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PPR Delineamento

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Delineamento

Delinear o modelo de diagnóstico é essencial para um diagnóstico eficaz e um


plano de tratamento. O mesmo possui os seguintes objetivos: determinar o eixo
de inserção e remoção mais favorável; identificar os planos guia; localizar as
áreas que podem ser utilizadas como retenção; determinar o eixo de inserção
mais apropriado que irá possibilitar a localização dos retentores e dos dentes
artificiais para que forneçam a melhor vantagem estética; permitir um
planejamento exato dos preparos bucais a serem feitos; delinear a altura do
contorno em dentes pilares e localizar as áreas de recortes dentários
indesejáveis que devem ser evitadas; gravar a posição do modelo para
referência futura em relação ao eixo de inserção selecionado. Sendo assim,
devemos seguir um passo a passo para que tais objetivos possam ser
alcançados sendo eles:
1) Determinar os planos guia
É preciso encontrar ou criar superfícies proximais do dente que tenham uma
relação de paralelismo umas com as outras para agirem como planos-guia
durante a instalação e a remoção da prótese. Isso é feito com a lâmina do
delineador ou com o estilete de diagnóstico, através de alterações na posição
do modelo anteroposteriormente e laterais até que essas superfícies proximais
estejam o mais próximo possível de uma posição paralela com relação uma à
outra ou próximas o suficiente para que possam ser tornadas paralelas por
recontorno.
Além disso, planos-guia são também necessários para assegurar um
conjunto de funções previsíveis aos grampos, incluindo retenção e estabilidade.
Para um grampo ser retentivo, é preciso forçar o seu braço retentivo a
flexionar. Portanto, planos-guia são necessários para dar uma direção positiva
ao movimento da restauração, que deve sair e voltar à posição final.
2) Áreas retentivas
A localização das áreas retentivas é feita com o auxílio do disco calibrador
modificado de 25mm. Devemos iniciar a localização sempre pela superfície
vestibular cervical dos dentes pilares; caso não encontre iremos procurar por
lingual. Caso não seja possível localizar tais áreas por ambas superfícies
podemos criar uma área retentiva com resina composta na área eleita para a
retenção do grampo.
É possível obter retenção razoavelmente igual por um de dois meios. Um é
mudar o eixo de inserção para aumentar ou diminuir o ângulo de convergência
cervical das superfícies retentivas de oposição dos dentes pilares; o outro meio
é alterar a flexibilidade do braço do grampo por meio de uma mudança em seu
desenho, tamanho e comprimento ou no material de que é feito.
Obs: A retenção do grampo depende, portanto, da existência de um
eixo de inserção e de remoção definidos. A mesma, deve ser apenas suficiente
para resistir às consideráveis forças de deslocamento.
3) Identificar áreas de interferências
Para isso, utiliza-se o acessório chamado “faca”, onde iremos identificar
interferências como: óssea, mucosa e dente.
Se a interferência for bilateral, a cirurgia ou o recontorno das superfícies
linguais do dente, ou ambos, podem ser inevitáveis. Se a interferência for
apenas unilateral, uma mudança na inclinação lateral pode evitar uma área de
interferência no dente ou no tecido.
É preciso avaliar os cortes ósseos que oferecerão interferência ao
assentamento das bases da prótese e tomar uma decisão sobre removê-los
cirurgicamente; mudar o eixo de inserção à custa de modificar ou restaurar os
dentes para conseguir planos-guia e retenção; ou desenhar as bases da
prótese para evitar tais áreas retentivas. O último pode ser feito encurtando-se
as bordas das bases das próteses por vestibular e na extensão distolingual.
Contudo, é importante lembrar que se deve usar a área máxima disponível
para o apoio da base da prótese sempre que possível.
Outras áreas de possíveis interferências a serem avaliadas são
aquelas superfícies dos dentes pilares que suportarão ou serão
cruzadas por conectores menores e pelos braços dos grampos.
É possível eliminar as áreas de interferência à colocação
apropriada dos braços dos grampos por meio da remodelação
das superfícies do dente durante os preparos da cavidade bucal.
Estas áreas devem estar indicadas no modelo de diagnóstico.
Áreas de interferência à colocação de grampos podem precisar
de pequenas mudanças no eixo de inserção ou mudanças no
desenho do grampo.
4) Estética
Por meio de um eixo de inserção, torna-se possível a melhor posição estética
dos dentes artificiais e se expõe menos grampo de metal e material de base.
A posição das áreas retentivas pode influenciar o eixo de inserção selecionado;
portanto, deve-se sempre selecionar as áreas retentivas com as posições mais
esteticamente agradáveis para os grampos em mente. Quando precisam ser
feitas restaurações por outros motivos, deve-se contorná-las para possibilitar a
menor exposição do metal do grampo. Geralmente, menos metal ficará exposto
se o grampo retentivo for colocado em uma área mais distogengival da
superfície do dente, o que se torna possível por meio do eixo de inserção
selecionado ou pelo contorno das restaurações.
Quando dentes anteriores devem ser substituídos pela PPR o eixo de inserção
deve ser mais vertical para que não se modifique os dentes artificiais e nem os
adjacentes naturais.
Como a consideração principal deve ser a preservação dos tecidos bucais
remanescentes, não se deve possibilitar que a estética ameace o sucesso da
prótese parcial. A substituição dos dentes anteriores que faltam deve, então,
ser realizada por meio de próteses parciais fixas quando possível,
especialmente se a eficácia mecânica e funcional da prótese parcial precisar de
um preparo dental significativo.
5) Registro do eixo de inserção
Possibilita o reposicionamento do modelo na posição planejada e permite uma
comunicação entre o dentista e o técnico. É feito de duas maneiras:
- Cimentação de um pino guia no modelo ou marcações no mesmo
- Confecção da placa acrílica

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