O Novo CPC
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Nos termos do artigo 1.015, PU, do CPC, caberá agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias proferidas no processo de execução, que é exatamente a hipótese ocorrida na ação de
execução de alimentos que lhe é movida, uma vez que a MM. Juíza a quo REJEITOU A
JUSTIFICATIVA APRESENTADA E DETERMINOU SUA PRISÃO CIVIL POR 60 DIAS.
Informa que nos termos dos artigos 1.003, § 5º, e 218, § 4º, ambos do CPC, o presente
recurso é TEMPESTIVO, uma vez que a sua interposição está sendo realizada sem a intimação da
parte executada. Em cumprimento ao artigo 1.016, IV, do CPC, informa o nome e endereço dos
advogados do agravante e da agravada constantes nos autos do processo digital:
Pelo agravante: Sofia Carolina Jacob de Paula, OAB/PR 45077 com escritório na Avenida Brasil,
341, conj 403, Balneário Camboriú, Santa Catarina, e-mail sofia.adv@hotmail.com
Pela agravada: LUIZA ALESANDRA RIBEIRO FRONZA - OAB/SC 33.084, Rua Rudolfo
Liesenberg, n° 206, sala 01, bairro Fortaleza, CEP 89.056-485, Blumenau/SC. Fone (47) 3323-
7619, e-mail luiza@fronza.adv.br
Colenda Câmara,
Eminentes Desembargadores,
A ilustre magistrada a quo não agiu com o costumeiro acerto, devendo a r. decisão agravada ser
inteiramente reformada, conforme restará demonstrado.
I –SÍNTESE DO PROCESSADO
ORIGEM DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Nos autos n.° 0023408-75.2008.8.24.0008, intentado no ano de 2008 pela genitora da ora
agravada, inicialmente medianter a avó da agravada e genitora do ora agravante (Marlene
Pinheiro), determinou-se o pagamento mensal correspondente à 50% (cinquenta por cento) do
salário mínimo nacional, com vencimento sempre no dia 16 de cada mês.
Importante frisar que a obrigação alimentar foi ajustada numa época em que o agravante
possuía uma situação financeira estável, uma vez que era sócio de uma loja de roupas no município
de Camboriú.
MUDANÇA NA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO AGRAVANTE
Conforme amplamente exposta na justificativa não aclhido pelo r. juízo, em função da grave
crise econômica que assolou o país a partir de 2014, fato amplamente divulgado em todos os meios
de comunicação, milhares de empresários, em especial, os micro e pequenos empresários,
encerraram suas atividades, e não foi diferente com o agravante.
Sua situação financeira mudou bruscamente. No decorrer do processo, o agravante vendeu
imóvel financiado onde residia com sua antiga companheira na cidade de Itajaí, bairro Santa Clara,
bem como seu veículo, também adquirido em conjunto com sua antiga companheira e encerrou as
atividades de sua loja, voltando a trabalhar com freelancer, pois perdeu suas única fontes de renda.
DECISÃO AGRAVADA
Conforme se verifica da decisão recorrida acima, a MM. Juíza determinou a prisão civil
do agravante pelo prazo de 60 dias, sem explanar o motivo que enraizou a r. decisão extrema,
desreipeitando o art. 489 do CPC/15.
Com a devida vênia, a MM. Juíza a quo não agiu com o costumeiro acerto ao decretar a
prisão civil do agravante, uma vez que sequer funamentou a decisão e nem intimou a procurado a
respeito da rejeição da justificativa apresentada.
De outro norte, vale lembrar que a genitora nunca permitiu contato com do genitor sua
filha no decorrer de todos esses 11 anos, envenenando a prole, hoje maior de 18 anos.
Nos termos dos artigos 995, PU, e 1.019, I, ambos do CPC, o Relator poderá atribuir
efeito suspensivo ao recurso,se da imediata produção dos efeitos da decisão recorrida houver risco
de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de
provimento do recurso, ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a
pretensão recursal.
Assim, a agravante demonstrou a probabilidade de provimento do recurso, uma vez que,
repita-se, provou através de documentos que não tem condições financeiras de suportar
integralmente a obrigação alimentar assumida(cf. justificativa anexa), o que evidencia
a probabilidade do direito invocado (artigo 733, parte final, atual artigo 528, parte final, NCPC –
“justificar a impossibilidade de efetuá-lo).
No mais, indicou nestas razões recursais precedentes favoráveis deste E. tribunal e de
outros, as suas pretensões, e o perigo de dano grave, de difícil ou impossível reparação na
hipótese de sua prisão civil, pois poderá ficar sem realizar seus serviços como freelancer de vendas,
diga-se, sua única fonte de renda e subsistência.
Também, ressalta-se, os recursos finaceiros para o cumprimento parcial de sua
obrigação alimentar, o que afetará diretamente a agravada e sua nova família, ressaltando ainda, a
falta de justificativa da decisão agravada, o decurso de tempo das prestações vncidas e da maior
idade da exequente, ora agravada.
IV –DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer: