Quais São As Principais Ideias de Santo
Quais São As Principais Ideias de Santo
Quais São As Principais Ideias de Santo
Santo Agostinho foi um dos maiores filósofos e teólogos dos primeiros séculos do
cristianismo na antiguidade. Foi considerado uma autoridade no desenvolvimento
do pensamento medieval e de toda a filosofia e teologia ocidental.
Introdução
Santo Agostinho escreveu em estilo muito rebuscado em comparação ao estilo
atual. Seu pensamento é vasto e complexo, seus escritos são temas de
estudos de inúmeros doutores que dedicaram anos de suas vidas a entender ao
menos um pouco do que esse grande pensador legou para o mundo.
Como este artigo é apenas um resumo introdutório, basta dizer que as principais
ideias de Santo Agostinho envolvem a fé e a razão, a primeira certeza racional, a
Iluminação divina, o problema do mal e o livre arbítrio.
Como se sabe, Agostinho hoje também é considerado santo. Mas apesar das
virtudes que o levaram a esse patamar, o início de sua vida foi turbulento,
tendo experimentado a devassidão por muitos anos.
Maniqueísmo
Para os membros da seita maniqueísta, o mundo é governado por dois
poderes, dois princípios iguais em possibilidades e que se equilibram no
universo. Há um princípio bom, um deus bom, que produz as coisas boas; e um
princípio mau, um deus mau, que produz as coisas más.
É parte das principais ideias de Santo Agostinho defender a forma perfeita das
coisas, porém, não a reminiscência. Diferente de Platão, ele explicou que a
forma perfeita de todas as coisas existe apenas na mente de Deus.
Por essa razão, as almas não se recordam, mas aprendem cada vez mais à
medida que se aproximam de Deus. E foi o que aconteceu com ele.
Sendo assim, quando ele ouviu Ambrósio pela primeira vez, foi impossível não
admirá-lo e querer ouvi-lo ainda mais.
Essas palavras caíram como uma luva, iluminando sua vida, que era promíscua.
A conversão de Santo Agostinho foi um longo processo, não foi imediata. Não fez
com que ele deixasse de pensar na sua antiga vida. Ele precisou retomar a
consciência da vida inteira.
Esse pequeno resumo de sua vida faz sentido, porque ele mesmo diz que, depois
da castidade, sua inteligência foi iluminada. Em outras palavras, disse que ficou
mais inteligente depois que abandonou seu desregramento da carne.
Por essa razão, as principais ideias de Santo Agostinho estão relacionadas com
sua vida religiosa.
A fé e a razão;
A primeira certeza e suas confissões;
A Iluminação divina;
O problema do mal;
O livre arbítrio.
1 – Fé e razão
Para Santo Agostinho, a razão natural é concedida por Deus aos homens
para que conheçam a verdade. Outro meio mais elevado é a Revelação. Assim
se conhece a verdade pela fé, meio que alcança o que a racionalidade não dá
conta.
Mesmo tendo se convertido, ele não usou os dogmas da fé para pensar sobre a
desordem do mundo. Santo Agostinho buscou fundamentos para crer e foi
tipicamente filosófico nisso.
Além disso, a fé não é uma constante, ela vai e vem, pois é uma atitude
subjetiva. Não se alcança de uma vez para sempre. A história dos santos
católicos mostra que a fé é constantemente pedida e traz novas dúvidas.
Mesmo que a Revelação tenha seus critérios de certeza, isso não resolve
o problema do homem:
A presença de Jesus era um motivo, mas e depois? Com esse motivo acredita-se
no restante. A fé não acontece sem motivo e, precisamente, esse motivo
é racional.
Teologia
A teologia é o resultado da articulação e defesa dialética da fé. Trata-se da
organização e explicitação racional do conteúdo da fé em discussões
dialéticas. Isso só aconteceu no Ocidente.
Primeiro, ele chega a ter certeza de que existe. Ao mesmo tempo, tem
certeza de que não é seu próprio fundamento. Ele sabe, pela sua história de
vida, que não se criou e que não se sustenta na existência.
Por isso, sabe também que ele não é a explicação de si mesmo. Ele sabe que
existe, mas não sabe por que existe, o que fazer com sua vida ou quem
o trouxe à vida.
Em Confissões, por exemplo, Agostinho conta a sua história porque quer saber
quem ele é. As confissões são uma sondagem em profundidade do seu “Eu”,
remontando-se ao começo da existência.
Ele enfrenta sua consciência desde a memória mais distante, de seu “Eu” mais
infantil.
3 – Iluminação divina
Com retidão de vida, disse que passou a entender o que antes não
entendia. Disso surge o nome iluminação divina, já que acreditava que Deus
vem em auxílio do homem para ajudá-lo a alcançar um conhecimento verdadeiro.
Entre as principais ideias de Santo Agostinho, essa foi uma das que mais
influenciou a filosofia medieval. Contrariamente ao que Platão ensinou, a
iluminação divina diz ao homem que ele deve buscar a verdade com ajuda de
Deus em seu interior e não em um mundo à parte.
4 – O problema do mal
Esse tema da filosofia de Santo Agostinho está diretamente ligado ao seu
envolvimento com os maniqueus. Pela lógica, ele percebeu que não fazia
sentido acreditar na existência de um princípio mau criador de coisas
más.
Afinal, de onde vem o mal então? Basta viver para perceber em si e no mundo
muitas coisas más. Se nada cria isso, porque os homens lidam com o mal no
decorrer da vida?
O que é o mal?
De onde vem o mal?
Confissões é um dos livros onde Santo Agostinho explica que Deus não é autor
do mal e que o mal é uma ausência de Deus. Segundo sua filosofia, o mal
não possui essência, é um nada.
Assim o mal começou, quando anjos livres escolheram não obedecer a Deus e
d’Ele se afastaram. O mal está intrinsecamente ligado ao livre arbítrio, já
que Deus não obriga nenhuma criatura racional ao bem, embora as
convide.
Por fim, Santo Agostinho explica que todo o mal que Deus permite não supera o
bem que Ele consegue mesmo com essa permissão.
5 – Livre arbítrio
É comum pensar que o livre arbítrio é um tipo de liberdade concedida para que
se escolha entre o bem e o mal. Mas isso é um equívoco no escopo do
pensamento agostiniano.
O livre arbítrio não é concedido para que se escolha o mal, mas sim uma
condição para escolher o bem. Aqueles que escolhem o mal, usam errado a
liberdade recebida e serão mais infelizes. Em A Cidade de Deus, é essa a situação
dos demônios.
Na verdade, Santo Agostinho explica que a função do livre arbítrio é garantir que
nenhuma criatura racional seja obrigada a amar a Deus. Não existe amor sem
Comente e compartilhe. Quem você acha que vai gostar de ler sobre as
principais ideias de Santo Agostinho?