Fototerapia
Fototerapia
Fototerapia
Material Teórico
Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada)
e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED)
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Fototerapia de Alta Potência (Laser e
Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de
Baixa Potência (Laser e LED)
• Fototerapia;
• Fototerapia de Alta Potência;
• Fototerapia de Baixa Potência.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Proporcionar aos profissionais de estética um conhecimento mais amplo dos con-
ceitos, aplicabilidades e técnicas de aplicação desses tipos de terapias empregadas
na estética;
• Trabalhar de forma correta e segura com os equipamentos mais utilizados
nos tratamentos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada)
e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED)
Fototerapia
Introdução à fototerapia
Costumamos dizer que estamos passando pela era das terapias por luz. Devido
ao sistema inovador, com diferentes formas de interação com o tecido e, por isso,
inúmeras propostas terapêuticas são, hoje, consideradas uma das principais e mais
modernas técnicas nos tratamentos estéticos.
Então, em resumo, a luz por meio dos fótons interage com os cromóforos e
promove reações fotobiológicas, podendo se tratar de uma fototermólise ou foto-
biomodulação, dependendo das características da luz.
Cromóforo: É um grupo de átomos que dá cor a uma substância e absorve luz com um
Explor
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Figura 1 – Representação das diferenças entre laser e luz pulsada
Fonte: Acervo do Conteudista
Laser
Alguns lasers de alta potência são utilizados nos tratamentos estéticos, sempre
com objetivo de fototermólise seletiva. Os mais conhecidos são:
• Nd:YAG: O laser de Neodimio YAG possui comprimento de onda de 1064nm
(sendo infravermelho). Emite uma série de pulsos de alta energia em curto
espaço de tempo (nanosegundos). Por apresentar baixa afinidade com a mela-
nina é seguro seu uso em fototipos mais altos. Suas indicações incluem: trata-
mento vascular (como vasinhos), tratamento de micose de unha, fotoepilação,
peeling térmico, remoção de tatuagens e maquiagem definitiva e tratamento
de manchas, rejuvenescimento, cicatrizes de acne e olheiras.
• Laser de CO2: trata-se de um laser ablativo, ou seja, promove uma lesão no
tecido que estimula o processo de reparo tecidual, culminando na produção
de colágeno e retração da pele. Esse processo é lento e, devido à extensão da
lesão, há risco de manchas quando não bem aplicado. Por isso, foi criada a
tecnologia de laser CO2 fracionado, em que a energia é dividida em diversos
pulsos, atingindo a pele mais profundamente e em regiões menores. Dessa
forma, há formação de pequenas lesões, intercaladas com áreas intactas; as-
sim a recuperação é mais rápida e controlada. Indicado para rejuvenescimen-
to, cicatrizes de acne, estrias e flacidez da pele.
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e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED)
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temporal do tratamento por LI, pela rápida divisão celular e maior pico de
produção de melanina;
Parâmetros
Os parâmetros que caracterizam um laser e uma LIP são: comprimento de onda,
duração do pulso, dosagem da luz, diâmetro do foco, taxa de repetição e resfriamento.
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e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED)
Intervalo Intervalo
Pulso Pulso Pulso
Figura 3 – Múltiplos pulsos sequenciais. Durante o pulso,
a luz é emitida. Durante o intervalo, o tecido se resfria
• Fluência: energia emitida em uma determinada área, expressa em J/cm². À me-
dida que a energia aumenta, a força de destruição também aumenta. A interação
entre fluência e duração de pulso é muito importante na fototermólise seletiva.
A duração do pulso deve ser curta e com energia suficiente, de maneira a aquecer
o alvo antes que a energia seja difundida para os outros tecidos.
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• Rejuvenescimento: deve se levar em consideração o nível de envelhecimento.
Para realizar essa escolha podemos usar como base a escala de Glogau;
• Acne: quanto maior o grau da acne mais brando deverá ser o tratamento;
• Terapia vascular: para a escolha do tratamento, quanto maior o calibre da
telangiectasia (vasinho) mais brando deverá ser o tratamento;
• Manchas: quanto mais hiperpigmentada for a mancha, isto é, mais escura,
mais brando deverá ser o tratamento.
Figura 4
Fonte: Acervo do Conteudista
Importante! Importante!
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Ledterapia
Os LEDs (Light Emitting Diodes) são diodos semicondutores que, ao serem
submetidos a uma corrente elétrica, emitem uma luz que promove estimulação
intracelular. Se propagam pelo espaço em formato de ondas.
Os LEDs dispersam a luz por uma superfície maior comparada com o laser e
podem ser usados onde maiores áreas são indicadas ao tratamento, resultando em
redução e otimização no tempo de tratamento, desde que possuam uma potência
mais alta. A potência define a taxa com que a quantidade de energia é transmitida
ao tecido, normalmente medida por Watt (W);
Figura 5
Fonte: Daniel Barolet, 2008
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Efeitos terapêuticos e indicações
Laser
Ao submeter a pele ao LASER Vermelho (luz visível) ou Infravermelho (luz invi-
sível), uma parcela é absorvida pela pele. Isso ocorre devido à presença de fotorre-
ceptores nessa camada. Normalmente cada tipo de fotorreceptor é sensível a um
determinado comprimento de onda. Assim, o LASER, que é uma luz monocro-
mática (possui um único comprimento de onda), é absorvido de maneira seletiva.
O LASER de baixa potência, ao ser absorvido por um tecido, não gera efeito
térmico. Os efeitos terapêuticos resultantes da aplicação dos Lasers de baixa po-
tência podem ser divididos em:
• Efeito antinflamatório: devido à capacidade de interferir no processo de for-
mação das prostaglandinas e na microcirculação, o laser se apresenta como
uma interessante alternativa no tratamento de processos inflamatórios, pelo
efeito antiedematoso e normalizador circulatório;
• Efeito Analgésico: por estimular a liberação de beta-endorfina e por dificultar
a transmissão da sensação de dor pelo córtex cerebral. Também atua no ree-
quilíbrio energético da célula, tornando-se favorável a redução da dor;
• Regenerativo/cicatrizante: por estimular a produção de ATP mitocondrial
e incrementar a síntese de proteína. Também ativa a microcirculação, contri-
buindo para o processo. Além disso, acelera a divisão celular e o crescimento
de nervos seccionados; aumentam a capacidade de produção dos fibroblastos,
havendo maior regeneração de colágeno, reativando as células, aumentando
sua permeabilidade;
• Estímulo circulatório: promove vasodilatação e consequente aumento da cir-
culação periférica local, reduzindo a congestão tecidual; também controla o
edema por deficiência nas redes de fibrinas.
LED
Em doses apropriadas e de acordo com o seu comprimento de onda, a luz é
absorvida por cromóforos ou fotorreceptores moleculares, entre eles, porfirinas,
flavinas, mitocôndria, membrana celular. O cromóforo é responsável pela absorção
luminosa e, quando ocorre a absorção de fótons por um cromóforo, resulta no
aumento da atividade celular.
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Técnica de aplicação
Laser
A aplicação mais indicada é a pontual, que consiste em encostar a caneta apli-
cadora diretamente sobre a área de tratamento (forma direta de emissão). Feita a
aplicação em um ponto, inicia-se a aplicação em outro ponto até abranger toda
área de tratamento em uma determinada área.
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LED
A aplicação é realizada por zona, ou seja, este modo de aplicação consiste em
aplicar certos níveis de energia em uma determinada área sem movimentar o feixe
da luz. Isto é possível mantendo uma distância tal que a dispersão do feixe da luz
abranja uma determinada região (em torno de 1cm de distância da pele). Quanto
maior o afastamento, maior a perda de energia.
A cor do LED (de acordo com o comprimento de onda) deve ser escolhido de
acordo com o objetivo do tratamento.
Figura 8
Fonte: Acervo do Conteudista
Importante! Importante!
Alguns cuidados durante a aplicação devem ser observados. O feixe de luz não deve,
em momento algum, incidir sobre os olhos, nem de modo direto, nem através de
reflexão em superfícies refletoras; nas aplicações de LASER e LED é necessário o uso
de óculos de proteção. Estes óculos são projetados para “barrar” a incidência do feixe
de luz na retina; não utilizar nenhum produto associado ao Laser ou Led que não seja
específico para esse fim.
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e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED)
Parâmetros
Para cada comprimento de onda, tipo de luz (laser ou LED) e para cada indica-
ção terapêutica, há parâmetros a serem ajustados, entre eles:
• Modo de emissão: contínuo ou pulsado;
• Tempo (min/seg): está linkado com a energia, ou seja, quando o tempo for
aumentado, a energia (J) também será, proporcionalmente. Geralmente os
equipamentos fazem o cálculo automático do tempo, de acordo com a potên-
cia do equipamento e a energia programada;
• Energia (joule): a energia está linkada com o tempo, ou seja, quando a energia
for aumentada, o tempo também será proporcionalmente (como parâmetro
de visualização). Energia é uma grandeza física que, no caso da laserterapia,
representa a quantidade de luz que está sendo depositada no tecido.
Tabela 1
Efeito Dose
Analgésico 2 –4 J/cm2
Anti-inflamatório 1 –3 J/cm2
Cicatrizante 3 –6 J/cm2
Circulatório 1 –3 J/cm2
Fonte: própria autora
Contraindicações
• Imunodeficiências;
• Doenças que piorem ou sejam desencadeadas pela exposição à luz;
• Período gestacional;
• Histórico de fotossensibilidade (dermatoses);
• Cliente sendo submetido a tratamentos com ácidos sintetizados a partir da vita-
mina A (ácido retinóico, Retinol A, Vitanol A, Retin, tretoinina, isotretoinina,
etc.) e /ou antibióticos com tetraciclina;
• História pessoal de Câncer de pele na região;
• Glaucoma.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia
CATORZE, Maria Goretti. Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia. Med
Cutan Iber Lat Am, v. 37, n. 1, p. 5-27, 2009.
Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia
KALIL, C. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia. Elsevier Brasil, 2011.
Eu sei eletroterapia
AGNE, Jones Eduardo. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2009.
Laser em dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações
TOREZAN, L. A. R; OSÓRIO, N. Laser em dermatologia: princípios físicos, tipos
e indicaçöes. An. bras.dermatol, v. 74, n. 1, p. 13-25, 1999.
Vídeos
HTM – Protocolo Light Pulse
https://youtu.be/fRVI1w5wvlw
Leitura
Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento do fotoenvelhecimentocutâneo: avaliação
clínica, histopatológica e imunoistoquímica
DE SICA, Régia Celli Patriota. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada
no tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo: avaliação clínica, histopatológica e
imunoistoquímica. 2009. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
https://goo.gl/hNdArY
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UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada)
e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED)
Referências
ADATTO, M. A. Hair removal with a combined light/heat-based photo-
-epilation system: a 6-month follow-up. Journal of Cosmetic and Laser Therapy,
v. 5, n. 3-4, p. 163-167, 2003.
BABILAS, P. et al. Intense pulsed light (IPL): a review. Lasers in Surgery and
Medicine, v. 42, n. 2, p. 93-104, 2010.
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