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Plano de Ação Eja-Ept-Proeja

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Plano de ação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica para a Educação de

Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional e Tecnológica - EJA/ EPT e para o


Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - Proeja
(2018-2019)

1. Apresentação

O presente Plano de Ação para a EJA/EPT (Proeja) da Rede Federal de Educação


Profissional e Tecnológica, para o período de 2018 a 2019, é resultado das reflexões, discussões e
proposições realizadas no I Encontro Nacional da EJA/EPT (Proeja) da Rede Federal, que ocorreu
nos dias 21, 22 e 23 de maio de 2018, em Goiânia, no Instituto Federal de Goiás (IFG).
O encontro procurou evidenciar a importância da retomada da implantação e consolidação
da EJA/EPT (Proeja) nas instituições da Rede Federal, por meio dos relatos de experiências os quais
trouxeram ações que contribuíram para a superação de muitos problemas enfrentados por essa
modalidade educativa nestes onze anos de existência. Afinal, essa modalidade e esse programa
dizem respeito à busca de efetivação do direito à educação de mais de 80 milhões de brasileiros que
não concluíram a Educação Básica.
Para contribuir com o fim do processo de exclusão desses sujeitos da Educação Básica, a
Rede Federal ainda precisa cumprir a meta de 10% de matrículas na EJA estabelecidas pelo Decreto
1
nº 5.840/2006, em suas instituições. O que se tem hoje, segundo a Plataforma Nilo Peçanha é a
oferta de apenas 2,4% das vagas da Rede Federal para essa modalidade. Assim, este Plano de Ação
visa fundamentalmente recolocar a EJA/EPT (Proeja) como ação prioritária, considerando a pífia
oferta desses cursos.
O Plano de Ação - 2018/2019 - tem como concepção e princípios aqueles estabelecidos no
2
Documento Base do Proeja .
Em relação à concepção, compreende-se, portanto, que a educação de jovens e adultos

1
Disponível em: < https://www.plataformanilopecanha.org/>. Acesso em 01 de jun. de 2018.
2
Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf2/proeja_medio.pdf>. Acesso em 01 de jun. de 2018.
precisa romper a dualidade estrutural fortemente presente na educação brasileira a qual organiza
uma escola elitista, pautada no conhecimento geral/acadêmico e de maior duração e, uma escola
para os trabalhadores e seus filhos, cujos itinerários formativos são desenvolvidos de maneira
aligeirada, generalista e focalizada, negando a esses a apropriação dos conhecimentos produzidos
pela humanidade. Para a superação dessa lógica, os cursos da EJA/EPT (Proeja) devem se
fundamentar nos princípios da formação integrada omnilateral, na qual trabalho, ciência, técnica,
tecnologia e cultura contribuam para a educação “por inteiro” dos sujeitos da EJA, considerando-os
em todas as dimensões de realização da vida. Nessa perspectiva, abrem-se possibilidades para a
efetivação de uma formação de qualidade, pautada na autonomia e na emancipação para o exercício
da profissão e da atuação sociopolítica na sociedade enquanto sujeitos de direito.
Outra indicação do Documento Base é a necessidade de que os processos formativos
estabelecidos para essa modalidade educativa devem considerar as especificidades econômicas,
sociais e culturais dos seus estudantes. Diante disso, os saberes produzidos, as estratégias de
organização e a cultura por eles desenvolvida na produção da vida fora da escola devem ser
assumidas como fundamento do diálogo entre os saberes dos sujeitos e os conhecimentos escolares,
mediados pela cultura.
Para a efetivação dessas concepções, o trabalho docente precisa aproximar-se das
especificidades e dos pressupostos e práticas da formação integrada omnilateral. Compreendendo
que a formação inicial dos docentes não tem contemplado esses estudos, torna-se importante a
implementação de política de formação continuada aos docentes efetivos e temporários.
Junto a essas concepções, o Documento Base define princípios que devem nortear a
EJA/EPT (Proeja). São eles:
• Compromisso com a inclusão daqueles que estão fora da escola. É preciso compreender que
esse movimento não se limita ao acesso, mas também à permanência e ao êxito dos estudantes.
Nesses termos, a EJA deve ser parte orgânica das instituições, das suas políticas e ações.
• Universalização da Educação Básica, compreendendo a EJA como modalidade educativa,
assumindo a responsabilidade de efetivar o direito à educação.
• Assunção do trabalho como princípio educativo, na medida em que se constitui como
produtor da vida, das relações sociais e de si e também da pesquisa como ação pedagógica que pode
possibilitar a formação de sujeitos autônomos, capazes de construir conhecimentos e arregimentá-
los para responder às questões que vão surgindo no processo educativo.
• Apreender que os sujeitos da EJA são parte de uma classe excluída socialmente, que carrega
as marcas das gerações, de gênero e das relações étnico-raciais.
Portanto, o Plano de Ação que segue tem como concepção e princípios o exposto acima e a
qualidade formativa dos estudantes da EJA.
Considerando os princípios deste Conselho, vinculados à ideia de uma educação
profissional, científica e tecnológica; pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e
inclusiva, o coletivo reunido no I Encontro Nacional EJA/EPT (Proeja), solicita:

1 – A criação de uma Câmara Temática EJA/EPT neste Conselho, dada a complexidade


do tema e a necessidade de diálogo sobre as problemáticas e as proposições explicitadas no
Plano de Ação 2018-2019.

2 – Compromisso de gestão nas instituições que representam para divulgar,


implementar, incentivar e fomentar o desenvolvimento das ações presentes neste plano.
2. O Plano de Ação

O Plano de Ação, que será apresentado a seguir, está organizado por temáticas. Cada uma delas
apresenta as problemáticas levantadas e as proposições apresentadas para a superação das
dificuldades e dos desafios. As temáticas são:
1 – Legislação da EJA/EPT, Normatizações nas Instituições da Rede Federal e Ações Estratégicas
Institucionais;
2 – Ingresso dos estudantes nas instituições da Rede Federal;
3 – Projeto Pedagógico dos Cursos (PPCs) e Formação Integrada;
4 – Formação docente para atuar na EJA/EPT (Proeja);
5 – Assistência Estudantil, diversidade e inclusão dos estudantes da EJA/EPT (Proeja).

Temática 1 – Legislação da EJA/EPT, Normatizações nas Instituições da Rede Federal e Ações


Estratégicas Institucionais

Problemática Proposição
1. Não cumprimento do estabelecido na 1.1 Cumprir os 10% do que está previsto no
legislação própria. Decreto nº 5.840/06, em todas as instituições
federais de educação profissional e em todos os
campi, até 2020, reconhecendo o caráter
prioritário dessa oferta.
1.2 Criar a Câmara Temática EJA/EPT (Proeja)
no âmbito do Conselho Nacional das
Instituições da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica - CONIF.

2. Falta de estrutura administrativa e pedagógica 2. Criar a Coordenação da EJA/EPT (Proeja) na


que atue na coordenação geral das ações da Reitoria e de outras estruturas administrativas e
EJA/EPT (Proeja) nas instituições. pedagógicas que façam a gestão geral dos cursos
EJA/EPT (Proeja) nas suas diversas
possibilidades e necessidades.

3. Continuidade da vinculação da EJA/EPT 3.1.Transformar o Programa Nacional de


(Proeja) a programas governamentais e falta da Integração da Educação Profissional com a
assunção orgânica dessa modalidade educativa Educação Básica na Modalidade de Educação de
pelas instituições. Jovens e Adultos (Proeja) em Política Pública de
Estado, tornando permanente a responsabilidade
da Rede Federal em ofertar cursos integrados da
Educação Profissional à Educação Básica na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos
(EJA/EPT).
3.2 Alterar a nomenclatura PROEJA, que é do
Programa, para EJA integrada à Educação
Profissional e Tecnológica – EJA/EPT na
legislação e nos documentos internos, após
deixar de ser Programa e tornar-se Política
Pública de Estado.
3.3 Reconhecer a EJA/EPT (Proeja) como
modalidade educativa obrigatória na Rede
Federal, garantindo continuidade de oferta e
estrutura de funcionamento compatível com o
perfil profissional ao qual os cursos estiverem
vinculados.

4. Falta de documentos internos que consignem 4.1 Inserir a consolidação da EJA/EPT (Proeja)
e tratem dos assuntos da EJA. como objetivo estratégico no Plano de
Desenvolvimento Institucional;
4.2 Criar, em cada instituição, regulamento,
diretrizes ou documento similar que
regulamentem a oferta e funcionamento dos
cursos da EJA/EPT (Proeja).

5. Resistência à implantação da EJA/EPT 5.1 Promover ações e discussões nos campi


(Proeja) nas instituições da Rede Federal. sobre a função da Rede Federal enquanto
instituição pública, o direito à educação e os
públicos aos quais deve atender;
5.2 Criar metodologias e estratégias de
sensibilização dos dirigentes e dos demais
servidores a respeito da importância de
implantação de cursos da EJA/EPT (Proeja).

6. Ausência de funcionamento de setores 6. Garantir o funcionamento pleno da instituição


essenciais de atendimento aos estudantes no período e horário de oferta do curso.
durante o horário de funcionamento do(s)
curso(s).

7. Ausência de componente(s) curricular(es) de 7. Estabelecer nas licenciaturas ofertadas na


EJA nas licenciaturas ofertadas pelas instituição a obrigatoriedade de existência de
instituições vinculadas à rede federal, apesar componente(s) curricular(es) com estudo
desse ser um campo de atuação em todas as específico sobre fundamentos, currículo,
áreas e de trazer especificidades a serem metodologia e avaliação em EJA.
consideradas no processo formativo.

8. Falta de dados institucionais atualizados 8. Adequar/criar um sistema em rede (tabela,


sobre os potenciais estudantes da EJA/EPT quadro, planilha) para o registro de dados
(Proeja) para contribuir com a definição das socioeconômicos, culturais e indicadores
ações relativas a essa modalidade educativa. pedagógicos coletados sobre os estudantes da
EJA/EPT (Proeja).

9. Falta de docentes com formação específica 9.1 Realizar parcerias com prefeituras e/ou
para atuar na educação inclusiva nos cursos de estados para ver a possibilidade, da parte deles,
EJA/EPT (Proeja). de disponibilização de professores bilíngues.
9.2 Providenciar concurso para professor de
Atendimento Educacional Especializado – AEE
e outros profissionais que atuam nos NAPNEs,
para atendimento das necessidades específicas
dos estudantes.

10. Ausência de regulamentação para 10. Elaborar de Regulamentação Institucional


atendimento ao público da educação escolar que estabeleçam diretrizes de oferta e
indígena, quilombola, do campo e outros grupos funcionamento de educação profissional para a
nos cursos de EJA/EPT (Proeja). educação escolar indígena, quilombola, do
campo e outros grupos, obedecendo às
legislações vigentes.
11. Dificuldade na organização dos tempos 11 Realizar estudos e elaboração de
pedagógicos tendo como referência a regulamentos de orientação à construção de
especificidade econômica e social dos projetos pedagógicos de curso – PPC que
estudantes. flexibilize o ingresso e o retorno dos estudantes
e que preveja o aproveitamento pedagógico do
tempo social (atividades desenvolvidas fora do
ambiente escolar, especialmente no trabalho),
dentro dos limites legais.

12. Índice de evasão/saídas temporárias dos 12.1 Fomentar, no âmbito das instituições,
estudantes. pesquisas para saber as causas da evasão ou
saídas temporárias.
12.2 Fomentar políticas e ações para vincular o
tempo pedagógico e o tempo das “ausências
temporárias” da escola.

13. Pouco acesso aos(às) estudantes da 13. Destinar Bolsas de Iniciação Científica e/ou
EJA/EPT (Proeja) à programas de Bolsa de de Extensão específicas para os(as) estudantes
Iniciação Científica e/ou de Extensão específica da EJA/EPT (Proeja).
para o(a) estudante da EJA/EPT (Proeja).

Temática 2 – Ingresso dos estudantes nas instituições da Rede Federal

Problemática Proposição
1. Inadequação das ações institucionais para um 1. Estabelecer diretrizes para o ingresso, que
processo de ingresso inclusivo na EJA/EPT abarque: a integração dos Programas Sociais
(Proeja). (como o Mulheres Mil, Assistência
Estudantil…); a busca ativa, ou seja, aquela que
coloca a instituição como responsável também
pela ida/procura de potenciais estudantes da
EJA/EPT (Proeja); a simplificação dos editais,
da inscrição e da matrícula; a possibilidade de
ingresso específico e descentralizado.

2. Dificuldade de acessar os potenciais 2. Estabelecer ações para a busca ativa desses


estudantes da EJA/EPT (Proeja). estudantes por meio de:
2.1 Contato com os sindicatos e mobilização dos
trabalhadores através de órgãos representativos.
2.2 Reuniões e visitas a lideranças comunitárias
e lideranças dos povos indígenas e quilombolas.
2.3 Parcerias com secretarias municipais,
estaduais e federais.
2.4 Realização de inscrição e matrícula
presenciais em diversos locais do município.
2.5 Elaboração de edital do processo seletivo
considerando a realidade dos campi.
2.6 Sensibilização, capacitação e mobilização
dos servidores e equipe gestora dos campi.
2.7 Ampla divulgação do processo seletivo, por
exemplo: nas reuniões internas, na página
institucional, em vídeos institucionais, nas redes
sociais e outros.
2.8 Elaboração de planejamento anual entre as
pró-reitorias de ensino, extensão e pesquisa com
objetivo de realizar a busca ativa dos estudantes
da EJA/EPT (Proeja).
2.9 Sistematização de metodologia do processo
seletivo e estratégias de busca ativa, por equipe
multidisciplinar.
2.10 Ampliação das possibilidades de ingresso,
permitindo a ocupação de vagas residuais, fruto
de desistência, durante a realização dos cursos.
2.11 Permitir que as vagas não preenchidas
pelas cotas sejam remanejadas para a ampla
concorrência, conforme estabelecido em Lei.
2.12 Realização de divulgação com estudantes
egressos, em feiras comunitárias e propaganda
direta.
2.13 Realizar formação com a equipe que irá
acompanhar o processo seletivo, no intuito de
esclarecer acerca do público da EJA/EPT
(Proeja), necessidade de atendimento acolhedor
e humanizado, linguagem apropriada e
flexibilidade nos procedimentos.

Temática 3 – Projeto Pedagógico dos Cursos (PPCs) e Formação Integrada.

Problemática Proposição
1. Aperfeiçoamento dos Projetos Pedagógicos 1. Considerar, para a elaboração e reelaboração
dos Cursos na perspectiva da formação dos PCCs:
integrada e das especificidades dos estudantes • As demandas e as expectativas dos
da EJA/EPT (Proeja). estudantes;
• A importância de que os projetos e as
ementas dos componentes curriculares sejam
significativos para a vivência profissional e
cotidiana dos estudantes;
• A articulação e a integração entre as
diferentes áreas/componentes curriculares e
que essas estejam em diálogo com a realidade
dos estudantes e sua comunidade;
• Demanda crescente de processos de inclusão
digital para o público da EJA/EPT (Proeja);
• Estabelecimento de diálogos com a cultura
indígena e quilombola, com a Educação do
Campo e outras realidades, para saber o que a
comunidade quer e necessita no processo
formativo e o que as instituições podem
oferecer;
• Estimular o processo formativo e criativo
das profissões para a estruturação dos
currículos.
2. Concentração de oferta dos cursos da 2. Ofertar cursos nos horários matutinos e
EJA/EPT (Proeja) no noturno. vespertinos para atender aos estudantes que
trabalham à noite, bem como a idosos e a
pessoas com deficiência.

3. Falta de interação entre os (as) estudantes e 3. Integrar alunos(as) e docentes, no começo do


os (as) docentes dos cursos EJA/EPT (Proeja). calendário letivo, antes do início das aulas, para
que os (as) professores(as) conheçam a realidade
dos(as) futuros(as) estudantes e possam adequar
suas metodologias e seus conteúdos para o
trabalho com determinado público.

4. Necessidade de aperfeiçoamento do currículo 4. Efetivar:


integrado. • A implementação de processos pedagógicos
pautados na interdisciplinaridade e projetos
integradores (projetos com temáticas
relevantes à formação do(a) educando(a) e
que possibilitem/necessitem abordagens
interdisciplinares e metodologias comuns);
• A incorporação dos saberes construídos
pelos estudantes nas ementas, conteúdos e
metodologias dos cursos e componentes
curriculares, conforme o §1°do artigo 37 da
LDB nº 9394/96;
• A incorporação do tempo social dos (as)
estudantes (aquele que ele destina ao trabalho
e demais atividades) no processo formativo
por meio da utilização de estratégias
metodológicas que articulem ação pedagógica
às atividades desenvolvidas fora do ambiente
escolar, especialmente no trabalho;
• Realização da pesquisa com propósito
pedagógico, de preferência aquelas que
articulam o tempo social e os conteúdos dos
componentes curriculares;
• Realização de reuniões ordinárias para
avaliar e planejar ações pedagógicas
interdisciplinares;
• Ênfase no desenvolvimento de atividades
teórico-práticas nas ações pedagógicas;
• Integração da extensão e do ensino no
desenvolvimento das atividades pedagógicas;
• Realização de reuniões com os (as)
estudantes para avaliar as ações pedagógicas e
o processo de ensino e aprendizagem;
• Incorporação de processos metodológicos
como a Pedagogia da Alternância, temas
geradores, entre outros, nos currículos
integrados, sempre que for adequado;
• Realização de processos avaliativos
adequados ao público da EJA/EPT (Proeja),
conforme orienta o Documento Base do
Proeja.

5. Falta de política e ação de acompanhamento 5. Criação de procedimentos para que haja


constante do (a) estudante da EJA/EPT (Proeja). atendimento e acompanhamento adequados e

constantes do (a) estudante da EJA/EPT


(Proeja).

Temática 4 - Formação docente para atuar na EJA/EPT (Proeja)

Problemática Proposição
1. Falta de formação de docentes e de técnicos- 1. Efetivar política de formação inicial e
administrativos para atuarem na formação de continuada de docentes e técnicos
estudantes da EJA/EPT (Proeja). administrativos sob a responsabilidade do
MEC/Setec e das instituições educacionais
vinculadas à Rede Federal.
2. Distanciamento dos cursos de formação 2.1 Considerar, para elaboração de cursos de
continuada das necessidades formativas de formação continuada, as seguintes temáticas:
docentes e técnicos-administrativos para atuar • Interdisciplinaridade;
na EJA/EPT (Proeja). • Formação e currículo integrado;
• Especificidades de aprendizagem e de
tempo dos estudantes da EJA/EPT (Proeja);
• Perfil socioeconômico dos estudantes da
EJA/EPT (Proeja), as dificuldades de retornar
à escola e a busca ativa de potenciais
ingressantes nessa modalidade educativa;
• Saberes construídos pelos estudantes da
EJA;
• Trabalho e pesquisa como princípio
educativo;
• A prática extensionista como metodologia
educativa e diálogo com a comunidade;
• Produção de material didático apropriado
para os estudantes da EJA/EPT (Proeja);
• Avaliação formativa para os estudantes da
EJA/EPT (Proeja).
2.2. Revisar o Currículo da Especialização
ofertada pela SETEC para atender as
necessidades formativas da EJA/EPT (Proeja).

3. Falta de interesse de docentes em cursos de


3.1 Propor ações de formação em serviço e
especialização.
coletivas para docentes que atuam nos cursos de
EJA/EPT (Proeja). O conteúdo deve ser
produzido pela relação orgânica e interativa
entre os participantes a partir dos problemas
vivenciados pelos (as) docentes, estudantes e
técnicos-administrativos.
3.2 Incluir as temáticas relacionadas à EJA/EPT
(Proeja) em grupos de pesquisa e eventos
institucionais.
3.3 Incluir as temáticas relacionadas à EJA/EPT
(Proeja) nas jornadas pedagógicas e encontros
formativos.
3.4 Incluir as temáticas relacionadas a pessoas
com deficiências, quilombolas, indígenas,
LGBT e outros grupos minoritários em eventos
institucionais ligados à EJA/EPT (Proeja).

Temática 4 – Assistência Estudantil, diversidade e inclusão dos estudantes da EJA/EPT


(Proeja)

Problemática Proposição
1. Abandono dos estudos motivado pela questão
1. Priorizar aos (às) estudantes da EJA/EPT
financeira.
(Proeja), em situação de vulnerabilidade social,
a destinação de auxílio financeiro.

2.1 Implementar ações inclusivas por meio de


2. Melhorar o atendimento aos (às) estudantes
equipes multiprofissionais para atendimento dos
da EJA/EPT (Proeja) que apresentam alguma
estudantes.
deficiência.
2.2. Ampliar a compreensão sobre as
responsabilidades com a permanência e o êxito
dos (as) estudantes com deficiência nessa
modalidade educativa.
2.3. Destinar espaço e horário para melhor
atendimento desses (as) estudantes.

3. Estabelecer ações para a qualificação do


3. Acolhimento dos (à) estudantes idosos.
atendimento ao (à) estudante idoso.

4.1 Planejar e incentivar o diálogo entre os


4. Atuação junto aos (às) estudantes com
profissionais do NAPNE e o docente da
deficiência.
EJA/EPT (Proeja) para adaptar metodologias de
aprendizagem ao ensino inclusivo.
4.2 Implementar/estruturar dos NAPNEs,
juntamente com as salas de AEE, realizando
articulação entre docentes e equipe
multiprofissional.

5. Abandono dos estudos motivado pela 5. Criar área de recreação educativa para os (as)
condição de ser mãe e/ou pai. filhos (as) dos (as) estudantes, que
eventualmente precisam acompanhá-los em
aulas e avaliações.

6. Dificuldade de participação dos (as) 6.1 Destinar recursos financeiros específico para
estudantes da EJA/EPT (Proeja) nos eventos. que seja viável a participação dos(as) estudantes
em eventos.
6.2 Realizar eventos para empoderamento do(a)
estudante como profissional, estimulando-o(a) a
planejar/alcançar seus objetivos de vida.
6.3 Incentivar as agremiações estudantis e as
representações de sala, viabilizando a oferta de
curso para formação de lideranças.

7. Poucas discussões e ações junto aos grupos 7.1 Incorporar as temáticas sobre pessoas com
minoritários acerca da diversidade e da inclusão deficiência, quilombola, indígenas e outros
social. grupos minoritários nos eventos institucionais
vinculados à EJA.
7.2. Efetivar a inclusão dos(as) jovens e adultos
deficientes, quilombolas, indígenas e outros
grupos minoritários nas instituições, através da
efetivação da política de cotas institucionais.

8. Dificuldade em conhecer a realidade dos 8. Realizar o mapeamento socioeconômico dos


estudantes e definir os programas de assistência candidatos inscritos.
estudantil.

Outras deliberações
• Realização do II Encontro da EJA/EPT (Proeja) da Rede Federal, que ocorrerá em maio de 2019,
em Salvador/BA. A organização ficará sob a responsabilidade do IFBA e IF Baiano.

• O II Encontro deverá contemplar uma mesa-redonda de estudantes.

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