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O cilindro e o cone

MÓDULO 2 - AULA 24

Aula 24 – O cilindro e o cone

Objetivo

• Identificar e classificar cilindros e cones.

Cilindro

Sejam α e α dois planos paralelos e Γ um cı́rculo contido em α. Seja


r uma reta que corta α e α . Por cada ponto X pertencente a Γ ou ao seu
interior, trace a reta paralela a r e seja X  o ponto em que essa reta intersecta
α . A união de todos os segmentos XX  é chamada de cilindro circular (veja
a Figura 24.1).

Figura 24.1: Cilindro circular.

A interseção do cilindro com o plano α é um cı́rculo Γ de mesmo raio


que Γ (veja a proposição 22 e o exercı́cio 9 da aula 19).
Os cı́rculos Γ e Γ são as bases do cilindro, e cada segmento XX  , quando
X ∈ Γ, é chamado geratriz do cilindro.
A união das geratrizes de um cilindro é chamada de superfı́cie lateral.
←−

Se O e O  são os centros de Γ e Γ , respectivamente, a reta OO  é
chamada de eixo do cilindro. Um cilindro é chamado reto se o seu eixo for
perpendicular às bases. Caso contrário, o cilindro é chamado oblı́quo (veja a
Figura 24.2).

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O cilindro e o cone

Figura 24.2: Cilindro circular reto e oblı́quo.

A altura de um cilindro é definida como a distância entre os planos das


bases. Se o cilindro for reto, sua altura é exatamente a medida do segmento
OO  que liga os centros das bases.
Chamamos de seção meridiana de um cilindro à interseção do cilindro
com um plano que contém o seu eixo. As seções meridianas de um cilindro
são paralelogramos (retângulos ou não). Justifique!
Para um cilindro circular reto, as seções meridianas são retângulos com
medidas h (altura) e 2r (diâmetro da base) (veja a Figura 24.3). Você pode
imaginar um cilindro oblı́quo com uma seção meridiana retangular?

Figura 24.3: Seções meridianas de cilindros oblı́quos e retos.

Um cilindro é chamado equilátero se ele for reto e se sua seção meridiana


for um quadrado (veja a Figura 24.4).

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MÓDULO 2 - AULA 24

Figura 24.4: Cilindro equilátero.

Plano tangente a um cilindro

Seja C um cilindro cujas bases são cı́rculos Γ e Γ de centros O e O  ,


respectivamente. Sejam α e α os planos das bases e AA uma geratriz de C.
←→
Chame de r a reta tangente a Γ em A e seja γ o plano que contém AA e r
(Figura 24.5).

Figura 24.5: Plano tangente.

Podemos mostrar que a interseção entre γ e o cilindro é exatamente o


segmento AA (veja exercı́cio 8). Um plano cuja interseção com um cilindro
é uma geratiz é chamado de plano tangente.
←→
Com relação à Figura 24.5, qualquer outro plano que contém AA
intersecta o cilindro segundo um paralelogramo (veja a Figura 24.6).

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O cilindro e o cone

Figura 24.6: Plano não tangente contendo uma geratriz.

Prisma inscrito em um cilindro e circunscrito a um


cilindro

Dizemos que um prisma está inscrito em um cilindro se os planos de


suas bases coincidem com os planos das bases do cilindro e se suas arestas
laterais são geratrizes do cilindro (Figura 24.7.a).

Figura 24.7: (a) Prisma inscrito. (b) Prisma circunscrito.

Dizemos que um prisma está circunscrito a um cilindro se os planos de


suas bases coincidem com os planos das bases do cilindro e se os planos de
suas faces laterais são tangentes ao cilindro (Figura 24.7.b).
As linhas tracejadas na Figura 24.7.b indicam as geratrizes ao longo
das quais as faces laterais do prisma tangenciam o cilindro.

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O cilindro e o cone
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Cone

Considere um cı́rculo Γ contido em um plano α e seja A um ponto fora


de α. Para cada ponto X pertencente a Γ ou ao seu interior, trace o segmento
AX. A união dos segmentos AX é chamada de cone (veja a Figura 24.8).

Figura 24.8: Cone.

A união do cı́rculo Γ, com seu interior, é chamado base do cone e o


ponto A, vértice do cone. Uma geratriz do cone é um segmento ligando o
vértice a um ponto de Γ. Na Figura 24.8, AB é uma geratriz.
A reta contendo o vértice e o centro O de Γ é chamada de eixo do
cone, e a união das geratrizes do cone é chamada superfı́cie lateral. Um
cone é chamado reto se o seu eixo for perpendicular ao plano da base. Caso
contrário, o cone é chamado oblı́quo. Veja a Figura 24.9.

Figura 24.9: (a) Cone reto (b) Cone oblı́quo.

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O cilindro e o cone

Chamamos de altura do cone a distância do vértice ao plano da base.


Para cones retos, a altura é dada pela medida do segmento ligando o vértice
ao centro da base.
A interseção do cone com um plano que contém o seu eixo é cha-
mada seção meridiana. As seções meridianas de um cone reto são triângulos
isósceles congruentes (veja a Figura 24.10).

Figura 24.10: Seções meridianas dos cones oblı́quo e reto.

Um cone é chamado equilátero se ele for reto e sua seção meridiana for
um triângulo equilátero (veja a Figura 24.11).

Figura 24.11: Cone equilátero.

Considere um cone de vértice A e base Γ e sejam AB uma geratriz e


←→
r a reta tangente a Γ em B. Chame de γ o plano que contém as retas AB
e r. Pode-se mostrar (veja exercı́cio 17) que a interseção de γ com o cone
é exatamente a geratriz AB. Um plano que intersecta o cone segundo uma
geratriz é chamado de plano tangente. Veja a Figura 24.12.

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Figura 24.12: Plano tangente.

Com relação à Figura 24.12, qualquer outro plano que contém AB


contém outra geratriz do cone e sua interseção com o cone é um triângulo
(veja a Figura 24.13).

Figura 24.13: Plano não tangente contendo AB.

Pirâmide inscrita em um cone e circunscrita a um cone


Dizemos que uma pirâmide está inscrita em um cone se o seu vértice
coincide com o vértice do cone e se sua base for um polı́gono inscrito na base
do cone (veja Figura 24.14.a). Nesse caso, as arestas laterais da pirâmide
são geratrizes do cone.

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O cilindro e o cone

Figura 24.14: (a) Pirâmide inscrita. (b) Pirâmide circunscrita.

Dizemos que uma pirâmide está circunscrita a um cone se o seu vértice


coincide com o vértice do cone e se sua base for um polı́gono circunscrito à
base do cone (Figura 24.14.b). Nesse caso, as faces laterais da pirâmide
são tangentes ao cone.
As linhas tracejadas da Figura 24.14.b indicam as geratrizes segundo
as quais as faces laterais da pirâmide tangenciam o cone.

Resumo
Nesta aula você aprendeu...

• As definições de cilindro e de cone.

• Sobre os elementos de um cilindro e de um cone.

• Sobre prisma inscrito em um cilindro e circunscrito a um cilindro.

• Sobre pirâmide inscrita em um cone e circunscrita a um cone.

Exercı́cios
1. Determine a altura de um cilindro, sabendo que as geratrizes medem
20 cm e que formam um ângulo de 60o com o plano da base.

2. Um cilindro reto, com 10 cm de altura e raio da base igual a 13 cm,


é cortado por um plano paralelo ao eixo e distante 5 cm desse eixo.
Determine a área da seção plana determinada por esse plano.

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3. Um cilindro reto, com 12 cm de altura e raio da base igual a 4 cm,


é cortado por um plano paralelo ao eixo, de modo que a seção plana
determinada tem área igual à área da base. Determine a distância desse
plano ao eixo.

4. Um plano secciona um cilindro reto paralelamente ao eixo e forma um


arco de 60o com a base do cilindro. Se a altura do cilindro é 20 cm e a
distância do plano ao eixo é de 4 cm, determine a área da seção.

5. A Figura 24.15 mostra um cilindro reto, de 1 m de altura e raio da


base igual a 40 cm, inclinado de 45o.

Figura 24.15: Exercı́cio 5.

Determine a altura do ponto mais alto do cilindro.

6. Considere a afirmativa: se cortarmos um cilindro reto por um plano


inclinado em relação ao plano da base, a seção plana é um cı́rculo.
(veja a Figura 24.16). A afirmativa é verdadeira ou falsa? Justifique.

Figura 24.16: Exercı́cio 6.

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7. Na Figura 24.17, ABCD é um tetraedro regular de 1 m de aresta e


α é um plano paralelo ao plano de BCD. Seja B  C  D  a seção deter-
minada por α. Se a distância de α ao plano de BCD é metade da
altura do tetraedro, determine a altura e o raio da base do cilindro reto
que tem uma base no plano de BCD e a outra base está inscrita no
triângulo B  C  D  .

Figura 24.17: Exercı́cio 7.

8. Seja AA uma geratriz de um cilindro e seja r a reta tangente a Γ


em A, sendo Γ a base que contém A. Se γ é o plano que contém
←→
AA e r, prove que a interseção entre γ e o cilindro é exatamente o
segmento AA .

9. Determine o diâmetro da base de um cone reto de 24 cm de altura,


sabendo que sua geratriz mede 25 cm.

10. Um dado cone tem uma geratriz perpendicular ao plano da base me-
dindo 15 cm. Se o diâmetro da base mede 8 cm, determine a medida
da maior geratriz do cone.

11. Determine a altura de um cone reto, cujo raio da base mede 3 cm,
sabendo que a área da seção meridiana é igual à área da base.

12. Um cone reto, de 10 cm de altura e raio da base medindo 4 cm, é cortado


por um plano perpendicular ao plano da base e distando 1 cm do eixo
do cone. Determine a maior distância entre um ponto da seção e o
plano da base.

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13. Um cilindro reto tem 4 cm de altura e raio da base igual a 1 cm. Con-
sidere um cone cuja base coincide com uma base do cilindro e cujo
vértice é o centro da outra base. Um plano paralelo às bases intersecta
os sólidos de modo que a região exterior ao cone e interior ao cilindro
tem área igual à metade da área da base do cilindro. Determine a
distância desse plano ao plano da base do cone.

14. Em um cone reto de 4 cm de altura está inscrita uma pirâmide hexa-


gonal regular, cujo apótema mede 5 cm. Determine a área da seção
meridiana do cone.

15. Um pedaço de papel, na forma de um setor circular de 72o e raio igual


a 5 cm, é dobrado (como na Figura 24.18) até ser obtido um cone.

Figura 24.18: Exercı́cio 15.

Determine a altura do cone.

16. Se o raio da base, a altura e a geratriz de um cone reto constituem,


nessa ordem, uma progressão aritmética de razão igual a 1, determine
a altura do cone.

17. Considere um cone de vértice A e base Γ e seja B um ponto pertencente


a Γ. Seja r a reta tangente a Γ em B e chame de γ o plano que
←→
contém r e AB. Prove que a interseção entre γ e o cone é exatamente a
geratriz AB.

Informações sobre a próxima aula


Na próxima aula, estudaremos um sólido cuja superfı́cie não contém
segmentos de reta.

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