CCT 2021-2023 Construção Civil
CCT 2021-2023 Construção Civil
CCT 2021-2023 Construção Civil
SIND DOS TRAB NAS IND CONST CIVIL P ALEGRE, CNPJ n. 92.964.535/0001-09, neste ato
representado(a) por seu ;
SIND DAS IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DO R G S, CNPJ n. 92.973.734/0001-75, neste ato
representado(a) por seu ;
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de junho de
2021 a 31 de maio de 2023 e a data-base da categoria em 01º de junho.
A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) trabalhadores nas indústrias da
construção civil, com abrangência territorial em Alvorada/RS, Amaral Ferrador/RS, Arambaré/RS,
Arroio dos Ratos/RS, Barra do Ribeiro/RS, Butiá/RS, Cachoeirinha/RS, Camaquã/RS, Canoas/RS,
Cerro Grande do Sul/RS, Charqueadas/RS, Cristal/RS, Dom Feliciano/RS, Eldorado do Sul/RS,
Gravataí/RS, Guaíba/RS, Mariana Pimentel/RS, Nova Santa Rita/RS, Porto Alegre/RS, Santo Antônio
da Patrulha/RS, São Jerônimo/RS, Sentinela do Sul/RS, Sertão Santana/RS e Tapes/RS.
Piso Salarial
PISOS SALARIAIS
ENTRE 1º/06/2021 E 31/08/2021
CATEGORIA (R$) POR (R$) MENSAL
HORA
Auxiliar de Produção (antes denominado
6,32 1.390,40
de servente)
Meio Oficial 6,80 1.496,00
Oficial 8,03 1.766,60
Aprendiz 5,46
PISOS SALARIAIS
A PARTIR DE 1º/09/2021
CATEGORIA (R$) POR (R$) MENSAL
HORA
Auxiliar de Produção (antes denominado
6,55 1.441,00
de servente)
Meio Oficial 7,06 1.553,20
Oficial 8,33 1.832,60
Aprendiz 5,66
Parágrafo quarto. Os aprendizes referidos no quadro de pisos do “caput” desta cláusula, são
aqueles maiores de 14 anos e menores de 24 anos, inscrito em programa de aprendizagem,
formação técnico-profissional metódica compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e
psicológico, que celebram contratos de aprendizagem nos termos do artigo 428 da CLT e do
Decreto nº 5.598, de 1º/12/2005, publicado no diário Oficial da União de 02/12/2005.
Reajustes/Correções Salariais
Parágrafo segundo. Os empregados admitidos após 1º de junho de 2020 terão seus salários
reajustados, proporcionalmente, na forma da tabela abaixo:
PROPORCIONALIDADE (%)
SOBRE OS
SALÁRIOS DE
Admitidos NOVEMBRO DE 2020:
até
A partir de A partir de
1º/06/2021 1º/09/2021
15/06/2020 5,00 3,90
15/07/2020 4,57 3,57
15/08/2020 4,15 3,24
15/09/2020 3,73 2,91
15/10/2020 3,31 2,58
15/11/2020 2,89 2,26
15/12/2020 2,47 1,93
15/01/2021 2,05 1,61
15/02/2021 1,64 1,28
15/03/2021 1,23 0,96
15/04/2021 0,82 0,64
15/05/2021 0,41 0,32
30/05/2021 0,20 0,16
Parágrafo terceiro. Em nenhuma hipótese o empregado mais novo na empresa poderá vir a
perceber salário superior ao do empregado mais antigo na mesma função, por força da
proporcionalidade ajustada no parágrafo primeiro acima.
Parágrafo quarto. Fica mantida a data-base de 1º de junho, para todos os efeitos legais.
Parágrafo terceiro. As empresas que efetuam o pagamento dos salários de seus empregados,
mediante o sistema de cartão eletrônico, não estão obrigadas a liberar os empregados em
horário de expediente.
Descontos Salariais
Parágrafo primeiro. Os descontos a que se refere o caput desta cláusula não poderão ser
superiores a 70% (setenta por cento) do salário líquido a ser percebido pelo empregado no final
do mês.
13º Salário
Para os efeitos de cálculo de gratificação natalina, será considerado como tempo de efetivo
serviço o período de afastamento do empregado por gozo de auxílio-doença ou acidente de
trabalho, na hipótese de o auxílio previdenciário ter tido duração inferior a 185 (cento e oitenta
e cinco) dias.
Prêmios
III – O prêmio previsto nesta cláusula deverá ser disponibilizado ao empregado até o 5º dia útil
de cada mês.
IV – Os trabalhadores terão direito ao referido prêmio, na hipótese de ser constatado 100% (cem
por cento) de assiduidade e pontualidade no mês.
V – Fica estabelecido que o prêmio será instituído sobre o sistema da contrapartida, sendo no
mínimo 80% da despesa custeada pelo empregador e até 20% pelos empregados.
Parágrafo primeiro. O benefício previsto nessa cláusula não terá natureza salarial, não sendo
portando computável na remuneração dos empregados para quaisquer fins.
Parágrafo segundo. O custo pela emissão do Cartão vale-alimentação será por conta da
empresa, sendo que havendo necessidade de emissão de novo cartão eletrônico, em virtude de
perda, roubo, quebra, etc., o empregado arcará com os custos correspondentes.
Parágrafo terceiro. O prêmio referido na presente cláusula não será concedido na hipótese de
atraso e/ou falta ao serviço, ainda que justificada, afastamentos decorrentes de doença e/ou
acidente de trabalho, ou licença de qualquer espécie.
Parágrafo quarto. Por ocasião do pagamento das férias, o empregado assíduo durante todo o
período aquisitivo, na forma desta cláusula, terá direito ao prêmio assiduidade que se constituirá
numa cesta básica ou num cartão de vale-alimentação.
Parágrafo sexto. No mês de admissão, o empregado terá direito ao prêmio assiduidade desde
que haja previsão contratual mínima de 15 (quinze) dias de trabalho, e desde que o empregado
tenha sido assíduo no período e cumprido com os demais requisitos da presente cláusula.
Auxílio Educação
Por ocasião do pagamento dos salários relativos ao mês de março de 2022, as empresas
concederão ao trabalhador estudante, que tenha requerido a concessão desse benefício até o
dia 15 (quinze) do mesmo mês de março, um auxilio educação, que não terá caráter salarial,
equivalente a R$ 218,80 (duzentos e dezoito reais e oitenta centavos), desde que o
empregado tenha mais de seis meses de serviços contínuos na empresa e esteja matriculado
em estabelecimento de ensino oficial, reconhecido como ensino médio ou fundamental. Na
hipótese de o trabalhador não ser beneficiado, o auxilio será concedido a um filho deste, com
idade até 15 (quinze) anos incompletos e no valor equivalente a R$ 175,73 (cento e setenta e
cinco reais, e setenta e três centavos), desde que preenchidas todas as condições acima
capazes de conferirem ao trabalhador o direito à percepção do benefício.
Seguro de Vida
II – Até R$ 21.643,00 (vinte e um mil seiscentos e quarenta e três reais) em caso de Invalidez
Permanente (Total ou Parcial) do empregado(a), causada por acidente, independentemente do
local ocorrido, atestado por médico devidamente qualificado, discriminando detalhadamente, no
laudo médico, as sequelas definitivas, mencionando o grau ou percentagem, respectivamente,
da invalidez deixada pelo acidente.
III – R$ 21.643,00 (Vinte e um mil seiscentos e quarenta e três reais) em caso de Invalidez
Permanente total adquirida no exercício profissional, será pago ao empregado 100% (cem por
cento) do Capital Básico Segurado para a Cobertura de MORTE, limitado ao Capital Segurado
mínimo exigido pela Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria, mediante declaração
médica, em modelo próprio fornecido pela seguradora, assinada pelo médico ou junta médica,
responsável pelo laudo, caracterizando a incapacidade decorrente da doença profissional,
obedecendo ao seguinte critério de pagamento:
III.a. Fica entendido que o empregado fará jus à cobertura PAED, somente no caso em que o
próprio segurado seja considerado INVÁLIDO DE FORMA DEFINITIVA E PERMANENTE POR
DOENÇA PROFISSIONAL, cuja doença seja caracterizada com DOENÇA PROFISSIONAL que
o impeça de desenvolver definitivamente suas funções e pela qual não se pode esperar
recuperação ou reabilitação com os recursos terapêuticos disponíveis no momento de sua
constatação e desde que a data do início de tratamento e/ou diagnóstico da doença profissional
caracterizada seja posterior à data de sua inclusão no seguro, e desde que tenha vínculo
contratual com a empresa contratante, devidamente comprovada por relação ou proposta de
adesão.
III.c. Caso não seja comprovada e/ou caracterizada a Invalidez adquirida no exercício
profissional, o segurado continuará com as mesmas condições contratuais.
III.d. Caso o Empregado já tenha recebido indenizações contempladas pelo Benefício PAED ou
outro semelhante, em outra seguradora, fica o mesmo Empregado sujeito às condições desta
cláusula, sem direito a qualquer indenização.
IV - R$ 10.823,00 (Dez mil, oitocentos e vinte e três reais) em caso de Morte do Cônjuge do
empregado(a);
V - R$ 5.413,00 (Cinco mil, quatrocentos e treze reais), em caso de morte de cada filho de
até 21 (vinte um) anos, limitado a 04 (quatro);
Parágrafo segundo. Os valores das coberturas mínimas ajustadas nesta cláusula, com valores
base junho/2013, sofrerão, anualmente, atualizações pela variação do IPCA.
Parágrafo terceiro. A partir do valor mínimo estipulado e das demais condições constantes do
“caput” desta Cláusula, ficam as empresas livres para pactuarem com os seus empregados
outros valores, critérios e condições para concessão do seguro, bem como a existência ou não
de subsídios por parte da empresa e a efetivação ou não de desconto no salário do
empregado(a).
Parágrafo quinto. As coberturas e as indenizações por morte e/ou por invalidez, previstas nos
incisos I e II, do caput desta cláusula, não serão cumuláveis, sendo que o pagamento de uma
exclui a outra.
Parágrafo sexto. As empresas e/ou empregadores não serão responsabilizadas, sob qualquer
forma, solidária ou subsidiariamente, na eventualidade da Seguradora contratada não cumprir
com as condições mínimas aqui estabelecidas, salvo quando houver prova de culpa ou dolo.
Parágrafo sétimo. A presente cláusula não tem natureza salarial, por não se constituir em
contraprestação de serviços.
Parágrafo oitavo. Fica estabelecido que na hipótese de a empresa não contratar o seguro de
vida previsto nesta cláusula, e ocorrendo algum dos sinistros aqui elencados, e nas condições
ora disciplinadas, o empregador arcará com o valor dos prejuízos sofridos.
Desligamento/Demissão
Mão-de-Obra Temporária/Terceirização
Parágrafo segundo. O sindicato laboral fará jus ao recolhimento, a seu favor, de taxa de serviço
pela expedição da CND referida, considerando-se o valor de R$ 163,35 (cento e sessenta e três
reais e trinta e cinco centavos) relativamente a empresas com até 20 (vinte) empregados, e R$
217,80 (duzentos e dezessete reais e oitenta centavos) para empresas com número superior a
20 (vinte) empregados.
A utilização de trabalhadores regidos pelo regime da Lei n° 6.019/74 em canteiros de obras fica
subordinada a prévias autorizações dos Sindicatos Patronal e Laboral, que deverão ser
fornecidas, respectivamente, às empresas Tomadora e Prestadora de Serviços Temporários,
nos termos dos parágrafos seguintes, mediante solicitações das referidas empresas informando
sua qualificação completa, o endereço da obra, o tipo de trabalho a ser prestado e tempo de
duração do mesmo.
a) Piso Mínimo (ref. ao Trabalho Temporário da Lei 6.019/74). Ficam assegurados aos
trabalhadores contratados pelo Regime da Lei 6019/74, no mínimo, os pisos salariais mensais
estabelecidos na presente convenção.
b) Cesta Básica (ref. ao Trabalho Temporário da Lei 6.019/74). A empresa fornecerá a todos os
empregados contratados pelo regime da Lei 6.019/74, uma cesta básica mensal, do tipo 3 do
SESI, sem ônus ao trabalhador, sendo tal fornecimento condicionado a inexistência de faltas ao
trabalho, exceto as faltas decorrentes de acidente de trabalho, e aquelas devidamente
comprovadas.
c) Horas Extraordinárias (ref. ao Trabalho Temporário da Lei 6.019/74). Qualquer que seja o dia
da semana estabelecido para o gozo de repouso semanal remunerado, as horas nele
trabalhadas serão remuneradas com 100% (cem por cento) de acréscimo, independentemente
da legal remuneração desses dias, salvo as excedentes de quatro que serão remuneradas com
120% (cento e vinte por cento) de acréscimo. Não farão jus a remuneração especial acima
acordada aqueles trabalhadores que não tiverem feito jus ao pagamento do repouso na
respectiva semana.
i) Café / Almoço (ref. ao Trabalho Temporário da Lei 6.019/74). Desconto diário no valor de R$
0,10 (dez centavos) na hipótese de concessão diária de café da manhã, e na hipótese de
concessão diária de almoço, o mesmo desconto diário acima indicado.
j) FGTS (ref. ao Trabalho Temporário da Lei 6.019/74). Depósito do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço, conforme legislação pertinente.
Visando estimular a contratação formal, permitir maior proteção aos trabalhadores nas áreas de
segurança e de saúde ocupacional, o combate à concorrência desleal, e as melhorias das
condições de trabalho, as Entidades Sindicais convenentes se propõem, com a cooperação das
Entidades e Instituições de caráter público e privado, desenvolver um trabalho estatístico capaz
de oferecer à sociedade gaúcha o perfil e as perspectivas do Setor da Construção Civil no
Estado.
Parágrafo segundo. Contratação por terceirização e/ou empreitada de mão de obra e/ou
equipamentos. As empresas que pretendam contratar por empreitada de mão de obra e/ou
equipamentos deverão exigir mensalmente de seus contratados, sob pena ficarem sujeitas ao
pagamento da multa prevista na presente convenção (atualizada pela variação do INPC desde
a data da contratação da empresa subcontratada ou, se a data for indefinida, desde a data da
constatação da relação contratual entre as empresas, até a data do efetivo pagamento), os
seguintes documentos:
a) PCMSO;
b) folha de pagamento;
c) GFIP;
a) A fiscalização terá sempre caráter de mera orientação aos empregadores, sem efeitos
punitivos ou restritivos da continuidade das obras, ou da atividade das empresas, ressalvando-
se o direito de que sejam tomadas as medidas legais cabíveis.
b) O acesso aqui permitido não se realizará sempre que do mesmo decorrer a paralisação de
serviços inadiáveis ou que não possam sofrer solução de continuidade.
c) Não será admitida, com a utilização do acesso mediante o uso das credenciais, a paralisação
de canteiros de obras, mediante piquetes ou constrangimento físico que possam gerar obstáculo
ao ingresso de trabalhadores, empregados, administradores, fornecedores, material e
equipamentos, etc., a pretexto de forçar o cumprimento da presente cláusula.
d) A fiscalização aqui estabelecida não se confunde, não complementa ou não substitui aquela
de competência exclusiva do Ministério da Economia – Secretária do Trabalho e Previdência
Social - sendo que o campo de verificação de regularidade de procedimentos pelo sindicato
laboral estará limitado aos itens abaixo, exclusivamente e restrito ao efeito de orientação ao
empregador, sem caráter punitivo:
I - AMBIENTE DE TRABALHO
Parágrafo sexto. Das comprovações das contratações terceirizadas e por empreitada de mão
de obra. As empresas se obrigam a remeter ao sindicato patronal e laboral relação atualizada
constando a qualificação completa de suas empresas subcontratadas, especialmente o nome e
endereço completos, bem como o CNPJ, sob pena do pagamento de multa prevista no presente
instrumento, por dia de atraso na comunicação, desde a data da contratação da empresa
subcontratada ou, se a data for indefinida, desde a data da constatação da relação contratual
entre as empresas, até a data do efetivo pagamento.
As empresas se obrigam a fornecer, por escrito, ao empregado tarefeiro listas das tarefas
contratadas individualmente, detalhadas, codificadas quando for o caso, com critério de
medição e preços definidos, fazendo com que tais circunstâncias constem dos envelopes ou
recibos de pagamento, ou seja, medição, tarefa e preço da tarefa. Na hipótese de
descumprimento da obrigação, o sindicato dos trabalhadores notificará o empregador por
qualquer meio, inclusive carta com AR, com quem tenha diretamente se operado o vínculo de
emprego, a cumprir a disposição aqui contida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena
de a empresa incidir a multa prevista no presente instrumento coletivo de trabalho, que reverterá
em favor do trabalhador, a cada notificação expedida e não cumprida, servindo como prova de
cumprimento a remessa ao sindicato dos trabalhadores de cópia dos documentos acima. A
multa aqui estabelecida somente obrigará o empregador com quem tenha diretamente se
operado o vínculo de emprego, não se aplicando, no caso, o disposto pelo art. 455 da CLT.
Parágrafo primeiro. RETIRADA SEMANAL. Aos trabalhadores que percebem por tarefa fica
garantido uma retirada semanal independentemente de sua produção, correspondente ao valor
do piso semanal do oficial, incluída aí a remuneração dos repousos. Quando das medições das
tarefas realizadas e na periodicidade pactuada entre as partes para essa medição, será
procedido um acerto de contas considerando-se as retiradas acima previstas e até então pagas,
de modo que seja garantido ao tarefeiro no mínimo remuneração igual ao piso dos oficiais para
igual período.
O empregado que não exercer a faculdade prevista pelo parágrafo único do art. 488 da CLT,
durante o curso do aviso prévio de iniciativa do empregador, terá assegurado o direito de
escolher o horário de redução de que trata o caput do artigo consolidado acima referido,
devendo a mesma se operar no início ou no fim da jornada diária, com decisão do empregado
quando receber o aviso.
Parágrafo único. O empregado em aviso prévio de iniciativa do empregador e que tenha sido
dispensado do cumprimento da jornada ficará, também, dispensado do respectivo cumprimento
de ponto.
CLÁUSULA VIGÉSIMA - RELAÇÃO DE SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO
Parágrafo único. Nos contratos de experiência com prazos de vigência inferiores a 15 (quinze
dias), cujas rescisões tenham se operado sem justa causa ou por término de contrato, a
empresa fica obrigada a pagar ao empregado 1/15 (um quinze avos) por dia de trabalho efetivo
dos direitos que este adquiriria quando completasse 15 (quinze) dias de trabalho.
O empregado em aviso prévio não poderá ser transferido de local de trabalho, salvo na
hipótese de término da etapa ou da obra em que o mesmo estiver trabalhando. Na hipótese de
a transferência ocorrer por término da etapa ou da obra em que o empregado estiver
trabalhando esta somente poderá ocorrer, desde que para outra obra situada a um máximo de
12km de distância da obra em que estava lotado por ocasião da dação do aviso prévio, para o
escritório central ou para o depósito da empresa, sempre que os citados forem no mesmo
município da obra, sem prejuízo do disposto no parágrafo único da presente cláusula.
Parágrafo único. Para o trabalhador que for transferido de local de trabalho, ainda que dentro
da mesma cidade, e que seja onerado com acréscimo de despesa de passagem, o valor
correspondente será reembolsado pela empresa.
O empregado contratado em outra cidade ou em outro Estado e que tenha tido sua passagem
de vinda paga pelo empregador terá garantida a sua passagem de retorno a sua cidade de
origem, quando da rescisão de seu contrato de trabalho, sempre que esta ocorrer por iniciativa
do empregador e sem justa causa, no prazo de 90 (noventa) dias contados de sua contratação.
As empresas integrantes da categoria econômica representada pelo segundo convenente, sempre que
contratarem trabalhadores migrantes, deverão fornecer uma cópia traduzida do contrato de trabalho para o
idioma de origem do trabalhador, sob pena de não ter validade o documento.
Fica estabelecido o pagamento de uma taxa mensal a título de depreciação de ferramentas aos
operários a seguir indicados, que utilizarem ferramentas próprias na execução de serviços que
as exijam, na forma abaixo:
Parágrafo primeiro. Os empregados, a seguir mencionados, somente farão jus à taxa aqui
pactuada se, nas suas admissões, não assinarem comprovante de que não possuem as
ferramentas abaixo:
a) Pedreiro: uma colher de pedreiro, um martelo, um prumo de 450gr, um nível de 16", uma
escala métrica de 2m e um balde ou similar;
c) Pintor: um pincel de 1/2", um pincel de 1", um pincel de 3", uma trincha grande, uma espátula
de 4cm, uma espátula de 8cm, um rolo de espuma e uma bandeja;
d) Ferreiro; e uma escala métrica de 2m, uma torquês para ferreiro de 10" e um lápis.
As empresas concederão a seus empregados, sempre que se fizer necessário, armário ou caixa
fixa, dotados de fechadura ou com dispositivo com cadeado, a fim de que guardem suas
ferramentas exigidas pelo empregador, por ocasião da contratação, nas obras ou fábricas.
Assim não o fazendo, a empresa será responsável pelo desaparecimento que ocorrer daquelas
ferramentas que tenham sido exigidas.
Parágrafo segundo. O prazo de 120 dias, referido no “caput” da presente cláusula, inicia a
partir do primeiro dia do mês subsequente ao último pagamento à título de auxílio maternidade.
Ao empregado com mais de cinco anos de serviços contínuos prestados ao seu atual
empregador e que esteja a um máximo de seis meses do tempo para obter o direito à
aposentadoria, o empregador se compromete a garantir-lhe o emprego ou os valores
correspondentes as contribuições previdenciárias pelo período faltante a obtenção da
aposentadoria.
As empresas prestarão assistência jurídica a seus empregados que no exercício das funções
de vigia praticarem atos que os levem a responder a ação penal.
Compensação de Jornada
Para todos os efeitos do que dispõe o inciso XIII do art. 7° da Constituição Federal, as partes
ora acordantes convalidam todos os acordos individuais e ou coletivos de prorrogação de
jornada para compensação horária celebrados no seio das respectivas categorias profissional
e econômica, bem como haverão de ser tidos como válidos todos os acordos de igual conteúdo
que vierem, também, a ser celebrados no curso da vigência da presente convenção coletiva de
trabalho.
Fica estabelecido que o excesso de horas de trabalho em um ou mais dias da semana, até o
limite de dez horas diárias, exceção feita para a realização de serviços inadiáveis, poderá ser
compensado pela correspondente diminuição ou ausência de trabalho em outros dias, de modo
a que seja observado o limite de 2.280 (duas mil duzentas e oitenta) horas anuais de trabalho.
Será considerado excesso de horas, para este fim, o período que exceder a 44 (quarenta e
quatro) horas em cada semana, garantindo-se sempre ao empregado o intervalo entre turnos
de onze horas consecutivas, previsto no art. 66 da CLT.
Parágrafo segundo. Quando não for completada a carga semanal de 44 (quarenta e quatro)
horas, as horas não trabalhadas na semana serão igualmente anotadas de forma
individualizada, para serem compensadas com horas adicionais de trabalho, de forma a
completar a carga anual prevista no “caput” da presente cláusula, respeitado o limite de 60
(sessenta) horas de trabalho na semana.
Parágrafo quinto. O regime de compensação anual de horas poderá ser adotado em toda a
empresa, ou em determinados setores e departamentos destas, a critério do empregador.
Haverá possibilidade de, em comum acordo entre a empresa e o empregado, de este poder
folgar em dias determinados, com a respectiva compensação do labor em outros dias.
Parágrafo sexto. Ao final de um ano a contar do primeiro dia em que teve início a compensação
de horas, com redução ou aumento da jornada, serão computadas as eventuais horas
trabalhadas a maior ou a menor, considerando o limite anual de 2.280 (duas mil duzentas e
oitenta) horas, e tendo o empregado trabalhado menos do que dito limite, o saldo de horas será
transferido como crédito de horas do empregador para uma próxima compensação. Caso haja
saldo de horas a favor do empregado, estas serão pagas na primeira folha de pagamento
imediatamente posterior, com adicional de 50% (cinquenta por cento), salvo quando o trabalho
for realizado em domingo quando as mesmas serão remuneradas a 100%, calculadas sobre o
valor da remuneração da data em que está sendo realizado o pagamento.
Sempre que a jornada ordinária diária de trabalho for igual ou superior a 7h20min, fica a empresa
obrigada a conceder intervalo intraturno de 10 minutos, para cada turno, sendo que o tempo de
intervalo deverá ser considerado de efetivo serviço.
Parágrafo primeiro. O intervalo aqui acordado dispensará o seu registro nos registros de
frequência e horário do trabalhador.
Parágrafo segundo. A empresa que fornecer café poderá, livremente, disciplinar com seus
empregados o horário desse intervalo. Se o fornecimento do café for sem qualquer ônus ao
empregado, fica a empresa desobrigada da concessão do intervalo intraturno matinal acima
previsto.
Parágrafo terceiro. Na hipótese de a empresa fornecer aos seus empregados almoço, ficará
desobrigada da concessão do intervalo intraturno no período da tarde e, para esse efeito, deverá
firmar acordo com o sindicato dos trabalhadores no sentido.
Parágrafo quarto. A empresa que fornecer, aos seus empregados, café da manhã em horário
que anteceda a jornada de trabalho, e almoço, poderá suprimir os intervalos intraturnos da
manhã e da tarde, desde que adote o Programa de Alimentação ao Trabalhador, PAT, e
cientifique o Sindicato Laboral sobre essa alteração, e nesta hipótese poderá, ainda, impedir
que os seus empregados fumem no canteiro de obras, disciplinando acerca do horário e local
para o fumo.
Parágrafo quinto. Se a empresa fornecer café da manhã, o mesmo deverá conter os seguintes
itens: 250 ml de leite, café preto, 1 pão de 50 gr com geleia de fruta ou manteiga.
Parágrafo único. Ajustam as partes que, em relação aos demais empregados, mediante acordo
coletivo de trabalho firmado com o Sindicato Profissional, as empresas poderão reduzir o
intervalo previsto no “caput” do art. 71 da CLT até o limite de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas.
Controle da Jornada
Os até dez minutos que excederem a cada ato de marcação de ponto e registrados nos controles
de frequência e horário do trabalhador não serão considerados como tempo de serviço ou à
disposição do empregador.
III - possibilitar, através da central de dados, a extração eletrônica e impressa do registro fiel das
marcações realizadas pelo empregado.
Parágrafo quinto: Adotado o sistema alternativo eletrônico de controle de ponto ou “ponto web”,
o empregador não poderá alterar criar ou praticar restrições à marcação do ponto, ficando
permitida, entretanto, a simples pré-assinalação do período de intervalo conforme permite o art.
74, § 2º, da CLT.
Parágrafo oitavo: Com amparo na mesma Portaria 373/2011, em caráter experimental, poderá
ser adotado pelos empregadores o chamado “ponto por exceção”, ou seja, a presunção de
cumprimento integral pelo empregado da jornada de trabalho contratual, convencionada ou
acordada vigente no estabelecimento, com marcação eletrônica apenas das exceções ao
cumprimento da jornada normal, quais sejam, horas extras, faltas, atrasos ao serviço,
compensações pontuais, etc. Nesse caso, deverá ser disponibilizada ao empregado, até o
momento do pagamento da remuneração referente ao período em que está sendo aferida a
frequência, a informação sobre qualquer ocorrência que ocasione alteração de sua
remuneração em virtude da adoção de sistema alternativo.
Faltas
Parágrafo primeiro. Qualquer que seja o dia da semana estabelecido para o gozo de repouso
semanal remunerado, as horas nele trabalhadas serão remuneradas com 100% (cem por cento)
de acréscimo, independentemente da legal remuneração desses dias, salvo as excedentes de
quatro que serão remuneradas com 120% (cento e vinte por cento) de acréscimo. Não farão jus
a remuneração especial acima acordada aqueles trabalhadores que não tiverem feito jus ao
pagamento do repouso na respectiva semana.
Parágrafo segundo. As empresas se obrigam a fornecer lanche gratuito a seus empregados,
sempre que, não havendo refeitório na obra ou fábrica, ou havendo não fornecer refeições, os
houver convocado por escrito para a prestação de horas extras além das horas extras habituais.
O empregado, por ocasião da retirada do PIS, ficará dispensado do trabalho com direito à
remuneração normal durante quatro horas consecutivas. Para os efeitos dessa cláusula, a
empresa elaborará programa de dispensa de seus empregados que, após a retirada do PIS,
obrigam-se a comprovar o respectivo recebimento. A dispensa aqui pactuada ocorrerá uma
única vez ao ano.
Sempre que o efetivo de uma obra ultrapassar a 100 (cem) homens, a empresa se obriga a ter
contratado, no respectivo canteiro, um mestre de obras. A redução do efetivo dessa mesma
obra a um número inferior ao acima fixado autorizará a inexistência de mestre de obras.
Uniforme
As empresas permitirão que o primeiro convenente assista a eleição dos membros das CIPAs,
comunicando àquela entidade, com antecedência de 10 (dez) dias, data, horário e local da
eleição.
Exames Médicos
As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, estão
desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador, nos termos do item 7.3.1.1.2 da NR-
7 da Portaria n° 3.214/78.
CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA SÉTIMA - MÉDICO E ENGENHEIRO DE SEGURANÇA
As empresas poderão utilizar a Escola Sindical da Construção Civil, mantida pelo sindicato dos
trabalhadores, para que seus empregados realizem cursos, desde que previamente acordado
com a direção da mesma, sem prejuízo da remuneração normal destes trabalhadores.
Todo e qualquer prejuízo sofrido pelo empregado em face da negativa infundada da empresa
de encaminhá-lo ao benefício previdenciário acidentário, será suportado por esta, salvo se, no
tempo, o órgão previdenciário proceder ao devido ressarcimento dos prejuízos sofridos.
Relações Sindicais
Contribuições Sindicais
A Contribuição aprovada em Assembleia dos Trabalhadores, cuja ata segue anexa, aprovou a
Pauta Reivindicatória para a renovação convencional, da qual participaram associados e não
associados, com fundamento no Artigo 513 – alíneas “a” e “e”, da C.L.T e incisos III, IV e VI, do
Artigo 8º. da Constituição Federal, quando cientificados acerca da destinação da referida
contribuição à manutenção dos serviços relativos às negociações coletivas de trabalho e de
orientação e defesa dos direitos alcançados, assim como o de garantir o cumprimento das
cláusulas da presente; bem como considerando o princípio da livre negociação e da autonomia
e prevalência da vontade coletiva, foi deliberado pela categoria profissional que todas as
empresas representadas pelo Sindicato Patronal, deverão descontar dos salários dos
trabalhadores associados ao Sindicato Laboral, e dos trabalhadores que derem sua
expressa e individual autorização, a Contribuição Negocial no valor equivalente a 1,5 % (um
virgula cinco por cento) do salário base mensal dos meses de julho/2021 a maio/2022 e
Gratificação Natalina/2021, com vencimento até o dia 05 (cinco) de cada mês subsequente ao
mês do desconto da contribuição, em favor do Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores
da Construção de Civil. Referida deliberação na Assembleia ocorreu de forma que a prévia e
expressa autorização dos empregados, prevista no inciso XXVI, do artigo 611-B, da CLT, pela
maioria dos presentes. A solenidade foi aberta a todos os integrantes da categoria profissional,
porque as cláusulas deste instrumento são de aplicação geral e compulsórias, beneficiando
todos os integrantes da categoria, prevalecendo assim, o voto dos presentes, como ocorre com
qualquer outra cláusula posta em debate.
Parágrafo primeiro. O não cumprimento da obrigação ora pactuada em seus valores e datas
acima, implicará na aplicação de uma multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor não recolhido
além da atualização dos valores devidos (principal e multa) pelo índice de correção aplicado aos
débitos trabalhistas.
Parágrafo segundo. Será de inteira responsabilidade do Sindicato Profissional eventual
devolução exigida pelo trabalhador não associado, em decorrência de discordância por ele
manifestada em tempo hábil, na hipótese da empresa, sem ter conhecimento da discordância,
ter procedido ao desconto e recolhido ao Sindicato Profissional.
Paragrafo terceiro. Na hipótese de Ação Judicial ou extrajudicial para haver o pagamento dos
valores devidos, a correção acima convencionada será compensada no valor da correção
monetária que vier a ser decretada em decisão final, assim como as despesas com honorários
advocatícios correrão por conta da empresa inadimplente.
Parágrafo sétimo. Em cumprimento ao despacho exarado pelo Juiz da 25ª Vara do Trabalho
de Porto Alegre, nos autos do Processo de Execução Provisória nº 0020655-52.2018.5.04.0025,
a contribuição negocial estabelecida na presente cláusula, passa a ser obrigatória somente para
os trabalhadores associados ao Sindicato laboral, e para aqueles trabalhadores que o
autorizarem de forma expressa e individual. a presente cláusula vigerá, desta forma, até que
haja decisão definitiva da Ação Civil Pública nº 0020005-44.2014.5.04.0025 promovida pelo
Ministério Público do Trabalho, ou que legislação superveniente venha possibilitar desconto da
contribuição assistencial e ou negocial de todos os empregados da categoria da construção civil
representada pelo Sindicato Laboral.
Para fazer frente aos serviços prestados pelo Sindicato Patronal convenente às empresas
integrantes da categoria econômica, em especial à manutenção de sua estrutura administrativa
e técnica necessária para o enfrentamento da negociação coletiva de trabalho, tal como prevê
a Constituição Federal, e que resultou na presente Convenção Coletiva de Trabalho; bem como
para defesa dos interesses das referidas empresas em relação às condições negociadas com
agilidade e qualidade frente às Medidas Provisórias nº 1.045 e 1.046, ambas de 27/04/2021,
fica estabelecida, conforme deliberação tomada em Assembleia Geral Extraordinária do
Sindicato Patronal, uma Contribuição Negocial Patronal em benefício desta entidade, a ser paga
por todas as empresas integrantes da categoria econômica, associadas, ou não. Referida
Contribuição Negocial deverá ser recolhida pelas empresas integrantes da categoria econômica
em duas parcelas, cada uma no equivalente ao total de um dia dos salários de todos os
integrantes da empresa, referente à JUNHO/2021 e NOVEMBRO/2021.
Parágrafo primeiro: A referida contribuição terá como base de cálculo o número de integrantes
na empresa, e, ou, o total da folha de pagamento dos meses de junho e novembro de 2021.
Entende-se por integrante da empresa, o empregado com contrato de trabalho em vigor nesta
data, diretores e sócios, observando-se a seguinte regra:
a) Empresas com até 5 (cinco) integrantes, recolherão o valor mínimo de R$ 200,00 (duzentos
reais) em cada parcela referida no “caput” desta cláusula;
Parágrafo segundo: Será concedido o benefício do desconto de 10% (dez por cento) para as
EMPRESAS ASSOCIADAS ao SINDUSCON-RS, e que estejam em dia com os seus
recolhimentos.
Paragrafo terceiro. O recolhimento das parcelas de contribuição deverá ser realizado através
de boleto emitido pela entidade sindical patronal, e endereçado às empresas, previamente,
sendo que o pagamento em atraso, ou até mesmo o não cumprimento da obrigação sujeitará a
empresa inadimplente a multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor não pago pela empresa.
Disposições Gerais
Parágrafo segundo. As entidades aqui convenentes deverão criar a comissão paritária prevista
no parágrafo primeiro acima, em até quarenta e oito horas contadas da reclamação formalizada
junto a qualquer uma das entidades aqui celebrantes, comissão essa que terá o prazo de quinze
dias para a edição de parecer acerca do conflito havido. O desatendimento a esse prazo terá o
significado de autorizar o interessado a adotar as medidas que entender cabíveis.
Pelo descumprimento de qualquer cláusula deste instrumento, será devido pelo infrator, em
favor do primeiro convenente, uma multa de R$ 319,70 (trezentos e dezenove reais e setenta
centavos), independentemente de permanecer a obrigatoriedade de cumprimento da cláusula
infringida.
Parágrafo único. A multa, a que se refere o caput desta cláusula, não será aplicada em relação
àquelas cláusulas que já contenham previsão de penalidade pelo descumprimento.
Outras Disposições
2.a. Em relação às duas modalidades de férias o pagamento poderá ser realizado pelo
empregador até o quinto dia útil do mês subsequente ao início do gozo das férias (considerando
o art. 9º da Medida Provisória nº 1.046, de 27/04/2021).
2.c. Na hipótese de férias coletivas, ficam dispensadas a comunicação prévia ao órgão local do
Ministério da Economia e a comunicação ao sindicato laboral (considerando o art. 13 da Medida
Provisória nº 1.046, de 27/04/2021).
3.a. A adoção pelo empregador da redução de jornada e salário poderá ser adotada
parcialmente, em setor ou setores da empresa, e não se incompatibiliza com a adoção pela
empresa de banco de horas para outros setores, inclusive em relação ao disposto nos incisos
V (DISPENSA DOS SERVIÇOS PARA POSTERIOR COMPENSAÇÃO) e VII (BANCO DE
HORAS/ COMPENSAÇÃO DE HORAS EM CARÁTER EXTRAORDINÁRIO) desta cláusula.
3.b. A redução de jornada e salário, prevista neste item III, se faz necessária em relação às
hipóteses em que o empregador não enquadrar os seus contratos individuais de trabalho na
forma da Medida Provisória nº 1.045 de 27/04/2021.
4.a. O objeto deste item IV, é permitir expressamente aos empregadores aqui representados
pelo Sindicato Patronal convenente a utilização das regras e modalidades contidas na Medida
Provisória nº 1.045 de 27/04/2021 para todos os seus trabalhadores, independentemente de
faixas salariais, permitindo, igualmente, a adoção da suspensão temporária dos contratos de
trabalho ou a redução de jornada e salários, sempre por acordos individuais, que são, porém,
desde já ratificados pelo Sindicato dos Trabalhadores convenentes.
4.b. Fica certo que a adoção pelo empregador da redução proporcional de jornada de trabalho
e salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho poderão ser adotadas de forma
setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, nos termos da Medida
Provisória nº 1.045 de 27/04/2021.
4.c. As alternativas previstas neste item IV, não se aplicam em relação aos contratos individuais
com:
4.c.3. Empregados que estejam com seus contratos suspensos em virtude de participação em
curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade
com o disposto em eventual acordo coletivo celebrado entre o empregador e o seu empregado,
para este fim, percebendo bolsa de qualificação profissional, nos termos do artigo 2º da Lei n°
7.998, de 1990.
4.d.1. A adoção pelo empregador da redução de jornada e salário poderá ser adotada de forma
setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, e não se incompatibiliza
com a adoção pela empresa de banco de horas, previsto no item VII (BANCO DE HORAS/
COMPENSAÇÃO DE HORAS EM CARÁTER EXTRAORDINÁRIO), da presente cláusula.
4.d.3.3. da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua decisão
de antecipar o fim do período de redução pactuado.
4.e.1. O tempo máximo de suspensão temporária do contrato de trabalho, não poderá ser
superior a cento e vinte dias.
4.e.3. O empregado com contrato suspenso temporariamente por força da MP 1.045/2021 não
poderá prestar serviços durante o período de suspensão contratual, mesmo que parcialmente
por meio de teletrabalho, à distância ou de forma remota.
4.g.1. As empresas informarão aos trabalhadores abrangidos a partir de carta proposta clara e
de fácil entendimento, a adoção das modalidades mencionadas, devendo o regime ajustado ter
início somente 48 (quarenta e oito) horas após a assinatura do acordo escrito com o
trabalhador.
4.g.2. No prazo de 10 (dez) dias, a empresa que adotar um ou outro regime deverá comunicar
o referido ato ao Sindicato dos Trabalhadores ora convenente e ao Ministério da Economia;
4.g.3. A qualquer tempo, caso a empresa entenda que deva cancelar qualquer dos regimes
previstos neste instrumento, poderá ela fazê-lo, seja em relação a todos os acordos realizados,
seja em relação a parte deles, informando aos empregados com antecedência de 48 (quarenta
e oito) horas o retorno às normais atividades. A comunicação aos empregados poderá se dar
por qualquer meio eficaz, inclusive por meio eletrônico/digital.
4.g.4. No caso de ocorrer o cancelamento previsto no subitem “4.g.3”, acima, a empresa deverá
comunicar sua decisão ao Sindicato Profissional com antecedência de 48 (quarenta e oito)
horas, utilizando qualquer meio eficaz, inclusive meio eletrônico/digital.
4.g.5. Nos termos da MP 1.045/2021, as empresas que fecharam o ano-calendário 2019 com
receita bruta superior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais, somente
poderão suspender os contratos de trabalho com base neste instrumento coletivo de trabalho,
mediante pagamento de ajuda compensatória mensal, no valor mínimo equivalente a 30%
(trinta por cento) sobre o valor do salário-base do empregado acordante, arcando o Governo
Federal com 70% do valor do seguro-desemprego, conforme quadro abaixo:
Valor do Benefício
Ajuda compensatória
Receita bruta Emergencial de
mensal paga pelos
da empresa Preservação do Emprego e
empregados
da Renda
Até R$ 4,8 100% do seguro
Não obrigatória
milhões desemprego
Mais de R$ Obrigatório 30% do salário
70% do seguro desemprego
4,8 milhões do empregado
4.g.6. Para suspensão temporária do trabalho, o acordo individual com os empregados deverá
ser feito sempre por escrito, devendo o documento cumprir as exigências previstas na MP
1.045/2021, referindo, claramente, o regime de suspensão que as partes estão elegendo.
4.g.7. O acordo individual entre empregado e empregador deverá ter a qualificação das partes,
com nome completo, CPF, CNPJ, denominando as partes com as expressões EMPREGADO(a)
e EMPREGADOR, respectivamente, no decorrer do instrumento de acordo.
4.g.8. Considerando-se o ajuste ora firmado, deve ser mencionada a existência da presente
Convenção Coletiva de Trabalho, bem como o fato de o acordo estar sendo firmado nos termos
da MP 1.045/2021, recomendando-se o título “ACORDO PARA SUSPENSÃO TEMPORÁRIA
DO CONTRATO DE TRABALHO – COVID-19- MP 1.045/2021.
4.g.9. O instrumento de acordo deverá, ainda, estabelecer, de forma clara, exaustiva e de fácil
entendimento, as condições de remuneração e de benefícios preservados ao empregado.
4.g.10. O prazo de duração de vigência estabelecido pelas partes, deverá ser claramente
apontado no acordo, observando os limites máximos de 120 (cento e vinte) dias para a
suspensão temporária do contrato de trabalho e para a redução de jornada e de salário, nos
termos da MP 1.045/2021.
4.g.11. Para facilitar a adoção da modalidade de suspensão do contrato de trabalho as partes
sugerem a adoção do modelo integrado de Carta-Proposta, Declaração de Aceitação da
Proposta e Acordo de Suspensão do Contrato de Trabalho, conforme Anexo I desta
Convenção Coletiva de Trabalho, que poderá ser adaptado à medida da necessidade de cada
empresa.
4.g.12. Igualmente, para facilitar o acordo para adoção da redução da jornada e salário com
base no presente instrumento, as partes sugerem a adoção do modelo de acordo, conforme
Anexo II, que poderá ser também adaptado conforme necessidade da empresa.
5.a. Quando do retorno dos empregados ao serviço, poderá ser exigido pelo empregador que a
duração normal da jornada seja acrescida de mais 02 (duas) horas, durante o número de dias
indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que a jornada não exceda de 10 (dez)
horas diárias, independentemente de qualquer autorização administrativa.
5.c. As regras relativas a extensão de jornada para compensação de horas previstas nesta
cláusula, serão válidas independentemente de a atividade ser ou não insalubre, e independem
de licença prévia das autoridades competentes, conforme permite o art. 611-A, inciso XIII, da
CLT.
6.b. não tendo direito à estabilidade, a indenização corresponderá à metade da que seria devida
em caso de rescisão sem justa causa;
6.c. havendo contrato por prazo determinado, a indenização será aquela a que se refere o art.
479 da CLT, reduzida igualmente à metade.
VII – BANCO DE HORAS/ COMPENSAÇÃO DE HORAS EM CARÁTER EXTRAORDINÁRIO.
De forma extraordinária e emergencial, em razão da pandemia decorrente da COVID-19, e
durante a vigência desta cláusula, e por motivo de força maior, empresas e trabalhadores
poderão estabelecer banco de horas ou regime de compensação de horas, de natureza
extraordinária e temporária para atender à intenção contida nesta cláusula, mesmo em setor ou
setores da empresa.
7.a. O número de horas que poderá ser objeto de compensação no banco de horas ficará
limitado a 220 (duzentas e vinte) horas por mês, sendo que a compensação de horas deverá
ser cumprida pelo trabalhador em até 10 (dez) meses, a contar do início de vigência do banco
de horas.
7.b. O critério de contagem para efeito de compensação de horas junto ao banco de horas, será
o de “hora por hora”, mantendo-se, neste caso, o salário pago integralmente pelo empregador,
excetuando-se o domingo ou dia destinado ao repouso semanal.
7.c. A compensação para efeito do banco de horas poderá ocorrer após a jornada diária regular,
limitado ao máximo legal, e em até três sábados por mês, limitado em até cinco horas por
sábado.
7.e. As regras relativas a extensão de jornada para compensação de horas previstas aqui, serão
válidas independentemente de a atividade ser ou não insalubre, e independem de licença prévia
das autoridades competentes, conforme permite o art. 611-A, inciso XIII, da CLT.
8.b. A recusa imotivada para a alteração contratual prevista nesta cláusula, será considerada
ilegal, considerando a ocorrência da pandemia, que para ser combatida não admite a
prevalência do interesse individual sobre o interesse coletivo.
8.c. Embora a adoção do sistema de teletrabalho previsto na presente cláusula tenha caráter
extraordinário / emergencial, em razão da Pandemia decorrente da COVID-19, as empresas
poderão estabelecer diretamente com o seu empregado os requisitos formais para a alteração
de trabalho presencial para teletrabalho, se assim desejar, cabendo aos empregados
observarem as instruções fornecidas pelos empregadores quanto à segurança e saúde do
trabalho, sendo dispensada a assinatura do termo de responsabilidade previsto no parágrafo
único do Art. 75-E da CLT.
8.e. A empresa que optar pelo controle de jornada, inclusive de seus colaboradores que se
encontrem em teletrabalho, poderão utilizar os meios alternativos de controle de jornada, nos
termos previstos nesta Convenção.
10.b. A empresa e o trabalhador referido no “caput” dessa cláusula, poderão utilizar os modelos
previstos no Termo Aditivo da convenção coletiva de trabalho emergencial / extraordinária, para
a adoção das referidas alternativas de redução de jornada e de salário e de suspensão
temporária do contrato de trabalho.
10.c. Os prazos previstos nos instrumentos coletivos referidos no “caput” desta cláusula ficam
prorrogados na forma da Medida Provisória nº 1.045/2021.
11.1. O empregador poderá exigir a comprovação de vacinação, considerando que tal medida
é proteção de caráter coletivo, e não individual.
11.3. O empregado poderá se recusar a tomar vacina, desde que apresente o respectivo laudo
médico comprovando a sua impossibilidade de receber o imunizante, cabendo ao empregador
adotar medidas de afastamento desse empregado, do seu local de trabalho, evitando o risco de
contágio aos demais empregados e colaboradores da empresa, considerando que a saúde é
um bem coletivo.
12.a.1. Empresa com até 10 empregados representados pelo sindicato laboral, cota única no
valor de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais).
12.a.2. Empresa mais de 10 e até 30 empregados representados pelo sindicato laboral, cota
única no valor de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais).
12.a.3. Empresa com mais de 30 empregados representados pelo sindicato laboral, cota única
no valor de R$ 650,00.
12.b. De acordo com o enquadramento, referido nos subitens "12.a.1", "12.a.2" e "12.a.3",
acima, a empresa efetuará o pagamento de 50% do valor fixado para a cota até a data de
30/09/2021, sendo que o valor restante será realizado até a data de 31/12/2021.
GELSON SANTANA
Presidente
SIND DOS TRAB NAS IND CONST CIVIL P ALEGRE
ANEXOS
ANEXO I - MODELOS SUSPENSÃO TEMPORÁRIA CONTRATO TRABALHO
Anexo (PDF)
Anexo (PDF)
ANEXO III - FORMULÁRIO COMUNICAÇÃO ABETURA CANTEIRO OBRAS
Anexo (PDF)
Anexo (PDF)
Anexo (PDF)