Período Antropocêntrica Da Antiguidade
Período Antropocêntrica Da Antiguidade
Período Antropocêntrica Da Antiguidade
Os sofistas
Para os sofistas, jamais se pode estar seguro de que se conhece alguma coisa,
pois onde buscar os critérios para saber se algo está certo ou errado, é falso ou
verdadeiro, é mau ou bom? Qualquer critério aceito seria arbitrário. Protágoras e
Górgias são os mais importantes representantes dos sofistas.
Os filósofos clássicos
Platão (427-347 a.C.) de Atenas, Grécia, foi o mais ilustre aluno de Sócrates e
também seu intérprete. Acreditava, como este, que o conhecimento que nos vem dos
sentidos é imperfeito e acrescenta a esse conceito a existência de um reino das
idéias que é o permanente e o perfeito, o qual existe fora do homem e é independente
dele, Embora essas idéias pertencessem a um outro mundo, seriam inatas no homem.
Platão explica que a alma antes de se encarnar contemplou esse mundo das idéias,
mas, ao unir
se ao corpo, porém, esquece-se delas, pois o corpo é um obstáculo ao conhecimento.
A experiência, então, deve trazê-las de volta à consciência, cuja responsabilidade do
processo seria da educação. Conhecer seria, assim, um processo de lembrar o que
está dentro e não de apreender o que está de fora. O mundo material é apenas uma
cópia imperfeita desse mundo ideal. Platão percebeu, como Heráclito, que tudo o que
é real se encontra em constante mutação. Só o mundo das idéias é perfeito, imutável
e eterno. Essa seria a teoria da reminiscência.
3) por fim, estaria o intelectual o homem das idéias, esse é o que deveria
governar, seria o soberano - para isso, deveria ter sabedoria e prudência, sem
esquecer a justiça, pois é esta que vai assegurar a harmonia nas relações dos
indivíduos e das classes.
Porém, a filiação a essas classes não seria nenhum espírito de casta, mas pela
educação. A esta caberia o papel de descobrir e desenvolver as aptidões do indivíduo,
filiando-o à classe que a natureza o destinou. Já, nessa época, Platão reconhecia as
diferenças individuais e reconhecia a necessidade de uma educação liberal,
democrática, dando oportunidade a todos. Fazia-se, dessa forma, uma seleção social
baseada na aptidão e não na situação econômica do indivíduo, como se faz
atualmente, principalmente nos países onde não há igualdade de direitos.
Aristóteles admitia que a alma era imortal, era uma espécie de intelecto ativo,
imaterial. Ponto de vista que se tomou o centro de interesse dos teólogos da Idade
Média. A alma, nesse sentido, era aquilo por que se vive, pensa e percebe, "causa e
princípio do corpo vivo." A psicologia estaria ligada à biologia e à botânica. Admitia
uma espécie de alma nas plantas (alma vegetativa), nos animais (alma animal) e no
homem (alma racional). Observou que, em muitos casos, o comportamento dos
animais apresenta analogias com o comportamento do homem. (behaviorismo)
Outros filósofos
O estoicismo foi uma doutrina pregada pelo filósofo grego Zenão4 de Cicio,
Chipre (340-264 a.C.), e teve vários seguidores, tanto gregos como romanos. Os
estóicos defendiam que a virtude deveria ser cultivada como valor intrínseco, seguindo
a linha da pedagogia da essência. Com esse objetivo, o desejo deveria se submeter à
razão. Seguindo a linha platônica, sugeriam que a virtude é superior aos desejos
materiais, considerados parte inferior na escala da evolução do homem. A virtude seria
o único bem e o vício o único mal. Com essa visão, prepara o advento da ética cristã.
Esse foi o período fundamental para a história da psicologia, pois nele brotaram
as principais raízes do seu desenvolvimento. Questões como o nativismo x empirismo,
o dualismo corpo x alma, a memória, o associacionismo, bem como a filosofia e
pedagogia da essência e da existência, foram as raízes ou colunas-mestras da
psicologia. Elas delinearam as mais diversas correntes do pensamento psicológico
que conduziram a psicologia até à sua emancipação da filosofia.
O estoicismo, foi fundado uns 300 anos antes de Cristo por Zenão, seu principal
discípulo foi Cleanthes, que por sua vez foi continuado por Chrysipo. Esses três são
considerados os fundadores do estoicismo. O principal pensamento de Zenão era:
materialismo, monismo e mutação. Ele considerava que tudo no universo está em
mudança.
Para os estoicos, por exemplo, a paixão era vista como um despreparo para o que
pode acontecer, uma desarmonia com a natureza em fluxo. Tudo pode dar errado, tudo
pode ser diferente de nossas expectativas. Quando não estamos de acordo com a
natureza, as misturas podem impedir nossa maneira de efetuar.
Ficamos presos a acontecimentos, paramos de nadar, paramos de nos efetuar e
afundamos. Daí nasce o ressentimento, “a culpa é do mundo que não está aos meus
pés“, assim como a má consciência, “sou um idiota“,. A pergunta mais importante que
os estoicos faziam era: como não se deixar contaminar? Como sermos dignos do que
nos acontece?
1. Pelo que se tem conhecimento, Sócrates nada escreveu. Seu pensamento foi
revelado através de Platão e Xenofonte.
-Era época de lutas políticas e intensos conflitos de opiniões, e assim os cidadãos mais
ambiciosos desejavam aprender a argumentar em público para manipular as
assembleias, assim prevalecendo interesses individuais e de classes.