Túlio Eugênio Dos Santos - A Codificação Administrativa
Túlio Eugênio Dos Santos - A Codificação Administrativa
Túlio Eugênio Dos Santos - A Codificação Administrativa
rio dE JaNEiro
2019
Copyright © 2019 by Túlio Eugênio dos Santos
Produção Editorial
Livraria e Editora Lumen Juris Ltda.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SA237c
Santos, Túlio Eugênio dos.
A codificação administrativa / Túlio Eugênio dos Santos. –
Rio de Janeiro : Lumen Juris, 2019.
208 p. ; 21 cm.
Bibliografia : p. 183-198.
ISBN 978-85-519-1316-1
CDD 342
1 Introdução............................................................................ 1
3 A Codificação em Si........................................................... 51
3.1 Breve escorço histórico da codificação............................ 51
3.2 Conceito de codificação, diferenciações e as tentativas
prévias de uma codificação administrativa brasileira............ 54
3.3 Obstáculos e razões jurídicas de sustentabilidade
da codificação......................................................................... 58
VII
3.3.1 Escorço geral.............................................................. 58
3.3.2 Problematização. Óbices comumente elencados
como entraves à codificação.............................................. 61
3.3.2.1 Considerações preliminares................................. 61
3.3.2.2 Primeiro obstáculo: o excesso de leis
administrativas e a variedade de matérias reguladas...... 61
3.3.2.3 Segundo obstáculo: a multiplicidade de
competências como empecilho à codificação....................66
3.3.2.4 Terceiro obstáculo: o risco de engessamento
do direito erigido por savigny e a desconstrução
dessa crença.................................................................... 78
3.3.2.5 Razões jurídicas de sustentabilidade
da codificação................................................................. 80
3.3.2.5.1 Introdução, lacunas, vícios e a teoria do
feixe de relações........................................................... 80
3.3.2.5.2 A primeira razão: a percepção das relações
institucionais em si....................................................... 85
3.3.2.5.3 Segunda razão de sustentabilidade da
codificação: codificação como instrumento
democrático de conhecimento da norma por
parte do jurisdicionado................................................ 101
3.3.2.5.4 Terceira razão de sustentabilidade
da codificação: codificação como corolário da
segurança jurídica........................................................ 102
3.4 Os alicerces principiológicos. A entronização
dos novos valores éticos como base filosófica da
codificação administrativa.................................................... 104
3.4.1 O princípio do desenvolvimento humano.................. 104
3.4.2 Introdução ao princípio da produtividade
(eficiência) como um dos alicerces da estrutura
da codificação administrativa............................................ 108
VIII
3.4.3 O terceiro alicerce principiológico da codificação
administrativa: a moralidade administrativa e o
combate à corrupção.......................................................... 115
IX
4.3.1 A inteligibilidade e a eficiência normativa
do Código........................................................................... 151
4.3.2 A necessidade de sintonia fina entre a intenção
epistemológica da codificação e da concretude da
realidade, de modo a facilitar a sua aplicação.................... 157
4.3.3 O item da reflexividade considerado ainda
durante a fase de elaboração do Código............................. 159
4.4 Sugestão de design estrutural do código administrativo... 166
5 Conclusão............................................................................. 179
Referências.............................................................................. 183
X
1 Introdução
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E continua, Jung, a explicitar o âmago de sua tese: “[...] Minha tese é a seguinte:
à diferença da natureza pessoal da psique consciente, existe um segundo sistema
psíquico, de caracter coletivo, não pessoal, ao lado do nosso consciente, que por sua
vez é de natureza inteiramente pessoal e que – mesmo quando lhe acrescentamos
como apêndice o inconsciente pessoal – consideramos a única psique passível de
experiência. O inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, mas é
herdado. Ele consiste de formas preexistentes, arquétipos, que só secundariamente
podem tornar-se conscientes, conferindo uma forma definida aos conteúdos da
consciência.” (JUNG, 2002, p. 54). Adotamos essa nomenclatura junguiana a
traçar uma ponte, um elo de ligação entre o direito, a cultura e a psicologia coletiva,
de modo a identificar os arquétipos impeditivos do desenvolvimento. Cunhamos,
sobre tal termo, a expressão arquétipos do atraso para referimo-nos à ética avessa
ainda remanescente na cultura brasileira, como óbice à implementação do
desenvolvimento.
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2 Notas Preliminares sobre a
Realidade Posta e a sua Mudança
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3 Eis um Arquétipo bíblico enraizado o qual traduz-se como uma crítica expressa à
soberba, à cobiça desenfreada e à vaidade. Não se refere propriamente à acumulação
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de riquezas materiais mas à soberba que via de regra atinge pessoas despreparadas as
quais enriquecem (BÍBLIA,1999). Essa linha interpretativa de valorizar a pobreza e
a humildade de espírito ao invés de prender-se à maléfica pobreza material é fruto de
uma hermenêutica cada vez mais pragmática efetuada hoje em dia principalmente
por comunidades protestantes. As comunidades católicas, preponderantes em nossa
sociedade, deveriam atentar para a revisão de tais valores. A caridade não pode
reverberar em assistencialismo e o indivíduo deve ser incentivado a ajudar a si
próprio mais do que ser apenas ajudado. Evidente que o instituto da bondade não
pode ser relegado a segundo plano, mas carece moldar essa revisão de valores de
acordo com princípios éticos mais adequados à valorização da ética do trabalho e
do desenvolvimento.
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própria mudança. Eis a dinâmica das crises. Essas, uma vez con-
troladas, servem como elemento de aperfeiçoamento e amadu-
recimento do sistema. Tais crises axiológicas, acompanhadas da
ruptura do simbólico, do abandono das carcaças vazias dos velhos
costumes e condutas obsoletas com a subsequente substituição por
um novo arcabouço de valores e legitimidades, reverbera como um
novo capital cultural simbólico. Este patrimônio imaterial deve
ser devidamente aproveitado. Consoante enfatizado, tais intera-
ções dialógicas entre o processo de reconstrução identitária e a
realidade guardam conexões com outros ramos e encaixam-se no
contexto de um processo histórico mais amplo e complexo. Sob
esse viés de contextualização, interessante notar como determi-
nados autores diagnosticam certas espécies de crises ou conflitos
como inerentes a um tipo de síndrome do desenvolvimento, ex-
perimentada por alguns países nessa condição. Ou, consoante o
texto abaixo transcrito:
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5 Serem cinco os tipos de crise sugeridos, que serão então analisados sob a luz
dos três componentes da síndrome do desenvolvimento. Os cinco tipos de crise
são a crise de identidade, legitimação, participação, penetração, e distribuição.
Posto que nem todos são auto explicativos, faz-se necessário tecer alguns breves
comentários. A crise de identidade refere-se à base subjetiva de filiação a uma
comunidade política e diz respeito a tensão existente entre o senso de identidade
de grupo cultural e psicologicamente determinado e as definições políticas da
comunidade. Na política moderna, identidade subjetiva e identificações políticas
objetivas precisam coincidir. A crise de identidade não é necessariamente a crise de
qualquer país, mas uma crise de nossa era. A crise de legitimidade deve provocar a
mudança da natureza da autoridade final para a qual a obrigação política é devida,
uma mudança do transcendental para o imanente, um declinar do caráter sagrado
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Estrutura e Linguagem da
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4.2.4.3 A EC nº 19
Uma das principais alterações promovidas pela EC nº 19 foi a
incorporação ao patamar constitucional do sobredito princípio da
eficiência administrativa. Existiram várias modificações adicionais
dignas de nota, tais como a instituição do teto geral de remunera-
ção/subsídios dos servidores públicos, a universalização do concur-
so público de provas ou de provas e títulos, o direito de greve do
servidor a depender somente de lei ordinária específica, a vedação
de cumulação remunerada de cargos públicos e suas exceções, a
estipulação de limites com gastos para servidores públicos (artigo
169 da CF/88) (BRASIL 2013), dentre outros (Emenda Constitu-
cional nº 19/98) (BRASIL, 1998a). A feição de eficiência aplicada
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[...] Se a lei não for certa, não pode ser justa: legis tantum
interest ut certa sit, ut absque hoc nec justa esse possit”.
Para ser, porém, certa, cumpre que seja precisa, nítida,
clara. E como ser clara, ser for vazada nos resíduos im-
puros de um idioma de aluvião? Se não espelhar nessa
língua decantada e transparente, que a tradição filtrou
no curso dos tempos? Aspirar à clareza, à simplicidade e à
precisão sem um bom vocabulário e uma gramática exata
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Subseção III – Linhas Gerais sobre regime jurídico dos Bens Públi-
cos dominiais (terras devolutas, plataforma continental, rios e
mares, florestas, minérios radioativos e subsolo em geral, petróleo,
espaço aéreo)
Seção IX – DESAPROPRIAÇÃO
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