3 Pinoscavilhas Arruelas e CH
3 Pinoscavilhas Arruelas e CH
3 Pinoscavilhas Arruelas e CH
1. Pinos e cavilhas
Os pinos e cavilhas têm a finalidade de alinhar ou fixar os elementos de
máquinas, permitindo uniões mecânicas, ou seja, uniões em que se juntam duas
ou mais peças, estabelecendo, assim, conexão entre elas.
• utilização
• forma
• tolerâncias de medida
• acabamento superficial
• material
• tratamento térmico
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Pinos
Os pinos são usados em junções resistentes a vibrações. Há vários tipos de pino,
segundo sua função.
Para especificar pinos e cavilhas deve-se levar em conta seu diâmetro nominal,
seu comprimento e função do pino, indicada pela respectiva norma.
Cavilha
A cavilha é uma peça cilíndrica, fabricada em aço, cuja superfície externa recebe
três entalhes que formam ressaltos. A forma e o comprimento dos entalhes
determinam os tipos de cavilha. Sua fixação é feita diretamente no furo aberto por
broca, dispensando-se o acabamento e a precisão do furo alargado.
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Classificação de cavilhas
Cupilha ou contrapino
Cupilha é um arame de secção semi-circular, dobrado de modo a formar um
corpo cilíndrico e uma cabeça.
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Pino cupilhado
Nesse caso, não entra no eixo, mas no próprio pino. O pino cupilhado é utilizado
como eixo curto para uniões articuladas ou para suportar rodas, polias, cabos,
etc.
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a) ( ) chaveta
b) ( ) contrapino
c) ( ) pino
Exercício 2
A fixação do pino estriado é feita em furo executado por meio de:
a) ( ) broca
b) ( ) martelo
c) ( ) solda
Exercício 3
Para fixar outros elementos de máquinas como porcas, pinos, etc, usa-se:
a) ( ) pino cônico
b) ( ) cavilha lisa
c) ( ) cupilha
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2. Arruelas
A maioria dos conjuntos mecânicos apresenta elementos de fixação. Onde quer
que se usem esses elementos, seja em máquinas ou em veículos automotivos,
existe o perigo de se produzir, em virtude das vibrações, um afrouxamento
imprevisto no aperto do parafuso.
Tipos de arruela
Existem vários tipos de arruela: lisa, de pressão, dentada, serrilhada, ondulada,
de travamento com orelha e arruela para perfilados.
Arruela lisa
Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem, também, a função de
melhorar os aspectos do conjunto.
A arruela lisa por não ter elemento de trava, é utilizada em órgãos de máquinas
que sofrem pequenas vibrações.
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Arruela de pressão
A arruela de pressão é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos,
submetidos a grandes esforços e grandes vibrações. A arruela de pressão
funciona, também, como elemento de trava, evitando o afrouxamento do parafuso
e da porca. É, ainda, muito empregada em equipamentos que sofrem variação de
temperatura (automóveis, prensas, etc.)
Arruela dentada
Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com
pequenos esforços, como, eletrodomésticos, painéis automotivos, equipamentos
de refrigeração etc.
Arruela serrilhada
A arruela serrilhada tem, basicamente, as mesmas funções da arruela dentada.
Apenas suporta esforços um pouco maiores.
Arruela ondulada
A arruela ondulada não tem cantos vivos. É indicada, especialmente, para
superfícies pintadas, evitando danificação do acabamento.
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Arruela de travamento com orelha
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3. Anéis Elásticos
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O anel elástico é um elemento usado em eixos ou furos, tendo como principais
funções:
Aplicação: para furos com diâmetro entre 9,5 e 1.000mm. Norma DIN 472.
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• A dureza do anel deve ser adequada aos elementos que trabalham com ele.
• Se o anel apresentar alguma falha, pode ser devido a defeitos de fabricação ou
condições de operação.
• As condições de operação são caracterizadas por meio de vibrações, impacto,
flexão, alta temperatura ou atrito excessivo.
• Um projeto pode estar errado: previa, por exemplo, esforços estáticos, mas as
condições de trabalho geraram esforços dinâmicos, fazendo com que o anel
apresentasse problemas que dificultaram seu alojamento.
• A igualdade de pressão em volta da canaleta assegura aderência e resistência.
O anel nunca deve estar solto, mas alojado no fundo da canaleta, com certa
pressão.
• A superfície do anel deve estar livre de rebarbas, fissuras e oxidações.
• Em aplicações sujeitas à corrosão, os anéis devem receber tratamento
anticorrosivo adequado.
• Dimensionamento correto da anel e do alojamento.
• Em casos de anéis de seção circular, utilizá-los apenas uma vez.
• Utilizar ferramentas adequadas para evitar que o anel fique torto ou receba
esforços exagerados.
• Montar o anel com a abertura apontando para esforços menores, quando
possível.
• Nunca substituir um anel normalizado por um “equivalente”, feito de chapa ou
arame sem critérios.
Para que esses anéis não sejam montados de forma incorreta, é necessário o uso
de ferramentas adequadas, no caso, alicates.
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4. Chavetas
É um elemento mecânico fabricado em aço. Sua forma, em geral, é retangular ou
semicircular. A chaveta se interpõe numa cavidade de um eixo e de uma peça.
Classificação:
As chavetas se classificam em:
• chavetas de cunha;
• chavetas paralelas;
• chavetas de disco.
Chavetas de cunha
As chavetas têm esse nome porque são
parecidas com uma cunha. Uma de suas faces
é inclinada, para facilitar a união de peças.
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Chavetas longitudinais
São colocadas na extensão do eixo para unir roldanas, rodas, volantes, etc.
Podem ser com ou sem cabeça e são de montagem e desmontagem fácil.
• altura (h);
• comprimento (L);
• largura (b);
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Dimensionamento de chavetas:
Se o torque transmitido no eixo de diâmetro D é definido como T, a força gerada F pode ser calculada
como:
2
⁄2
Então a tensão admissível de cisalhamento média no plano de corte pode ser escrita como:
Para o plano de contato entre o lado da chaveta e o lado do rasgo de chaveta, a área de contato é:
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O torque admissível de projeto para o eixo é:
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Onde τeixo é a tensão admissível de projeto e Kit é o fator de concentração de tensões cisalhantes teórico
para o rasgo de chaveta (usualmente Kit = 1,7 para carregamento estático). Alguns valores de fator de
concentração de tensões de fadiga são mostrados na tabela abaixo.
Para prover resistências iguais para o eixo e para a chaveta sob estas suposições, podem ser resolvidas
para o comprimento da chaveta l, gerando, para resistências iguais:
ê
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Proporções recomendadas para chavetas paralelas quadradas sugerem que w = D/4 ,então para chaveta
quadrada toma-se:
ê
2
e se Kit = 1,7 é uma estimativa satisfatória do fator de concentração de tensões de eixo com um rasgo de
chaveta submetido a torção, o comprimento da chaveta para a mesma resistência do eixo e da chaveta é
de:
ê 0,9
2 1,7
Se a chaveta for utilizada como um "fusível mecânico" para proteger o eixo da falha, o comprimento da
chave ta deve ser reduzido por um fator apropriado para 80% do ligual resistência
í 0,7
Exercícios:
1 – Determine o diâmetro de um eixo de aço endurecido que sofre flexão, para usar uma chaveta que
possui dimensão de w = 3/16”, suporte um torque de 80 lbf.in e tenha uma resistência admissível a
cisalhamento igual a 450 MPa. O rasgo de chaveta deverá ser embutido. (Resp.: D = 5,9 mm)
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2 – Calcule o torque admissível que um eixo de aço de diâmetro 1 ¾” sofre. Considere tensão admissível
de cisalhamento igual a 28.300 N/cm² e carregamento estático. (Resp.: T = 2,87 kN.m)
3 – Determine a força que um eixo sofre quando submetido a um torque de 120 lbf.in, sabendo que nesse
eixo possui uma polia com uma chaveta com medidas de w x L = ¼ x 1 ½ in. Considere carregamento
estático. (Resp.: F = 838 N)
4 – Determine o comprimento de uma chaveta de que possui w = 11/32”, será colocada em um eixo de
diâmetro 25 mm, aço 1020, fator de segurança K = 2,5, e suporte um torque de 188 kN.mm. Considere
σe= 50 kgf/mm². (Resp.: l = 14,6 mm)