Analise de Riscos Na Detonação de Explosivos - Trabalho
Analise de Riscos Na Detonação de Explosivos - Trabalho
Analise de Riscos Na Detonação de Explosivos - Trabalho
Resumo
Introdução
Definição
Detonação
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pressões desenvolvidas, detonações costumam ser muito mais destrutivas que
deflagrações.
Explosivos
Quanto à potência
Baixos explosivos
Explosivos simples
Explosivos mistos
Formados por substâncias que consumem e produzem oxigênio, mas que não são
explosivos quando isolados. Pertencem a esta categoria os nitratos orgânicos, cloratos e
per cloratos. O mais importante é o nitrato de amônio que, misturado com óleo diesel, é
um explosivo de larga utilização (ANFO).
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Explosivos compostos
2. Velocidade: é uma grandeza importante que deve ser levada em conta em vista do
tipo de rocha a explodir. É a velocidade da reação química da massa do explosivo –
onda da detonação (intensa luz, calor e gases a pressão elevada). Explosivos à base de
nitroglicerina – velocidade de 4000 a 7500ms. Explosivos à base de nitrato de amônio –
velocidade de 1500 a 3000m/s.
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choques. Por isso é imprescindível que apresente segurança no manuseio, isto é, que não
detone com facilidade.
8. Gases tóxicos: sem grandes problemas nas explosões a céu aberto, alguns
explosivos podem causar intoxicações nas explosões subterrâneas, provocando náuseas ,
dores de cabeça. Os gases são chamados classe 1, 2 e 3, e os explosivos pelas categorias
A, B, C, respectivamente, conforme produzam –
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Energia relativa RWS = 0,10965 x energia absoluta AWS do explosivo ( % )
Energia relativa RBS = 0,1353 x energia absoluta AWS do explosivo ( % )
13. Razão Linear De Energia: Expressa a energia absoluta por metro linear de
furo : RLE = 0,5067.D2.d.AWS (kcal/m) ,
onde: D = diâmetro da carga explosiva em polegadas
d = densidade do explosivo (derramado, não adensado) em g/cm3 ;
14. Potência Disponível (W) : razão de energia liberada por metro linear de carga
explosiva no furo, à uma determinada velocidade. Sendo m a velocidade estabilizada do
explosivo, e T = 1/m
W = RLE/T = RLE . m = 0,5067 . d . D2 . AWX . m
Tipos de explosivos
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carregamento. Exigem "booster" reforçador com diâmetro próximo do furo. Muito
estável ao atrito e choque. Iniciação com cordel detonante ou espoleta n.º 8 . alta
velocidade, cartuchos de polietileno em caixas de 25 kg .
Acessórios de detonação
5. Cordão ignitor: Cordão fino e flexível , revestido com polietileno, que queima
com chama firme. Usado para acender linhas de estopins em qualquer quantidade.
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9. Cordéis detonantes: Forma mais segura para a detonação de fogo a céu aberto.
São explosivos, e dispensam espoletas, funcionando como escorvas. Tem núcleo de alto
explosivo (PETN – tetranitrato de pentaeritritol) e revestimento (fibras de PVC ou
náilon) conforme a finalidade. Velocidade de detonação de 7000 m/s, superior à
dinamite e gelatinas. Fornecido em rolos, aspecto de cabo elétrico. Circuitos como os
elétricos. Ligações por nós padronizados ou fita isolante. Inicialização por espoleta
elétrica ou simples(n.º 8) ou por cordel de diâmetro igual ou maior.
Perfuração
Limpeza: sistema que tem por finalidade apresentar à coroa uma nova superfície
de rocha limpa através da remoção contínua, do interior do furo, da rocha fragmentada
(cavacos).
Plano de Fogo
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Impactos associados a desmontes com uso de
explosivos
Segundo a NBR ISO 14001 (1996), o aspecto ambiental pode ser definido como
“elemento das atividades, produtos e serviços de uma organização que pode interagir
com o meio ambiente” e impacto ambiental como “qualquer modificação do meio
ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades,
produtos ou serviços de uma organização”.
Os limites de vibração do terreno sugeridos pela NBR 9653 (2004) são divididos
em três faixas, de acordo com a freqüência das ondas sísmicas, medidas através da
velocidade de partícula: de 15 a 20 mm/s, para freqüências abaixo de 15 Hz, de 20 a 50
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mm/s, para freqüências entre 15 e 40 Hz e acima de 50 mm/s, para freqüências acima de
40 Hz. No caso do Estado de São Paulo, a CETESB adota valor máximo de 4,2 mm/s,
para a componente resultante, e 3,0 mm/s, para a componente vertical.
Ondas de choque, ruídos e sobre-pressão atmosférica
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causa danos)
Queda 0,07 – 0,1 7,0 – 10,0 1,05 – 1,5
Ruptura do 0,35 – 1,0 35,0 – 100,0 5,25 – 15,0
Tímpano
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Dias(2001) cita ainda a possibilidade de ocorrência de gases sob a forma de
SOX decorrente da utilização de óleo combustível contendo enxofre em sua composição.
A geração de fuligem está associada ao excesso de óleo combustível.
Ultra-Lançamento
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- U. S. Bureau of Mines;
- Escala de Reiher – Meister (Alemanha);
- Crandell (U.S.A);
- Tensões Dinâmicas ( ).
Os valores mais significativos destes critérios de dano estrutural estão indicados abaixo.
VL = α ∙ β ∙ γ
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exigem cuidados
especiais
Construções normais 5 10 20
Construções 15 30 60
reforçadas
Nota : Estes valores deverão ser corrigidos com um fator de redução 0,7, no caso de se efetuarem mais de três
explosões por dia.
Convém destacar que o limite de percepção humana se situa em torno de 0,3
mm/s.
V = a ∙ Qb ∙ D-c
D ≥ 22,5 ∙ Q0,5
A expressão anterior deve ser apenas utilizada nas fases que antecedem as
detonações iniciais, uma vez que a metodologia recomendada neste tipo de estudos
impõe um critério de retro-análise de forma a serem determinados os valores das
constantes empíricas para o maciço em causa, isto é, estabelecer as constantes a, b e c
(Johnson, 1971), em função da melhor correlação possível.
Responsabilidade Técnica
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Um empreendimento mineiro pode necessitar de mais do que um responsável pelas
detonações com explosivos, para se ocupar da totalidade dos trabalhos, por exemplo
quando as detonações ocorrem em diferentes setores. Se uma tal medida for necessária
ao bom funcionamento do empreendimento, é importante garantir:
Segurança
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• Da conformidade das condições existentes no local com as prescrições das
detonações antes da utilização dos explosivos;
c) O período de tempo durante os quais são permitidos as detonações;
d) A delimitação da zona de perigo susceptível de ser criada por cada detonação
(que não comporte um refúgio seguro, de onde a detonação seja por exemplo
efetuada, visto que um tal dispositivo é deliberadamente excluído da zona de
perigo), a evacuação dessa zona e a colocação à disposição de abrigos eficazes em
caso de execução da detonação;
e) Os sistemas de alerta devem incluir se necessário:
• A utilização de bandeiras, barreiras ou de avisos;
• Um sistema de alerta sonoro que possa ser ouvido em toda a zona de
perigo, visando evacuar a mesma e assinalar o fim do alerta;
• A notificação direta e individual dos residentes locais;
• Inspeção do local após a detona dos explosivos para controlar o estado da
frente e a presença de eventuais falhas.
f) As medidas devem garantir a continuação da atividade normal unicamente quando
o encarregado “Blaster” esteja convencido de que as condições são seguras e que o
sinal de fim do alerta tenha tocado;
g) A proteção, no final da jornada, das minas e explosivos carregados, mas não
retirados que, depois de terem falhado, não foram recuperados. As medidas
tomadas devem garantir uma vigilância ou a presença de uma pessoa na
proximidade das minas carregadas para, se necessário, prevenir o roubo ou disparo
não autorizado de explosivos;
h) O tratamento das falhas e a descoberta de explosivos não retirados provenientes
de operações anteriores. Convém assegurar sempre a presença de uma pessoa
competente capaz de se ocupar da segurança das falhas;
i) As inspeções de controle devem permitir e garantir o andamento dos
procedimentos.
Para garantir a prevenção e segurança dos explosivos devem ser adotados, para
todas as suas transferências em direção ao local de utilização, procedimentos
apropriados de manuseio e autorização. A autorização surge geralmente do responsável
pelos explosivos. Só as pessoas autorizadas devem manusear os explosivos.
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a) Garantir a segurança do armazenamento dos explosivos, incluindo os
detonadores;
b) Guardar as chaves do Paiol;
c) Ter os registros de cada lote de explosivos;
d) Entregar e recepcionar os explosivos;
e) Informar imediatamente a uma pessoa competente da perda ou roubo de
explosivos.
Transporte de explosivos
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Os veículos que transportam explosivos ou nitrato de alumínio não devem conter
nada que seja susceptível de provocar um incêndio ou uma detonação. Todos os outros
objetos transportados devem ser colocados de forma segura, normalmente em
compartimentos ou caixas separados e adequados. É útil controlar, de modo a que só o
material indispensável a detonação, sejam transportados no veículo.
Operações de detonação
O Blaster deve ter a certeza que cada mina foi efetuada e carregada conforme
as prescrições. A colocação de explosivos nas minas deve ser controlada regularmente
para garantir o correto carregamento.
Falhas
Cada falha deverá ser sujeita a um inquérito para determinar a causa e impedir
que esta se repita. As prescrições da detonação, complementadas com os detalhes de
todas as falhas, pode constituir um registro adequado para evitar-se futuras falhas.
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Recomendações para reduzir os níveis de vibração do terreno
• Perfeita execução dos esquemas de perfuração sobre tudo em terrenos com perfil
irregular (Laser Profile).
• Controle dos desvios e profundidades dos furos (BoreTrak).
• Verificação da existência de vazios no maciço rochoso (inspeção dos furos
através de uma câmara de vídeo).
• Execução cuidadosa do tampão, medindo sua longitude e utilizando material
adequado (plugue).
Conclusões
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A utilização de explosivos industriais requer uma cuidadosa preparação das
operações, onde a caracterização dinâmica dos maciços rochosos ocupa lugar
preponderante. A adequada seleção dos explosivos implica na igualdade (ou
proximidade) das inerentes características intrínsecas do explosivo e da rocha,
seguindo-se o normatização da lei de propagação de vibrações, através da detonação de
cargas teste, e o monitoramento sistemático de vibrações e ruídos, tendo em vista o
respeito pela legislação e a minimização de impactos ambientais.
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