Projecto em Obra, Malária
Projecto em Obra, Malária
Projecto em Obra, Malária
TEMA:
O ORIENTADOR:
Norberto Samuel Sapalo
LUBANGO/2021
DEDICATÓRIA
Justino Freitas Chilete
Primeiramente os meus agradecimentos são direcionados a Deus pela proteção que
me concedeu no decorrer de todo tempo percorrido, pós que sem a atenção e o
acompanhamento de Deus, nada se teria feito, não me posso esquecer dos meus
familiares e amigos, incluindo principalmente a força e atenção da minha mãeSuzana
Malica Chilete, a quem dedico por especial este trabalhos, e aos meus irmãos (Mariano
Tchyambo, Lucas Catombela, Adelino Maliti Chilete, Domingos Dias Chilete, Lusia
Ningati Chilete, Idalina Namutango Chilete, e Celina Calesso Catombela) pela força,
tanto moral e financeira.
Manuel Jamba
Dedico este trabalho aos meus pais Afonso Muhele e Madalena Tchihemba e aos meus
irmãos e todos outros familiares, por serem a minha base de vida com muito sustento
moral, emocional, financeiro , carinho e cumplicidade. Apoio e disposição para fazer
acontecer quanto não me vejo. Quem me impulsiona, direciona e aconselha com
sabedoria.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus pela protecção divinal que nos tem concedido a todo momento
de vida, não podemos deixar de parte os agradecimentos aos técnicos de saúde pela
colaboração e disponibilidade tanto no momento de estágio como na realização deste
projecto de fim do curso.
A direcção da Escola pela atenção e o acompanhamento feito durante os 4 anos de
formação.
A todos nossos professores, especificando Norberto Samuel Sapalo, Emília Paula
Talaça Soares, Silvano Culembe, Armando Jango, Sambambe, Daniel Longuia. pela
ajuda , solidariedade ,disponibilidade incondicional ,paciência , apoio técnico e moral e
incansavelmente em prol do curso profissional .
Expressamos os nossos profundos agradecimentos aos nossos colegas do instituto
técnico privado da IECA, especialmente aos colegas de turma, pela força e motivação
que nos proporcionaram no decorrer todos os anos passados de formação.
As nossas famílias palavras são insuficiente para poder expressar os agradecimentos,
pela força, amor e a atenção dispensada diariamente.
Louvem ao senhor Deus a minha rocha, ele me prepara para a batalha e me ensina a
combater. Ele é a minha rocha e fortaleza, o meu abrigo e o meu libertador. Ele me
defende com o um escudo, e eu confio na sua protecção. Salmos 144 v 1 - 2.
RESUMO
A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plamódium transmitido
através da picada de uma fêmea Anophefeles do mosquito infectado, que geralmente
pica durante a noite, o seu diagnóstico adequado permanece como um dos pilares dos
programas de controlo da doença do mundo. O presente trabalho tem como o tema
Diagnóstico Laboratorial da Malária em Crianças de 0 aos 14 anos idade no Centro
Medico Do Nambambe Lubango, e foi conduzido pelo seguinte objectivo: Descrever e
praticar a metodologia usada no local de estudo sobre o diagnóstico laboratorial da
malária, no periódo de Janeiro a Março de 2021.
Este trabalho tem como o estudo de caracter quantitativo descritivo-transversal, com
um paradigma qualitativo-quantitativo, tudo isto auxiliado ao suporte bibliográfico.
INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Como um problema de saúde pública, a malária é uma doença que atinge diversas
populações em vários paises, sendo essencial a importância do diagnóstico rápido e
especifico para o início do tratamento e consequentemnete o controle da propagação
da doença. Os sinais e sintomas da fase inicial são: febre, dor no corpo, mal estar
geral, náuseas, vómitos, dores de cabeça e dores nas articulações( Salzer 2019)
Classicamente 5 espécies são conhecidas por causar doenças em humanos, são estas
as seguintes: P. Falciparum, P. Vivax, P.Malariae, P. Ovale. Tem sido descrito uma nova
espécie P. Knowlesi.
Essa doença é prevenivel e tratavel, o início do tratamento deve ser o mais precoce
possivel( Ribeiro 2016)
Isso motivou-nos a escolha deste tema como contributo para melhorar o diagnóstico, e
a informar da malária a população e principalmente á crianças
Os Anopheles gambiae São mais presentes à noite, Durante o dia o mosquito está
dormindo e não precisa sentir o cheiro do hospedeiro, mas quando o sol se põe, o
sistema olfativo se torna extrassensível, e é quando ela (a fêmea) está pronta para
sentir odores e picar o homem .
2.4.1 Classificação Científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Diptera
Família: Culicidae
Género: Anopheles
Espécie: Anopheles Gambiae
Para que o mosquito se torne infeccioso tem de viver tempo suficiente para que o
parasita complete a parte do ciclo que se desenvolve nele. As condições ambientais
assumem uma grande importância na transmissão da doença, como é da chuva, o mau
estado do saneamento e a temperatura, que para além de afetar o comportamento do
mosquito, a temperatura também condiciona o desenvolvimento do parasita no interior
do mosquito. Com o aumento da temperatura, o período de incubação do parasita
diminui tornando-se infeccioso mais rapidamente, portanto, as temperaturas mais
baixas, o parasita demoram mais tempo a tornar-se infeccioso, o que pode impedir
para a transmissão já que o tempo de vida do mosquito pode não permitir o
desenvolvimento completo do parasita.
2.4.2- MORFOLOGIA DO VETOR
Como todos os insectos da família Culicidae, os anopheles têm uma metamorfose
completa (holometábolos), durante seu desenvolvimento passam pelos estágios de
ovo, larva, pupa e adulto, e esse estágio são aquáticos providos de água limpa, fria e
corrente, em locais sombreados, com presença de raízes e vegetação aquática .
Ovo: A fêmea do mosquito põe seus ovos, um de cada vez ou juntos em jangadas,
numa superfície fresca ou quaisquer águas estagnadas que eclode em larvas cerca de
2 dias.
Esporozoíto: é a forma com maior potencial infeccioso para humanos, está nas
glândulas salivares do vector que as transfere para o homem. Suas características são:
núcleo central e extremidades afiladas apresentando na extremidade anterior o
complexo apical;
Oocineto: é uma forma alongada, móvel, presente entre a luz e a parede do estômago
do mosquito;
O tempo requerido para que se complete o ciclo esporogônico nos insectos varia com a
espécie de plasmódio e com a temperatura, situando-se geralmente em torno de 10 a
12 dias. Os esporozoítos produzidos nos oocistos são liberados na hemolinfa do
insecto e migram até as glândulas salivares, de onde são transferidos para o sangue
do hospedeiro humano durante o repasto sanguíneo (Hirako, 2016)
2.5.6 PERÍODO DE INCUBAÇÃO
O período de incubação de malária varia de acordo com a espécie de plasmódio,
sendo de 8-12 dias para o P. falciparum, 13-17 dias para o P. vivax, 18-30 para o P.
malariae 16-18 dias para o P. ovale, verificando-se para P. knowlesi uma duração de
15-17 dias (RIBEIRO, 2012).
2.5.7 TRANSMISSÃO DA MALÁRIA
O período de transmissibilidade natural da malária, esta ligada a existência de
portadores de gametócitos (reservatórios humanos) e de vectores. Existem centenas
de espécies de anopheles com potencial de transmitir a malária.
A transmissão da malária pode ocorrer de duas formas:
Transmissão natural - é aquela em que o plasmódio chega ao ser humano por meio
da picada de uma fêmea do mosquito Anopheles infectada, ou seja, portadora de
formas infectantes (esporozoítas) na sua glândula salivar
• Lancetas
• Lâminas de vidros
• Algodão seco
• Álcool a 70%
• Metanol
• Corante (Giemsa)
• Água tamponada
• Cuba de coloração
• Microscópio óptico
• Contadores de Taller .
2.5.15. Métodos
• Identificação da lâmina
• Leitura
• Quantificação parasitária/mm3
3- Numa lâmina limpa (de preferência com extremidade esmerilhada), coloque uma
etiqueta contendo o nome do paciente, data e horário da colheita;
4- Colocar uma das lâminas sobre a superfície plana e manuseá-la pelas extremidades,
evitando tocar as superfícies onde será feito o esfregaço sanguíneo;
6- Limpe a área onde será feita a punção com álcool a 70%, e deixe secar;
7- Puncione o dedo com a lanceta, a punção deve ser feita na parte lateral do dedo e
remova a primeira gota de sangue com uma gaze limpa;
10- O sangue venoso no tubo de EDTA deve ser bem misturado antes de ser usado;
11- Esfregaço (a): Separe duas lâminas limpas e com uma das lâminas (lâmina
distensora) tocar a gota de sangue presente na outra lâmina formando um ângulo de
45;
12- Esfregaço (b): Esperar até que o sangue se espalhe ao longo da extremidade da
lâmina distensora;
14- Gota espessa: Usando uma das pontas de uma lâmina limpa, espalhe a gota de
sangue em um círculo de diâmetro de 1 a 2 cm. Não produza uma gota muito espessa,
para evitar que ela saia da lâmina;
17- Espere até que o esfregaço esteja completamente seco antes da coloração, Caso
contrário, pode haver perda total de material;
18- Espere até que a gota espessa esteja completamente seca antes da coloração .
2.5.18 Descrição do método de coloração por giemsa:
1. Colocar as lâminas a corar na tina (placa) de coloração com as faces viradas para
cima e despeje o corante até que cada lâmina esteja coberta ou mergulhe as lâminas
de forma vertical num tanque com a solução de Giemsa;
2. Deixar corar durante 8-10 minutos para diluição a 10% e 45 a 60 minutos para a
diluição a 3%;
4. Nota: Não lave a lâmina com o fluxo de água corrente de baixo da torneira;
5. Quando o corante tiver sido retirado, colocar as lâminas no suporte de secagem com
o lado do esfregaço para baixo, para escorrer e secar. Certificar que as gotas espessas
não se raspem na extremidade do suporte;
• Guardar num frasco de vidro escuro num local fresco, seco, à sombra, longe da luz
solar directa;
• Não adicionar água à solução stock, mesmo em menor quantidade, para que o
corante não se deteriore, tornando a coloração progressivamente ineficaz;
• Não adicionar corante diluído no frasco stock, ou no frasco utilizado para a sua rotina
diária. Uma vez que o corante já preparado (diluído), deve ser usado rapidamente ou
descartado.
2.5.21.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA GOTA ESPESSA PARA A
PESQUISA DE PLASMÓDIO:
Vantagens:
• Por concentrar maior quantidade de sangue desemoglobinizado numa área
relativamente pequena, a gota espessa aumenta a probabilidade de se encontrar
parasitas, o que a torna o método de eleição para o diagnóstico de malária (e de
outros hemoparasitos);
Começar a contar quando o parasita é visto pela primeira vez ou a partir do primeiro
campo examinado, antes de iniciar a contagem identifique a espécie do parasita e as
fases presentes, comece a contagem na secção superior esquerda da gota, com
Abordagem sistemática ou Longitudinal (idem 2016). O número de Leucócitos a utilizar
(8000) é arbitrário, com grandes variações entre indivíduos, contudo é aceite como
razoavelmente preciso. Além dos materiais já em uso necessitará:
• 1 Calculadora
2.5.21.5 - Método:
• Contar 100 parasitas em 200 leucócitos, Se após 200 leucócitos contar um número
de parasitas igual ou inferior a 99, a contagem deve continuar até 500 leucócitos.
Obs. Terminar sempre a contagem do último campo mesmo que já tenha atingido 200
ou 500 leucócitos..
Fórmula:
Nº de parasitas/ m3 ou μL de sangue =
2.5.21.6- Resultados Positivo:
Quando uma lâmina é positiva, ao lançar o resultado, é importante mencionar a
quantidade de parasita, fase do parasita, e a espécie Ex:
Trofozoíto Maduro: (forma rara) O citoplasma tende a ser mais denso do que o de
anéis jovens. Eles possuem a tendência de manterem a sua forma de anel e em
algumas vezes pigmentos amarelados podem ser vistos em seu citoplasma.
Trofozoítos de P.F em crescimento podem aparecer com um formato amebóide;
Esquizontes: Núcleo grande continuaa dividir’-se até 16 merozoítos (em média 10)
esquizonte vai amadurecendo no eritrócito o pigmento agrupa-se em uma ou várias
massa grossas de pigmento castanho escuro. Formas de roseta ocasionais.
Merozoítos maduro podem aparecer segmentados e o pigmento agrupado numa
massa única;
• Abra o envelope;
• Limpe a ponta do dedo do paciente com a gaze; Deixar secar ao ar, sem soprar
nem limpar (se Soprar ou limpar o dedo deixa de estar limpo);
• Positivo Para P. Vivax: Positivo duas nas linhas na posição C e P.v, o resultado é
infecção por P. vivax.
• Os testes podem ser danificados pelo calor e humidade (só se deve abrir a
embalagem imediatamente antes de realizar o teste)
2.5.21.14 DIAGNÓSTICO MOLECULAR (REACÇÃO EM CADEIA DE
POLIMERASE)
As técnicas moleculares vêm sendo amplamente empregadas para diagnóstico de
doenças infecciosas. PCR como método de detecção de malária foi inicialmente
descrita por Waters & McCutchan, em 1989 (Alves, 2018), consiste na amplificação do
ADN dos plasmódios usando a reacção em cadeia da polimerase, o diagnóstico da
malária com base na detecção de ácido nucléico mostrou grande progresso em termos
de eficácia, e é sensível (mais de 90%) e altamente específica (quase 100%), pode
detectar níveis muito baixos de parasitas, útil quando o esfregaço é negativo, Porém, o
diagnóstico de malária através de PCR ainda é restrito aos laboratórios de pesquisa,
em virtude de seu custo elevado, reagentes necessários e alta complexidade da
técnica .
2.6 PREVENÇÃO DA MALÁRIA
Grande esforço tem-se centrado, a nível mundial, no sentido de minimizar o impacto
desta doença na população global, para a prevenção a OMS recomenda, a
administração de tratamento preventivo intermitente em caso das grávidas, uso do
mosquiteiro tratado com insecticida de longa duração, saneamento básico do meio, e o
diagnóstico precoce, mas isso tem sido particularmente difícil na maioria dos países
Africanos, pois alguns casos de febre são inicialmente levados para curandeiros
tradicionais, que têm pouco conhecimento sobre grupos de alto risco tais como
mulheres gestantes, e adesão tribal aos medicamentos anti-maláricos também não
boa.
2.6.1 PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Como medida de protecção individual pode-se citar a chamada profilaxia de contacto,
que consiste em evitar o contacto do mosquito com a pele do homem. Como o
anopheles tem, em geral, hábitos nocturnos de alimentação, recomenda-se evitar a
aproximação às áreas de risco ao anoitecer, vestir roupa comprida para proteger os
braços e as pernas, usar repelentes nas áreas expostas do corpo, Uso de redes
milimétricas nas portas e janelas e dormir de baixo de mosquiteiros tratado Com
insecticida. .
Para os viajantes, evitar viajar para zonas endémicas da malária até ao período pós-
parto, nas mulheres que residem em zonas não endémicas a quimioprofilaxia é
desaconselhada pela OMS por favorecer o desenvolvimento da resistência nos
plamódios .
2.6.2 PROTEÇÃO COLECTIVA
Como medidas colectivas, algumas estratégias têm sido consideradas actualmente
para reduzir os níveis de transmissão nas áreas endémicas. Entre elas destacam-se:
• Descritivo
• Quantitativo
• Inquérito por questionário: foi a técnicas que se usou para recolha de dados com
perguntas abertas e fechadas.
Amostra
A amostra é a subparte representativa da população, aquela que realmente é estudada.
(Roque, 2010)
Com base na população, a amostra foi de 10 Técnicos de Laboratório de Análises
Clínicas do mesmo local acima referido.
Total 10 100%
Tabela nº 3- Questão nº 1 - Já ouviu falar da malária?
Não 0 0%
Total 10 100
Urina 0 0%
Fezes 0 0%
Sangue 10 100%
Total 10 100
De acordo com a tabela nº 6, 50% dos técnicos, afirmaram que uma das técnicas
usadas para o diagnóstico laboratorial da malária, é a execução das preparações (Gota
espessa e esfregaço) e fixação com álcool etílico e 5 Técnicos correspondente a 50%
afirmaram que uma das técnicas é a Coloração pelo método de Giemsa 10% ou 3% e
quantificação parasitária por (mm) ou uL de sangue.
4.1 CONCLUSÕES
Dos dados colectados junto dos participantes, deu-se por concluir que:
4.2 SUGESTÕES
• Que a metodologia para a pesquisa do Plasmódio Spp, seja feita ou obedeça as
normas e regulamentos protocolados pela OMS, por tanto que seja executada
também de maneira seriada, permitindo detectar um maior número de
plasmódios circulantes, evitando resultados falso negativo;
REFENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1.SALZER, A. L. (2019). AVALIAÇÃO IN VITRODA ATIVIDADE ANTIPLASMÓDICA
DAS LIGNANAS EM MODELO DE Plasmodium falciparum (1 ed.). (B. M. Dr. Valter
Ferreira de Andrade Neto, Ed.) Natal, RIO GRANDE DO NORTE, Brazil.
9. Angola, A., Saúde, M. d., & Malária, P. N. (2010). MANUAL DE EDUCAÇÃO PARA
PREVENÇÃO DA MALÁRIA/PALUDISMO (1 ed., Vol. 1). Luanda, Angola.
12. Rund, S. S., Bonar, N. A., Champion, M. M., Ghazi, J. P., Houk, C. M., Leming, M.
T., et al. (2013). A caminho da Biológia . Nature Scientific Reports.
19. Júnior, J. B. (2009). Manual de diagnóstico laboratorial da malária (2 ed., Vol. II). (S.
d. saúde, Ed.) Brazil, Brazil: Ministério da Saúde.