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Memorial Antiguidade

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Memorial 1

Ao longo das aulas sobre o tema Antiguidade, o que mais me chamou atenção foi
a nova perspectiva sob a qual esse período histórico está sendo estudado, isto é, uma
análise do ponto de vista jurídico sobre Roma. Isso porque, na escola, quando
aprendemos sobre Roma, apesar de ser mencionado brevemente o Direito, com o
estudo do Senado e das Assembleias Centuriatas, não chegamos a entrar no que
diferenciava o direito romano do direito de outras civilizações, nem do porquê esse
sistema jurídico é estudado até hoje.

Para entender o que diferenciava o direito romano dos demais sistemas, é


necessário explicar a diferença entre ius e directum. Ius é o termo que os romanos
utilizavam para se referir ao direito. Ius está associado à ideia de cidadania: você tem
direito a certas coisas por fazer parte de uma comunidade. Nessa civilização, o direito é
um saber que passa a se destacar da política e da religião . O ius não é um ordenamento
que se impõe, mas sim uma faculdade que se dispõe. Já o directum é um direito que se
desenvolveu em sociedades teocráticas, então é dado pelos deuses. O homem não
pode criar direito, pois este é dado por Deus.

Acho interessante pensar que essa conjuntura exemplifica a importância da


separação entre direito (tanto o funcionamento do sistema jurídico quanto às leis em
si) da religião, pois essa separação foi o que permitiu a criação do direito romano, o qual
pode ser considerado mais desenvolvido e evoluído em comparação ao sistemas de
directum, os quais tinham forte influência religiosa e pouco cresceram. O melhor
exemplo deste argumento é analisar como a expansão do Cristianismo e sua
incorporação no direito levaram à queda do mesmo e à ascensão da Igreja Católica, a
qual se tornou fundamental na tomada das decisões políticas, jurídicas e sociais na
Idade Média.

Sendo assim, é perceptível que estudamos a história do direito em Roma pois


essa foi a única civilização a desenvolver o ius, enquanto as demais civilizações
permaneceram no directum. Uma das principais inovações do direito romano é o saber
privatista (nasce as relações de direito civil), enquanto as outras civilizações se
mantiveram basicamente restritas ao direito penal (como por exemplo o Código de
Hamurabi). O direito civil, assim como o vocabulário (conceitos, categorias…), estão
entre as principais contribuições do direito romano para o direito atual.

O direito romano era dividido em três áreas:


- Civil: direito das cidades (direito privado). Realizado pelos comìcios que
deliberavam acerca de questões das cidades. Direito dos cidadãos romanos.
- das gentes: direito comum a outros povo (escravidão)
- natural: homens e animais (casamento)

Por último, acho válido destacar um fato que achei de extrema importância:
como a expansão do império afetou o direito. O direito da cidade acabou se
espalhando pelo império, levando a adaptações da criação e aplicação da
jurisprudência e à concepção de novos cargos: o Jurisconsulto (o direito passa a se
basear na argumentação e a ser um conjunto de ideias) e o Funcionário (foi
necessário para estabelecer ordem e organização).

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