Apostila Pentateuco
Apostila Pentateuco
Apostila Pentateuco
I. NOME
“Pentateuco” (Gr. Pente – cinco; teuchos – estojo para o rolo de papiro) é um
termo grego aplicado aos cinco livros de Moisés. Os livros antigos eram escritos
em rolos, geralmente de 9 metros de comprimento, mais ou menos o tamanho
necessário para acomodar de Gênesis até Deuteronômio. Recebem na Bíblia o
nome de “A Lei ”, “O Livro da Lei de Moisés”, “O Livro da Lei de Deus”, e algumas
vezes Torá ( ensinamento ).
II. AUTORIA
Diz a tradição, tanto da comunidade judaica como da Igreja que esses cinco livros
foram escritos por Moisés. Entretanto, desde que Baruch Spinoza começou a
questionar a tradição, em 1671 d.C., tem sido prática comum os críticos eruditos
negarem a autoria de Moisés, com base textual e linguística. Apesar das
contestações, a autoria de Moisés é confirmada tanto por evidências internas
como externas do Antigo e do Novo Testamento. O fato de ele ter usado outros
documentos, bem como palavras diretas de Deus, é compatível com a inspiração
divina na seleção do material. Rejeitar a autoria de Moisés é rejeitar o testemunho
universal dos escritores bíblicos e solapar a credibilidade do Pentateuco e do resto
da Bíblia. O PENTATEUCO é da autoria de Moisés sim, e não apenas um “mosaico”
de diferentes autores.
A. Cósmica: Explicam o cosmos dando o único relato antigo que identifica a “Causa
Primeira” . “O Princípio unificador do Universo, procurado às cegas pelos filósofos,
e autores clássicos, está compreendido na primeira sentença”.
C. Histórica: Esses livros são os únicos a traçar a origem do homem em uma linha
contínua a partir de Adão. Todavia, não é sua intenção apresentar a história
completa de todas as raças, mas sim, um relato altamente especializado da
implantação do reino teocrático no mundo e do plano de redenção da
humanidade. Nesse processo, a história de Israel remonta a Abraão, por meio de
quem Deus prometeu a redenção.
1
D. Religiosa: Esses livros são fundamentais. Retratam a Pessoa e o Caráter de Deus, a
Criação do homem e sua Queda, as Alianças e Promessas Divinas de trazer a
Redenção por meio de um Redentor Divino.
2
3
Um breve resumo do conteúdo principal dos cinco livros que compõe o Pentateuco
Gênesis – Este livro fornece o fundamento para a Bíblia inteira em sua história e
teologia. Seus primeiros onze capítulos apresentam uma visão extensa dos eventos
primevos : a obra de Deus da criação, a queda do homem, o juízo do dilúvio e a dispersão
das nações. Há uma mudança súbita no capítulo 12, quando Deus escolhe um único
homem através de quem traria salvação e bênção a todas as nações. O restante de
Gênesis traça a história de Abraão e seus descendentes : Isaque, Jacó e José.
Levítico – Agora que o povo já foi redimido e libertado, deve ser Separado para Deus a
fim de Viver de modo Santo. Deus ministra instrução para o sistema sacrificial e para o
sacerdócio. O restante de Levítico ensina ao povo como tornar-se cerimonial e
moralmente puro. A ênfase é, posta na Santificação, no Serviço e na Obediência.
Deuteronômio – Moisés se encontra na reta final de sua vida, e Josué é designado seu
sucessor. Em suas mensagens de adeus à geração que crescera no deserto, Moisés
lembra do tratamento divino no passado, revê a necessidade de justiça e integridade no
presente e revela o que sucederia no futuro próximo e distante. Moisés então abençoa o
povo e do monte Nebo contempla a Terra Prometida antes de morrer.
4
GÊNESIS
12 - 25
CRIAÇÃO
ABRAÃO
DILÚVIO
ISAQUE
QUEDA
BABEL
JACÓ
JOSÉ
CRIAÇÃO
ABRAÃO
DILÚVIO
1-2
QUEDA
10 - 11
4-9
JOSÉ
3
1 - 2 3-5 6 - 9 10 - 11 12 - 25 26 - 28 29 - 36 37 - 50
I. O LIVRO :
a) NOME :
5
b.1. Autoria de Moisés Contestada
1. Até o século XVII, a autoria dos cinco livros do Pentateuco era universalmente
atribuída a Moisés tanto pelas comunidades judaicas como pelas cristãs.
2. Depois que Baruch Spinoza insinuou em 1671 a possibilidade de seu autor ter sido
Esdras, muitas teorias apareceram sobre o assunto. O emprego de diferentes
nomes de Deus, estilos literários diversos e a enumeração de diferentes fases do
desenvolvimento do culto têm levado críticos a supor a existência de vários
documentos originais. Alguns estudiosos associados ao desenvolvimento dessas
“hipóteses documentárias”.
a. Jean Astruc ( 1753 ) admitiu uma autoria dupla por aparecerem dois nomes
de Deus: Elohim ( E ) e Yahweh ( J ).
b. Johann Eichorn ( 1780 ) também encontrou estilos literários diferentes em
relação aos dois nomes de Deus e viu nisso evidências que confirmariam a
existência de dois autores.
c. Alexander Geddes ( popularizado por W. M. de Wette, 1792 ) admitiu
muitos autores para o livro de Gênesis, mas um só redator que teria
reunido os fragmentos, partindo dos mais primitivos e diversos documentos
para os mais unificados.
d. Hermann Hupfeld, Karl Graf e Abraham Kuenen ( 1853 – 69 ) dividiram o
documento ( E ) a fim de separar um Código Sacerdotal ( P ) e consideraram
Deuteronômio como o último documento ( D ).
e. Julius Wellhausen ( 1876 ) designou a organização clássica da Teoria
Documentária, estabelecendo a ordem J E D P .
6
4. A negação da autoria mosaica traz inevitavelmente o desgaste de outras doutrinas:
d) LUGAR : Deserto
7
h) TEMA / MENSAGEM : A Soberania de Deus na Criação e na Origem da Salvação.
i) PROPÓSITO :
1. Foi escrito para revelar a escolha do povo de Israel para alcançar o mundo.
2. Foi escrito para revelar a Deus como Criador, Juiz e Redentor do mundo, que
escolheu o povo de Israel como canal da Sua bênção.
3. Revelar a Soberania de Deus sobre a Criação, Homem ( pecado ) e Nações.
4. Apologético : Deus criou e não os deuses do Egito.
5. Revelar a Progressão da Revelação Divina.
j) PERSONAGENS ILUSTRES: Deus, Adão, Eva ( Satanás ) , Caim, Abel, Sete, Enos,
Noé, Ninrode, Abraão, Melquisedeque, Isaque, Jacó, Judá, José.
k) CONTRIBUIÇÃO AO CÂNON:
A. A Narrativa da Criação
B. A Narrativa da Queda
8
C. A Narrativa do Dilúvio
A. A Vida de Abraão
3. Aperfeiçoamento da Fé ( caps. 22 – 24 )
9
ESBOÇO GENEALÓGICO DE GÊNESIS
a) Gênesis abrange um período de tempo maior do que qualquer outro livro da Bíblia
( 2500 – 2340 anos, aproximadamente ).
b) É o quarto maior livro da Bíblia.
c) 1/5 do livro trata de 4 eventos e 2000 anos, mas 4/5 trata de 4 pessoas e cerca de
300 anos, aproximadamente.
d) É uma história seletiva, não inclusiva ( uma interpretação da história ).
A. Começos em Gênesis
10
C. O Messias em Gênesis, a Semente...
∞ da Mulher ( 3. 15 )
∞ de Isaque ( 26. 4 )
∞ de Jacó ( 28. 14 )
∞ de Judá ( 49. 10 )
11
Obs : José Hb. 11. 22 - Gn. 50 - Verdadeira Fé
V. APLICAÇÕES
12
ÊXODO
INTRODUÇÃO
CENÁRIO RELIGIOSO
1. As Religiões do Egito
13
preservar suas múmias. Também guardavam ali seus bens materiais, os quais,
na concepção deles, os acompanhariam na vida futura.
a. José exerceu grande influência espiritual sobre Israel até 1804 a.C., data de sua
morte. Liderou espiritualmente aquele povo durante cinquenta e um anos. O
isolamento em Gósen também contribuiu para proteger os israelitas da
idolatria do Egito ( ? ).
14
ÊXODO
REVELAÇÃO DO PACTO
PREPARAÇÃO PARA A
REDENÇÃO DE ISRAEL
RESPOSTA DE ISRAEL
PERSEGUIDOS
PEREGRINOS
AO PACTO
REDENÇÃO
PÁSCOA
12 - 13
15 - 18
I. O LIVRO :
a. NOME:
1. O nome hebraico é We’elleh Shemoth, e “ Estes São os Nomes ”, deriva-se da
primeira frase em Êxodo 1. 1 .
15
b. AUTOR:
1. Moisés. Os críticos têm recusado a autoria mosaica de Êxodo em favor de
uma série de documentos orais e escritos que foram combinados por editores
tardios na história de Israel. Seus argumentos são geralmente fracos e pouco
conclusivos, especialmente em vista da forte evidência externa e interna que
aponta para a autoria de Moisés.
c. DATA:
*. Entre 1445 e 1405 a.C. Este livro foi composto durante os quarenta anos
de jornada. Provavelmente Moisés conservou um relato da obra de Deus,
o qual então Editou nas planícies de Moabe pouco antes de sua morte.
Êxodo cobre o período da chegada de Jacó ao Egito ( c. 1875 a.C. ) à
construção do tabernáculo 431 anos depois no deserto ( c. 1445 a.C. ).
h. TEMA / MENSAGEM:
16
i. PROPÓSITO:
j. PERSONAGENS PRINCIPAIS:
k. CONTRIBUIÇÃO AO CÂNON:
4. Êxodo fica no coração do A.T. como o maior exemplo dos Atos Salvíficos de
Deus antes de Cristo. Ele provê a base para o restante da mensagem do A.T.
17
B. Livramento de Israel
1. Instituição da Páscoa ( cap. 12 )
2. Partida Apressada ( caps. 13 e 14 )
3. Cântico de Louvor em Celebração ( cap. 15 )
18
B. Punição de Deus para a Idolatria do Povo
1. Idolatria de Israel e Julgamento ( cap. 32 )
2. Intercessão de Moisés e Misericórdia de Deus ( cap. 33 )
3. Injunção de Deus ao Renovar a Aliança ( cap. 34 )
19
b) Os segundos 40 anos, passou exilado em Midiã, fugindo do Faraó,
meditando e trabalhando como pastor. Casou-se com Zípora, filha de
Jetro, o sacerdote, e nasceram-lhe dois filhos, Gérson e Eliezer ( Êx.
18. 34 ).
20
5. Problemas de Interpretação em Êxodo
A. O Nome de Deus – Será que Deus não era realmente conhecido pelos
Patriarcas? Será que, afinal, Êxodo 3. 14 e 6. 3 apontam para diferentes
fontes ou documentos que, apesar de contraditórios foram reunidos para
formar o Pentateuco?
21
1) O que Êxodo especifica é que no caráter de Javé (Yahweh) Deus não se
revelara aos Patriarcas ( embora o nome lhes fosse conhecido ), e, sim,
como El-Shaddai, o Todo-Poderoso.
2) O nome Javé é derivado do verbo ser ( ) ה ה
3) A expressão ( הא ה רשא הא הtraduzida por “Eu Sou o que Sou”)
deveria ser entendida como “Eu serei o que serei”, não no sentido de
modificação da essência divina. É uma expressão da contínua e variada
manifestação de Deus na história.
22
4) Deus estava contra os egípcios primeiramente por sua idolatria e
depois por se oporem ao plano de Deus, explorando os israelitas.
5) Deus não Se solidarizou com Israel por sua pobreza (afinal, havia
escravos de outras raças no Egito) e, sim, porque havia feito uma
aliança com Abraão, independente da condição socio-econômica de
seus descendentes.
6) A “violência” contra o Egito era retributiva e não gratuita e
indiscriminada. Deus trouxe as pragas sobrenaturalmente como uma
prova de Sua superioridade sobre os deuses egípcios. Os próprios
israelitas nada fizeram de violento para se libertarem ( exceto a
canhestra e solitária tentativa de Moisés, implicitamente condenada
por Deus ).
Preâmbulo →20. 2a
Prólogo Histórico → 20. 2b
Estipulações → 20. 3 – 17
23
Lealdade Exclusiva ao Suserano → 20. 3 – 6
Ausência de Murmurações Contra a Aliança → 20.7
Obediência ao Sinal de Suserania → 20. 8 – 11
Não Violência Contra Qualquer Coisa ou Pessoa que Estivesse Sob
a Autoridade do Suserano → 20. 12 – 17
24
vislumbre de que Deus haveria de lidar com os efeitos espirituais do pecado
de maneira definitiva e, através da fé, havia uma eficácia espiritual nos
sacrifícios ( Rm. 3. 25 ).
V. APLICAÇÕES
1.
2.
3.
4.
5.
O Egito antigo consistia em duas partes: Baixo Egito, com a larga região do delta, e o
Alto Egito, com sua estreita faixa de terra ( mais ou menos 19 km de largura ) ao longo
do rio Nilo, numa extensão de quase 966 km para o sul. Estava isolado de outros
países pelos desertos, mar e cataratas da parte mais alta do rio. Em razão do fato de
quase não chover naquela região, o Egito dependia inteiramente do Nilo. Este recebia
água de diversos rios e lagos do interior da África. Em setembro, o Nilo transbordava,
irrigando e fertilizando o vale com os ricos depósitos e águas aluviais, o que tornava o
país o “celeiro” do Oriente Médio. Sua posição isolada também contribuiu para a
tranquilidade e o progresso pacífico da nação em muitos períodos da História.
25
ou Ramessés) ou Avaris, no delta do Baixo Egito. O nome bíblico para o país dos
faraós é “Mizraim”, que significa “dois Egitos”.
1. As Religiões do Egito
a. Os egípcios antigos eram muito religiosos. Adoravam uma infinidade de
divindades. Tinham deuses nacionais e locais, além de fetiches relacionados a
26
inúmeras manifestações da natureza. Eis alguns de seus deuses principais: Ra e
Amon-Ra, deuses do sol; Osíris, deus do Nilo, adorado como senhor da
fertilidade ou da vida; Hórus, também um deus do sol, representado por um
falcão; Prá, deus de Mênfis e dos artistas. Os egípcios acreditavam que em
cada ser ou objeto da natureza, habitava um espírito que tinha escolhido
aquela forma para expressar-se. Essa ideia levou-os à adoração de animais,
como o gato, o touro, a vaca e o crocodilo.
b. As divindades mais importantes tinham imensos templos. Seus sacerdotes
exerciam grande poder sobre o povo e os políticos egípcios. A circuncisão era
um de seus ritos mais notáveis.
c. Todas as religiões praticadas no Egito defendiam a crença na vida após a
morte. Tal crença levou o povo egípcio a se preocupar, como nenhum outro,
com os preparativos para o sepultamento. Os faraós, os governadores e as
pessoas ricas construíam grandes túmulos e monumentos com a finalidade de
preservar suas múmias. Também guardavam ali seus bens materiais, os quais,
na concepção deles, os acompanhariam na vida futura.
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X. CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
Israel permaneceu no monte Sinai até o final do primeiro ano, ocupado com a
construção do tabernáculo designado por Deus. Do mesmo modo que a Lei
retratava a santidade de Deus e a separação do homem por causa da
desobediência, o tabernáculo retratava a graça de Deus, ao prover um lugar de
encontro e comunhão pelo sacrifício de sangue. Para Israel simbolizava uma forma
única de aproximar-se de Deus por meio da figura de sacrifício, purificação e
conduta em sua luz. Tipicamente, o tabernáculo retrata Cristo como a única
maneira de o homem aproximar-se de Deus. As diferentes peças de mobília
descrevem, numa forma visual, os muitos propósitos cumpridos na vida e morte
do Senhor, a fim de capacitar as pessoas a se aproximarem dele e teremos
comunhão com ele ( Hb. 9. 1 – 14 ).
Uma questão séria na interpretação de Êxodo é até onde levar a tipologia. Alguns livros
evangélicos descrevem detalhes incríveis ao passo que outros descartam solenemente
qualquer significado tipológico. Haverá um equilíbrio? Poderemos escapar ao perigo da
super espiritualização? Poderemos escapar do risco de impor aos israelitas um
conhecimento, algo que eles não poderiam entender?
O propósito desta divisão de nosso estudo é dar ao aluno condições de tirar proveito
pessoal e ministerial desta parte de Êxodo sem incorrer em exageros tipológicos ( i.e.,
erros hermenêuticos ).
Restava agora, ao povo, garantir a presença de Deus em seu meio mediante a sua
obediência às estipulações da aliança. A presença de Deus entre o povo, todavia, exigia
um local apropriado de manifestação, onde a própria natureza Santa de Javé ficasse
evidente aos israelitas. Esta Presença Santa exigia certos cuidados, pois a absoluta
Santidade de Deus não aceitaria contaminação pelo inevitável pecado de Israel.
28
Quando o Tabernáculo é encarado dentro desta perspectiva de livramento e manutenção
do relacionamento entre Deus e o Seu povo ( Israel ), é mais fácil de entendê-lo
tipologicamente e aplicá-lo ao povo de Deus atual ( a Igreja ).
A lista que se segue é uma sugestão de como encarar tipologicamente as várias partes do
Tabernáculo e os objetos nele contidos.
Exemplos = Hb. 8. 5
29
Partes / Objeto Ref. Sugestão de Tipologia
Esta lista não pretende exaurir a tipologia do Tabernáculo. É antes um referencial seguro
para o aluno que começa seu estudo do Antigo testamento. Há bênção espiritual para
quem se dedica, com sabedoria, a tal estudo. A apostila de Levítico trará informação
adicional sobre o assunto.
30
31
OS FARAÓS DO EGITO ESPECIALMENTE RELACIONADOS COM ISRAEL
IV. O segundo Império Intermediário – Dinastias XIII – XVII ( c. 1750 – 1570 a.C.)
6. O governo dos hicsos nas dinastias XV – XVI ( 1720 – 1550 ) era composto de reis pastores
estrangeiros asiáticos. Governaram em Avaris, cidade localizada no delta do Nilo. Ali,
estabeleceram um governo de força e introduziram no Egito o cavalo e o carro de guerra.
32
8. Tutmés I ( 1539 – 1514 ) alargou consideravelmente as fronteiras egípcias. Talvez tenha
sido ele quem mandou matar todos os bebês masculinos de Israel, temendo o crescimento
do povo hebreu.
9. Rainha Hatshepsut ( 1504 – 1482 ) era a filha de Tutmés I. Ela usurpou o trono e iniciou um
governo forte quando seu meio-irmão e marido, Tutmés II, morreu. Foi, evidentemente, a
filha do faraó que adotou Moisés.
10. Tutmés III ( 1504 – 1450 ), embora não tivesse governado até 1482, talvez tenha sido o
faraó mais forte do Egito, conquistador e construtor. Grandemente ressentido com a
usurpação de Hatshepsut, tentou apagar a memória desta. Tendo derrotado os hititas em
Megido, em 1482, governou desde a quarta catarata, ao sul, até o Eufrates. Foi
provavelmente o Faraó de quem Moisés fugiu em 1585, apesar de a rainha Hatshepsut
ainda viver naquela época.
11. Amenófis II ( 1450 – 1426 ) ocupou o trono de seu pai Tutmés III, com a idade de 18 anos.
Alcançou Êxito em todas as guerras que empreendeu. Reinava no Egito quando o Senhor
enviou as pragas e tirou e lá seu povo. O Faraó seguinte não foi o seu herdeiro natural, mas
um filho que lhe nasceu mais tarde, o que sugere que seu primogênito tenha morrido.
12. Ramessés II ( 1290 – 1224 ), um dos faraós mais fortes dentre os dez Ramessés que
reinaram no Egito durante dois séculos, venceu os hititas da Palestina. Muitos supõem que
tenha sido ele o Faraó do êxodo. domínio hicso, os novos faraós naturais do país a
intensificaram, receosos diante da presença de uma nação estrangeria no Egito.
33
O SENHOR REVELA-SE EM ÊXODO
34
LEVÍTICO
DOS SACERDOTES
SOLENIDADES
INSTRUÇÕES
SACERD OTE S
PURIFICAÇÃO
PURIFICAÇÃO
OFERTAS
SEPARAÇÃO
SEPARAÇÃO
ALTAR
DO PO VO
DOS
POVO
DO
1 7 8 10 11 16 17 18 20 21 22 23 24 25 27
I. O LIVRO:
a) NOME :
35
b) AUTOR : MOISÉS
3. A frase inicial “o Senhor chamou” mostra uma forte ligação entre Êxodo e
Levítico. O Senhor, em Êxodo 40, começa a instruir a nação a partir do
santuário.
d) LUGAR : Sinai
36
g) FRASE CHAVE ( Palavras Chaves ) :
i) PROPÓSITO :
1. Foi escrito para revelar que a presença do Deus santo entre o seu povo exige uma
aproximação baseada em sacrifícios e a separação nacional de toda contaminação.
2. Convocar o povo para a santidade pessoal. Os muitos rituais são usados como
auxiliares visuais para retratar o Senhor como o Deus Santo e para enfatizar que a
comunhão com o Senhor deve ser na base da expiação pelo pecado e vida
obediente.
3. Deus exige nada menos que o melhor.
4. Antes de enfrentar luta armada com o inimigo, precisavam de uma comunhão
especial com o Senhor dos exércitos.
k) CONTRIBUIÇÃO AO CÂNON :
1. Revela a importância de santidade no povo
2. Provê o sistema religioso para a nação
3. Estabelece alguns padrões de relacionamento entre Deus e o homem
( sacrifício, mediação, etc. )
4. Dá um profundo sentimento de horror ao pecado.
Sobre Levítico:
37
6. “Falou o Senhor” – 56 vezes. Mais do que qualquer outro livro na Bíblia.
7. Eventos históricos em Levítico:
B. Leis do Sacerdócio
1. Consagração dos Sacerdotes ( cap. 8 )
2. Ministério dos Sacerdotes ( cap. 9 )
3. Transgressão dos Sacerdotes ( cap. 10 )
38
III. FATOS INTERESSANTES
V. APLICAÇÕES
1.
2.
3.
39
4. Por que Deus permitiu a escravidão?
5. Por que Deus matou os filhos de Arão ( Nadabe e Abiú )
CENÁRIO RELIGIOSO
40
Festas Sagradas de Israel e seu Significado
O propósito divino nas festas de Israel era o de trazer o elemento temporal para o círculo de
adoração. Eram os “encontros” do Senhor com Israel para comunhão, instrução e reflexão
sobre o relacionamento e as responsabilidades da aliança. O seguinte esquema é um
sumário das datas e funções específicas:
Objetivo: Dar descanso ao homem e aos animais e prover um dia especial para
Israel lembrar-se do Senhor que guarda a aliança.
Ritual: Abster-se de todo trabalho. Os sacerdotes deviam fazer as
ofertas diárias em dobro e apresentar novos pães da proposição
no tabernáculo.
Símbolo: Tipificava os crentes descansando na obra concluída de
Cristo ( Hb. 4. 1 – 10 )
41
4. Festa das Semanas ( Pentecoste ) – 6 de abibe ( domingo )
Objetivo: Agradecer a colheita da cevada, dedicar a próxima colheita
do trigo e lembrar o livramento da escravidão do Egito.
Ritual: Reunir os homens em frente ao tabernáculo; apresentar ao Senhor
dois pães levedados ( como alimento diário ); e mostrar liberalidade
para com o pobre.
Símbolo: Os dois pães tipificavam a dupla colheita do Espírito, das primícias
da Igreja e mais tarde de Israel ( Tg. 1. 18 ; Ap. 14. 4 ).
42
Sistema Sacrificial do Antigo Testamento
A. Deus sacrificou animais para vestir Adão e Eva na ocasião em que fez sua
aliança redentora ( Gn. 3. 15 – 22 ).
B. A oferta de sangue de Abel foi aceita “pela fé” ( Gn. 4. 4 ; Hb. 11. 4 );
C. Após o Dilúvio, Noé adorou a Deus com a oferta de animais limpos ( Gn. 8. 20 ).
D. Abraão, Isaque e Jacó adoraram a Deus com ofertas ( Gn. 12. 7 ; 26. 25 ).
E. Ofertar era quase uma prática universal dos povos antigos.
F. O Senhor apresentou um sistema de ofertas como a parte israelita da aliança.
43
Oferta de Adoração ( Lv. 1. – 3. )
Oferta pelo pecado Restauração à comunhão pelo A oferta de Cristo provê contínua
sangue de um substituto renovação pela confissão
( Hb. 9. 12, 26; 1ª Jo. 1. 9 ).
Oferta pela culpa Restituição pelos danos do A oferta de Cristo perante Deus
pecado contra Deus e o compensa o dano do pecado
próximo ( 2ª Co. 5. 19 ).
44
NÚMEROS
NOVO RECENSEAMENTO
NOVAS INSTRUÇÕES
NOVAS JORNADAS
INSTRUÇÕES
JORNADAS
CENSO
1 - 4 5 – 10. 10 10.1 – 14 21 - 25 26 - 27 28 - 36
I . NOME DO LIVRO:
A. Título
45
B. AUTOR:
46
B. Leis de Pureza e Separação ( caps. 5 e 6 )
C. Preparativos Finais para o Início da Marcha ( caps. 7 – 10 )
47
6. Dois trechos extensivos no NT usam muito o livro: 1ª Co. 10. e Hb. 3. 7 – 4. 6 .
4. Gênesis – eleição
Êxodo – redenção ( o povo eleito, agora, redimido )
Levítico – santificação
Números – correção
Deuteronômio – preparação
48
11. A confraternização com o mundo é grandemente perigosa para o povo de
Deus ( 25. 1 – 8 ).
12. Vale a pena servir a Deus fielmente. Apesar de ações ou atitudes de outros do
grupo, Deus reconhece fidelidade no meio da infidelidade → Calebe e Josué ).
V. APLICAÇÕES
1. Qual foi a natureza do pecado de Moisés ( 20. 10 )? Por que ele recebeu
julgamento tão severo?
CENÁRIO HISTÓRICO
49
1. Números começa com a ordem dada pelo Senhor em 1 de maios de 1444 a.C.
para se fazer o recenseamento do povo e termina com uma assembleia às
margens do Jordão, pouco antes da morte de Moisés. A data de 14 de abril
para a segunda Páscoa é dada retroativamente a fim de explicar a data
opcional para os que celebraram a Páscoa mais tarde ( Nm. 9. ).
CENÁRIO RELIGIOSO
1. Este livro trata de duas gerações de Israel: a primeira havia saído do Egito, e a
segunda estava para entrar em Canaã. A primeira tinha visto grandes milagres
realizados por Moisés e recebera a Lei de maneira também miraculosa. Seus
componentes foram, entretanto, destruídos por causa de desobediência e
rebelião. A segunda geração cresceu conhecendo a Lei e recebendo diariamente o
maná e estava familiarizada com o fato de Deus ter destruído, por causa da
corrupção, todos os habitantes do lado leste do Jordão.
50
perdoando-os sempre com base em sua aliança com Abraão e manifestando sua
misericórdia para com eles.
4. Após o funeral de Arão, começou um novo período com um novo sumo sacerdote,
Eleazar. À nova geração, tinham de ser ensinadas muitas das lições recebidas pela
primeira, como lições sobre murmuração, descrença e idolatria. O novo período
começava com o Senhor mostrando-lhes grandes vitórias na Transjordânia.
TEMAS SELECIONADOS
51
Violação do Sábado Apedrejamento
15. 32 - 36
Rebelião de Coré, Datã e Engolidos pela terra,
16. 1 - 40
Abirão devorados pelo fogo
B. O ACAMPAMENTO ISRAELITA
A figura mística de Balaão tem intrigado crentes de todas as épocas pela participação
nefasta que teve na história de Israel, apesar de parecer tão associado ao Deus da
Aliança. Este breve estudo procurará definir o verdadeiro caráter de Balaão.
52
1. Sua origem e contexto religioso
A História nos mostra que havia bastante contato entre a Mesopotâmia e o Egito
nesta ocasião ( o reino de Amenofis ), de modo que não é de estranhar a
aparente familiaridade de Balaão com os nomes e as afinidades de Javé e Seu
povo escolhido, Israel. O fato de Balaão demonstrar conhecimento detalhado
sobre Javé não aponta tanto para a sua ligação pessoal com Ele quanto para a
soberana capacidade divina de ilustrar até mesmo a rebeldia humana para
cumprir sua vontade. Quando Números é visto dentro do contexto do exercício
da soberania divina apesar da obstinada resistência humana, Balaão é quase que
o exemplo par excellence de tal verdade.
Balaão não é jamais chamado de profeta e, sim, de adivinho, uma prática proibida
aos israelitas ( cf. Dt. 18. 10 ). O fato de Deus ter se revelado a ele em sonhos não
o torna um profeta legítimo, pois o mesmo aconteceu a reis pagãos, como
Abimeleque ( Gn. 20. 3 ) e Nabucodonozor ( Dn. 4 ), em relação aos quais não há
qualquer reivindicação profética.
Balaão, embora advertido por Javé contra a atividade proposta por Balaque, cede
a ganância e insiste em ir. Deus o adverte contra seus motivos nefastos, mas
permite que acompanhe os dignatários moabitas, pois, em Sua soberania, irá
utilizá-lo para revelar Seu imutável desígnio quanto a Israel, naquilo que é uma
das profecias mais abrangentes de todo o A.T.
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acabaram por unir contra Israel Balaque ( “desvastado” ) e Balaão
( possivelmente “devorador” ).
D. AS CIDADES DE REFÚGIO
Entre muitos povos do OMA, havia um antigo costume de destacar certos locais,
geralmente de natureza cultural, como refúgios, nos quais, criminosos poderia buscar
proteção, escapando, assim, à pena devida aos seus crimes. Em Israel, o Tabernáculo
não poderia ser utilizado com tais propósitos ( cf. Êx. 21. 14 ; ver ainda o incidente em
que Joabe se agarra ao altar em busca de escape da condenação, imposta por
Salomão, a pedido de Davi, 1º Rs. 2. 28 – 33 ).
As Cidades Refúgio serviam para um duplo propósito: evitar que o homicida não
intencional fosse morto pelo vingador de sangue ( um parente próximo do morto ) e
evitar que a terra ficasse poluída pelo derramamento de sangue ( que seria agravado,
caso não houvesse meio de impedir a vingança indiscriminada. Como era necessária a
morte para expiar a morte, o homicida culposo ( havia várias instruções para a
determinação da ocasionalidade ou intencionalidade de uma morte ), deveria se
apresentar à Cidade de Refúgio mais próxima, e ali ter o seu caso apreciado pelos
anciãos e fosse constatada a natureza involuntária do homicídio, ali permanecer até a
morte do sumo-sacerdote, que seria uma expiação simbólica para a vida do homicida.
O sistema das Cidades de Refúgio ilustra de maneira interessante a obra de Cristo: em
primeiro lugar, a cidade em si ilustra a proteção oferecida contra as consequências do
pecado; em segundo lugar, a morte do sumo-sacerdote aponta para a expiação
definitiva obtida através da morte de Cristo.
54
bom resumo dos problemas levantados ( embora fique a dever boas soluções ).
Segue-se a lista de problemas e soluções:
c. Alguns textos sugerem que Israel não tinha gente suficiente para povoar a
terra. Wenham cita Êx. 23. 29 e Jz. 18. 16. Todavia, Êx. 23 menciona apenas
que a terra ficaria desolada se os demais habitantes fossem subitamente
eliminados. As provas materiais trazidas pelos espias sugeriam que Canaã
tinha capacidade para sustentar grandes multada e, ao que tudo indica, algum
tempo se passaria antes dos israelitas se adaptarem à vida de agricultura. Dois
milhões de pessoas sem técnicas morreriam de fome. Além disso, o texto de
Jz. 18. 16 não fala que 600 era a totalidade dos guerreiros de Dã.
Significativamente, Wenham não leva em conta Jz. 20. 16, onde a cidade Cibeã
tinha um batalhão de canhotos que constava de 700 homens.
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DEUTERONÔMIO
RETROSPECTIVA PROSPECTIVA
RECAPITULANDO A LEI
ÚLTIMAS CENAS
RECAPITULANDO
MOISÉS
PREPARAÇÃO
DA VIDA DE
ENTRADA
HISTÓRIA
MOISÉS
PARA A
A
1 3 4 11 12 30 31 34
1 11 12 34
I. O LIVRO
b. AUTOR: Moisés
e. TEMPO HISTÓRICO:
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f. VERSÍCULOS CHAVES : 6. 4 – 9 ( CAPÍTULOS CHAVES ): 28. , 29. , 30.
1
Observe a estrutura dos quatro discursos de Moisés: primeiro discurso: caps. 1 – 4; segundo discurso:
caps. 5 – 26; terceiro: caps. 27 e 28; quarto: cap. 29 e 30. Observe também a semelhança dos antigos
tratados de suserania
o vassalagem do século XV a.C.:
1) Preâmbulo ( 1. 1 – 5 );
2) Prefácio Histórico ( 1. 6 – 4. 49 );
3) Estipulação geral e específica ( caps. 5 – 26 )
4) Maldições e bênção vinculadas ( caps. 27 – 30 )
5) Testemunhas e arranjos sucessórios ( caps. 31 – 34 )
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C. Leis Sociais Especiais
1. Respeito pela Justiça e Discrição Moral ( caps. 22 – 25 )
2. Respeito pelo Dízimo de Deus. Senhor Soberano ( cap. 26 )
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4. Deuteronômio é um documento de renovação da aliança.
5. Deuteronômio é um livro de transição ( cf. Atos no NT ):
Velha Geração..................... Nova Geração
Deserto...............................Canaã
Peregrinação....................... Nação
Legalismo............................ Amor
Moisés.................................Josué
V. APLICAÇÕES
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Geisler, Norman: Nix, William Introdução Bíblica – São Paulo - Editora VIDA
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