Irpc Irps
Irpc Irps
Irpc Irps
Artigo 3
Taxas
A taxa do imposto fixada no Código do IRPC, aprovado pela Lei n.º 34/2007, de 31 de
Dezembro, é de 32%, excepto nos seguintes casos:
a) 10% para a actividade agrícola e pecuária, até 31 de Dezembro de 2010;
b) 35% para os encargos não devidamente documentados e as despesas de
carácter confidencial ou ilícito tributados autonomamente, conforme dispõe o n.º 4 do
artigo 61 do Código do IRPC.
CAPÍTULO II
Determinação da matéria colectável
SECÇÃO I
Pessoas colectivas e outras entidades residentes que exerçam, a título principal,
actividade comercial, industrial ou agrícola
Artigo 4
Determinação do lucro tributável
O lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das
cooperativas e das empresas públicas e demais pessoas colectivas ou outras
entidades referidas nas alíneas a) e b) do artigo 1 determina-se com base nas regras
estabelecidas nos artigos 15 a 41 do Código do IRPC e nas disposições seguintes.
Artigo 5
Valorimetria das existências
1. Na determinação do resultado do exercício, os valores das existências a
considerar nos proveitos e custos são os que resultarem da aplicação dos critérios
que utilizem:
Artigo 6
Mudança de critério valorimétrico
1. Os critérios adoptados para a valorimetria das existências devem ser
uniformemente seguidos nos sucessivos exercícios.
2. Podem, no entanto, verificar-se mudanças dos referidos critérios sempre que as
mesmas se justifiquem por razões de natureza económica ou técnica e sejam aceites
pela Administração Tributária.
Artigo 7
Despesas com realizações de utilidade social adicionáveis no caso de
incumprimento
Artigo 8
Créditos incobráveis
Os créditos incobráveis só são de considerar directamente como custos ou perdas do
exercício na medida em que tal resulte de processo de execução, falência ou
insolvência.
SECÇÃO II
Pessoas colectivas e outras entidades residentes que não exerçam, a título
principal, actividade comercial, industrial ou agrícola e entidades não residentes
Artigo 9
Determinação do rendimento global
O rendimento global das pessoas colectivas e entidades mencionadas nas alíneas a)
e b) do artigo 1 determina-se de acordo com o disposto nos artigos 42 e 43 do Código
do IRPC.
Artigo 10
Determinação do rendimento colectável de entidades não residentes
O rendimento colectável de entidades não residentes com estabelecimento estável é o
lucro tributável determinado nos termos do artigo 44 do Código do IRPC e os
rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável são determinados de acordo
com as regras estabelecidas para as categorias correspondentes estabelecidas para o
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, conforme dispõe o artigo 45 do
Código do IRPC.
SECÇÃO III
Métodos Indirectos
Artigo 11
Determinação do lucro tributável por métodos indirectos
Artigo 12
Revisão do lucro tributável
SECÇÃO IV
Disposições comuns
Artigo 13
Regime aplicável à transformação de sociedades
Artigo 14
Regime especial aplicável às fusões e cisões de sociedades residentes
Artigo 15
Regime aplicável aos sócios das sociedades fundidas ou cindidas
Artigo 17
Liquidação de sociedades
a) As sociedades que se dissolvam devem encerrar as suas contas com referência
à data da dissolução, com vista à determinação do lucro tributável correspondente ao
período decorrido desde o início do exercício em que se verificou a dissolução até à
data desta;
b) Durante o período em que decorre a liquidação e até ao fim do exercício
imediatamente anterior ao encerramento desta, há lugar, anualmente, à determinação
do lucro tributável respectivo, que tem natureza provisória e é corrigido face à
determinação do lucro tributável correspondente a todo o período de liquidação;
c) No exercício em que ocorre a dissolução deve determinar-se separadamente o
lucro referido na alínea a) e o lucro mencionado na primeira parte da alínea b).
1. Quando o período de liquidação ultrapasse três anos, o lucro tributável
determinado anualmente, nos termos da alínea b) do número anterior, deixa de ter
natureza provisória.
2. Os prejuízos anteriores à dissolução e na data desta são ainda dedutíveis nos
termos do artigo 41 do Código do IRPC e podem ser deduzidos ao lucro tributável
correspondente a todo o período de liquidação, se este não ultrapassar três anos.
3. À liquidação de sociedade decorrente da declaração de nulidade ou da anulação
do respectivo contrato é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos
números anteriores.
Artigo 18
Resultado de liquidação
Na determinação do resultado de liquidação, havendo partilha dos bens patrimoniais
pelos sócios, considera-se como valor de realização daqueles o respectivo valor de
mercado.
Artigo 19
Resultado da partilha
1. É englobado para efeitos de tributação dos sócios, no exercício em que for posto
à sua disposição, o valor que for atribuído a cada um deles em resultado da partilha,
abatido do preço de aquisição das correspondentes partes sociais.
2. No englobamento para efeitos de tributação da diferença referida no número
anterior, observa-se o seguinte:
Artigo 20
Liquidação de pessoas colectivas que não sejam sociedades
O disposto nos artigos anteriores é aplicável, com as necessárias adaptações, à
liquidação de pessoas colectivas que não sejam sociedades.
CAPÍTULO III
Liquidação
Artigo 21
Procedimento e forma de liquidação
Artigo 22
Liquidação adicional
1. Sempre que, por facto imputável ao sujeito passivo, for retardada a liquidação de
parte ou da totalidade do imposto devido ou a entrega do imposto a pagar
antecipadamente ou a reter no âmbito da substituição tributária ou obtido reembolso
indevido, acrescem ao montante do imposto, juros compensatórios à taxa de juro
interbancária (MAIBOR – de 12 meses), acrescida de 2 pontos percentuais, em vigor
na data da liquidação.
2. São igualmente devidos juros compensatórios nos termos do número anterior
pela entrega fora do prazo ou pela falta de entrega, total ou parcial, do pagamento
por conta.
3. Os juros compensatórios contam-se dia a dia nos seguintes termos:
Artigo 26
Anulações
a) Em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses Maio, Julho e
Setembro, do próprio ano a que respeita o lucro tributável ou, nos casos dos n.os 2 e 3
do artigo 7 do Código do IRPC, nos quinto, sétimo e nono mês do respectivo período
de tributação;
b) Até ao termo do prazo fixado para apresentação da declaração periódica de
rendimentos, pela diferença que existir entre o imposto total aí calculado e as
importâncias entregues por conta;
c) Até ao dia da apresentação da declaração de substituição a que se refere o artigo
41 deste Regulamento, pela diferença que existir entre o imposto total aí calculado e as
importâncias já pagas.
a) O valor apurado na declaração, líquido das deduções a que se referem os n.ºs 2
e 3 do artigo 21 deste Regulamento, for negativo, pela importância resultante da soma
do correspondente valor absoluto com o montante dos pagamentos por conta;
b) O valor apurado na declaração, líquido das deduções a que se referem os n.ºs 2
e 3 do artigo 21 deste Regulamento, não sendo negativo, for inferior ao valor dos
pagamentos por conta, pela respectiva diferença.
Artigo 28
Cálculo dos pagamentos por conta
1. Os pagamentos por conta são calculados com base no imposto liquidado nos
termos do n.º 1 do artigo 21 deste regulamento relativamente ao exercício
imediatamente anterior àquele em que se devam efectuar esses pagamentos, líquido
das retenções na fonte.
2. Os pagamentos por conta dos contribuintes correspondem 80% do montante do
imposto referido no número anterior repartido por três montantes iguais,
arredondados, por excesso, para o milhar de meticais.
3. No caso referido na alínea d) do n.º 4 do artigo 7 do Código do IRPC, o imposto
a ter em conta para efeitos do disposto no n.º 1 é o que corresponde a um período
de doze meses, calculado proporcionalmente ao imposto relativo ao período aí
mencionado.
Artigo 29
Pagamento especial por conta
1. Sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 27 deste regulamento,
os sujeitos passivos aí mencionados ficam sujeitos a um pagamento especial por
conta, a efectuar em três prestações, durante os meses de Junho, Agosto e Outubro
do ano a que respeita ou, no caso de adoptarem um período de tributação não
coincidente com o ano civil, no sexto, oitavo e décimo mês do período de tributação
respectivo, podendo se o desejar o contribuinte efectuar o pagamento de uma só
vez.
2. O montante do pagamento especial por conta é igual ao valor correspondente a
0.5% do respectivo volume de negócios, relativo ao exercício anterior, com o limite
mínimo de 30 000,00 MT e máximo de 100 000,00 MT, deduzido do montante dos
pagamentos por conta efectuados no ano anterior.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, o volume de negócios é
determinado com base no valor das vendas e ou dos serviços prestados, realizados
até ao final do exercício anterior, podendo ser rectificado no ano seguinte se se
verificar que foi distinto do que serviu de base ao respectivo cálculo.
4. O disposto no n.º 1 não é aplicável no exercício em que se inicia a actividade e
aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado de determinação do lucro
tributável previsto no artigo 47 do Código do IRPC.
5. Não havendo volume de negócios num determinado ano o pagamento especial
por conta será determinado com base no último montante de anos anteriores.
Artigo 30
Pagamento do imposto
Artigo 33
Meios de pagamento
Artigo 34
Local de pagamento
Artigo 35
Juros e responsabilidade pelo pagamento nos casos de retenção na fonte
a) Conjuntamente com as importâncias retidas, quando estas sejam entregues fora
do prazo legalmente estabelecido;
b) Autonomamente, no prazo de 30 dias a contar do termo do período em que são
devidos, quando, tratando-se de retenção com a natureza de imposto por conta, esta
não tenha sido efectuada.
CAPÍTULO V
Obrigações acessórias e fiscalização
SECÇÃO I
Obrigações acessórias dos sujeitos passivos
Artigo 36
Obrigações declarativas
Artigo 37
Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação
Artigo 38
Declaração verbal de inscrição, alterações ou de cancelamento no registo
Artigo 39
Declaração periódica de rendimentos
1. Os elementos constantes das declarações devem, sempre que for caso disso,
concordar exactamente com os obtidos na contabilidade ou nos registos de
escrituração, consoante o caso.
Artigo 40
Declaração anual de informação contabilística e fiscal
1. A declaração deve ser apresentada até ao último dia útil do mês de Junho, em
triplicado, na Direcção de Área Fiscal competente.
2. Relativamente aos sujeitos passivos que, nos termos dos n.ºs 2 e 3 do artigo 7
do Código do IRPC, adoptem um período de tributação diferente do ano civil, a
declaração deve ser apresentada até ao último dia útil do sexto mês posterior à data
do termo desse período, reportando-se a informação, consoante o caso, ao período
de tributação ou ao ano civil cujo termo naquele se inclua.
3. Sempre que os elementos a mencionar em qualquer das relações ou mapas que
integram a declaração impliquem o preenchimento de mais de uma folha, pode
aquela ser entregue em suporte magnético ou por transmissão electrónica de dados.
Artigo 41
Declaração de substituição
Quando tenha sido liquidado imposto inferior ao devido ou declarado prejuízo fiscal
superior ao efectivo, pode ser apresentada declaração de substituição, ainda que fora
do prazo legalmente estabelecido e efectuado o pagamento do imposto em falta.
Artigo 42
Centralização da contabilidade ou da escrituração
Artigo 43
Representação de entidades não residentes
SECÇÃO II
Outras obrigações de entidades públicas e privadas
Artigo 44
Dever de colaboração
Os serviços, estabelecimentos e organismos do Estado e das autarquias locais,
incluindo os dotados de autonomia administrativa ou financeira e ainda que
personalizados, as associações e federações de municípios, bem como outras pessoas
colectivas de direito público, as pessoas de utilidade pública, as instituições particulares
de solidariedade social e as empresas devem, dentro dos limites da razoabilidade,
prestar toda a colaboração que lhe for solicitada pelos serviços competentes da
administração tributária, nos termos da Lei n.º 2/2006, de 22 de Março.
Artigo 45
Obrigações das entidades que devam efectuar retenções na fonte
O disposto no Código e no Regulamento do IRPS em relação às obrigações das
entidades devedoras de rendimentos que estejam obrigadas a efectuar a retenção,
total ou parcial, do imposto, com excepção dos casos em que a retenção tenha
natureza liberatória nos termos do Regulamento Código do IRPS é aplicável, com as
necessárias adaptações, às entidades que sejam obrigadas a efectuar retenções na
fonte de IRPC.
Artigo 46
Documentação fiscal
1. Os sujeitos passivos de IRPC, com excepção dos isentos nos termos do artigo 9
do Código do IRPC são obrigados a manter, em boa ordem, durante o prazo de 10
anos, um processo de documentação fiscal relativo a cada exercício, que deve estar
constituído até ao termo do prazo para entrega da declaração a que se refere a
alínea c) do n.º 1 do artigo 36 deste Regulamento, com os elementos contabilísticos
e fiscais.
2. O referido processo deve estar centralizado em estabelecimento ou instalação
situado em território moçambicano nos termos do artigo 42 deste Regulamento.
Artigo 47
Garantia de observância de obrigações fiscais
pública sem que seja feita prova da apresentação das declarações a que se refere o
artigo 39 deste Regulamento, cujo prazo de apresentação já tenha decorrido, ou de
que não há lugar ao cumprimento dessa obrigação.
1. A prova referida na parte final do número anterior será feita através de certidão,
isenta de imposto do selo, passada pelo serviço fiscal competente.
2. A apresentação dos documentos referidos no número anterior é averbada no
requerimento, processo ou registo da petição, devendo o averbamento ser datado e
rubricado pelo funcionário competente, restituindo os documentos ao apresentante.
ARTIGO 48
Pagamento de rendimentos a entidades não residentes
Não se podem realizar transferências para o estrangeiro de rendimentos sujeitos a
IRPC obtidos em território moçambicano por entidades não residentes sem que se
mostre pago ou assegurado o imposto que for devido.
SECÇÃO III
Fiscalização
Artigo 49
Dever de fiscalização em geral
O cumprimento das obrigações tributárias dos sujeitos passivos é fiscalizado pelos
órgãos competentes da administração tributária, nos termos da Lei n.º 2/2006 de 22 de
Março e do Regulamento do Procedimento de Fiscalização Tributária, aprovado pelo
Decreto n.º 19/2005, de 22 de Junho.
Artigo 50
Registo de sujeitos passivos
Artigo51
Processo individual
CAPÍTULO VI
Disposições finais
Artigo 52
Garantias dos contribuintes
Constituem garantias dos contribuintes as previstas na Lei n.º 2/2006, de 22 de Março.
Artigo 53
Recibo de documentos
Artigo 54
Envio de documentos pelo correio
Artigo 55
Técnico de contas
Artigo 56
Classificação das actividades
As actividades exercidas pelos sujeitos passivos de IRPC são classificadas, para
efeitos deste imposto, de acordo com a Classificação das Actividades Económicas
(CAE) do Instituto Nacional de Estatística.
Artigo 2
Incidência real
Artigo 8
Rendimentos prediais
Artigo 9
Outros rendimentos
O apuramento dos rendimentos da quinta categoria previstos nos artigos 16 e 17,
ambos do Código do IRPS é determinado sem quaisquer deduções, considerando para
o efeito os rendimentos obtidos, de acordo com o artigo 49 do mesmo Código.
SECÇÃO II
Processo de determinação do rendimento colectável
Artigo 10
Declaração de rendimentos
a) Os anexos e outros documentos que para o efeito sejam mencionados no referido
modelo;
b) Os elementos mencionados no n.º 5 do artigo 57 do Código do IRPC, quando se
aplicar o disposto no n.º 1 do artigo 14 do Código do IRPS, entendendo-se que os
valores a mencionar relativamente às acções entregues são o valor nominal e o valor
de aquisição das mesmas nos termos do artigo 45 do Código do IRPS.
Artigo 11
Dispensa de apresentação de declaração
Ficam dispensados de apresentar a declaração de rendimentos os sujeitos passivos
que, no ano a que o imposto respeita:
a) Apenas tenham auferido rendimentos tributados pelas taxas liberatórias, que não
sejam rendimentos de acções, e não optem, quando legalmente permitido, pelo seu
englobamento;
b) Apenas tenham auferido rendimentos da primeira categoria no valor igual ou
inferior a 100 000,00MT desde que tenha sido objecto, pela totalidade, de retenção na
fonte do correspondente IRPS, podendo, se o desejarem, optar pelo englobamento.
Artigo 12
Contribuintes casados
Artigo 14
Local de entrega das declarações
1. Se, durante o ano a que o imposto respeite, tiver falecido um dos cônjuges, é
englobada em nome do cônjuge sobrevivo a totalidade dos rendimentos auferidos
pelo agregado familiar, aplicando-se, para efeitos de apuramento da dívida do
imposto, o regime dos sujeitos passivos casados e não separados judicialmente de
pessoas e bens caso o óbito ocorra durante o segundo semestre.
2. Se durante o ano a que o imposto respeite se constituir a sociedade conjugal ou
se dissolver por declaração de nulidade ou anulação do casamento, por divórcio ou
por separação judicial de pessoas e bens, a tributação dos sujeitos passivos é feita
de harmonia com o seu estado civil em 31 de Dezembro do ano a que respeita o
rendimento, nos termos seguintes:
Artigo 19
Revisão dos actos de fixação
O sujeito passivo pode, salvo em caso de aplicação do regime simplificado de
determinação do rendimento colectável, solicitar a revisão do rendimento tributável
fixado por métodos indirectos, nos termos previstos no Regulamento do Contencioso
das Contribuições e Impostos.
CAPÍTULO III
Liquidação
ARTIGO 20
Procedimentos e formas de liquidação
a) Quando a liquidação seja efectuada pelo sujeito passivo, nos casos previstos na
alínea b) do artigo 58 do Código do IRPS, tem por base o rendimento colectável
constante da declaração;
b) Tendo sido apresentada declaração dentro do prazo legal, sem se ter optado pela
autoliquidação, quando esta for facultativa, a liquidação tem por base o rendimento
colectável determinado com base nos elementos declarados, sem prejuízo do disposto
no n.º 4 do artigo 53 do Código do IRPS;
c) Quando a declaração a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 13 deste
Regulamento seja apresentada dentro do prazo legal, sem que se tenha procedido à
autoliquidação, quando esta for obrigatória, a liquidação tem por base o rendimento
colectável constante da declaração, sem prejuízo da sanção estabelecida para a
infracção praticada;
d) Na falta de apresentação da declaração dentro do prazo legal, quando a
autoliquidação seja obrigatória, a liquidação tem por base a totalidade do rendimento
colectável do ano mais próximo que se encontre determinado, e em cujo apuramento
tenham sido considerados rendimentos da segunda categoria se, não tendo sido ainda
declarada a respectiva cessação de actividade, salvo se for possível efectuar a
liquidação com base em declaração entretanto apresentada;
e) Nos restantes casos, a liquidação tem por base os elementos de que os serviços
da Administração
f) Tributária disponham, devendo, sempre que possível, tomar-se em consideração
os elementos constantes das declarações, ainda que entregues fora do prazo legal.
Artigo 21
Prazo para liquidação
A liquidação do IRPS deve ser efectuada no ano imediato àquele a que os rendimentos
respeitam, nos seguintes prazos:
a) Até 30 de Abril, do ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos, quando
não compreendidos na segunda categoria e nos casos em que tenha havido
autoliquidação, com base na declaração apresentada no prazo referido na alínea a) do
n.º 1 do artigo13 deste regulamento;
b) Até ao dia 30 de Maio, com base na declaração apresentada no prazo referido na
alínea b) do n.º 1 do artigo 13 deste Regulamento e até 31 de Julho no caso previsto
na alínea d) do n.º 1 do artigo 20 do presente regulamento.
Artigo 22
Liquidação adicional
a) O imposto devido, sempre que a liquidação ou o apuramento deste devam ser
efectuados pela
b) Administração Tributária;
c) O imposto retido ou que o devia ter sido, bem como o imposto que
autonomamente deva ser liquidado e entregue nos cofres do Estado, sempre que as
entidades devedoras cumpram as obrigações de entrega, fora dos prazos legalmente
estabelecidos.
Artigo 25
Prazo de caducidade
Artigo 26
Revisão oficiosa
1. Sempre que, por motivos imputáveis aos serviços ou por duplicação de colecta,
da liquidação tenha resultado imposto superior ao devido, procede-se à revogação
total ou parcial daquela.
2. Revogado o acto de liquidação, é emitida a correspondente nota de crédito.
3. O crédito ao reembolso de importâncias indevidamente cobradas pode ser
satisfeito por ordem de pagamento ou por compensação nos termos previstos na lei.
Artigo 27
Juros indemnizatórios
CAPÍTULO IV
Pagamento
Artigo 28
Pagamento do imposto
1. O IRPS deve ser pago até ao dia 31 de Maio, do ano seguinte àquele a que
respeitam os rendimentos, excepto nos seguintes casos:
Artigo 29
Retenção na fonte-regras gerais
Artigo 30
Retenção sobre rendimentos da primeira categoria
1. As entidades devedoras de rendimentos de trabalho dependente, fixos ou
variáveis, com excepção das pensões, incluindo as de alimentos, são obrigadas a
reter o imposto no momento do seu pagamento ou colocação à disposição dos
respectivos titulares, com excepção dos rendimentos provenientes de:
Artigo 33
Pagamentos por conta
1. Os pagamentos por conta podem ser reduzidos pelos sujeitos passivos quando
o pagamento por conta a efectuar for superior à diferença entre o imposto total que
os sujeitos passivos julgarem devido e os pagamentos e retenções já feitos.
2. Verificando-se, pela declaração de rendimentos do ano a que respeita o
imposto, que, em consequência da cessação ou redução dos pagamentos por conta,
deixou de pagar-se uma importância superior a 20% da que, em condições normais,
teria sido entregue, há lugar a juros compensatórios desde o termo do prazo em que
cada entrega devia ter sido efectuada até ao termo do prazo para a apresentação da
declaração ou até a data da autoliquidação, se anterior.
3. Os juros compensatórios referidos no número anterior são calculados nos
termos e à taxa prevista no artigo 24 deste Regulamento, contando-se dia a dia
desde o termo do prazo fixado para cada pagamento até à data em que, por lei, a
liquidação deva ser feita.
Artigo 34
Pagamento fora do prazo normal
Quando, por qualquer razão, não se proceda à liquidação no prazo previsto no artigo
21 do presente Regulamento, o sujeito passivo é notificado para satisfazer o imposto
devido no prazo de trinta dias a contar da notificação.
Artigo 35
Local de pagamento
Artigo 36
Meios de pagamento
1. O pagamento do IRPS é efectuado em moeda corrente ou por cheque, débito
em conta, transferência conta a conta, vale postal ou outros meios utilizados pelos
serviços dos correios ou pelas instituições de crédito, que a lei expressamente
autorize.
2. Se o pagamento for efectuado por meio de cheque, a extinção de imposto só se
verifica com o recebimento efectivo da respectiva importância, não sendo, porém,
devidos juros de mora pelo tempo que mediar entre a entrega ou expedição do
cheque e aquele recebimento, salvo se não for possível fazer a cobrança integral da
dívida por falta de provisão.
Artigo 37
Cobrança coerciva
CAPÍTULO V
Obrigações acessórias
Artigo 38
Declaração de inscrição, alterações e cessação de actividade
As pessoas singulares que iniciem uma actividade susceptível de produzir rendimentos
da segunda categoria, devem apresentar as declarações previstas na alínea a) do n.º 1
do artigo 36 do Regulamento do Código do IRPC, conforme os casos.
Artigo 39
Declaração anual de informação contabilística e fiscal
Artigo 40
Cessação de actividade
1. O sujeito passivo que desista de iniciar ou cesse alguma actividade susceptível
de produzir rendimentos da segunda categoria deve comunicar o facto, no prazo de
30 dias a contar da data da cessação da actividade.
2. Relativamente às actividades comerciais e industriais, a cessação considera-se
verificada quando:
Artigo 41
Emissão de recibos e facturas
Artigo 42
Livros de registo
Artigo 44
Comunicação de rendimentos e retenções
Artigo 45
Rendimentos isentos, dispensados de retenção
As entidades devedoras dos rendimentos a que se refere o artigo 57 do Código do
IRPS, cujo os titulares beneficiam de isenção, dispensa de retenção ou redução de
taxa, são obrigadas a:
a) Entregar à Administração Tributária, durante os meses de Janeiro a Março de
cada ano, uma declaração, em triplicado, relativa àqueles rendimentos, em impresso
de modelo aprovado oficialmente ou em suporte informático;
b) Possuir registo actualizado dos titulares desses rendimentos em conformidade
com o seu regime fiscal, bem como os documentos comprovativos da isenção, da
dispensa de retenção na fonte ou de redução de taxa.
Artigo 46
Informação das seguradoras
As empresas de seguros devem comunicar à Administração Tributária, até 30 de Junho
de cada ano, em impresso de modelo aprovado oficialmente ou por suporte informático,
relativamente ao ano anterior e ao seguro de vida, os resgates de apólices de seguros
de grupo e os resgates ou adiantamentos de apólices de
seguros individuais efectuados antes de terem decorrido cinco anos após a sua
constituição, dele devendo constar:
a) O número da apólice e as datas de constituição do seguro, do seu resgate ou
adiantamentos;
b) A identificação fiscal da entidade que constituiu o seguro e da entidade que
beneficiou do resgate ou adiantamentos;
c) O montante total dos prémios pagos durante a vigência da respectiva apólice.
Artigo 47
Notários e conservadores
Os notários e conservadores são obrigados a enviar à Administração Tributária, até ao
dia 15 de cada mês, relação dos actos praticados nos seus cartórios e conservatórias e
das decisões transitadas em julgado no mês anterior dos processos a seu cargo, que
sejam susceptíveis de produzir rendimentos sujeitos a IRPS, mediante impresso de
modelo aprovado oficialmente ou por suporte informático.
Artigo 48
Sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem
As sociedades corretoras, as sociedades financeiras de corretagem e as outras
instituições financeiras devem comunicar à Administração Tributária, até ao final do
mês de Fevereiro de cada ano, relativamente a cada sujeito passivo, mediante modelo
aprovado oficialmente ou por suporte informático:
a) O número total de acções e outros valores mobiliários alienados com a sua
intervenção, bem como o respectivo valor;
b) O número de contratos de instrumentos financeiros derivados, bem como o
respectivo valor, adquiridos ou vendidos com a sua intervenção e, bem assim, aqueles
em que se verifiquem situações de vencimento, exercício ou outras formas de extinção
do contrato.
Artigo 49
Documentos comprovativos de encargos
Artigo 50
Obrigações comprovativas dos elementos das declarações
1. As pessoas sujeitas a IRPS devem apresentar, no prazo que lhes for fixado, os
documentos comprovativos dos rendimentos auferidos, das deduções e abatimentos
e de outros factos ou situações mencionadas na respectiva declaração, quando a
Administração Tributária os exija.
2. A obrigação estabelecida no número anterior mantém-se durante os cinco anos
seguintes àquele a que respeitem os documentos.
3. O extravio dos documentos referidos no n.º 1 por motivo não imputável ao
sujeito passivo não o impede de utilizar outros elementos de prova daqueles factos.
Artigo 51
Representantes
Artigo 52
Pluralidade de obrigados
Se a obrigação acessória impender sobre várias pessoas, o cumprimento por uma
delas exonera as restantes.
CAPÍTULO VI
Fiscalização
Artigo 53
Entidades fiscalizadoras
O cumprimento das obrigações tributárias dos sujeitos passivos é fiscalizado pelos
órgãos competentes da administração tributária, nos termos da Lei n.º 2/2006, de 22 de
Março, e do Regulamento do Procedimento de Fiscalização Tributária, aprovado pelo
Decreto n.º 19/2005, de 22 de Junho.
Artigo 54
Dever de colaboração
Os serviços, estabelecimentos e organismos do Estado e das autarquias locais,
incluindo os dotados de autonomia administrativa ou financeira e ainda que
personalizados, as associações e federações de municípios, bem como outras pessoas
colectivas de direito público, as pessoas de utilidade pública, as instituições particulares
de solidariedade social e as empresas devem, dentro dos limites da razoabilidade,
prestar toda a colaboração que lhe for solicitada pelos serviços competentes da
administração tributária, nos termos da Lei n.º 2/2006, de 22 de Março.
CAPÍTULO VII
Disposições finais e diversas
Artigo 55
Garantias dos contribuintes
Os sujeitos passivos do IRPS, os seus representantes e as pessoas solidárias ou
subsidiariamente responsáveis pelo pagamento do imposto podem reclamar contra a
respectiva liquidação ou impugná-la nos termos e com os fundamentos estabelecidos
no Regulamento do Contencioso das Contribuições e Impostos e na Lei n.º 2/2006, de
22 de Março.
Artigo 56
Ano fiscal
Para efeitos do IRPS, o ano fiscal coincide com o ano civil.
Artigo 57
Declarações e outros documentos
Sempre que, neste regulamento, não se exija a utilização de impressos de modelo
oficial, podem as declarações, relações, requerimentos ou outros documentos ser
apresentados em papel comum de formato A4, ou em suporte que, com os requisitos
estabelecidos pela Administração Tributária, permita tratamento informático.
Artigo 58
Assinatura das declarações
Artigo 59
Recibo de documento
1. Quando, neste regulamento, se mande efectuar a entrega de declarações ou
outros documentos em mais de um exemplar, um deles deve ser devolvido ao
apresentante, com menção de recebimento.
2. Nos casos em que a lei determine a apresentação de declaração ou outros
documentos num único exemplar, pode o obrigado entregar cópia do mesmo para
efeitos do disposto no número anterior.
Artigo 60
Envio de documentos pelo correio
ARTIGO 61
Registo dos sujeitos passivos
Artigo 62
Classificação das actividades
As actividades exercidas pelos sujeitos passivos do IRPS são classificadas, para
efeitos deste imposto, de acordo com a Classificação das Actividades Económicas
(CAE), do Instituto Nacional de Estatística.