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Laser Facial e Luz Intensa Pulsada

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LASER FACIAL

AULA 1 – Introdução ao uso de laser


PROFESSORA ANDRÉIA OLIVEIRA – BIOMÉDICA ESTETA

@andreiaoliveirabmd
Cronograma do curso

Aulas
1 – Introdução ao uso de laser
2 – Tipos de laser
3 – Luz Intensa Pulsada
4 – Biossegurança e Principais Intercorrências no uso de laser
5 – DÚVIDAS

01
Apresentação

Dra. Andréia Oliveira

- Biomédica Esteta
- Docente em cursos de extensão e Pós-graduação
- Especialista em Análises Clínicas/UEL
- Pós-graduada em Biomedicina Estética
- Mestre em Biologia Humana e Experimental/ UERJ
- Cursos de aperfeiçoamento em Harmonização Facial e corporal e
Prescrição de Fórmulas Personalizadas
- Treinamento em Anatomia da Face e intercorrências com prática em
cadáveres fresh frozen - Miami Dental Institute/CTA Academy
SISTEMA TEGUMENTAR  É constituído pela pele e seus órgãos
anexos: os pelos, as unhas, as glândulas
sebáceas, sudoríparas e mamárias;

 A pele está sujeita a uma série de


agressões, assim o cuidado com a
proteção, hidratação e nutrição são de
extrema importância para manutenção
da saúde da nossa pele.
SISTEMA FUNÇÕES DA PELE

 Proteção (função mecânica)


 Barreira hídrica
 Regulação de temperatura corporal (conservação e dissipação
de calor)
 Defesa (barreira contra micro-organismos)
 Excreção de sais
 Síntese de vitamina D3 ou pré-vitamina D
 Atuação como órgão sensorial
 A pele apresenta três camadas

EPIDERME – mais superficial;

DERME – intermediária;

HIPODERME – mais profunda.


 A pele apresenta três camadas
• EPIDERME

 Camada mais externa da pele, é permeada apenas


pelos poros dos folículos pilossebáceos pelas
glândulas.

 É formada por um epitélio estratificado – renovação


continua e regeneração após injúrias.

 Tem uma espessura que varia entre 0,06 mm (face) e


1,3 mm (palma da mão)
• EPIDERME

 Sua principal função é atual como barreira protetora


contra o ambiente externo, evitando a entrada de
substâncias estranhas no organismo

 A principal célula que constitui a epiderme é o


queratinócito , também estão presentes nesta camada
os melanócitos, células de Langerhans e a célula de
Merkel.

 A Pele fina é composta por 4 camadas.


EPIDERME

• Na maioria das regiões do corpo, a pele fina é composta por 4 camadas – basal, espinhosa, granular e córnea (ou
queratinizada)
• Nas regiões de pele grossa, como ponta dos dedos, as palmas das mãos e as solas dos pés, a epiderme apresenta uma
camada adicional entre os estratos córneo – que é a mais espesso do que o da pele fina – e granuloso, chamada
camada lúcida.
EPIDERME – Camada basal

• A camada mais profunda, conhecida


também como germinativa;
• Única faixa de queratinócitos basais
justapostos e com morfologia
colunar;
• Melanócitos: produção de melanina
• Célula de Merkel: sensorial,
relacionada ao tato
EPIDERME – Camada espinhosa

Formada por queratinócitos, dispostos


entre 8 a 10 camadas;
Esses queratinócitos encaminham-se
para superfície da pele, ocorrendo
modificações morfológicas,
moleculares e etc. Tornando-se mais
achatadas e acidófilas.
Célula de Langerhans: defesa
EPIDERME – Camada lúcida

Só esta presente onde a pele é mais espessa,


como nas regiões palmo plantares.
Localiza-se entre a camada granulosa e
córnea.
Podendo apresentar de 3 a 5 camadas de
queratinócitos, fornecendo assim maior grau
de impermeabilização.
EPIDERME – Camada granular

Sua espessura e proporção são determinadas


pela camada celular córnea adjacente:
1. Em regiões que a camada córnea é fina, a
granular possui espessura de 1-3 camadas.
2. Nas regiões que ela é espessa – palma das
mãos e sola dos pés – pode apresentar
espessura 10x maior.
Intensa atividade metabólica.
EPIDERME – Camada córnea

Camada mais extrema, assumindo um


formato plano e largo, o que facilita o
processo de descamação.
Função de proteção química e física, e
também atua na manutenção da
homeostasia do indivíduo em relação ao
ambiente – água e eletrólitos no interior
do organismo.
A epiderme é coberta por uma emulsão de
água e lipídios (gorduras) conhecida
como camada hidrolipídica. Esta camada,
mantida pelas secreções das glândulas
sebáceas e sudoríparas, ajuda a manter a
nossa pele flexível e age como uma
barreira contra bactérias e fungos.
JUNÇÃO DERMOEPIDÉRMICA OU ZONA BASAL

Suporta mecanicamente a
epiderme
Permite trocas entre duas
camadas de células - Aquaporinas
A epiderme penetra na derme
por meio das cristas epidérmicas,
enquanto a derme se projeta na
epiderme através das papilas
dérmicas – impressão digital.
DERME
 Composta essencialmente por tecido conjuntivo
denso.
 Sua espessura varia de 0,6mm a 3mm.
 Constituída por células denominadas fibroblastos
(responsáveis pela produção de fibras de colágeno e
elastina), por enzimas como colagenase e
estromelisina, bem como de matriz extracelular.
 Outras células diferenciadas que compõem a derme
são os macrófagos, os linfócitos e os mastócitos, que
desempenham a defesa imunológica dessa estrutura
intermediária.
 A derme é composta generosamente de vasos
sanguíneos e linfáticos, de estruturas nervosas
sensoriais e de musculatura lisa.
DERME - Papilar
 Parte mais superficial da derme

 Tecido conjuntivo frouxo

 Caracteristicamente, a derme papilar contém maior


quantidade de matriz extracelular; no entanto, menos
colágeno e elastina;

 Os vasos sanguíneos contidos nessa camada, embora


abundantes, são pequenos e com diâmetro de capilares.

 A função desta região é favorecer a transferência de


nutrientes.
DERME - Reticular
 A maior parte da derme é constituída por derme reticular.

 Composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo


denso não modelado, que garante a força e a elasticidade da
pele.

 Possui principalmente colágeno tipo I, e suas fibras elásticas


estão dispostas paralelamente à superfície – manutenção da
hidratação da pele.

 Fornece oxigênio e nutrientes para a pele.

 É formada pela base dos folículos pilosos, glândula, vasos


linfáticos e sanguíneos, terminações nervosas.
Barreira imunológica

Outra complexa e importante função da pele é a barreira


imunológica, sendo essa a primeira linha de defesa do
organismo contra a invasão de agentes estranhos.

Isso ocorre graças à formação de anticorpos que protegem


a pele de infecções. A reação imunológica do indivíduo é
ativada a partir de células de Langerhans contidas na
epiderme e na derme.
DERME
DERME

A derme é constituída pela substância


fundamental e por elementos fibrosos,
principalmente fibras colágenas e fibras do
sistema elástico.

Substância Fundamental : encontram-se


principalmente o ácido hialurônico, e os sulfatos
de condroitina, heparan e de dermatan, todas
substâncias altamente hidrófilas. *(Hidrófilo=
ávido de água; que a absorve bem).
• COLORAÇÃO DA PELE
 Há um conjunto de fatores que influencia na
coloração da pele, os quais incluem os
pigmentos, a circulação sanguínea e a
espessura do estrato córneo.

 A melanina corresponde a um grupo de


pigmentos, sendo a principal responsável
pela coloração da pele, dos olhos e cabelos.
Melanina

• A melanina é uma proteína produzida a partir da tirosina (um aminoácido essencial)


por células especializadas denominadas de melanócitos.

• Esse pigmento apresenta normalmente coloração marrom e sua principal função é


proteger o DNA contra a ação nociva da radiação emitida pelo sol.
Melanogênese

• Fenômeno responsável pela síntese de melanina

• Melanócito: célula especializada na síntese e secreção de melanina, pigmento que dá


coloração à pele e a protege da radiação solar
Rota da biossíntese de melanina
CLASSIFICAÇÃO FITZPATRICK – Fototipo
Hipercromias Localizadas

Melasma

Efélides Olheira Pigmentar


Hiperpigmentação
Pós-inflamatória
• Cada tipo de pele necessita de um tratamento específico e o
uso de produtos adequados para a obtenção de um
tratamento eficaz com resultados satisfatórios.

• Um paralelo que pode ser feito em relação aos fototipos é que


quanto mais baixo for o fototipo, maior será o grau de
envelhecimento cutâneo precoce
ENVELHECIMENTO
OSSOS
COMPARTIMENTOS DE GORDURA
•A gordura da face está dividida em diferentes compartimentos independentes, limitados por distintas
unidades anatômicas e com vascularização própria

•Dependendo da quantidade de gordura dentro desses compartimentos, cria-se o volume da face


+ 35 + 45 + 55

Evolução da perda de tecido


na face e à queda de todo o
rosto com a idade
MÚSCULOS
Rugas Dinâmicas

Rugas Estáticas
• Envelhecimento cutâneo

O envelhecimento provoca mudanças em todas as


camadas da pele, afetando tanto a sua forma
como as substâncias que a compõem.

Estas mudanças dentro das camadas da


pele aparecem na superfície como sinais
de envelhecimento

• O tecido conjuntivo atua como alicerce estrutural


para a epiderme, e diversas mudanças na
aparência externa refletem no estrato córneo.
• Envelhecimento cutâneo

• A pele é uma estrutura complexa e por ter


íntima relação com o ambiente externo suas
estruturas se organizam para proteger o
organismo

• A flacidez do tecido cutâneo é um processo


lento e progressivo, cuja fisiopatologia está REDUÇÃO DA PRODUÇÃO
diretamente relacionada com: DE FIBRAS DE COLÁGENO E
ELASTINA DA PELE
AVALIAÇÃO DO PACIENTE

• Avaliação Estética Facial


LASER FACIAL
AULA 2 – Tipos de laser
PROFESSORA ANDRÉIA OLIVEIRA – BIOMÉDICA ESTETA

@andreiaoliveirabmd
Cronograma do curso

Aulas
1 – Introdução ao uso de laser
2 – Tipos de laser
3 – Luz Intensa Pulsada
4 – Biossegurança e Principais Intercorrências no uso de laser
5 – DÚVIDAS

01
Laser
A luz LASER revelou-se uma ferramenta extremamente
versátil, com aplicações em diagnóstico, tratamentos e
terapias médicas, sendo também utilizados como
ferramentas em procedimentos como cirurgias, onde são
utilizados como bisturi, até a cicatrização de feridas.

Apesar de o LASER ter sido desenvolvido em 1960, a física


de seu princípio de funcionamento foi desenvolvida nas
duas primeiras décadas do século XX com o
desenvolvimento da teoria quântica por Niels Bohr.
Laser

Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation

Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação.

Em termos práticos, chamamos de LASER qualquer dispositivo e/ou aparelho que


geram radiação eletromagnética com características próprias e com feixe de luz único
• Tipos de energia
Aparelhos geradores de energia

Radiofrequência, criolipólise

Térmica
Ultrassom

Mecânica
Laser, IPL, LED

Eletromagnética
FOTOTERAPIA OU FOTOMODULAÇÃO
PROPRIEDADES DO LASER

1. Monocromático Os raios Laser são monocromáticos na medida em que eles são


compostos de fótons que todos têm o mesmo comprimento de onda.

Os fótons dentro de um raio Laser são coerentes, sendo que as


2. Coerente ondas estão em fase em termos de ambos espaço e tempo.

3. Colimado O raio Laser é colimado, na medida em que


todos os fótons são paralelas entre si.
O que são cromóforos?

 Átomo ou molécula que absorve energia do fóton.


 O fóton (luz) é absorvido pelo cromóforo, resultando na sua excitação molecular.

Ex.:
• melanina
• Hemoglobina
• Pigmento de tinta
• Água
• Proteínas
EFEITOS BIOLÓGICOS

FOTOQUÍMICO Liberação de substâncias mediadoras do processo inflamatório

FOTOENERGÉTICO Estímulo da cadeia respiratória mitocondrial (citocromo C oxidade)

FOTOELÉTRICO Ocorre na membrana citoplasmática, alterando a polarização


dos canais de sódio e potássio
Modo de emissão do LASER

1. Modo contínuo Neste modo de operação o Laser permanece ligado e emite um feixe de luz de energia
constante enquanto mantivermos o sistema acionado através do pedal ou botão de
acionamento.
Este modo funciona como se ligássemos e desligássemos um interruptor de uma
lâmpada, o feixe Laser é pulsado eletronicamente com os tempos ligados e o intervalo
2. Modo pulsado entre os pulsos controlados pelo computador do equipamento e selecionados pelo
painel. A velocidade (frequência de repetição dos pulsos) é dada em Hertz (Hz) e
também pode ser programada.
Este modo é conseguido ao se inserir dentro do ressonador, ao lado do cristal do Laser, um
acessório cujo objetivo é pulsar opticamente a luz. O objetivo é acumular energia do laser em
3. Modo pulsado níveis bem altos e liberar em pulsos extremamente rápidos (na ordem de 5 a 50 ns). O resultado é
um pulso de Laser de altíssima potência de pico, que consegue penetrar profundamente no
Q-Switch tecido com um
Efeitos fisiológicos

Aumento da angiogênese e da neovascularização

Aumento na produção de colágeno


Vantagens no uso de LASERs

• Velocidade do processo
• Elevada reprodutibilidade
• Qualidade e precisão de acabamento
• Operação sem contato da ferramenta com o paciente (em alguns casos)
• Invasão mínima sem dano ao tecido adjacente
Aplicações clínicas na Estética
Os LASERs apresentam diversas aplicações na área da saúde estética, entre elas podemos citar:

• Epilação;
• Rejuvenescimento facial;
• Flacidez;
• Tratamento de manchas senis e melanoses;
• Redução de poros dilatados;
• Tratamento de telangiectasias;
• Tratamento de melasma (avaliação rigorosa, pois nem todos os casos são indicados)
• Remoção de tatuagens;
• Remoção de micropigmentação;
• Tratamento de cicatrizes atróficas;
• Terapia fotodinâmica;
• Fotobioestimulação e suas associações.
Laser de baixa potência x Laser de alta potência
Laser de baixa potência = laser terapêutico

• Operam em potências na faixa de miliwatts (mW) e a irradiação


emitida não é térmica, o que significa que seus efeitos biológicos
não são causados por calor perceptível ou lesão celular e sim, por
efeitos fotofísicos, fotoquímicos e fotomecânicos nas células dos
tecidos irradiados. Encontram-se entre os comprimentos de onda
visível e o infravermelho.
Laser de alta potência

• Operam acima de 1W com efeitos de aquecimento local do


tecido promovendo corte, vaporização e ablação.
LASER x LED
Diferença entre laser e LED

Laser: única cor (monocromático),


comprimento de onda específico e
ordenado (coerência) e direcionalidade
(colimação).

LED: conjunto de fótons com alguns


comprimentos de onda de determinada
cor, viaja em todas as direções (igual a
luz branca).
LASER ABLATIVO E NÃO ABLATIVO

Os chamados lasers ablativos, como, por exemplo, o laser de CO2, removem a superfície da
pele, originando pequenas crostas. Já os chamados lasers não ablativos agem apenas na
profundidade da pele, estimulando o colágeno e deixando sua superfície intacta
LED AZUL

 Alcança somente a epiderme, tendo função bactericida, viricida ou


fungicida. A luz azul tem grande utilização no tratamento da acne.

 Além disso, os radicais livres de oxigênio hidrolisam a água intracelular,


produzindo grande quantidade de água, e consequentemente maior
hidratação do tecido.

 A luz azul também é capaz de destruir ligações químicas da melanina,


transformando suas ligações menos absorvedoras de luz, e
consequentemente produzindo efeito de clareamento.
LED AZUL

 Limpeza de pele (após extração - efeito bactericida)

 Associado ao tratamento da acne (efeito bactericida em


Propionibacterium acnes)

 Hidratação e iluminação tecidual

 Clareamento de manchas (melanoses solares, manchas senis,


hiperpigmentação pós inflamatória, olheiras por depósito de melanina)
LED VERMELHO

 Atua na derme como ativadora de fibroblastos e células de


reorganização e firmeza da pele. Atua na síntese de
fibroblastos, aumentando a deposição de colágeno e reduzindo
a atividade da colagenase nas papilas dérmicas.

 Descreve-se que a ação deste comprimento de onda atua


modulando a energia celular, a adenosina trifosfato (ATP),
aumentando a produção de colágeno e elastina da derme.
LED VERMELHO

 Associado ao tratamento da acne (efeito analgésico e anti-inflamatório)


 Recuperação em pós LASER fracionado ablativo e peelings profundos (auxílio na
cicatrização – produção de colágeno)
 Redução de hematomas em pós cirúrgico (efeito anti-inflamatório)
 Associação à tratamentos para rejuvenescimento
 Combinado à tratamentos para recuperação de estrias brancas
 Tratamento de gordura localizada e celulite (i-LIPO: aumento do metabolismo,
produção de colágeno)
 Associado à terapias para queda capilar (Aumento da circulação local e
metabolismo folicular)
Laser - Nd:YAG

 Continuo/Q-Switched
 λ = 1064 nm/532 nm (frequência dobrada)
 Cromóforo: pigmentos
 Laser não ablativo
 Indicações: remoção de tatuagem, lesões
pigmentadas e telangiectasias (Nd:YAG continuo)
Laser de CO2

 Foi um dos primeiros lasers a gás desenvolvidos


 λ = 10600 nm
 Laser ablativo
 Indicações: rejuvenescimento, cicatrizes de acne, cicatrizes hipertróficas
Cuidados durante o uso da fototerapia

 Realização de anamnese e exame clínico detalhados (busca por


contraindicações);

 A superfície a ser irradiada deverá estar necessariamente limpa, seca e


hidratada;

 O ângulo de incidência do raio deve ser o mais perpendicular possível


para minimizar o espalhamento do raio no tecido;

 Evitar áreas metálicas (remoção de brincos, piercings, etc.);


Cuidados durante o uso da fototerapia
 O profissional, o cliente e qualquer outro indivíduo que esteja na sala de
tratamento, devem fazer o uso de óculos de proteção fornecida;

 Utilizar somente nas áreas designadas e evitar emitir o feixe de luz em


superfícies refletoras;

 O equipamento deve ser ligado apenas quando o aplicador já estiver em


contato com a pele;

 Não irradiar sobre o útero gravídico ou ovário, pois seus efeitos não
estão totalmente esclarecidos.
CONTRAINDICAÇÕES

 Imunodeficiências
 Doenças que piorem ou sejam desencadeadas pela exposição à luz
 Período gestacional
 Histórico de Fotossensibilidade (dermatoses)
 Tratamento com ácidos sintetizados a partir da vitamina A (ácido
retinóico, retinol A, vitanol A, isotretinoína) e/ou antibióticos com
tetraciclina
 Histórico de câncer de pele na região
 Glaucoma
Profundidade de penetração de alguns LASERs
LASER FACIAL
AULA 3 – Luz Intensa Pulsada
PROFESSORA ANDRÉIA OLIVEIRA – BIOMÉDICA ESTETA

@andreiaoliveirabmd
Cronograma do curso

Aulas
1 – Introdução ao uso de laser
2 – Tipos de laser
3 – Luz Intensa Pulsada
4 – Biossegurança e Principais Intercorrências no uso de laser
5 – DÚVIDAS

01
Luz Intensa Pulsada

 Goldman e Eckhous desenvolveram no início da década de 90 lâmpadas (Xênon) pulsadas de alta


intensidade para o tratamento de anomalias vasculares de pele

 Efeito colateral perda de pelos

 Em 1994 foi lançado o primeiro equipamento de IPL

 Aprovação para remoção de pelos em 2000


Luz Intensa Pulsada

 Emite luz policromática, não colimada e não coerente;

 400 a 1200 nm (atinge diferentes cromóforos);

 Lâmpada de xenônio e a fonte de energia;

 Filtros para emitir determinados comprimentos de onda.


Estes diferentes comprimentos de
onda podem atuar em diferentes
LIP emite diferentes cromóforos. Este fato permite o
comprimentos de tratamento de diferentes disfunções
onda estéticas, desde lesões pigmentadas
ou vasculares, e até realização de
epilação e fotorrejuvenescimento.
Por se tratar de um sistema versátil, resulta em uma
opção bastante utilizada, uma vez que os pacientes
muitas vezes não estão dispostos a assumir os efeitos
adversos de outros procedimentos que requerem maior
tempo de recuperação.
Gerador Filtro de Safira
de
energia
Lâmpada
de Xenon
Sistema de
refrigeração
(comprimento
de onda)
Luz

Interação
com os
cromófagos
das camadas
da pele
A luz intensa pulsada funciona com pulsos e a emissão em
forma de corrente de pulsos permite cortar um
flash luminoso em vários pulsos para distribuir a energia. O
tempo entre cada pulso corresponde ao tempo de relaxamento
térmico (TRT) e permite que a pele dissipe o calor.
Etapas

- Higienização

- Aplicação do Gel de contato

- Programação da máquina

- Óculos de proteção
Indicações

Acne
Fotoenvelhecimento
Epilação
Lesões Pigmentares
Lesões Vasculares – Telangiectasias e Rosácea
Estrias
Acne

• A acne é uma doença comum de pele que acomete, especificamente, a unidade


pilosebácea. A incidência da doença é maior nos indivíduos jovens, porém, pode
afetar crianças e adultos.

• As glândulas sebáceas estão localizadas na derme e são


anexas aos pelos, formando unidades pilossebáceas.
Acne

• As glândulas sebáceas produzem uma secreção, denominada de sebo, que é rica em


lipídios, tais como os triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol. É essa substância que
garante a lubrificação da pele, evita o ressecamento de pelos e impede a perda de
água de maneira excessiva. Além disso, essa substância garante uma leve ação
bactericida.
Acne Hiperqueratinização da região
infundibular do folículo
pilosebáceo

Aumento da produção de sebo


pelas glândulas sebáceas

Aumento do biofilme da bactéria


Propionibacterium acnes

Liberação de mediadores da inflamação no


folículo e na derme adjacente

* De acordo com uma pesquisa


Acne
GRAU 1 GRAU 2 GRAU 3 GRAU 4

Acne comedônica Acne papulopustulosa Acne nódulo-cística Acne conglobata


Inicia-se a lesão Há presença de comedões
Há presença de comedões, Há presença de comedões,
inflamatória com presença acompanhados de pápulas
pápulas com ou sem pápulas com ou sem eritema,
de comedões fechados e (lesões sólidas) com ou sem
eritema, pústulas, seborréia pústulas, seborréia, nódulos
comedões abertos eritema e pústulas (lesões
e nódulos (lesões sólidas purulentos, abscessos e fístulas.
líquidas de conteúdo purulento) e
mais exuberantes) Este tipo de acne deixa cicatrizes
seborréia sempre presente
significativas
A LIP atua na acne por dois mecanismos.

• O primeiro é a ação bactericida, o Propionibacterium acnes produz porfirinas que


atuam como cromóforos havendo liberação de radicais livres com efeito bactericida
e estímulo de citocinas anti-inflamatórias.

• O segundo é a ação da Fototermólise seletiva dos vasos sanguíneos que nutrem as


glândulas sebáceas, levando à diminuição do tamanho da glândula e redução da taxa
de excreção de sebo
Fotoenvelhecimento

O envelhecimento cronológico ou intrínseco é determinado


geneticamente; e o envelhecimento extrínseco, também
chamado fotoenvelhecimento, ocorre por exposição à
radiação ultravioleta
Fotoenvelhecimento
Fotoenvelhecimento

O fotorrejuvenescimento não-ablativo com a luz intensa


pulsada funciona causando dano térmico reversível do
colágeno pela penetração da luz na derme e aquecimento
direto destas estruturas, poupando a epiderme. Desta forma,
obtém-se a contração das fibras de colágeno e a
remodelação propriamente dita das fibras após o período
inflamatório.
Telangiectasias

 A telangiectasia no rosto, também conhecida


como aranhas vasculares, é uma alteração
comum da pele que provoca o surgimento de
pequenos vasinhos vermelhos no rosto,
especialmente em regiões mais visíveis como
o nariz, os lábios ou as bochechas, que
podem ser acompanhados de ligeira
sensação de coceira ou dor.
Telangiectasias

O mecanismo de ação da LIP em telangiectasias é por


Fototermólise seletiva e indução de coagulação intravascular.
As lesões são tratadas com um ou dois pulsos.
O efeito adverso esperado (tratamento em fototipos III e IV)
é a púrpura, com duração de 2 a 4 dias, e descamação
epidérmica.
Epilação

A depilação consiste no método de arranque temporário dos


pelos. A epilação também consiste no arranque, mas seu
efeito é duradouro, e esta pode ser feita mediante a aplicação
de laser ou luz intensa pulsada.

Estudos comparativos com LASERs vêm demonstrando eficácia


e segurança da LIP nesse tratamento
Epilação

O pelo na fase anágena é o mais responsivo à epilação por LIP.


Epilação

No caso dos pelos, cuja presença de melanina é mais evidente, a


radiação luminosa da luz intensa pulsada os atingem em função dessa
presença. Nesses casos, a radiação é absorvida, a temperatura é
aumentada até o folículo piloso, deixando-o inoperante para a
produção de outro pelo no local.
Número de sessões

• 3 – 5 sessões

Intervalo de 15 dias

Associação de
protocolos
Contraindicações relativas e absolutas

São contraindicações relativas para a aplicação de LIP:

• Pele bronzeada;
• História de herpes-zóster;
• Pacientes com pele sensível;
• Peles de tipo Fitzpatrick V e VI (hipo ou hiperpigmentação);
• Aspectos psicológicos.
Contraindicações relativas e absolutas

São contraindicações absolutas para aplicação da LIP:

• Infecção herpética ativa (herpes simples);


• Acne ativa;
• Gravidez;
• Doenças do colágeno (esclerodermia);
• Vitiligo;
• Áreas submetidas à radioterapia ou queimadura;
• Histórico de queloides ou cicatrização anormal;
• Uso de medicamentos fotossensibilizantes;
• Uso de isotretinoína (Roacutan) nos últimos doze meses.
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2655/265550847001.pdf
LASER FACIAL
AULA 4 – Biossegurança e Principais Intercorrências no uso de laser
PROFESSORA ANDRÉIA OLIVEIRA – BIOMÉDICA ESTETA

@andreiaoliveirabmd
Cronograma do curso

Aulas
1 – Introdução ao uso de laser
2 – Tipos de laser
3 – Luz Intensa Pulsada
4 – Biossegurança e Principais Intercorrências no uso de laser
5 – DÚVIDAS

01
Biossegurança

• Os Lasers que utilizamos são perigosos para pele e olhos,


inclusive na observação de reflexões difusas.

• Risco de queimaduras e lesões oculares.


Biossegurança

• Lembre-se que os fótons emitidos por um emissor de luz


(LASER, LIP ou LED) de acordo com o seu comprimento de onda
são absorvidos por determinados cromóforos. Dessa forma, as
substâncias que forem capazes de absorver esta luz poderão
sofrer danos.
Biossegurança

• Estas lesões podem ocorrer de modo direto ou indireto, devido


à reflexão em superfícies como espelhos, metais, tintas
refletoras e etc.
• Uso de Equipamento de
proteção individual
• Os LASERs seguem uma classificação para a padronização dos aparelhos.
• Há diferentes classificações com pequenas diferenças de acordo com os países que as
adotam, mas há um padrão básico internacional que integra um consenso geral.
• Na parte traseira de cada equipamento de LASER encontra-se a classificação
internacional de acordo com o risco biológico que o produto apresenta
Efeitos adversos e intercorrências no uso de LASER

• Eritema e edema na região;


• Eritema persistente;
Efeitos adversos e intercorrências no uso de LASER

• Hipopigmentação;
• Hiperpigmentação;
Efeitos adversos e intercorrências no uso de LASER

• Cicatrizes hipertróficas;
• Queloides;
Efeitos adversos e intercorrências no uso de LASER

• Cicatrizes hipertróficas;
• Queloides;

CICATRIZ HIPERTRÓFICA QUELOIDE


Efeitos adversos e intercorrências no uso de LASER

• Formação de bolhas;
• Atrofia do tecido;
• Formação de crostas e bolhas na área tratada;
• Sensação de queimadura no local tratado;
https://docplayer.com.br/3565710-Complicacoes-com-o-uso-
de-lasers-parte-i-lasers-nao-ablativos-nao-fracionados.html

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