Disciplina Gestão de Pessoas
Disciplina Gestão de Pessoas
Disciplina Gestão de Pessoas
Funções Administrativas
AULA 2
Confira o que eles sugerem para ser bem sucedido nessas tarefas em
tempos de velocidade, incerteza e mudança permanente:
Resumo:Hoje em dia disputar uma vaga no mercado de trabalho não é sinônimo de possuir um bom
Curriculum vitae. Para quem quer alcançar o sucesso, além qualificação técnica deve possuir
competências capazes de aumentar o capital empresarial de uma organização e a perspectiva de vida num
mercado altamente competitivo. Com um planejamento organizado e objetivo, as empresas são capazes
de recrutar e selecionar melhor seus candidatos com potencial e perfil adequado para ocupar o cargo.
Este trabalho objetiva despertar o interesse pelos Processos de Recrutamento e Seleção de Pessoal
visando o benefício da empresa bem como seu valor e sucesso no mercado baseado nas pessoas que a
compõem. Para isso, realizou-se revisão bibliográfica de artigos na Internet e livros abordando o assunto
além de técnicas e estratégias empregadas, suas vantagens e desvantagens visando encontrar a pessoa
certa, para um cargo certo definindo assim qual candidato ou talento que ficará com o cargo.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.2 RECRUTAMENTO
Recrutamento Externo
O recrutamento é externo quando a organização procura preencher suas vagas com
candidatos externos atraídos pelas técnicas de recrutamento (ROCHA, 1997; CHIAVENATO,
2009).
No recrutamento externo há dois tipos de abordagem: a direta e a indireta
(CHIAVENATO, 2009): Recrutamento Direto O recrutamento direto é realizado pela
empresa sendo ela própria que recorre ao mercado através da mídia (meios de comunicação)
através dos quais a divulgação será efetuada (AIRES, 2007) podendo a empresa ser
identificada ou não (CÂMARA et.al., 2003); Recrutamento Indireto Quando o
recrutamento direto não é eficaz, ou quando a empresa não possui recursos próprios para
efetuar recrutamento e seleção ou ainda quando pretende distanciar-se do processo, a
organização opta pelo contato com empresas especializadas como headhunters (caçadores de
cabeças) search (consultores de pesquisa direta) e consultores de recrutamento (CÂMARA
et.al., 2003).
De acordo com Chiavenato (2009) e Rocha (1997) as técnicas de recrutamento são os
métodos através dos quais a organização aborda e divulga a existência de uma oportunidade
de trabalho junto às fontes mais adequadas de recursos humanos que proporcionem
candidatos para o processo seletivo. As principais técnicas são: Consulta aos arquivos de
candidatos ou bancos de talentos: os candidatos que se apresentam espontaneamente ou que
não foram considerados em recrutamentos anteriores devem ter um Curriculum vitae (CV) ou
proposta de emprego arquivada. O banco de dados ou banco de talentos pode ser organizado
por cargo, área de atividade, nível de cargo ou competências dependendo da tipologia de
cargos existentes ou das competências necessárias. Deve-se levar em conta que esse é o
sistema de recrutamento de menor custo e que, quando funciona, permite um prazo de tempo
dos mais curtos; Apresentação de candidatos pelos funcionários da empresa: sistema de
recrutamento de baixo custo, alto rendimento e baixo índice de tempo. A empresa que adota
esta técnica utiliza um dos veículos mais eficientes e de mais amplo espectro de cobertura,
porque o funcionário ao recomendar amigos ou conhecidos, sente-se prestigiado junto à
organização e ao candidato apresentado, tornando-se co-responsável junto à empresa;
Cartazes ou anúncios na portaria da empresa: sistema de baixo custo, mas cujo
rendimento e rapidez nos resultados dependem de uma série de fatores, como a localização da
empresa, proximidade onde haja movimentação de pessoas, proximidade das fontes de
recrutamento, visualização fácil dos cartazes e anúncios, facilidade de acesso. Nesse caso, o
veículo é estático, e o candidato vem até ele. É um sistema geralmente utilizado para cargos
de baixo nível; Contatos com sindicatos e associações de classe: não apresenta os
rendimentos dos sistemas anteriores, mas tem a vantagem de envolver outras organizações no
processo de recrutamento, sem elevação de custos. Serve mais como estratégia de apoio do
que como estratégia principal; Contatos com universidades e escolas, agremiações
estudantis, diretórios acadêmicos, centros de integração empresa-escola: mesmo que não
haja vagas no momento, algumas empresas desenvolvem esse sistema como propaganda
institucional para intensificar a apresentação dos candidatos; Conferências e palestras em
universidades e escolas: no sentido de promover a empresa e criar uma atitude favorável,
relatando o que é a organização, seus objetivos, estrutura e oportunidades de trabalho que
oferece, por meio de recursos audiovisuais (filmes, slides, etc.); Contato com outras
empresas que atuam no mesmo mercado: em termos de cooperação mútua os contatos
interempresas chegam a formar cooperativas de recrutamento ou órgãos de recrutamento
financiados por um grupo de empresas, o que permite uma amplitude de ação maior do que se
fossem tomados isoladamente; Viagens de recrutamento em outras localidades: quando a
empresa lança mão do recrutamento em outras cidades ou localidades o pessoal do órgão de
recrutamento efetua viagens, instalando-se em algum hotel, fazendo promoções pelo rádio e
pela imprensa local. Os candidatos recrutados devem transferir-se para a cidade onde a
empresa está situada, com benefícios e garantias, após um período de experiência; Anúncios
em jornais e revistas: é considerado uma das técnicas de recrutamento mais eficientes para
atrair candidatos. É mais quantitativo do que qualitativo, porque se dirige a um público geral,
abrangido pelo meio, e sua discriminação depende do grau de seletividade que se pretende
aplicar; Agências de recrutamento: organizações especializadas para atender pequenas,
médias e grandes empresas. O recrutamento por meio de agência é um dos mais caros, porém
compensado pelo pelos fatores tempo e rendimento; Recrutamento on-line: a internet está se
revelando um importante canal de contato entre organizações e candidatos. As organizações
estão apostando na internet para recrutar talentos e reduzir os custos dos processos de
provisão de pessoas. Ao acessar sites, o internauta encontra informações sobre a empresa,
oportunidades de trabalho, desenvolvimento de carreira, etc; Programas de trainees: muitas
empresas desenvolvem programas de trainees para recrutar, selecionar e preparar jovens
saídos de universidades para ocupar posições gerenciais ou técnicas em seus quadros após o
período de estágio programado devidamente supervisionado.
Recrutamento Misto
Apresenta-se como alternativa para ultrapassar as desvantagens de optar apenas por
recrutamento interno ou externo (AIRES, 2007). Um sempre deve complementar o outro
(CHIAVENATO, 2009). As vagas são divididas pelos candidatos internos e externos,
passando a ter as mesmas oportunidades sendo que a avaliação dos candidatos é feita de
maneira externa à organização para que não haja ou sofra influências (AIRES, 2007).
Chiavenato (2009) cita três alternativas de sistema a ser adotado no recrutamento misto:
Inicialmente recrutamento externo seguido de recrutamento interno; Inicialmente
recrutamento interno seguido de recrutamento externo e Recrutamento externo e
recrutamento interno concomitantemente.
SELEÇÃO
Encerramento: A entrevista deve ser aberta e fluir livremente, sem acanhamentos e sem
embaraços. É uma conversação polida e controlada. Seu encerramento deve ser elegante: o
entrevistador deve fazer algum sinal claro para demonstrar o fim da entrevista e, sobretudo
informar ao candidato como será contatado para saber o resultado ou quais serão os
desdobramentos daquele contato; Avaliação do candidato: Logo que o entrevistado deixar a
sala, o entrevistador deve imediatamente empreender a tarefa de avaliar o candidato enquanto
os detalhes estão frescos em sua memória. Se utilizou alguma folha de avaliação, deve ser
checada e completada, se não, deve registrar de imediato.
1) Classificação quanto à maneira como as provas são aplicadas: Orais: são as provas
aplicadas verbalmente por meio de perguntas e respostas orais. São perguntas verbais
específicas objetivando respostas verbais específicas; Escritas: provas aplicadas por
escrito por meio de perguntas e respostas escritas para aferir conhecimentos adquiridos;
De realização: provas aplicadas por meio da execução de um trabalho ou tarefa, de
maneira uniforme e com tempo determinado, como: digitação, desenho, manobra de
veículos ou usinagem de peças;
3. METODOLOGIA
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Treinamento e desenvolvimento de
pessoas
Acreditamos na
transformação pela
educação!
KELI PIRES
TRAINER DE
DESENVOLVIMENTO
• Treinamentos Comportamentais
Heutagogia - Onlearning
Quem ensina e quem aprende podem
ser a mesma pessoa.
Aprendizagem autodeterminada.
Neuroaprendizagem
Neuroaprendizagem
Neocórtex:
F. intelectuais superiores.
Sistema Límbico:
Emoções.
Complexo Reptiliano:
Sobrevivência
Plano de Aula
UAU!
Recursos
Práticas / Teorias
D3 - Direcionar a aplicação para a prática.
Autorresponsabilidade
PLANO DE AÇÃO
5 PONTOS IMPORTANTES
CONTEÚDO PARA UMA BOA
INSTRUTOR FACILITAÇÃO
PÚBLICO
ATIVIDADES
RECURSOS
Espaço para os seus principais insights
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41 9.9623-2232 I @kelipirescarreira I kelipires.com.br
O resultado que você não
tem, está na decisão que
você não toma.”
Keli Pires
Fale conosco ;)
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Plano de Ação –
Anotar: O que você fez? / Como foi? / Como se sentiu? / Como celebrou a sua pequena vitória?
TREIlIAMEilTO
Objetivos de aprendizagem
Após estudar este capítulo, você deverá estar capacitado para:
a Definir o conceito de treinamento e desenvolvimento de pessoas. i
¡t
o Definir como se 'Íaz a programação de treinamento'
o Explicar a implementaçáo do programa de treinamento. 'll
:l
a Definir como se avalia o programa de treinamento. ìl
'il
't
o Processo de Treinamento
a Mapeamento de ComPetências
o Diagnóstico das Necessidades de Treinamento
a Execuçáo do Programa de Treinamento
o Tipos de Treinamento
I Técnicas de Treinamento
a Avaliaçáo do Programa de Treinamento
a Tendências do Treinamento
g66 Gestáo de Pessoas . IDALBERTO ÛHIAVENAT0 EI-SEVIER
As pessoas constituem o principal patrimônio das namento para obterem um retorno garantido.
organizações. O capital humano das organizaçóes - elas, treinamento não é despesa, mas um
composto de pessoas, que vão desde o mais simples rnvestlmento, seja na org ntzaçâo como nas
J operário ao seu principal executivo - pâssou â ser que nela trabalham. E isso traz benefícios
uma questão vital para o sucesso do negócio, o prin- para a clientela.
cipal diferencial competitivo das organizaçóes bem-
sucedidas. Em um mundo mutável e competitivo, Conceito de Treinamento
em uma economia sem fronteiras, as organizações
precisam preparar-se continuamente para os desafios O conceito de treinamento pode âpresentar
!{I
da inovação e da concorrência. Para serem bem- tes significados. No passado, alguns
maneira excelente as tarefas específicas do cargo que riquece o patrimônio humano das organtzações. É o
deve ocupar. Modernamente, o treinamento é consi- responsável pela formaçáo do capital intelectual das
derado um meio de desenvolver competências nas organizaçöes. Muito embora, três concepções de tre-
pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas inamento sejam citadas neste capítulo, a terceira cer-
c inovadoras, a fim de contribuir melhor para os ob- tâmente receberá maior atenção e importância'
¡ctivos organizacionais e se tornarem cada vez mais Há uma diferença entre treinâmento e desenvol-
raliosas. Assim, o treinamento é uma fonte de lucra- vimento de pessoas. Embora os seus métodos sejam
rividade ao permitir que as pessoas contribuam efe- similares para afetar a aprendizagem) a sua perspec-
dvamente para os resultados do negócio. Nesses ter- tiva de tempo é diferente. O treinamento é orienta-
mos, o treinâmento é uma maneira eficaz de agregar do para o presente, focalizando o cargo atual e bus-
ralor às pessoas, àorganizaçáo e aos clientes. Ele en- cando melhorar aquelas habilidades e competências
relacionadas com o desempenho imediato do cargo.
O desenvolvimento de pessoas focaliza em geral os
cârgos a serem ocupados futuramente na organiza-
ALGUMAS DEFINIçOES DE TREINAMENTO ção e as novas habilidades e competências que serão
Treinamento é o prooesso de desenvolver qnali- requeridas.6 Ambos, treinamento e desenvolvimen-
cjacles nos recursos lrumanos para habilitá-los a to (T&D) constituem processos de aprendizagem.
serem mais produtivos e contril¡uir trelhor para o Aprendizagem significa uma mudança no com-
alcance dos objetivos organizactonais. O ¡rropcl portamento da pessoa através da incorporação de
sito clo treinamento é aunrentar a produtiviciade novos hábitos, atitudes, conhecimentos, competên-
<jr:s indivíduos em seus carclos irllluencianclcr cia e destrezas.
r
seLrs cornportamet ltos.
Através do treinamento - e do desenvolvimento
Treinamento é o processo cle ensitrar aos novos
enrpregados as h¿rttilida<ies l¡ásicas c¡lte eles tre-
-, a pessoa pode assimilar informações, aprender iii
r1'
o cortlportattlctrio rlns ctlil.rlctl¡rrlcrl; I ra tlttccáo Figura 12.1 mostra esses quatro tipos de mudanças tl
namento está relacìorrado conr as aluais tra,llili A maior parte dos programas de treinamento está 'l
I
dades e capacidades exigidas pelo cargo. Sua concentrada em transmitir informações ao colabora- I
orientaqão é ajudar os emptegados ¿t t.llilizat dor sobre a organízaçáo, suas políticas e diretrizes, ,i.
suas prirrcipais habiliclacJes e capactdacles para regras e procedimentos, missão e visão organizacio-
llr.
:r
serem benr-suceclidos. nal, seus produtos/serviços, seus clientes, seus con-
Treinamenlo é a experiência aprenclida que pro- correntes etc. A informaçáo guia o comportamento
duz urna muclanca relat¡varìente perñranente enì
das pessoas e o tornâ mais eficaz. Outros programas
um irrclivíduo e que rrtelhora sua capacidacle de
de treinamento estão concentrados em desenvolver
desempenhar Llrì cargo. O treinanrento pode etr-
as habilidades das pessoas, para capacitá-las melhor
volver uma nrudanca de habilidac-les. conheci-
mento, atitudes ou comportatnet.¡to. lsso sigttifi-
no seu trabalho. Outros visam ao desenvolvimento
ca mudar aquilo que os enrpregadc¡s conhecenl, de novos hábitos e atitudes para lidar com clientes
como eles trabalhanl, suas atitudes peranle o internos e externos, com o próprio trabalho, com as
seu trabalho ou suas tnteraçòes corn os colegas subordinadas e com a organizaçáo. Por fim, outros
ou supervisor.'' programas estão preocupados em desenvolver con-
Treinamento é o processo educaciotral de curto ceitos e elevar o nível de abstração das pessoas para
prazo e aplicado de r¡aneira sistemática e org:r que elas possam pensar, racionar, julgar, decidir e
rrizada, por meio do qual as pessoas aprencle rrt agir em termos mais amplos. Quase sempre' as orga-
conhecimentos, atitudes e competências etll nizações estão utilizando vários tipos de mudanças
:;
fu ncão de obletivos previamerrte clef iniclos.
de comportamento ao mesmo tempo em seus pro-
g6g Gestão de Pessoas lilr. lr, ìjìirÌ i;ìlì.r,ìi: iirl :f i ELSEVIER
rl;
1t
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¡t {r
I'l
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I
f'r
' i'ì Figura 12.1 . Tipos de mudanças de comportamento através do treinamento
l!¡
no nível organizacional, divisional e individual - didas ou satisfeitas. Essas necessidacles pr '':: ':
são definidas de maneira clata e objetiva para serem ser passadas, presentes ou futuras.
entendidas por todos os parceiros. A partir dessa ':,. Desenbo. É a elaboração do projeto otr:''
definição estabelece-se os programas de treinamen- gramade treinamento para atender às llc" ''
to para todas as pessoas envolvidas. clades diagnosticadas.
CAPil.ULo r2 . Treinamento g69
EI.SEVIER
tar clireta e intinramente lìgados aos programas 5. Princípios de aprenclizagem: o propósito do l&D
está na tnttclança do comportal¡ento das pessoas
cle T&D. O lernbrete é; a responsabilidade funda-
e a informacão deve ser a¡lrendida para que a lnLl-
morrtal pelo T&D é dos gerentes de linha' desde
pro- clança possa ocorrer Ne:ìt€r senticio as ciêrlciaç
o ¡rresiriente até a base da organizaçáo' Os
comportanrentais tênr berlr:fÌr';iaclcr oÍj llro!lr ¿ìrr
ì¿rs
f is:;iotrais de T&D clevetn
ptoporcionar a experti- ll
que faci-
de T&D com princípios de aprenclizagern ll
se tércnica.
litam o processo cle mudanÇa clas ¡lessoas'
il
Treinamento
r;ii
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A DISCIPLINA DOS LíDERES DO MERCADO9
]l;Ï
(::li No livro Disci¡tlina c/os Lícleres do Mercaclo,10 W¡erse- tentam em fazer a mesma coisa dia após dia so
l¡:,i.Ii", ma e Treacy afirmam que as empresas que lideram cl porque a fazem bem. Tenlam melhorar lodos os
¡. ili mercado oferecem o preço mais baixo ou acenam com dias e são ótimas nisso.
fr¡ tlllir
..,,¡r,
o melhor produto ou ainda oferecenr a cada cliente o 3. A terceira característica, e a maís importante. e
que ele quer sob medida. Para os autores, exislem que elas chegam à excelência de maneira extr*
3r;lh
três qualidades que são absolutamente vitais nas em- marnente disciplinada. Estão sempre concentra-
presas líderes de mercado. das em atingir um desempenho superior exata-
mente naquele ponlo que seus clientes valori'
1. Ái primeira característica é que elas centram o
zam. A formação e o lreinamento dos tuncioná'
foco num único ponto valorizado pelos clientes.
rios são voltados para essa meta. A sua cultura
Nåo tentam atender a todo tipo de solicitação
corporativa dá pleno apoio às pessoas para que
dos consumidores, nem podem oferecer o servi-
elas cheguem rapidamente lá. Elas constroem
ço mais completo e confiável ou o preço mais uma lremenda máquina operacional para entrÈ
þaixo ou o melhor produto. Elas oferecem algo gar aos clientes exalamente aquele determina
que n clienle valorize. O importante é que as lí-
do valor que elas priorizam. Essas empresas -
deres centram totalmente sua atenção nesse como a McDonald's, Johnson & Johnson, Herv-
ponto, däo o melhor de si para atingi-lo, e não se
letl-Packard, '[oyota e Ford - apóiam-se nas
preocupam tanto em ser as lnellrores em outros
pessoas e não é nenhum segredo como elas
pontos.
administram os seus negócios a partir das pes-
2. A segunda característica é que elas tentam me- soas. O treinamento está por trás disso tudo.
Ihorar continuamente o valor do que ofetecem
aos clientes com rnuita dedicacão. Não se con- 0 que você acha clisso?
ffi
ETSEVIER
CAPíruLo 12 ' Treinamento g7l
década e me¡a produz agora' vários anos depois de en- na rota do progresso. Para tanlo, capital e trabalho de-
cerrada, o seu derradeiro e mais cruel malefício, em' verão arrumar uma fórmula para atualizar multidóes
purrando a nata do operariado ao limbo da ignorância' de operários, sem aumentar custos' lsso requer con-
Empresas com produlos superespecializados, corno cessões de cada lado. As empresas precisam custear
fibras óticas contornam o problema recrutando operá- as aulas mas, em contrapartida, os sindicatos devem I
rios enlre os recém-formados de escolas superiores de endossar uma redução proporcional nos salários' Eis I
tecnologia. Empresas criativas do interior de São Fau- aí um tabu, pois a Constituição de 1988 proclama a ir- I
lo, onde há boa oferta de faculdades de engenharia, pa- redutibilidade dos salários. A cooperação e a ousadia I
gam cursos noturnos para uma parte de seus jovens permitiriam ensinar centenas de milhares de trabalha- L
louváveis, mas insuficientes. Na virada do milênio, a que deve consumir pelo menos 3.000 horas de aulas lt
gestão descentralizada suprimiu camadas de chefes e distribuídas em três anos para cada turma' Sem isso, ¡;
tou a distância entre o cérebro e as pernas da empresa, recer. Quando a empresa e seu pessoal se dispóem a
graças aos sistemas de informação. E estes, por sua conversar sobre a d¡stribuição de lucros, parece claro
vez, requerem dados precisos e pessoas capacitadas'
que já existe um ambiente adequado para elaborar
A redução de custos eliminou postos de trabalho e uma agenda construtiva.
porcionar informação. Vai muito mais longe' Signifi- Contudo, o processo de treinamento deve ser vi-
ca atingir o nível de desempenho almejado pela orga- sualizado com cuidado. Na verdade, ele pode ser
nizaçáo através do desenvolvimento contínuo das um círculo vicioso no sentido de zetar carências de
pessoas que nela trabalham. Para tanto, é desejável ffeinamento e voltar ao estágio inicial, pois foi ima-
criar e desenvolver uma cultura interna favorável ao ginado para os tempos de permanência da Era
aprendizado e comprometida com as mudanças na Industrial. Em tempos de mudança e inovação, na
organização. nova onda da Era da Informação ele precisa ser
g7Z Gestáo de Pessoas r,,,': r, i,ii.':,:r ", :,,'¡ l EI \ìt
t
?
ETSEVIER
apresenta. Essas necessidades nem sempre são cla- dores, paraaorganizaçáo e, sobretudo para o clien-
ras e precisam ser diagnosticadas a partit de certos te. Caso contrário, representará um desperdício ou
levantamentos e pesquisas internas capazes de loca- simples perda de tempo.
g7q Gestáo de Pessoas . llllll.¡li:lìt{l lllllllìli:NAlt¡ ELSEVIER
¡.lil r,:¡li[.¡rr:r¡;r il rus¡rtin5;írl]ilicl¡rk¡ ¡rcl{} rli;rr;lr/:r;ti¡:r¡ r.:i¿li; íì{}i.r il ilr:}rjr}{ìi¡.lr r:r¡l¡i o I)e'i t€r ¿l l.}r{rr.jrlnt¿¡câo tle freina-
¡lr,:ccf;1.;ic!¿rfi,*-; tltl Il'r:in;r¡lrt:rit¡.r ctç.: sr.¡¡lli ;ireas tlr,. r]r.liit. ¡rt i tr..¡ ;,¡*l r:r! u ild r+ l)¿¡ i'i.ì 5 ír nâ r' i: s ¡: a rê r¡¡; as. {) ur,: ri o c e
r ; r i r.¡
¡rr.rtrlltr';ilr. (.1;.lcla qr'r,-.ll{.r p¿ìsiì{lì.t a i.rahalhar junlatn<,rrrl{,r i;,i¡'i¿¡ nt¡ lrtr¡;rt 11c lVla¡'i¿: clo Ç¿¡r¡¡¡o?
C l¡
ser uma atividade contínua, constante e ininterrup- pode ser feito em quatro níveis de análise, como na
I 'll ta. Mesmo quando as pessoâs apresentam excelente Figura 1,2.5:14
;1r
I It
desempenho, alguma orientação e melhoria das ha-
bilidades e competências sempre deve ser introduzi-
1. Análise organizøcional. A partft do diagnósti-
co de toda a organizaçâo,para verificar os as-
cla ou incentivada. A base principal para os progra-
pectos da missão, da visão e dos objetivos es-
-ll.:rl
e
mas de melhoria contínua é a constante capacitação
tratégicos que o treinamento deve atender.
Diagnóstico organizacional
Determinação da missão e visão e dos
objetivos estratégicos da organização
Métodos de trelnamento
Como tre¡nar
ou recursos fnslruclonais
¡,., lJ
e-j' Figura 12.6. A programação de treinamento
r:ii
3:t {, Um conlpromisso com o enttlsiasmo rlo clie nte. Hxecução do Prograrna
f '.llr 2. tJr'¡l cr:in¡.1'rtrilit;i;{, {;ortì a cxcelência.
de Treinamento
l,:i¡ 3,, 'l'ratralhrr dr: er:¡uiPo.
4, Gonfianr;a e rertpeiïo pelas ¡tessoas. A condução, implementação e execução do progra'
e .'-.!n
5, lVfu:lilr¡l'ia conlírrua.
ma de treinamento é a terceira etâpa do processo
(,:,$
.A trarr:ifsriinr.:ia dr:sses valc¡les lr¿lra o pror:esso cle Há uma sofisticada gama de tecnologia de treine
]l:rl y:rotlr.r<.:ãr: fai h¡lstantc' difícil, mas transferi-los para ¿l mento. Existem várias técnicas para transmitir as in'
(lìt
l.-rlu
area rle vendas foi pior. [::eii rreçessário até mt¡dar o vr¡' formações necessárias e desenvolver as habilidadc
caklulárie¡ rJa entpresa, cr.l¡Tt os revendedores viranclo requeridas no programa de treinamento.
-.
fl.
ii{
-'.;rl varejistas. as concessionárias virando t¡nidades de
.a¡¡,
varejo o os veneletlores lor¡rando'se consultores ele
tt.lil vendas. lsso exigiu uma tnuclança radical da itnagetn Tipos de Treinamento
do velldeclor de carros que faz qualquer coisa para ob-
O treinamento pode ser entregue de várias maneiras:
ier varrtagenrì em umê venda. Foi defi¡rida uma r¡ova Ïi-
lc¡sofia conticla nos Seis Passr¡s para o Ëntusiasmo do no trabalho, na classe, pelo telefone, através do com'
{Jonsunridor, a sabcr: putador ou via satélite. A mídia é muito variada.
Quanto ao local onde ocorre, o treinamentc
l. C)uvir o cliente. pode ser:
2. Criar um clima de coniianca nrútua.
3. Exceder às expectativas do cliente.
4. Criar uma cu¡tura de vencedores.
5, Fazer o acompanhamento do clietrte cle forn'¡a a
ässegurar-se de que suas expectativas foram AS BARREIRAS ESTÃO DESMORONANDO
plenamente atingidas. As erlpresas estão adicionando aprenclizagenr enr
6, Melhorar continuarnenle;r itnagetrt da qualidade seus sites para prollorcionar maior valor aos seus
cle produtos e serviçus períìnte t¡ consumidc¡r. clientes e par¿ì aunrerrtar a leald¿rcle aos seus si1es.
Como você ¡rrojetaria urna aborclagem de lreina- Veja na interrret. www.kodak.cotr: www.clju.cotn,
mento con'l urna relaca<l cle cuslc¡sibenefício para uma www.tclrvater-housc.conr ; www. ameritraclepl us.conr.
rlr:va ç¡eraçäo de consullores c.le venelas cla ern¡rresa?
ffi
EIJEVTER
OAPíTULO 12 ' Treinamento 977
tìa¡il
1. Habilidades gerenciais 74,3
{lllì 2. Habilidades de supervisão 73,4
ùra¡¡l
3. Habilidades técnicas/atualizaçáo de conhecimentos 72,7
4. Habilidades de comunicação 66,8
5. Serviços e relaçoes com clienles 63,8
6. Desenvolvimento de executivos 56,8
7. Novos métodos e procedimentos 56,5
8. Habilidades de vendas 54,1
9. Habilidades burocráticas e de secretariado 52,9
10. Desenvolvimento pessoal 5.1,9
11. Habilidades básicas com computadores 48,2
12. Relaçoes com empregados 44,9
.f
3. Prevençáo de acidentes/promoção da saúde 38,9
14. Educaçáo do consumidor 35,7
15. Educação básica para prevençâo 18,0
TECNOLOGIA DE TREINAMENTO
sonora às demais pessoas dentro de uma rede
A tecnologia de treinamento refere-se aos recursos
de telefones de uma empresa' O correio de voz é
didáticos, pedagógicos e instrucionais utilizados no
utilizado em organizaçóes engaiadas ern pro'
treinamento. A tecnologia da informação está influen-
gramas de qrralidade total'
ciando os métodos de treinamento e reduzinclo custos
operacionais' Novas técnicas de treinamento estão se
4, Correio eletrônico. A e-mail é uma forma de co-
municação eletrônica que ¡:ermite às pessoas
impondo às tradicionais, como:
comunicarem-se com outras através de mensa-
gens eletrônicas enviadas através de computa'
1. Flecursos audíovisuais. lmagens visuais e infor-
dores ligados a redes de computaclores' Além da
mação em áudio são poderosas ferramentas de
comunicaçáo' Gravar e registrar aulas, mensa-
lnternet, muitas organizaçóes estão desenvol-
gens e apresentaçóes audiovisuais para serem vendo redes ¡nternas baseadas na lnternet (intra-
nets) para incrementar a inleração eletrônica' A
repetidas a muitos treinandos, iuntos ou separa'
lnternet 2 perm¡te maior interconectividade com
damente é o meio mais utilizado' O CD-FOM e o
DYD Video Ðisc) permitem gravar pro- escolas e universidades do mundo todo'
{Digitat
gramas de treinamenlo que podem ser distribuí' 5. Iecnolog ia de multimidia. Ê' a comunicação ele-
dos e apresentados em vários locais diferentes
trônica que integra voz, vídeo e texto, codifica-
em qualquer ocasiáo.
dos digitalmente e transportados por redes de
fibras óPticas.
2. Teleconlerência' É o uso de equipamento de áu-
6. Treinamento a distância. Também denominado
dio e vídeo para permitir que pessoas partici-
pem em reuniões, mesmo quando distantes en' e-learning ou treinamento virtual - é o treina-
mento feito através da lnternet' Pode ser síncro-
tre si ou da localidade do evento' Uma videocon-
no (quando a transmissão é feita na hora, a pes-
ferência de quatro horas com quatro pessoas
economiza em média R$5.000 reais em viagens soa assistindo no computador) ou assíncrono
(quando a pessoa localiza a qualquer hora no
de avião e despesas de hotéis e restaurantes'
s¡te o programa que deseia assistir)' O treina-
3. Comunicaçóes eletrónicas' Os avanços na tec-
nologia da informação estáo permitindo comu' menlo a distância oferece fortes vantagens: po'
de ser feito a qualquer hora e em qualquer lugar'
nicaçöes interat¡vas entre pessoas fisicamente
distantes. Pelo correio de voz (voice mail) o dire- Seu custo quando comparado com os progra-
mas convencionais é baixíssimo'
tor atua como fonte enviando uma mensagem
municação que envolve uma situação de mão recer dúvidas ou significados ou verificar
3 rtt an
única na qual um instrutor apresentâ verbal- treinandos compreenderam o material dc
C ¿tl mente informação a um grupo de ouvintes. O tura. Há pouca ou nenhuma opo
Iì r.tl
ß!t
LTr.
instrutor apresenta a informação nessa situa-
ção de treinamento) enquânto os treinandos
participam ouvindo e não falando. Uma van-
para prâtica. reforço, retroação ou
mento dos resultados. O ideal seria tornr
material mais significativo ou intrin
I
tagem da leitura é que o instrutor expöe aos motivacional para os treinandos. Essas li
D*ï
t 't¡ .¿û treinandos uma quantidade máxima de infor- ções fazem com que a leitura tenha pouco
'i¡ù
mação dentro de um determinado período de lor para promover mudanças atitudinais
a¡¡ tempo. A leitura, todavia, apresenta desvanta- comportamentais.
t¡¡¡ gens. Por ser um meio de mão única, os trei-
{tl 2. Instrução programada. É.t-" técnica
ll nandos adotam uma postura passiva. Pouca dapara transmitir informação em progr
.¡l ou nenhuma oportunidade existe para escla- de treinamento. A aprendizagem prograrÞ
I r ¡ll
tì"
,.11
t .it; Orientadas Leitura, inshuçáo programada,
instrução assistida
para o conteúdo
(:ìù por computador
¡ {itul
¡.iÍl Quanto
ao
Orientadas Dramatizaçâo, treinamento
da sensitividade, desen-
3.1:rJl para o processo
uso volvimento de grupos
l - ¡¡¡¡
3ü'ill Estudo de casos, jogos e
MiStaS
simulações, conferências
(conteúdo e processo)
e várias técnicas on-the-job
Técnicas
Antes do ingresso Programa de induçáo ou
de Quanto na empresa de integração à empresa
ao
treinamento
tempo
Treinamento no local (em
(Epoca) Após o ingresso
serviço) ou fora do local
na empresa
de trabalho (fora de serviço)
Treinamento em tarefas,
No localde
rodízio de cargos,
Quanto trabalho enriquecimento de cargos
ao
local Fora do local
Aulas, filmes, painéis, casos,
dramatizaçáo,debates,
de trabalho simulaçóes, jogos
da é uma técnica para instrução sem a presen- tumam divulgar as horas de treinamento per
ça ou intervenção de um instrutor humano. capita para avaliar o tempo do aprendiz em
Pequenas partes da informação que requei- classe.
ram respostas relacionadas são apresentadas 4. Computer-based training (CBT): é o rreina-
individualmente aos treinandos. Estes po- mento com a ajuda da tecnologia da informa-
dem determinar suas respostas, sabendo se
ção (TI). Pode ser feito através de CDs, DVD,s
compreendeÍam a informação obtida. Os ti-
ou disquetes com ajuda de multimídias (gráfi-
pos de respostas solicitados aos treinandos
cos, animação, filmes, áudio e vídeo).
variam conforme a situação, mas geralmente
são múltipla escolha, verdadeiro-falso etc. 5. E-learning.' refere-se ao uso de tecnologias da
Tal como o método de leitura, a aprendiza- internet para entregar uma ampla variedade
gem programada tem vantâgens e desvanta- de soluções que aumentam o desempenho e o
gens. Entre as vantagens é que pode ser com- conhecimento das pessoâs. Recebe também o
putadorizada e os treinandos absorvem o co- nome de web-based training NøBT) ou online
nhecimento em suas próprias casas, sabendo training. O elearning se baseia em 3 funda-
imediatamente se estáo certos ou errados e mentos:
participando ativamente do processo. A prin- 1. Permite uma rede (network) que torna ca-
cipal desvantagem é que não âpresenta as res- paz de afi;alizar, armazenar) distribuir e
postas ao treinando. compartilhâr instantaneamente conteúdo
3, Treinamento em classe: é o treinamento fora de instrução ou de informação.
do local do trabalho, isto é, em sala de aula. 2, Pode ser entregue ao usuário final via com-
Os aprendizes são reunidos em um local e as- putador utilizando tecnologia padrã.o da
sistidos por um instrutor, professor ou geren- internet.
te que transmite o conteúdo do treinamento. 3. Focaliza o aspecto mais amplo daaprenðiza-
Trata-se de uma situação de laboratório e gem, ou seja, vai além dos paradigmas tradi-
isolada do local de trabalho. É o tipo de rrei- cionais do treinamento. Não é limitado à en-
namento mais utilizado. As organizações cos- trega de instrução (característica do CBT).
EL*'.!
Além disso, o e-learning tÍaz os seguintes bene- deve-se avaliar se o programa de treinament() :cú
fícios: de às necessidades para as quais foi desenhad,'
As principais medidas para avaliar o trcrq
!" Baixo custo: é o meio de informação ou ins- mento são:
trução mais barato.
:Ì. Melhora a reatividade do negócio: pode en- i,. Custo: qual o valor investido no progr.ìn'-¡ r
tC rl
apresentado da mesma maneira) ou customi-
zado (quando é ajustado para diferentes ne-
ll. Seruiço; se o programa atendeu às neces.:J
des dos participantes.
I lr cessiclades de aprendizagem das pessoas ou n,. Røpidez: como o programa se ajustou ao. r
t lr
il
grupos). vos desafios oferecidos.
¿1. Pode ser atualizado instantaneamente) tor- iì" Resubados: quais os resultados que o pr()Fl
nando a informação mais acurada. ma ofereceu.
_11 l¡" Pode ser acessado em qualquer tempo ou lu-
Q- "r
t'; gar. Sua abordagem é do tipo just in time - Se a resposta às questões acima foi positir.r.
l':
a .,! li.
any time. Pode ser local ou global.
Universalidade: pode ser acessado através dos
programa de treinamento foi bem-sucedido. Sc i
negativa, o programâ de treinamento não atint
t.,
I protocolos internacionais da internet. seus objetivos e o seu esforço ficou inváliclo e
(, .'l;i ,¡. Constrói comunidades de prática, um tremen- efeito.
'r
.', l' clo motivacloÍ para a aprendízagem organiza- A avaliação do programa de treinamento aiud,
f,l cional. ter em mente umâ questão fundamental: qual t
I:; lÌ. Escalabilidade: os progrâmas podem mover objetivo do treinamento? E em qual extensão e:
1. .,'
de 10 para 10.000 pessoâs sem o menor esfor-
objetivo foi alcançaclo? Kirkpatrick2i sugere qu,rt
{. , ì:r,i níveis de resultados na avaliação do treinamento:
I ço ou custo incremental.
"i
:a,r,i ,ll li. Proporciona um serviço valioso parâ o cliente
'l . Reação: é o "teste do sorriso" ou reação
¡ ¡t
quando focado no esforço de e-commerce
aprendiz. Mede a satisfação dos participan
r.:.;il para ajudar clientes a buscar benefício do site.
quanto à experiência do treinamento. Se o
cilitador atraiúa atenção do grupo, se o par
cipante gostou dos exercícios, se a sala é c<
;l \ :!i i:t r l, :ri,i.; i;: t¡'¡.:i t¡ F,t b.Clç.} fA flt el
fortável e se recomendaria o treinamentr
iir I ll ,'rr.rïlrl{ìliìiì{lr"¡'iff
outros.
É preciso saber se o programa de treinamento atin- î:.. Aprendizødo; avalia o treinamento quanto
giu seu objetivo. A etapa final é a avaliaçáo do pro- nível de aprendizagem e se o pârticipante r
grama de treinamento para verificar sua eficácia, quiriu novas habilidades e conhecimentos e
isto é, pâra ver se o treinamento realmente atendeu mudou suas atitudes e comportamentos col
às necessidades da organização, das pessoas e dos resultado do treinamento.
clientes. Como os programas cle treinamento repre- i.:1" Desempenho: avalia o impacto no trabal
sentam um investimento em custo - os custos inclu- através das novas habilidades de aprendi
em materiais, tempo do instrutor, perdas de produ- gem e adoção de novas atitudes que mudar
ção enquanto os indivíduos estão sendo treinados e comportamento. As mudanças de compot
não desempenhando seus cargos - requer-se um re- mento devem ser avaliadas âtrâvés de obs
torno razoâvel desse investimento. Basicamente, vação, avaliação 360o ou pesquisas coÍl os,
ffi
ETSEVTER
CAPíTULO 12 . Treinamento ggg
3:l:
ß:,, laboradores. Se não há mudanças comporta- racionais, âumentar a lucratividade, dimi
mentais então o treinamento não está funcio- rotatividade ou reduzir o tempo de ciclo
lii nando ou há algo estranho no progrâma de
treinamento. Quando o colaborador retorna
do tem um propósito definido neste
I
ao ambiente de trabalho muitos fatores em Posteriormente, foi incluído um quinto nír'el
r,!l
t.f conjunto podem apoiar a mudança comporta- av aliaçáo do treinamento :
mental incluindo o papel de apoio do gerente
I ii, e um clima que facilita e incentiva a tentâtiva 5. Retorno do inuestimento; também de
ì:l de um novo comportamento. nado ROI (return on inuestment)
J'rx ,t. Resubado: trâta-se de medir o impacto do trei- valor que o treinamento agregou à
(.i! namento nos resultados do negócio da organi- ção em termos de retorno sobre o in
l.'-iu zaçáo. O treinamento pode reduzir custos ope- mento feito.
f ,:,i,
Il:;:lr Maior
(:ìù O programa de treinamento Provoca
l. ¡.1 5. Relorno do lrìveslimento benefícios para a empresa e seus resultados
¡..11[ compensam fartamente os custos envolv¡dos.
f .l,tr lr¡t
-
3!.1[l O programa de treinamento provoca ¡mpacto
4. Resultacìo nos negócios da empresa e agrega valor à
o organizaçáo, ao cl¡ente e ao mercado.
tr
o
E
(ú
c O programa de treinamento provoca mudanças
o
Ë no comportamento do aprendiz no trabalho.
3. Desempenho
o Há transferência de aprendizagem para o local
It de trabalho e para a ativ¡dade do aprendiz.
o
o
(E
CL
Ê O programa de tre¡namento provoca mudanças
2. Aprenclizagenì no conhecimento, habilidades e atitudes do
aprendiz e melhora suas competências pessoais.
Noções de Liderança
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar o perfil do líder e sua relação com o sucesso das
organizações. Desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica dos estilos de liderança sugeridos
pela literatura, salientando suas principais características, possibilitando identificar o perfil de
liderança predominante nas organizações. Com o passar do tempo a concepção de liderança
sofreu mudanças positivas, onde, as organizações precisam diferenciar-se das outras e manter
um ambiente de competitividade. Portanto, pode-se concluir com o presente trabalho que o
papel de líder é estar sempre buscando capacitação profissional, aperfeiçoamento técnico e
pessoal. Por meio das referências exploradas, percebe-se que o perfil de liderança é
predominantemente situacional, com tendência a práticas modernas de liderança e gestão.
1 INTRODUÇÃO1
tem que saber entender e lidar com as pessoas, pois é através das pessoas que as acontecem as
ações das empresas. A competitividade e a lucratividade das organizações atualmente não estão
mais sendo decididas por máquinas ou pela tecnologia ou mesmo pela capacidade de produção
e flexibilidade de processos, mas pelas pessoas que trabalham nessas organizações (HUNTER,
2014).
A liderança é um dos assuntos mais discutidos dentro das empresas e o líder tem uma
função muito importante na organização (BERGAMINI, 2012). Assim, o presente trabalho tem
como objetivo analisar o perfil do líder e sua influência no sucesso das organizações, pois, a
figura do líder, existe desde o início das civilizações e passou a ser uma competência cada vez
mais exigida dos profissionais dentro das empresas (HUNTER, 2014).
A importância do tema justifica-se em virtude do grande desafio que o administrador
enfrenta na atualidade que é encontrar um profissional com espírito de liderança, motivador,
que saiba trabalhar em equipe, que crie ações estratégicas que deem certo dentro da empresa,
pois novos desafios impostos por conta da profunda transformação pela qual o capitalismo vem
passando, sustentado pela econômica digital, pela econômica global e pela economia
instantânea (PEREIRA e HELDEMANN, 2001).
O líder é um componente de grande importância para o sucesso de uma organização,
pois, é ele que faz com que os objetivos e as metas almejadas sejam alcançados. E é essa grande
importância do líder na sociedade e no mundo empresarial que será demonstrado neste trabalho
(MAXIMIANO, 2010). Assim, será realizado o estudo da teoria da liderança, os quais sugerem
que a organização seria mais eficiente na execução de seus objetivos, se fossem realizados
ajustamentos concretos as reais necessidades de seus membros.
O estudo encontra-se estruturado da seguinte maneira: a primeira seção limita-se à esta
introdução; a segunda seção remete aos constructos teóricos que abordam os conceitos de
liderança, o conceito de líder e suas características e o conceito de líder de sucesso; a terceira
seção apresenta-se a metodologia empregada na pesquisa, na quarta seção são apresentadas as
análises dos dados com base na pesquisa bibliográfica realizada e; a quinta seção traz as
conclusões do estudo, limitações encontradas e sugestões para novas pesquisas.
2 LIDERANÇA
A liderança de acordo com estudos de Jogulu e Wood (2006) vem sendo estudado desde
o século XVIII, e que pesquisas sobre o comportamento dos líderes passa por diversas linhas
312
teóricas até chegar as teorias contemporâneas. Assim os estudos de Fiedler (1968) trata a
liderança como uma relação interpessoal, onde um indivíduo controla outros indivíduos por
meio das variáveis poder e influência, ou seja, controla e dirige suas ações. Já Gibb (1970),
define o líder como uma pessoa que se destaca em determinado grupo, devido a sua capacidade
de influenciar os grupos e se adaptar as situações. Seguindo esse pensamento Bass (1990),
liderança é a interação entre indivíduos num gripo que envolve estruturação e reestruturação de
situações.
O bom líder é aquele que consegue estimular os funcionários, vender os objetivos à
equipe, e favorecer um bom clima no ambiente de trabalho. Líder, chefe, comandante,
autoridade, são algumas das primeiras palavras que nos ocorrem quando pensamos em
liderança. É comum, também, sermos tentados a entender que liderar é tarefa para aquelas
pessoas com quociente de inteligência - QI elevado, mais autoconfiantes ou bastante
ambiciosas, ou ainda aquelas que têm sutis habilidades sociais. Contudo, observa-se que
atualmente o conceito de liderança é colocado da seguinte forma: Liderança representa a sua
capacidade de influenciar pessoas a agir (HUNTER, 2014).
A liderança esta relacionada na capacidade do líder ser prestativo para assim, refletir
uma boa aparência para seus funcionários. Um bom líder deve ser observador para saber como
esta o comportamento da sua equipe para poder direcioná-los de forma que venham render
dentro do ambiente de trabalho (CHIAVENATO, 2009).
Dois aspectos podem definir a liderança, em primeiro lugar, elas conservam o
denominador comum de que a liderança esteja ligada a um fenômeno grupal, isto é, envolve
duas ou mais pessoas. Em segundo lugar, fica evidente tratar-se de um processo de influencia
exercido de forma intencional por parte dos líderes sobre seus seguidores (BERGAMINI,
2012).
A liderança esta relacionada com a motivação dos seus colaboradores. O líder é como
um servidor da organização e das pessoas que trabalham com ele. Todas estas concepções
possuem um traço em comum: o líder deve proporcionar ao seu liderado o apoio necessário à
motivação no trabalho (MAXIMIANO, 2010). Assim, de acordo com o autor, a motivação deve
ser relacionada ao jeito de ser do funcionário, não cabe o líder influenciar na sua personalidade,
mas cabe ao líder, direcioná-lo, mostrando o melhor caminho.
A motivação e a liderança parecem definitivamente unidos na teoria e na prática por
uma relação de causa e efeito. Mas, a função do líder não é motivar seus liderados, pois, a
motivação é uma força intrínseca, mas cabe ao líder manter seus liderados motivados. Não é
313
sempre que o líder irá se deparar com uma equipe voluntariamente motivada. Muitas vezes, ele
precisa saber criar um ambiente no qual o trabalhador possa despertar o seu potencial
motivacional. É certo que esta tarefa é muito mais difícil do que apenas manter o trabalhador
motivado. Por isso, todo esforço no sentido de não desmotivar um trabalhador é fundamental
no processo de liderança (BERGAMINI, 2012).
O líder deve motivar seus funcionários durante o trabalho em equipe garantindo o bom
andamento e o rendimento das empresas (CHIAVENATO, 2009).
Também se conceitua liderança como a capacidade de acionar e manter a motivação dos
trabalhadores para o alcance dos objetivos propostos pela organização. Pode-se, assim,
conceber o líder como o administrador empenhado em promover o crescimento de seus
subordinados rumo à participação e à criatividade, utilizando-se, para tanto, da delegação e
tornando-se, assim, um servidor. Ser líder não é ser o chefe ou o gerente, é muito diferente disto
(MAXIMIANO, 2010).
Para poder ser líder de sucesso de qualquer equipe, o individuo deve ter capacitação e
experiência suficiente para poder liderar a equipe no cumprimento dos objetivos e tarefas
propostos (CHIAVENATO, 2009).
Chefe é alguém que exerce o poder de mando em virtude de uma autoridade oficial ou
oficiosa. Líder é uma pessoa que, graças à própria personalidade e não a qualquer injunção
administrativa, “dirige um grupo com a colaboração dos seus membros” (MAXIMIANO, 2010,
p. 28).
Para os que compõem o grupo, liderança pode ser sinônimo de prestígio, de manutenção
de determinado posto, de realização de atividades importantes para o grupo ou de uma relação
emocional entre o líder e o grupo. Paralelamente a isso, pode estar associado o cargo que a
pessoa exerce ou não; decerto deve-se verificar o grau de influência que essa pessoa exerce
sobre os demais e como isso se dá, ou seja, qual a forma sob a qual a liderança é exercida
(GAUDÊNCIO, 2009).
Certamente, não há um consenso acerca de um único sentido para o termo líder. O que
é incontestável é que o termo seja aceitável para todos os interessados em liderança. A palavra
liderança é usada não só para designar quem comanda (chefe) como para quem guia (líder). Na
prática, há enormes diferenças nos tipos de liderança. Às vezes o chefe não lidera e sim tem um
poder autoritário sobre os liderados. Já o líder é a pessoa que tem influência sobre os membros
do grupo ou equipe. Sendo assim, o líder e toda a sua equipe devem trabalhar juntos, pois um
314
vai de encontro ao outro, para a realização das estratégias, metas e objetivos (TOURINHO,
2011).
O estilo de liderança corresponde nas atitudes de um líder com sua equipe de trabalho.
Para Maximiano (2010, p. 30), “a liderança é classificada em dois estilos podendo ser
autocrático ou democrático, dependendo do líder centralizar ou compartilhar a autoridade com
seus liderados”.
O estilo Autocrático é a centralização de poder de decisão no chefe, quanto mais
concentrado o poder de decisão no líder, mais autocrático é seu comportamento ou estilo. O
estilo autocrático pode degenerar o tornar-se patológico, transformando-se no autoritarismo já
o estilo Democrático é a divisão dos poderes de decisão entre chefe e grupo, quanto mais às
decisões forem influenciadas pelos integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento
do líder (MAXIMIANO, 2010). De acordo com Chiavenato (2009, p. 23) “os estilos de
liderança podem ser: Autoritário, paternalista, democrático e situacional”.
A liderança autoritária é quando o líder toma as decisões sem consultar o grupo, fixa as
tarefas de cada um e determina o modo de a se concretizar. Não há espaço para a iniciativa
pessoal, sendo este tipo de liderança gerador de conflitos, de atitudes de agressividade, de
frustração, de submissão e desinteresse, entre outras. A produtividade é elevada, mas a
realização das tarefas não é acompanhada de satisfação (CHIAVENATO, 2009).
A liderança paternalista de acordo com Lacombe (2003, p. 89), “é uma liderança que
visa o fim dos conflitos em grupos, que visa um relacionamento amável, onde o líder tem uma
postura de representante paternal do grupo”.
A liderança democrática parte do princípio de que o grupo atingiu a maturidade e não
necessita de supervisão de seu líder. Assim, os liderados ficam livres para pôr seus projetos em
prática, sendo delegado pelo líder liberal. Neste tipo de liderança o grupo atingiu a maturidade
e não mais precisam de supervisão extrema de seu líder, os liderados ficam livres para por seus
projetos em prática sendo delegado pelo líder democrático (CHIAVENATO, 2009).
Por fim a liderança situacional baseia-se no fato de que cada situação requer um tipo de
liderança diferente, para se alcançar o melhor dos liderados. Um líder situacional deve ser
versátil e flexível, sabendo adequar seus estilo, de acordo com a pessoa com quem trabalha e
coma situação. Este líder utiliza o que há de melhor nas lideranças Autocrática, Liberal e
315
Nesse tópico será descrito três abordagens distintas e reconhecidas no estudo do tema
liderança. A primeira abordagem é baseada nos traços, onde se focaliza essencialmente as
características de personalidade do líder. A segunda abordagem é a comportamental, baseada
no estilo ou comportamento dos líderes. E a terceira abordagem definida como situacional ou
contingencial, cujo objetivo visa conhecer a eficácia do líder as variáveis do ambiente que
influenciam no desenvolvimento do vínculo líder e liderado (PEREIRA e HELDEMANN,
2001).
A teoria dos traços de acordo com Bergamini (1994) predominou até a década quarenta,
tendo testes psicológicos incrementados a partir de 1920 até 1950. Ainda o autor identifica que
os estudos desenvolvidos neste período tinham como orientação avaliar a existência de um
determinado traço comportamental entre um grupo de pessoas que ocupassem posições de
liderança e outro grupo que não estivessem na posição de liderança.
Resultados das pesquisas disponíveis acerca de liderança que datavam de 1904 a 1948,
encontrando aproximadamente 124 projetos voltados a esse tipo de enfoque no estudo da
liderança. Com revisão desses projetos foi possível chegar a um resultado que permitiu listar
aproximadamente 34 traços de personalidade considerados como características típicas da
amostragem dos líderes eficazes (BERGAMINI, 2012).
A teoria dos traços defende que a posse de certos traços de caráter e de personalidade
permitiria a certos homens acesso ao poder. Dessa forma, julgava-se ser possível encontrar
traços de personalidade universais nos líderes que os distinguiam dos não líderes (STOGDILL
e MANN, 2004). O que interessava aos pesquisadores da época era poder eleger dentre certos
atributos quais os que melhor definiriam a personalidade do líder.
Assim, de acordo com Bergamini (1994), o objetivo de todos os teóricos voltados a
investigar o conjunto de traços que caracterizava o líder como tal, era definir o que o líder é, ou
316
seja, retrata-lo e descrevê-lo. Sendo assim não ocorreu aos estudiosos correlacionar essas
características a outros aspectos, como a eficácia no processo de liderança, ou mesmo a outras
condições que poderiam estar interferindo no processo. Já quanto a natureza, os traços não eram
considerados como produto intermediário e sim concebido como características pessoais inatas.
A Teoria do Comportamento foi elaborada a partir daquilo que Fiedler (2010) denomina
de medida Least Prefered Coworker - LPC da personalidade do líder. Muito da estrutura teórica
adotada por ele tomou como base os estudos de campo desenvolvidos pela Universidade de
Illinois a partir de 1951. Começando com um grande número de dimensões estudadas, esse
número foi reduzido para duas dimensões independentes a serem consideradas. Embora a
terminologia possa ser variada, foi possível distinguir a existência de dois tipos básicos de
estilos de líder: aquele que pode ser considerado como orientado para a tarefa e aquele que é
orientado para relacionamento. Em meados do século XX, a liderança começou a ser vista como
a maneira de perceber a devida relação existente entre o líder e outras pessoas do grupo. Assim,
passa-se a considerar que não é a posse de certos traços que contribui para o sucesso dos líderes,
mas sim, a sua capacidade em adequar os comportamentos às exigências das diversas situações
(FIEDLER, 2010).
Mas na verdade, o ser humano assume em sua vida social formas ou estilos de lideranças
nas mais diversas situações, de acordo com a abordagem contingencial de liderança. A teoria
comportamental ao contrário da teoria dos traços de personalidade sugere que a liderança pode
ser aprendida. Sendo assim focaliza os estilos de liderança, e da ênfase aos programas de
treinamento e desenvolvimento de estilos. Ainda de acordo com a teoria comportamental as
pessoas poderão ser treinadas a assumir estilos ou ter comportamentos definidos para o
exercício de uma liderança eficaz (PEREIRA e HELDEMANN, 2001).
O ponto mais importante dessa teoria é que a eficácia da liderança depende tanto da
situação em que o grupo se encontra quanto do líder. Se a teoria está certa, isso significa que
um programa que envolva somente os aspectos de personalidade do líder ou somente os
aspectos situacionais da organização está fadado ao fracasso. Um estilo de liderança não é em
si mesmo melhor ou pior do que outro, nem tampouco existe um tipo de comportamento em
liderança apropriado para todas as condições. Dessa forma, quase todo mundo poderia ser capaz
de ter sucesso como líder em algumas situações e quase todo mundo está apto a falhar em
outras. Caso queiramos melhorar o desempenho organizacional, devemos lidar não somente
com o estilo do líder, mas também com os fatores que promovem a influência sobre ele
(FIEDLER, 2010).
317
restritiva; pois, em vez de pretender que a liderança seja um ato passivo, a teoria situacional
afirma que o líder hábil pode adaptar-se e antecipar-se às necessidades dos elementos do seu
grupo (HOLLANDER, 2004).
Liderança esta ligada a comunicação humana e visa à busca de objetivos. De acordo
com Bergamini a liderança é definida com função de três elementos: Do indivíduo:
personalidade, caráter, capacidade de realização. Do grupo: estrutura das inter-relações
individuais no grupo, atitudes, necessidades. Da situação: exigências das situações, objetivos,
ambiente envolvente do líder e do grupo (BERGAMINI, 2012). A abordagem situacional de
liderança relaciona-se as situações que o líder vivenciará, e quais as possibilidades de adaptar-
se a tais situações.
Por fim, tornar-se um líder de sucesso, não é algo que acontece da noite para o dia, é
preciso ter conhecimento, formação profissional, é uma conquista que leva anos. A teoria
caminho - objetivo dentro do enfoque contingencial surge ressaltando a importância do liderado
como um reduto motivacional dentro do processo da liderança é pouco conhecida no Brasil,
mas muito valorizada dentro dos contextos americano, canadense e europeu (FIEDLER, 2010).
A teoria do caminho-objetivo propõe que os subordinados farão aquilo que desejarem
os líderes, caso eles façam duas coisas. Primeiro, devem assegurar que os subordinados
compreendam como atingir os objetivos do líder. Segundo, esses líderes devem prever que os
subordinados cheguem aos seus objetivos pessoais nesse processo. A tarefa do líder é, então,
diagnosticar a função do ambiente e selecionar aqueles comportamentos que assegurarão que
os subordinados estejam motivados ao máximo no sentido dos objetivos organizacionais
(SMITH e PETERSON, 2009). De acordo com essa teoria, os colaboradores estarão motivados
somente se o líder estiver, ou seja, eles se espelharão no comportamento do líder e o seguirão.
condições de avançar e também aprender com os erros. Eles os ajudam a se tornar pessoas
melhores, e não apenas bons profissionais. Os líderes potencializam os liderados. E isso é muito
importante, pois, promover o crescimento das pessoas gera crescimento para a organização
(MAXWELL, 2008).
O líder sabe o que quer, ele tem um sonho. O líder quer o que sabe. Para ele, o importante
é a concretização do sonho, não a glória de fazê-lo. Por isso ele compromete os outros com seu
sonho, de tal forma que, depois de algum tempo, as pessoas estarão atrás do sonho, não mais
do líder, (GAUDÊNCIO, 2009). Assim, o líder influência a equipe a lutar pelos mesmos
objetivos.
Algumas características para ser um bom líder podem ser listas como: Aberto e
extrovertido, questionador, sensível, orientado para os resultados, decisivo, crítico, adepto de
experiências e tolerante a erros, carismático, capaz de inspirar confiança e entusiasmo, calmo,
disposto a ouvir, caloroso e empático, livre de considerações de prestígio, corajoso e flexível
(KARLOF, 2009).
Cada líder tem suas características, cada um tem sua individualidade no momento de se
expressar mais claro colocando um objetivo comum a todos e formar uma equipe de trabalho
que os ajude na tomada das decisões (CHIAVENATO, 2009).
Um líder moderno é aquele que pensa nas pessoas e as valoriza. O líder de sucesso
continua tendo metas ousadas, buscando os melhores resultados, mas sabe que o fator humano
é o bem mais valioso de uma empresa. Um líder em compasso com a atualidade é aquele que
valoriza a individualidade e promove a integração. O bom gestor de pessoas incentiva todos os
funcionários a vestir a camisa da empresa, cada um de acordo com seu manequim, mostrando
a unidade na diversidade (NIGRI, 2015).
Pode-se destacar outras características de um bom líder ter facilidade em manter um
bom relacionamento interpessoal, capacidade de adaptar-se a normas e procedimentos,
trabalhar em equipe, boa comunicação, saber delegar funções e também identificar as
prioridades; saber tratar e motivar as pessoas de sua equipe, desenvolvendo as mesmas de forma
profissionalmente e pessoal;ter a real noção da importância em disseminar as informações de
importância para bom andamento dos processos e pessoas; estar sempre buscando
aprimoramento profissional para desenvolver melhor suas atividades diárias; utilizar da prática
do CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude), se utilizando de Valores para assim obter uma
Equipe de alta performance; utilizar de educação, respeito, ética, relacionamento interpessoal,
empatia transparência, boa comunicação, facilidade em trabalhar com pessoas para assim poder
320
formar uma boa equipe; saber identificar a pessoa certa para o local certo; gostar do que faz.
(NOGUEIRA, 2015).
Portanto, um bom líder consegue influenciar sua equipe através da sua motivação,
contagiando as pessoas que os cerca, fazendo com que todos trabalhem de forma prazerosa e se
esforcem para atingirem os objetivos determinados pela organização.
O sucesso de muitas empresas não depende somente do líder, mas sim de toda sua equipe
de trabalho, mas para que esse sucesso acontece o líder precisa saber qual seu verdadeiro papel
dentro de uma organização, portanto, o perfil do líder moderno atual é este, desenvolver sua
função para contribuir no desenvolvimento de cada indivíduo da sua equipe é contribuir para o
sucesso da sua organização. Liderar é proporcionar às pessoas oportunidades jamais
experimentadas. Os líderes não transformam pessoas, mas permitem que estas se descubram e
se expressem. O papel da liderança é descobrir e desenvolver novos talentos e, muitas vezes,
isso significa confrontar antigos conceitos (PETERS, 2013).
Todas as pessoas que forem trabalhar com liderança precisam transmitir confiança para
todos os indivíduos que estão ao seu redor, para o funcionamento e o andamento das
organizações funcionarem da melhor forma possível.
Na visão de Peters (2013, p.34), “Ninguém está a mais de 0,6 segundos de outra pessoa”,
O líder da atualidade precisa esta atendo ao mundo da tecnologia, pois o mundo dos negócios
esta interligado ao mundo tecnológico.
O segredo para ter sucesso não está em ser capaz de se fazer uma lista com cem tarefas
e concluí-la. Mas, de ser capaz de fazer e cumprir a lista do não, descartando-se as noventa e
oito tarefas secundárias e concentrando todo seu esforço nas duas que realmente fazem
diferença. Um líder mantém o foco. Ele conhece bem o perigo do que se pode definir como
sobrecarga de iniciativa estratégica. Ele se ocupa com um tema principal, de cada vez, ao invés
de lançar simultaneamente várias iniciativas. (MARTINS, 2014)
Independente do tempo que o líder exerça sua função ele tem a obrigação de cumprir
suas ações e seus objetivos, mas, cabe a empresa estipular o tempo que a pessoa irá exercer o
papel de líder no grupo.
Saber explorar o que cada um tem de melhor, descobrir talentos e cultivá-los, motivar a
equipe e estar constantemente antenado no mercado, são algumas das características de um
321
verdadeiro líder. Um bom líder tem acesso fácil ao grupo, interage, compreende, estimula, tem
influência entre as pessoas ajudando-as a atingir metas e objetivos. Tem humildade para se
permitir aprender sempre. Líderes e liderados devem aproveitar o potencial uns dos outros,
respeitando diferenças e estilos, exercendo uma verdadeira parceria. Os líderes devem ter
percepção para compreender as forças e as fraquezas do seu grupo (PETERS, 2013).
De acordo com a concepção do autor o líder moderno não tem medo de perder seu posto,
mas sim, saberá passar sua liderança com classe e educação para o próximo a exercer o cargo.
Existem vários estilos de liderança como: Líderes visionários: despertam em seu grupo
visão. Líderes inspiradores: inspiram as pessoas, fazem importantes reflexões.
líderes estimuladores: incentiva e convida os membros da equipe a aprimorarem um
movimento, ação, habilidades e talentos. Líderes intelectuais: fornece estudos, pesquisas, sobre
aquilo que quer transmitir. Líderes por objetivos: tem como característica a utilização da
ferramenta motivacional metas em parceria com todos os membros da equipe. Líderes por
recompensa: estimula recompensa pelas vitórias e sucessos de uma pessoa ou equipe. Líder
carismático: inspira em seus liderados a confiança, o líder carismático é visto por seus liderados
como alguém que possui qualidades excepcionais. Líder educativo, aquele que costuma dar o
exemplo, seus liderados tem uma relação de responsabilidade com o trabalho. Líder inspirador:
aquele que raramente precisa dar ordens a seus liderados, eles se sentem atraídos pela figura do
líder e estão dispostos a fazer o que é necessário (PETERS, 2013).
Assim de acordo com os estilos de lideres citados a cima, se pode entender que o líder
preciso do seu funcionário e vice-versa, mas, cabe ao líder fazer a diferença, demonstrando
ética, moral, força de vontade garantir a competitividade no mundo empresarial.
3 METODOLOGIA
5 CONCLUSÃO
Neste artigo buscou-se analisar o perfil do líder e sua relação com o sucesso das
organizações, demonstrou que existem algumas teorias de liderança onde os conceitos são
diferentes, tanto a teoria dos traços que busca demonstrar o que o líder é, assim como a teoria
do comportamento que busca demonstrar o que o líder faz, bem como a teoria situacional que
busca demonstrar como o líder age, ambas as teorias descrevem que cada pessoa consegue sua
posição como líder de forma diferente em situações particulares e individuais. Nota-se que as
teorias parecem se contradizer, mas, na realidade elas se encontram, nos apresentando
concepções e exemplos claros sobre liderança.
A pesquisa mostrou que o líder atual ou moderno é aquele que sabe cuidar de si próprio,
da sua equipe e da empresa onde ele faz parte, que faz do seu cargo um verdadeiro aprendizado
diário na qual honra com alegria e satisfação, preservando os princípios éticos e morais para
garantir o bom andamento no ambiente de trabalho. A liderança é fundamental no desempenho
de uma organização, bem como a compreensão das características de líder e seu estilo. Para ser
líder é preciso que haja um trabalho em equipe para que os objetivos ou metas sejas alcançados.
O estudo apresentou como limitação com relação a qualidade das informações, devido
à falta de dados coletados por meio de estudo de caso em uma ou mais empresas para identificar
com maior precisão e então comparar as características dos líderes existentes nas organizações.
Como sugestão para trabalhos futuros sugere-se aos pesquisadores sobre o tema em
questão, que desenvolvam mais profundamente a influencia dos novos estilos de liderança.
Além de fazer uma pesquisa de observação na empresa, para acompanhar ao longo do tempo o
desenvolvimento da liderança e dos liderados, sugere-se a aplicação de questionário para
identificar as características dos líderes e assim determinar com maior confiabilidade o perfil
dos líderes de acordo com as teorias estudadas.
325
REFERÊNCIAS
BERGAMINI, C. W. Liderança adminsitração do sentido. 1ª. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2010.
HOLLANDER, E. P., Leaders, Groups and Influence, N. Y., Oxford, University Press,
2004.
JOGULU , U. D.; WOOD, G. J. The role of leadership theory in raising the profile of women
in management. Equal Opportunities International, v. 25, n. 4, p. 236 - 250. Disponivel
em: <http://www.emeraldinsight.com/doi/abs/10.1108/02610150610706230>. Acesso em: 21
Out. 2016.
SMITH, P. B., & PETERSON, M. F., Leadership, organizations and culture, London,
SAGE Publications, 2009.
Motivação
o e necessidades humanas
FATOR HUMANO
Motivação: uma
viagem ao centro
do conceito
M
uitos executivos ainda acreditam que é possível gerar
motivação condicionando os comportamentos por meio
de prêmios e punições. Mas a verdadeira motivação nasce
das necessidades interiores e não de fatores externos. Não há fórmulas
que ofereçam soluções fáceis para motivar quem quer que seja. O líder
não pode motivar seus liderados. Sua eficácia depende de sua compe-
tência em liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si.
Não há nada mais desmotivador do que tentar motivar se obtenha aquilo que um grande número de publicações
alguém. Mesmo assim, é fácil cair na tentação de abraçar em Psicologia considera um verdadeiro milagre.
a idéia de que uma das principais responsabilidades dos Um primeiro ponto a considerar é se todos aqueles que
gerentes é motivar seu pessoal. Por anos a fio, os admi- descrevem a atividade gerencial como geradora de motiva-
nistradores vêm tentando alcançar o sucesso nesse tipo ção estão realmente falando do mesmo assunto. De fato, cus-
de empreitada. E, mesmo que praticamente nada tenham ta acreditar que, apesar de muito utilizada e discutida nas
conseguido, os conselhos continuam a brotar de todos os organizações, a motivação seja objeto de considerações tão
FOTOS TW
lados. As mais variadas receitas são oferecidas para que diferentes entre si. Essa discrepância indica que há, pelo
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FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO
menos, um interesse considerável pelo assunto. Trata-se de se desordenadamente, invalidando qualquer tentativa de con-
um tema que há mais de uma década está em grande evidên- trole. Os administradores, inquietos, perguntam-se constan-
cia. No entanto, há um ponto em comum entre muitas das temente: como é possível conseguir que as pessoas produ-
interpretações que as pessoas, no geral, oferecem quando fa- zam sob condições em que normalmente não estariam moti-
lam do assunto: raramente as opiniões, crenças e mitos ba- vadas para trabalhar?
seiam-se em informações oferecidas por pesquisas científicas.
Ação interior. Parte da resposta a esse tipo
de indagação está ligada à psicodinâmica do
Ninguém motiva ninguém. O potencial comportamento motivacional, que representa
a fonte de energia instalada dentro de cada um,
motivacional já existe dentro de cada praticamente em estado de ebulição. Quando
falamos em motivação, portanto, estamos nos
um. O importante é não desperdiçá-lo.
referindo a um tipo de ação que vem dos pró-
prios indivíduos – um tipo de ação qualitativa-
A dificuldade básica deve-se a um fato simples: nem sem- mente diferente daquela determinada por prêmios ou puni-
pre dois indivíduos que agem da mesma maneira o fazem ções oriundos do meio ambiente. Trata-se, mais precisamen-
pelas mesmas razões. Pesquisas científicas realizadas sobre o te, de uma fonte autônoma de energia cuja origem se situa
comportamento motivacional revelam que não somente as no mundo interior de cada um, e que não responde a qual-
pessoas têm objetivos diferentes, como as fontes de energia quer tipo de controle do mundo exterior.
que determinam seu comportamento são extremamente va- É importante ressaltar que estar motivado não é o mes-
riadas. Assim, o estudo da motivação humana consiste na mo que experimentar momentos de alegria, entusiasmo, bem-
pesquisa dos motivos pelos quais as pessoas fazem o que estar ou euforia. Esses estados podem, até certo ponto, ser
fazem e se encaminham em direção a seus objetivos – objeti- considerados efeitos posteriores do processo motivacional,
vos que são, em última análise, escolhas de ordem interior mas nada explicam sobre sua origem nem sobre o caminho
ou intrínsecas à personalidade de cada um. percorrido até que sejam alcançados. Sabe-se que a motiva-
ção é muito mais ampla do que os comportamentos ou esta-
Motivação em tempos turbulentos. O mundo em- dos que porventura tenha a capacidade de provocar. A sim-
presarial vive um período em que o grande desafio é conse- ples e imediata observação do comportamento motivado não
guir dominar a mudança. No entanto, as condições em que responde à pergunta de como conhecer o verdadeiro porquê
as mudanças estão ocorrendo são claramente adversas, ou, de sua existência.
como propõem alguns autores, mais turbulentas, caóticas e Em 1978, o pesquisador Ernest Archer desmistificou
desafiadoras do que nunca. Assim, pessoas e organizações muitas das falsas interpretações do comportamento motiva-
vêem-se ao mesmo tempo atônitas e constrangidas ao viver do. Seu trabalho enfatizava que a motivação nasce somente
sob a pressão da procura de alguma estratégia que lhes per- das necessidades humanas e não das coisas que satisfazem
mita dominar os novos desafios. essas necessidades. Tal posição é fortalecida por um signifi-
O fim do conceito clássico de emprego já é uma realida- cativo número de descobertas feitas por pesquisas da Psico-
de: após anos de previsões otimistas e alarmes falsos, as no- logia Social. A maioria dessas investigações atribui grande
vas tecnologias de informação e comunicação fazem sentir peso à valorização da predisposição motivacional gerada por
seus violentos impactos. Sempre a reboque dos eventos, pa- necessidades que brotam do interior de cada um. O ser hu-
rece que as pessoas custaram a entender que não lidavam mano possuiria, portanto, necessidades interiores que repre-
mais com inocentes exercícios de futurologia, mas com uma sentam a fonte de energia de seu comportamento. Ele agiria
realidade a ser vivida aqui e agora. em busca de fatores de satisfação capazes de evitar a sujeição
Em meio a mudanças, as pessoas parecem movimentar- a graus desagradáveis e ameaçadores de tensão.
Considerando a motivação um processo, o enfoque atual descrição dos objetivos motivacionais, como fizeram muitas
procura descobrir como ela ocorre. Parte-se do princípio de das teorias dos anos 1950, como a conhecida hierarquia dos
que se trata de um desencadeamento de momentos interior- objetivos motivacionais de Maslow.
mente experimentados, que levam o indivíduo a mobilizar a
sinergia ou as forças já existentes em seu interior. Essa é a O que não é motivação. O entusiasmo a respeito da
abordagem mais recente dos estudos da motivação humana, teoria do condicionamento operante de Skinner, psicólogo
que não se atêm simplesmente à análise do conteúdo e à de Harvard, fez com que se passasse a chamar de motivação
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FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO
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AULA
DE: Presidente
PARA: Gerente
Na próxima sexta-feira, às 17:00 horas, o cometa Halley estará
nesta área. Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos.
Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos
usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno a
eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a
olho nu. Sendo assim, todos deverão se dirigir ao refeitório, onde
será exibido um documentário sobre o cometa Halley.
DE: Gerente
PARA: Supervisor
Por ordem do presidente, na sexta-feira, às 17:00 horas, o cometa
Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúna os
funcionários, todos com capacete de segurança, e os encaminhem
ao refeitório, onde raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada
78 anos a olho nu.
DE: Supervisor
PARA: Chefe de Produção
A convite do nosso querido presidente, na sexta-feira às 17:00
horas, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nú no refeitório da
fábrica usando capacete, pois vai ser apresentado um filme sobre o
problema da chuva na segurança. O diretor levará a demonstração
para o pátio da fábrica.
DE: Mestre
PARA: Funcionários
Todo mundo nu, sem exceção, deve estar com os seguranças no
pátio na próxima sexta-feira, às 17:00 horas, pois o manda-chuva
(o diretor) e o senhor Halley, guitarrista famoso, estarão lá para
mostrar o raro filme “Dançando na Chuva”. Caso comece a chover
mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O
show será lá, o que ocorre a cada 78 anos.
QUADRO DE AVISOS:
Na sexta-feira o presidente fará 78 anos, e liberou geral para a
festa, às 17:00 horas no refeitório. Vão estar lá Bill Halley e Seus
Cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete, porque a
banda é muito louca e o rock vai rolar solto no pátio, mesmo com
chuva.
ESTU D O
É
consenso no mundo dos negócios que dentro de cinco anos as empresas não serão as
mesmas. Espera-se que essas organizações passem por mudanças substanciais no que
diz respeito a várias dimensões de sua atuação.
Identificar quais são as tendências que impulsionarão tais mudanças, na visão de pro-
fissionais de recursos humanos, considerados formadores de opinião, foi o objetivo desta
pesquisa conduzida pelo Programa de Estudos em Gestão de Pessoas (Progep) da Fundação
Instituto de Administração (FIA), conveniada à Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Quanto às mudanças que dizem respeito diretamente à gestão de pessoas, a maioria dos
profissionais pesquisados (88%) acredita que elas serão significativas. As novas tendências, na
opinião de 47,8% dos entrevistados, deverão incidir sobre “princípios, filosofia e estratégias”
da área de RH nas empresas. Outros 28% dizem que “práticas e instrumentos de gestão”
serão a dimensão mais afetada.
Na primeira rodada da pesquisa, os participantes foram solicitados a responder, em uma
questão aberta, quais seriam os principais desafios estratégicos da gestão de pessoas nos
próximos cinco anos. O conjunto de respostas foi transformado em 15 categorias, das quais,
na segunda rodada, os profissionais escolheram três desafios considerados mais relevantes
para suas organizações (veja tabela1, na página seguinte).
O objetivo de alinhar as pessoas, e seus respectivos desempenho e competências, às
estratégias do negócio e metas organizacionais aparece com destaque absoluto na pesquisa
(82,3%). Em seguida, vem a preocupação com o desenvolvimento e a capacitação dos gestores
(69,4%), sem os quais a gestão de RH é impensável nos dias de hoje.
Como, então, agir diante desses desafios? Os caminhos preferenciais recaem nova-
mente em investir mais na capacitação e no desenvolvimento das lideranças (26,9%);
redefinir, aprimorar e/ou reestruturar as políticas de gestão de pessoas da empresa
(25,8%); e atuar mais intensamente na educação, no treinamento e no desenvolvimento
das pessoas (25,3%).
Esses resultados indicam que haverá um investimento ainda mais intenso em desenvol-
vimento de lideranças para o futuro próximo, associado à revisão profunda das políticas de
gestão de pessoas.
As respostas dos profissionais levam a crer também que o processo de reflexão sobre o
papel da área de RH deve tornar-se prática permanente e que o treinamento ainda consti-
tui o núcleo da atuação desses profissionais dentro da empresa. A legitimidade da área está
Modelo de gestão
Para que o modelo de gestão de pessoas seja integrado e estrategicamente orientado, é
fundamental que princípios gerais, determinados pela organização, funcionem como elo
entre suas políticas, estruturas, processos e práticas operacionais. Como já vimos, os forma-
dores de opinião pesquisados acreditam que é nessa dimensão do modelo que ocorrerão
mudanças mais intensas.
Quais são, portanto, os princípios mais relevantes que deverão orientar o modelo de
gestão de pessoas nos próximos cinco anos? As respostas obtidas para essa questão foram
separadas por relevância.
No grupo considerado de altíssima relevância enquadraram-se duas diretrizes: “gestão de
recursos humanos contribuindo com o negócio da empresa”, com 62,4%, e “gestão por compe-
tências”, com 55,4% das respostas. Um segundo conjunto de princípios foi considerado pelos for-
madores de opinião como muito importante: “comprometimento
Saiba mais da força de trabalho com os objetivos organizacionais” (44,6%),
Progep reúne professores da USP “gestão do conhecimento” (41,4%), “criatividade e inovação
O Programa de Estudos em Gestão de Pessoas contínuas no trabalho” (39,3%), “modelo de gestão múltiplo,
(Progep) da Fundação Instituto de Administração (FIA) contemplando diferentes vínculos de trabalho e relacionamento
congrega professores do departamento de adminis- com os funcionários” (36,6%) e “autodesenvolvimento” (36%).
tração da Faculdade de Economia, Administração e São princípios que, em geral, ainda não foram incorpora-
Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA- dos pelas empresas. Por isso, deverão fazer parte da agenda de
USP). Seu objetivo é ser um centro de referência na RH para o futuro. No entanto, para efetivá-los, os profissionais
produção e divulgação de conhecimento sobre gestão percebem que enfrentarão alto grau de dificuldade (veja tabela
de pessoas nas organizações brasileiras. 2, na página seguinte).
Por conta dessa meta, o Progep vem implantando A contribuição de RH para o negócio, de destacada relevância,
um painel permanente de projeção de tendências para foge a essa regra: já vem sendo relativamente bem adotada pelas
a área. Os dados apresentados neste artigo correspon- organizações (57,8%) e apresenta um nível médio de complexida-
dem à segunda edição da pesquisa, coordenada pelos de. A gestão por competências, segundo princípio mais relevante,
professores André Luiz Fischer e Lindolfo Galvão de é também avaliada como de média dificuldade (52%), porém as
Albuquerque e que alimenta e atualiza esse centro empresas consideram-se menos ajustadas a ela (43,1%).
de informações. Pouco aplicada e de alta complexidade é a gestão do
Realizado no final do segundo semestre de 2003, conhecimento, um foco de atuação que vem sendo alvo das
o diagnóstico procurou identificar, entre um público preocupações da maioria dos profissionais e estudiosos das
qualificado de profissionais, as principais tendências organizações na atualidade. Entretanto, poucos sabem qual é
em gestão de recursos humanos projetadas para as o papel do RH diante do desafio de implementá-la.
empresas por eles dirigidas. A primeira edição da Em seguida, veremos quais as tendências vislumbradas pelos
pesquisa foi publicada em 2001. profissionais pesquisados no que diz respeito às dimensões-
A metodologia utilizada foi a técnica Delphi, bas- chave que compõem um modelo de gestão de pessoas: gestão
tante recomendada para a previsão de cenários futu- estratégica de RH; gestão da remuneração; treinamento, de-
ros . Por meio dela, especialistas trocam informações senvolvimento e educação; e formato da função RH.
que são submetidas a diversas rodadas de respostas
até se obterem resultados considerados satisfatórios Gestão estratégica de RH
pelo próprio grupo. Foram identificadas 13 tendências na dimensão gestão estra-
tégica de recursos humanos. Elas abrangem a atuação da área
Tabela 1
DESAFIOS DA GESTÃO DE PESSOAS
Alinhar as pessoas/desempenho/competências humanas às estratégias do negócio e objetivos organizacionais 82,3%
Desenvolvimento e capacitação de gestores (novo perfil gerencial, gestores de pessoas etc.) 69,4%
Alinhar a gestão de pessoas às estratégias do negócio e objetivos organizacionais 33,3%
Apoiar e promover processos de mudança organizacional e direcionamento estratégico (fusões e aquisições) 25,3%
Gestão da remuneração
Trata-se de um processo crucial para o sucesso de qualquer organização e ganha parti-
cular importância por seu significado para as relações entre pessoas e empresas. Do ponto
de vista da empresa, a remuneração representa um dos principais componentes de custo de
seus processos e produtos; já do ponto de vista do funcionário, simboliza a forma pela qual
a organização percebe e define o valor relativo de seu trabalho.
Autores nacionais e internacionais propõem mudanças significativas nessa área –como
a remuneração variável por meio de bônus –stock options, por exemplo. Dentro dos limites
da pesquisa, essas tendências foram traduzidas em oito opções, oferecidas aos pesquisados,
para que apontassem as mais importantes.
Estabeleceu-se praticamente um consenso em classificar como de altíssima relevância
a necessidade de criar novos processos de gestão da compensação do desempenho dos
funcionários (75,3%). Trata-se de um objetivo importante, relacionado a outras tendências
já detectadas, como a atração e retenção de talentos, o estímulo ao comprometimento
e à motivação do funcionário e o vínculo mais estreito entre desempenho e resultados
organizacionais.
O conceito de “competência” aparece como principal elemento articulador dos novos
processos de remuneração. Para 63,4% dos pesquisados, é muito relevante implantar sistemas
de definição de salários baseados na competência.
Sabe-se, no entanto, que há diferentes interpretações para esse conceito, as quais, por
sua vez, levam a processos de gestão igualmente distintos. Uma dessas perspectivas vê com-
petência como agregação de valor, que pode ser mensurada por meio do que o funcionário
“entrega” para a organização.
Tal linha de pensamento está refletida na tendência apontada por 60,7% (terceiro maior
percentual): remuneração vinculada à capacidade do funcionário de gerar resultados.
Esses dados demonstram que a busca por sistemas dessa natureza é uma preocupação
presente entre os formadores de opinião consultados. Também sugerem a procura dos pro-
fissionais por uma fórmula que propicie o desenvolvimento mútuo de pessoas e empresas.
Tabela 2
PRINCÍPIOS QUE DEVEM ORIENTAR A GESTÃO DE PESSOAS Relevância Incorporação Dificuldade
Altíssima relevância
Gestão de recursos humanos contribuindo com o negócio da empresa 62,4% 57,8% 52%
Gestão por competências 55,4% 43,1% 52%
Alta relevância
Comprometimento da força de trabalho com os objetivos organizacionais 44,6% 60,8% 46%
Gestão do conhecimento 41,4% 40,5% 60%
Criatividade e inovação contínuas no trabalho 39,3% 54,2% 52%
Modelo de gestão múltiplo, contemplando diferentes vínculos de trabalho 36,6% 46% 60%
Autodesenvolvimento 36,0% 52,5% 46%
Formato da função RH
Outro componente importante na conformação do modelo de gestão de pessoas é a
maneira pela qual a função RH se organiza e opera. Todas essas mudanças certamente se
refletem na estrutura, organização e forma de atuação da área. A velha estrutura formal e
departamentalizada do RH tradicional não comportaria a flexibilidade exigida por processos
integrados estrategicamente orientados como os aqui apresentados.
Das tendências apontadas pelos profissionais ouvidos, três obtiveram percentual superior
a 60%, destacando-se como altamente relevantes. A “descentralização das decisões de gestão
Saiba mais de pessoas para os gerentes de negócio da empresa” (66,7%), o
Brasileiras prontas para o futuro “fornecimento de novos processos e conhecimento em gestão
de pessoas para os clientes internos” (65,6%) e a “mudança para
Um dos objetivos desta pesquisa foi identificar um perfil de atuação do profissional como consultor interno”
empresas que possam ser consideradas exemplos (61,8%) podem, portanto, ser considerados elementos essen-
de modelos de gestão de pessoas, prontas para as ciais na configuração do formato organizacional da função de
mudanças que se prevêem para a área. recursos humanos para os próximos cinco anos.
Buscava-se com isso obter referências concretas, É possível dizer que praticamente todas as organizações
definindo organizações nas quais se poderiam reali- pesquisadas estão se reestruturando e capacitando seu quadro
zar estudos de caso visando compreender, em maior de especialistas para atuar de acordo com esses preceitos. A
profundidade e detalhe, o caráter das tendências metade delas já avançou bastante nessa direção, mas pretende
detectadas pela pesquisa. continuar investindo em organização e treinamento de pessoal
Em primeiro lugar, cabe ressaltar a presença especializado no futuro.
de empresas de capital nacional na lista final de
organizações, tais como Natura, Embraer, Pão de Lições da pesquisa
Açúcar, Magazine Luiza, Gerdau e Marcopolo, o que O objetivo deste estudo não é produzir resultados conclu-
não se observava com essa freqüência nas pesquisas sivos. Trata-se muito mais de um relato estruturado dos dados
anteriores. obtidos a partir da percepção dos formadores de opinião. No
Aparecem também algumas instituições financei- entanto, algumas linhas gerais merecem ser destacadas.
ras, como BankBoston e ABN AMRO BANK, o que não Uma primeira constatação refere-se ao movimento de busca
ocorria anteriormente. Na visão dos formadores de de competitividade que afeta as organizações brasileiras (veja
opinião, essas duas organizações destacam-se muito quadro na página anterior). A julgar pelos resultados da pesquisa,
entre os bancos por seus investimentos em gestão tal movimento se mantém e tende a se acirrar.
de pessoas. Para isso, serão implementadas estratégias de excelência
operacional (37,6%) e orientação para serviços (22,6%). As
EMPRESAS organizações reconhecem a necessidade de desenvolver com-
Natura 71% petências organizacionais consideradas cruciais, dentre as quais
se destacam a própria gestão de pessoas (73,4%), a de negócios
Gessy Lever 35%
(59,6%) e a de inovação em produtos (40,8%).
BankBoston 33,3% Nesse cenário, o modelo de gestão de pessoas sofrerá mudan-
Nestlé 24,2% ças significativas. Não serão alterações necessariamente radicais,
mas de forte intensidade, na opinião de 88,2% dos entrevistados.
3M 17,7%
Como havíamos constatado em pesquisas anteriores, a estrutura
Embraer 17,2% de atuação da área parece já ter sido ajustada, não se revelando
Pão de Açúcar 11,8% como foco prioritário de transformação –apenas 7,5% apontaram
essa questão como prioritária. As atenções agora devem estar
Siemens 10,8%
voltadas para estratégias e políticas de gestão de pessoas, assim
ABN AMRO 10,2% como para práticas e instrumentos dessa gestão.
Hewlett-Packard 9,1% A pesquisa mostra que os dois principais desafios do mo-
delo serão alinhar as competências humanas às estratégias de
Alcoa 9,1%
negócio da empresa e capacitar os gestores para que sejam os
DuPont 7,5% estimuladores desse processo. Nesse sentido, os profissionais
Magazine Luiza 7,5% ouvidos se mostram coerentes ao definir os princípios orienta-
dores da gestão de pessoas capazes de dar conta desses desafios.
Marcopolo 6,5%
São eles: gestão de RH alinhada com o negócio e orientada
Gerdau 5,4% pelo conceito de competências.
A gestão estratégica de recursos humanos terá papel prioritário. Para isso, é essencial
que a área tenha entre suas atribuições a função de criar as condições necessárias para que
não só o corpo gerencial mas também o gestor de RH estejam engajados na formulação e
implantação da estratégia da empresa.
Atuar com foco em talentos e não a partir de políticas e processos genéricos é também
considerado uma tendência estratégica para o modelo, ao lado do apoio aos processos de
mudança cultural, inevitáveis no momento atual vivido pela maior parte das empresas. Desse
conjunto, a gestão de talentos é apontada como a tendência
Metodologia menos incorporada até agora nas organizações e de maior
Professores, consultores, gerentes e dificuldade de implantação.
diretores de RH responderam à pesquisa A busca de novos processos de compensação, com des-
taque para a remuneração por competências, vinculada à
Para compor o grupo de entrevistados desta pes- capacidade de “entrega” do funcionário, alimenta as expec-
quisa, foram selecionados: ocupantes de cargos de tativas dos gestores de pessoas nessa área. Os resultados da
direção e gerência de áreas de recursos humanos ou pesquisa indicam que esse macroprocesso de RH será objeto
assemelhadas nas principais empresas brasileiras com de muitas experiências e pesquisas. São tendências pouco
base na classificação das Maiores e Melhores publicada implantadas nas organizações que participaram da amostra
pela revista Exame; professores de disciplinas de recursos e sua incorporação foi considerada de grande complexidade
humanos de cursos de graduação em administração pelos pesquisados. Trata-se, sem dúvida, de um fértil campo
que receberam conceito “A” na avaliação promovida de pesquisa e experimentação.
pelo MEC em 2001; e consultores reconhecidos por seu Compatibilizar o crescimento das pessoas com o da
expertise na área. empresa continua sendo o principal objetivo do processo
O cadastro geral reuniu os dados de 1.050 profissionais de desenvolvimento e educação corporativo. O conceito
que, pelas definições já descritas, podem ser considerados de competências volta a ser citado aqui como elemento
formadores de opinião em gestão de pessoas no Brasil. A de referência para a gestão de carreiras e das práticas de
pesquisa obteve índice de retorno de 27%. treinamento e desenvolvimento.
A primeira rodada contou com a participação de 274 Novamente nesse caso, tanto a busca de desenvolvimento
profissionais. Na segunda etapa, 186 responderam nova- mútuo entre empresa e pessoas como a gestão de carreiras
mente às mesmas questões, agora com o conhecimento por competências são tendências que ainda não estão pre-
das medidas estatísticas apuradas na primeira fase. sentes nas organizações, dada a complexidade que envolve
As organizações que foram referência para os respon- sua implantação.
dentes da pesquisa tinham um mínimo de 20 e um máximo Constata-se, ainda, que houve significativa evolução no
de 47 mil funcionários –média de 2.850 empregados. modelo de gestão de pessoas das organizações brasileiras
Outro dado relevante refere-se ao número de espe- –evolução essa que não é mais exclusividade das empresas
cialistas em gestão de pessoas que atuam na empresa. multinacionais (veja quadro na página anterior).
Ele varia de acordo com o tamanho da organização, de Por fim, percebe-se que o sentimento prioritário entre
um mínimo de dois profissionais até uma área de RH os formadores de opinião é o de que o processo de ajuste
que contava com 400 na época da pesquisa. às forças externas não é mais um evento circunstancial.
São organizações que parecem representar adequa- Não está limitado a um período determinado, a um setor
damente o universo que se pretendia estudar: empresas de atividade ou ramo de negócios. Elaborar e reavaliar o
destacadas em seus setores de atividade e desafiadas modelo passou a ser tarefa permanente do gestor estratégico
a estruturar e manter modelos competitivos de gestão de pessoas nas organizações.
de pessoas. Por isso mesmo, nenhuma das empresas se considera
O perfil dos pesquisados, por sua vez, revela que totalmente ajustada às tendências projetadas. Todas se
eles se caracterizam pela maturidade profissional e vêem em transição, ou, em outras palavras, a transição con-
pessoal. Ocupam, em geral, cargos de direção e alta tínua passa a ser uma característica intrínseca ao próprio
gerência e apresentam avançado nível de formação modelo.
educacional (73% deles possuem cursos de pós-gra-
duação). São fatores que tornam razoável supor que
se trata de uma amostra de formadores de opinião,
profissionais destacados e que, por essa condição,
têm condições de influenciar as decisões sobre
gestão de pessoas das organizações brasileiras nos
próximos anos.
Confira o que eles sugerem para ser bem sucedido nessas tarefas em
tempos de velocidade, incerteza e mudança permanente:
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele
onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e a valorizar suas
qualidades.
"Quanto mais nos ocupamos com a felicidade dos outros, maior passa a ser
nosso senso de bem-estar. Cultivar um sentimento de proximidade e calor
humano compassivo pelo outro, automaticamente coloca a nossa mente num
estado de paz. Isto ajuda a remover quaisquer medos, preocupações ou
inseguranças que possamos ter, e nos dá muita força para lutar com qualquer
obstáculo que encontrarmos. Esta é a causa mais poderosa de sucesso na
vida."