ou condução rápida)
- Aproveitamento de jogadores previamente responsáveis pelo
"lançamento" do ataque e subida rápida dos jogadores mais perto da
baliza adversária;
- 2ª opção – Tirar a bola da zona de pressão (preferencialmente
jogando para o lado e/ou para trás, passe diagonal)

Equipa adversária organizada defensivamente:


-Afastamento dos jogadores ao jogador em posse da bola com o
objectivo de fazer um campo grande (em largura e em profundidade);
•Respeito pelos princípios gerais e específicos de jogo ofensivo;
• Campo grande;
• Defesas laterais abertos e em profundidade se a bola está no centro;
• Defesas centrais na direcção das paralelas da área e o mais possível
perto da nossa grande área;
• Os médios exteriores bem junto da
linha lateral, numa zona intermédia do meio campo ofensivo ;
•Os médios centro em situação de apoio ao portador da bola,
um deles mais perto da nossa linha defensiva e o outro mais em
profundidade
•Os dois avançados em profundidade e em paralelo, partindo, um de
uma posição de aproximação (apoio) e o outro afastamento (ruptura);
•Utilização de alternância de jogo directo/indirecto, jogo curto/jogo
longo conforme a configuração defensiva adversária
Aproveitar a desorganização “ofensiva” da equipa adversária para
ganhar a posse de bola ou para nos organizarmos defensivamente.

Pressionar de imediato o portador da bola com o objectivo de a


ganhar
Continuar a pressão ao portador da bola para:

(1) dar tempo para as linhas, em largura e em profundidade,


fecharem .

(2) não permitir passes em profundidade.

(3) não permitir tirar a bola da zona de pressão.


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6 9

2
A forma como determinada equipa ataca é
influenciada pela forma como treina os
exercícios de ataque, isto é, a movimentação
ofensiva da equipa é fruto da interligação
entre a forma como o treinador quer que a
mesma ataque, como treina essas
movimentações e a forma como os jogadores
interpretam essas movimentações ofensivas
no jogo.
(Leal e Quinta, 2001)
Diga-se que a quase totalidade dos
exercícios implícitos no modelo de
treino possibilitam um carácter multi-
funcional, podendo o mesmo exercí-
cio ser utilizado tendo em vista objec-
tivos distintos e expressos sob forma
de factores de treino (tácticos, técni-
cos, físicos e/ou psicológicos)
Espaço: 40m x 20m
Forma: 4 x 4
Tempo: Variável
Descrição: Jogo entre duas
equipas, onde se procura que
ambas finalizem, através de
contra-ataque (CA), após terem
recuperado a posse da bola no
seu meio campo defensivo. A
finalização só é válida sendo
executada no respectivo meio
campo ofensivo.
Espaço: 10m x 10m + meio campo
GR
Forma: 2 x 2 + 1
Tempo: Variável
Descrição:duas equipas jogam entre si,
sendo que a equipa que ataca ( ), está
orientada para a baliza adversária e pro-
cura manter a posse de bola. A equipa ( )
procura recuperar a posse da bola (RPB)
para de imediato a lançar no cor-redor
contrário, através de um passe na
diagonal. O jogador que a recebe, con-
duz em direcção à linha final e cruza pa-
ra os colegas finalizarem. Os defesas ( )
tentam impedir a progressão e finaliza-
ção.
Espaço: 50m x 20m
Forma: Joker + 4 x 4+Joker
Tempo: Variável
Descrição: Jogo entre duas
equipas, onde se procura que
ambas finalizem, o mais rápido
possível após R.P.B., só permiti-
da no meio campo defensivo
(MCD). A finalização só é válida
sendo executada no respectivo
meio campo ofensivo, após passe
J do joker.
PADRONIZAÇÃO SEMANAL

Dinâmica e incidência dos “Padrões” de esforço e recuperação:

Muito Alta
Alta Jogo

Jogo
Moderada
Baixa
Recuperação
D 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª S D
Recuperação Activa
Força Específica
Resistência Específica
Velocidade Específica
Modelo de jogador
-O jogador deve revelar um elevado carácter onde
valores como o respeito, a humildade, o empenho, a
dedicação, o espírito de sacrifício e de grupo e a
capacidade de reagir à adversidade estejam
presentes.

-O jogador deve treinar e jogar com total seriedade,


empenhamento e concentração numa perspectiva
de superação.

-O jogador deve respeitar as regras individuais e colectivas estipuladas


para o grupo.

-O jogador deve ter capacidade de reflexão crítica e autocrítica, intervindo


em tempo oportuno junto das entidades adequadas.
Posição 1 – Guarda-redes
ATAQUE
 Sempre em posição de receber o passe atrás.
 Saber eleger: jogar curto (sempre que possível), jogar longo (em profundidade).
 Responsabilidade em mudar a direcção do jogo.
 Deve evidenciar segurança e qualidade a jogar com os dois pés.

DEFESA
 Sem receio de deixar a baliza para fazer as costas da defesa (libero).
 Papel importante na orientação / colocação do bloco defensivo.

PERSONALIDADE

 SERENO
 SEGURO E CONFIANTE em todas as acções
 DISCIPLINADO e RESPONSÁVEL
 COMUNICATIVO
 LÍDER e ORGANIZADOR do JOGO COLECTIVO
Posição do GR - bola no lat. direito

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Posição do GR – bola no central direito

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Posição do GR – bola no central esquerdo

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Posição do GR – bola no lateral esquerdo

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1

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EXEMPLO 2:

Posicionamento dos jogadores e zonas preferenciais de jogo


para uma boa CIRCULAÇÃO DA BOLA quando a bola está
no Guarda-redes.
Bola no GR – colocar bola em jogo - 1ª opção

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Bola no GR – colocar bola em jogo - 2ª opção

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Bola no GR – colocar bola em jogo - 3ª opção

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Bola no GR – colocar bola em jogo

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