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Mundo Lusofono

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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADE

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

AUGUSTA ZACARIAS

VARIANTES E VARIEDADES LINGUÍSTICAS

Beira

2021
AUGUSTA ZACARIAS

VARIANTES E VARIEDADES LINGUÍSTICAS

Trabalho a ser apresentado à cadeira de


Mundo Lusófono, para fins avaliativos.

Docente: dr. Anísio Páscoa

Beira

2021
ÍNDICE
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................3

1.1. Introdução...............................................................................................................3

1.2. Metodologia............................................................................................................3

CAPÍTULO II: QUADRO TEÓRICO E REVISÃO DE LITERATURA........................4

2. Variantes e Variedades da língua Portuguesa ..........................................................4

2.1. Tipos de variedades linguísticas.............................................................................5

CAPITULO III: Conclusão...............................................................................................7

Bibliografia........................................................................................................................8
3

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Mundo Lusófono, tem por objecto de estudo as


variantes e variedades linguísticas, dentro do qual iremos falar um pouco acerca de
variantes e variedades da língua portuguesa num sentido mais amplo, trazendo os
conceitos que norteiam tais factos.

Muito se tem discutido acerca das variedades e variantes da língua Portuguesa, como se
pode perceber, as línguas estão em constantes mudança, isso ocorre porque elas seguem
a evolução do mundo.

Tal como o império Português, a língua Portuguesa também tem as suas variedades e
variantes. Todas as línguas faladas em qualquer parte do mundo, tende a mudar com o
tempo, devido as variedades linguísticas, não existe um único jeito de falar a língua
Portuguesa, variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta em razão
das condições sociais, culturais e regionais de um País.

1.2. Metodologia

A análise documental, que foi o cerne da nossa pesquisa, constitui uma técnica
importante na pesquisa qualitativa, seja completando informações obtidas por outras
técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema.
4

CAPÍTULO II: QUADRO TEÓRICO E REVISÃO DE LITERATURA


2. Variantes e Variedades da língua Portuguesa

A língua como actividade social corresponde a

um conjunto de usos concretos, historicamente situados, que envolvem sempre


um locutor e um interlocutor, localizados num espaço particular, interagindo a
propósito de um tópico conversacional previamente negociado. É um
fenómeno funcionalmente heterogéneo, representável por meio de regras
variáveis socialmente motivadas (CASTILHO, 2000)

A linguística actual revela que a língua não é homogénea e deve ser entendida
justamente pelo que caracteriza o homem – a diversidade, a compreensão e a
possibilidade de mudanças. Sobre as variações linguísticas, importa ressaltar que a
língua se transforma e se adapta de acordo com diversos factores, conforme intenções e
necessidades.

A variação é o modo pelo qual a língua se diferencia, sistemática e coerentemente, de


acordo com o contexto histórico, geográfico e sociocultural no qual os falantes da
mesma se manifestam verbalmente. Também pode ser entendida como o conjunto das
diferenças de realização linguística - falada ou escrita - pelos locutores de uma mesma
língua.

Uma língua viva, apesar da unidade que a torna comum a uma nação, apresenta
variedades quanto à pronúncia, à gramática e ao vocabulário.

Chama-se variação linguística a essa propriedade de diferenciação de uma língua em


função do espaço geográfico, da sociedade, da situação e do tempo, dando origem a
variantes e a variedades linguísticas.1

A variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas


constitutivos de uma língua (fonético, morfológico, fonológico, sintáctico, léxico e
semântico). O conjunto dessas mudanças constitui a evolução dessa língua.

De acordo com Mateus et al (2003), qualquer língua natural varia ao longo do tempo e
do espaço da sua utilização. Varia ao longo da sua própria história como varia ao longo
da vida dos falantes que a utilizam quer como língua materna quer como língua não
materna.

1
http://sabercomputosegraudos.blogspot.com/2016/05/variacao-do-portugues-no-brasil-e-em_41.html
5

As mesmas autoras afirmam ainda que a variação pode histórica ou diacrónica, regional
ou diatópica, social ou diastrática ou, ainda, situacional.

Uma língua nunca é falada da mesma forma, sendo que ela estará sempre sujeita a
variações, como: diferença de épocas, regionalidade, grupo social e ainda as diferentes
situações.

2.1. Tipos de variedades linguísticas


a) Variedades geográficas ou variação diatópica

A palavra “diatópica provem do grego dia=através de + topos=lugar. As variações


geográficas seriam aquelas que estão ligadas aos diferentes lugares onde a língua é
falada. São as diferenças que uma mesma língua apresenta na dimensão do espaço,
quando é falada em diferentes regiões de um mesmo país ou em diferentes países.

Existe termos que especificam a variedades locais: os brasileirismos,


moçambicanismos, portuguesismos, para indicar as especificidades do português falado
no Brasil, Moçambique e Portugal respectivamente.

b) Variação diastrática

É uma variação que se encontra quando se comparam diferentes estratos de uma


população. Essa variação está relacionada a factores concernentes à organização
socioeconómica e cultural da comunidade. Entram em jogo factores como a classe
social, o sexo, a idade, o grau de escolaridade, a profissão do indivíduo.

Há, ainda, expressões informais ligadas a grupos sociais específicos. Um grupo de


futebolistas, por exemplo, pode usar a expressão “carrinho” com significado específico,
que pode não ser entendido por um falante que não goste de futebol ou que será
entendido de modo distinto por crianças.

c) Variação diafásica

Também conhecida como variação estilística. Sabe-se que há diferença na fala de


jovens /adultos em todos os níveis. Há diferenças da fala segundo espaço (lugar) e
tempo. Quando falamos com um juiz há um conjunto de construções sintácticas e
lexicais que devem ser usadas pois naquele espaço de julgamento se exige aquele tipo
6

de discurso. O mesmo juiz, ao encontrá-lo num bar não exigirá as mesmas


características linguísticas.

As variações estilísticas remetem ao contexto que exige a adaptação da fala ou


ao estilo dela. Aqui entram as questões de linguagem formal e informal, adequação à
norma-padrão ou despreocupação com seu uso. O uso de expressões rebuscadas e o
respeito às normas-padrão do idioma remetem à linguagem tida como culta, que se opõe
àquela linguagem mais coloquial e familiar. Na fala, o tom de voz acaba tendo papel
importante também.

d) Variação diacrónica

É a comparação das diferentes etapas da história de uma língua, quer dizer, aquela que
se dá através do tempo comparando gerações. É através do estudo da variação
diacrónica que percebemos que a língua que falamos hoje é resultados longos anos ou
épocas diferentes. Em muitos estudos o estudo da variação e da mudança se faz com a
observação da fala e de textos escritos antigos. Há que mostrar a relação fala e escrita na
documentação do passado.
7

CAPITULO III: Conclusão

Terminado o trabalho, cujo objectivo principal era retractar os conceitos que estão por
detrás das variantes e variedades linguísticas, pudemos constatar a variação não perturba
de alguma forma a língua, uma vez que é algo inerente a ela.

Apesar da existência de variações existe uma língua portuguesa que faz com que os
lusófonos se entendam sem problemas. Essa é a LP que deve ser preservada, aceitando
ao mesmo tempo a diferenciação lexical e a diversidade linguística dentro da
comunidade.

A variação e mudança são fenómenos linguísticos que ocorrem em todas as línguas. Isso
pode acontecer de forma lenta muitas vezes de forma despercebida. A mudança é
contínua, ininterrupta e discreta; A mudança é lenta, gradual e regular; A mudança é
sentida com preconceito.
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Bibliografia

MATEUS, M.H.M et al. Gramática da Língua Portuguesa. Caminho Lisboa, 2003.

TIMBANE, Alexandre António. A variação linguística e o ensino do português em


Moçambique. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, s/d.

TIMBANE, Alexandre António. A variação linguística do português moçambicano:


uma análise sociolinguística da variedade em uso. Academia de Ciências Policiais –
Moçambique. RILP - Revista Internacional em Língua Portuguesa - nº 32 – 2017.

JORGE, Welington Júnior. Novos olhares para a linguística e literatura. Uniedusul


Editora, Belo Horizonte – 2019.

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