Instrução de Aprendiz Maçom Parte III
Instrução de Aprendiz Maçom Parte III
Instrução de Aprendiz Maçom Parte III
Parte III
Projeto Aprendiz
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CIRCULAÇÃO EM LOJA
A circulação em loja deve ser feita sempre com passos naturais sem o sinal de
ordem.
O obreiro que não estiver portando instrumento de trabalho, quando cruzar o eixo da
loja (linha imaginaria que vai da porta do templo até atrás do dossel do V.’. M.’.),
deve parar, postar-se à ordem altivamente e fazer a saudação sempre com os pés em
esquadria, seguindo após, naturalmente, para o fim desejado.
A subida do oriente é sempre pelo lado norte. A descida pelo lado sul. Os degraus do
oriente são alcançados normalmente um a um, com os pés alternando-se em passos
simples, não havendo paradas nem junção dos pés em degraus. A subida e a descida
e sempre iniciada com o pé que chegar.
O Obr.’. que se retirar definitivamente deverá ficar entre colunas fazer a saudação às
luzes, depositar seu óbolo na bolsa de beneficência, prestar o juramento de silêncio
e aguardar a permissão para deixar o Templo.
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chamado maçom ou ser membro de outra fraternidade para que os demais sintam-se
no direito de exigir uma manifestação de fraternidade em todos os campos da vida,
conforme os seus ideais particulares.
O amor é dado, mas nunca pode ser exigido: o mesmo deve ser dito da fraternidade,
que não pode ser senão uma manifestação do amor. Nenhuma verdadeira e sincera
manifestação de fraternidade pode obter-se a não ser quando verdadeiramente a
sentimos e realizamos interiormente: um maçom tornar-se-á verdadeiro maçom e
irmão conforme sinta em si mesmo o Ideal Maçônico e possa se reconhecer como
irmão dos demais.
Quando se progride no Caminho da Vida (do qual a Maçonaria nos oferece em suas
cerimônias uma maravilhosa interpretação) e se aproxima do reconhecimento (que
não é unicamente o frio conceito ou percepção intelectual, mas a direita consciência
e sentimento) da realidade do Princípio Único de tudo, sente-se então, interiormente
e de uma forma sempre mais clara, sua íntima união e solidariedade com toda a
manifestação da Vida, e desta íntima consciência e sentimento, uma verdadeira
compreensão e realização da fraternidade será a conseqüência espontânea e natural.
Que cada um, pois se eleve, à sua maneira , e conforme lhe for possível, sobre seu
egoísmo e sua ignorância, e que reconheça sua verdadeira natureza, manifestação
do Princípio da Vida que vive em todos os seres (e que tem recebido na Maçonaria o
nome de Grande Arquiteto), reconhecendo assim seus deveres, ou seja sua relação
com o próprio Princípio da Vida, consigo mesmo e com seus semelhantes. Este é o
caminho por meio do qual a Maçonaria ensina a fraternidade e busca sua mais
prática e efetiva realização.
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da Vida) com todas as tuas forças, com toda tua alma e com todos teus
pensamentos.
Pois bem, a primeira instrução diz exatamente isso. Fala desta viagem. E
talvez seja a Maçonaria a única instituição que habilitará queimar etapas especiais,
as quais aludiu o poeta e que os homens profanos julgam ser imprescindíveis realizar
e vencer.
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amor fraternal, e ter a força interna para praticar a solidariedade humana , e ir ao
encontro da pureza, da Luz , da verdade, dos três últimos degraus do trono do
templo, e que representam a evolução espiritual de todo Maçom. Mas antes devemos
entender que temos de mostrar a força, o trabalho, a ciência , a virtude, posturas
não tanto espirituais e só apegadas a prática da vida, a práxis do dia a dia, a
verdadeira prática maçônica de vida, a nossa ação para com o próximo e que justifica
toda a moral da própria MAÇONARIA. O Maçom é um ser que age na busca do bem
para o próximo.
Entretanto, antes de tudo, é necessário o aparar das arestas, é
necessários autolapidação e como tudo aquilo que fere, há de doer, posto que, de PEDRA BRUTA
a Cubo perfeito , haverá muito gemido para cada malho, mas a tarefa não foi feita para os
fracos, os apáticos e temerosos. O Maçom não e um covarde, e o Maçom posto que como tal ,
meus Irmãos me reconheceram. Por isso aceito a Régua que mede às 24 horas do dia em que
devo ser Maçom, esta mesma Régua que me mostra a justa medida daquilo que deverei lapidar.
Aceito o Maçom que mostra que e a razão quem coordena as ações de minhas mãos,
instrumento de auxílio e de concretização do pensar e do sentir maçônico.
E finalizando , hoje sabemos porque todos os Irmãos são Aprendizes e que na reunião de
Aprendiz é que se desbasta a PEDRA BRUTA tarefa esta que exede a um salário, é tarefa para
toda a vida maçônica, é tarefa que vai ao encontro da luz do GRANDE ARQUITETO DO
UNIVERSO.
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COMO MATAR A SUA LOJA
• Não freqüente as reuniões, Mas quando for lá procure algo para reclamar.
• Se comparecer a qualquer atividade procure falhas nos trabalhos de quem está lutando pela
Instituição.
• Se a diretoria pedir a sua opinião sobre um importante assunto, responda que não tem nada a
dizer e depois espalhe como deveriam ser feita as coisas.
• Não faça mais do que o absolutamente necessário, porém quando os IIr∴ estiverem trabalhando
com boa vontade e com interesse para que tudo corra bem, afirme que sua Loja está dominada
por um grupinho.
• Não leia o boletim oficial e muitos menos os Informativos; Jornais e comunicados da sua Loja.
• Se for convidado para qualquer cargo, recuse alegando falta de tempo e depois critique com
afirmações do tipo: Essa turma quer é ficar para sempre nos cargos.
• Quando tiver divergências com um Ir∴, procure com toda intensidade vingar-se da Instituição.
Faça ameaças de abrir processo ético e envie cartas aos membros do quadro com acusações
pesadas à diretoria.
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• Sugira, insista e cobre a realização de congressos, cursos e palestras, e quando a Loja realiza-los,
não se inscreva, nem compareça.
• Após toda essa “colaboração espontânea” quando cessarem as publicações, o lazer e todas as
demais atividades, enfim, quando sua Loja morrer, estufe o peito e afirme com orgulho “EU NÃO
DISSE ?
Autor Desconhecido
A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta.
Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como
sendo uma sociedade discreta.
Os sinais, símbolos e toques, a íntima essência das alegorias e o significado das palavras que
correspondem aos diferentes graus, (por seu caráter e sua transmissão ininterrupta) até a mais
remota Antigüidade. Nos Templos sagrados de todos os tempos e de todas as religiões, entre as
estátuas, gravuras, baixos-relevos e pinturas; nos escritos que nos foram transmitidos, em
representações simbólicas de origens diversas, nas próprias letras do alfabeto, podemos
encontrar vários traços de uma intenção indubitavelmente iniciática ou maçônica (sendo os dois
termos, até certo ponto, equivalentes); e eventualmente não aparecerem nestas
representações os mesmos sinais de reconhecimento.
À iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos, e aos meios de
reconhecimento (sinais, palavras e toques) que usavam entre si e por intermédio dos quais
abriam suas portas ao irmão à iniciação como condição necessária para nelas serem admitidos,
e aos meios de reconhecimento (sinais, palavras e toques) que usavam entre si e por
intermédio dos quais abriam suas portas ao viajante iniciado que se fazia reconhecer como um
deles, tratando-o como irmão, qualquer que fosse sua procedência.
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Tendo sido consagrado maçom, o neófito está agora em condições de receber os sinais, marcha
e a bateria do grau, bem como, a palavra sagrada e de modo de dá-la, juntamente com os
meios de reconhecimento, que constituem o fundamento de suas instruções.
Por outro lado, os sinais e meios de reconhecimento, e tudo quanto se refere aos trabalhos
maçônicos, devem conservar-se no mais absoluto segredo, posto que deste segredo depende a
perfeita aplicação, utilidade e eficácia dos mesmos. São estes os meios exteriores ou materiais
com os quais está formada e é soldada fazendo-se efetiva, a mística cadeia de solidariedade,
que através da Maçonaria abraça toda a superfície da Terra.
Na transição da Maçonaria medieval para a Maçonaria Moderna foi incorporada essa tradição de
sigilo com todo o seu rigor medieval, e isso transparece claramente no Livro das Constituições,
da Grande Loja de londres, ao dedicar um capítulo especial à instrução dos irmãos quanto ao
seu procedimento na presença de estranhos, no ambiente familiar, na companhia dos vizinhos,
etc, recomendando especiais cuidados para não revelar nada que acontecesse em suas
reuniões e atividades como maçons.
Atualmente o "segredo maçônico" se limita aos rituais internos das lojas, à interpretação de
seus símbolos e, principalmente, aos sinais de reconhecimento, pois sinal de reconhecimento
não secreto não seria sinal de reconhecimento.
CONHEÇA A MAÇONARIA
O que é a Maçonaria ?
A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica , educativa
e progressista.
Porque é Filosófica ?
É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência ,
propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e
relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.
Porque é Filantrópica ?
É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma
classe , sendo , pelo contrário , suas arrecadações e seus recursos se destinam
ao bem estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo,
religião ou raça . Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação
espiritual e pela tranqüilidade da consciência.
Porque é Progressista?
É progressista porque partindo do principio da imortalidade e da crença em um
principio criador regular e infinito , não se aferra a dogmas , prevenções ou
superstições . E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na
busca da verdade , nem reconhece outro limite nessa busca sendo a da razão
com base na ciência.
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Quais são os seus princípios ?
A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos , sejam eles instituições , raças ,
nações ; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a
religião , raça ou nacionalidade ; a fraternidade de todos os homens , ji que somos
todos filhos do mesmo CRIADOR e , portanto , humanos e como conseqüência ,
a fraternidade entre todas as nações .
A Maçonaria é religiosa ?
Sim , é religiosa , porque reconhece a existência de um Único principio criador ,
Regulador , absoluto , supremo e infinito ao qual se dá o nome de GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO , porque é uma entidade espiritualista em
contraposição ao predomínio do materialismo . Estes fatores que são essenciais
e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO,
formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônica .
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Não , porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião , desde
que acreditem em um só Criador , o Grande Arquiteto do Universo , que é Deus .
Geralmente existe essa crenças entre os cat6ficos , mas , ilustres prelados tem
pertencido A Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo , Paladino da
Liberdade Mexicana ; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América
Central ; o Arcebispo da Venezuela , Don Ramon Ignácio Mendez ; Padre Diogo
Antônio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin da
Inconfidência Mineira , Frei Miguelino , Frei Caneca e muitos outros.
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ser consciente de seus deveres para com a Pátria , seus semelhantes e
consigo mesmo ; ter uma profissão ou oficio licito e honrado que lhe permita
prover as suas necessidades pessoais e de sua família é a sustentação
das obras da Instituição .
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CRUZES NO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
CRUZ, é a disposição de dois objetos, um atravessado sobre o outro ; é a insígnia de várias ordens
honoríficas; é o antigo instrumento de suplício, formado por duas peças atravessadas uma sobre a outra,
em que se prendiam criminosos. Símbolo antiqüíssimo e universal, a cruz é encontrada com grandes
variações morfológicas, mas o modelo básico é sempre a intersecção de dois segmentos, um vertical e
outro horizontal. O significado é sempre o da conjunção dos opostos: o eixo vertical (masculino), com o
eixo horizontal (feminino) ; o positivo com o negativo ; o superior com o inferior ; o tempo com o espaço ;
o ativo com o passivo ; o Sol com a Lua ; o dia com a noite ; a vida com a morte ; e assim por diante. Os
principais tipos de cruz, com interesse para o Rito Escocês Antigo e Aceito, são os seguintes:
Cruz Simples
Formada por quatro segmentos iguais (como um sinal de +), é a forma básica, símbolo perfeito da
união dos opostos. É também chamada de cruz grega.
Em aspa --- com o formato de um "xis" (x) --- simboliza a união do mundo superior com o mundo
inferior e tem esse nome porque consta que Santo André teria sido supliciado numa cruz com esse
formato. Ela simboliza, também, o infinito incognoscível, pois suas hastes divergem até ao infinito. É uma
das "chaves" para alfabetos maçônicos.
Reproduz o desenho da letra grega tau (T). Símbolo muito antigo, já era usada pelos antigos egípcios,
como a representação de um martelo de duas cabeças. sinal "daquele que faz cumprir" ; para os
gauleses, representava o martelo do deus escandinavo Thor.
Cruz Quádrupla
Formada por duas paralelas horizontais e duas verticais (#), que se cruzam, formando um quadrado
fechado no centro, ela reforça, por ser dupla, a união dos opostos. Simboliza também, pelo espaço
delimitado que forma, a limitação da capacidade do homem. Junto com a cruz de Santo André, é "chave"
para alfabetos maçônicos.
Cruz Ansata
Importante símbolo solar egípcio, é uma cruz em tau, com um círculo na parte superior, a qual, na
realidade, era um hieróglifo, com o significado de vida. Esotericamente, expressa a idéia do círculo da
vida, colocado na superfície da matéria inerte, para vivificá-la. Também, como a estrela hominal de cinco
pontas, essa cruz pode ser chamada de hominal, ou seja, assimilada à figura humana, com o círculo
representado a cabeça, a haste horizontal representando os membros superiores, e a haste vertical
representando o tronco e os membros inferiores.
Com oito pontas --- ou quatro, bipartidas na extremidade --- é, no sentido místico, a representação das
forças centrípetas do espírito. Emblema da Ordem dos Cavaleiros de São João, da ilha de Malta, é
também usada em condecorações militares.
Formada por um ramo vertical e por dois horizontais desiguais --- o inferior mais longo do que o
superior --- representava os bispos e príncipes da Igreja cristã primitiva. O seu nome é alusivo à região da
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Lorraine (Lorena), situada na parte oriental da França. É emblema privativo dos membros efetivos do
Supremo Conselho.
Composta de um ramo vertical e outro horizontal, cada um deles tem, nas pontas, um pequeno ramo
tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de forcada porque forcado é um utensílio de lavoura,
formado por uma haste de pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto de bifurcação.
Cruz Rosa-Cruz
Com a rosa na intersecção dos braços da cruz , é interpretada como o corpo físico do homem, com os
braços estendidos, em saudação ao Sol --- que simboliza a Luz Maior --- no Oriente. A rosa, no centro da
cruz, simboliza a alma humana, o "eu" interior, que vai se desenvolvendo no homem, à medida que ele
recebe mais luz. Colocada no centro exato da cruz, a rosa representa o ponto de unidade.
José Castellani
Do livro
"Manual Heráldico do REAA" Volume II (graus 19 a 33),
que trata, com ilustrações, de painéis, paramentos,
bandeiras e símbolos do REAA
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O MAÇOM
Cuidado! O senhor não deve ser Maçom!
Ser Maçom é ser amante da Sabedoria, daVirtude, da Justiça, da Humanidade.
Ser Maçom é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, que choram,
que têm fome, dos que clamam pelo Direito, pela Justiça e os utilizam como
única norma de conduta o bem de todos e seu engrandecimento e o progresso.
Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do
gênero humano.
Ser Maçom é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de todos
os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas
as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo: "amai-vos
uns aos outros, formais uma só família, sêde irmãos".
Ser Maçom é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos vivos o
mesmo respeito que dedicamos aos nossos mortos.
Autor desconhecido
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CURIOSIDADE
Negativa apenas ou, Negativa podendo assumir uma conotação extremamente
positiva na Mac∴ ?
Diante destes sete conceitos vamos nos ater apenas a dois que interessam
para nosso trabalho.
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Ordem. Desta forma, acharia-se USURPANDO conhecimentos não merecidos e que,
de qualquer forma, não surtiriam efeito em pessoas com esse perfil, que possuem
esse tipo de curiosidade.
APRENDIZ-MAÇOM:
Aprendiz é aquele que aprende um oficio, ou uma arte. Em
Maçonaria, é o primeiro grau do simbolismo e refere-se ao neófito, ao
principiante, que, simbolicamente, está aprendendo a arte de construir, ou
Arte Real. O trabalho do Aprendiz é na Pedra Bruta, que deve ser desbastada
e esquadrejada por ele, para se tornar cúbica, servindo, assim, para as
construções. Evidentemente, isso é apenas simbólico, em alusão aos antigos
maçons de oficio, verdadeiros construtores.
A VENTAL
Avental é a peça de couro, de pano, ou de outro material, usada no
decorrer de certos trabalhos, para proteção do corpo, ou da roupa. Em
Maçonaria, o avental é o símbolo do trabalho e lembra o avental de couro
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usado pelos esquadrejadores (canteiros) e entalhadores de pedra das
corporações medievais de oficio, para proteção do corpo contra eventuais
estilhaços. O avental do Aprendiz é de couro, ou pelica (que 6 uma pele fina
de animal, geralmente carneiro), branco e usado com a abeta levantada, em
lembrança do avental dos canteiros, o qual cobria o peito, o abdome e parte
dos membros inferiores.
CADASTRO
O termo designa, entre outras coisas, o recenseamento, ou qualquer
registro de pessoas ou coisas. O número de registro de cada maçom, na
Obediência a que pertence, é colocado num cartão de identificação, que
serve de documento para visitas a outras Lojas e Obediências.
CAPITAÇÃO
É o imposto que se paga por cabeça. Entre as contribuições pecuniárias
devidas pelos membros de uma Loja, está taxa de Capitação, que é a taxa
paga por cabeça, ou seja, por cada maçom (o termo não deve ser confundido
com “captação”, do verbo captar).
CINZEL
É o instrumento, cortante numa das extremidades. Usado por gravadores
e escultores. A arte de cinzelar é um dos mais antigos artesanatos, pois
foram encontradas peças de cobre cinzeladas nas cavernas do Neolítico (o
final da Pré - História e início da Idade dos Metais). Simbolicamente, o cinzel
é um dos instrumentos de trabalho do Aprendiz Maçom, com o qual ele
desbasta a Pedra Bruta, esquadrejando-a. Simboliza a Razão e a Inteligência.
GEOMETRIA
Designa a parte da Matemática que tem por objeto o espaço e as figuras
que nele podem ser concebidas, ou a medida das linhas, das superfícies e dos
volumes. E uma das Sete Ciências ou Artes Liberais da Antiguidade. De
origem egípcia, a Geometria foi levada à Grécia antiga e, como base da ARTE
DE CONSTRUIR, das relações triangulares e do circulo, da Astronomia e da
medida das terras férteis às margens do rio Nilo, serviu de fundamento
filosófico para os sábios gregos. levando aos conceitos de ORDEM,
EQUILÍBRIO e HARMONIA UNIVERSAL, que seriam tomados, já desde os
primórdios da Maçonaria moderna (Ver o capitulo “Síntese da História da
Maçonaria”), como obra divina. Como base da arte de construir, a Geometria
é a principal ciência desse grande conjunto de ciências que é a Maçonaria.
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GRÃO-MESTRE
É o chefe do Poder executivo maçônico, o supremo mandatário de uma
Obediência, regularmente eleito pela maioria do povo maçônico, para um
mandato variável, conforme a Obediência. No Grande Oriente do Brasil, o
mandato é de cinco anos.
GUTURAL
Designa tudo o que 6 relativo à garganta (em latim: guttur) e, por isso,
designa, também, a saudação do grau de Aprendiz Maçom — sinal gutural —
feita com a mão sobre a garganta.
INTERSTÍCIO
Designa o intervalo de espaço ou de tempo. Em Maçonaria, designa o
tempo mínimo durante o qual o obreiro deve permanecer em seu grau - em
plena atividade para poder ser promovido a um grau superior. Esse tempo é
variável de Obediência para Obediência, mas e, geralmente, de um ano. Além
do insterstício legal, há necessidade, para promoção, da apresentação de
trabalhos sobre o grau.
IRMÃO
Designa o homem que, em relação a outro, tem os mesmos pais, ou
somente o mesmo pai, ou a mesma mãe. Designa, também, o membro de uma
confraria, o correligionário, o amigo inseparável, o frade sem ordens sacras.
Sendo, a Maçonaria, uma confraria, uma fraternidade, os maçons usam o
tratamento de Irmão — Poderoso Irmão, Eminente Irmão, Sereníssimo
Irmão, para autoridades maçônicas — independentemente de implicações
místicas a respeito do termo.
LITURGIA
Designa a forma e a ordem aprovadas pela autoridade eclesiástica, para
celebrar os ofícios divinos, especialmente o da missa, e, também, o estudo
dos ritos sagrados. O termo, é, como se vê, mais aplicado à religião (e a
Maçonaria NÃO É UMA RELIGIÃO), mas, levando-se em conta a etimologia
da palavra (do grego: leitourgia =função pública), qualquer sociedade que
realize um cerimonial, público ou reservado determinada foma de
desenvolvimento da cerimônia, estará exercendo uma função litúrgica, toque
acontece na Maçonaria, daí a aplicação da palavra para designar o
procedimento durante o desenvolvimento ritual de uma sessão.
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LOJA
O termo provem do germânico: leubja e do frâncico: laubja, através do
francês: logee designa o pavimento térreo de um prédio, a casa comercial
estabelecida em loja e, também, uma corporação maçônica e o local onde ela
realiza reuniões, embora seja preferível falar em templo, preservando o
vocábulo Loja para distinguir a corporação e o conjunto dos obreiros
reunidos. Originada nas Guildas medievais, a palavra “leubja” (cuja
pronúncia é “lóibja”), significava, no antigo idioma germânico, lar, casa,
abrigo; e acabou dando origem a termos de sentidos eventualmente
diferentes, em outros idiomas: “lodge”, em inglês, “loge”, em francês,
“loggia”, em italiano, “logia”, em castelhano. Em português, a palavra loja
provem do frâncico (idioma dos antigos francos) “laubja”, através do francês
“loge’, e significa pavimento térreo de um prédio, ou loja comercial. Em
italiano, o termo “loggia” passou a designar a entrada de edifício, ou galeria
usada para exposições artísticas, para venda de produtos artesanais, ou como
pátio, varanda, alpendre. Portanto, nem todas designam casas comerciais,
mas todas designam a reunião e a corporação de maçons.
O termo surgiu, pela primeira vez, cm 1292, num documento de uma
GUILDA, organização de oficio medieval(Ver ”Síntese da História da
Maçonaria”). As guildas de mercadores adotaram a palavra para designar os
seus locais de depósito e de venda dos produtos manufaturados, enquanto
que as guildas artesanais a usaram para designar os seus locais de trabalho,
ou seja, as oficinas dos artesãos. Destas últimas, originou-se o nome das
corporações maçônicas e a reunião de seus membros.
MAÇO
É um instrumento de madeira rija, do formato de um paralelepípedo,
com um cabo no centro, utilizado por escultores e entalhadores de pedra. É o
outro instrumento de trabalho do Aprendiz Maçom: o que atua sobre o
cinzel, na tarefa de desbastamento e esquadrejamento da pedra bruta.
Simboliza a força de caráter a serviço da razão e da inteligência. Do ponto de
vista místico, simboliza o espírito, atuando sobre a matéria (cinzel).
MAÇOM
É o iniciado na Maçonaria. O termo é originário do francês: maçon =
pedreiro e o mais correto, para o membro da Maçonaria seria a expressão
FRANCO MAÇOM ou PEDREIRO LIVRE. E evidente que o maçom só
simbolicamente é um pedreiro, um construtor, já que o seu trabalho é na
construção social e não na de edificações.
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MAÇONARIA DE OFÍCIO OU OPERATIVA
Maçonaria é a arte de construir. A expressão Maçonaria Operativa, ou de
Oficio, é o rótulo hoje aplicado às organizações de construtores, as quais
floresceram na Idade Média e foram as precursoras da Maçonaria dos
Aceitos, ou Especulativa, que é a atual forma de organização maçônica.
OBEDIÊNCIA
O termo, no caso da Maçonaria, significa dependência, subordinação e
se aplica à associação de um grupo de Lojas, colocadas sob a direção de um
Grão-Mestrado. Até 1717, as Lojas eram livres e os laços que as ligavam eram
profissionais — na fase operativa — e fraternais, sem qualquer dependência
comum. A 24 de junho daquele ano, era criada a primeira Obediência do
mundo, a Grande Loja de Londres, a qual foi o ponto de partida para a
adoção generalizada do sistema obediencial. A primeira Obediência criada
soba denominação de Grande Oriente foi a da França, em dezembro de 1771.
Hoje, todas as Lojas são subordinadas, ou seja, são da obediência de um
Grande Oriente ou de uma Grande Loja. É usado, também, em lugar de
Obediência, o termo Potência, embora o primeiro seja mais adequado.
PASSE
É uma palavra que permite a passagem, ou seja, que faz com que um
obreiro possa ser admitido no templo. Alguns ritos não possuem Palavra de
Passe no grau de Aprendiz, sob a alegação de que, em primitivos tempos, o
Aprendiz não podia deixar, durante o seu aprendizado, o local de trabalho,
motivo pelo qual não necessitava de uma palavra de passe quando de seu
retomo. A Palavra de Passe é um dos meios de reconhecimento, sendo
solicitada, se necessário, pelo Guarda do Templo, ou Telhados.
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PALAVRA SAGRADA
Também é um dos meios de reconhecimento de cada grau, podendo ser
pedida pelo Guarda do Templo. No Rito Escocês Antigo e Aceito, existe, no
inicio e no final dos trabalhos, a cerimônia de transmissão da Palavra
Sagrada. o mesmo acontecendo no Rito Brasileiro.
PALAVRA SEMESTRAL
É penhor de regularidade e de frequência. Enviada pelo Grão-Mestre, a
cada seis meses, às Lojas, dela somente o Venerável Mestre toma
conhecimento, transmitindo-a aos obreiros de seu quadro, alinhados na
Cadeia de União.
É prova de regularidade, pois se pode supor que quem não conhece a palavra
do semestre em curso e nem a do anterior, não frequenta Loja há mais de
seis meses, sendo, portanto. irregular, A Palavra Semestral foi criada pelo
Grande Oriente da França. em 1777.
PEDRA BRUTA
É a pedra tosca, informe, não trabalhada. Nela trabalham,
simbolicamente os Aprendizes Maçons, revivendo o trabalho dos canteiros
medievais, com finalidade de esquadrejá-la e transformá-la numa pedra
cúbica, para que possa ser usada nas construções. Para esse
esquadrejamento, o Aprendiz usa, como instrumentos de trabalho, o cinzel,
para desbastar a pedra, o maço, para atuar sobre o cinzel, além de uma
régua, para marcar os locais a esquadrejar.
PEDREIRO-LIVRE
É como é chamado o maçom. A expressão, assim como a francesa “franc-
maçon”, a italiana “libero muratore”, a alemã “freimaurer”, tem origem na
inglesa FREEMASON, considerada com dupla origem, nas instruções da
Grande Loja Unida da Inglaterra: refere-se aos maçons operativos que
trabalhavam em FREESTONE (pedra de cantaria, ou pedra que pode ser
cortada LIVREMENTE, sem quebras ou rachaduras), ou ao fato de que houve
época em que muitos homens eram servos e somente HOMENS LIVRES é que
podiam pleitear seu ingresso na Maçonaria. As palavras já foram usadas
juntas desde o inicio do século XVIII, surgindo nas Constituições de
Anderson, de 1723.
PODERES MAÇÔNICOS
Tendo uma estrutura semelhante à do Estado, as Obediências maçônicas
possuem os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo, dirigido
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pelo Grão-Mestre, conta com um Grão-Mestre Adjunto, Grandes Oficiais e
Grandes Secretários, auxiliados por um Conselho do Grão - Mestrado, sendo
que só os cargos de Grão-Mestre e Adjunto é que são eletivos, já que os
outros são livremente preenchidos pelo Grão-Mestre. O Legislativo tanto
pode ser exercido por Deputados eleitos pelas Lojas (um para cada uma),
formando uma Assembléia Legislativa, com administração autônoma, quanto
por um corpo composto por Veneráveis Mestres, O Judiciário é exercido pelo
Tribunal de Justiça, pelo Tribunal Eleitoral e pelos corpos judiciários da Loja
(Conselho de Família e Tribunal do Juri).
RÉGUA
É um instrumento usado para traçar linhas retas. Simbolicamente,
quando o Aprendiz trabalha na pedra bruta, ele, para desbastá-la, usa o
cinzel e o maço, mas necessita da régua para marcar os locais a esquadrejar.
E por isso que, ao lado do cinzel e do maço, a régua também deve ser
considerada um instrumento do Aprendiz Maçom, embora alguns ritos não a
considerem como tal. É o símbolo da lei, da ordem e da inteligência, que
devem comandar as atividades do maçom.
RITO
De maneira geral, é o cerimonial próprio de um culto, ou de uma
sociedade, determinado pela autoridade competente. Designa, também, a
ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão, culto, seita, religião.
Embora não haja, entre os diversos agrupamentos maçônicos, notáveis
diferenças doutrinárias, filosóficas, ou ideológicas, elas existem,
palpavelmente, quanto à interpretação de fatos históricos, à analise do
esoterismo básico de muitas práticas maçônicas, às influências sociais,
religiosas e políticas e até à situação geográfica. Em decorrência disso,
sempre existiram dezenas de ritos maçônicos, o que, longe de mostrar divido
ou enfraquecimento, sugere , muito mais, propicia diversas correntes de
pensamento que convergem para um ponto comum. A Igreja, que é uma
sólida instituição, também possui muitos ritos (25)-dezenove deles na Igreja
Oriental - sem que isso abale sua estrutura doutrinária.
RITUAL
É tudo o que é relativo a rito, ou que contem fitos. É, também, o livro
que contem a ordem e a forma das cerimônias, religiosas, ou não. Por
extensão, refere-se a qualquer cerimonial, ou ao conjunto de regras a serem
seguidas. Em Maçonaria, o cerimonial de cada rito é o seu ritual, assim como
o livro que contem a cronologia e as regras do cerimonial. O Aprendiz—assim
como qualquer maçom— deve estudar profundamente o ritual de seu grau,
22
qualquer que seja o rito, pois as práticas rituais, assim como os símbolos, são
as formas veladas, alegóricas, metafóricas com que a Maçonaria transmite,
aos iniciados, a sua doutrina.
SIMBOLISMO
É a expressão ou interpretação por meio de símbolos. Símbolos são
figuras, marcas, ou quaisquer objetos que tenham significado convencional,
consagrado pela tradição e pelo uso. Em Maçonaria, quase todos os símbolos
são ligados à arte de construir e encerram uma lição moral e ética para o
iniciado.
SINAL
É o meio de transmitir, à distância e à vista, uma idéia, ordem, noticia,
etc. Os sinais maçônicos do grau de Aprendiz são: de ordem e saudação,
feitos guturalmente. Uma regra básica, nesse caso, é a seguinte: os sinais só
são feitos QUANDO O OBREIRO ESTÁ EM PÉ E PARADO. Ao andar, deve
desfazer o sinal e não deve fazê-lo quando sentado.
TEMPLO
Entre os romanos era o lugar descoberto, elevado e sagrado. É o edifício
consagrado ao culto religioso e, por extensão, o lugar respeitável, ou
sagrado. Em Maçonaria, é o local onde as Lojas fazem as suas sessões
ritualísticas. O primeiro templo maçônico foi concluído em 1776, em
Londres, tomando por base, como os templos posteriores, as igrejas — que
tomaram, como arquétipo, ou modelo, o templo de Jerusalem — e o
Parlamento britânico.
TOQUE
É um sinal de reconhecimento maçônico, feito ao se tocarem as mãos,
num cumprimento. Há um toque diferente para cada grau maçônico. Junto
com os sinais e as palavras, o toque faz parte do telhamento, ou
reconhecimento de um maçom.
23
Em todas as escolas herméticas há sempre uma cerimônia com a qual se
recebe o candidato, chamada cerimônia de iniciação, assim sendo, esta
cerimônia é um ato muito significativo, cuja verdadeira importância está
oculta sob a verdadeira aparência do véu exterior.
24
relação após a compreensão desta atitude, transformando a relação fraterna
em uma relação transparente, isenta de todo amor-próprio e de todo
ensimesmar-se.
O respeito pela pessoa humana começa pelo respeito pela vida, sob suas
humildes formas. Assim quando nos despojamos dos metais, estamos nos
despojando de todas as inconveniências de uma vida anterior, passando a um
renascimento maçônico, postulado de ensinamentos e atitudes que deverão
formar o futuro irmão.
existência de um ente criador, a quem designa como Grande Arquiteto, que tudo fez,
que tudo criou, não restando as suas criaturas, outro objetivo que não o de revenciar
a sua obra.
25
Nada mais a Maçonaria prega, pois não é uma religião, sendo apenas
religiosa. Ainda mais, determinada que cada um de seus membros pratique a
Religião que a sua consciência lhe determinar.
Podemos observar que em toda a parte da terra, nos mais distantes
locais, em nas mais diferentes datas, esse sentimento pelo divino brotou no
intimo do ser humano, e em cada local os homens o interpretaram a sua
maneira.
Surgiram mesmos deuses sanguinários, que exigiam sacrifícios terríveis,
mas, temos de entender que mesmo esses deuses foram emanações da
mesma chama sagrada. Esses deuses não eram sanguinários. Sanguinários
foram os homens que os interpretaram.
A emanação sempre foi a mesma, a interpretação é que foi diferente.
Cada um de nós deve, de acordo com a Filosofia Maçônica, viver a deidade de
acordo com sua consciência.
Se vivemos de acordo com nossas consciências criamos regras que
chamamos de ordenação moral.
A ordenação moral é variável de acordo com o tempo e espaço.
De acordo com o tempo porque a moral evolui na mesma medida que o
ser humano.
Também no espaço, aqui considerado como o local geográfico, faz com
que a moral tenha outras interpretações, pois civilizações que emergiram ao
mesmo tempo, em vários locais tiveram costumes completamente diferentes.
Tempo e espaço tem portanto, influência significativa na formação da
moral. Não pode uma raça ou uma civilização, ou uma religião, submeter
uma outra as suas regras.
Essa é uma simplória explicação da primeira parte da Grande Trilogia:
Deus sob o ponto de vista da vida moral.
A segunda parte diz respeito á pátria. Embora a Maçonaria seja
Universal e postule pela Fraternidade, ela ensina, desde os tempos mais
antigos, que a preservação do grupo é a segunda grande regra,
intimamente ligada a primeira, pois se temos uma regra e a vivemos, se
sabemos que tem outros povos que têm suas próprias regras e as vivem,
temos de nos organizar para vivermos com justiça e equidade.
É o viver e deixar de viver.
Este é o conceito de pátria, a mãe de todos, que a todos deve igualmente
tratar. E conceito da Justiça Social.
Se temos uma regra de vida moral, se temos regras para vida em grupo,
temos obviamente de nos completar com regras para a célula mater de todo e
26
qualquer povo: a Família.
Deus pelo universo, pátria pelo grupo e família pelo indivíduo.
Como poderíamos viver Deus, viver Pátria se não vivermos Família?
Em verdade a Família para a Maçonaria é a redução de Deus e Pátria ao
cotidiano de cada um.
Temos de evoluir moralmente para conhecermos a Deus Temos de evoluir
politicamente, não confundir com politicagem, para servirmos a Pátria, mas
só conseguiremos esses objetivos se antes vivermos intensamente a Família.
Temos de fazer com que nossos filhos recebam essa carga de vida moral
e de justiça social para serem melhores cidadãos e almejarem atingir a
proximidade de Deus, seja em que religião estiverem.
Também como chefes de família, temos de viver os ensinamentos de
Deus e da Pátria, da moral e da justiça. Embora os instintos, ainda latentes,
muitas vezes nos levem a incoveniências, ao Maçom não é permitido
qualquer ato que traia essa afinidade ideológica.
Como iniciado, não pode permitir que as suas paixões, os seus instintos o
vençam, pois é sua obrigação fazer sempre novos progressos intelectuais, de
modo a bem conviver com a família.
A Milênios a Maçonaria pensa assim, embora a Milênios a Maçonaria
fosse conhecida com outros nomes.
Deus, Pátria e Família eis a síntese da Filosofia Maçônica. Caminhando
por essa trilha chegaremos lá.
DIÁCONOS
Em termos meramente etimológicos, Diácono é o que se coloca a serviço de alguém, "aquele que
serve". Genericamente todo cristão é um Diácono de Deus (servidor, ministro). Assim, Paulo, o Apóstolo,
27
se autodenomina e a todos que servem a Deus ou a Cristo. Mencionam-se nas Sagradas Escrituras:
"Timóteo, Ministro de Deus" (I Tessalonicenses 3:2); "Apolo e Paulo, Servos do Senhor" (I Coríntios 3:5);
"Epafras, Ministro de Cristo" (Colossenses 1:5). Servo ou Ministro, em grego bíblico, apenas Diáconos.
Na Igreja posterior, primeiro no Oriente e, a partir do século V, também no Ocidente, tem-se notícia das
diaconisas: mulheres incumbidas de instruir e batizar outras mulheres(2). Em Roma, o Diácono veio e
instituiu-se em uma espécie de Segundo Grau, abaixo dos Padres ou Presbíteros. Nas denominações
evangélicas há Diáconos e Diaconisas, genericamente incumbidos da assistência aos Irmãos.
FONTES MAÇÔNICAS
A Grande Loja de Londres, ao ser fundada em 1717, não adotava Diáconos. Por certo, segundo
evidências de que nos fala Harry Mendoza(3) e nos fornece detalhes Harry Carr(4), o cargo existiria na
Most Ancient & Honorable Fraternity of Free and Accepted Masons (Mais Antiga e Respeitável Fraternidade
de Maçons Livres e Aceitos), cerca de 1751, conhecida por Grande Loja dos Antigos, rival da Grande Loja
londrina, a quem os Antigos, com sentido depreciativo, denominavam de "Modernos". Laurence Dermott,
o notável Grande Secretário dessa Obediência histórica, registraria, em 1753, atas dos Antigos, bem
como, em 1754, atas da Loja nº 37, que ele mesmo serviria como Junior e como Senior Deacon (Segundo
e Primeiro Diácono, respectivamente), assim como Vigilante, antes de ser instalado Mestre na Irlanda em
1746. Outrossim algumas Lojas que se associaram após 1717 à Grande Loja de Londres, possuíam o
cargo de Diácono, embora, reiteremos, a Grande Loja, oficialmente, não o adotasse. Os ingleses sempre
mantiveram certa liberdade de procedimentos internos das Lojas.
Conforme apontamentos de Carr (op. cit. p. 88) e Mendoza (op. cit. p. 17), a mais antiga referência a
diáconos, em uma Loja na Inglaterra, é datada de 1733/34, em Swalwell, Gateshead, Durham,
descrevendo-se seus deveres como "mensageiros do Venerável e dos Vigilantes". As Lojas que não
possuíam Diáconos utilizavam os serviços do Mestre de Banquetes (Steward) ou do Segundo Vigilante
(Junior Warden). Os Stewards, tudo indica, não reduziam suas funções apenas a atividades de banquetes,
mas sim levavam mensagens (missão dos Diáconos) bem como desempenhavam parte das funções
Ritualísticas hoje, no R.: E.: A.: A.:, por exemplo, reservada aos Expertos.
Afinal, quando das tratativas para a união das duas Grandes Lojas inglesas rivais (a dos Antigos e a dos
Modernos), foi criada, em 1809, a Special Lodge of Promulgation, nesta a resolução de se adotarem
28
Diáconos. Com ressalvas. A nota resumida, então publicada, recomendava que os Diáconos fossem
utilizados, mesmo que, pelo devido exame, ficasse provado que não se constituíam em uma função
antiga, apenas sendo Oficiais úteis e necessários: "Resolved that Deacons (being proved on due
investigation, to be not only Ancient but useful and necessary Officers) be reconmended ...". E, na ata da
Old Dundee Lodge, nº 18, datada de 8 de fevereiro de 1810 (Apud Carr, idem, ibidem) encontra-se
interessante registro de efeitos dessa adoção de 1809: "O Venerável Mestre relatou sobre a necessidade
de mais dois novos Oficiais para atender às alterações efetuadas(5), informando que eles se denominam
Diáconos (...) um Senior Diácono e um Júnior Diácono, a eles cabendo Jóias como no velho significado,
isto é, Mercúrio, o mensageiro dos deuses, e não no moderno, "a pomba com um ramo de oliveira" (Carr,
op. cit., p. 88/89). No Livro das Constituições, Grande Loja Unida da Inglaterra, 1815, se oficializaria o
cargo.
É fácil, desse modo, compreender o motivo de os Ritos Adonhiramita e Moderno não adotarem
Diáconos, distinguindo-se dos outros Ritos. Constituídos ainda no Século XVIII, anteriores pois à união das
duas Grandes Lojas inglesas rivais, da qual resultaria a Grande Loja Unida da Inglaterra (1813), os dois
Ritos em tela seguiam, na França, ao modo Ritualístico dos Modernos (Grande Loja de Londres), que não
utilizava Diáconos oficialmente. E assim continuaram, mesmo após a mudança de 1809, nas tratativas
para a união inglesa. Como continuariam com a inversão de Colunas, palavras, etc., providência que os
Modernos haviam adotado em 1730, após a infidelidade de Samuel Prichard(6).
FUNÇÃO
A tradição tem dado aos Diáconos a função de mensageiros. Há exemplares antigos de Jóias desses
Cargos (Primeiro e Segundo Diáconos) constituídas por um Mercúrio alado, o mensageiro dos seres do
Olimpo, como há exemplares em que aparece a clássica forma da Pomba que traz no bico o ramo de
oliveira, mensagem a Noé de que a água baixara e já havia terra firme após o dilúvio (Gênesis 8: 11). Em
todos os Ritos, que possuem estes Oficiais, com variações próprias de cada Rito, sempre cabe aos
Diáconos esta ou aquela missão de transmitir ordens ou mensagens, como levar o livro de atas para
assinaturas, transmitir a Palavra Sagrada, etc.
De modo significativo, contudo, principalmente no sistema inglês, aos Diáconos cabe funções
semelhantes a dos Expertos no R.: E.: A.: A.:, já dissemos. À época em que a Grande Loja de Londres não
adotava Diáconos, as funções hoje exercidas por eles em uma Loja inglesa, principalmente a de conduzir
os Candidatos durante as Cerimônias, eram efetuadas pelos Vigilantes. Isso bem se vê na célebre
Exposure de Prichard (Masonry Dissected, 1730) de que falamos acima. Ali está bem claro que o Segundo
Vigilante recebia o candidato na porta da Loja, mais ou menos como hoje compete ao Guarda Interno
fazer (Rito de York/Emulação), e o Primeiro Vigilante realizava uma perambulação apresentando o
Candidato ao Venerável Mestre, além de ensinar-lhe a aproximar-se do Venerável, trabalho hoje, no Rito
de Emulação, da alçada do Segundo Diácono(7).
OS BASTÕES E O PÁLIO
É por tradição, o uso de bastões pelo Mestre de Cerimônias e Diáconos.
Os Diáconos usam Bastões? Formam Pálio? São questões suplementares. É sempre interessante
conhecer as Exposures que nos revelam Rituais e práticas do Século XVIII, quando foram estruturados os
primeiros Rituais. Por exemplo, embora não expliquem a razão exata de os Maçons terem adotado o uso
de Bastões, provam que os Bastões são de antiga utilização entre nós. Por certo introduzidos na
Maçonaria como cópia de Cerimoniais de outra natureza ou de outras Instituições.
A célebre Exposure, "Three Distinct Knocks" (1760)(8), revela-nos que o Mestre e os seus dois
Diáconos, cada um deles, portava durante as Cerimônias um Bastão negro, com cerca de sete pés de
comprimento (cerca de 2,10 m), tanto ao abrir como ao fechar a Loja, não explicando, contudo, qual o
procedimento desses Oficiais com essas Varas/Bastões. O Diretor de Cerimônias portava um Bastão
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branco. Outrossim havia a prática de os Diáconos cruzarem as Varas sobre a cabeça do Candidato
durante preces e juramentos. A Exposure de Prichard (1730) registrava que o Candidato, na Iniciação,
ajoelhava-se "dentro do Esquadro" (within the square). Expressão dúbia. Tanto podia indicar o cruzamento
dos Bastões sobre a cabeça do Candidato, eis que o Nível medieval, utilizado pelos Operativos, era um
Triângulo de madeira com um Prumo no centro - os Bastões cruzados inequivocamente, assim,
suscitando-nos a idéia de um Nível - como podia, de outro modo, por dubiedade, representar um
Esquadro no chão. Assim a expressão "within the square" originou o costume existente em algumas Lojas
inglesas, de o Candidato ajoelhar-se dentro de um grande Esquadro de madeira colocado no chão ou
sobre o banco de ajoelhar-se (Apud Carr idem, ibidem)(9).
Este procedimento, de cruzar Bastões sobre a cabeça do Candidato no ato de seu juramento, ainda
permanece na atualidade do Rito de Emulação (ou de York, na expressão brasileira), os Diáconos
sustentando as Varas com a mão esquerda, cruzando-as sobre a cabeça do Candidato, ajoelhado. Com a
mão direita permanecem à ordem. Como se vê, costume antigo e não se pode dizer que há erro nisso.
São variações.
Havia outras. Carr fala-nos de Ritual de 1847(10), onde a prece pelo Candidato era efetuada tendo os
Diáconos as mãos reunidas sobre as mãos do Candidato, segurando os respectivos Bastões com a mão
livre. Recordar, na atualidade, o ato de cruzar as mãos sobre a cabeça do Mestre que está sendo
Instalado.
Na realidade hoje discutimos muito quanto ao Pálio, formado na abertura e no fechamento do Livro das
Sagradas Escrituras, havendo explicações de toda ordem, ditas "esotéricas", esse procedimento
constituindo-se apenas em mera variação de costume antigo, desde o paganismo, realizado sempre que
vai ser procedido um ato solene ou vai se conceder uma honraria. Sempre se formam Arcos ou Pálios com
as mãos, Bastões ou Espadas. Aliás (com profundo caráter espiritual), no Cristianismo nascente do
primeiro século, os que iriam formar o clero cristão, encarregando-se das celebrações Ritualísticas,
recebiam poderes por meio de um Ritual de imposição das mãos de outros que já haviam recebido tais
poderes e a autorização de lhos transmitir(11). No Século XVIII, na Maçonaria, como ainda na atualidade,
cruzavam-se os Bastões dos Diáconos, bem como cruzavam-se Espadas, para formar um Arco para
passagem de honra. No Rito de York (Emulação), em cada Sessão, Venerável e Vigilantes são recebidos
sob os Bastões cruzados dos Diáconos.
CONCLUINDO
A primeira Grande Loja, fundada em 1717, Londres, e a Grande Loja dos Antigos, 1751, nunca
publicaram um Ritual ou deram autorização ou aprovação a qualquer publicação. Contudo da Exposure
de Prichard (1730), bem como de outros documentos, assim as atas irlandesas mencionadas permitem-
nos concluir pela adoção gradativa, sem unanimidade, do cargo de Diáconos, inclusive portando Bastões.
E esses estudos, procedidos no limiar do Século XIX, mais próximo das origens da Maçonaria moderna,
concluíram que os Diáconos eram úteis ou necessários, não se constituindo, contudo, em uma função
antiga, sempre existente. Daí justificadas as diferenças. Os Ritos diferenciaram-se, havendo adoções
diversas, desde a ausência dos Diáconos até sua presença marcante com funções Ritualísticas
significativas. Inclua-se a diferença entre Espadas e Bastões, fazer ou não o Pálio. Enfim não há certo ou
errado, há diferenças. Cabe que cada corrente Ritualística saiba de sua própria genuinidade e das
necessidades de sua próprias manifestações de ordem cultural. E que o Ritual adotado seja obedecido. A
Maçonaria, sendo universal, admite estas diferenças que não ferem a ortodoxia. A obediência, contudo, é
uma bela virtude maçônica.
NOTAS
(1) P. Chantraine - Diccionnaire Étymologique de la Langue Grecque - Histoire des mots, Éditions
Klincksieck, Paris, 1984, 2 vols., publicada com a colaboração do Centre National de la Recherche
Scientifique.
(2) Dicionário Enciclopédico da Bíblia. Redator: A. van den Born; Colaboradores: D. S. Attema et. al.;
Trad.: Frederico Stein; Coordenação em Língua Portuguesa: Frei Frederico Vier, O. F. M. - Ed. Vozes,
Petrópolis, 1971, 3ª Ed. holandesa, 1589, pág. 394.
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(3) MENDOZA, Harry. Fifty Questions Answered. Apostila, "Quatuor Coronati" Lodge nº 2076, Londres,
1993, 67 pp., p. 17.
(4) CARR, Harry. The Freemason at Work, 7ª Ed., rev., Lewis Masonic, Londres, 1992, 405 pp., p. 88.
(6) Para melhor informação, ver Nicola Aslan - Estudos Maçônicos sobre Simbolismo, Ed. do Grande
Oriente do Brasil, Rio, 1969, Razões históricas da Inversão das Colunas p.129 e segs. (A Editora "A
TROLHA" republicou esta obra, disponível aos leitores interessados).
(7) Ver in Assis Carvalho - A Maçonaria - Usos & Costumes, Coleção Caderno de Estudos Maçônicos,
nº 25, Ed. "A TROLHA", Londrina - PR, 1ª ed., 1995, 198 pp., p. 32/35.
(9) Xico (Assis Carvalho, op. cit. p.34/35) fez tradução da qual respeitosamente discordo. Do texto de
Prichard: "With my bare-bended Knee and Body within the Square (vírgula), the Compass extended to my
naked Left Breast, my naked Right Hand on the Holy Bible". Xico traduziu: "Com o meu joelho despido e o
corpo com um Esquadro e o Compasso apontado para o meu peito esquerdo nu (...)" - mas há uma
vírgula deixada de lado. Com ela ficaria assim: "Com o meu joelho despido e o corpo dentro do Esquadro
(vírgula), o Compasso apontado para o meu peito esquerdo nu e minha mão direita despida sobre a
Bíblia".
(10) Ritual de Claret, 4ª. ed., cerca de 1847 - Apud Carr, op. cit. p. 192.
(11) Philip Hughes - História da Igreja Católica, trad. de Leônidas Gontijo de Carvalho, Cia. Editora
Nacional, S. Paulo 1954, 336 pp., p. 17.
Este trabalho do nosso Irmão Fernando de Faria, foi encontrado na página da Loja Triumpho do Direito,
do Grande Oriente do Estado do Rio Grande do Sul.
EM PÉ E A ORDEM
Em todos os momentos de nossa vida, a qual pode ser ela maçônica, pessoal, ou
mesmo em nossa vida profissional, é muito importante que tenhamos a capacidade de
poder enfrentar as mais diversas situações com determinação, de modo, a estarmos
sempre EM PÉ E A ORDEM, não só aos nossos familiares, e a quem necessitar, mas
também a nossa Fraternal Ordem Maçônica.
Um velho ensinamento judaico já dizia que “O Homem pode ter tanto a terra
quanto o céu sob os seus pés, o que equivale a dizer que ele tem a força e
sabedoria suficiente para construir tanto o Bem quanto o Mal”, assim sendo,
nós maçons pertencentes a esta tão nobre fraternidade, também temos a capacidade e
o dever de estarmos sempre prontos para confraternizarmos com o nosso próximo e
estarmos sempre à disposição para ajudar.
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Devemos sempre estar Em Pé e a Ordem Nenhuma verdadeira e sincera manifestação de
fraternidade para com todos os irmãos, sentindo sempre a ação interior de uma forma sempre
mais clara, procurando a sua íntima união e solidariedade com toda a manifestação da Vida, e
desta íntima consciência e deste sentimento humanitário, buscar uma verdadeira compreensão
e realização fraternal, que será a conseqüência espontânea e natural de cada irmão maçom.
Esta fraternal ação será primeiramente entre irmãos, pois só os que a entendem e se
reconhecem como irmãos podem realizá-la, busquemos assim, colocar em pratica atitudes
básicas de tudo isso e reconheçamos a Verdade da Unidade Fraternal que esta em nos
colocarmos Em Pé e a Ordem a todos os seres.
EMPUNHANDO A ESPADA
Nos ritos de Magia Negra, diz Victor Henry, a direita cede este
lugar para a esquerda, e se coloca um pé a frente, é o pé esquerdo,
apresenta-se o flanco esquerdo ao fogo ou a qualquer outro acessório
em torno do qual se ande.
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É preciso notar, escreve Goblet d’Alviella que em todos os ritos
giratórios, o movimento sempre deve ser feito para a direita, isto é, no
sentido do movimento dos ponteiros do relógio.
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marcha com o pé esquerdo. Essa exigência tem sua razão de ser. O lado es-
querdo do como humano é administrado pelo hemisfério direito do cérebro, o
qual controla as atividades espirituais, esotéricas, sentimentais, atemporais,
artísticas, subjetivas. Ao agirmos assim, estamos, simbolicamente,
mergulhando no misterioso além de dentro, na subjetividade, no reino de
nosso Mestre Interno, o qual denominamos Grande Arquiteto do Universo”. A
relevância do estudo desses símbolos e práticas simbólicas pode ser melhor
entendida na célebre sentença de Hermes Trimegistro: Assim como é em cima
é embaixo”. Noutras palavras, quando compreendermos que os símbolos do
Templo nos contam a história da Vida do Homem, e que o Homem é uma
réplica do Universo, do Cósmico, poderemos começar a avaliar melhor tal
importância para o nosso desenvolvimento da Senda Maçônica.
Nesse esforço continuado de aprendizagem instala-se em nós um
processo educativo, o qual, como é repetido seguidamente nos trabalhos
maçônicos, iniciamos o “desbastar da Pedra Bruta”, que somos nós mesmos.
Com isso, tendemos para o seu polimento, buscando o necessário equilíbrio
estético, capaz de mediar e dirigir o novo Ser que, paulatinamente,
começamos a nos tornar.
Assim, o nosso desenvolvimento na Senda Maçônica será feito à medida
de nosso envolvimento e comprometimento com os estudos de sua Filosofia e
às práticas correlatas.
Para finalizar esta reflexão, transcrevo uma frase extraída de um
texto sagrado de uma tradicional e respeitável escola de esoterismo:
“Assim como a corrente de água pura da montanha brilha mais, à medida em que é
exposta aos ratos gloriosos do sol, assim também nossa consciência será mais
iluminada à medida em que a dirigirmos para a luz”.
Que os estudos do esoterismo contido nos símbolos do Templo Maçônico possam ser
valiosos instrumentos na nossa busca da ‘Arte Real”.
O Conhecimento Esotérico pode satisfazer ao anseio que tem a humanidade por uma
doutrina que satisfaça tanto a mente quanto ao coração, que seja o remédio para as
feridas da incompreensão do homem e que atire abaixo as barreiras das razões e
religiões temporais. No fundo, somos todos filhos do mesmo pai e participamos da
mesma origem - as crenças, como os rios, vão sempre para o mar, que é a verdade
única. Para isso, em sua ampla heterogeneidade, o conhecimento esotérico oferece
um conjunto de ensinamentos de profunda verdade e sensatez para quem se
34
disponha a desenvolver suas possibilidades latentes que, por sua incalculável
transcendência, se perdem no infinito.
Não há dúvida, então, que o homem moderno pode falar nesses conhecimentos de
uma visão maravilhosa do esquema divino, cuja magnificência produzirá nele uma
devoção em direção a Deus não sentida antes. Assim também. desenvolvem-se uma
compreensão intelectual e uma resposta aos variados problemas da vida, tornando,
desta forma, sua mente satisfeita ao saber qual é o objetivo e a finalidade do universo
e da sua existência. Estas perguntas todas não são contestadas satisfatoriamente
nem nos cultos ortodoxos, nem na ciência ou na filosofia acadêmica. Tudo isso lhe
permitirá ordenar sua existência e ajustá-la ao plano divino, o qual deve ser sua
primordial tarefa, fazendo-a de uma forma compreensiva, de tolerância e mútuo
respeito com todos os seres que o rodeiam.
A sabedoria antiga não dispõe de fórmulas patenteadas para este trabalho, nem de
atalhos iniciáticos. Aos estudantes que estão decididos a dar seus primeiros passos
na realização da grande obra, o único caminho é o conhecimento esotérico. E a
oportunidade de melhorar por si próprios, através de um consistente programa de
esforços inteligentemente dirigidos, para que possam receber depois, do acordo com
seus conhecimentos, a ajuda de que necessitam para maior superação.
Por conseguinte, não nos equivoquemos ao estudar estes sagrados ensinamentos,
pensando que seremos superiores aos demais, ou que isto vá nos auxiliar a aumentar
nosso prestígio ou riqueza pessoal. Devemos ter bem presente que a Sabedoria
Divina não está interessada em melhorar a condição material do indivíduo, nem
rodeá-lo de opulência. Sua finalidade não é tornar os homens ricos cm posses ex-
ternas, mas em consciência ou realizações internas.
Por isso, desde o princípio, devemos entender perfeitamente que se o egoísmo fonte
de todos os males não for eliminado de nossas almas, não poderemos esperar ganhar
nenhum conhecimento de positivo valor, que seja em benefício para nossa perfeição
e’ para nossos semelhantes. A Sabedoria Esotérica demanda muitos anos de pu-
rificação e preparação antes que seus adeptos estejam capacitados para instruir-se
nas coisas mais primárias.
Todos nós que tentamos empreender o estudo das verdades sagradas contidas no
conhecimento esotérico, conscientes do nosso sincero interesse, devemos nos
submeter a um plano de vida e disciplina, compatível com nossas possibilidades, que
possa nos capacitar. Por meio da constância e do amadurecimento poderemos
transmitir uma mensagem de luz e verdade aos nossos semelhantes. Se nosso
propósito está bem encaminhado, devemos então, desde o princípio, oferecer nossos
serviços à humanidade, pois em toda alma existe este anseio expresso. A medida que
avançamos no caminho do logro, compreendemos que o doar é a única maneira de se
obter, e que recebemos mais quando nos esforçamos para transmitir ao mundo o que
ganhamos.
Nossas almas, adormecidas durante séculos, aspiram com veemência a
possibilidade de servir a Deus. Nossa meta não deve ser a glória do momento, pois o
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das mais nobres emoções humanas e, na maioria das vezes, este desejo pode nos
levar ao erro. O ainda pouco discernimento nos leva aos equívocos por causa do
ESPIRITUALISMO E ESOTERISMO
Por “Espiritualismo” compreende-se toda a imensa série de ensinos de idéias e argumentos que
tendem explicar a vida sob um conceito superior a matéria, em oposição ao materialismo.
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esforços têm sido baldados. O que se observa, entretanto, é que a tendência à separação, à
desunião, ao desentendimento, é cada vez maior.
A verdade é que não poderia mesmo ser de outra forma, desde que o atual “Espiritualismo” não é
mais do que um produto da mentalidade humana, presa ainda a um conceito demasiado concreto
e formalista, sem uma base de “realidade” substancial. Poder-se-ia dizer que o atual
“espiritualismo” é ainda demasiado mundano, sujeito a toda sorte de emoções negativas,
superficiais e ilusórias. É produto da “personalidade” não se eleva acima do raciocínio
exclusivista e egoísta. Funciona no mesmo nível do desejo e da fantasia, que caracteriza todas as
criações do homem mundano, Quanto mais se alarga o conhecimento, quanto mais o homem
acumula idéias e opiniões, quanto mais forja concepções e elabora novos planos intelectuais,
mais exclusivista e separatista se torna, porque a base do intelectualismo e do raciocínio
concreto é o separatismo, que cada vez se torna mais acentuado. Os sábios e pensadores do
assunto, declaram que no campo intelectual e mental, a unificação é impossível, e têm toda a
razão. Os fatos provam insofismavelmente essa realidade. Nos nossos tempos os vários conceitos
“espiritualistas” são um terrível exemplo da tendência exclusivista e separatista da mentalidade
concreta. O “espiritualismo” como tudo na vida, tornou-se mais um motivo de separações, de
competências de lutas e desarmonias entre os homens.
É que infelizmente, os chefes e organizadores desses movimentos sonham com uma “unificação”
em que todos os outros concordem com as suas opiniões “salvadoras”, e como, naturalmente,
todos os outros se consideram com o mesmo direito, e não concordam, então tudo continua domo
dantes, e cada um se afasta... mui cordialmente... dos outros, quando não se ofendem e brigam
francamente.
Sempre custa muito compreender-se que nesse nível de consciência mundano nada se pode
alcançar. Enquanto o homem não compreender que no campo personalista do intelecto e do
raciocínio concreto não lhe é possível sair desse nível, todo o esforço será inútil, e o seu
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“espiritualismo” continuará a ser uma das suas muitas fantasias, sem nenhum resultado prático.
Dentro desse nível de consciência só pode haver confusão, e, por fim, a mais amarga desilusão.
Nesse sentido o Esoterismo é verdadeiramente um ensino “oculto”, não porque ele esconda ou se
reserve, mas porque, no nível de consciência em que o homem comum se encontra não lhe é
possível percebê-lo e entendê-lo. Esse é o grande “segredo” do Esoterismo, que por uma
fatalidade, em conseqüência de sua própria condição, o homem comum não admite, não acredita
e não leva a sério. No seu nível inferior de mentalidade concreta, em seu nível superficial de
consciência, o homem comum não pode ver as realidades do Esoterismo, e quando examina algo
dos seus ensinos prende-se unicamente à letra, materializando sistematicamente todos os
seus conceitos. Ao passar para o nível inferior de consciência do homem comum, as realidades
superiores do Esoterismo tornam-se “letra morta” e perdem completamente todo o seu valor;
tornam-se “espiritualismo comum”, motivos de especulação intelectual, de controvérsias, de
desentendimentos.
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símbolos e alegorias, lendo nas entrelinhas dos nossos rituais, aquilo que não poderia neles ser
escrito. Considerá-lo apenas ao nível intelectual, como simples conhecimento mental, é manter-
se no nível da “letra”, é perder a sua essência, o seu “espírito”.
Elevar o seu nível de consciência, para atingir o sentido superior dos ensinos é o primeiro
trabalho efetivo de realização que o maçom “buscador de luz” há de fazer, e então poderá
perceber os “segredos” que se encobrem na sua apresentação intelectual, nas suas letras.
Quando for capaz de sentir o seu sentido superior, quando puder perceber o espírito dos
ensinos maçônicos, então verificará , com surpresa sua, que pode perceber o sentido real de
todos os ensinos de todas as correntes tradicionais e o valor de quaisquer ensinos que se
apresentem. Com a capacidade superior de um nível mais alto de consciência poderá ver a
realidade das coisas, e já não se enganará nem se iludirá com aparências. Verá o valor e a
importância de cada ensino e poderá “separar as pérolas dos cascalhos”. Nos nossos tempos os
ensinos “esotéricos” estão sendo apresentados gradualmente, sob vários aspectos, mas
obedecendo todos a um plano inteligentemente traçado, de acordo com as necessidades
espirituais de cada raça no caminho da evolução. È preciso urgentemente, nos livrarmos do
fanatismo, do exclusivismo, porque isso só prova incapacidade de entendimento. Fanatismo e
exclusivismo são produtos do nível mundano e inferior de consciência. O entendimento não gera
nunca o fanatismo, pelo contrário, convence “ao buscador de luz” de que deve ser “tolerante”,
mesmo porque não há forma mais desastrosa de sustentar e defender uma idéia ou um ensino do
que deixar-se fanatizar por ele. O fanático não “defende” nenhuma idéia, nenhum ensino; o que
ele faz, sem o perceber, é perverter e arruinar essas idéias aos olhos de todo mundo. O que o
fanatismo pode fazer é atrair e arrastar outras mentalidades fracas, para constituir com elas
perigosas correntes, de conseqüências fatais. Deixar-se influir por qualquer corrente de
fanatismos, qualquer que seja o seu rótulo, é prejudicar-se seriamente, porque enquanto se está
preso a uma corrente mental dessa espécie paralisasse o avanço da consciência, e começa-se a
retrogradar perigosamente.
Se há uma coisa que evitamos a todo transe e de todas as formas e´que os buscadores de luz, da
nossa maçonaria se tornem fanáticos. Combatemos o fanatismo com todas as armas da lógica e
do bom senso, procurando libertar as consciências dos IIr:. e amigos, que nos rodeiam. A
maçonaria, jamais admitiu qualquer método ou quaisquer práticas que pudessem despertar o
menor princípio de fanatismo e de escravidão mental entre os seus membros. Respeitamos,
acima de tudo, a liberdade mental dos nossos IIr:., e a defenderemos em todas as circunstancias
e eventualidades. È o nosso dever e a nossa obrigação. Amando os nossos Irmãos, queremos vê-
los livres, conscientes e valorosos, capazes de conquistar um mais alto nível de entendimento,
capazes de avançar em plena liberdade pelo caminho da legítima espiritualidade. Esse é o
segredo da nossa força e do nosso sucesso. A nossa Irmandade é uma congregação de irmãos
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livres e conscientes, livres de pensar, de agir e de se conduzir. Como São Paulo, podemos dizer
também: - Nós adotamos a Lei da Liberdade. A maçonaria e sua filosofia, são meios de libertação,
não de escravidão.
O ESQUADRO E
O COMPASSO
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certo sentido, o Esquadro representa a ação do homem sobre a matéria; em outro a ação do
homem sobre si mesmo, é a jóia do Ven.’. M.’. tem ramos desiguais e sobre seu peito o ramo
mais longo significa o domínio do ativo sobre o passivo, indica que ele deve ser o mais correto e
mais justo da Loja, é o símbolo da retidão. Formado pela reunião da horizontal e da
perpendicular, simboliza, ainda o equilíbrio da união do ativo e do passivo, que são as duas
paridades universais, uma de movimento e outra de inércia e repouso.
Uma vez adquirida a noção de círculo, o homem inventou o Compasso que não somente serve
para traçar círculos mas também para tomar e marcar medidas. O Compasso representa a
imagem do pensamento nos diversos círculos percorridos por ele; o afastamento dos dois ra-
mos, assim como suas aproximações, figuram os diversos modos de raciocínio que, em certos
casos deve ser largo e abundante e, em outros, apertado e preciso, porém sempre claro e per-
suasivo.
Graças às suas pontas, o Compasso pode ser cravado na matéria, desde que a abertura seja
inferior a 180 Graus, pois, uma vez atingida essa abertura, as duas varas confundem-se em
No simbolismo dos três primeiros Graus, o Compasso tem a abertura de 45º. Uma vez
formada a Loja de Aprendiz, o Esquadro deverá ser colocado sobre o Compasso, simbolizando
essa disposição, que, nesse Grau, a matéria ainda predomina sobre o espírito.
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O NÍVEL E A
PERPENDICULAR (PRUMO)
O Nível maçônico é diferente do nível comum. O Nível maçônico não fornece apenas a linha horizontal,
mas a horizontal precisamente comprovada pela posição correta da linha vertical. Para que a horizontal
O Nível é o emblema da igualdade fraternal com que todos as maçons se reconhecem, fazendo lembrar
justos, pois a perpendicular não pende, como acontece com as oblíquas, é a jóia do 2º Vig.’., símbolo da
maçons que todos os seus atos devem ser justos e medidos para o levantamento de um Templo moral
justo e perfeito.
Dizemos que os nossos trabalhos começam ao meio-dia e quando é meio-dia, o Sol está no zenite, de
modo que o Prumo não projeta sombra. O Maçom trabalha sem “fazer sombras” em ninguém, sem
vaidade, o meio-dia, hora do máximo esplendor do sol, é também a hora em que a construção pode ser
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Diz-se que os antigos construtores assim procediam e, uma vez que tudo corria bem, proclamavam ao
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OS IRMÃOS:
Quando o Salmo 133, sugere “...que os irmãos vivam em união...” estamos
traçando um programa de convivência amena e construtiva, e se voltarmos no tempo,
veremos que a palavra “irmão” se revela uma necessidade entre os homens e era
mesmo. Com toques divinos, não menor necessidade que temos dela hoje, basta que
encaremos o panorama humano dos nossos dias atormentados pelas divergências e
alimentados pelo ódio mais profundo.
O ÓLEO
“ Os óleos vegetais são produtos de secreção das plantas, que se obtém das
sementes ou frutos dos vegetais, são substâncias gordurosas das quais muitas
comíveis líquida e de temperatura ordinária” Bem, podemos ver que não trata-se de
nova tecnologia, o óleo citado acima, usado para unção sagrada, era uma das
espécies porém muito especial.
AARÃO
O membro destacado da tribo de Levi, irmão mais velho de Moisés e seu
principal colaborador, possui um peso próprio na tradição bíblica, devido ao seu
caráter de patriarca e fundador da classe sacerdotal dos judeus.
A BARBA
Pelos espalhados pelo rosto, adorna a face do homem desde os mais remotos
tempos, a barba mereceu dos mais variados, novos semitas e não semitas da
antiguidade, um trato especial, destinaram-lhe grandes cuidados. Não apenas um
símbolo de masculinidade e podemos exemplificá-la com os varões que
engrandeceram o império Brasileiro, figuras imponentes pela conduta e em
particular, símbolo de austeridade moral.
Os Israelitas a que pertencia Aarão, evidenciaram especial estima pela barba, a
ela conferiam forte merecimento, apreciável atributo do varão, que externava pela
sua aparência, sua própria dignidade. Os Israelitas por si mesmo, pelo que ela
representava, raspá-la e eliminá-la do rosto, demonstrava sinal de dor profunda.
AS VESTES
De especial significa litúrgico e ritualístico, eram as vestes daqueles que
tinham por missão exercitar atos religiosos, como a unção, o sacrifício, o culto e
variava de conformidade com os diversos ofícios religiosos para invocação da
divindade.
Havia especial referência pela cor branca nas vestes sacerdotais, nas
representações egípcias contemporâneas ou posteriores ao médio império, os
sacerdotes usavam um avental grosseiro e curto, já o sacerdote leitor, usava uma
faixa que lhe cobria o peito como distintivo de sua categoria, enquanto que o
sacerdote vinculado ao ritual de coroação, exibia uma pele de pantera.
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No velho testamento presume-se o uso de um avental quadrado, quando se fala
na proibição de aproximar-se do altar através das grades, talvez um precursor do
avental maçônico.
Então o óleo sagrado era jorrado sob a cabeça da pessoa a ser ungida, desça
pela barba e escorria à orla de suas vestes.
O ORVALHO
O esplendor da natureza oferece a magia do orvalho, que desce das alturas
para florir de viço as plantas, nada mais belo e nada mais sedutor do que o frescor
das manhãs, ver como as folhas cobrem-se de uma colcha unida, onde vão refletir os
raios avermelhados do sol que traz luz.
No capim deposita-se o orvalho cama verde e amiga, em gotículas que,
juntando-se umas às outras, vão nutrir a terra ávida de alimento, parecem espadas
de aço ao calor do dia, nas pétalas florias, formando-se perolas do líquido cristalino,
espelho da vida que exulta ao redor.
O MONTE HERMON
Trata-se de um maciço rochoso situado ao sul-sudeste do antilíbano do qual se
separa um vale profundo e extenso, apresenta-se de forma de um circulo, que vai de
nordeste à sudeste. Explicando um pouco mais, para entender a geografia dessa
região que viram nascer a história do mundo bíblico: O Antilíbano é a cordilheira que
se estende paralelamente ao Líbano, separando das planícies de Bekaa. De todas as
cadeias montanhosas, é a que se posta mais ao oriente, pois desenvolve-se no
nordeste ao sul-sudeste, por quase 163 quilômetros, suas extensões e alturas são
visíveis à partir do mediterrâneo; Seu ponto culminante é o monte Hermon, com mais
de 2.800 metros de altitude, possui neve em seu cume e de lá o vento traz o orvalho.
O MONTE SIÃO
Também chamado de monte de Deus, o monte Sião não que seja santo por si
mesmo, más porque o Senhor o escolhera para ser sua morada, para todos, o monte
será um refúgio seguro e inabalável.
O orvalho que escorre de Hermon para os montes de Sião, como o senhor ali
mora, é dele que escorre o orvalho abençoado, todas as suas complacências.
Em Salmos 2:6 vemos que Deus mesmo instalou seu rei sobre o monte santo, “
Eu, porém constituí meu rei sobre o monte Sião ” O mesmo lugar em que
Abraão ia sacrificar o filho conforme ( 2 Cr 3:1 e Gen. 22:2).
A BENÇÃO
Tudo que é bom e lhe é agraciado; Em Hebraico, seu significado é “berakak”
palavra que deriva de “Berek” que por sua vez significa joelho. Nota-se a relação
entre uma e outra palavra, porque, sendo a benção a invocação das graças de Deus
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sobre a pessoa que a recebe, deve ser colhida com humildade e unção, portanto, de
joelhos em terra, reverenciado e respeitosamente.
Para os Semitas, benção possui força própria, e por isso, é capaz despertada a
sua potencialidade energética de produzir a saúde, palavra que se acha envolvida por
vibração, carregada de energia dinâmica e magia.
“O onipotente te abençoará com a benção do céu, com as bênçãos do
abismo, que jaz embaixo, com as bênçãos dos seios maternos e dos úteros”.
(Gênesis 49:25)
Assim “ ...Porque ali o senhor ordena a benção e a vida para sempre... ”.
BIBLIOGRAFIA: Trabalho recebido via internet
Tais estudos, como é óbvio, não se prendem a questões religioso-sectárias, o que sairia totalmente do
espírito maçônico, mas sim ao conteúdo filosófico, ao núcleo ético, dos ensinamentos das religiões, os
quais, na verdade, são todos superponíveis uns aos outros.
De fato, por mais inconciliáveis que pareçam, à primeira vista, os diversos sistemas religiosos, quem os
examina com imparcialidade, não pode deixar de concluir que só existe, na verdade, uma religião,
sempre adaptada à situação social em que surge. Seus elementos essenciais constituem, independente
de seus dogmas, a mais completa metodologia educacional, pois, acompanhando o homem do berço até
o túmulo, tem como finalidade adaptá-lo, cada vez mais, ao convívio social. E, do ponto de vista da
transcendência, não existe uma religião melhor do que a outra, já que a melhor, para cada um de nós, é
aquela que nos facilitará melhor compreender os mistérios e desígnios de Deus, permitindo-nos entrar
em comunhão com um TODO MAIOR, não importa o nome que se lhe dê. O que importa é que esse
estado de consciência nos leve a descobrir uma razão de viver, um sentido de vida, que ultrapasse nossa
simples presença na Terra.
Dentro dessa concepção, façamos uma sucinta análise da Trilogia Cristã, constituída pela Fé, Esperança e
Caridade, ou seja, pelas Virtudes Teologais.
As Virtudes Teologais
Definamos, em primeiro lugar, o que é virtude.Tal pergunta já é feita ao postulante, quando da cerimônia
de sua Iniciação ao Primeiro Grau.
A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite-nos não só a praticar bons
atos, mas a dar o melhor de que dispomos. Com todas as suas forças físicas e espirituais, a pessoa
virtuosa tende ao bem, persegue-o e escolhe-o na prática.Se alguém busca sempre dizer a verdade,
possui a virtude da veracidade ou sinceridade. Se prima por ser rigorosamente honesto com o direito dos
outros, tem a virtude da justiça.Para os teólogos do Cristianismo, se adquirimos uma virtude por esforço
próprio, como as mencionadas acima, ela é uma virtude natural. Mas, há virtudes que exigem muito mais
para se consolidar; dependem de um "dom divino" para serem adquiridas e a elas o homem não pode
chegar só com seus dotes naturais. São as virtudes sobrenaturais ou teologais, assim chamadas porque
dizem diretamente à intervenção divina.Na verdade, nada ocorre sem a presença de Deus. "Invocado ou
não, Deus está sempre presente".
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A Fé
Das três Virtudes Teologais a Fé é fundamental.Não confundamos a Fé com a simples crença, como
magistralmente frisa Huberto Rohden.
Tal confusão surgiu nos primeiros anos do Cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi traduzido
para o latim.
Fé, fides, quer dizer "fidelidade", harmonia entre a alma humana e o espírito de Deus. É, basicamente,
uma "adesão pessoal" do homem a esse TODO MAIOR, uma atitude de "alta fidelidade", de sintonia de
freqüência do receptor (homem) com o emissor (Deus).
Como esse substantivo latino não tem verbo derivado do mesmo radical, como no grego, os tradutores
viram-se obrigados a recorrer a um verbo de outro radical, valendo-se de credere, que em português deu
crer.Crença, crer, com efeito, têm conotação diferente de Fé, de ter Fé. Refere-se a algo incerto, vago,
como quando dizemos: "creio que vai chover", "creio que Fulano mudou-se de casa".
Crer em Deus não é o mesmo que ter Fé ou fidelidade a Deus. Quem tem Fé, fides, fidelidade estabelece
com Deus perfeita sintonia ou sinfonia de pensamentos, palavras e obras.Se o espírito humano não está
sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem Fé, embora talvez creia. Tal pessoa pode, em tese,
aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter Fé.
Crer é um ato apenas intelectual, de quem se persuadiu de algo que lhe parece verdadeiro; ter Fé vai
mais longe. É uma atitude de consciência e de vivência, que brota da experiência íntima. É o resultado de
uma intuição espiritual, que transcende a mera intelectualização.A Fé implica certeza. Ter Fé é guardar no
coração a luminosa certeza em Deus, certeza que vai muito além do âmbito da crença.
Conseguir a Fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer "eu creio", mas afirmar "eu sei", ou seja, eu
saboreio, que é o significado etimológico de saber, com todas as dimensões da razão, iluminadas pela luz
do sentimento.Essa Fé não é de boca para fora, recitada. É profunda, inabalável, não se estagnando em
nenhuma circunstância de vida, habilitando-nos a superar os maiores obstáculos. É nesse sentido que "a
Fé remove montanhas", que são os entraves encontrados em nosso caminho evolutivo, ou seja, os vícios,
as paixões, os preconceitos, a ignorância, os interesses puramente materiais, as dores, os reveses, o
infortúnio etc.
Em outras palavras, com a certeza na assistência de Deus, a Fé exprime a confiança, que sabe enfrentar
todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração.
A Fé inteligente
A Maçonaria insiste em que a Fé não pode ser reduzida à simples crença em certos dogmas religiosos,
aceitos sem exame, anulando-se a razão. Essa é uma "fé cega", comparável a um farol, cuja
luminosidade não atravessa o nevoeiro, deixando o navegante sem saber seu rumo nos momentos de
tormenta.
A verdadeira Fé é esclarecida, como um foco elétrico, que ilumina com brilhante luz o caminho de nossa
evolução e ser percorrido.Chamemo-la "Fé racional" e, por isso mesmo, robusta. Necessita ser
conquistada, porquanto passa pelas tribulações da dúvida, pelas aflições que embaraçam o caminho dos
que buscam o livre exame e a liberdade de pensamento.Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-nos
reconhecer os princípios que regem o mundo e o homem.
Assim, a verdadeira Fé é inteligente, porque se apóia na lógica. Não basta somente dizer "tenho fé". É
indispensável conhecer, compreender, saber a dinâmica dessa certeza.
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A Fé não dispensa o suporte da razão. "Quem tem olhos de ver, que veja!". Basta lançar nossos olhos
sobre as obras da criação, para se ter certeza da existência de Deus. Não há efeito sem causa. O
Universo existe; ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar esse axioma das
ciências e admitir que o nada pode fazer tudo. Deus é a Grande Lei que estabeleceu e mantém a
Harmonia Universal. É o Grande Arquiteto do Universo. Duvidar da existência de Deus é duvidar de si
mesmo!
A Esperança
A Fé vivida em plenitude, como acima definida, já contém a Esperança, virtude teologal pela qual
confiamos na promessa da vida eterna.
Em Maçonaria, usamos a expressão "Oriente Eterno", no sentido de que a alma é imortal e o fenômeno a
que se chama morte não é, senão, a transição de uma etapa de nossa evolução infinita. Por isso, a
pessoa consciente, que possui a virtude da Esperança, é capaz de vencer o medo, as tribulações, as
intempéries da vida diária, com compreensão e resignação, agradecendo a dádiva das provas e
provações que Deus nos oferece, para que nos aperfeiçoemos em nossa caminhada espiritual, na busca
da LUZ que vem do Oriente.
A Caridade
Enquanto a Fé e a Esperança são virtudes que vivenciamos em um plano subjetivo, a Caridade é uma
ação explícita, em nível objetivo. É uma atuação, embora deva ser silenciosa. Sua prática desenvolve a
Fé e a Esperança.
Um dos fundamentos da Ordem Maçônica é a prática da Caridade, sob a forma de filantropia, visando ao
bem estar do gênero humano. De fato, nossa Instituição não está constituída para se obter lucro pessoal
de nenhuma espécie, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos destinam-se a contribuir
materialmente para aqueles que estão privados dos meios de prover uma digna subsistência. E "que
nossa mão esquerda não saiba o que dá nossa mão direita".
Fazer aos demais o que desejaríamos fosse feito conosco.Perdoar as ofensas tantas vezes quanto forem
necessárias.Respeitar nos semelhantes a LIBERDADE de opiniões e pensamentos divergentes dos
nossos.Ter pelo próximo solidariedade fraternal, FRATERNIDADE.Lutar pela IGUALDADE de direitos entre
as pessoas.Abster-se de julgamentos precipitados e de juízos temerários.
A lista é imensa. O que importa é sabermos que essa "caridade moral" não implica subserviência de
nossa parte. Pelo contrário, quanto mais nos respeitemos e qualifiquemos, mais capacidade teremos de
nos dar, de amar, de sermos caridosos.
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Especulativa, que sucedeu à Maç∴ Operativa, ocupa não mais com a arte de
construção, mas com a moral, com o Simbolismo e Rituais, adotou os Usos, Costumes
e Regulamentos bem como os instrumentos da antiga modalidade. Através da adoção
de todos os elementos da Maç∴ Operativa, a Maç∴ Especulativa estabeleceu o seu
próprio sistema de organização e de moralidade.
O que representa o homem quando é apresentado aos primeiros elementos da Maç∴,
o Apr∴, portanto? Representa o ser humano nos primeiros passos da civilização, na
sua infância cultural, tentando sair da escuridão, da ignorância. Assim são deveres
do Apr∴ a luta contra os inimigos naturais do homem (as paixões), o estudo das leis,
usos e costumes da Maç∴ através do seu trabalho simbólico em desbastar a P∴ B∴
desde o meio-dia até a meia-noite, o combate contra a mentira, o fanatismo, a
ambição e a ignorância. O Apr∴ deve lutar arduamente pela vitória da luz sobre as
trevas, da honra sobre a perfídia, da verdade sobre a hipocrisia.
O Apr∴, em Loj∴, deve permanecer em absoluto silêncio, em atitude de respeito e
meditação, sempre procurando tirar o máximo de proveito de cada ensinamento
vindo do Oriente. O Apre∴ deve saber esperar a concessão da palavra e saber usá-la
com sabedoria. O Sin∴ de Ord∴, ao falar, deve lembrar ao M∴ que precisa dominar
a exteriorização de seus pensamentos.
O trabalho em Loj∴ sempre é iniciado ao "meio-dia" porque esta hora faz alusão ao
período da vida em que o homem estaria capacitado a trabalhar pelo semelhante.
Antes do meio-dia o homem vive a fase de Aprendizado sobre os mistérios da
existência. Ao meio-dia começa o seu trabalho. A morte, o fim, o encerramento dos
trabalhos chega com as doze badaladas da noite.
Enquanto o Apr∴, o M∴ recebe a revelação do que representa o trabalho da Maç∴,
e aprende que para ser digno e capaz de desempenhar suas funções como legítimo
M∴ precisará libertar e purificar o seu coração. Apagar antigos rancores,
superstições, ódios e equívocos históricos e filosóficos. Nessa fase diz-se que a P∴
B∴ começa a ser desbastada, ou seja, todos os maus costumes são abandonados
juntamente com os preconceitos e paixões que enchem o nosso mundo profano. Para
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o trabalho de desbastar a P∴ B∴, o Apr∴ recebe as suas ferramentas especiais: o
Malho e o Cinzel.
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Apr∴ adquirirá formas definidas; paulatinamente ele desbastará essa pedra, para
finalmente dar-lhe polimento; refletirá nela então, a sua nova personalidade.
O malho e o cinzel. simbolizam as ferramentas com as quais o Apr∴ deverá trabalhar
a P∴B∴ para toná-la perfeita (P∴ C∴ ou P∴P∴), ou seja, devemos trabalhar nosso
ser interiormente para nos aperfeiçoarmos. O malho é o emblema do trabalho e da
força material, ajuda a derrubar obstáculos e superar as dificuldades. O cinzel é o
emblema da escultura, da arquitetura e das belas-artes, seu uso seria quase nulo sem
o concurso do malho. O malho simboliza a vontade ativa do Apr∴ e o cinzel significa
o discernimento na investigação.
A grande riqueza do Simbolismo Maç∴ atual é devida, principalmente, aos franceses.
Os Rituais antigos, das Grandes LLoj∴ Inglesas, eram muito mais simples e os
Símbolos operativos eram apenas citados.
Assim temos :
• MALHO – Vontade na ação.
• CINZEL – Discernimento na investigação.
• RÉGUA – Precisão na execução.
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O MALHO – O Malho é um instrumento de trabalho dos mais utilizados pelo Apr∴.
Em seu primeiro trabalho, o Apr∴ começa a desbastar a P∴ B∴ e, a partir daí, tem
início seu eterno aprimoramento.
Considerado como um instrumento ativo, é o Símbolo da vontade, da força, do
trabalho, da determinação. Não devemos nos esquecer que o Malhete, nas mãos dos
VVen∴ e VVig∴, nada mais é do que um pequeno Malho. Aqui ele representará o
poder e a autoridade de quem dirige.
Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e
lógica que devem conduzir a vontade. Utilizando ao acaso, com força apenas, ele
passará a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maç∴.
O CINZEL – Instrumento considerado passivo, companheiro inseparável do Malho.
Destina-se a receber a aplicação da Força do Malho, dando-lhe direção. Indispensável
no polimento da Pedra Bruta. Enquanto o Malho simboliza a Força do 1º Vig∴, o
Cinzel representa beleza, atributo do 2º Vig∴.
Sendo seguro sempre pela mão esquerda e movido pelo Malho, vai produzindo o
desbaste da P∴ B∴, produzindo a Beleza final. Simboliza, desta forma, a Educação, a
Inteligência, o Aperfeiçoamento. Para alguns, é o Símbolo do trabalho do homem
sobre si mesmo, em busca do eterno aprimoramento.
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discernimento especulativo. O Cinzel produz a beleza final da obra e realiza os
ornamentos e adornos ao mesmo tempo em que dá vida às figuras. Representa ainda
o senso crítico para afastar o supérfluo e corrigir o erro sob os golpes do Maço. A
outra ferramenta que o Aprendiz recebe é o Maço – ou Malho – instrumento de
madeira com cabo, usado pelos carpinteiros e escultores. Simboliza a força dirigida e
controlada. Representa a aplicação da força em determinado ponto; representa a
vontade ativa e a perseverança do Apr∴. O Maço direciona a energia necessária para
dar forma ao trabalho.
A RÉGUA – O primeiro dos instrumentos apresentados ao Aprendiz, no Rito Escocês
Antigo e Aceito é a chamada Régua de 24 Polegadas. Trata-se de um instrumento
ativo, cuja primeira idéia que nos impõe, é a da medida. Com ela podemos traçar as
retas e os ângulos e, portanto, delinear nossos trabalhos. Dá-nos, a um só tempo, a
noção da retidão e do infinito, pois toda a reta é infinita.
Com suas 24 Polegadas, pode nos dar a noção do tempo, das 24 horas do dia. Isto
pode significar que podemos, não só delinear o trabalho, mas também calcular,
exatamente, o tempo e o esforço que será despendido neste mesmo trabalho.
Além do Cinzel e do Maço, o Apr∴ recebe ainda o Av∴, sempre presente no traje
Maç∴. Esta peça tem a forma quadrada com uma abeta triangular voltada para cima,
simbolizando a sua falta de conhecimento do ofício. A cor é branca para traduzir a
inocência do Apr∴. Uma vez trajando o seu Av∴, o Apr∴ não é mais aquela pessoa de
antes. Tem agora gestos solenes, postura serena porém disciplinada, e suas palavras,
estando à ordem devem ser calmas e cuidadosamente pronunciadas ao defender suas
idéias e posicionamentos.
Bibliografia
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, 4
Volumes, Editora Arte Nova. Rio de Janeiro, RJ.
CASTELLANI, José. Caderno de Estudos Maçônicos. Volume 2. Editora Maçônica "A
TROLHA". Londrina, PR.
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio. Dicionário de Maçonaria. Editora Pensamento. São
Paulo, SP.
53
MELLOR, Alec. Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco-Maçons. Editora
Martins Fontes. São Paulo, SP.
Pesquisas em diversos sites da Internet.
OBS: ESTE TRABALHO NOS FOI ENVIADO POR E-MAIL PELO IR.’. JOVENTINO
DOS SANTOS.
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direita, pólo ativo. Usá-lo requer o domínio da força e a ciência na dosagem certa
dessa força.
O cinzel
Ferramenta cortante e penetrante. Com o cinzel se pode dilacerar e marcar
impressões em materiais duros. Ele nos ensina que a educação, o preparo moral e a
perseverança são os caminhos para a perfeição, pois com insistentes trabalhos se
adquire o hábito da virtude, aclarando a inteligência, chegando a purificação do
espírito e evoluindo para um plano melhor e mais elevado.
No trabalho para desbastar a pedra bruta o cinzel é seguro com a mão esquerda e
junto com o malho são imprescindíveis, nada podendo ser feito sem eles.
Simbolicamente quando unidos representam o espírito para superar as coisas
materiais. A união desses dois instrumentos representa a inteligência e a razão que
tornam o maçom capaz de discernir o bem do mal, o justo do injusto.
O obreiro para evoluir precisa trabalhar com o uso da razão e sem ela, de nada
valerá seu esforço. O cinzel representa a força intelectual, produzindo a beleza do
acabamento, da verdade e da luz que deve ser buscada por todos nós.
A integração do malho com o cinzel evita que a pedra seja apenas quebrada,
pulverizada ou esmaga ao invés de lapidada. Movido pelo malho, ele tem por missão
fazer desaparecer as asperidades, os preconceitos e os erros.
Régua de 24 polegadas
A régua representa as lojas profanas e os princípios que regulam o comportamento
dos homens na sociedade, enquanto que para os maçons, simboliza todo bom
comportamento como o dever bem cumprido no sentido moral de cidadania ou
afabilidade para com os cidadãos, dando os melhores exemplos, sempre cortês e
polido. É a ferramenta usada para medir e delinear os trabalhos, assim como, para
traçar linhas retas, deve servir como utensílio de meditação, de consciência, de
inteligência e de cautela do maçom na execução de seus afazeres ou nas tomadas de
decisões que permitam traçar na pedra bruta, retas que a tornem cúbica.
A régua é imprescindível nas lojas maçônicas por ser um instrumento de medida de
tempo concitando ao trabalho útil e aproveitamento das horas, evitando a ociosidade.
É um instrumento muito antigo e que representa a retidão dos princípios maçônicos
e a retidão da conduta que deve ser observada por todos os maçons; é considerada o
55
emblema do aperfeiçoamento, e como a reta, não tem começo nem fim, ela também é
vista como símbolo do infinito.
Os maçons operativos a utilizam para delinear os trabalhos, traçando retas e os
especulativos a dividiram em 24 partes (24 horas do dia) que deverão ser
aproveitadas metodicamente e divididas com método para a meditação, trabalho e
descanso do corpo e da mente.
Em suma, todo aprendiz é recebido como pedra bruta e deve se valer das
ferramentas do grau aparando as arestas que existam para se tornar útil na
construção de uma maçonaria forte e atuante. Simbolicamente essa construção se
fará com o aproveitamento da suas ações e dos seus trabalhos exercidos nos
corações humanos, onde existam imperfeições dos erros e as asperezas do orgulho e
da vaidade, para que em pleno desenvolvimento da liberdade de consciência saiba
que ele somente pode ser útil quando a razão o domina e guia, sem sacrificar os
nobres instintos da consciência à avidez das paixões materiais, cavando masmorras
aos vícios e levantando templos à virtude.
Filmes e a Maçonaria
Magnolia
Este filme, de Paul Thomas Anderson, também contém referências maçônicas. Em uma
das cenas, aparece um símbolo maçônico em uma enciclopédia, no instante em que um
garoto estuda pela TV através de um game show. Em uma outra cena, um produtor de
TV apóia sua mão no ombro do apresentador, mostrando um anel com símbolo
maçônico, e dizendo "Nos encontramos entre o nível e o esquadro.". No elenco, Tom
Cruise, Jeremy Blackman e Melinda Dillon.
56
medida em que ele investiga, ele descobre que o Estripador tem amigos nas altas
classes, envolvendo os Maçons. No elenco, Christopher Plummer e James Mason.
57
assassinatos. No elenco, Johnny Depp,Heather Graham, Ian Holm. Direção de Albert
Hughes.
O Homem que queria ser rei - (The Man Who Would Be King)
Baseado na história de Rudyard Kipling. Soldados mercenários convencem a população
da tribo do Kafiristão que eles são deuses, depois de descobrirem símbolos maçônicos e
artefatos religiosos. No elenco Sean Connery, Michael Caine. Dirigido por John Huston.
Drama/Ação.
58
verdade. Eles aprendem que a honestidade é o melhor negócio.
Grandes nomes da literatura mundial são reunidos pela Rainha Vitória para combater
um homem que deseja dominar o planeta. Dirigido por Stephen Norrington (Blade) e
com Sean Connery no elenco.
É bom notar que o Senhor nunca se nomeou como sendo "Deus". Ele, quando se referiu a Si
próprio, o fez como sendo: "YHWH" - (EU SOU) - Êxodo 3.13 e 14. Talvez você nem saiba
explicar por que foi dado a "YHWH" o nome de Deus, mas gostaria que os maçons
explicassem o porquê de eles darem o nome de "Grande Arquiteto do Universo" a Jeová.
Então leia: A "Lei Mosaica", através do seu terceiro mandamento, proibia terminante e
literalmente que se tomasse aquele precioso nome de "YHWH" (Jeová) em vão, e, é assim que
ela determinou: "Não tomarás o nome do Senhor (teu Deus) em vão, porque o Senhor não
terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êxodo 20.7.) Os israelitas que tinham,
indiscutivelmente, um grande temor por esse nome muito sagrado, não ousavam nem
pronunciá-lo. E, quando alguém precisava usar, ou até mesmo escrever esse nome, tinha
primeiro de passar por um rigoroso ritual de purificação, inclusive tomava-se banho, mudava-
se a roupa, e colocava, se estivesse escrevendo, uma pena de ouro só para grafar aquele
"Tetragrama" e depois retirava-a, guardando-a para um nova oportunidade, e, só assim, podia
usá-lo com muita reverência, reserva e respeito. Mesmo com toda essa exigência, tal nome só
podia ser usado espaçadamente, isto é, poucas vezes por dia. Por isso mesmo, eles preferiam
usar nomes substitutivos e alternativas tais como: "El", "Eloim", "Eloá," "Elyon", "El Shadday"
e "Adonay" que, traduzidos para o português, nos deram as palavra "Deus" e "Senhor". Mas,
mesmo assim, esses nomes, essas alternativas, esses substitutivos dos israelitas, não podiam
ser pronunciados de qualquer forma e a toda e qualquer hora. Isto deveria ser também
observado e rigorosamente cumprido, inclusive pelos estrangeiros que estivessem dentro do
território de Israel e a grande maioria dos "pedreiros de Salomão" era de estrangeiros. Dessa
forma, para respeitar o terceiro mandamento da Lei Mosaica e observar esse costume
rigoroso dos israelitas; para evitar que eles, especialmente como estrangeiros, fossem
acusados do cometimento do pecado de usar o nome de "YHWH" em vão, ou de usar com
abuso o nome "El" e suas variações, que eram os nomes alternativos dos israelitas, os
trabalhadores da construção passaram a chamar "YHWH" de o "Grande Arquiteto do
Universo", nome esse que foi simplificado e usando só as iniciais de cada palavra, tiveram
"GADU", formas alternativas só deles, tal como "Adonay " e outras eram do povo de Israel.
59
DEUS - O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
Ser supremo em que se alicerçam todas as religiões e cuja denominação varia em cada povo,
seita e instituição. A Maçonária o designa sob o sugestivo título de "O Grande Arquiteto do
Universo". " O Grande Geômetra" e "O Altíssimo".
O Imortal Pitágoras assim o definiu em linguagem bem maçônica, " Deus é a ordem e a
harmonia, graças à qual existe e conserva o Universo . Deus é Uno, não será nunca, como
pensam alguns, fora do mundo, serão no próprio mundo e todo no mundo inteiro
( Justino ) . Nele se formam todos os seres, imortais como Ele; suas obras são suas. Deus é a
alma de tudo . Deus está no Universo e o Universo está em Deus. O mundo e Deus são apenas
um. Se te perguntarem : "Qual é a natureza de Deus ? "Responde : " O circulo cujo centro está
em todas as partes e a circunferência em nenhuma parte . Se te perguntarem ainda : " Que é
Ele ? " Repete : " Deus é a alma de tudos os corpos e o espirito do Universo ( segundo
Cicero ). Para representar Deus, o sábio escreve a Unidade ".
HINO NACIONAL
Letra de Joaquim Osório Duque Estrada
Ó Pratria amada,
Idolatrada,
Salve!Salve!
60
Gigante pela própria natureza,
Terra adorada
És tu, Brasil,
Ó Prátria Amada!
Pátria amada,
Brasil!
O´ Pátria amada,
Idolatrada,
Salve !Salve!
61
Poesia de Olavo Bilac
Coro
Coro
62
E o Brasil por seus filhos amado,
Coro
Coro
HINO DA INDEPENDÊNCIA
63
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga
Música: D. PedroI
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Já raiou a liberdade;
No horizonte do Brasil.
64
Que apresentam fase hostil:
Resplandece a do Brasil.
Resplandece a do Brasil.
MAÇONS, AVANTE
65
(Dedicado à Maçonaria Brasileira)
Letra do Autor
Estribilho:
em defesa do Brasil!
66
Eia, avante, irmãos maçons etc.
HINO MAÇÔNICO
67
(Letra e música atribuídas a D. Pedro I - Imperador do Brasil)
Sagrada filosofia
A pura Maçonaria.
Maçons, alerta
Tende firmeza
Da natureza
A Pura Maçonaria.
estribilho
A pura maçonaria
estribilho
68
Há de os séculos afrontar
A pura maçonaria.
estribilho
A pura Maçonaria
estribilho
Recatando à hipocrisia
A pura Maçonaria.
estribilho
A pura Maçonaria.
69
SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL
Da nossa cultura
Bandeira querida...
ORDEM E PROGRESSO
70
Eminente Sociólogo e Filósofo do século XIX
Bandeira querida...
O reconhecimento e a gratidão
71
Naquela época a Loja Fraternidade contou em suas colunas com o General Manoel
Luiz Osório, Marquês do Herval e outros vultos do Brasil como; Duque de Caxias e
Ruy Barbosa, que eram membros atuantes na Ordem Maçônica do Grande Oriente do
Brasil.
Na campanha pela extinção da escravatura negra no país, obtendo leis que foram
abatendo o escravagismo, paulatinamente; entre elas, a "Lei Euzébio de Queiroz",
que extinguia o tráfico de escravos, em 1850, e a "Lei Visconde do Rio Branco", de
1871, que declarava livre as crianças nascidas de escravas daí em diante. Euzébio de
Queiroz foi maçom graduado e membro do Supremo Conselho da Grau 33; o
Visconde do Rio Branco, como chefe de Gabinete Ministerial, foi Grão-Mestre do
Grande Oriente do Brasil. O trabalho maçônico só parou com a abolição da
escravatura, a 13 de maio de 1888.
72
Durante os primeiros quarenta anos da República - período denominado "República
Velha" - foi notória a participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política
nacional, através de vários presidentes
73
Estados, além do Rio de Janeiro, e na Capital Federal, onde sua sede ocupa um
edifício com 7.800 metros quadrados de área construída.
Com aproximadamente 2.000 Lojas, com cerca de 61.500 obreiros ativos
(31.12.1999), reconhecido por mais de 100 Obediências regulares do mundo, o
Grande Oriente do Brasil é, hoje, a maior Obediência Maçônica do mundo latino e
reconhecida como regular e legítima pela Grande Loja Unida da Inglaterra, de
acordo com os termos do Tratado de 1935.
Portanto, a Maçonaria teve um papel muito importante na História do Brasil, visto
que vários Maçons participaram e contribuíram nos momentos históricos mais
importantes do país.
Bibliografia:
Constituição do Grande Oriente do Brasil, 2001
Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Dicionário Aurélio Básico da Língua
Portuguesa, Nova Fronteira, 1995.
Ritual – R...E...A...A... de Apr..., 2001
História do GOB
Período Monárquico:
O Grande Oriente do Brasil foi fechado pelo seu Grão-Mestre, o imperador Pedro I, quatro meses após a
sua instalação. Mas em 1827 alguns irmãos iniciaram outro movimento para reacender a Maçonaria no
país, e em 1828 criaram um corpo diretor denominado Grade Oriente Brasileiro, porém apenas simbólico
e com uma Loja funcionando no Rito Escocês Antigo e Aceito.
Em 1831, depois da abdicação de D. Pedro I, abriu-se nova pugna entre maçons brasileiros; pois com a
reinstalação, em 23 de novembro desse ano, do anterior Grande Oriente Brasileiro, passaram os dois
Grandes Orientes a tratar-se como inimigos, não obstante trabalharem ambos no Rito Moderno ou
Francês. O Grande Oriente do Brasil esteve quase sempre em luta com outras potências maçônicas, e em
funcionamento irregular, a não ser nos breves períodos em que viveu à sombra do Supremo Conselho
para os Estados Unidos do Brasil. Em 12 de novembro de 1832 o antigo embaixador brasileiro
Montezuma, munido de plenos poderes do Supremo Conselho da Bélgica, fundou um Supremo Conselho
do Rito Escocês Antigo e Aceito, no Rio de Janeiro, onde instalou uma Loja a que denominou Educação e
Moral. Este ilustre irmão era filiado a uma Loja do Grande Oriente do Brasil e a uma outra do anterior
Grande Oriente Brasileiro, e com o advento desta nova situação, passaram os dois Grandes Orientes a
74
criar Capítulos e consistórios , cada qual com um supremo Conselho. Em 23 de fevereiro de 1834 foi
celebrado em Paris o “Traité d’Union d’Aliance et Confédération Maçonnique” entre os Supremos
Conselhos dos Estados Unidos da América do Norte, França e Brasil, este último representado pelo
Grande Lugar-tenente Comendador Machado E. Silva.
Por esse tratado, o supremo conselho do Brasil, então mais conhecido como Supremo conselho
Montezuma, deixou de fazer parte da federação de Paris. Do verdadeiro Supremo Conselho do Brasil,
assim feito adormecer, surgiram três novos Supremos Conselhos, dois dos quais, de vida efêmera, se
fundiram no Grande Oriente do Brasil. O outro grupo, emanado do Supremo conselho de Montezuma
desde 1842, reuniu-se ao anterior Grande Oriente Brasileiro, tomando o nome de Supremo Conselho do
Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, o qual aboliu inteiramente o Rito Moderno ou
Francês.
Por esse tratado, o supremo conselho do Brasil, então mais conhecido como Supremo conselho
Montezuma, deixou de fazer parte da federação de Paris. Do verdadeiro Supremo Conselho do Brasil,
assim feito adormecer, surgiram três novos Supremos Conselhos, dois dos quais, de vida efêmera, se
fundiram no Grande Oriente do Brasil. O outro grupo, emanado do Supremo conselho de Montezuma
desde 1842, reuniu-se ao anterior Grande Oriente Brasileiro, tomando o nome de Supremo Conselho do
Rito Escocês Antigo e Aceito do Grande Oriente Brasileiro, o qual aboliu inteiramente o Rito Moderno ou
Francês.
Reinando a anarquia em todas estas Ordens, cada multiplicação sua redundava em novo fracasso. Em
1843 foi fundada a Companhia Glória de Lavradio, com novo Grande Oriente, que também acabou se
cindindo em dois grupos. Um dos grupos aclamou seu Grão-Mestre do Lavradio o barão de Cairu, ao
passo que um dos dignitários do outro grupo, tendo monopolizado todos os poderes, provocou o
afastamento de mais de 1.500 maçons, os quais, sob a direção do grande irmão Dr. Joaquim Saldanha
Marinho, fundaram em 1863 o Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos.
Reinando a anarquia em todas estas Ordens, cada multiplicação sua redundava em novo fracasso. Em
1843 foi fundada a Companhia Glória de Lavradio, com novo Grande Oriente, que também acabou se
cindindo em dois grupos. Um dos grupos aclamou seu Grão-Mestre do Lavradio o barão de Cairu, ao
passo que um dos dignitários do outro grupo, tendo monopolizado todos os poderes, provocou o
afastamento de mais de 1.500 maçons, os quais, sob a direção do grande irmão Dr. Joaquim Saldanha
Marinho, fundaram em 1863 o Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos.
Em 1870 o visconde do Rio Branco foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Lavradio, ao passo que
Saldanha Marinho sempre deteve esse cargo na Ordem dos Beneditinos. Em 1872, mercê dos esforços do
Grande Oriente de Lisboa, estes dois Grandes Orientes foram reunidos sob a denominação de Grande
Oriente Unido e Supremo conselho do Brasil, e a sua Constituição provisória foi promulgada em 23 de
setembro de 1872, no vale do Lavradio. Na ocasião da fusão havia 122 Lojas, das quais 68 Capitulares: 99
eram do Rito Escocês Antigo e Aceito, 11 do Rito Moderno ou Francês, 9 do Rito Adoniramita, e 1 Grande
Loja de Hamburgo; 1 de York e 1 de Adoção (mulheres). Delas, 51 provinham do Grande Oriente dos
Beneditinos, 31 dos de Lavradio e 40 cujas colunas foram erguidas depois da constituição do Grande
Oriente Unido e Superior Conselho do Brasil.
A família maçônica brasileira estava de novo pacificada e a Ordem prosperou até a reeleição o Grão-
Mestre, a qual decorreu acidentada, pois o candidato dos Beneditinos obteve grande maioria dos votos
sobre o do Grande Oriente do Brasil. Então o Grande Oriente do Lavradio declarou nula a unificação dos
dois Grandes Orientes, feita em setembro de 1872. Este caso foi submetido às potências estrangeiras, as
quais, por grande maioria, decidiram que o visconde do Rio Branco não se achava qualificado para anular
uma fusão e deram ganho de causa a Saldanha Marinho. Como nenhum acordo fora obtido entre os dois
75
ex-Grandes Orientes, Saldanha retornou aos Beneditinos, mas continuando a dirigir o Grande Oriente
Unido e Supremo conselho do Brasil, e desta vez com o reconhecimento de quase todas as potências
mundiais.
Saldanha Marinho deteve esse primeiro malhete até 1880, e o Visconde do Rio Branco permaneceu Grão-
Mestre do Grande Oriente do Brasil até 1878, quando o sucedeu o Grão-Mestre Adjunto Dr. F. J. C. Júnior.
Período Republicano:
Daí em diante a Maçonaria no Brasil prosseguiu mais ou menos normalmente suas atividades, sem lances
historicamente notáveis a não ser algumas alterações em sua constituição, tendentes a definir, restringir
ou ampliar poderes, até que em junho de 1927, o Supremo Conselho, convocado pelo Grande
Comendador Dr. Otávio Kelly, resolveu romper o Tratado de união entre o Grande Oriente do Brasil, que
havia sido firmado em 1864, para constituir-se uma potência maçônica mista. Este ato provocou a
fundação das Grandes Lojas soberanas em vários Estados do Brasil, com jurisdição nas Lojas de seu
território; Lojas de Perfeição, Capítulos, conselhos de Kadosch e Consistórios de Príncipes do Real
Segredo, obedientes ao Supremo Conselho. Todas as Grandes Lojas fundadas trocaram representantes
com as Grandes Lojas do Mundo, muitas das quais deixaram de reconhecer o Grande Oriente do Brasil
como potência maçônica regular. Ao passo que o Supremo Conselho, funcionando no Grande Oriente do
Brasil, fundado ao arrepio das Grandes Constituições e resoluções da Confederação dos Supremos
conselhos, é julgado espúrio e irregular pelos demais Supremos Conselhos, não tendo por isso sido
recebido no Congresso dos Supremos Conselhos, realizado em Paris em 1928 e em Bruxelas em 1935. Por
esses motivos, o Grande Oriente do Brasil tem sofrido contínuas fragmentações, pois muitas Lojas têm se
retirado de sua jurisdição para fundar novas potências, umas irregulares, outras não.
76
III. Os incensos estão relacionado ao elemento ar e representam a percepção
da consciência que, no ar, está presente em toda parte.
De fato, estas são apenas algumas das inúmeras afirmações devotadas a este
“santo remédio”, se assim podemos chamá-lo.
a) Acender o incenso sempre com uma intenção clara, podendo ser um puro
agradecimento, prece, meditação ou o que mais tiver em mente;
Na Índia, por exemplo, existe um tipo de incenso que sua duração chega até 6
horas, com uma fragrância muito suave que serve para serem utilizadas nos
rituais nos templos. Esta longa duração é para a fragrância elevar as orações
o tempo todo enquanto o ritual durar. em
Podemos ainda encontrar incensos nas formas de varetas, cones, espirais, pó,
ervas, resinas e as fragrâncias são as mais variadas possível.
77
Quanto às fragrâncias, precisamos entender que apesar de existem milhares
delas, precisamos encontrar aquela que corresponde com nossa intenção.
FRAGRÂNCIAS
Eucalipto - Paz
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Laranja - Paz
Menta - Estudos
Raízes - Harmonia
Sândalo - Meditação
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A Câmara Escura da Reflexão é o Símbolo do estado de consciência ainda nas
Despojado dos metais, depara-se o candidato com o grão de trigo, que sepultado
na terra germina com seu próprio esforço em busca da luz; o pão e a água para que
como pão do sacrifício; o sal e o enxofre, que são as duas polaridades do indivíduo,
espírito e matéria.
deveres para com Deus, para consigo mesmo e para com seus semelhantes.
80
o inferior; é o programa do Iniciado na verdade e na virtude
.
O despojamento dos metais significa que tudo neste mundo se paga, que
não se pode receber sem dar; é o abandono às paixões e às vontades.
Significa ainda a necessidade do candidato abandonar os pensamentos que
lhe pareciam agradáveis até então.
Com o coração descoberto em sinal de sinceridade e franqueza, o joelho
direito desnudo para marcar os sentimentos de humildade, e o pé esquerdo
descalçam em sinal de respeito, inicia o candidato a primeira viagem em
busca do segundo elemento, a Água. O contato com o primeiro elemento, a
Terra, foi feito na Câmara das Reflexões, quando nos foi lembrado que dela
viemos e a ela retornaremos.
81
Firmar o Juramento com sangue significa a causa sagrada eternamente,
até a morte. A fé impressa a fogo no peito do Iniciado, acende o ardor para
atuar em Harmonia com o plano do Grande Arquiteto do Universo.
82
de nós pelo espírito da verdade. Como o Aprendiz ainda não sabe ler nem
escrever, ela é apenas soletrada. E ensinando ainda o Sinal de Ordem, os
Passos e os Toques.
No topo da Coluna do Norte ficará a embelezá-la por três anos. Os três anos
e as três viagens simbolizam o tríplice período que marcará as etapas de
estudos e progresso. Os três anos referem-se às três artes:
Gramática, Lógica e Retórica. A Gramática é o conhecimento das letras,
princípios, signos, Símbolos da verdade. Os três anos têm ainda estreita
relação com os três primeiros números: um sentido da unidade universal;
dois, dualidades da manifestação; e três, Trindade ou Perfeição.
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A lei iniciática do Silêncio
ao seu alcance.
84
soletrar. O companheiro, mais adiantado, aprendeu a silabar. E a fase da curiosidade
intelecto - para a execução da obra traçada pelos mestres. Quem tem que pensar e
participa e ensina.
José Castelanni, um dos mais conceituados autores, também discute com muita
propriedade. E claro que isto é simbólico, pois ninguém impede de um aprendiz falar
85
durante as sessões,’ “embora a ortodoxia maçônica exija esse silêncio”. Existe razão
para isso?
1. Simbolicamente, o aprendiz é uma criança de tenra idade, que não sabe fazer uso
do vocabulário.
Nas escolas pitagóricas, o primeiro grau era dos ouvintes, que participavam das
reuniões, mas guardavam absoluto silêncio numa fase que durava dois anos, durante
o corax (o corvo); no mitrismo, o neófito era o servo do sol, que podia imitar a fala,
mas não podia criar idéias próprias. Assim, era mais um ouvinte que um participante.
Iniciação-Simbolismo
86
Evidentemente que temos consciência de que tudo aqui é simbólico,
que tudo tem a sua razão de ser, que há uma explicação lógica, com cada
um deles contendo uma mensagem que são verdadeiras fontes de ensi-
namento, uma vez que “ Simbolismo é a expressão ou a interpretação
por meio de símbolos e foi o estado primitivo da língua filosófica, no qual
os dogmas religiosos e verdades científicas eram expressos por meio de
símbolos, calcados sobre uma correspondência entre dois objetos dos
quais um geralmente pertence ao mundo físico e o outro ao mundo
moral” cuja decifração, com certeza nos levará a entender melhor o que
é MAÇONARIA, já que, por definição Maçonaria é a ciência da Moral
velada por alegorias e ilustrada por Símbolos”.
87
LIVRE E DE BONS COSTUMES
Peça de Arquitetura Referente a 3 a Instrução de A∴ M∴
A partir do momento que alguém se torna Maçom, há de se conscientizar que haverá um caminho
longo a percorrer. Pode-se dizer que é um caminho sem fim. Ao longo dessa caminhada há bons e maus
momentos. Os bons deverão ser aproveitados como incentivo, e os maus não poderão ser motivo de
esmorecimento e desistência da viagem iniciada. A linguagem, sempre empregada nas Lojas Maçônicas,
diz que o Aprendiz Maçom é uma pedra bruta que deve talhar-se a si mesmo para se tornar uma pedra
cúbica. É o início da sua jornada Maçônica.
O nutrimento elementar para a viagem é conhecido do Maçom desde de nossa primeira instrução
recebida: A régua de 24 polegadas, o maço e o cinzel. Com o progresso, o Maçom vai recebendo outros
objetos, tais como o nível, o prumo, o esquadro, o compasso, a corda, o malhete e outros. Os utensílios
de trabalho, obviamente, são simbólicos. Todos os símbolos nos abrem as portas sob condição de não
nos atermos apenas às definições morais. E é com o manuseio dessas ferramentas que se começa a
tomar consciência do valor iniciático da Maçonaria em nossa 3a instrução. O espírito Maçônico ensina,
aos seus adeptos, um comportamento original que não se encontra em nenhum outro grupo de homens.
Se isso não for absorvido, não será um bom Maçom, livre e de Bons costumes.
Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da
palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem escravo
de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de
Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua
personalidade.
O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a
finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral
da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno,
procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de
que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem
de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.
Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de
A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a
respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e,
principalmente moral. Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não
fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira,
exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra
proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.
Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde o nós homens nos
aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que os possibilitam ser,
cada vez mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais
conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
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O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico.
Para ser homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade
o homem que não é escravo de suas paixões , que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos
de fera humana.Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a
vícios. Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas
tentações. Não é homem livre, quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo,
sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas
qualidade, anulando-as.
Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam,
que desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o
mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada
que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida
pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o
complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos
em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da
própria vida humana.
A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os
princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com
abuso que é defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom
maçom, livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai
os seus mais sagrados compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da
maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos
sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um
semelhante.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com
as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno se
vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe que é
amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude,
que ele deve cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe
de família não tem qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é
covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus
juramentos de fraternidade, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se
com os objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no
auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja
prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode
provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói.
Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair
os sentimentos de fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é
cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom
maçom deve cultivar.
89
O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.
Bibliografia :
James Anderson
James Anderson, habitualmente denominado de "pai da Maçonaria Especulativa", nasceu na
cidade de Aberdeen, (Escócia), por volta do ano de 1680. Estudou teologia em sua cidade
natal, no "Marischal College", onde acabou recebendo o seu título de "Doutor em Teologia",
naturalmente presbiteriano, religião então predominante na Escócia.
Ainda antes de 1710, Anderson veio fixar residência em Londres, onde ele, mais tarde,
comprou os direitos de vicariato de uma Capela Presbiteriana, situada em "Swallow Street"
(Rua das Andorinhas), onde ainda em 1735 o encontramos fazendo as suas pregações.
Em sua qualidade de vigário presbiteriano ele se tornou muito conhecido do povo londrino,
em face de suas inúmeras pregações, muitas das quais chegou a publicar em folhetos
avulsos. As que mais admiração causaram foram as cinco seguintes:
1. "Nós esperamos a paz, que não veio; Dia da Saúde" (Jeremias 8-15), pronunciada em
16/01/1712 na Igreja de Swallow Street.
2. A pregação de 30/01/1714, teve como título: "Assassinos de Rei, não", um nome assaz
curioso. Tratava-se de uma pregação a favor do Rei George I, recentemente coroado, contra
as falcatruas e confabulações do partido católico do pretendente Jacobus III.
4. Esta foi uma pregação fúnebre no dia do 1º aniversário do falecimento do padre William
Lorinzer, um ministro presbiteriano que tinha feito a sagração de Anderson.
E não há duvidas que Anderson, ao abordar este assunto, falava de experiência própria, pois
consta que por volta de 1720 tinha perdido todo o seu patrimônio, e a sua situação financeira
estivera tão precária, que os seus credores o lançaram na "torre dos devedores", de onde o
tiraram os seus Irmãos Maçons, depois de terem pago as suas dívidas.
Exemplares destas cinco pregações existem ainda hoje na biblioteca dos advogados, de
Edinburgh.
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Logo no ano seguinte, de 1733, publicou o livro: "A Unidade na Trindade, e a Trindade na
Unidade". Em 1739 editou o livro "Notícias de Elysium" e "Conversas com os Mortos" e,
finalmente, em 1742, ainda surgiu, em edição póstuma a "História genealógica da Casa Nobre
de Ivery" uma antiga estirpe irlandesa, cujo membro vivo na ocasião era o Conde de Egmont.
Nunca se soube em que Loja Anderson fora iniciado, mas é provável que ainda tenha sido na
Escócia, de modo que já era Maçom feito a filiar-se a uma Loja em Londres.
Deve ter trabalhado com incrível rapidez, a não ser que já tenha feito os estudos
preliminares, pois já em 21/12/1721, apresentou o Manuscrito Projeto, que foi entregue a 14
Irmãos competentes, e esta mesma comissão depois de feitas as resolvidas emendas
consideradas necessárias, aprovou a nova Constituição em 25/03/1722.
A autorização da impressão da Constituição e sua venda criou grande celeuma, e por isto, o
Irmão Anderson parece ter ficado afastado dos trabalhos durante quase 10 anos das Lojas.
Mas em 24/02/1735 Anderson apresentou-se novamente à Grande Loja, pedindo licença para
imprimir uma Edição da Constituição aumentada, cujo novo texto foi finalmente aprovado em
sessão de 25/01/1738, pelos representantes das 56 Lojas presentes, sendo impressa logo em
seguinda.
Desapareceu assim o Maçom quem mais serviços prestou à Ordem, que em vida nunca
mereceu o menor apoio, prestígio e agradecimento, e que pelo contrário foi atrozmente
combatido, mas que acabou sendo o único, cujo nome nunca foi e nem será esquecido.
Kurt Prober
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falando a milhares de anos com sua escrita clara, suscinta e velada: por exemplo: na
Bíblia, o grande Kabir Jesus diz: que devemos negar a si mesmos, negando dentro de
nós mesmos os nossos vícios, tais como: a nossa ira, a nossa vaidade, o nosso orgulho e
a nossa ambição: no Alcorão, Maomé com toda a sua sabedoria, nos disse: morte aos
infiéis, em que os infiéis são os nossos próprios vícios e defeitos, e que seus seguidores,
hoje, pensam equivocadamente que somos nós os ocidentais; no Baghavad Ghita, livro
sagrado dos Hindostânico, aconteceu uma batalha de Arjuna, personagem épico deste
livro, contra seus parentes, em que muitos seguidores desta filosofia hindu levam ao pé
da letra, mas que na realidade, meus queridos IIr∴, lutar contra os parentes significa,
aqui, cavar e enterrar os próprios vícios; no budismo, Sidharta, nos fala em aniquilação
budista, que também significa a morte dos nossos vícios.
E aqui na Loja? Será que estamos nos propondo a mudar, cavando masmorras aos
vícios e levantando templo a virtude ou estamos dando vazão e espaço a antigos
rancores, alimentando a ira e nossas ambições desenfreadas, sem amparo, nem
sustentáculo das colunas deste Templo, onde se prega o amor e união dos IIr∴.
Faça de seu corpo uma pedra dentro desta Loja e de seu espírito um laboratório de
experiências, pois empenhando-se em uma pesquisa profunda a respeito do
funcionamento espiritual da Loja, teremos possibilidades de fazer mudanças positivas
em nosso interior. Como diz o sábio: o exterior é reflexo do mundo interior, e, quando
soa a bateria no Ritual Maçônico e o som chega aos nossos ouvidos de forma
harmônica, significa que estamos em harmonia com todo o universo, e, provavelmente
teremos uma Sessão Justa e Perfeita. Mas quando a bateria soa em desarmonia, o
ritmo da Loja desanda, e, os IIr∴ que provocaram inconscientemente tal desarmonia,
trazem na sua ambição, o falso sentimento, que pela força e pelo grito podem conseguir
tudo que querem, inseridos na visão mundana e superficial do que realmente é a
maçonaria. Claro está, que a única forma de desenvolvimento no mundo maçônico é o
desprovimento completo e absoluto do egoísmo, onde o sentimento de irmandade, fruto
do desbaste da Pedra Bruta e da formação da Pedra Cúbica torna-se imprescindível, se
realmente temos profundo interesse de crescer como IIr∴. Obviamente, no início, isso
não é fácil, encontram-se dificuldades inesperadas, às vezes, o entusiasmo inicial é
excessivo e diminui progressivamente com o passar das semanas, dos meses e dos
anos, portanto é preciso elaborar uma abordagem persistente e constante, baseada em
um compromisso a longo prazo, colocando pedra por pedra, uma a uma, dia após dia,
até concluir o nosso Templo interior, que deve se refletir como um espelho da
construção desta Loja.
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LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE
O dia que se implantar a fraternidade no nosso mundo não haverá mais guerras e nada
dos acontecimentos funestos que nos consternam neste momento. Será o paraíso do
homem inteligente. Mas a fraternidade não poderá ser instituída por um decreto; o
homem, esse impostor que vem estupidamente destruindo o ecossistema e tudo de
belo que a natureza criou, há um tempo que, paradoxalmente, intitula-se uma imagem
e semelhança de Deus, não tem capacidade nem faculdades lógicas para criar a
fraternidade através de uma ordem ou qualquer forma declaratória. Nem a liberdade
poderá implantar no meio social, a não ser que se disponha a renunciar todos artifícios
e valores falsos que ergueu para, por meio deles, locupletar-se.
Somente a igualdade, é o elemento único de nossa tríade que poderá ser constituído
pelo homem, ou seja, instituído através de uma constituição. Não pela maneira vulgar e
até graciosa que está consignada em nossas constituições e inclusive no documento
magno que intitulamos: "Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão",
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onde o poder bazofia com os dizeres: "são todos iguais perante a lei", sem a instituição
dos mínimos preceitos que tornem as pessoas iguais. Até poderia ser válida esta
afirmação se a lei representasse a justiça, como sendo o consenso da humanidade;
porém, é de notar-se que todos os absurdos que pratica o homem estão capitulados nas
leis, ou, pelo menos, as leis lhes cederam espaço para existirem. O simples fato de
estarmos constituindo uma condição de igualdade através de uma declaração já
caracteriza perfeitamente um domínio e desigualdade entre quem declara e os
declarados.
A implantação da igualdade social por meio de uma constituição não significa ainda a
solução ideal, de vez que o sistema constitucional vigente no mundo ainda não nos
parece haver alcançado os resultados ideais e definitivos; eis que as mais de 200
constituições existentes, vem sofrendo constantes emendas e alterações. Nem a
constituição norte americana, que apontamos como modelo, nos configura uma
constituição ideal. Ela sobrevive há mais de 200 anos com resultados estáveis porque
são sustentados, mas que se nos afiguram bem longe do ideal e definitivo. Uma
constituição é o documento intelectual mais profundo e sábio que poderá um povo
realizar, porque somente através de uma carta magna se instituirão os valores e
disciplina para uma sociedade ideal. A constituição deverá ser o poder impessoal e
único para governar um povo; uma lei para governar os homens, sem o menor espaço à
intromissão de homens para governar as leis. É o paradoxo de nossas Cartas, como
autênticas fábricas de homens para governar e até abusar livremente das leis. As
assembléias constituintes atuais, representam mas não defendem a vontade popular;
são institutos próprios da conjuntura em que o homem domina o homem e organizam-
se para negociar os interesses apenas dos que detém o poder, onde até
comportamentos verdadeiramente selvagens são regulamentados. Os preceitos de uma
constituição deverão nascer de uma idealização e nunca de alguma negociação.
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verdade milhões de males que atormentam a humanidade e tão somente as
conseqüências de um único mal, de onde se originam todos demais. E a solução deste
grande mal está contida num silogismo bem simples e elucidativo: "se
Será portanto a igualdade a grande e única tábua de salvação para o nosso mundo; a
palavra chave e fanal para todos nossos objetivos. Ela nunca foi vista por nenhum de
nós mas existe e está colocada a nosso dispor, como um troféu que só virá até nos se o
conquistarmos. É pois, para a conquista desta insígnia tão preciosa que conclamamos
todos nossos irmãos, numa marcha decidida e firme a ser iniciada exatamente neste
momento.
A nossa conquista não se fará, naturalmente, com o mesmos canhões com que o
homem está destruindo o mundo e já destrui até sua dignidade; não será também pelos
caminhos que nos ensinaram na universidade porque o mesmo senhor que manuseia os
canhões foi quem traçou todos eles; nem também pelos caminhos dogmatizados das
religiões que simbolizam ainda a mesma mensagem hipócrita do rei divino para seus
escravos.
Nem será a nossa tarefa a solução isolada e impossível dos mil problemas da sociedade;
será apenas a remoção de um móvel para o seu devido lugar, de onde se originaram os
problemas todos. Não será, também, a destruição de um inimigo, conforme a prática
dos homens; inimigo este que seria a desigualdade social. Nossa tarefa será
simplesmente a conquista de uma pérola que nos pertence; uma pérola que ainda não
conhecemos, mas que, por analogia, sabemos o seu formato e sua beleza, que é a
igualdade social; esta igualdade que deixou de existir desde o momento que o homem,
por seus instintos ferozes, passou a explorar e escravizar a natureza e o próprio
homem; quando o instinto do homem assumiu o domínio da inteligência, ao invés da
inteligência dominando os instintos.
"O homem é um animal racional, com duas naturezas distintas; a natureza animal que
o identifica em instintos e características com todos demais mamíferos; e a racional
que lhe dá o poder de discernimento e encerra a tarefa específica que o G∴ A∴ D∴ U∴
lhe confiou; a tarefa de complementar com a inteligência a perfeição que se esgota na
natureza selvagem. Os instintos do "homo-fera" manifestam-se desde o nascimento,
enquanto o intelecto tem o seu desenvolvimento muito mais tarde. Talvez daqui venha
o fato de o homem não se haver organizado racionalmente antes de ter sua inteligência
escravizada pelo instinto, donde nasceu um círculo vicioso que sobrevive e somente por
um impacto da inteligência poderá desfazer-se".
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estamos insertos. O homem com seu egoísmo conseguiu desvirtuar a realidade da
filosofia humana; inverteu os valores e viciou a cultura que professamos. Estamos nós e
o mundo inteiro perdidos na escuridão de artifícios e valores falsos. São as mentiras que
a escuridão nos põe ao dispor para, por meio delas, salvar a verdade. Somente o facho
de uma luz de verdade nos poderá resgatar e conduzir passo a passo até o destino
certo. E somente a magnitude de Nossa Ordem contém a seara fértil para germinar uma
pequena semente de verdade e fazer com que ela se reproduza até cobrir o universo
inteiro.
escolherão seu comportamento ideal, dentro de uma liberdade ampla, onde os direitos
de cada pessoa sejam limitados apenas pelos direitos idênticos de seu semelhante.
Jamais atingiremos este objetivo nas instituições vigentes de pseudodemocracia, onde a
coletividade não escolhe os seus direitos e sim escolhe os agentes do poder, mediante
alienação de todos os seus direitos e toda soberania.
Numa sociedade em que o direito seja criado livremente pelo consenso de todos, é
obvio que todos os conhecerão para saber respeitá-lo, ao tempo que se farão os
melhores fiscais de seu cumprimento, sem deixar lugar para sua transgressão. Diante
disto, desaparecerão os motivos para conflitos, assim como também desaparecerá a
necessidade de tribunais e a existência de presídios humanos ou qualquer forma de
repressão.
Isto é o que entendemos por igualdade social, onde está implícita a liberdade e
desabrochará sem dúvida o maior desiderato do homem inteligente, que é a
fraternidade e equivale ao paraíso encantado com que todos nós sonhamos e nunca
imaginamos estar tão perto de nós.
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PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES
SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.
Assim sendo, SER LIVRE significa, não estar apegado à matéria e aos elementos
materiais. Ser livre é estar liberto do EGO, o elemento que nos aprisiona ao corpo de
barro e nos impede de transcender rumo à verdadeira luz. Essa Verdadeira Luz
habita todos os seres vivos e os conecta diretamente a um corpo mais elevado, mas
está oculta pelo dogma, preconceito e demais arestas da pedra bruta. Somos uma
célula que pertence a um corpo chamado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alah,
Jeová ou tantos outros nomes usados para representar o criador; nossa missão é nos
purificar para que possamos voltar a fazer parte desse corpo de pura luz.
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O que interessa ao Maçom é especialmente o treinamento para o exercício da
fraternidade universal, que leva a fraternidade não só entre os irmãos mas a todos
os homens; que leva ao altruísmo positivista, ao sentimento cristão do amor ao
próximo, que nos faz sentir não como um membro de uma Loja somente, ou membro
de uma nação, mas nos faz sentir como membro da humanidade. Essa é a
característica que interessa a Maçonaria, sermos Livres e de bons Costumes.
O que valoriza o homem e deveria valorizai especialmente o Maçom, não pode ser
avalizado por certidões negativas, nem por vagas informações de terceiros e nem por
entrevistas feitas por pessoas que não possuem esse sentimento da fraternidade
universal.
Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.
A Maçonaria será tão grande e boa quanto nós, os Irmãos, se formos grandes e bons
individualmente.
PORQUE SOMOS
LIVRE E DE BONS COSTUMES
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SER LIVRE – No sentido literal esse conceito significa não possuir pendências com a
sociedade, não ser prisioneiro ou escravo de algo ou alguém.
Assim sendo, SER LIVRE significa, não estar apegado à matéria e aos elementos
materiais. Ser livre é estar liberto do EGO, o elemento que nos aprisiona ao corpo de
barro e nos impede de transcender rumo à verdadeira luz. Essa Verdadeira Luz
habita todos os seres vivos e os conecta diretamente a um corpo mais elevado, mas
está oculta pelo dogma, preconceito e demais arestas da pedra bruta. Somos uma
célula que pertence a um corpo chamado Deus, Grande Arquiteto do Universo, Alah,
Jeová ou tantos outros nomes usados para representar o criador; nossa missão é nos
purificar para que possamos voltar a fazer parte desse corpo de pura luz.
O que valoriza o homem e deveria valorizai especialmente o Maçom, não pode ser
avalizado por certidões negativas, nem por vagas informações de terceiros e nem por
entrevistas feitas por pessoas que não possuem esse sentimento da fraternidade
universal.
Devemos entender livre aquele que não tem sua mente servilmente amarradas aos
condicionamentos doutrinários e que é religioso porque assim o decidiu livremente
diante de sua própria consciência, um homem que tem livre seu pensamento. De
bons costumes aquele que procede de acordo com princípios morais rígidos não por
temor de ser castigado por algum poder superior com um hipotético inferno, e que
não norteia o seu comportamento por seu egoísmo e sim por sua consciência de ser
membro da raça humana, cujos componentes são todos seus irmãos e semelhantes.
Todos os elementos do Universo, quer seres vivos quer matéria inerte, obedecem
sem decisão própria às leis naturais, somente ao homem cabe a regalia de poder
decidir muitos dos seus atos.
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impunemente fugir as determinações dessas mesmas leis de cooperação universal. O
homem que não cumpre seu papel nesse contexto está traindo a própria confiança
que nele foi depositada como elemento máximo desse mesmo Cosmo. Esse é o
verdadeiro homem de bons costumes de que fala a Maçonaria.
A Maçonaria será tão grande e boa quanto nós, os Irmãos, se formos grandes e bons
individualmente.
Se uma única pessoa representa uma vela na escuridão, um grupo de pessoas irradiando luz seria o
equivalente a um farol que guia e dá rumo aos desorientados pela ausência de luz.
Vedar os olhos
A cerimônia da vedação dos olhos tem enorme relevância, pois é o ponto de partida, ou
melhor, o disparo da iniciação.
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O beijo nas faces simboliza a bênção (ação do bem), ou seja, o desejo de
sucesso na missão tanto no seu aspecto exotérico (exterior - provas - força - resistência) como
no sentido esotérico (interior - conhecimento - aprendizado).
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