Introdução Ao Sistema Financeiro Nacional (SFN)
Introdução Ao Sistema Financeiro Nacional (SFN)
Introdução Ao Sistema Financeiro Nacional (SFN)
1.
Introdução
A partir daqui, estudaremos sobre a emissão e a distribuição de valores mobiliários no mercado,
assim como a negociação e a intermediação no mercado derivativo.
Vale a pena conhecer métodos de auditoria das companhias abertas e os serviços de consultoria e
analise de valores mobiliários.
2.
Definição de valores mobiliários
Define-se como valores mobiliários:
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O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é organizado de forma a permitir que poupadores consigam
guardar seus recursos com rentabilidade satisfatória, acima da inflação, e tomadores de recursos
consigam capital para investimentos em suas estruturas, possibilitando crescimento constante.
No Mercado de Capitais (MC), as transações são mais de longo prazo, sendo a maioria delas compra
de participação nas empresas, através de ações. Existe intermediação financeira, entretanto, não há
participação percentual sobre os resultados alcançados pelos investidores.
O Mercado Financeiro (MF) está em constante atualização. Essas atualizações são necessárias para
manter a estabilidade do sistema de crédito. As taxas de juros, taxa de câmbio e políticas
econômicas são aplicadas ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e Mercado Financeiro (MF).
3.
Conceito do sistema financeiro nacional
Uma conceituação muito abrangente do SFN seria a de um conjunto de instituições que
desenvolvem suas atribuições no sentido de proporcionar, de forma eficiente, condições para que os
fluxos de capital circulem entre os poupadores e os tomadores de recursos.
Para tanto, o SFN permite que um agente econômico se posicione entre dois outros atores, sendo
um tomador e outro poupador de recursos financeiros, para que as transações financeiras ocorram
basta, apenas, que o tomador de recursos esteja disponível a remunerar o poupador acima de suas
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expectativas.
À luz destas informações, podemos caracterizar essas instituições como sendo: os intermediários
financeiros e as instituições auxiliares.
Intermediários Financeiros.
Comerciais;
De investimento;
De desenvolvimento;
A caixa econômica;
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Você sabia?
As empresas que desejam lançar suas ações no Mercado de Capitais (Bolsa de Valores) devem
obedecer a uma série de critérios estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Muitas vezes, para chegar no patamar desejado, as
empresas aguardam de 5 a 10 anos para atender aos critérios.
3.1.
Autoridades monetárias
As autoridades monetárias são extremamente importantes para orquestrar o SFN. As regras e as
normas são ditadas e auditadas pelas autoridades, interferindo diretamente nas políticas
econômicas e monetárias do país.
As autoridades em questão são: CMN (Conselho Monetário Nacional, Bacen ou BC (Banco Central)
e CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
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O CMN é um órgão normativo não lhe cabendo funções executivas, estando nele a responsabilidade
de instaurar todas as diretrizes das políticas monetárias, creditícia e cambial do país. Pela
relevância das informações no cenário econômico nacional, o CMN torna-se um conselho de
políticas econômicas.
A Medida Provisória (MP) 542 de 1994, que instaurou o Plano Real no Brasil, nomeou como
membros do CMN as seguintes autoridades: Ministro da Fazenda (Presidente); Ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão; e o Presidente do Bacen.
Presidente do Bacen;
Presidente da CVM;
Secretários do Tesouro Nacional e de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
Diretores de Política Monetária, de Assuntos Internacionais e de Normas e Organização do SF,
todos do Bacen.
Como entidade superiora ao SFN a CMN tem como algumas de suas competências:
Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu
processo de desenvolvimento;
Regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou
deflacionários de origem interna ou externa;
Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamento do país;
Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas de forma a
garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional;
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar
mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos;
Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras;
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e
externa.
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Emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN;
Executar os serviços do meio circulante;
Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das
instituições financeiras e bancarias que operam no país;
Realizar a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;
Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos
federais;
Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo
CMN;
Exercer o controle de crédito sob todas as suas formas;
Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário;
Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições
financeiras privadas;
Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros garantindo o correto funcionamento do mercado
cambial, operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito no exterior.
Em suma, é através do Banco Central que o Estado põe em prática, de forma direta, suas práticas
no sistema financeiro e, indireta, na economia do país.
Para controlar a inflação do país, o Bacen faz política monetária adquirindo títulos junto ao
Tesouro Direto, comprando e vendendo conforme a necessidade de manutenção da meta da
inflação estipulada.
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Quanto às oscilações cambiais e sua volatilidade, o Bacen opera no mercado à vista, vendendo
títulos públicos cambiais para, assim, controlar possíveis grandes variações que possam impactar a
economia como um todo.
Assim como o CMN, a CVM é um órgão normativo do sistema financeiro, voltando suas atribuições
para a fiscalização do mercado de valores mobiliários.
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Sobretudo, a CVM tem como um de seus principais papéis ser o “xerife” do Mercado de Capitais,
trazendo confiança e segurança para os investidores e investidos quanto a negociações realizadas,
garantindo a execução das operações e liquidação das ordens.
4.
Mercado Monetário
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O mercado monetário é característico para aplicações em produtos da renda fixa, em títulos com
prazo de curta duração. O meio tradicional de procura para esses títulos são as instituições
bancárias, entretanto, diversas outras instituições também o fazem, como será descrito mais
adiante.
Bancos de negócios: são instituições que focam suas ações em intermediação de grande porte,
envolvendo uma arquitetura financeira complexa sua operacionalização.
Bancos de atacado: são instituições que atendem a um pequeno volume de clientes, entretanto,
são investidores qualificados, com grande recurso financeiro;
Bancos de varejo: atendem maior volume de clientes, independente dos recursos financeiros
aplicados ou contratados, podendo segmentar sua clientela em grupos característicos, tais
como:
Cliente corporativo: específico para atendimentos às pessoas jurídicas, voltado ao público
empresarial;
Cliente exclusivo: realiza atendimentos aos clientes pessoas físicas com grande volume
financeiro em movimentação, prestando atendimento diferenciado;
Cliente personalizado: clientes com altíssima renda, sendo pessoas físicas ou pessoas
jurídicas com padrão de pequeno e médio porte. Atendidos com horários diferenciados e
contato direto com seus consultores financeiros;
A regulamentação do Mercado Monetário (MM) é toda realizada pelo Bacen, sendo o Banco do
Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) as instituições pelas quais as políticas monetárias
instituídas pelo CMN e delegadas ao BC são colocadas em prática.
Em paralelo, a Caixa Econômica Federal (CEF) fica responsável pelas políticas de investimento dos
recursos dos trabalhadores, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e o Sistema
Financeiro de Habitação (SFH).
Através das duas instituições, o Banco Central consegue controlar a concorrência entre as políticas
de crédito com as outras instituições bancárias que compõem o Mercado Monetário (MM).
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A capitalização do Mercado Monetário, através dos bancos, se prevalece pelas pequenas instituições
correspondentes, sendo algumas delas, resumidamente: instituições financeiras, casas lotéricas
(específicas da CEF) e agências dos correios (específicas do BB).
5.
Mercado de capitais
O Mercado de Capitais (MC) contempla as operações de investimento caracterizadas por serem de
longo prazo, conceitualmente acima de 2 anos de duração. Os riscos nas transações são elevados
fazendo com que os retornos sejam mais elevados que os produtos do Mercado Monetário (MM).
A regulamentação do Mercado de Capitais (MC) é feita pela CVM, que atua fiscalizando e
controlando as movimentações financeiras e patrimoniais, estando a CVM subordinada ao CMN.
Abaixo da CVM está a Bolsa de Valores de São Paulo, denominada B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – até o
ano de 2017 era BM&FBovespa.
A Bolsa de Valores é responsável por registrar todas as movimentações financeiras que ocorrem
durante o período de negociação, chamado de pregão eletrônico. Assim, como responsável pelo
registro da transferência de titularidade dos títulos de ações, esta que representa a menor parte da
propriedade de uma sociedade anônima de capital aberto.
Atualmente, existem dois tipos de ações: as preferenciais (PN) e as ordinárias (ON). Os acionistas
preferenciais têm preferência no recebimento dos dividendos (fração do lucro distribuído pela
empresa), sendo de, no mínimo, 5% do valor da ação. Já os acionistas ordinários têm direito ao
recebimento de, no mínimo 25% do lucro da empresa, mas, para isso, sua responsabilidade sobre os
prejuízos da empresa é limitada a sua participação societária, enquanto que, para as ações
preferenciais, a responsabilidade se limita ao valor investido nas ações da empresa.
As tendências de preço das ações são estudadas em duas escolas clássicas de análise: escola gráfica
e escola fundamentalista. Ambas objetivam o aumento do valor das ações e patrimônio pessoal,
mas usam ferramentas e estratégias de retornos distintas.
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Mercado de Capitais.
Na escola gráfica, os investidores objetivam alcançar lucratividade em curto prazo, baseando suas
decisões nos investimentos de daytrade ou swing trade, sendo o primeiro referente às negociações
abertas e fechadas no mesmo dia e a segunda em negociações iniciadas e finalizadas em datas
distintas. Ferramentas gráficas são utilizadas para auxiliar na tomada de decisão, sendo algumas
delas: tendência de Fibonacci, MACD, médias móveis, médias móveis exponenciais, histográficos,
volumetria, tendências de topos e fundos, canais de alta ou baixa, entre outras.
Para refletir:
A escola gráfica é a mais procurada pelos investidores iniciantes, principalmente, o público mais
jovem a partir dos 18 anos. A oscilação e o risco nas operações financeiras são muito elevados,
sendo o perfil do investidor extremamente arrojado. Quanto mais jovem é o investidor, mais
disposto a correr risco ele está; quanto mais velho o investidor, menos risco ele corre (perfil
conservador).
Os indicadores financeiros que serão estudados nos tópicos à frente irão auxiliar na análise e
decisão de investimentos, que irá compor a disciplina de análises fundamentalistas.
Entender as estruturas dos mercados é relevante para atuar no mercado financeiro, pequenas
variações de entendimento podem aguçar as percepções macro e microeconômicas, objetivando a
maximização dos retornos e redução dos riscos.
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6.
Conclusão
Aprender as abordagens iniciais dos Sistema Financeiro Nacional e como a regulamentação e as
normas são aplicadas no contexto econômico do país é primordial para iniciar as primeiras
inserções no contexto financeiro das empresas.
O investidor, independente do perfil, se é pessoa física ou jurídica, possui muito ou pouco capital,
busca, através do sistema financeiro, proteger seu patrimônio e rentabilizar seus investimentos ao
máximo. Para tanto, é necessário um mercado extremamente organizado e capaz de demonstrar
confiabilidade aos seus operadores.
O profissional de finanças deve ter a capacidade de discernir entre os produtos financeiros que
atendam às necessidades dos clientes de acordo com cada perfil de investimento. Sua assertividade
gera confiabilidade e segurança para o mercado.
7.
Referências
BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração
financeira: teoria e prática. São Paulo, SP: Atlas, 2001.
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 18. ed. rev. atual. e ampl. Rio de
Janeiro, RJ: Qualitymark, 2011.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo, SP:
Pearson, 2010.
GROPPELLI, Angelico A.; NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. 3. ed. São Paulo, SP:
Saraiva, 2010.
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ROSS, Stephen A. et al. Administração financeira. 10. ed. Porto Alegre, RS: AMGH, 2015.
SANVICENTE, Antônio Zoratto. Administração financeira. 3. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1990.
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