Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Roteiro Prático (Anatomia Vegetal) Cicero Jaqueline Karolayne Liliane

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO

UNIDADE ACADÊMICA DE BIOTECNOLOGIA


CURSO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – LICENCIATURA
DISCIPLINA ANATOMIA VEGETAL
DOCENTE PROFA. DRA. DÉBORA MACHADO CORRÉA

CICERO DIÓGENES BERNARDO DE SOUZA


JAQUELINE DE SOUZA RODRIGUES
KAROLAYNE JESUS NAVARRO
LILIANE GRACIELE SANTOS BARBOSA

ATIVIDADE PRÁTICA ABORDANDO CORTES HISTOLÓGICOS NA


PERSPECTIVA DE OBSERVAR TRICOMAS E SEGMENTOS SEMELHANTES
ENVOLVENDO ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

CATALÃO
2021
SUMÁRIO

FICHA TÉNICA DO ROTEIRO PRÁTICO 3

1 INTRODUÇÃO 4

1.2 ÓRGÃOS VEGETAIS 4

1.2 TRICOMAS 5

1.3 CORTES 6

2 OBJETIVOS 8

2.1 OBJETIVO GERAL 8

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 8

3 METODOLOGIA 9

4 MÉTODOS AVALIATIVOS 12

5 REFERÊNCIAS 13
3

FICHA TÉNICA DO ROTEIRO PRÁTICO

Responsáveis: Cicero Diógenes Bernardo de Souza


Jaqueline de Souza Rodrigues
Karolayne Jesus Navarro
Liliane Graciele Santos Barbosa

Tema: O uso de cortes paradérmicos na perspectiva de identificar tricomas e


observar suas estruturas e segmentos.

Público: 2° ano do Ensino Médio.

Tempo de duração: 1 aula com duração de 00:40:00 minutos.


4

1 INTRODUÇÃO

Na presente proposta de atividade prática pedagógica, apresentaremos


aos alunos uma breve introdução sobre a presença de tricomas encontrado em
plantas de diferentes famílias, seu conceito, funções que exercem nas plantas e os
cortes paradérmicos, onde faremos uma pequena revisão, para que assim os alunos
possam ter um embasamento, de forma que possa contribuir para uma melhor
compreensão da prática dada.

1.2 ÓRGÃOS VEGETAIS

A grosso modo dizendo, são estruturas que constituem uma planta. São
divididos em órgãos vegetativos e órgãos reprodutivos. Os vegetativos, são: raiz,
caule e folha.

A raiz é a parte da planta que fica localizada na parte subterrânea do


solo. É responsável pela fixação da planta no solo, e também é responsável por
absorver e armazenar água, sais minerais e nutrientes do solo, para que assim a
planta se mantenha viva. Vale ressaltar que, esses nutrientes no geral, que são
absorvidos pela planta, são levados até as folhas por meio de pequenos vasos
condutores, que são conhecidos como: xilema e floema, e estes localizam dentro do
caule.

O caule é a estrutura que sustenta as folhas. Tem por função conectar as


raízes à parte superior, e assim, fazer a transferência de nutrientes para a planta.

As folhas são a principal parte da planta. São a partir delas que há a


capacidade de realizar a fotossíntese e efetuar trocas de gases. As folhas também
têm por características a respiração e a transpiração, que são realizadas pelos
estômatos, que são como minúsculas portas que permitem a entrada e saída de
água e ar.

Já os órgãos reprodutivos, são: flores, frutos e sementes. Sendo


entendidos como:

As flores têm como característica principal, a reprodução. Os órgãos


reprodutivos são formados pelo receptáculo e o pedicelo, que é a haste da flor. São
encontrados no receptáculo, duas estruturas: o androceu, que é o órgão reprodutor
5

masculino, composto por estames que produzem o grão de pólen, e o gineceu, o


órgão reprodutor feminino, que contém folhas modificadas chamados carpelos, que
são equivalentes ao ovário feminino. Há as pétalas, que formam o conjunto colorido
das flores, estas são responsáveis por atrair polinizadores.

O fruto é o ovário após fertilizado. No seu interior, abriga a semente. Sua


função principal é proteger e conservar as sementes, garantindo o seu
desenvolvimento. Há frutos carnosos e secos quando maduros; é composto por
pericarpo e semente

A semente é o óvulo após ter sido fertilizado. É composto pelo embrião e


tecidos conhecidos como endosperma e perisperma. Este embrião possui estruturas
que darão vida ao novo vegetal. Em resumo, a semente é um pacote completo de
dispersão, que possui uma proteção, um tecido nutritivo e um embrião.

1.2 TRICOMAS

Tricomas são apêndices epidérmicas com uma ampla gama de estrutura


e que exercem um papel importante na taxonomia. Algumas famílias, gêneros ou
espécies, podem ser identificados pelo tipo característico de tricomas. Eles podem
ser encontrados em qualquer tipo de ambiente em um organismo vegetativo que
existe num estado permanente ou efêmero. Podendo ser classificadas de várias
maneiras, devido a sua ampla gama de formas, ou seja, o formato e as substâncias
produzidas por determinado tricoma podem ajudar a identificar uma espécie. Sua
classificação em tectores (ou não glandulares), e glandulares é uma de suas
características distintivas.

Os glandulares são provavelmente os mais complexos em termos de


conteúdo, eles consistem em cabeças unicelulares ou multicelulares conectadas à
epiderme por pedúnculo. As cabeças desses tricomas são secretoras e possuem
diversas organelas, que variam de acordo com o tipo de substância secretada. No
cabelo glandular, podemos destacar os tricomas existentes nas plantas carnívoras,
que secretam muco para prender as presas e ajudar na digestão das enzimas.

Tricomas tectores (ou não glandulares), podem ser unicelulares ou


multicelulares. As células multicelulares podem ser ramificadas ou consistir em
apenas uma fileira de células. Os tricomas têm a função de absorver água e
nutrientes, como os tricomas das raízes. Suas paredes são geralmente celulósicas,
podendo expandir-se e submeter-se a lignificação, impregnação sílica, e carbonato
de cálcio, com conteúdo variado, e que pode incluir cloroplastos, cistólitos, e outros
cristais. Dentre as várias funções que lhes são atribuídas, podemos destacar:
absorver água e sais minerais; refletir a luz do sol, reduzir a temperatura da folha e a
6

perda de água; Os tricomas das plantas carnívoras ajudam a capturar as presas;


defesas físicas e químicas das plantas.

1.3 CORTES

Quando se deseja observar algum material vegetal ao microscópio, tem-se


que ter em mente que a coleta do material deve ser feita com cortes finos e
transparentes, para que se tenha uma melhor visualização da amostra. Para a coleta
do material há dois tipos de cortes que podem ser feitos, cortes à mão e por um
aparelho conhecido como micrótomo.

Os cortes à mão, são feitos através de uma lâmina de aço nova, de modo
geral com o auxílio de algum suporte e, na maioria dos casos é utilizado o isopor
compacto. Esse tipo de corte resulta em amostras com espessuras não
padronizadas, tampouco conhecidas, sendo mais comum para o preparo de lâminas
temporárias.

Já para cortes realizados com o auxílio de um micrótomo, é necessário que o


material a ser cortado seja fixado, desidratado e incluído em um meio, como resina
ou parafina, que dará suporte para o corte (secionamento). Esse tipo de corte resulta
em amostras finas com espessuras padronizadas e conhecidas, sendo realizado, de
um modo geral, no preparo de amostras permanentes.

Por existir vários tipos de cortes é necessário que se faça um planejamento,


definindo anteriormente o tipo de corte que será necessário para o estudo a ser
realizado. Entre os cortes básicos, há três tipos, os quais são definidos dá seguinte
forma:

Cortes Transversais: feitos em um plano perpendicular ao eixo do órgão;


Cortes Longitudinais: feitos em um plano paralelo ao maior eixo do órgão;
Cortes Paradérmicos: são cortes superficiais, feitos em um plano à superfície
do órgão.
7
8

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Compreender o conteúdo aplicado, sendo capaz de identificar a presença de


tricomas em distintas plantas encontradas nos ambientes do cotidiano.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Fornecer ao aluno conhecimentos básicos sobre tricomas, tendo em vista


possibilitá-los a compreender e distinguir as características, bem como
classificá-los no quesito tático.

● Aplicar técnicas histológicas e instigar o uso do microscópio em aulas do


Ensino Médio.
9

3 METODOLOGIA

Os métodos que serão utilizados nesta proposta partem da premissa de


desenvolver práticas reais e acessíveis para diversos ambientes escolares, tendo
seu foco no Ensino Médio. Portanto, é evidenciado o uso de uma atividade que
engloba assuntos temáticos que fazem parte do cenário didático-pedagógico, como
os conteúdos referentes a área de flora que se expandem por um longo período
letivo.

De início terá uma prática de toque, sentir e/ou ver, quando possível, os
tricomas das determinadas plantas, como por exemplo: Capim-limão (Cymbopogon
citratus). Com isso, enfatizar questões sensoriais que podem ser sentidas sem
microscópio, exemplifica pela textura, quantidade, dureza e até mesmo a presença
de cheiro/odor. Ilustrados nas imagens A e B.

A B

(Fotos autorais)

(A) Tricomas
de Coração
magoado (Coleus

scutellaroides)
(B) Tricomas de Gerânio (Pelargonium hortorum)

Em continuidade, a segunda parte do procedimento consistirá em um


momento prático de cortes histológicos, focalizando em cortes paradérmicos, no
intuito de observar os tricomas presentes em vegetais, que podem ser observados
no cotidiano do alunado, em nível microscópico. Como também, durante o
desempenho da proposta, explicar a relevância que determinado apêndice
epidérmico possui para que tal espécime sobreviva naquele ambiente.

Para tal exercício de cortes necessitará de alguns utensílios, sendo eles:


lâminas, um pincel, um recipiente, água, isopor (em determinados casos) e
microscópio. Com isso, é separado do vegetal qual órgão irá ser utilizado e reserva
o restante do material. O corte paradérmico propriamente dito (Imagem C) será
passar a lâmina, de forma superficial e precisa, por cima da superfície do órgão. Em
10

seguida, as “fatias” irão ser colocadas no recipiente com água por via de um pincel,
ou seja, o pincel funcionará como uma condução do material que se encontra na
lâmina cortante para o recipiente que irá reserva-lo.

Corte histológico paradérmico, feito à mão livre na folha de um espécime de Onze


horas (Portulaca grandiflora)

(Foto autoral)

Logo após isso, acrescenta água


limpa em uma lâmina (placa fina de
vidro) e, com auxílio de um pincel,
adiciona tais materiais na lâmina. Por fim,
utiliza-se uma lamínula e se direciona ao
microscópio para se ter uma visualização
melhor (Imagem D).

B
Corte histológico visualizado por microscópio
em órgão vegetal de um espécime de Gerânio
(Pelargonium hortorum).

Fonte: https://i.ytimg.com/vi/NiM4N2C2vk8/hqdefault.jpg <acessado em 21 de junho


de 2021>
Ainda que esse procedimento seja de fácil uso, existe a técnica
histológica de “impressão”, na qual se designa em utilizar o adesivo éster de
cianoacrilato (Super Bonder) no material em uma porcentagem maior, ou seja, não
são necessários cortes tão precisos como na técnica anterior. Logo, basta colocar
um pouco do líquido do adesivo sobre a
lâmina de vidro e apoiar o material sobre o
líquido por, aproximadamente, 10 segundos.
Por fim, retira a estrutura vegetal e a
direciona ao microscópio. Ilustrado pelas
imagens E e F.

E
11

(E) Gota de adesivo (F) Material por cima do adesivo

Por fim, após as possíveis


técnicas, ficaria a cargo dos discentes fazer
uma nova análise sobre as estruturas e
composição dos tricomas. Ou seja, em
primeiro plano teríamos uma vista externa, por
via do toque direto ao órgão vegetal, e
posteriormente, uma análise a nível
microscópica, no intuito de rever as
conclusões tiradas anteriormente.
12

4 MÉTODOS AVALIATIVOS

Na finalidade de avaliar o momento de partilha, será utilizado um relatório.


Para tal, haverá algumas observações a serem seguidas, sendo elas: individual,
sem consulta, uma lauda (máximo), conteúdo referente ao tema ministrado e
entrega após finalização da prática. Assim, será avaliado a capacidade de discorrer
de forma clara e objetiva, como também, saber se a atividade obteve êxito nos
quesitos tanto de compartilhamento de informações quanto no envolvimento do
discente.
13

5 REFERÊNCIAS

APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B. Anatomia Vegetal. 2ª ed. VIÇOSA, Universidade


Federal de Viçosa, p. 93-94, 2006.

CORTEZ, PRISCILA A; SILVA, DELMIRA C; CHAVES, ALBA L. Manual prático de


morfologia e anatomia vegetal. ILHÉUS, Editus, Universidade Estadual de Santa
Cruz, p. 29-34, 2016.

SEGATTO, FERNANDA; BISOGNIN, DILSON; BENEDETTI, MARLOVA; COSTA,


LIEGE; RAMPELOTTO, MARCOS. Técnica para o estudo de anatomia da
epiderme foliar de batata. SANTA MARIA, Ciências Rurais, v. 34, n. 5, p. 1597-
1601, 2004.

Você também pode gostar