A Importancia Da Insercao Do Direito A Alimentacao No Artigo 6o Da Constituicao Federal
A Importancia Da Insercao Do Direito A Alimentacao No Artigo 6o Da Constituicao Federal
A Importancia Da Insercao Do Direito A Alimentacao No Artigo 6o Da Constituicao Federal
Federal (CF)
O Brasil assinou uma série de Tratados Internacionais que dispõem sobre o Direito
Humano à Alimentação Adequada e, em 2006, foi aprovada a Lei Orgânica de
Segurança Alimentar e Nutricional que prevê a garantia deste direito. Assim, a inclusão
do direito a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal, através da aprovação da
PEC 047/2003, é uma forma do Estado Brasileiro reafirmar, mais uma vez, o seu
compromisso de cumprir as obrigações assumidas com a ratificação dos tratados
internacionais de direitos humanos e com a promulgação de normas nacionais relativas
a esse direito.
Em primeiro lugar é importante frisar que os que militam com direitos humanos
defendem sua promoção e exigibilidade independente de previsão legal, pois a lei está
para servir aos povos e não o contrário. Contudo, é importante reiterar que os
argumentos aqui expostos podem contribuir para exigir a promoção do DHAA,
principalmente, perante os que negam o reconhecimento desse direito ou no seu
discurso e/ou na sua prática.
Feita essa consideração podemos citar alguns efeitos que serão mais difíceis de serem
questionados com a aprovação da PEC 047/2003:
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Abaixo o posicionamento do Ministro do STJ, Luiz Fux, sobre o tema:
“10. As meras diretrizes traçadas pelas políticas públicas não são ainda direitos senão promessas
de lege ferenda, encartando-se na esfera insindicável pelo Poder Judiciário, qual a da
oportunidade de sua implementação.
11. Diversa é a hipótese segundo a qual a Constituição Federal consagra um direito e a
norma infraconstitucional o explicita, impondo-se ao judiciário torná-lo realidade, ainda
que para isso, resulte obrigação de fazer, com repercussão na esfera orçamentária.
12. Ressoa evidente que toda imposição jurisdicional à Fazenda Pública implica em
dispêndio e atuar, sem que isso infrinja a harmonia dos poderes, porquanto no regime
democrático e no estado de direito o Estado soberano submete-se à própria justiça que
instituiu. Afastada, assim, a ingerência entre os poderes, o judiciário, alegado o
malferimento da lei, nada mais fez do que cumpri-la ao determinar a realização prática da
promessa constitucional. (...) ver: (Resp 753565/MS; Recurso Especial 2005/008658-2,
Relator Ministro Luiz Fux. T1 – Primeira Turma, Data do julgamento 27/03/2007, Data da
Publicação/Fonte DJ 28.05.2007 p.290).” (Sem grifos no original).
dupla: a LOSAN reforça a o potencial de efetividade da CF e a CF traz uma
referência importante para a LOSAN.