Psicologia Aplicado A Aviação
Psicologia Aplicado A Aviação
Psicologia Aplicado A Aviação
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 17
1. PANORAMA GERAL......................................................................................... 23
1.1. Aviação Civil ................................................................................................... 23
1.2. Prevenção de Acidentes Aeronáuticos ........................................................... 26
1.3. Dinâmica das Operações do Grupamento de Radiopatrulha Aérea – “João
Negrão” da Policia Militar do Estado de São Paulo ........................................ 31
INTRODUÇÃO
Para atuarmos então, de forma efetiva, no Fator Humano, temos que fazer
uso da Psicologia, que tem raízes históricas difusas, podendo ser tratada de forma
contemporânea ou antiga, religiosa ou científica, mas que ao longo dos últimos 120
anos, independentemente da abordagem, vem sendo incorporada nas mais diversas
atividades humanas, interferindo diretamente na forma de pensar e agir do homem
moderno.
Um dos empregos pouco divulgado, contudo não inusitado, é a aplicação da
psicologia na segurança, e em especial na segurança de aviação. Vem sendo cada
vez mais importante e necessária a presença do profissional em psicologia nas
empresas de transporte aéreo regular e nas instituições militares que desenvolvem
atividade aérea, em locais diferentes do que somente a seleção de pessoal como
outrora ocorria.
Jensen (1995) definiu a Psicologia de Aviação como sendo o estudo do
comportamento humano no projeto e na operação dos sistemas de aviação e teve
19
como primórdio no estudo das causas dos diversos acidentes e incidentes ocorridos
nas instruções práticas de voo, durante a segunda guerra mundial.
De 1945 até os dias atuais, a área de atuação da psicologia evoluiu muito,
passando a contribuir também nas áreas de formação e treinamento de
aeronavegantes, nas áreas de ergonomia quando da concepção de cockpits1, além
de complexa gama de assuntos que vão desde capacidade de julgamento,
passando pelo processo de tomada de decisão, chegando até pormenores
envolvidos nos relacionamentos humanos quando embarcados em aeronaves.
Como fonte de interesse e estudo, são açambarcados, também pela
psicologia de aviação, a cultura e o clima organizacional da instituição aérea, já que
tais aspectos exercem sobremaneira pressões em todos os seus integrantes que
podem, sendo mal conduzidos, levar a acidentes aéreos.
Entrevista realizada com o Psicólogo Roberto Heloani (CRP, 2013, p.6),
professor da Unicamp na área de Psicologia do Trabalho, alimenta ainda mais a
discussão do papel do psicólogo organizacional, uma das vertentes encontradas na
aviação. Ele afirma:
Alguns psicólogos realmente não tiveram uma atitude que poderíamos
avaliar como ética. Acabaram assumindo o papel de selecionar, treinar e
demitir, mas não o de cuidar das pessoas, embora seu potencial evolutivo
fosse maior que este. [...] Está na hora do psicólogo organizacional tomar o
seu lugar e assumir, efetivamente, um compromisso explícito com o ser
humano e não com o capital [...] o psicólogo pode pensar na produção, ,
mas deve aproveitar para conscientizar a gestão sobre a necessidade de
cuidar da saúde física e mental das pessoas. Ele precisa propiciar um
ambiente no qual haja espaço para ser, combatendo – e denunciando –
ambientes perversos que favoreçam ao adoecimento.
1
Cabine do piloto ou posto de pilotagem
2
Reunião do Conselho de Voo registrado em ata confidencial sem número, confeccionada pela
Seção de Segurança de Voo do GRPAe, em vinte e sete de junho de 2013.
20
3
Esquadrão de Helicópteros da Polícia da Bavária – Alemanha.
4
Automóvel Clube Geral Alemão – Departamento de Servico de Resgate e Remoção Aeromédica.
5
Força Aérea da Polícia Nacional da França.
6
Suporte Aéreo da Polícia Metropolitana de Londres.
22
1. PANORAMA GERAL
7
Termo utilizado em substituição à “segurança de voo”, introduzido pelo manual Safety Management
System (SMS) publicado pela OACI em 2006.
8
Organização da Aviação Civil Internacional (OACI)
27
9
Sistema de Gerenciamento de Segurança.
28
10
O SGSO é a apliacação do SMS para o Brasil.
29
11
O Manual de Gerenciamento de Segurança Operacional substituiu o Programa de Prevenção de
Acidentes Aeronáuitcos (PPAA).
12
Treinamento em Gerenciamento de Recursos de Equipes.
30
Leimann PATT (PATT, 2004, p.27), psiquiatra com mais de 20 anos de atuação junto
à aviação, define o estágio atual do CRM: “Incorporam-se os níveis gerenciais e de
mandos superiores aos seminários. Incluem-se na análise as variantes culturais da
organização. Estudam-se os problemas “inter” e “multiculturais” nos “cockpits”.
13
Dados atualizados até 31 de julho de 2013.
14
Definido através do Decreto nº 55.742, de 27 de abril de 2010 de São Paulo.
33
15
No Grupamento de Radiopatrulha Aérea, a atividade de Tripulante Operacional é desenvolvida
pelas praças, que tem as funções de navegação, observação, operação de equipamentos de
captação e transmissão de imagem, atirador, integrante de equipe de Salvamento e resgate, entre
outras atividades.
16
GPS - Global Positioning System. Navegação baseada em posições informadas por satélite.
17
Tipo de Navegação Aérea baseada em referências no solo, como relevo e construções.
34
curso com duração de 45 dias, mas que ainda deve ser acompanhado, após o seu
término, de um estágio prático realizado em não menos que 6 meses, estando apto
para todos os tipos de missão, em média, 3 anos após.
Uma das características mais marcantes, e diretamente ligada ao sucesso
das atividades desenvolvidas pelo GRPAe, está na capacidade de desenvolvimento
da sinergia entre a equipe embarcada. Graças ao perfeito sincronismo do trabalho
em equipe, os riscos de atividade tão perigosa são minimizados e o êxito é parte
sempre presente. Entretanto pressões do grupo, indisciplina em voo, características
organizacionais, competências individuais, influências situacionais, entre outros
aspectos, podem produzir insucessos.
A missão, que é uma característica das Organizações que possuem a
estética militar, é fator de pressão e que pode, se mal gerenciada, levar a sérios
prejuízos. Priberam (2013) conceitua o termo missão como encargo, incumbência e
principalmente desempenho de um dever. Este “dever” está presente em todas as
atividades desenvolvidas pelo GRPAe e cria uma obrigação implícita sobre a
tripulação, podendo fazer com que estes ultrapassem os limites de segurança,
tornando-se fundamental perceber e gerenciar esta “obrigação”.
É também fator de pressão para tripulação o aspecto da “emergência”. Por
ser a aeronave uma ferramenta de apoio dotada de grande rapidez, a sua presença
tende a ser mais eficiente quanto mais rápido esteja no teatro de operações. Deve-
se considerar, inclusive, a premente necessidade daqueles que dependem
exclusivamente deste apoio, como no caso dos resgates aeromédicos, dos
transportes de órgãos, dos acompanhamentos de veículos e das ocorrências em que
policiais e população não possam manter a sua integridade física.
Enquanto uma aeronave civil somente pode decolar, no mínimo, 10 minutos
após ter informado os órgãos de controle aeronáutico, as aeronaves do Grupamento
Aéreo, que não precisam desta informação prévia, decolam em até dois minutos
depois da chegada da solicitação de apoio, incluindo os deslocamentos até a
aeronave e a partida dos motores, nos dando a ideia de como o conceito de
emergência é dosado na Organização.
Não raro, a maior parte da equipe descobre qual situação irá apoiar e para
onde deverá se deslocar quando a decolagem é iminente, não havendo chances de
qualquer preparativo. Tudo no intuito de prestar o apoio o mais rápido possível.
35
18
Distância do Poder – termo utilizado para definir a distância entre subordinado e superior,
produzindo deficiência na comunicação ou no relacionamento. Também pode ser encontrado entre
iguais com níveis de conhecimento ou experiências diferentes.
36
stanine19) era maior (número utilizado pelos testes como taxa de aproveitamento), se
o procedimento normal tivesse sido aplicado a todo o grupo e menor se aplicada
apenas aos 13% dos candidatos selecionados mais bem classificados. Este teste
forneceu uma imagem dos efeitos diferentes que o cálculo da validade preditiva
podia ter.
Algumas ideias já haviam sido emplementadas em 1939, no Laboratório
Psicológico, na Universidade de Cambridge, pelo Professor Frederic Bartllet que
dedicou atenção especial a alguns problemas ocorridos com a aviação militar.
Liderando uma equipe, Barlett planejou e executou um programa de pesquisa
voltado para a compreensão da natureza fundamental das habilidades humanas,
contribuindo, especialmente, nas áreas de seleção e treinamento de pilotos e nos
efeitos causados pela falta de descanso apropriado (sono) e pela fadiga
(EDWARDS, 1988).
Durante a Segunda Guerra Mundial, as tripulações da Real Força Aérea
apresentavam fortes efeitos da instalação do estresse causados pelas missões de
extremo perigo, somados a problemas domésticos e conjugais, além de uma
possível falta de resiliência para suportar as cargas de estresse das operações de
Guerra. Uma das soluções encontradas para minimizar os efeitos da pressão das
operações foi o desenvolvimento de métodos de seleção por entrevistas
psiquiátricas e testes psicológicos, para detectar aqueles indivíduos que seriam mais
resistentes ao desenvolvimento de tais quadros (EDWARDS, 1988).
Nos anos 70, os esforços dos estudos ainda se concentravam sobre estas
áreas, os pesquisadores continuavam a dedicar seus estudos ao conhecimento e
explicação de questões ligadas ao processamento da informação e de tomada de
decisão, às capacidades e limitações da cognição humana, ao processo de
aprendizagem, entre outros, contudo sempre no foco no indivíduo, deixando
inalterado o sistema no qual as ações e eventos ocorriam (RIBEIRO, 2009).
A melhoria da tecnologia de gravação de dados e voz nas aeronaves, o
aumento na capacidade de investigação dos acidentes aeronáuticos e o acúmulo de
experiências e informações ao longo dos anos, permitiram, no final dos anos 70 e
durante os 80, uma melhora considerável no entendimento dos fatores contribuintes
19
Também conhecido como padrão nove, escala de contagem de teste utilizado pela Força Aérea
Americana em 1943, onde os estaninos assumem valores que variam de 1 a 9, sendo 5 o valor médio
e o desvio padrão igual a 2.
39
dos acidentes, trazendo à luz dados antes desconhecidos por parte dos
investigadores (RIBEIRO, 2009).
Ao se perceber que parte dos acidentes acontecia derivada de problemas de
relacionamento e coordenação entre os membros da tripulação, os conceitos da
Psicologia Social foram inseridos com ênfase nos estudos da dinâmica de pequenos
grupos de trabalho, resultando no desenvolvimento de treinamentos focado na
preocupação com a melhoria das relações entre os integrantes de uma tripulação
(RIBEIRO, 2009).
Durante a investigação do Acidente Aéreo ocorrido em 28 de dezembro de
1978, com o voo 173, da United Airlines, a National Transportation Safety Board20
(NTSB) emitiu diversas recomendações a serem seguidas pelas empresas, no dia
11 de maio de 1979, contudo, uma delas, sendo emitida em 13 de junho de 1979, 33
dias após, acabou por se tornar um dos marcos moderno da psicologia aplicada à
aviação, e o grande motivador para a criação do treinamento de Crew Resource
Management21. (NTSB, 1979).
Emitir avisos a todos os inspetores de operações da empresa aérea
direcionando-os para exortar os seus operadores escalados garantindo que
suas tripulações estejam doutrinadas em princípios de gestão de recursos
de equipe de voo, com especial ênfase sobre a capacidade de gerência
participativa para os capitães e treinamento de assertividade para os outros
tripulantes da cabine.
O período compreendido entre o final dos anos 70 até a metade dos anos 90
recebeu o nome de "a idade de ouro" dos Fatores Humanos na aviação, em
referência ao enorme investimento da indústria para atingir o controle máximo do
erro humano. É neste período que a automação embarcada evolui rapidamente na
tentativa de diminuir a carga de trabalho da tripulação (ICAO, 2009).
No entanto, apesar dos enormes investimentos de recursos para atenuar os
erros, em meados dos anos 90 o desempenho humano foi apontando como o fator
recorrente de falhas de segurança (ICAO, 2009).
Durante a "idade de ouro" dos Fatores Humanos, a preocupação sempre foi
concentrada no indivíduo, porém, com pouca atenção ao contexto operacional em
que este realiza as suas tarefas (ICAO, 2009).
Somente no início dos anos 90, pela primeira vez, a aviação reconheceu que
os indivíduos trabalhavam dentro de contextos operacionais definidos e estes
20
Conselho Nacional de Segurança do Transporte.
21
Gerenciamento de Recursos de Tripulação.
40
22
Ave de Rapina.
23
Categoria dos Aeródinos – aeronaves cuja sustentação está relacionada diretamente as ações
aerodinâmicas sofridas em sua estrutura e fuselagem.
45
24
Reconhecido pela população paulista como Edu Chaves.
46
25
Também conhecida como Revolução de Izidoro e Miguel Costa.
47
Trazem Canavó Filho e Melo (pag. 58, grifo nosso) importante informação de
publicação contida no boletim geral do mês de agosto 1925, que trata das instruções
para o funcionamento da Esquadrilha de Aviação:
26
Os Detalhes foram substituídos pelos Boletins Gerais em 01 de janeiro de 1925. Tanto o Detalhe
quanto o Boletim Geral são publicações internas na Instituição, para publicidade dos atos do
Comando que envolvam os próprios policiais, como também determinações e legislações.
48
27
Aeronavegante é todo aquele que, habilitado pelo Comando da Aeronáutica, exerce função a bordo
de aeronave civil nacional, conforme preconizado no Regulamento Brasileiro de Homologações
Aeronáuticas no. 67 (RBHA-67) disponível em: http://www2.anac.gov.br/biblioteca/rbha/rbha067.pdf.
acessado em 22/05/13.
49
2.2.3. A segunda fase da Aviação da Polícia Militar e seus primeiros contatos com a
Psicologia
Passados 50 anos dos últimos voos de nossa gloriosa Força Pública, nos
encontramos em 1982. Ondas grevistas e movimentos sindicais intensificam-se na
cidade, às portas da eleição que ocorreria para a ocupação dos cargos públicos de
1983.
Somando-se a isto, a criação da Lei nº 6.620, de 17 de dezembro de 1978,
chamada Nova Lei de Segurança Nacional, que revogou a Lei 898 de 29 de
setembro de 1969, os roubos voltaram a ser enquadrados no art. 157 do Código
Penal, com julgamento pela Justiça Comum, já que anteriormente o Art. 27, apenava
o assalto, roubo ou depredação de estabelecimento de crédito ou financiamento,
qualquer que seja a sua motivação, com reclusão de 10 a 24 anos (LIMA, 1997).
Com pena mais amena, os crimes de roubo a banco tiveram um aumento
assustador, chegando à média de 39 ao mês no ano de 1983, atingindo o ápice em
outubro, quando ocorreram 76 roubos na Grande São Paulo (LIMA, 1997).
Somando ao aumento dos roubos a banco, a cidade percebia um assustador
incremento nos saques a supermercados, roubos aos ônibus e quebra-quebra, sem
chance de atuação por parte dos órgãos policiais, que não possuíam os meios
necessários para tal (LIMA, 1997).
50
na Ilha do Terrapleno de Leste na Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul (MARINHA
DO BRASIL, 2013).
A Psicologia na Marinha do Brasil teve início com a criação do Serviço de
Seleção do Pessoal da Marinha (SSPM), com sede na cidade do Rio de Janeiro.
Tem sua origem na Seção de Seleção da Diretoria do Pessoal da Armada evoluindo,
em 1948, para Gabinete de Psicotécnica da Marinha, passando a integrar a
estrutura da Diretoria de Ensino Naval. Posteriormente, em 1951, o SSPM foi alçado
Organização Militar, com a designação de Serviço de Seleção Psicotécnica Naval,
subordinado diretamente à Diretoria do Pessoal da Armada (MARINHA DO BRASIL,
2013a).
Apesar da longa história que acumula a aviação aeronaval e a Psicologia da
Marinha, é em sua história recente que se passou a observar o estreitamento no
relacionamento entre ambas, com a primeira seleção de pilotos navais realizados em
1983 pelo Serviço de Seleção do Pessoal da Marinha (ALVES e PAIVA, 2011).
Até o ano de 200628, existiam psicólogos nas mais diversas organizações da
Marinha, inclusive nas Bases Aeronavais e embarcações com capacidade de
receber aeronaves, realizando todos os tipos de serviço de competência de um
Psicólogo, tais como apoio social, atendimentos psicológicos em grupo e individuais,
cursos, seleção de pilotos, entre outros.
Tendo em vista o aumento da demanda, ao longo do tempo, da presença do
psicólogo nas investigações de acidentes aeronáuticos, nos conselhos de voo para
avaliação de comportamento de pilotos, na análise de alguns relatórios de
prevenção29 e na avaliação da capacidade “operativa” dos aeronavegantes, a
Marinha do Brasil percebeu a necessidade de criação de um Curso que preparasse
o Psicólogo para atender às exigências criadas pela aviação, sendo desenvolvido,
pela primeira vez, no ano de 2006, com o nome “Curso Especial de Psicologia de
Aviação para Oficiais-CEspPAvO”, com isto implantando, a partir de 2007, de forma
oficial, o serviço de psicologia de aviação, vinculando psicólogos aos esquadrões de
voo operacional e de instrução.
28
Dados obtidos em visita conduzida pelo Capitão de Fragata Psicólogo Fernando Antônio Gonçalves
a Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia em 23 de maio de 2013.
29
Instrumento que possibilita a qualquer pessoa levar ao conhecimento das autoridades competentes
situações ou fatos perigosos, ou ainda potencialmente perigosos para a atividade aérea.
56
30
Serviço Militar Inicial para os Oficiais da Reserva não remunerada da Marinha do Brasil, prestado
pelos voluntários de ambos os sexos, graduados por Institutos de Ensino Superior nas áreas de
interesse da MB.
31
Nomenclatura adotada pela Marinha do Brasil equivalente ao Oficial de Segurança de Voo – OSV.
Profissional formado em Investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos pelo Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos-CENIPA, com a finalidade de tratar de assuntos
relativos à Segurança Operacional de uma Organização Aérea.
57
32
É um tipo de pequena unidade militar. Normalmente, a designação "esquadrão" é aplicada às
subunidades de cavalaria de escalão equivalente ao da companhia, o termo "esquadrão" também é
aplicado a unidades aéreas, navais e de outras armas terrestres.
33
Bell Helicopter é uma fabricante de Helicópteros americana, fundada em 10 de julho de 1935,
sediada na cidade de Hurst, no Estado do Texas. Disponível em
<http://www.bellhelicopter.com/Company/AboutBell/History/History.html> acesso em 05/06/2013.
34
Estágio inicial da instrução prática composta de 22 voos.
58
35
Sikorsky Aircraft Corporation é uma fabricante de Aeronaves (helicópteros e aviões) Americana,
fundada em 1925 sediada na cidade de Long Island, no Estado de Nova York. Disponível em
<http://www.sikorsky.com/About+Sikorsky/Timeline> acesso em 05/06/2013.
36
McDonnell Douglas Corporation é uma fabricante de Aeronaves (helicópteros e aviões) Americana,
fundada em 28 de abril de 1967, sediada na cidade de Saint Louis, no Estado do Missouri. Disponível
em <http://www.mdhelicopters.com/v2/company.php> acesso em 05/06/2013.
59
37
Dados obtidos com as Tenentes Psicólogas da Força Aérea Brasileira, Lívia Cardoso Junqueira,
Fabrícia Barros de Souza e Nathália Silva de Melo, em visita ao Instituto de Psicologia da Aeronáutica
(IPA), no Rio de Janeiro, em 24 de maio de 2013.
60
38
Dados obtidos em visita conduzida pelo Capitão Psicóloga Roberta Rocha Karbel à Sede do
Grupamento Aeromóvel – GAM, da Polícia Militar do Estado de São Paulo em 24 de maio de 2013
63
39
Esquadrão de Helicópteros da Polícia da Bavária - visita realizada em 10 de outubro de 2012
acompanhada pelo Sr Peter Hauschild Chefe da Organização e pelo Sr Joachim Walzik do
Departamento de Operações do Esquadrão.
66
40
Automóvel Clube Geral Alemão – Departamento de Serviço de Resgate e Remoção Aeromédica-
visita realizada em 11 de outubro de 2012 orientada pelo Dr Erwin Stolpe, médico e diretor do
departamento de resgate aeromédico do sistema.
67
41
Diretor Executivo – Pessoa com o maior cargo operacional da ADAC.
42
Aeromedical Crew Resource Management – Gerenciamento de Recursos de Tripulação Aeromédica
é a aplicação de conceitos de gerenciamento moderno, tanto na cabine de pilotagem como em outras
atividades operativas, que interferem no voo, visando o uso eficiente e eficaz de todos os recursos
disponíveis (humanos, equipamentos e informações) que interagem nesta situação.
43
Advanced Trauma Life Support – Suporte Avançado de Vida no Trauma, que tem como premissa o
atendimento médico apropriado e oportuno melhorando significativamente o prognóstico dos
pacientes traumatizados.
68
profissional desta área, em tempo integral, atuando junto às equipes de voo. Outro
fator que reforça a ideia de não necessitarem do psicólogo é o fato de possuírem
uma estrutura muito pulverizada, o que prejudicaria em muito o trabalho realizado
pela psicologia.
44
Força Aérea da Polícia Nacional da França - visita realizada em 12 de outubro de 2012 e
acompanhada pelo Tenente Coronel Stéphane Rousseau, comandante do Grupamento Aéreo 107 de
Villacoublay – subúrbio de Paris.
69
acompanhar o seu efetivo sob a ótica dos aspectos médicos e psicológicos, apesar
de não ter formação específica em nenhuma destas duas áreas. A função primordial
deste especialista é catalisar as falhas relacionadas ao Fator Humano
encaminhando os agentes, se necessário, aos especialistas.
Tendo em vista a sua demanda atual, não vislumbram a necessidade de um
psicólogo em tempo integral em sua organização, contudo, definem como essencial
a participação da psicologia na seleção dos candidatos a piloto.
45
Suporte Aéreo da Polícia Metropolitana de Londres – visita realizada em 17 de outubro de 2012 e
acompanhada pelo Sargento Terry White – Gerente de Suporte da organização.
70
46
Teto é a altura, acima do solo ou água, da base da mais baixa camada de nuvens, abaixo de 6.000
metros (20.000 pés) que cobre mais da metade do céu.
47
Um pé equivale a aproximadamente 33 centímetros.
71
SIM
7%
NÃO
93%
Fonte - Autor
eventualmente
18%
nunca
sempre
56%
26%
Fonte – Autor
Foi deixado claro que o Certificado Médico Aeronáutico, que para sua
emissão pelos órgãos competentes
competentes cadastrados junto a ANAC exige parecer de
aptidão em exames psicológicos e psiquiátricos, não deveria ser considerado para a
resposta.
Os consultados responderam “eventualmente” quando a seleção psicológica
foi aplicada em alguma fase do concurso para pilotos, de forma esporádica, devendo
inclusive manifestar-se
se quando o primeiro concurso, com uma fase de seleção
psicológica, teria ocorrido. Neste aspecto,
aspecto o Grupamento Aéreo de Segurança
Pública do Estado do Pará figura como a mais antiga, realizando o feito em 2004.
Em contatos informais
ormais com algumas organizações dificuldades,
dificuldades como efetivo
técnico para
ara a aplicação do exame, dificuldades de contratação de serviço
73
eventualmente
11%
sempre
15%
nunca
74%
Fonte: Autor
não
44%
sim
56%
Fonte: Autor
75
sim - não
relatado
4% sim - relatado
não 15%
informou
7%
não
74%
Fonte: Autor
48
FOD - Foreign Object Damage, dano por objeto estranho - ocorrência causada por erros humanos
pelo descuido com materiais aeronáuticos ou não que possam por em risco a aeronave ou as
pessoas.
76
Gráfico 6 – Importância
mpor e utilidade na presença de um psicólogo próprio realizando
o serviço de Psicologia de aviação
não
4%
sim
96%
Fonte: Autor
Gráfico 7 - Pretende
retende possuir um psicólogo lotado para realizar este tipo de
atividade, dentro dos próximos dois anos.
sim
37%
não
63%
Fonte: Autor
78
49
Entende-se neste contexto, todo tipo de aviação excetuando a aviação doméstica, de bandeira ou
suplementares (aviação comercial) e operações complementares ou por demanda (taxi aéreo).
82
ocorridos entre 2003 e 2012 no país, incluindo todas as aeronaves civis com
matrículas nacionais:
O MCA 3-6 (FAB, 2011) define que atitude é a maneira de pensar, sentir e
reagir a objetos, grupos, eventos, pessoas e símbolos socialmente significativos,
possuindo três componentes destacados, sendo eles cognições ou crenças, que é
seu conteúdo intelectual, os sentimentos, que se referem às avaliações positivas ou
negativas e as tendências comportamentais.
COELHO e MAGALHÃES (2001) elencam os comportamentos
exibicionistas, complacentes, autoconfiantes, de improvisação e de descaso com a
operação e com os procedimentos, como exemplos de atitude verificados nas
estatísticas acima.
O segundo item mais significativo, o processo decisório, é definido como
processo em que o indivíduo recolhe e analisa as informações pertinentes a
determinada situação, e escolhe a alternativa de ação mais aceitável em
determinado espaço de tempo. Este processo pode ser afetado por variáveis de
diversas ordens, como a complexidade do problema, as características de
personalidade e experiência de quem toma a decisão, o estresse, os limites
cognitivos dos seres humanos, tempo, etc. (FAB, 2011)
85
50
Dados atualizados até 31 de julho de 2013.
88
voadas. É claro que tais metas são precipuamente afetas à aviação civil, que possui
utilização diferenciada da aeronave, oferecendo muito menos riscos à operação,
todavia não se pode furtar da busca constante deste ideal de segurança operacional.
Essas informações relativas aos acidentes, incidentes, ocorrências não
classificadas e relatórios de prevenção são muito importantes e constituem os dados
históricos da unidade, relativamente às questões de segurança operacional.
Elas servem para auxiliar no processo de identificação de perigos, e a
necessidade de melhoria ou mudanças da metodologia hoje desenvolvida na OPM,
já que os dados demonstram certa estagnação na capacidade preventiva dos
processos desenvolvidos. Fica patente um aumento considerável dos atos e
condições inseguras e as situações de risco em si a partir de 1998, momento que a
organização teve um aumento significativo em sua frota e em seu número de
tripulantes, não sendo percebida, até o momento, diminuição desses números.
Sendo talvez o aumento de frota e efetivo um dos grandes motivadores para
o aumento das estatísticas do GRPAe, deve a Organização realizar ações
mitigatórias urgentes, considerando que o serviço continua em expansão, com a
criação de novas bases de resgate no interior do Estado e aquisição de helicóptero
para o patrulhamento ambiental nas Áreas de Proteção Ambiental (APA) do litoral.
Fonte: http://www.atlasaviation.com
51
Disponível em http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/index.php/legislacao/category/1-nsca-norma-do-
sistema-do-comando-da-aeronautica-. Acessado em 16/08/13.
98
Conclusão
52
Teoria da prioridade de sangue.
102
Referências
BARROS, Henrique Lins. Santos Dumont e a Invenção do Voo. Editora Zahar, Rio
de Janeiro , 2003.
LIMA, Otacílio Soares de, Policiamento Aéreo - “Parceria: Estado, Município &
Inicativa Privada - Um Passo Na Conquista De Mais Segurança”. São Paulo.
Monografia (Curso Superior de Polícia). Monografia (Curso Superior de Polícia).
Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores. Polícia Militar do Estado de São
Paulo. 1997.
PATT, H.O.L; PEREIRA,M.C (org.). Uma filosofia Operacional. Voando com CRM:
da filosofia técnica à filosofia interativa humana. Recife: COMUNIGRAF, 2004.
Prezado(a) Senhor(a),
Sou o Cap PM Rodrigo MANTOVANI Nunes, do Grupamento de Radiopatrulha
Aérea (GRPAe) da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP).
Estou freqüentando o PROGRAMA DE MESTRADO EM CIÊNCIAS POLICIAIS DE
SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA – 2013, da PMESP, e tenho como escopo para a
dissertação de mestrado a temática: PSICOLOGIA DE AVIAÇÃO DE SEGURANÇA
PÚBLICA – CRIAÇÃO DO NÚCLEO DE PSICOLOGIA APLICADA À AVIAÇÃO NA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Para que o resultado possa ser útil para a Segurança Operacional, tanto de minha Unidade
Aérea quanto para as outras Organizações Aéreas, já que pretendo dividir os resultados
obtidos na pesquisa, solicito a sua breve atenção para responder o questionário abaixo:
1. Sua Unidade possui psicólogo lotado (pertencente ao efetivo próprio) realizando serviços
de Psicologia de Aviação? ( )Não ( )Sim
2. Caso não possua psicólogo próprio ou mesmo que tenha respondido sim na
primeira questão, sua Unidade recebe/utiliza algum serviço prestado por psicólogo,
dentre a lista a seguir?:
2.1. Seleção de pilotos (não considerar os exames médicos iniciais para CCF):
( ) sim, sempre. A partir do ano _____
( ) sim, eventualmente. A partir do ano _____
( ) não (nunca).
2.2. Seleção de tripulantes (não considerar os exames médicos iniciais para CCF):
( ) sim, sempre. A partir do ano _____
( ) sim, eventualmente. A partir do ano _____
( ) não (nunca).
2.3. Trabalhos pontuais realizados (detecção de estresse, CRM, aulas): ( )Não (
)Sim
2.4. Outros serviços importantes: ( ) Não ( ) Sim. Favor detalhar no verso.
3. Sua organização considera importante/útil a presença de um psicólogo próprio
realizando o serviço de Psicologia de aviação? ( ) Não ( ) Sim
4. Caso não possua, sua organização pretende possuir um psicólogo lotado para realizar
este tipo de atividade, dentro dos próximos 2 anos? ( ) Não ( ) Sim
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELAS RESPOSTAS:
110
NOME/POSTO/GRADUAÇÃO/FUNÇÃO:
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________
TELEFONE DA OPM: ______________________________________________________
+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-
Desde já agradeço e coloco-me à disposição para esclarecer qualquer dúvida.
Atenciosamente,