Aos Amigos Católicos
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Aos Amigos Católicos
Thomas F. Heinze
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ÍNDICE
Prefácio
1. Você considera a Missa como a Igreja Católica?
2. De Onde Vêm as Diferenças entre Católicos e Protestantes?
3. Qual a Diferença Mais Importante entre Protestantes e Católicos?
4. Por Que os Protestantes Não Veneram Imagens?
5. Por que os Pastores Evangélicos Podem Casar?
6. Você Acredita em Maria?
7. O Purgatório Existe?
8. Sobre Quem a Igreja Foi Fundada?
9. A Quem Devemos nos Confessar?
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Conclusão
PREFÁCIO
Como missionário evangélico na Itália por mais de 30 anos, achei que existem
certas coisas que os Católicos Romanos gostariam de saber com respeito à fé dos
Protestantes e sobre a Bíblia. Mormente quando eles precisam de respostas claras e nada
evasivas. O Movimento Ecumênico em sua própria Igreja tem feito com que essas
informações se tornem agora mais importantes do que nunca. Se você é um Católico
Romano, leia o que segue. Ficará surpreso com algumas respostas e vai querer pegar a
sua Bíblia e comparar todas elas sozinho, baseado na Palavra de Deus. Caso você se
disponha a fazer isso, começando a ler os vários versos que precedem aqueles aos quais
vou me referir, isso também o ajudará a entender o contexto e então você verá por si
mesmo como estou sendo honesto. Você também vai extrair muito mais de sua Bíblia e o
estudo vai beneficiar sua vida espiritual, dando-lhe todas as informações de que precisa.
Capítulo 1
Esta é uma pergunta importante, uma vez que a Missa é o centro de todas as
reuniões Católicas Romanas. Os Protestantes têm a Ceia do Senhor, também chamada
de Comunhão, a qual, embora faça lembrar a Missa, não significa a mesma coisa. A
apresentação da Missa foi modificada, a fim de torná-la mais parecida com a nossa
Comunhão do que no tempo em que era rezada em Latim, porém as diferenças básicas
em nada mudaram.
A doutrina Católica Romana da Missa foi estabelecida no Concílio de Trento e
afirma, dentre outras coisas, que ela (a Missa) é um sacrifício de expiação... de
pecados e punição dos mesmos... não apenas para os vivos, mas também
para as pobres almas do Purgatório (Ludwig Ott Fundamental Catholic Dogmas, p.
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412-413). A Igreja Católica Romana ensina, então, que o sacrifício de Cristo é renovado na
Missa e cada vez que a Missa é rezada esta renovação do seu sacrifício adiciona algum
mérito à salvação. Quando a Missa é rezada por um morto, supõe-se que ela reduzirá sua
pena no Purgatório.
Na prática, sem dúvida, todos os Católicos Romanos aprenderam que, após a morte
de um membro de sua família, eles devem fazer um grande número de ofertas aos padres
que rezam Missas, a fim de abreviar suas penas no Purgatório. Isso é particularmente
trágico para as viúvas, que em geral são pobres e muito religiosas. Conquanto muitos
padres não estejam de acordo com essa doutrina e não aceitem ofertas para rezar Missas
nestas condições, outros nos levam a crer nas admoestações feitas por Cristo em Marcos
12:38-40 Guardai-vos dos escribas, que gostam de circular de toga, de ser saudados nas
praças públicas, e de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e os lugares de honra nos
banquetes; mas devoram as casas das viuvas, e simulam fazer longas preces. Esses
receberão condenação mais severa. Na Itália, o maior centro do Catolicismo mundial,
existe um provérbio que diz: “você só consegue aquilo pelo que paga”, o qual
traduzido ao pé da letra significa: “sem dinheiro não se reza Missa ” .
Tendo como fundamento o ensino de que o sacrifício de Cristo pode ser repetido na
Missa, a doutrina Católica Romana insiste em que o pão e o vinho usados na Comunhão
transformam-se através de um milagre. Este milagre não é visível, isto é, a substância
ainda se apresenta como pão e vinho. Mesmo assim a doutrina Católica insiste em que
estes elementos se transformam rapidamente no corpo e sangue de Jesus e já não são
pão e vinho. Este suposto milagre é chamado Transubstanciação. Baseia-se numa
tradição que penetrou na Igreja nos anos 300 d.C., mas que só se tornou Dogma em 1215
d.C., quando os Católicos começaram a se ajoelhar diante do pão. Quando a Igreja aceitou
essa Tradição, foi procurar respaldo bíblico na 1 Coríntios 11:24-25, que diz: E, depois de
dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória
de mim”. Do mesmo modo, após a ceia, também tomou o cálice, dizendo: “Este cálice é a
nova aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de
mim”. A interpretação Católica é que o pão e o vinho que Cristo segurava nas mãos,
como por um milagre, transformaram-se em Seu corpo.
Alguns procuram traduzir esta passagem figurada das Escrituras dando-lhe uma
interpretação literal. Mas não é assim. Por favor, note que quando Cristo pronunciou estas
palavras, ele estava diante dos seus discípulos, em seu corpo, e que a expressão meu
corpo deveria ser entendida apenas simbolicamente. Não pode haver dúvida alguma neste
ponto, uma vez que, após ter dito meu corpo, ele o chamou três vezes de pão, o que
certamente não teria feito se àquela altura já não era pão, mas literalmente tinha se
transformado em seu corpo (1 Co 11:26-28). Desde que Jesus chamou a substância
tanto de pão como de corpo, ele devia estar falando simbolicamente quando a chamou
de pão ou quando a chamou de corpo. A questão não é se deveríamos interpretar a
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passagem literal ou simbolicamente. Mas é: qual a parte que deve ser interpretada
literalmente e qual a parte que deve ser interpretada simbolicamente? Estava Cristo
falando literalmente quando chamou a substância que segurava em suas mãos de seu
corpo ou quando a chamou de pão? Uma das duas expressões tem de ser simbólica ou
então há outra escolha: que ela se transforma de pão em corpo e logo em seguida em
pão.
Declaração semelhante é encontrada em Marcos 14:25, quando Jesus chama o
vinho de fruto da videira, após o ponto em que, de acordo com a doutrina Católica, ele
não deveria mais ser fruto da videira, mas deveria ter-se transformado completamente
no sangue de Cristo. Se ele tivesse sido literalmente transformado em sangue, não o
teria Jesus chamado de sangue em vez de fruto da videira? Jesus também disse: Eu
sou a porta. Não quis ele dizer que é através dele que chegamos ao céu, em vez de que
seu corpo é feito de madeira?
Ainda mais importante é que na Missa, no momento em que deve ocorrer o
milagre, nada acontece! Cristo também mudou a água em vinho. Neste caso ficou
claro para todos os presentes que a água já não era água, mas havia se transformado
em vinho. Quando o mestre sala provou a água transformada em vinho - ele não
sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a água - chamou o
noivo e lhe disse: “Todo homem serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já
estão embriagados, serve o inferior. Tu guardaste o bom vinho até agora. (João 2:8-10)
Vamos pensar noutros milagres de Cristo. Por exemplo: Quando ele curou o paralítico e o
homem que era leproso, teriam eles ficado ali como se nada tivesse acontecido?
Não devemos perder de vista o propósito do serviço de comunhão. Logo, Cristo
jamais disse aos seus discípulos que oferecessem novamente o seu corpo, mas falou duas
vezes para eles o realizarem em sua memória (1 Co.11:24-25). Nós honramos Cristo
fazendo sempre o que ele manda.
Respaldado nas Escrituras, estou pronto para examinar a forte evidência de Hebreus
10:10-18. Encorajo você a estudar os capítulos que antecedem este, não apenas para ver
que não estou usando versos fora do contexto, para ajudar o sentido, mas porque os
capítulos 7 e 9 tratam também deste assunto.
Hebreus 10:10 nos afirma categoricamente que: E graças a esta vontade é que
somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.
(Veja também, na sua Bíblia, Romanos 6:9-10). Está claro neste verso que não há
necessidade nem possibilidade de se fazer outro sacrifício, porque ele diz que o corpo de
Cristo foi oferecido de uma vez por todas. O assunto, porém, não termina aqui, mas vai ser
esclarecido com maior detalhe e clareza em Hebreus 10:11-12 Todo sacerdote se
apresenta a cada dia, para realizar as suas funções e oferecer com freqüência os mesmos
sacrifícios, que são incapazes de eliminar os pecados. Ele, ao contrário, depois de ter
oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. Aqui
Jesus é contrastado com os sacerdotes hebreus que ofereciam sacrifícios repetidos. Qual a
diferença entre eles e Jesus? É que Jesus não está oferecendo sempre e sempre aqueles
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mesmos sacrifícios, pois já ofereceu um sacrifício que foi suficiente. Quando ele morreu na
cruz, falou: Está consumado! (João 19:30). Como é que a renovação diária do seu sacrifício
na Missa encara estes versos todos? A Missa é uma contradição destas passagens.
A última parte de Hebreus - verso 12 - nos diz que Jesus depois de ter oferecido um
sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. Isso está
totalmente de acordo com Atos 1:9, quando a Bíblia diz que Jesus foi elevado à vista deles,
e uma nuvem o ocultou a seus olhos. depois de ter oferecido um sacrifício único pelos
pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. Onde está Cristo agora? Ele subiu ao
céu, onde, conforme diz esta passagem de Hebreus, assentou-se para sempre à destra do
Pai. Para sempre significa que ele ainda lá está. (Leia Atos 3:21).
Muitos Católicos pensam que o corpo de Cristo está na hóstia consagrada, no
tabernáculo principal de cada igreja Católica Romana, e então se ajoelham diante dela,
quando por ali passam. Se isso fosse verdade o sacrifício de Cristo poderia ser repetido,
porém as Escrituras declaram textualmente que o sacrifício por ele oferecido uma única vez
foi suficiente para a nossa completa salvação e que seu corpo agora está no céu.
Recebemos o pão e o vinho apenas em sua memória (1 Co.11:24-25).
Do que nos lembramos é do seu sacrifício suficiente. Ajoelhar-se diante da hóstia é
idolatria, porque ela é pão e não Jesus Cristo. E mais: se acharmos que a hóstia é Cristo,
ficaremos confusos e prontos a perder o significado da comunhão, deixando de fazê-lo em
sua memória.
A doutrina Católica da renovação do sacrifício de Cristo tem deixado muitos fora do
céu, porque ela diz que o sacrifício de Cristo foi insuficiente. Se não, por que deveria ser
repetido tantas vezes?
Essa idéia de que o sacrifício de Cristo não foi suficiente é então usada para nos
levar a crer que a pessoa que morre deve ainda sofrer no Purgatório, a fim de pagar pelos
seus pecados, até que Cristo seja oferecido tantas vezes quantas necessárias para liquidar
tal dívida. Mas a passagem de Hebreus 10 não deixa dúvida alguma sobre isto e ainda
afirma no verso 14: Com esta única oferenda, levou à perfeição, e para sempre os que ele
santifica.
Em Hebreus 10:17-18 outra promessa importante é adicionada: Não me lembrarei
dos seus pecados, nem das suas iniqüidades. Ora, onde existe remissão dos pecados já
não se faz oferenda por eles. O sacrifício perfeito de Cristo já resolveu tão completamente
este assunto, que Deus pode perdoar e esquecer os nossos pecados. Então, onde fica o
Purgatório? Ele não é mencionado na Bíblia. Ela ensina que quando confiamos nossa
salvação a Jesus Cristo, Deus perdoa e esquece tudo... Aqueles que tentam alcançar o céu
através de outro caminho vão cair no inferno. A Bíblia não apresenta meio termo.
Esta maravilhosa verdade clama por ação. Por que você não pára por um momento
e agradece a Deus o sacrifício único de Cristo, que foi suficiente? Confie nele para salvá-lo
e creia na promessa de que Deus realmente vai perdoá-lo e esquecer todos os seus
pecados. E uma vez perdoados, já não há necessidade de oferta...
Capítulo 2
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De Onde Vêm as Diferenças entre Católicos e Protestantes ?
Através dos séculos a Bíblia tem sido odiada e destruída como nenhum outro livro
jamais o foi. Provavelmente mais cópias da Bíblia foram queimadas do que as de todos os
outros livros juntos. Mesmo assim, hoje muitas pessoas a lêem e muitas pessoas a
possuem e ela é traduzida em muitas línguas e publicada em muitas cópias, mais do que
qualquer outro livro.
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Não apenas milhões de pessoas lêem este livro hoje, mas milhões de outros no passado
deram suas vidas para tornar conhecida a sua mensagem. Por que?
●Porque ela tem transformado vidas cheias de pecados em vidas boas e dignas.
Através da sua influência elas vieram a conhecer Deus e servir de ajuda aos que
estavam ao seu redor.
●Porque ela é inspirada por Deus: Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para
instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de
Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra (2 Tm. 3:16). E para dizer mais, ela
oferece evidência convincente de ser realmente inspirada por Deus. Por exemplo,
muitas de suas profecias já foram cumpridas. A doutrina Católica também afirma que
este livro é inspirado por Deus.
●A Bíblia contém tudo que é necessário para levar um cristão à perfeição. O verso
acima mencionado continua: A fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra (v.17). Não precisamos adicionar coisa
alguma da Tradição para levar o cristão a este completo estado de perfeição.
●Porque, como afirma o Apóstolo Pedro, em sua segunda Carta, a Bíblia é mais
confiável do que aquilo que ele havia visto com seus olhos, ouvido com seus ouvidos,
porque foi escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo (1 Pedro 1:16-21). Parece
óbvio que a Bíblia é mais confiável do que aquilo que o próprio Pedro havia visto e
ouvido e que ela merece mais confiança do que a Tradição que a contradiz.
Alguns interpretam mal esta parte da Escritura e dizem que só a Igreja Católica
Romana é capaz de interpretar a Bíblia. A passagem, entretanto, fala da direção de Deus
aos homens que escreveram a Bíblia e não diz que somente alguns possam interpretá-la. O
Apóstolo Paulo louvou os crentes de Beréia, por examinarem eles próprios as Escrituras
para ver se o que ele estava lhes ensinando era realmente escriturístico: Ora, estes eram
mais nobres que os de Tessalônica. Pois acolheram a palavra com toda a prontidão,
perscrutando cada dia as Escrituras para ver se as coisas eram mesmo assim (Atos 17:11).
Se eles fizeram bem em testar os ensinos do Apóstolo Paulo, comparando-os com os das
Escrituras, que eles já haviam lido, quanto mais nós deveremos aplicar o mesmo teste às
Tradições das Igrejas de hoje?
O Novo Testamento fala muito sobre as Tradições e as condena, quando elas vão de
encontro à Palavra de Deus. Jesus disse: Abandonais o mandamento de Deus, apegando-
vos à tradição dos homens.. Assim invalidais a palavra de Deus pela tradição que
transmitistes. (Marcos 7:8 e 13). Ver também Mateus 15:2-6; Colossenses 2:8; 1
Tessalonicenses 2:13; Gálatas 1:14.
Alguns, desejando justificar a autoridade da Igreja Católica sobre as Escrituras,
relembram que a Bíblia não contém tudo que Jesus e os Apóstolos ensinaram. Isso é
realmente certo. E a Bíblia afirma isto. Este fato, contudo, não nos dá autorização para
aceitar as muitas doutrinas Católicas que são explicitamente contrárias aos ensinos das
Escrituras (Apocalipse 22:18-19; Marcos 7:3-13). A Bíblia contém tudo de que
necessitamos para ser levados à fé em Cristo e nos ajuda a crescer na fé (João 20:30-31; 2
Timóteo 3:16-17).
A grande maioria das diferenças entre os crentes bíblicos Protestantes e a Igreja
Católica Romana não provém das interpretações diferentes da Bíblia, ou de Bíblias
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diferentes, mas do caso de quem é a autoridade final. A Bíblia deve ser interpretada à
luz da própria Bíblia e não dobrada e colocada à parte a fim de honrar pronunciamentos de
Papas, concílios ou tradições (2 Tessalonicenses 2:15; 3:6).
Capítulo 3
Se alguém chega hoje a você e pergunta: “Como posso ser salvo? Quero ir para o
céu e não para o inferno. Que preciso fazer?” O que lhe diria você?
Fiz esta pergunta a milhares de Católicos Romanos e também estou fazendo-a a
você. Quase todos dão substancialmente a mesma resposta. É a mesma resposta que eu,
como Protestante, dava, antes da minha salvação, quando ainda não conhecia a resposta
que Deus dá na Bíblia. Esta resposta poderia ser reduzida: seja bom, não peque, ande
na Lei de Deus.
A Bíblia nos ensina exatamente o contrário do que aquilo em que a maioria de todos
nós acreditava. Ela nos ensina que somos todos pecadores e não merecemos salvação:
Todos pecaram...Não há quem faça o bem, não há um sequer...(Romanos 3:23 e 12).
Estamos todos incluídos. A Bíblia diz que não somos bastante bons para salvar nossas
almas: Maldito todo aquele que não se atém as todas as prescrições que estão no livro da
lei, para serem praticadas (Gálatas 3:10). Deus pede que permaneçamos em tudo, não
apenas que sejamos melhores que os outros - permanecer em tudo! Alguns de nós
abdicam mais do que os outros, mas ninguém é perfeito. Mesmo assim ninguém
permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei. Deus ainda nos ama e em seu amor
Ele nos oferece as boas novas do Evangelho. Isto é, que apesar do que merecemos, Ele
tem tido misericórdia de nós e enviou seu Filho a fim de pagar pelos nossos pecados.
Algumas vezes um criminoso culpado e condenado, esperando pela execução,
recebe o indulto do Governador. Deus fez isto por nós: Porque o salário do pecado é a
morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor... Pois Deus amou
tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna (Romanos 6:23; João 3:16).
Deus explica que não podemos nos salvar por nós mesmos, mas a salvação é o seu
presente para todos nós, pecadores. “Pois pela graça sois salvos por meio da fé, e isso
não vem de vós, é o dom de Deus: não vem de obras, para que ninguém se encha de
orgulho” (Efésios 2:8-9).
Veja como a Bíblia contradiz textualmente a crença de tantas pessoas de que se
trabalharem arduamente serão capazes de se salvar, guardando a Lei de Deus: Sabendo
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entretanto que o homem não se justifica pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo,
nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não
pelas obras da Lei, porque pelas obras da Lei ninguém será justificado (Gálatas 2:16). E
outra vez, o justo viverá pela fé (Gálatas 3:10-11). (Veja também Gálatas 3:12-13; 5:4;
Romanos 3:20).
O criminoso ao qual o perdão é oferecido não o recebe porque é melhor do que os
demais criminosos. Ele é culpado e está condenado. Mas ele confiou em que aquele pedaço
de papel o libertaria. Confiou nele e saiu andando como um homem livre. Em Jesus Cristo
Deus oferece seu perdão aos pecadores que não o merecem. O que você vai fazer com
ele?
A Bíblia diz que se fosse possível nós recebermos a salvação guardando a Lei de
Deus não haveria razão alguma para Cristo ter morrido por nós (Gálatas 2:21).
A Bíblia tanto explica porque não merecemos salvação como o que Cristo fez neste
sentido. Ele morreu em nosso lugar e tomou sobre ele o nosso castigo. Todos pecaram e
todos estão privados da glória de Deus – e são justificados gratuitamente por sua graça,
em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus: Deus o expôs como instrumento de
propiciação por seu próprio sangue, mediante a fé ... Porquanto nós sustentamos que o
homem é justificado pela fé sem as obras da Lei (Romanos 3:23-28). Esta passagem
também explica quem será justificado: aquele que crê em Jesus.
Deus afirma que todos pecaram. Aceite sua palavra. Não tente convencê-lo de que
você é uma exceção. Arrependa-se de seus pecados, porque Cristo morreu na cruz, a fim
de pagar a penalidade deles; não apenas pelo pecado original de Adão, mas por todos os
pecados. O Apóstolo João escreveu: ... E o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo
pecado (1 João 1:7). Aceite o perdão que Ele lhe oferece!
Em Roma, quando morre um Papa, grandes cartazes são colocados nos muros da
cidade, pedindo que as pessoas orem pela sua alma, porque a Igreja Católica crê que ele
está sofrendo no Purgatório. Francamente... O Catolicismo não pode salvar nem mesmo os
seus próprios Papas?! Se você está confiando neste sistema religioso para sua salvação, só
deve esperar por uma destas duas coisas:
●A Bíblia está errada em dizer como uma pessoa é salva.
●Que você é um Católico melhor do que os Papas.
Encaremos a verdade: a Bíblia não pode estar errada e provavelmente você não é
um Católico melhor do que os Papas. Mas temos a maravilhosa notícia de que Deus nos
oferece salvação através de seu Filho para todos os pecadores que não a merecem.
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A salvação, como já vimos antes, é um dom gratuito de Deus para nós. Tudo o que
temos de fazer para receber este presente é aceitá-lo (Efésios 2:8-9). Aceitar o presente de
Deus para a salvação significa aceitar o seu Filho porque: Deus nos deu a vida eterna; e
esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem
a vida (1 João 5:11-12).
Aceitar Cristo significa que você tem de parar de acreditar que pode se salvar
através do Batismo, sendo bom o suficiente e depois sofrendo no Purgatório. Ponha sua fé
num fundamento mais sólido. Confie somente em Cristo para ser salvo. Peça-lhe para
entrar em sua vida e purificá-la como Ele deseja fazer. E quando ele o fizer, Deus não mais
o verá com seus pecados, mas através da bondade de Cristo. João, o Apóstolo que Jesus
mais amava, escreveu: Mas a todos que o receberam, deu o poder de se tornarem filhos
de Deus (João 1:12). O Apóstolo Paulo experimentou isso em sua própria vida: Tendo sido,
pois, justificados pela a fé, estamos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por
quem tivemos acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes (Romanos 5:1-2).
Em minha própria experiência, quando descobri que Deus estava me pedindo para
confiar na salvação que Cristo me oferecia, tive uma luta real. Ele estava me pedindo para
desistir daquilo com que eu contava para minha salvação: minha bondade e meus próprios
méritos. Um artista adaptou este sentimento com o quadro de uma criança que largou o
brinquedo para sair correndo atrás de um belo pássaro que estava voando em direção à
terra para pousar em sua mão.
Eu não era o que se pode chamar de um pecador muito mau, quando entendi que
Deus estava me oferecendo salvação através de Cristo. Quando examinava minha vida a
coisa que mais me aborrecia era que eu usava um vocabulário sujo, que sabia não agradar
a Deus. Achava que se pudesse abandoná-lo, eu já seria digno de receber a salvação.
Tinha ainda outra motivação para me limpar deste pecado. Era estudante
universitário nessa época e desejava muito dar uma boa impressão às garotas, mas ficava
sempre embaraçado com o meu linguajar sujo, que aflorava nos momentos mais
inoportunos.
Até certo ponto pedi ajuda a um amigo. Cada vez que ele me ouvisse dizer um
palavrão eu lhe pagaria uma multa. Em pouco tempo ele havia acumulado uma boa soma
de dinheiro, o qual nós gastamos numa noite, fora da cidade. Mas não funcionou. Eu não
conseguia controlar nem mesmo aquele único pecado, imagine os pecados de todos os
pecadores! Se eu fosse um ladrão teria mais dinheiro. Pecado sexual me teria dado
momentos de prazer. Mas o meu linguajar sujo nada me oferecia em troca e eu não
conseguia me livrar daquele mau hábito. Quando constatei isso, abandonei qualquer
esperança de ser bastante bom para me salvar e acreditei em Deus. Foi um momento de
humilhação e uma decisão muito difícil. Encarei o fato de que estivera errado por 18 anos e
pedi a Cristo para entrar em meu coração e me purificar.
As lágrimas de alívio no final dessa luta interior ainda me escorriam pela face,
quando saí como um novo homem, salvo pela graça, não pelas obras, e arrolado no livro
do céu. Cristo vivendo em mim logo purificou meu vocabulário e tem purificado tudo o
mais, desde então.
Vi a mesma coisa acontecer a todos os filhos de pecadores, a drogados que
roubavam o último centavo de sua própria mãe para comprar drogas. Deixar Cristo limpar
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uma vida, depois que Ele salva uma alma, nem sempre é fácil. Levamos tempo lendo sua
Palavra para deixá-la persuadir-nos, mas Deus envia seu Santo Espírito para habitar em
nós, quando recebemos seu Filho e somos purificados pelo seu poder e não pelo nosso
próprio. Esse é o segredo.
Você também pode ser salvo hoje por um simples e sincero ato de fé. Jesus disse:
Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vem a mim eu não o rejeitarei (João
6:37). Quer parar e vir a Jesus agora mesmo para resolver este assunto? Você não vai ser
rejeitado. Se você precisar, leia novamente tudo o que você não entendeu, mas não
desista de sua decisão. Nada mais que você possa fazer com sua vida terá maior
importância, se depois você for para o inferno. Então, por que não confessa seus pecados
agora mesmo ao próprio Deus? Se o fizer, creia que Jesus Cristo já pagou por todos eles.
Depois, sugiro que você lhe agradeça. Mostre-lhe como você se importa, dedicando
tempo à leitura da sua Palavra, a Bíblia, cada dia, a fim de ter uma relação de amizade
com ele e descobrir o que Ele realmente deseja fazer de sua vida. Cristo é o seu Senhor e
Mestre, tanto como seu Salvador. Ele deseja guiá-lo em tudo o que você fizer em sua vida.
Assim como Deus o ajudará a encontrar companheirismo com os outros Cristãos em
um grupo que realmente crê e segue a sua Palavra, Ele também vai ajudá-lo a trazer seus
amigos e parentes para Ele.
Capítulo 4
Para os Católicos o problema não parece tão importante como realmente é. Com o
seu centro na Itália a atitude relativa a imagens é o critério que muitos usam para
distinguir os Católicos dos Protestantes. Eles vão dizer: “Ah, você é Evangélico. Você é
daqueles que não acreditam nos santos, não é?”
O dogma Católico declara: “É permitido e proveitoso venerar as imagens dos
santos”. Essas imagens dos santos que elas representam são extremamente importantes
para os países Católicos Romanos. E também nos países onde o Catolicismo não é maioria.
Multidões de pessoas que quase nunca entram pela porta de uma igreja consideram-se
Católicas devotas simplesmente porque são devotas de uma ou mais imagens Católicas.
Talvez o fato mais importante que distingue os crentes bíblicos Protestantes de seus
vizinhos Católicos seja a insistência Protestante de que cada indivíduo conhece Deus
pessoalmente. De fato, a maior razão pela qual Cristo veio à terra, morreu e ressuscitou,
foi anular os pecados que nos separavam de Deus a fim de que pudéssemos conhecê-lo de
uma maneira pessoal. A Bíblia ensina que todo indivíduo deveria ter um relacionamento
direto com Deus; não um relacionamento a longa distância, através de uma imagem do
santo que a imagem representa. Um dos maiores temas da Bíblia, do seu início em
Gênesis, até o livro de Apocalipse é o ódio de Deus às imagens. A razão é que elas
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separam os homens de um contato direto com Ele, fornecendo-lhes alguém a quem oram e
em quem confiam.
A maioria dos Católicos fica deveras surpresa quando descobre que um dos
Mandamentos proíbe o uso de imagens. Vou mostrar o segundo Mandamento, não de
qualquer publicação Protestante, mas da Bíblia de Jerusalém (Edições Paulinas): Não farás
para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus,
ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses
deuses e não os servirás, porque eu, Iahweh teu Deus sou um Deus ciumento, que puno
a iniqüidade dos pais sobre os filhos, até à terceira e quarta geração dos que me odeiam,
mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e
guardam os meus mandamentos (Êxodo 20: 4-6).
Enquanto a Igreja Católica ensina regularmente os Dez Mandamentos, em seu
Catecismo ela elimina terminantemente o mandamento acima mencionado. Apesar disso,
ele se mostra em qualquer Bíblia, quer seja impressa numa gráfica Católica ou numa
Protestante. Se você tem uma Bíblia, não quer dar uma olhada agora?
Se você tem um Catecismo Católico Romano, por que não o abre também? Você
não vai notar imediatamente que o Mandamento contra a fabricação de imagens e o ato de
se ajoelhar diante delas foi eliminado, porque ainda lá estão os Dez Mandamentos. Mas se
você ler os três primeiros Mandamentos, tanto na Bíblia, como no Catecismo, você vai
notar que o segundo Mandamento, o mais extenso de todos, foi deixado fora da versão do
Catecismo. A omissão foi escondida dividindo-se o décimo Mandamento em dois. Aqui está
como se lê o décimo Mandamento na Bíblia Católica: Não cobiçarás a casa do teu próximo,
não desejarás a sua mulher, nem o seu escravo, nem a sua escrava, nem o seu boi, nem o
seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo (Êxodo 20:17). No Catecismo,
a parte que diz: Não desejarás a mulher do teu próximo virou o nono Mandamento e o
resto ficou sendo o décimo. Estes Mandamentos são novamente repetidos em
Deuteronômio 5. Nesta segunda passagem não fica tão evidente que o último Mandamento
foi dividido em dois, a fim de camuflar a falta do segundo. Provavelmente é por isso que a
Igreja Católica usa a especificação dos Dez Mandamentos de Deuteronômio, em vez da
original entrega dos mandamentos em Êxodo.
O fato de que o segundo Mandamento foi solapado e a omissão camuflada mostra
que não se trata de uma interpretação diferente da maneira como os outros acham. Se
eles não tivessem entendido que o segundo Mandamento condena imagens, por que iriam
removê-lo do Catecismo e de outros ensinos Católicos populares?
Fotografias
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tipo de imagens são condenadas. Imagens daqueles que o povo venera e adora: Não
fareis ídolos, não levantareis imagem ou estela e não colocareis na vossa terra pedras
trabalhadas para vos inclinardes diante delas, pois eu sou Yahweh vosso Deus (Levítico
26:1). Note que aqui, como em Êxodo, fala-se do propósito do uso de imagens para
adoração e a mesma palavra hebraica é traduzida por ajoelhar-se. Este propósito não
excluiria fotos normais de seus amigos e familiares? Uma exceção óbvia é a prática de
dirigir orações a fotos de parentes mortos.
Imagens Pagãs
Outros tentam evitar o claro ensino de Deus, declarando de maneira autoritária que
Ele está se referindo apenas a imagens pagãs e não a imagens “cristãs”. Entretanto,
notamos que:
●Moisés falando aos Hebreus, povo escolhido por Deus, e não a pagãos, disse-lhes
que o Senhor não se tinha mostrado a eles, quando lhes tinha dado os Dez
Mandamentos, por uma razão específica. Para que o povo de Deus não fizesse imagens
dele próprio: ...uma vez que nenhuma forma vistes no dia em que Yahweh vos falou no
Horeb, do meio do fogo, não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida
em forma de ídolo, uma figura de homem ou de mulher... (Deuteronômio 4:15-16. Leia
ainda os versos 17-29). O que foi proibido aqui não foi uma imagem pagã, mas
qualquer imagem que o povo escolhido de Deus pudesse fazer do próprio Deus, ou de
homem ou de mulher.
●Deus louvou ao Rei dos Judeus, Ezequias, por ter destruído a serpente de bronze,
que havia sido feita previamente por seu expresso mandamento, e a qual seu povo,
depois de um certo período de tempo, começou a venerar. A Bíblia diz que ele fez o
que agrada aos olhos de Yahweh, imitando tudo o que fizera Davi, seu pai. Foi ele que
aboliu os lugares altos, quebrou as estelas, derrubou os postes sagrados, reduziu a
pedaços a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois os filhos de Israel até então
ofereciam-lhe incenso; chamavam-na Noestã (2 Reis 18:3-4).Imagens São Proibidas
no Novo Testamento
36
História da Idolatria na Igreja
A Igreja dos primeiros séculos não usava imagens (com exceção do símbolo do
peixe, usado como logotipo e não como ídolo). As imagens entraram primeiro na Igreja
para uso ornamental, no final do século III. Em 400 d.C., elas também eram usadas com
propósitos instrutivos e só nos séculos seguintes essas imagens foram consideradas
sagradas. Foram então aceitas para veneração pela Igreja Católica Romana no Concílio de
Nicéia, em 787 d.C. e no de Trento, em 1.562 d.C.
De acordo com a Tradição Católica, quando uma pessoa ora ou adora uma imagem
de santo ela está venerando o próprio santo, não a imagem. Esta explicação, embora
convincente quanto pareça, não justifica a oração a uma imagem, porque Deus nô-la
proíbe. Este fato tem sido entendido por muitas pessoas importantes na Igreja Católica.
Sob a mudança feita pelo Papa João XXIII, muitas imagens foram retiradas das Igrejas.
Este Papa e outros que o seguiram também tentaram cortar outras práticas idolátricas da
Igreja, como carregar imagens em procissões.
Imagens de Quem?
Na maioria dos casos as imagens veneradas não são realmente imagens de santos,
visto como não existiam câmeras fotográficas no seu tempo de vida, nem muitos deles
posaram para pintores. A conseqüência óbvia é que muitas vezes as imagens são
realmente dos modelos que posaram para os pintores. Muitos artistas criavam tanto artes
religiosas como não religiosas com os mesmos modelos para ambas. Algumas vezes os
modelos eram pessoas muito religiosas e também não religiosas. Em outras ocasiões os
quadros mentais dos artistas é que determinavam como seria a aparência do santo. Isso é
óbvio, quando se recorda a aparência pálida de algumas Madonas e em seguida a
aparência das Madonas negras.
Uma senhora aprendeu que a imagem para quem o povo estava orando não era
imagem de santo. Ao passear com o seu cachorro, ela passou pelo Atelier de um escultor.
O artista correu, parou-a e lhe perguntou se podia cortar um pedaço da cauda do seu
cachorro para fazer as sobrancelhas de um santo que ele estava esculpindo. Ela deu-lhe de
boa vontade os pelos de que ele precisava. Enquanto ia andando, ela constatou que
“estava indo ajoelhar-se diante dos pelos do rabo do seu cachorro”. Foi aí que ela parou
definitivamente com a sua idolatria.
O fato de que muitas passagens da Bíblia tratam de imagens torna óbvio que na
opinião de Deus esta é uma parte importante. Já frisei muitas passagens do Novo
Testamento, enquanto o assunto é vastíssimo no Velho Testamento, o que não dá para
enumerar todas as passagens e dentre elas as mais importantes são as seguintes, e lendo-
as podemos ver o que Deus pensa a respeito das imagens: Êxodo 23:24; 34:13; Levítico
19:4; 26:30; Números 33:52; Deuteronômio 5:8-9; 9:12-17; 16:21; 27:15; 1 Reis 14:9, 22-
36
23; Salmos 78:58; 97:7; 106:19-20; 115:4-9; 135:15-18; Isaías 10:10-11; 30:22; 31:6-7;
42:8-17; 44:8-20; 45:20; 46:6-7; Jeremias 10: 3-16; Ezequiel 16:17-21; 30:13;
Daniel 3:1-18; Oséias 11:2; 13:2-4; Miquéias 1:7; 5:12-13; Habacuque 2:18-20.
Neste ponto alguém poderia sugerir que, uma vez que é proibido orar às imagens,
talvez fosse permitido orar aos próprios santos, que talvez sirvam de mediadores entre nós
e Deus. Jesus, entretanto, afirma que ninguém pode chegar ao Pai senão através dele
(João 14:6) e 1 Timóteo 2:5 é mais específica ainda, quando afirma: Pois há um só Deus e
um só Mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate
por todos. Cristo é o nosso mediador porque é ele quem nos põe em contato com Deus.
Ele pagou tudo que Deus exigiu pelos nossos pecados, a fim de que nós, pecadores,
possamos orar assim: Pai Nosso que estás no céu...
Por que iria Deus nos dizer que Cristo é o único Mediador se fosse mentira e
houvesse outros mediadores?
Um padre atreveu-se a discutir este verso comigo, numa entrevista na TV. Tentando
fazer um grande sofisma neste verso, a fim de permitir aos Católicos orar aos santos, ele
declarou: “Não é que estes santos possam responder imediatamente, mas eles pedem a
Jesus, que por sua vez pede a Deus Pai, o qual responde a oração”. Conhecendo, porém, a
doutrina Católica, perguntei: “os santos são oniscientes e onipresentes, de modo a
entender milhões de suplicantes no mundo inteiro, em todos os lugares e ao mesmo
tempo?” Claro que ele teve de responder que só Deus é Onisciente e Onipresente e que os
santos não podem ouvir nem entender todos aqueles suplicantes. Ao ver a implicação do
que havia falado, tentou recuperar o dano, dizendo: “Deus Pai ouve as orações e dá aos
santos o que eles pedem”.
Lembre-se de que só Deus pode estar em toda parte, ao mesmo tempo, a fim de
ouvir os milhares de orações vindas de todas as partes do mundo, ao mesmo tempo. Você
pode encontrar uma razão melhor para não orar diretamente a Ele em primeiro lugar?
Deus nos ama e quer ser nosso amigo e nosso Pai. Ele quer que oremos
diretamente a Ele, para termos comunhão com Ele, para honrá-lo e louvá-lo. Ele se sente
menosprezado quando veneramos alguém ou alguma coisa que não seja Ele. A Bíblia nos
diz que Ele é ciumento do nosso amor, e ajuda-nos a entender isso, ao dar-nos a ilustração
de um marido que não quer que sua esposa saia com outros homens. O que estamos
dizendo a Deus, quando voltamo-lhe nossas costas e oramos aos santos? É uma grande
ofensa achar que Ele não é tão bondoso, atencioso e compassivo como os santos são.
Examinemos o exemplo, o qual literalmente centenas de italianos têm usado para
mostrar-me porque deveria eu orar aos santos. Eles dizem: “Se você desejasse um
emprego em certa fábrica, e seu tio fosse amigo do proprietário, você não iria diretamente
à fábrica, mas pediria ao seu tio para falar com o proprietário em seu lugar”. Nesta
ilustração, o tio representa o santo e o proprietário da fábrica é Deus. A ilustração mostra
que o santo, representado pelo tio, conhece e ama você, enquanto Deus, que é o dono da
fábrica não o faz. A verdade é que Deus nos conhece e nos ama e pede que vamos
diretamente a Ele em o Nome de Jesus, o único Mediador.
36
A Bíblia nunca afirma que santo algum, vivo ou morto, simpatize mais conosco do
que Deus o faz, e nem sequer menciona a possibilidade de alguém orar para ou através
dos santos. Ela contudo fala de Cristo: Com efeito, não temos um sumo sacerdote incapaz
de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo foi ele provado em tudo como
nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com segurança, do trono da graça
para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça como ajuda oportuna (Hebreus 4:15-
16). Leia também Efésios 3:12. Ele sabe e se importa!
O próprio Cristo nos diz a quem devemos orar em Mateus 7:7-11, que começa assim
Pedi e vos será dado... e termina assim Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe
pedem. A passagem de João 15:16 acrescenta que devemos sempre suplicar ao Pai em o
Nome de Jesus: Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos
designei para irdes e produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que
tudo quanto pedirdes ao Pai em meu Nome, ele vos dê. Um estudo sobre orações
na Bíblia lhe mostrará que tudo deve ser dirigido a Deus Pai, através de Jesus Cristo, e não
aos santos que já morreram.
O que já falei vai levá-lo a declarar: “Os Protestantes não acreditam nos santos”.
Realmente nós não acreditamos nos santos. Contudo cremos no que a Bíblia fala sobre
eles, o que é bem diferente do que a Tradição Católica ensina. Tanto cremos neles que
desejamos obedecer os Mandamentos que Deus os inspirou a escrever na Bíblia. Dentre
outras coisas eles nos ensinaram que devemos orar a Deus e não aos santos ou imagens.
Os santos que foram realmente santos nos servem de exemplo. A Bíblia chama todos os
que são santificados através da fé no Senhor Jesus Cristo de santos, palavra que no Novo
Testamento refere-se aos crentes como um grupo, sem distinguir uma pessoa como mais
santa do que outra por ter feito milagres ou vivido uma vida mais pura.
Na Bíblia o termo santos é usado para descrever pessoas que ainda estavam vivas.
Os escritos de Paulo na Bíblia usam a palavra muitas vezes. Examinemos como ele a usa:
...aos santos e fiéis em Cristo Jesus (Efésios 1:1). Ver também Efésios 1:15, 18; 2:19;
3:8,18; 4:12; 5:3 e 6:18. Ver também: Romanos 1:7; Atos 9:13, 32; 26:10. Isso deixa bem
claro que a palavra santo era consistentemente usada no plural para referir-se aos grupos
de cristãos normais.
Os crentes da Igreja de Corinto eram santos (1 Co 1:2; 6:11; 14:34). Embora eles
ainda possuíssem graves defeitos e pecados e Paulo não pudesse falar-lhes como a cristãos
espirituais, mas a carnais (1 Co 1:11; 3:1; 6:5-8; 11:22).
36
●Deus não nos dá exemplo algum na Bíblia de pessoas que tenham orado aos santos
ou os tenham venerado, e nem dá indicação alguma no sentido de que Ele deseja que
o façamos.
●A Escritura ainda diz: Adorarás ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto (Lucas
4:8).
●Na Bíblia encontramos ilustrações, tanto de homens como de anjos, recusando
permitir que pessoas se ajoelhassem diante deles, e até ensinando que tal coisa não
deveria ser feita: Quando Pedro estava para entrar, Cornélio saiu-lhe ao encontro e
prostrou-se aos pés, adorando-o. Mas Pedro reergueu-o, dizendo: “Levanta-te, pois eu
também sou apenas um homem (Atos 10:25-26). Leia ainda Atos 14:13-15 e
Apocalipse 22:8-9.
●O Apóstolo Paulo, um dos santos, explicou aos Filipenses que ele só poderia lhes
ser de ajuda enquanto vivo (Filipenses 1:23-26).
Para responder o argumento de que os santos respondem as orações com milagres,
devemos responder com a observação de que manifestações espirituais (incluindo
milagres) podem vir de duas procedências diferentes: Deus ou o Diabo e seus demônios. O
Mandamento de Deus é que não devemos fazer imagens. Quando os milagres parecem
feitos pelos santos e convencem mais pessoas a tomar parte nas práticas idolátricas de
orar a outrem que não a Deus, tais milagres dificilmente podem provir de Deus.
Além do mais, existe um grande número de santos que foram cassados pela Igreja
Católica porque em seus estudos históricos foi verificado que os tais santos jamais
existiram. Santa Filomena, por exemplo, supunha-se ter curado miraculosamente o Papa
Pio X. Todavia, mais recentemente esta santa foi cassada por outro Papa em sua comissão
de investigação como sendo pura fábula. Apesar do fato da posição oficial da Igreja de que
a tal santa jamais tenha existido, aqueles que lhe são fiéis garantem que ela ainda
continua operando milagres.
Você também pode tornar-se um santo se vier pela fé até Jesus Cristo, que disse:
Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João
14:6). Não é uma declaração oficial da Igreja que torna uma pessoa santa, nem é isso
alcançado através de uma vida sem pecado ou por fazer milagres. Deus faz santos os que
já foram pecadores: E graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do
corpo de Jesus Cristo realizada uma vez por todas (Hebreus 10:10). Leia ainda Atos 26:18.
Confie somente em Jesus Cristo para atirar bem longe todos os seus pecados, e você
também se tornará um dos santos.
36
Capítulo 5
A Bíblia torna claro tanto no Velho como no Novo Testamento que o casamento não
é proibido para aqueles que desejam agradar a Deus, mesmo para os que desejam servi-lo
em tempo integral. O Novo Testamento deixa isso claro quando faz exigências para os
oficiais da igreja: Porém que o epíscopo seja irrepreensível, esposo de uma única
mulher ... que ele saiba governar bem a sua própria casa, mantendo os filhos na
submissão com toda dignidade (1Timóteo 3:2-4). Também as mesmas regras são aplicadas
aos diáconos, conforme o verso 12. Os sacerdotes do Velho Testamento também eram
livres para casar e geralmente eram casados, bem como os líderes das Igrejas do Novo
Testamento.
Enquanto isso, a Bíblia condena severamente as relações sexuais entre pessoas não
casadas. Deus diz que o contato sexual entre os casados não é pecado. De preferência Ele
ordena que cada pessoa no casamento se dê uma à outra. Passemos aos pontos sobre os
quais me escrevestes. É bom ao homem não tocar em mulher. Todavia, para evitar a
fornicação, tenha cada homem a sua mulher e cada mulher o seu marido. O marido
cumpra o dever conjugal para com a esposa; E a mulher faça o mesmo em relação ao
marido. A mulher não dispõe do seu corpo; mas é o marido quem dispõe. Do mesmo
modo, o marido não dispõe do seu corpo; mas é a mulher quem dispõe. Não vos recuseis
um ao outro, a não ser de comum acordo e por algum tempo, para que vos entregueis à
oração; depois disso voltai a unir-vos... (1 Coríntios 7: 1-5). Esta passagem torna claro que
a falta de desejo no momento, ou mesmo o sentimento de que o sexo é pecado, não é
razão suficiente para uma pessoa casada privar-se de seu marido ou de sua esposa. Deus
quer que os casados fiquem satisfeitos no lar, a fim de se fortificarem contra as tentações
lá fora.
Em Efésios 5:22-23 Deus escolheu a relação entre marido e mulher como exemplo
de sua relação com os crentes. Ele disse: As mulheres estejam sujeitas aos seus maridos,
como ao Senhor, porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da igreja, e
o salvador do corpo. A passagem continua ordenando aos maridos que amem suas esposas
e as tratem com doçura tão bem como tratam a si mesmos. Devemos ser submissos a
Cristo como a esposa é submissa ao seu marido, e ele quer ter conosco o mesmo cuidado
que o marido tem pela esposa. O uso desta comparação mostra que Deus aprova o
casamento.
É verdade que uma pessoa solteira está mais livre para o serviço de Deus, e a Bíblia
diz isso claramente, mas o contrabalança com o ensino da 1 Coríntios 7:9: Mas, se não
podem guardar a continência, casem-se pois é melhor casar-se do que ficar abrasado.
Assim, enquanto ficar solteiro é o melhor caminho para algumas pessoas servirem a Deus,
não é o melhor para todas. Eis a razão por que Deus permite a cada um casar ou não,
conforme o seu próprio caso.
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A Igreja Católica afirma que Pedro foi o primeiro Bispo de Roma e o primeiro Papa,
embora ele fosse obviamente casado, conforme vemos em Mateus 8:14 e 1 Coríntios 9:5.
Uma vez que a Bíblia não exige o celibato para os líderes da Igreja e a Igreja Primitiva não
o praticava, ele não é obviamente um mandamento de Deus para todos os que desejam
servi-lo em tempo integral. Ele foi imposto aos padres Católicos Romanos por certos
Sínodos (Elvira, Orange, Artles, Agde, Toledo) e pelo Concílio Laterano de 1.139 d.C.,
basicamente para eliminar o nepotismo da Igreja Romana, que controla uma grande parte
das propriedades que alguns dos padres prefeririam passar para seus filhos.
Esta condição não existe nas Igrejas Protestantes, de modo que não tem havido
necessidade de tal regulamento. Além disso, muitas Igrejas Protestantes são democráticas
demais em sua organização para impor uma regra que não tem base bíblica. A Igreja
Romana é uma Empresa e tem o direito de exigir o celibato de alguns dos seus
empregados; entretanto, muitos padres são incapazes de atravessar sua vida sem ter
relações sexuais. Deus considera essas relações extremamente pecaminosas, quando
praticadas pelos que não são casados. (1 Coríntios 6:9-10,18; Atos 15:28-29; Apocalipse
21:8). Os pobres sacerdotes que não conseguem resistir não são apenas severamente
condenados por Deus, mas também escandalizam muitos em sua Igreja, levando outros ao
pecado junto com eles.
36
Capítulo 6
Sim, nós cremos em tudo que a Palavra de Deus fala sobre Maria. As crenças que
rejeitamos são aquelas que vieram posteriormente, sem nenhum respaldo bíblico. Cremos
que Maria foi uma mulher maravilhosa, escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus Cristo.
Também que ela ficou virgem até o nascimento do nosso Salvador. Por outro lado, não
oramos a Maria nem lhe fazemos imagens, porque a Bíblia nos diz em Lucas 4:8: Adorarás
ao Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto. A Bíblia nos ensina claramente que as
orações devem ser dirigidas a Deus Pai. Quando os discípulos pediram a Jesus: Senhor,
ensina-nos a orar, a primeira coisa que ele ensinou foi: Pai nosso... e lhes ensinou todo o
“Pai Nosso”. Outra vez Jesus perguntou a um grupo de pessoas: Por que me chamais
Senhor e não fazeis o que eu vos mando? Então, se Jesus nos mandou orar ao Pai, vamos
fazê-lo!
Algumas vezes aqueles que desejam que oremos a Maria dizem que desde que ela
foi a mãe de Jesus, ele sempre atende tudo que ela lhe pede. Você pode julgar por
si mesmo se isso é ou não verdade, lendo a seguinte passagem da Bíblia: Chegaram então
sua mãe e seus irmãos e, ficando do lado de fora, mandaram chamá-lo. Havia uma
multidão sentada em torno dele. Disseram-lhe: “Eis que tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs,
estão lá fora e te procuram”. Ele perguntou: “Quem é minha mãe e meus irmãos?” E,
repassando com o olhar os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Eis a minha mãe e
os meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”. (Marcos
3:31-35)
Na Bíblia não existe exemplo algum de que alguém tenha ido a Jesus ou ao Pai
através de Maria. Em vez disso, lemos: há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos (1 Timóteo 2:5-6).
Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por
mim (João 14:6). Cristo é o nosso único mediador. Ele nos coloca diretamente em contato
com Deus, porque tomou sobre si os nossos pecados que nos separavam de Deus,
colocando-nos em contato direto com Ele.
A História nos ensina que as orações a Maria começaram no final do quarto século
depois de Cristo. Se Maria vivesse na época, jamais teria permitido tal prática. Sendo uma
mulher piedosa, ela jamais aceitaria as orações que deveriam ser feitas diretamente ao
Deus único.
Na Itália, o maior centro do Catolicismo Romano, as pessoas tendem a criar várias
imagens de Maria. Também acreditam que cada imagem por si tem habilidades
particulares. Umas crêem que uma imagem tem poder para curar. Outras crêem que ela
livra das lavas do Vesúvio. Outras protegem grupos particulares, como pescadores, por
exemplo. As igrejas cheias de imagens são as que criam esse tipo de crenças. O resultado
é que muitas pessoas viajam quilômetros, passando por várias imagens de Maria, em
busca daquela pela qual serão ajudadas. Isso é obviamente idolatria e não é isso que
36
desejo discutir, pois nada tem a ver com Maria, a mãe de Jesus, que é uma só. Seu poder
não poderia mudar de uma estátua para outra...
Entrementes, olhemos para Maria, a mãe de Jesus, uma mulher tão real quanto
você que está lendo este livro. Cremos que ela foi uma excelente mulher, já que Deus a
escolheu para um papel tão especial que lhe daria proeminência e nos ajudaria com o seu
exemplo. Não há, entretanto, razão alguma para crer que ela tenha sido concebida sem
pecado (Imaculada Conceição), porque, após o nascimento de Jesus, nós a encontramos
no Templo, oferecendo sacrifício pela sua purificação (Lucas 2:22-24). Era o mesmo que
todas as mulheres hebréias costumavam fazer, depois de dar à luz (leia Levítico 12).
Também, em sua prece de agradecimento a Deus, por ter sido escolhida para mãe do
Salvador, Maria chama Deus de meu Salvador (Lucas 1:47). Se ela fora nascida sem
pecado, não precisaria de purificação nem de um Salvador.
Mãe de Deus ?
A Igreja de Roma ensina que Maria deve ser chamada Mãe de Deus, expressão
jamais usada na Bíblia. A razão é porque ela é a mãe de Jesus Cristo e ele é Deus. Se à
primeira vista isso parece aceitável, por outro lado, se ela fosse a mãe de Deus,
poderíamos concluir que a criatura pode ser a mãe do Criador, isto é, que Maria nascida
em um tal período da História seria a mãe de tudo relativo a Deus, que existiu desde toda
a eternidade (Gênesis 1:1; João 1:1-3 e 14). A Bíblia não nos ensina tal coisa. Em vez disso
ela diz que Deus, que sempre existiu, tomou a forma de homem através do nascimento
virginal. Então, Maria é a mãe da natureza humana de Cristo, porém não de sua natureza
divina, a qual existiu desde a eternidade (João 8:57-58). A fim de evitar confusão neste
ponto, é melhor não a chamarmos Mãe de Deus.
Sempre Virgem?
Enquanto a Bíblia ensina que Maria foi virgem até o nascimento de Jesus, não nos
dá razão alguma para crer que ela tenha permanecido virgem toda a sua vida. De fato,
Maria foi obediente a Deus que, quando falava de gente casada disse: Eis por que deixará
o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só
carne. (Efésios 5:31 e Mateus 19:6). Falando particularmente de Maria e José, a Bíblia
explica: Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o
nome de Jesus (Mateus 1:25). Esta passagem obviamente estabelece que José não teve
relação sexual com Maria antes do nascimento de Jesus, mas propositadamente exclui o
tempo que se segue. Nem passagem alguma que fala da virgindade de Maria estabelece
ter ela permanecido virgem, depois do nascimento de Jesus; pelo contrário, deixa claro que
José e Maria tiveram vida normal de marido e mulher. Manter Maria virgem a vida inteira é
fazer-nos crer que ela não obedecia a vontade de Deus para mulheres casadas, o que não
a honra, de modo algum.
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Para provar que Maria não permaneceu virgem para sempre, a Bíblia nos fala dos
irmãos de Jesus, diversas vezes, também. No Evangelho de Mateus, lemos: Não é este o
filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e
Judas. Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isso? (Mateus
13:55-56). Depois do nascimento de Jesus, todas as vezes em que a Bíblia fala de Maria,
ela está sempre em companhia de seus filhos. Pelo visto, eles viviam juntos, como uma
família normal (Mateus 12:46, 13:55-56, Marcos 3:31, 6:3, Lucas 8:19 e João 2:12). Alguns
Católicos garantem que os irmãos de Jesus eram na verdade seus primos. Muitas
traduções antigas da Bíblia Católica traduzem a palavra irmão por primo, sem qualquer
respaldo bíblico e somente no caso dos irmãos de Jesus Cristo. Todos os demais irmãos
foram traduzidos por irmãos. A desonestidade neste tipo de tradução foi tão evidente, que
quase todas as traduções recentes da Bíblia, agora usam a palavra irmão.
Alguns Católicos até argumentam: sim, eles eram irmãos, mas só no
sentido espiritual, não físico. Essa interpretação é também errada, porque até a
ressurreição acontecer, os irmãos de Jesus não criam nele (João 7:5). Então está muito
claro que seus irmãos na carne não criam nele. Se seus irmãos não criam nele, obviamente
não eram irmãos no sentido espiritual. Os tradutores da versão New American Bible (Nova
Bíblia Americana) evidentemente reconhecem que esta contesta os ensinos romanos de
que Maria permaneceu virgem após o nascimento de Cristo. Eles enfraqueceram levemente
a tradução de João 7:5. Várias passagens da Bíblia realmente distinguem os irmãos
espirituais dos irmãos físicos de Jesus. Exemplo disso é João: 2:12. Depois disto, desceram
a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos.... (Ver ainda João 12:46-50,
Marcos 3:31-35, 6:1-3, Lucas 8:19-22). Passagens como estas deixam bem claro que a
Bíblia faz distinção entre os irmãos de Cristo e seus discípulos.
Sobre esse falso fundamento da perpétua virgindade de Maria, os filósofos, através
dos séculos, criaram muitas fábulas e idéias que não estavam embasadas na Bíblia ou em
qualquer outro registro do período no qual ela viveu. Jesus Cristo não encorajou a
excessiva glorificação de Maria, a qual é tão comum, agora. Lemos, por exemplo:
Enquanto ele assim falava, certa mulher levantou a voz do meio da multidão, e disse-lhe:
“Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!” Ele, porém,
respondeu: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lucas 11:27-
28. Ver também: Mateus 12:46-50 e Marcos 3:31-35).
Dar a Maria a glória que só deveria ser dada a Deus não é a maneira certa de
honrá-la. Se eu chamasse você de “Sua Majestade, a Rainha da Inglaterra”, ou então
dissesse: “foi maravilhosa a sua bravura ao enfrentar perigos para atravessar o Oceano
Atlântico e descobrir a América!”, você se sentiria honrado? Provavelmente você me
acharia um grande ignorante ou então que eu estaria zombando de você, não é?
Certamente você iria preferir que eu dissesse algo de bom que você tivesse realmente
feito...
Outra maneira de honrar Maria é fazer o que certamente lhe agradaria. A Bíblia
nos dá apenas um mandamento dela. Foi nas Bodas de Caná que ela disse: Fazei tudo o
que ele vos disser (João 2:5). Ela estava ordenando que os criados naquelas Bodas
obedecessem Jesus em tudo que Ele os mandasse fazer. Uma vez que este mandamento
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foi dado numa ocasião especial e para um povo específico, nós até podemos deixar de
cumpri-lo, se o desejarmos. Todavia, em nossos corações sabemos que Maria ficaria mais
feliz se obedecêssemos a Cristo do que se deixássemos de fazê-lo, e ainda por cima
ficássemos dizendo que estamos honrando-a. Então, vamos honrar Maria de uma maneira
que não vá de encontro aos ensinos da Escritura, de um modo que ela e Deus possam
aprovar. Sigamos o seu mandamento, fazendo tudo que Jesus nos manda fazer...
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Capítulo 7
O Purgatório Existe?
A Bíblia nunca fala de um lugar onde alguém possa ser purificado de seus pecados.
De preferência ela fala de uma Pessoa através da qual podemos ser purificados: Jesus
Cristo. Deus avisa que aquele que se recusa a confiar em Cristo para se purificar de seus
pecados é condenado: quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado,
porque não creu no nome do filho único de Deus (João 3:18). Só há duas escolhas: Quem
crê no Filho tem a vida eterna. Quem recusa crer no Filho não verá a vida. Pelo contrário,
a ira de Deus permanece sobre ele (João 3:36); Ver também Apocalipse 20:15; Lucas
16:19-31, especialmente o verso 26. Qualquer um que aceitar Jesus Cristo está
completamente salvo: Portanto, não existe mais condenação para aqueles que estão em
Cristo Jesus (Romanos 8:1). Se não há condenação, então ficam eliminadas as chamas do
Purgatório.
Outra passagem que exclui claramente a idéia de Purgatório é Hebreu 10:17, que
diz: ... Não me lembrarei mais dos seus pecados nem das suas iniqüidade,. Se, como a
Bíblia diz, Deus não mais se lembrará dos pecados dos que estão em Cristo, Ele também
não os punirá por esses pecados. Fazer isso seria dizer que Cristo não pagou
completamente por eles e que Deus Pai ainda se lembra deles. Ver ainda Romanos 5:8;
Hebreus 10:14-18; Salmos 103:12.
Qualquer um que não acreditar que Cristo o salvou completamente, também não
confiou totalmente em que o Seu sacrifício pagou todos os seus pecados e acha que ainda
terá de pagar por alguns deles. Contudo, somos salvos quando deixamos de confiar no que
fazemos, para começar a confiar somente em Cristo para nossa salvação.
A idéia de que o sacrifício de Cristo não é suficiente para nos purificar de todos os
pecados iria condenar um grande pecador como o ladrão que foi crucificado junto com
Jesus a sofrer um longo tempo no Purgatório ou a eternidade no Inferno! Em vez disso,
nada foi deixado a ser feito após a morte de Cristo na cruz. Quando o ladrão colocou sua
confiança em Cristo, Jesus lhe disse: em verdade, eu te digo, hoje estarás comigo no
Paraíso (Lucas 23:43).
Se o Purgatório existisse e a Missa ajudasse as pessoas a sair dele, os ricos teriam
uma tremenda vantagem pelo fato de poderem pagar missas abreviando, assim, o seu
sofrimento. Quanto aos pobres seriam estes deixados à mercê de um sacerdote ocasional
que rezasse missas gratuitas por eles. Um ex-padre escreveu “Se nós realmente crêssemos
que as missas podem salvar pessoas das chamas do Purgatório, iríamos exigir pagamento
por elas? Eu até salvaria um cachorro se o visse no fogo, sem jamais pensar em lhe cobrar
nada”!
O Purgatório evidentemente é uma idéia pagã. Virgílio, o poeta latino pagão, que
viveu em 70 – 19 a.C., classificava as almas que partiam como destinadas a três lugares
diferentes em seus escritos: Um para as almas boas, um para as almas condenadas, e o
terceiro onde as almas medianas poderiam purgar os seus pecados. Uma vez que a idéia
36
do Purgatório já existia fora da Igreja, antes de nela penetrar, é provável que tenha sido
trazida pelo contato com pagãos como Virgílio. Houve um grande fluxo de idéias não
bíblicas penetrando na Igreja lá pelos anos 300 d.C., quando o Imperador Romano
Constantino recebeu muitas pessoas não convertidas como membros da igreja.
De qualquer modo, não há menção de Purgatório na Bíblia. Há quem dê a idéia de
que a Bíblia faz referência a este assunto em 2 Macabeus 12:41-45, passagem encontrada
num dos livros apócrifos escritos no Período Interbíblico, entre o Velho e o Novo
Testamento. Tais livros jamais foram aceitos como parte do Velho Testamento judaico nem
mencionados no Novo Testamento, porém foram incluídos na Bíblia Católica, embora com a
explicação de que não são inspirados, como os demais. Fora essa passagem da 2
Macabeus, os apócrifos são pouco usados pela Igreja Católica para sustentar posições
doutrinárias.
É importante notar que esta passagem não fala bem de Purgatório, mas realmente
condena a idolatria, particularmente a prática de pendurar pequenas imagens no pescoço.
Os soldados hebreus foram encontrados usando esse tipo de coisa depois de uma batalha,
e seus agregados ao fazer tal descoberta, verificaram que eles haviam morrido no pecado
da idolatria. Então resolveram orar pelas suas almas. A posição da Igreja Católica é que as
orações feitas por eles não teriam sido necessárias se estivessem no céu ou no inferno,
mas em outro lugar. A lógica parece boa, mas isso contradiz o ensino claro das Escrituras
inspiradas. E contradizer as Escrituras inspiradas com uma resposta filosófica baseada
numa inferência aparente dos apócrifos é realmente um argumento muito fraco. A palavra
apócrifo vem do grego e significava escondido, vindo depois a ter o significado de falso
ou de autoria duvidosa.
36
Capítulo 8
O próprio Apóstolo Pedro explica na Bíblia sobre quem a Igreja foi fundada. Ele diz
que Jesus é a pedra angular. É ele a pedra rejeitada por vós, os construtores, mas que
se tornou a pedra angular. Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens
pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:11-12).
Para conseguir uma base bíblica para o papado a Igreja Católica negligencia
inúmeras passagens, tais como a anterior, que menciona claramente que Cristo é o cabeça
e fundador da Igreja e mostra apenas uma pequena passagem no Evangelho de Mateus.
Eles deixam de verificar que mesmo se a Igreja tivesse sido fundada sobre Pedro, não
existe coisa alguma nesta passagem que afirme que tal status passaria aos Papas.
Mostrarei esta passagem aqui com os poucos versos que a precedem, a fim de melhorar a
nossa compreensão.
E eles disseram: “Uns afirmam que é: João Batista, outros que é Elias, outros,
ainda, que é Jeremias ou um dos profetas”. Então lhes perguntou: “E vós, quem dizeis
que eu sou?”
Simão Pedro, respondendo disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”
Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu Simão filho de Jonas, porque não foi
carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está nos céus. Também eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja, e as portas do inferno
nunca prevalecerão contra ela” (Mateus 16:14-18). No Grego, língua original do Novo
Testamento, Cristo chama Pedro de rocha (gênero masculino) e em seguida diz sobre
esta pedra (gênero feminino) edificarei a minha igreja. Qual a pedra sobre a qual a
Igreja foi construída? A interpretação geral da Igreja Católica é Pedro, mas a diferença de
gênero torna isso muito questionável. E, então, cinco versos adiante, Cristo repreende
Pedro veementemente chamando-o de Satanás. Assim, no próprio contexto, percebemos
que a rocha sobre a qual Jesus fundou sua Igreja é a declaração de Pedro de que Jesus
é o Messias.
Se nos foram deixadas outras passagens da Bíblia para nos ajudar a descobrir
sobre quem a Igreja foi fundada, vamos saber que é Jesus: Quanto ao fundamento,
ninguém pode colocar outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo (1 Coríntios 3:11).
Pedro certamente teria entendido se a Igreja tivesse sido fundada sobre ele, mas
escreveu que ela foi fundada sobre Cristo. Com efeito, nas escrituras se lê: Eis que ponho
em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; quem nela crê não será confundido. Isto é,
para vós que credes ela será um tesouro precioso, mas para os que não crêem, a pedra
que os edificadores rejeitaram, essa tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço e
uma rocha que faz cair. Eles tropeçam porque não crêem na Palavra, para o que também
foram destinados (1 Pedro 2:6-8). Pedro entendeu que Cristo é a pedra angular, o
fundamento da igreja, e estava se referindo a Ele, obviamente, nesta passagem.
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O próprio Jesus falou: Não lestes esta Escritura: A pedra que os construtores
rejeitaram, tornou-se a pedra angular (Marcos 12:10). Os judeus entenderam que ao
afirmar isto Jesus estava proclamando-se o Messias e, uma vez que não o desejavam como
cabeça, logo tentaram matá-lo, conforme previsto na Escritura. Mais tarde o conseguiram,
porém ele se levantou da morte e se tornou a pedra sobre a qual sua Igreja foi fundada.
Você aceita Cristo como o fundamento e direção de sua vida?
Voltando, então, a Mateus 16:14-18, com este pano de fundo das Escrituras, fica
bem claro que a rocha a que Jesus se referiu não foi Pedro, mas a sua confissão: Tu és o
Messias.
Mesmo que isso não fosse verdade e Pedro fosse a rocha sobre a qual a igreja foi
fundada, ainda não há qualquer razão bíblica para pensar que a autoridade de Pedro foi
passada a outros e que os Papas são seus sucessores. Nem há razão para crer que tal idéia
foi aceita pela Igreja Primitiva. De fato, a idéia de papado foi-se desenvolvendo aos poucos
e somente em 1870 d.C. foi que a infalibilidade do Papa tornou-se um dogma. Mesmo
então, houve grande oposição dentro da própria Igreja Católica Romana. Realmente não
existe fundamento de que exista homem algum infalível, além do próprio Jesus, para ter a
autoridade sobre nós, que o Papa proclama ter, embora haja muitas razões para crer que
ele deseja muito que creiamos nisso.
É deveras confuso que o Papa proclame a sua autoridade, infalibilidade e o direito
de ter outros ajoelhados diante dele, como sendo o sucessor de Pedro. Pedro jamais exigiu
tais coisas. Foi exatamente o contrário, quando alguém quis ajoelhar-se diante dele e ele
falou: levanta-te, pois eu também sou apenas um homem! (Atos 10:26).
Além do mais, Paulo achou necessário repreender Pedro severamente, não porque
ele era infalível, mas justamente porque ele estava errado. Paulo escreveu: Mas quando
Cefas (Pedro) veio a Antioquia, eu o enfrentei abertamente, porque ele se tinha tornado
digno de censura (Gálatas 2:11). Nem foi este o primeiro erro que Pedro cometeu. Todos
nos lembramos de que ele negou a Cristo três vezes no momento crucial do seu
julgamento e condenação. Não pretendo desmerecer coisa alguma deste grande Apóstolo,
mas não é lógico clamar que a infalibilidade do Papa foi-lhe transferida por um homem que
cometeu erros, e sua autoridade sobre a Igreja, de um homem que proibia as pessoas de
se ajoelharem diante dele.
Uma vez que a verdadeira Igreja é fundada sobre Jesus Cristo, deveríamos
encontrar uma Igreja que não pregue salvação baseada em boas obras e sacramentos,
mas uma que tenha sua base na Santa Bíblia e no único nome dado entre os homens pelo
qual importa que sejamos salvos - Jesus Cristo! Desde que tudo que pode ser encontrado
sobre Jesus Cristo está na Bíblia, não vemos razão para que uma Igreja tenha outra fonte
de autoridade, quer seja o Papa, o Livro dos Mormons, a Sociedade Torre de Vigia e
principalmente um pastor que alegue ter comunicação direta com Deus. Se você se sente
confortável numa Igreja sem levar sua Bíblia, provavelmente deve haver algo de errado...
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Capítulo 9
Você deve lembrar-se de que quando os discípulos pediram que Jesus lhes
ensinasse a orar, ele disse: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome...
(Mateus 6:9). Jesus estava lhes ensinando que nossas orações deveriam ser dirigidas a
Deus Pai... Mas ao longo dessa oração a Deus Pai, Jesus continuou: E perdoa-nos as
nossas dívidas, como também nós perdoamos aos nossos devedores (v. 12). O Próprio
Senhor Jesus Cristo, nesta oração, nos ensinou a orar pedindo perdão de nossos pecados
diretamente a Deus Pai. Confessamos nossos pecados diretamente a Deus Pai, não porque,
como Protestantes, desejamos ser diferentes, mas porque essa é a maneira como Jesus
ensinou os seus discípulos a orar.
Essa era a maneira normal dos cristãos confessarem seus pecados nos primeiros
séculos da Igreja. A confissão ao padre tornou-se doutrina oficial da Igreja Católica em
1.225 d.C. Os padres tinham começado a ouvir confissões algum tempo antes disso, mas
eles oravam a Deus pelas pessoas, e não afirmavam poderem eles próprios perdoar esses
pecados, como fazem agora.
Com o fito de promover o confessionário, alguns padres referem-se à seguinte
passagem de João 20:21-23: Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Dizendo isso,
soprou sobre eles e lhes disse Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os
pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes ser-lhes-ão retidos. A
primeira coisa que devemos saber é que estas palavras não foram ditas apenas aos
Apóstolos ou a qualquer outra classe especial, mas a todos os seguidores de Cristo, que
estavam juntos naquele tempo. Perdoar pecados não é, portanto, um privilégio do clérigo,
mas de todos os crentes.
Para completar, devemos perguntar como foi que os presentes, ouvindo estas
palavras de Cristo as interpretaram. Que fizeram eles para obedecê-lo? Eles evidentemente
entenderam que os pecados são perdoados quando as pessoas confiam em Cristo como
Salvador, porque saíram dali e foram pregar as boas novas de que confiando em Jesus
temos o perdão dos pecados (Atos 2:37, 38; 10:43). Eles não foram escutar confissões e
dizer que eles podiam perdoar pecados, como fazem agora os padres da Igreja Católica. O
Livro de Atos é a história do que os primeiros cristãos faziam e de como Deus trabalhava
através deles para propagar o Evangelho naquele tempo. Se você ainda tem dúvidas, um
estudo cuidadoso deste Livro vai convencê-lo.
O episódio de João 20, pelo que temos examinado nos versos 21-23, também se
encontra em Lucas 24:46-48, com adição de um detalhe muito importante: E disse-lhes:
“Assim está escrito, que o Cristo devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e
que, em seu Nome, fosse proclamado o arrependimento para a remissão dos pecados, a
todas as nações, a começar por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Cristo estava
falando de pregar arrependimento (penitência é uma tradução pobre) e a remissão de
pecados, e não de confessar nossos pecados aos homens. Ao indagarmos: “o que fizeram
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aqueles que o ouviram?” e, estudando a resposta na Bíblia, podemos facilmente verificar o
que o Senhor quis dizer: testemunhar de Cristo e proclamar sua salvação, foi o que eles
entenderam que Cristo estava lhes dizendo, e foi o que eles fizeram. Os confessionários
apareceram centenas de anos mais tarde.
Você pode indagar: “precisamos ou não confessar nossos pecados?” Sim, todo
cristão deve confessar seus pecados, mas não a homens, porque só Deus tem o poder de
perdoar pecados. O Apóstolo João escreveu: Se confessarmos os nossos pecados, ele, que
é fiel e justo perdoará nossos pecados e nos purificará de toda injustiça (1 João 1:9). Esta
exortação bíblica de confessarmos nossos pecados a Deus está muito clara, mas em caso
de haver mal-entendido, quase todas as traduções usam confessar, enquanto poucas
usam reconhecer. Também, se você ler os versos precedentes, vai ler aquele que é justo
referindo-se claramente a Deus.
Devemos confessar nossos pecados a Deus, confiando nele para nos perdoar
baseados no sangue de Cristo que foi derramado por nossos pecados. Como nós confiamos
Nele, nós achamos que, como sua Palavra afirma, Naquele que é justo podemos confiar
para perdoar nossos pecados e limpar-nos de toda injustiça.
Se tivermos pecado contra alguém, a Bíblia nos ensina a pedir-lhe perdão,
também. Portanto, se eu tivesse pecado contra um padre, deveria confessar-lhe este
pecado, mas também a Deus. Existem ocasiões em que necessitamos falar com alguém
sobre o que temos feito. A idéia, entretanto, de confessar a um padre, em lugar de
confessar a Deus, jamais foi encontrada nas Escrituras.
Orando diretamente ao seu Pai Celestial, confessando-lhe todos os pecados de que
você se lembra ter cometido, confie em que Cristo já pagou por todos eles. Então, no
futuro, quando você cair em algum pecado, confesse-o imediatamente a Deus.
CONCLUSÃO
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de permanecer num sistema no qual nem mesmo os maiores Papas podem ter certeza de
encontrar salvação? Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai a não ser por mim (João 14:6).
Deus ama você e em Jesus Cristo já providenciou sua entrada no céu. Ele o
convida a colocar sua fé em Cristo, crendo que Ele salva. Por que não inclinar sua cabeça
em oração e tomar sua decisão agora mesmo de confiar em Cristo para salvá-lo e segui-lo
como seu Senhor? É a única maneira de conseguir paz com Deus e a salvação de sua alma
... Justificados pela fé, estamos em paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo!
1. Quando um Papa morre, cartazes são colocados por toda a Itália pedindo às pessoas
que rezem pela alma dele. Quanto tempo ele vai sofrer no Purgatório? Por que, logo ele,
dentre todas as pessoas, não pode obter a salvação da sua própria alma?
2. Como podemos saber se Cristo pagou completamente pelos nossos pecados na cruz, ou
se a Missa renova seu sacrifício e diminui o tempo que devemos sofrer pelos nossos
pecados no Purgatório?
3. Por que os Protestantes não veneram imagens nem oram aos santos?
Neste livro, Thomas Heinze dá claras respostas a muitas das suas mais importantes
perguntas sobre as doutrinas Católicas.
Sobre o Autor :
Sobre a Tradutora :
Mary Schultze nasceu em Crato, Ceará, num claro domingo de sol, chorando muito, como
se não desejasse aterrizar no planeta Terra. Mas Deus, eternamente sábio, estava enviando a
garotinha de cabelos claros para um propósito específico, permitindo que ela fosse feliz e
cumpridora de sua tarefa - alegrar as pessoas com os seus livros de contos e poesias. Foi
uma menina extrovertida e aos sete anos de idade, após ter sido alfabetizada pelo pai,
começou a ler muitos livros de histórias e logo estava escrevendo contos e poesias, com um
estilo muito pessoal. Estudou com afinco e aos 20 anos de idade foi trabalhar numa
companhia aérea, pois falava Inglês fluentemente, desde os 17 anos, e logo se firmou como
uma eficiente secretária bilíngüe.
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Começou a trabalhar aos vinte anos e aos vinte e quatro, veio residir e trabalhar no Rio
de Janeiro, na firma inglesa, Mappin & Webb, como Secretária do Diretor. Aos vinte e seis
anos conheceu um Químico Industrial alemão de Berlim, Hans Georg Max Paul Schultze, com
quem se casou. Ele gerenciava uma firma de essências alimentícias, na Rodovia Washington
Luiz, município de Duque de Caxias, RJ.
Mary converteu-se ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo aos quarenta e oito anos de
idade. Seu casamento durou 26 anos, até o falecimento do marido, quando Mary ficou com
duas filhas, Margarete e Rosemary, dirigindo os negócios do casal. Hoje Margarete (mãe de
3 filhos) reside na Alemanha (lado oriental) e Rosemary (mãe de duas filhas) reside em
Teresópolis, RJ.
Seis meses antes de perder o marido, Mary havia ingressado no Seminário Teológico
Betel (RJ), onde se esforçou tanto que tirou as melhores notas da turma. O resultado foi o
seu 7º livrinho - Amigos em Cristo - para o qual aproveitou muitos trabalhos do Seminário.
Este e os seis livros anteriores foram todos distribuídos entre os clientes de sua linha de
cosméticos. Como resultado, ganhou algumas almas para Cristo. A Jesus Cristo, nosso Deus e
grande Salvador, seja dada toda a glória, hoje e eternamente!
Mary escreveu 16 livros e publicou dez: Cubos de Gelo, Meu Cristo é Poesia, Meu Cristo é
a Verdade, Jardim Primavera, Colar de Pérolas, Sou Livre, Amigos em Cristo, A Deusa do
Terceiro Milênio, Viajando com Martinho Lutero e Conspiração Mundial em Nome de Deus (os
três últimos publicados pela Editora Universal).
Foi microempresária durante 36 anos, com a linha de cosméticos Mary Schultze,
distribuída em todo o Brasil. Em 1994, depois de vender a micro-empresa, aposentou-se e
passou a trabalhar, em Teresópolis (RJ), somente na obra do Senhor Jesus Cristo.
É membro correspondente de seis Academias de Letras, no Brasil, e da International
Academy of Letters of England.
Para muita gente, quando alguém se converte no último estágio da vida é um pouco
tarde. Mas para Deus a idade cronológica não importa. Nestes 28 anos de vida cristã, Mary
tem se dedicado à obra do Rei Jesus. Escreveu mais de 1.000 artigos evangélicos (quase
todos já publicados) e algumas poesias. Traduziu mais de 8.000 páginas, dentre as quais se
destacam: “O Próximo Passo”, de Jack Chick, “Por Amor aos Católicos Romanos”, “Escada
para o Inferno”, ambos de Rick Jones, “Os Fatos Sobre a Vida Após a Morte”, de John
Anckerberg & John Weldon, “Respostas aos Amigos Católicos”, de Thomas F. Heinz, o
“Comentário do Novo Testamento”, de John Wesley; “A Mulher Montada na Besta”, de Dave
Hunt; “Fato ou Fraude?” (Protocolos de Sião), de Goran Larsson, e “O Holocausto do
Vaticano”, “The Vatican Billions”, “The Vatican in World Politics”, de Avro Manhattan, “O
Livro das Respostas’, do Dr. Samuel C. Gipp, “Final Authority” (Autoridade Final), do Dr.
William P. Grady, etc. Leu e traduziu parte do livro "Vatican Assassins" de Eric Jon Phelps, do
qual tirou algum material para o seu livro "O Vaticano e a União Européia", ainda inédito.
Traduziu “Os Doze Profetas Menores”, de George L. Robinson. Traduziu seis livros do teólogo
batista, Dr. Peter Ruckman, defensor da Bíblia King James. Traduziu também o livro de Sir
Robert Anderson, “The Lord of Heaven”, sobre a Divindade do Senhor Jesus Cristo, e em
setembro e outubro deste ano traduziu “Reconhecendo o Engodo”, de Dene MacGriff.
Lecionou Teologia Sistemática e Inglês no Seminário Teológico Serrano, em Teresópolis
(RJ). Durante dois anos e meio, Mary trabalhou como secretária, pesquisadora e tradutora
36
de Inglês no Centro de Pesquisas Religiosas, em Teresópolis (CPR), sob a direção do Pr.
Paulo Pimentel. A partir daí, vem se dedicando, especialmente, à pesquisa sobre o
Catolicismo Romano, tema dos seus últimos livros. Tem recebido alguns comentários com
elogios sobre o seu trabalho, inclusive do Diretor do Instituto de Pesquisas Bíblicas de
Jerusalém (que veio a Teresópolis para conhecê-la) e do Presidente da Editora Trinitariana
no Brasil, SP, que também veio a Teresópolis para conhecê-la pessoalmente.
Revisou e fez o prefácio (em março deste ano) do livro autobiográfico “Um Agricultor
que Deu Certo” , cujo autor é o Presidente da FESO em Teresópolis.
Colaborou em 04 jornais (JornaL Batista, Desafio das Seitas, Folha Universal e O Diário
de Teresópolis), e nestes dez anos de dedicação à obra do Senhor, Mary nunca teve tempo
de adoecer, porque sua mente continua ativa e o corpo ágil, com o mesmo peso (52 Kg) dos
20 anos. Seu expediente é de 12 horas diárias, num trabalho muito gratificante. Seus maiores
objetivos são: ganhar almas para o Senhor Jesus Cristo e ser uma boa avó para os cinco
netos.
Na parábola dos trabalhadores na vinha (Mateus 20:1-16), Jesus nos mostra que os que
iniciaram o serviço às 17 horas ganharam o mesmo salário daqueles que o haviam iniciado às
6 horas da manhã. Isso quer dizer que a idade cronológica não importa para Deus, mas a
qualidade da vida do cristão. Os versículos bíblicos que comandam a vida de Mary são:
Romanos 8:28, Filipenses 4:19 e Efésios 3:19-20, que sempre têm funcionado
maravilhosamente. Louvado seja o nome do Senhor!
Seus últimos livros, ainda inéditos, são: “Compartilhando a Palavra Fiel”; “O Vaticano e a
União Européia”; “O Big Brother de Roma”; “Dr. Paisley Contra a Falsidade”; “Os Doze
Profetas Menores” (tradução); “Cartas Bereanas” (The Berean Call News Letters - Tradução);
“Movimentos Kakangélicos” e “Os Filhos de Loyola”. Seu livro predileto - “Colar de Pérolas”
(Amenidades Evangélicas) - publicado em 1981, foi transformado em apostila; “D.
Mariquinha em Prosa e Verso (autobiográfico), “Colar de Lazulitas”; “Colar de Granadas” e
"Colar de Topázios Azuis" (Amenidades Evangélicas). Um resumo do livro “Cubos de Gelo” foi
agora intitulado “A Nordestina Alemã”. Seu grande desejo é que esses trabalhos escritos
contribuam para alegrar e edificar espiritualmente o povo de Deus, glorificando o nome do
nosso Deus e Grande Salvador Jesus Cristo, diante de quem todo joelho se dobrará e toda língua
confessará que Ele é o Senhor! (Filipenses 2:10-11.) Outubro 2006.
frauschultze@oi.com.br
http://www.cpr.org.br/mary.htm.
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