O Uraguai
O Uraguai
O Uraguai
A obra Uraguai por ser uma epopeia faz parte do gênero literário épico
narrativo, que tem como principal característica a narração de ações nobres
praticadas por representativos heróis. O gênero literário épico tem por
características estruturais a presença de uma narrativa em versos, versos
narrados em terceira pessoa, divisão em cantos ou livros, domínio da
objetividade e a divisão em partes, como: introdução, invocação, narração e
epilogo. O gênero épico possui como característica principal a presença de
elementos da mitologia greco-romana.
Segundo o critico literário Alfredo Bosi não há nada em Uraguai que lembre as
divisões de um poema épico e que pela estrutura do poema que melhor seria
dizer que Uraguai faz parte do gênero lírico-narrativo e não épico.
A divisão da obra é feita em cinco cantos, a obra não possui todas as divisões
características do gênero épico, porem são perceptíveis as seguintes divisões:
preposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo.
Segundo Alfredo Bossi a obra possui uma estrutura voltada para o gênero
lírico-narrativo, pois as características (subjetividade e emoção) do gênero lírico
estão presentes na obra, o sentimento amoroso aparece na historia de
Cacambo e Lindoia, e as emoções são provocadas ao leitor através da voz do
narrador e das falas dos personagens. As demais características do gênero
lírico presentes na obra: exaltação dos sentimentos, metáforas, hipérbato e
apostrofes.
4.4 Enredo.
O canto II: Este canto traz a narração de guerra, onde os personagens Sepé e
Cacambo se encontram com o português, como não há um acordo, indígenas e
as tropas entram em combate e os indígenas são derrotados.
O canto III: Este canto traz a narração da morte de Cacambo, causada pelo
personagem Balda que o faz traiçoeiramente.
Uma obra literária pode ser construída tomando outra como modelo ou
referencia. Assim quando um autor utiliza textos ou obras de outros autores
como referencia ou como modelo para a criação e desenvolvimento de sua
obra, esse fenômeno é chamado de intertextualidade.
BOSI, Alfredo. Historia concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.