Organizar Curricular
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1. INTRODUÇÃO 2
Princípio presente nas ações de toda a equipe escolar por meio de atitudes
participativas e afirmativas, que ultrapassam as fronteiras da sala de aula. Materializa-
se por meio do estabelecimento de vínculos de consideração, afeto, respeito e
reciprocidade entre os estudantes e educadores (equipe escolar).
A prática da presença pedagógica é um exercício de movimento incessante de
aproximação e distanciamento. O educador se aproxima, estabelece uma relação
calorosa, empática e significativa, que lhe permite conhecer, identificar 8
manifestações, reconhecer pedidos de ajuda nem sempre expressos com palavras e
também se deixar conhecer. Num outro movimento, o educador se distancia
intencionalmente para poder ver o processo da ação educativa em sua totalidade,
para melhor refletir, avaliar, planejar, decidir e agir.
A presença pedagógica se traduz em compartilhamento de tempo,
experiências e exemplos entre educador e educando. No ato de educar, educando e
educador se tornam visíveis, perceptíveis, e se fazem presentes em seu meio, em
seu tempo e em suas histórias, enquanto indivíduos e enquanto membros de suas
gerações. O que torna isso possível para o jovem é o fato de o jovem perceber que
“alguém compreendeu e acolheu suas vivências, sentimentos e aspirações, filtrou-os
a partir de sua própria experiência e comunicou-lhe com clareza a solidariedade e a
força para agir” (COSTA, p. 19, 2001).
2.5. PROTAGONISMO
16
Fonte: ICE. Modelo de Gestão. Tecnologia de Gestão Educacional. Ensino Médio. 2a Edição
| 2019.
Comunicação: assegura a orientação, o entendimento, o alinhamento e o
cumprimento dos fundamentos, princípios e práticas da Escola da Autoria;
Educação pelo trabalho: princípio que compreende o processo educativo
alicerçado na arte de influenciar e ser influenciado e apoia-se no Princípio
Educativo da Pedagogia da Presença. Exerce influência construtiva e
deliberada na formação e no desenvolvimento das pessoas. Na educação
pelo trabalho, trabalha-se para aprender.
Fonte: ICE. Escola da Escolha. Palavras fáceis para explicar coisas que
parecem difíceis. Ensino Médio.2a Edição | 2019
4.1.1. DOS ESTUDANTES : estratégia por meio da qual são apresentadas aos novos
estudantes as bases do projeto escolar, para que eles percebam de que maneira essa
estrutura se colocará à disposição da construção do seu Projeto de Vida. No
Acolhimento, os estudantes iniciam as primeiras práticas como protagonistas em
atividades cuja programação é considerada o “marco zero” do Projeto de Vida.
Programado para os primeiros dias de aula e conduzido pelos próprios estudantes da
escola - Jovens Acolhedores.
As escolas que estão entrando no Programa em 2021 poderão solicitar apoio
dos Jovens Acolhedores das escolas veteranas, nas cidades onde há essa
possibilidade. Fica sob a responsabilidade da escola fazer esse contato entre
gestores para a organização dos acolhimentos do início do ano letivo.
ATENÇÃO
Para potencializar as medidas de biossegurança, é
necessário implementar mudanças significativas na rotina escolar;
sendo assim, todas as ações descritas no PROTOCOLO DE
VOLTA ÀS AULAS NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE MS deverão
ser rigorosamente seguidas, independente das possibilidades
metodológicas descritas neste projeto.
4.1.4. DIÁRIO
Conceito que se estende do início do ano letivo para o cotidiano escolar. Deve
ser realizado de forma planejada, intencional e fundamentada nos princípios da
Pedagogia da Presença. O Acolhimento Diário deve ser entendido como algo além
do ato de receber os estudantes. É, para muitos, a primeira oportunidade de a escola
começar a fazer sentido e de ser o lugar onde finalmente ele é reconhecido, visto,
ouvido, respeitado e acolhido. A equipe escolar deve envolver os estudantes desde o
planejamento até à execução, a fim de que sejam eles os protagonistas na execução
dessa prática diária.
LIDERANÇA DE TURMAS :
Uma escola que tem como base a proposta pedagógica de formação integral
dos estudantes, que como já descrevemos no início desse documento, não está
diretamente relacionado ao tempo ampliado de permanência na escola, deve
entender e pensar seus espaços muito além de paredes que limitam o processo
educativo.
Os espaços físicos devem estar interligados com a proposta da escola, e isso
não requer necessariamente uma reforma física dos locais, embora saibamos que em
muitas das escolas da REE/MS essa reforma é necessária. As potencialidades do
uso dos espaços físicos como ambientes de aprendizagem permitem experiências
ricas de convivência e de protagonismo, em tempos que não estão restritos aos 50
min em sala de aula, mas que a extrapolam.
Portanto, deve-se potencializar o uso de outros espaços que estão na rotina 29
dos estudantes, que muitas vezes não são contemplados no processo educativo, mas
que possuem também grande relevância no processo de ensino e aprendizagem. No
que diz respeito sobre essa importância de potencializar esses ambientes no
processo educativo, o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), afirma:
Aprende-se a conviver convivendo, e se é a escola o lugar por
excelência de aprendizagem, o que importa é criar
oportunidades de relações saudáveis que possam, no
exercício educacional, ser capazes de criar coletivamente um
ethos que expresse, acima de tudo, o pertencimento dos que
ali interagem. No lugar de regras estabelecidas sem a
possibilidade de diálogo, o principal é propiciar o usufruto dos
ambientes como abertura à criatividade, ao refinamento das
interações, ao zelo pelos locais de convivência, ao
encorajamento no investimento de afetos por parte das
pessoas que ali convivem, tornando-os convidativos e abertos
às expressões singulares. Em suma, um lugar onde se
aprende a “ser” a partir das próprias descobertas do outro e
com o outro. (ICE, pág. 19, 2019).
1
Segundo a RESOLUÇÃO/SED N. 3.800, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2020, Art. 6º Os tempos de aprendizagem
das escolas que ofertam a educação em tempo integral, na etapa do Ensino Fundamental - Escola da Autoria, são
os períodos de aulas de 50 (cinquenta) minutos destinados à aplicação dos componentes curriculares, conforme
disposto na Matriz Curricular, constante do Anexo I desta Resolução, nos quais o estudante e professor constroem
e reconstroem conhecimentos a partir da ciência, da autoria e do protagonismo, visando à formação integral do
estudante.
planejada, deve proporcionar aos estudantes a participação ativa em sua organização
e privilegiar também o uso de materiais produzidos pelos estudantes ao longo de um
ano letivo.
Essa construção ativa e colaborativa junto aos estudantes tem como objetivo,
tornar a sala de aula um espaço mais acolhedor e que desenvolva em todos os 30
partícipes do processo educativo um senso de pertencimento e cuidado com o espaço
em questão.
Ainda em relação a organização, as salas-ambiente devem promover a
interface entre o docente, o discente e o objeto de conhecimento, pois é um local
favorável para as práticas educativas planejadas pelo professor, contribuindo para a
organização de seus materiais didáticos, otimizando o tempo deslocamento por
diferentes salas (montagem e desmontagem de material). Os estudantes por sua vez
usufruem de um espaço pedagogicamente organizado com intencionalidade clara,
com imagens, recursos e estímulos que contribuem para o processo de
aprendizagem.
É importante ressaltar que a utilização das salas também deve ser feita de
forma harmoniosa, para isso professor e estudantes devem construir de forma
dialogada “combinados” sobre as regras de uso que desenvolvam um exercício de
respeito tanto ao coletivo quanto ao individual.
A organização das carteiras também é assunto importante a discutir, mas
ressalta-se que esse deve ser um espaço que permita diálogos como rodas de
conversa e atividades diversas, considerando também as questões físicas e
ergonômicas ligadas à permanência dos estudantes. Nesse sentido, a forma
recomendada para o uso das salas temáticas é aquela em que os estudantes circulam
mudando de sala durante o dia respeitando o horário. Cabe lembrar que neste
momento de pandemia deve-se priorizar a regras de biossegurança conforme previsto
no Protocolo de volta às aulas e, talvez não seja possível logo de imediato a
implementação desse modelo, que necessita também de ajustes na organização dos
horários, e da corresponsabilidade de professores e estudantes.
Essa discussão se estende a outros espaços da escola como refeitórios,
quadra de esportes, bibliotecas, espaços de convivência e/ou outros espaços
específicos da escola, dar aos estudantes a oportunidade de dialogar sobre os uso
dos mesmos, utilizando esses locais também para que eles possam expressar suas
ideias e ações advindas dos Clubes de Protagonismo, Lideranças de turma, Grêmios
escolares e Práticas de Convivência e Socialização, ou ainda outras ações que
permitam o espaço para o desenvolvimento do protagonismo dos estudantes.
As escolas que estão ingressando no Programa em 2021, bem como aquelas
que ingressaram em 2020, podem e devem sempre contatar os gestores e equipes 31
escolares de outras escolas que já superaram o nível de sustentabilidade (escolas
2017 e 2018 - escolas-tutoras) para obter informações sobre as práticas de êxito que
já foram realizadas. Elas estão aptas a replicar as práticas e metodologias do
Programa, ou seja, figuram hoje como escolas-tutoras para solicitar o apoio em
questões mais práticas dessa organização, sempre respeitando o perfil e realidade
de cada escola, e com os estudantes como parceiros em uma cogestão do processo.
https://www.youtube.com/watch?v=z3W5cgXzNSs
https://www.youtube.com/watch?v=Ry0l3-r2nys&list=RDCMUCYcG6-
46
zqvQXbSaYD18Titfw&start_radio=1&t=9
https://www.youtube.com/watch?v=liNZQKVVzdM
http://icebrasil.org.br/
https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/conteudos.html
https://drive.google.com/drive/u/3/folders/1r1qwI1Jnx33UNKBxmhISA8LzZOyo9QB2
https://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/01/Protocolo-de-volta-as-aulas-
V8.pdf
REFERÊNCIAS