Avaliação de Antropologia Jurídica
Avaliação de Antropologia Jurídica
Avaliação de Antropologia Jurídica
Turma: 1 U
TIA: 42146402
O Estados nação que formavam esses impérios, necessitavam de justificativas para dar
legitimidade a suas expansões colonialistas, pois era de suma importância ter apoio das
grandes massas populares para concretizar suas ambições imperialistas. A ideia de
superioridade racial, nesse contexto, será uma das mais eficazes ferramentas de
legitimação da expansão imperial. Citação: [...] os não-europeus e suas sociedades eram
crescente e geralmente tratados como inferiores, indesejáveis, fracos e atrasados, ou
mesmo infantis. Eles eram objetos perfeitos de conquista, ou ao menos de conversão aos
valores da única e verdadeira civilização[...]. Nesse sentido o Estado nação opera como
uma máquina de produção de “outros”, fazendo que os povos colonizados apareçam
como contraponto negativo da identidade europeia, criando no imaginário europeu uma
imagem, do sujeito colonizado, de oposição à civilização. Dessa forma, segundo Hardt e
Negri (2001, p. 141), “[...] a construção negativa de outros não europeus é, finalmente, o
que funda a sustenta a própria identidade europeia.”
É nesse sentido que Hardt e Negri (2001, p. 142) enfatizam que “[...] entre as
disciplinas acadêmicas envolvidas nessa produção cultural de alteridade, a antropologia
foi, talvez a rubrica mais importante, sob a qual o outro nativo foi importante para a
Europa e dela exportado.”; a antropologia surgiu como uma espécie de instrumento para
o Estado-nação, com um discurso legitimador das suas práticas dominação, envolvendo
uma perspectiva evolucionista, porém não limitou apenas a essa dimensão, pois a
relação entre antropologia e dominação colonial é complexa e ambígua e, por isso, não
se reduz apenas á simples instrumentalização da primeira pela segunda. A antropologia
fornecia não apenas um instrumento de grande, valia para legitimar a expansão
imperialista, mas também uma ferramenta importante para o exercício da dominação
nos contextos coloniais. Em contra partida, a dominação imperial oferecia á
antropologia seu “objeto” de estudo, ou seja, o povo “primitivo”.
[...] a descoberta intelectual das sociedades ‘ não europeias’ coloca, pois, em foco a
diversidade das formas sociais de pensamento e de comportamento e a das
instituições correspondentes. Mas é difícil, a principio, separa a abordagem
cientifica da abordagem ideológica ou moral desse fenômeno. A reação instintiva do
Ocidente face aos povos exóticos é o etnocentrismo, que, implícita ou mesmo
explicitamente, ajuíza das sociedades ‘não europeias’ pelo modelo europeu. As
concepções evolucionistas limitaram a constituição do campo de analise e pesquisa
da antropologia geral, e da jurídica, pois as mantiveram presas a categorias
analíticas problemáticas, tais como as de “raça” e “evolução unilinear”.