DL 180 - 2002
DL 180 - 2002
DL 180 - 2002
I
S É R I E
A
Esta 1.a série do Diário
da República é apenas
constituída pela parte A
DIÁRIO DA REPÚBLICA
Sumario182A Sup 0
SUMÁRIO
Assembleia da República zantes em exposições radiológicas médicas e transpõe
para o ordenamento jurídico interno a Directiva
Declaração de Rectificação n.o 27/2002: n.o 97/43/EURATOM, do Conselho, de 30 de Junho,
que aproxima as disposições dos Estados-Membros
De ter sido rectificada a Resolução da Assembleia da sobre a matéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5707
República n.o 49/2002, de 23 de Julho . . . . . . . . . . . . . . 5706
Rubrica Designação da receita OAR 2002 inicial OBS: OAR 2002 corrigido
Receitas correntes
02 01 Juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 000,00 (2) 114 249,94
05 01 Transferências do OE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 781 697,00 74 261 697,00
deve ler-se:
Rubrica Designação da receita OAR 2002 inicial OBS: OAR 2002 corrigido
Receitas correntes
02 01 Juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 000,00 114 249,94
05 01 Transferências do OE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 781 697,00 (2) 74 261 697,00
Nas «Notas explicativas — Receitas», onde se lê de Férias e de Natal (01.02.07)» e onde se lê «(3) [. . .]
2
«( ) [. . .] do pessoal dos serviços e dos gabinetes (1 conta de gerência [. . .]» deve ler-se «(3) [. . .] Conta
de Fevereiro de 2001) e subsídios de férias e de Natal
(7 de Fevereiro de 2001)» deve ler-se «(2) [. . .] do Pes- de Gerência [. . .]».
soal dos Serviços e dos Gabinetes (01.02.01) e Subsídio No quadro «Despesas correntes», onde se lê:
Despesas correntes
Actividades parlamentares
Deputados:
01 03 01 Despesas de representação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 520 000,00 (6) 534 300,00
01 03 04 Ajudas de custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 100 000,00 1 979 624,40
01 03 06 Despesas de deslocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 650 000,00 (7) 2 622 875,00
01 03 07 Subsídio de reintegração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 000,00 1 715 775,00
deve ler-se:
Despesas correntes
Actividades parlamentares
Deputados:
01 03 01 Despesas de representação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 520 000,00 534 300,00
01 03 04 Ajudas de custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 100 000,00 (6) 1 979 624,40
01 03 06 Despesas de deslocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 650 000,00 2 622 875,00
01 03 07 Subsídio de reintegração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210 000,00 (7) 1 715 775,00
Nas «Notas explicativas — Despesas», onde se lê da Sra. Secretária-Geral [. . .]» deve ler-se «(11) [. . .]
«( ) [. . .] da Lei n.o 4/85, de 4 de Setembro [. . .]» deve
1 da Senhora Secretária-Geral [. . .]» e onde se lê
ler-se «(1) [. . .] da Lei n.o 4/85, de 9 de Abril [. . .]», «(17) [. . .] dotação provisional [. . .] subsídio de rein-
onde se lê «(2) [. . .] 10 meses em vez de 9 [. . .]» deve tegração [. . .] gabinetes de apoio dos grupos parlamen-
ler-se «(2) [. . .] 10 meses em vez de nove [. . .]», onde tares [. . .] partidos políticos e aos grupos parlamen-
se lê «(4) [. . .] plafom [. . .]» deve ler-se «(4) [. . .] pla- tares» deve ler-se «(17) [. . .] Dotação Provisional [. . .]
Subsídio de Reintegração [. . .] Gabinetes de Apoio dos
fond [. . .]», onde se lê «(5) [. . .] aos Srs. Deputa-
Grupos Parlamentares [. . .] Partidos Políticos e aos
dos [. . .]» deve ler-se «(5) [. . .] aos Senhores Depu- Grupos Parlamentares».
tados [. . .]», onde se lê «(7) [. . .] aos Srs. ex-Deputados
em 20002 [. . .]» deve ler-se «(7) [. . .] aos Senhores Assembleia da República, 31 de Julho de 2002. —
ex-Deputados em 2002 [. . .]», onde se lê «(11) [. . .] Pela Secretária-Geral, Teresa Fernandes.
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sam ser provenientes de uma determinada fonte, «Pessoa responsável» qualquer pessoa singular ou
destinada a ser utilizada na fase de planeamento colectiva juridicamente responsável, nos termos
da protecção contra as radiações, sempre que da legislação nacional, por uma determinada ins-
se pretenda atingir a sua optimização; talação radiológica;
«Critérios de referência para a prescrição de exa- «Procedimentos médico-legais» procedimentos
mes» recomendações sobre o tipo de exames para efeitos jurídicos ou de seguros, sem indi-
mais apropriados à investigação de um problema cação médica;
clínico; «Procedimento de radiologia médica» qualquer
«Detrimento» efeitos deletérios clinicamente procedimento relativo a exposições radiológicas
observáveis que se manifestam nos indivíduos médicas;
ou nos seus descendentes e cujo aparecimento «Radiodiagnóstico» refere-se à medicina nuclear
é imediato ou diferido, sugerindo, neste último de diagnóstico in vivo, à radiologia de diagnóstico
caso, mais uma probabilidade do que uma médica e à radiologia dentária;
certeza; «Radiológico» relativo aos procedimentos de radio-
«Dose do paciente» a dose relativa aos pacientes dignóstico e radioterapêuticos, à radiologia inva-
ou a outros indivíduos sujeitos a exposições siva e a outros tipos de radiologia de planea-
radiológicas médicas; mento e de orientação;
«Dosimetria do paciente» dosimetria relativa aos «Radioterapêutico» relativo à radioterapia,
pacientes ou a outros indivíduos sujeitos a expo- incluindo a medicina nuclear para efeitos tera-
sições radiológicas médicas; pêuticos;
«Especialista em física médica» físico qualificado
«Rastreio médico» um procedimento de diagnós-
em física médica com currículo científico e expe-
tico precoce em grupos populacionais de risco
riência a reconhecer em diploma próprio e que,
quando necessário, actue ou dê parecer sobre com utilização de instalações radiológicas,
a dosimetria a aplicar ao paciente, o desenvol- «Resíduos radioactivos» todos os materiais que
vimento e a utilização de técnicas e equipamen- contenham ou se encontrem contaminados por
tos complexos, a optimização, a garantia de qua- radionuclidos e para os quais não se encontra
lidade, incluindo o controlo de qualidade, e sobre prevista qualquer utilização;
outros assuntos relacionados com a protecção «Responsabilidade clínica» responsabilidade rela-
contra radiações em relação às exposições radio- tiva às exposições radiológicas individuais para
lógicas abrangidas pelo presente diploma; fins médicos atribuída a um médico, nomeada-
«Exposição» o procedimento em que se é exposto mente a justificação, optimização, avaliação clí-
a radiações ionizantes; nica dos resultados, cooperação com outros espe-
«Físico qualificado em física médica» licenciado em cialistas e outros trabalhadores, quando neces-
Física ou Engenharia Física por uma universi- sário, relativamente aos aspectos práticos; obten-
dade, com formação em física das radiações ou ção de informações, se necessário, sobre exames
em tecnologia das radiações aplicada às expo- anteriores, fornecimento das informações radio-
sições previstas no presente diploma, de acordo lógicas existentes e ou de registos a outros médi-
com a legislação relativa à carreira dos técnicos cos e ou médicos responsáveis pela prescrição,
superiores de saúde, ramo de física hospitalar, se tal for pedido, prestação de informações,
ou de investigação que lhe corresponda; quando necessário, sobre os riscos das radiações
«Garantia de qualidade» todas as acções planeadas ionizantes para os pacientes e outras pessoas
e sistemáticas, necessárias para garantir uma implicadas;
confiança adequada quanto ao funcionamento «Responsável pela prescrição» médico, médico
satisfatório de uma estrutura, sistema, compo- dentista ou odontologista habilitado a prescrever
nente ou procedimento, de acordo com normas exposições radiológicas médicas a pessoas, nos
aprovadas; termos da legislação em vigor aplicável;
«Inspecção» uma investigação por uma autoridade «Responsável pela realização» médico, médico
competente para verificar que o equipamento dentista ou odontologista habilitado a assumir
utilizado ou as instalações radiológicas cumprem a responsabilidade clínica pela exposição radio-
as disposições nacionais em matéria de protecção lógica de um indivíduo para fins médicos, nos
radiológica; termos da legislação em vigor aplicável;
«Instalação radiológica» um local que contenha «Titular» pessoa responsável, nos termos definidos
equipamento radiológico; neste artigo.
«Medicina do trabalho» vigilância médica dos tra-
balhadores prevista em legislação complemen- Artigo 3.o
tar; Âmbito de aplicação
«Níveis de referência de diagnóstico» níveis de
doses na prática médica de radiodiagnóstico ou, 1 — As normas de protecção da saúde das pessoas
no caso de produtos radiofármacos, níveis de contra os perigos resultantes das radiações ionizantes
actividade para exames típicos em grupos de têm aplicação nas seguintes exposições radiológicas
pacientes de tamanho médio ou em modelos- médicas:
-padrão para tipos de equipamento de definição
alargada. Estes níveis não devem ser ultrapas- a) Exposição de pacientes no contexto de um diag-
sados nos procedimentos habituais quando são nóstico ou tratamento médico;
aplicadas as boas práticas correntes relativas ao b) Exposição de pessoas no contexto da medicina
diagnóstico e à qualidade técnica; ocupacional;
N.o 182 — 8 de Agosto de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5709
c) Exposição de pessoas no contexto de programas o caso individual deverão ser objecto de uma avaliação
de rastreio médico; prévia pela Direcção-Geral da Saúde que justifique a
d) Exposição de pessoas saudáveis ou de pacientes utilidade dos conhecimentos que se pretendem obter
que participem voluntariamente em programas e a importância deles para a saúde das pessoas.
de investigação médica ou biomédica, de diag- 2 — No caso de exames sistemáticos de rastreio de
nóstico ou de terapêutica; doença, a sua justificação deverá encontrar-se na com-
e) Exposição de pessoas no contexto de procedi- paração entre as vantagens que resultem para a pessoa
mentos médico legais. examinada, bem como para a população no seu conjunto
e os riscos da exposição às radiações.
2 — As presentes normas são igualmente aplicáveis 3 — As pessoas submetidas aos exames referidos nos
à exposição de pessoas que ajudam conscientemente n.os 1 e 2 devem ser informadas dos riscos dessas
e de livre vontade no apoio e conforto às pessoas sujeitas exposições.
a exposições radiológicas médicas, salvo se o fizerem 4 — As vantagens a que se refere o número anterior
no contexto da sua actividade profissional. dependem do rendimento dos processos de rastreio das
3 — Os critérios de aceitabilidade de instalações doenças, da possibilidade de tratar eficazmente os casos
detectados e, em certas doenças, das vantagens que a
radiológicas estabelecidos neste diploma são aplicáveis
luta para a sua eliminação traz para a população.
a todos os estabelecimentos públicos ou privados, com-
portando ou não serviços de internamento, que desen-
volvam práticas de radiodiagnóstico, de radioterapia e Artigo 8.o
de medicina nuclear. Responsabilidade
1 — Os exames radiológicos periódicos para fins 1 — O titular da instalação deve providenciar o esta-
médicos não relacionados com a prescrição clínica para belecimento de protocolos escritos relativos a cada tipo
5710 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
de prática radiológica normalizada, e assegurar-se que e) Que objectivos pretende obter com a exposição
os mesmos são seguidos. solicitada;
2 — O titular da instalação deve ainda assegurar o f) Indicar e especificar, se houver, outra(s) pato-
estabelecimento de: logia(s) associada(s);
g) Contactos para obtenção de qualquer informa-
a) Recomendações no que respeita a critérios de ção suplementar;
referência para as exposições médicas, incluindo h) Indicação legível do nome do médico que pres-
doses de radiação e assegurar-se que as mesmas creve a exposição e data.
estão disponíveis para o médico que prescreve
o exame; 5 — Sempre que uma pessoa actua como titular, como
b) Programas de garantia de qualidade para o médico responsável pela realização e como técnico, ou
padrão de procedimento de execução. qualquer combinação destas funções, deve satisfazer
todos os deveres estabelecidos.
3 — O titular deve ainda assegurar:
a) Conformidade das exposições com os níveis de Artigo 12.o
referência para exames de radiodiagnóstico, se Justificação da exposição individual
for o caso, tendo em consideração os níveis de
referência de diagnóstico europeus, quando 1 — Nenhuma pessoa pode ser submetida a uma
existentes; exposição radiológica médica, diagnóstica ou terapêu-
b) Constrangimentos de dose para programas de tica, a não ser que a mesma tenha sido justificada por
investigação médica previstos na alínea d) do um médico responsável tendo em conta:
n.o 1 do artigo 3.o a) O benefício potencial directo para a saúde do
indivíduo ou para a sociedade em comparação
4 — O titular deve tomar as medidas necessárias para com o detrimento que essa exposição possa
se certificar de que o médico responsável pela realização causar;
da exposição, bem como pelo técnico que a executa, b) A eficácia, os benefícios e os riscos das técnicas
respeitam os seguintes requisitos: alternativas disponíveis com o mesmo objectivo
a) Satisfazem os requisitos de formação estabele- mas que envolvam menos ou nenhuma expo-
cidos no presente diploma; sição a radiações ionizantes;
b) Prosseguem formação e estágios de qualifica- c) Critérios de referência adequados para as expo-
ção. sições a prescrever, no caso de exposição para
diagnóstico.
5 — O titular da instalação deve providenciar ave-
riguações sempre que os níveis de referência de diag- 2 — O médico responsável pela realização da expo-
nóstico forem consideravelmente excedidos e assegu- sição radiológica em situação de urgência deve dar par-
ticular atenção à justificação das exposições radiológicas
rar-se de que a acção correctiva tomada foi a apropriada.
médicas que envolvam:
6 — O titular da instalação deve providenciar que os
resultados de cada exposição médica sejam devidamente a) Paciente em que a gravidez não pode ser
registados, de modo a permitir a respectiva avaliação excluída, em particular se a região pélvica está
clínica e calculo de dose, a qualquer instante. envolvida, tendo em conta a exposição da mãe
7 — Quando o titular for o médico responsável pela e a do feto;
realização da exposição e ou o técnico executante, deve b) Paciente que está a amamentar e que vai ser
prosseguir o estabelecido nos números anteriores. submetida a um exame de medicina nuclear,
tendo em conta a exposição da mulher e da
criança.
Artigo 11.o
Médico responsável pela realização da exposição, 3 — Ao decidir se se justifica a exposição, nos termos
técnico que a executa e médico que a prescreve da alínea a) do n.o 1, o médico responsável pela rea-
1 — O médico responsável pela realização da expo- lização deve levar em conta qualquer dado fornecido
sição e o técnico que a executa devem colaborar com pelo médico que prescreve o exame e deve considerá-los
o titular da instalação. a fim de evitar exposições desnecessárias.
2 — O médico responsável pela realização da expo- 4 — As exposições radiológicas médicas efectuadas
sição é o responsável pela justificação dessa exposição. para fins de investigação médica e biomédica devem
ser analisadas por uma comissão de ética.
3 — O técnico que executa essa exposição é respon-
5 — A introdução de uma nova técnica radiológica,
sável pelos aspectos técnicos da realização referida no de diagnóstico ou de terapia, deve ser precedida de pare-
número anterior. cer favorável de uma comissão nacional de ética.
4 — O médico que prescreve o exame, de modo a
habilitar o médico responsável pela realização da expo-
sição a decidir se há para o paciente um benefício nítido, Artigo 13.o
deve fornecer-lhe, por escrito, e de forma clara, os dados Optimização
suficientes relevantes para o exame por ele solicitado,
de entre os quais são indispensáveis os seguintes: 1 — O médico responsável pela exposição radiológica
e o técnico que a executa devem assegurar-se de que
a) Identificação do paciente e idade; todas as doses devidas a exposições para fins radiológicos
b) Se mulher em idade fértil indicar se está, ou referidas no n.o 2 de artigo 3.o, com excepção dos pro-
não, grávida; cedimentos radioterapêuticos, são mantidas a um nível
c) De que situação suspeita naquele paciente; tão baixo quanto razoavelmente possível, tendo em
d) Descrever brevemente o caso; conta as informações de diagnóstico pretendidas.
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2 — Relativamente a exposições para fins terapêu- 2 — Os médicos que realizem as exposições referidas
ticos o médico responsável pela exposição deve asse- nas alíneas a), b) e c) devem receber formação específica
gurar-se de que as exposições de volumes alvo são indi- adequada sobre essas práticas radiológicas, de acordo
vidualmente planificadas, tendo em conta que as doses com o n.o 1 do artigo 16.o
dos volumes e tecidos circundantes são o mais baixas 3 — Deve prestar-se particular atenção aos progra-
possível e coerentes com os objectivos radioterapêuticos mas de garantia de qualidade, incluindo as medidas de
a atingir com essa exposição. controlo de qualidade e a avaliação da dosimetria indi-
3 — Sem prejuízo do estabelecido nos números ante- vidual ou da actividade administrada.
riores o médico responsável pela realização deve selec-
cionar o equipamento e adequar a cada indivíduo envol-
vido os métodos de realização tendo em conta as infor- Artigo 15.o
mações de diagnóstico pretendidas, dando particular Equipamento
atenção a:
1 — O titular deve efectuar e preservar um inventário
1) Garantia de qualidade; actualizado do equipamento radiológico existente na ins-
2) Avaliação da dose recebida pelo paciente ou talação e fornecê-lo às autoridades de saúde quando
actividade administrada; o mesmo lhe for solicitado.
3) Concordância com os níveis de referência para 2 — O inventário referido no número anterior deve
exames radiológicos referidos na alínea a) do conter relativamente a cada equipamento a seguinte
n.o 3 do artigo 10.o informação:
4 — O médico responsável pela realização da expo- a) Nome do fabricante;
sição radiológica deve dar particular atenção à optimi- b) Modelo;
zação das exposições radiológicas médicas que envol- c) Número de série ou outra identificação única;
vam: d) Ano de fabrico;
e) Ano do início da sua utilização.
a) Paciente em que a gravidez não pode ser
excluída, em particular se a região pélvica está
3 — O titular deve garantir o cumprimento dos cri-
envolvida, tendo em conta a exposição da mãe
térios mínimos de aceitabilidade estabelecidos no
e a do feto;
título IV.
b) Paciente que está a amamentar e que vai ser
submetida a um exame de medicina nuclear, Artigo 16.o
tendo em conta a exposição da mulher e da
criança. Formação
SECÇÃO I
Artigo 22.o
Disposições gerais
Presença física
2 — Os contractos relativos à aquisição dos equipa- 2 — O titular da instalação deve igualmente asse-
mentos devem ser conservados durante todo o tempo gurar:
em que os mesmos se encontrarem em funcionamento, a) A vigilância e o controlo médico dos trabalha-
bem como os planos de manutenção. dores profissionalmente expostos;
b) A informação desses trabalhadores sobre as con-
SECÇÃO II clusões dos exames médicos que lhe digam res-
peito, bem como da avaliação das doses rece-
Obrigações gerais bidas;
c) Assistência médica em caso de acidente, dando
Artigo 25.o cumprimento aos requisitos estabelecidos na
Obrigações do titular correspondente legislação aplicável em vigor.
1 — O titular da instalação assume a responsabilidade 3 — Ao titular da instalação incumbe ainda:
de dotar a instalação de equipamentos e de profissionais
necessários ao desempenho das actividades desenvol- a) Submeter à Direcção-Geral da Saúde um plano
vidas, bem como de adoptar e fazer aplicar as seguintes de acção para fazer face a exposições causadas
disposições: por acidente ou devidas a situações de emer-
gência;
a) Apresentar o pedido de licenciamento da ins- b) Comunicar à Direcção-Geral da Saúde todas
talação radiológica, nos termos previstos no as situações de onde resultem ou possam vir
artigo 34.o; a resultar doses superiores aos limites estabe-
b) Dotar a instalação e as pessoas que nela tra- lecidos, nomeadamente em casos de exposições
balham dos dispositivos de segurança e de pro- acidentais ou de emergência.
tecção previstos na lei;
c) Providenciar para que sejam fixadas normas de Artigo 26.o
actuação para a utilização da instalação, de
Obrigações da direcção clínica
modo a que as doses recebidas pelas pessoas
profissionalmente expostas sejam tão pequenos 1 — A responsabilidade clínica implica uma presença
quanto razoavelmente possível e sempre infe- física que garanta a qualidade dos exames, devendo ser
riores aos limites legalmente fixados na corres- substituído nas suas ausências e impedimentos por um
pondente legislação em vigor que lhe é aplicável, profissional qualificado com formação adequada.
devendo tais normas estar escritas e ser conhe- 2 — É da responsabilidade do director clínico:
cidas e cumpridas por todo o pessoal da ins- a) Elaborar o manual de práticas da instalação de
talação; acordo com o manual de boas práticas em vigor;
d) Garantir que sejam efectuados testes de acei- b) Velar pelo cumprimento dos preceitos éticos e
tação antes da primeira utilização do equipa- deontológicos;
mento para exposições médicas, incluindo deter- c) Velar pela qualidade dos tratamentos e dos cui-
minação dos valores de exposição do operador; dados clínicos prestados, tendo em particular
e) Dotar o equipamento referido no número ante- atenção os programas de garantia de qualidade;
rior, sempre que possível, de um mecanismo d) Orientar superiormente o cumprimento das nor-
que informe da quantidade de radiação emitida mas estabelecidas quanto à estratégia terapêu-
durante o procedimento radiológico; tica dos doentes e aos controlos clínicos;
f) Garantir que seja efectuado o controlo dos equi- e) Elaborar os protocolos clínicos e terapêuticos
pamentos e a vigilância dos níveis de radiação tendo em vista, designadamente, o cumprimento
nos postos de trabalho, com a periodicidade das normas definidas pelo manual de boas prá-
fixada no respectivo processo de licenciamento, ticas e velar pelo seu cumprimento.
ou sempre que se modifiquem as condições
habituais de trabalho ou seja detectada alguma 3 — Ao director clínico incumbe ainda, no caso da
irregularidade que afecte a protecção radio- utilização clínica de novas técnicas, propor ao titular
lógica; acções de formação relativas a essas técnicas e aos requi-
g) Assegurar a existência de um diário de ope- sitos pertinentes de protecção contra as radiações.
rações, onde será inscrito qualquer tipo de inci- 4 — No caso de o director clínico ser o titular ou
dente registado na instalação, as datas das revi- o médico responsável pelas exposições radiológicas, ou
sões dos equipamentos e os valores dos níveis uma combinação destas funções deve cumprir as res-
de radiação medidos, bem como o tempo real ponsabilidades estabelecidas no presente diploma.
de utilização de cada aparelho e o pessoal téc-
nico responsável pelo seu funcionamento; SECÇÃO III
h) Remeter à Direcção-Geral da Saúde, no 1.o tri-
mestre de cada ano, um relatório anual con- Equipamentos e instalações
tendo um resumo dos elementos referidos na
alínea anterior; Artigo 27.o
i) Manter disponíveis os documentos relativos ao Técnicas de radiodiagnóstico
processo de licenciamento das instalações e
equipamentos, tais como os certificados de 1 — Para efeito do disposto no artigo 33.o podem
homologação dos equipamentos ou, em substi- ser desenvolvidas, na área do radiodiagnóstico desig-
tuição, certificado de verificação, bem como os nadamente, as seguintes valências:
documentos relativos aos controlos referidos a) Radiologia convencional;
nas alíneas anteriores. b) Tomografia computorizada;
5714 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
c) Indicação do especialista em física médica res- conta a localização, a configuração, o número de salas
ponsável, no caso de instalações de radioterapia e as respectivas dimensões, mediante as seguintes con-
ou de medicina nuclear; dições e especificações técnicas:
d) Indicação de um licenciado em Ciências Far-
macêuticas inscrito na Ordem dos Farmacêu- a) A protecção adequada é obtida pelo controlo
ticos, no caso de a instalação de medicina da distância dos trabalhadores à fonte de radia-
nuclear desenvolver preparações complexas na ção, pela existência de barreiras de protecção
área da radiofarmácia; e pela duração das exposições.
e) Indicação do pessoal técnico de radiodiagnós- b) A fim de assegurar que a exposição dos tra-
tico, de radioterapia e de medicina nuclear, e balhadores e dos membros do público seja tão
comprovativo das respectivas habilitações; baixa quanto razoavelmente possível, o planea-
f) Avaliação/verificação das condições de segu- mento das barreiras de protecção deve ter em
rança radiológica da instalação, elaborada por conta a localização adequada do equipamento
uma entidade ou empresa acreditada para o e as possíveis direcções do feixe primário de
efeito; radiação.
g) Certificado de homologação, ou certificado de
conformidade CE, ou verificação do equipa- 2 — No planeamento das barreiras de protecção
mento, emitido pelo organismo notificado, nos
devem ser usados os seguintes valores de limites
termos do Decreto-Lei n.o 273/95, de 23 de
derivados:
Outubro;
h) No caso de equipamento médico pesado, deve a) 0,4 mSv/semana, para áreas ocupadas por tra-
ainda ser anexado o despacho de autorização balhadores profissionalmente expostos;
do Ministro da Saúde, nos termos dos artigos 2.o b) 0,02 mSv/semana, para áreas ocupadas por mem-
e 3.o do Decreto- Lei n.o 95/95, de 9 de Maio. bros do público.
2 — O requerente deve fornecer todos os dados e
esclarecimentos adicionais que em cada caso a Direc- 3 — O planeamento das barreiras de protecção deve
ção-Geral da Saúde considere necessários à instrução ter em conta os seguintes factores:
do processo. a) Para instalações de radiodiagnóstico e de radio-
3 — O requerente deve iniciar um processo de licen- terapia, a carga de trabalho semanal máxima
ciamento idêntico ao da entrada em funcionamento sempre prevista para o funcionamento da instalação;
que haja alterações das instalações ou dos equipamentos, b) Para instalações de medicina nuclear, a activi-
ou qualquer outra alteração que afecte substancialmente dade máxima dos radionuclidos a utilizar ou a
o projecto ou as condições de funcionamento inicialmente
armazenar e a carga de trabalho semanal.
declaradas.
4 — O requerente deve solicitar renovação da licença
de funcionamento decorrido um prazo de cinco anos 4 — Deve ainda ser considerado o tipo de ocupação
sobre a concessão da mesma, mediante pedido a apre- das áreas adjacentes às salas com exposição a radiações
sentar nos mesmos termos do pedido inicial. ionizantes e a sua acessibilidade pelos trabalhadores,
pacientes e membros do público.
Artigo 35.o
Encerramento da instalação Artigo 37.o
1 — No caso de encerramento, o titular da instalação Reavaliação das condições de segurança radiológica
deve fazer a respectiva comunicação à Direcção-Geral
da Saúde, acompanhada dos seguintes documentos: Deve ser feita uma reavaliação das condições de segu-
rança da instalação sempre que se verifique uma das
a) Inventário dos equipamentos e das fontes radioac- seguintes situações:
tivas, se as houver, e o destino previsto para
os mesmos; a) Alteração na ocupação das áreas adjacentes
b) Plano de descontaminação, no caso de existir (factores de ocupação);
contaminação radioactiva na instalação. b) Alteração das barreiras de protecção em que
incide directamente a radiação (factores de
2 — A responsabilidade do titular só se extingue uso);
quando todos os materiais e equipamentos estiverem c) Aumento da carga de trabalho semanal máxima
retirados da instalação e esta esteja descontaminada, ou aumento da actividade dos radionuclidos, ini-
quando for o caso. cialmente declarada.
1 — Uma instalação de medicina nuclear deve estar 1 — Sempre que sejam realizados procedimentos que
numa zona de acesso reservado, devendo ser estruturada envolvam a exposição de produtos esterilizados ao meio
segundo uma ordem crescente de actividades, a fim de ambiente, na área laboratorial deve existir uma zona
evitar exposições desnecessárias. asséptica.
2 — Uma instalação de medicina nuclear deve dispor 2 — A zona asséptica é uma sala em que as condições
de duas zonas distintas: de higiene são mantidas através da entrada de ar por
um filtro de partículas de alta eficiência e em que a
a) Zona activa; renovação do ar deve ser, no mínimo, 10 vezes por hora;
b) Zona não activa. 3 — A zona asséptica deve incluir ainda:
Artigo 61.o a) Condições de sobrepressão relativamente às
áreas contíguas;
Dependências da zona activa b) Uma zona de trabalho confinada (CWS), em
A zona activa de uma instalação de medicina nuclear que o ar deve ser introduzido através de um
compreende as seguintes dependências: filtro eficiente para micropartículas, descarre-
gado por pressão negativa, e de modo a evitar
a) Área laboratorial, reservada à preparação e que a contaminação radioactiva seja dirigida
manipulação dos radiofármacos a administrar; para o operador.
b) Área de transição;
c) Área de administração de radiofármacos;
d) Área de espera para doentes a quem foram 4 — Para certos procedimentos, esta zona asséptica
administrados radiofármacos e respectivas ins- pode confinar-se a uma zona de trabalho, totalmente
talações sanitárias; fechada (WS), e com manipulação através da caixa de
e) Área de imagiologia; luvas, integrada numa zona limpa.
f) Área de contagem in vivo e ou in vitro;
g) Área de recepção, de abertura e de armaze- Artigo 65.o
namento de produtos radioactivos;
h) Área de resíduos; Área de transição
i) Área de lavagem.
1 — A área laboratorial deve constituir um bloco
o estrutural para onde se entra e de onde se sai através
Artigo 62. de uma área de transição que deve dispor de:
Estruturação da área laboratorial
a) Lavatório com água quente e fria;
A área laboratorial, tendo em conta o tipo de pre- b) Armários separados para o vestuário normal e
paração a levar a cabo e de modo a garantir a protecção o de trabalho;
radiológica do operador e a assepsia do produto a admi- c) Aparelho de detecção de contaminação;
nistrar, deve ser estruturada da seguinte forma: d) Chuveiro;
a) Uma zona limpa; e) Outros meios necessários à descontaminação
b) Uma zona asséptica. das pessoas.
a) Um sistema de ventilação que permita manter A área de administração de radiofármacos aos pacien-
as condições de sobrepressão relativamente às tes deve ser contígua ao laboratório de distribuição, a
áreas contíguas; fim de reduzir ao mínimo o transporte dos mesmos.
5720 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
e) O ar de exaustão das áreas confinadas de tra- 7 — Para além destes requisitos, um laboratório de
balho, deve ser descarregado no exterior à dis- medicina nuclear deve ainda incluir os seguintes equi-
tância mínima de 10 m de qualquer admissão pamentos:
de ar. a) Calibrador de actividade das doses a admi-
nistrar:
2 — Instalações eléctricas:
Precisão: ± 10 % para baixas energias e ± 5 %
a) Deve existir um quadro principal junto da para altas energias;
entrada das instalações, devendo estar devida- Reprodutibilidade: ± 5 %;
mente sinalizado; Linearidade: ± 5 %;
b) Os circuitos de iluminação e de alimentação dos
equipamentos devem ser independentes; b) Equipamentos destinados à protecção radio-
c) Deve existir uma instalação de iluminação de lógica:
emergência. Instrumentos de medida da radioactividade
para avaliação da contaminação;
3 — Sistema de extinção de incêndios: Medidores de débito de dose.
a) A construção deve ser resistente ao fogo, assim 8 — Os equipamentos referidos no número anterior
como as tintas empregues; devem ser periodicamente calibrados.
b) Devem ser montados extintores de CO2 em cada
laboratório e nos corredores à distância máxima SUBSECÇÃO II
de 15 m da entrada de cada laboratório;
c) Deve existir um sistema automático de detecção Terapia
de incêndios.
Artigo 74.o
4 — Sistema de esgotos: Valência de terapia
a) O sistema de esgotos deve ser ligado directa- No caso de ser desenvolvida na instalação de medicina
mente ao esgoto principal, a fim de se obter nuclear a valência de terapia, esta unidade pode apre-
a máxima diluição dos resíduos líquidos radioac- sentar dois níveis de intervenção, conforme as seguintes
tivos; actividades envolvidas:
b) As tubagens horizontais devem permitir um alto a) Administração de terapêuticas em ambulatório;
fluxo de água e ser reduzidas em número e em b) Administração de terapêuticas com interna-
extensão; mento.
c) No caso de instalação do tipo I, segundo a clas- Artigo 75.o
sificação referida no artigo 81.o, deve ter tanques
Regime ambulatório
de retenção ainda que não desenvolva activi-
dades de terapia. 1 — O regime ambulatório de administração de tera-
pêutica é permitido quando se verifiquem as seguintes
5 — Acabamento de superfícies: condições:
a) O pavimento deve ser impermeável, coberto por a) A dose efectiva, calculada a partir do valor de
uma folha contínua ou soldada de material, que taxa de dose medida à distância de 1 m das zonas
«quentes», não ultrapasse os limites de dose
deve prolongar-se pelas paredes até cerca de
para membros do público;
10 cm de altura; b) Terapia com iodo-131 em que os valores nela
b) As paredes devem ser pintadas com tinta lavável envolvidos sejam inferiores a 740 MBq.
de cores claras.
2 — Aos doentes submetidos ao regime referido no
6 — Superfícies de trabalho: número anterior devem ser fornecidas e conveniente-
mente explicadas as instruções escritas com as normas
a) As bancadas devem ser fixas e revestidas de de procedimento adequadas ao seu caso, de forma a
material não poroso, sem juntas, resistente ao proteger o respectivo agregado familiar e a população
calor e a produtos químicos e capazes de supor- em geral.
tarem cargas elevadas (500 kg/m2) resultantes 3 — Para administração de terapêuticas em ambula-
das barreiras da protecção em chumbo; tório a unidade de terapia deve dispor de uma zona
b) Os lavatórios destinados ao material potencial- limpa nos termos do artigo 63.o
mente contaminado devem ser constituídos por
peça única, de material não poroso e ligados Artigo 76.o
directamente ao esgoto principal dos tanques
de retenção; Unidade de internamento
c) As torneiras devem ser accionadas pelo pulso 1 — A unidade de administração de terapêuticas com
ou pelo pé; internamento, para além das respectivas normas hos-
d) O mobiliário deve ser constituído por material pitalares em vigor, deve incluir quartos com protecção
de limpeza fácil e deve ser o estritamente radiológica, tendo em conta a actividade máxima pre-
indispensável. vista para cada quarto.
5722 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
2 — Os quartos referidos no número anterior devem c) Os tanques devem ser munidos de equipamento
incluir uma só cama, sanitários, mobiliário restrito e de indicação de nível e de controlo de acti-
de fácil limpeza e que cumpram os seguintes requisitos: vidade;
a) Os materiais de revestimento do chão e das d) O cálculo do débito de dose no exterior do tan-
paredes devem ser idênticos aos dos labora- que deve ser feito tendo em consideração o valor
tórios; máximo de actividade existente nos tanques
b) Deve ser descartável todo o material manipu- cheios;
lado pelo doente; e) O dimensionamento das respectivas barreiras
c) Devem existir anteparos móveis para protecção de protecção deve ser baseado na avaliação da
do pessoal que assista o paciente; dose de radiação que atinge as áreas adjacentes
d) Os sanitários, de uso exclusivo para cada quarto, aos tanques;
devem ter separação dos excreta sólidos e líqui- f) O acesso aos tanques deve ser controlado pelo
dos e dispor de chuveiro e alarme; pessoal técnico responsável pela segurança
e) Os excreta líquidos devem ser canalizados para radiológica.
os tanques previstos no artigo 79.o;
f) Os excreta sólidos devem ser tratados de acordo Artigo 80.o
com a actividade que apresentem; Zona de transição
g) Cada quarto deve dispor de um circuito interno
de televisão, telefone e intercomunicador cen- A transição da zona não activa para a zona dos quartos
tralizado na zona de enfermagem. é uma zona de acesso reservado e exclusiva do pessoal
de saúde.
3 — No caso de haver terapia pediátrica a unidade
de terapia deve ainda dispor de: SUBSECÇÃO III
Artigo 85.o
TÍTULO V
Critérios de aceitabilidade da câmara gama
Número mínimo de pessoas do sector de física 1 — Para o cálculo das barreiras de protecção devem
de um serviço de radioterapia ser tidos em conta os seguintes factores:
3 — Para o cálculo da espessura de uma barreira pri- 6 — As barreiras de protecção das instalações de
mária é necessário determinar: tomografia axial computorizada obtêm-se através do cál-
a) A carga semanal de funcionamento da unidade culo de atenuação, tendo em consideração as curvas
em estudo: de isodose em torno do tomógrafo.
7 — A espessura das barreiras de protecção deve ser
W=R×E×D
expressa com um número de algarismos significativos,
apropriado ao material e espessura em causa.
em que:
8 — No caso de se pretender utilizar um material dife-
W é o factor «workload» (mA.min/sem.); rente do chumbo, a espessura obtida em milímetros de
R é o número de exames efectuados por dia; chumbo deve ser convertida na espessura desse material,
D é o número de dias de funcionamento por utilizando para o efeito a tabela VI.
semana; 9 — Os elementos de protecção radiológica referidos
E é a exposição que corresponde a cada nos números anteriores constam das tabelas seguintes
exame (mA.min); e fazem parte do anexo III deste diploma:
b) O débito semanal, Qsd, à distância d do foco Tabela I — Cargas de trabalho semanais mais
da ampola de raios X à área a proteger: frequentes;
Sabendo que o débito medido no feixe útil Tabela II — Factores de utilização (U) para bar-
a 1 m da ampola é Qu (mGy/mA.min), o reiras primárias;
débito semanal a 1 m da ampola será: Tabela III — Factores de ocupação (T) para diver-
sos tipos de áreas;
Qs = Qu × W Tabela IV — Espessura semi-redutora e deci-re-
dutora;
O débito pretendido será portanto: Tabela V — Diminuição da intensidade duma
Qsd = Qu × W/d2 radiação em função da espessura da camada
absorvente;
Donde, tendo em conta os factores de ocu- Tabela VI — Equivalência de espessuras de
pação da área a proteger (T) e o factor chumbo a vários materiais.
de uso da barreira em estudo (U), vem:
TABELA I
Qu = Qsd × d2/W. U. T
Cargas de trabalho semanais mais frequentes
c) Obtenção das espessuras redutoras convenien- numa instalação de radiodiagnóstico
tes:
A fim de respeitar os valores de dose, D, Tensão
Carga semanal
Equipamentos mA.min./
admissíveis, 0,4 mSv/sem. em áreas contro- KVp
semana
ladas e 0,02 mSv/sem. em áreas não con-
troladas, Qsd tem de ser afectado de um
1 — Radiodiografia (sem radioscopia) . . . . 100 1 000
factor de redução para o efeito: 125 400
Qsd:D = F 150 200
Factor
Áreas ocupadas Ocupação de 70 . . . . . . . . . . . . . 0,1 1,5 5 0,10 1,5
ocupação (T) 0,2 3,0 10 0,15 3,0
0,4 5,5 18 0,25 5,0
0,6 7,0 23 0,35 6,5
Áreas de trabalho, laboratórios, gabi- Total . . . . . . . . 1 0,8 9,0 29 0,55 8,0
netes, zonas de atendimento, vestiá- 1,0 10,5 34 0,70 9,0
rios, câmaras e áreas que permitam 1,2 12,0 39 0,85 10,5
permanências prolongadas, bem 1,4 13,0 43 1,00 11,5
como as áreas externas adjacentes.
Corredores estreitos, salas de espera, Parcial . . . . . . 1/4
parques de estacionamento com 100 . . . . . . . . . . . . 0,1 1,5 4 0,10 1,5
guarda, ascensores com ascenso- 0,2 3,0 9 0,15 3,0
rista, etc. 0,4 5,0 17 0,25 5,0
Exteriores, sanitários, escadas, ascen- Ocasional . . . . 1/16 0,6 6,5 22 0,40 6,5
sores automáticos, parques de esta- 0,8 8,0 27 0,55 8,0
cionamento sem guarda, etc. 1,0 9,5 31 0,70 9,0
1,2 10,5 35 0,80 10,0
1,4 12,0 39 1,00 11,0
1,6 13,0 43 1,20 12,0
TABELA IV 1,8 14,5 47 1,40 13,0
2,0 15,5 51 1,55 14,0
Espessura semi-redutora (HVL) e deci-redutora (TVL)
2,2 17,0 56 1,75 15,5
2,4 18,0 60 1,90 16,5
Material 2,6 19,5 64 2,05 17,5
2,8 20,5 68 2,25 18,5
Tensão Chumbo (mm) Betão (cm) 3,0 22,0 72 2,45 19,5
(kVp)
Variações com mudanças na corrente das ampo- imagem ao foco em qualquer margem do receptor de
las — a variação máxima deve ser inferior a 10 %; imagem. Deverá ser possível usar campos menores do
Precisão da voltagem da ampola — para todos os que a área total do receptor de imagem.
geradores: para medições repetidas, o desvio na 7 — Tamanho da mancha focal — enquanto não
voltagem da ampola deve ser inferior a ± 5 % forem especificadas normas absolutas, o tamanho da
do valor médio. mancha focal deve ser determinado ao longo da vida
útil da ampola, no âmbito dos procedimentos de con-
2 — Filtração total — a filtração total do feixe útil trolo da qualidade, a fim de haver indicação da dete-
deve ser equivalente a pelo menos 2,5 mm de Al. rioração e permitindo continuidade na avaliação da ade-
3 — Tempo de exposição — para tempos de exposi- quação da ampola.
ção indicados superiores a 100 ms, o tempo real de expo- 8 — Grelha:
sição não deve exceder ± 10 % do tempo de exposição
Artefactos — deve ser feita uma imagem da grelha
indicado.
com 50 kV. Não devem ser visíveis artefactos
4 — Emissão de radiação:
perturbadores;
Valor — com uma filtração total de 2,5 mm de Al, Grelha móvel — as lamelas da grelha móvel não
a emissão de radiação deve ser superior a devem ser visíveis na imagem para o tempo de
25 mGy/mAs a 1 m, para um valor real de ope- exposição mais curto usado na prática.
ração de 80 kV;
Constância da emissão de radiação — a emissão 9 — Controlo automático da exposição (CAE):
de radiação deve ser constante nos limites de
Limitação da sobreexposição — a carga máxima da
± 20 % do valor médio de exposições repetidas,
mancha focal deve ser inferior a 600 mAs (não
para uma determinada voltagem e filtração da
se aplica nos casos de tomografia e fluoroscopia);
ampola dentro da banda usada na prática, por
Limitação do tempo de exposição (exposição sim-
exemplo uma voltagem da ampola de 80 kV e
ples) — o tempo de exposição para uma expo-
uma filtração de 2,5 mm de Al;
sição simples deve ser limitado a 6 s;
Variação com mudança na corrente indicada A
A diferença de densidade óptica entre duas expo-
variação deve ser inferior a 15 %;
sições, para os mesmos ajustamentos de CAE,
Variação com mudança no produto corrente da
um com um tempo de exposição curto e outro
ampola — tempo de exposição indicado — a
com um tempo de exposição longo, deve ser infe-
variação deve ser inferior a 20 %.
rior a 0,3 DO;
Para um valor fixo da espessura do atenuador, a
5 — Alinhamento: diferença máxima na densidade óptica de teste
Alinhamento dos feixes de raios X/luz — a soma da imagem, em função da voltagem da ampola
do desalinhamento do campo definido visual- usada na prática, não deve exceder ± 0,3 DO;
mente com a orla respectiva do campo de Para um valor fixo da voltagem da ampola, a dife-
raios X, em cada uma das direcções principais, rença máxima na densidade óptica da imagem,
não deve exceder 3 % da distância do foco ao em função da espessura do atenuador, não deve
centro do campo definido visualmente, e a soma exceder ± 0,3 DO do valor médio da densidade
dos desvios nas duas direcções perpendiculares óptica de teste, medida com uma espessura do
não deve exceder 4 %; atenuador cobrindo a banda de espessuras dos
Alinhamento do campo — quando o eixo do feixe doentes examinados na prática com esta volta-
de raios X é perpendicular ao plano do receptor gem da ampola. Existe uma proposta de espes-
de imagem, o centro do campo de raios X e sura apropriada de «fantoma» (manequim ou
o centro do receptor de imagem deverão estar outro objecto) para diferentes voltagens de
alinhados no limite de 2 % da distância entre ampolas (DIN, 1990).
o foco e o receptor da imagem;
Centragem dos feixes de raios X/luz — o alinha- 10 — Fuga de radiação — a fuga de radiação da
mento do retículo do diafragma do feixe de luz cúpula da ampola, medida a 1 m de distância do foco,
com o centro do feixe de raios X não deve diferir não deve exceder 1 mGy durante uma hora à carga
mais de ± 1 % da distância do foco à película; máxima especificada pelo fabricante para a ampola con-
Centragem feixe de luz/Bucky — o alinhamento do tida na cúpula.
retículo do diafragma do feixe de luz com o cen-
tro da película no Bucky não deve diferir mais B — Revelação de películas, propriedade dos receptores
de ± 1 % da distância do foco à película; de imagem e condições de visualização
Ortogonalidade entre o feixe de raios X e o recep-
São descritos critérios que visam garantir a manu-
tor de imagem — o ângulo entre o eixo central
tenção das condições de produção de radiografias con-
do feixe de raios X e o plano do receptor de
sistentes, de qualidade adequada, em materiais radio-
imagem não deve afastar-se de 90° mais do que
gráficos e fotográficos.
1,5°.
1 — Ecrãs e cassetes:
6 — Colimação — o feixe de raios X deve ser coli- Condições e limpeza de ecrãs e das cassetes — não
mado de modo que a área total exposta para um receptor devem ser visíveis artefactos nas películas expos-
de imagem colocado à distância fixa do foco se mantenha tas;
dentro dos limites seleccionados do receptor de imagem. Estanquecidade das cassetes à luz — não devem
Colimação automática — o feixe de raios X não deve ser visíveis bordos pretos numa película não
afastar-se mais de ± 2 % da distância do receptor de exposta de uma cassete, depois de ter sido
N.o 182 — 8 de Agosto de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5731
exposta duas vezes dez minutos (isto é, de ambos gem convencional não deve exceder 0,8 mGy/s,
os lados) num negatoscópio com uma luminância para a exposição de um «fantoma» (por exem-
de pelo menos 1000 cd/cm2; plo, 20 cm PMMA) e com controlo automático
Contacto película-ecrã — a cassete não deve pro- do débito de dose e da iluminância.
vocar áreas com diferenças de densidade visíveis Em utilizações especiais com débitos de dose
ou áreas de contornos indefinidos na radiografia. elevados, por exemplo, radiologia de interven-
Isto pode ser verificado, por exemplo, usando ção, a dose máxima não deve exceder 1,0 mGy/s.
uma rede metálica colocada sobre a cassete; Para outras dimensões de ecrãs de entrada,
Sensibilidade relativa das combinações película- o débito de dose pode ser adaptado de acordo
-ecrã de idêntica velocidade, numa unidade de
com o inverso do quadrado do diâmetro;
diagnóstico — as densidades de película obtidas
com condições idênticas de exposição (dose, vol- b) O débito de dose máximo, incluindo a retro-
tagem de ampola, filtração, etc. iguais) não difusão, na pele do paciente ou à superficie de
devem diferir em mais de 0,3 DO para com- alguma forma de substituto do paciente (por
binações película-ecrã do mesmo tipo. exemplo, um «fantoma» de 25 cm PMMA), no
lado em frente da ampola de raios X, não deve
2 — Revelação de películas: exceder 100 mGy/min.
Base e véu — base e véu devem ser inferiores a 2 — Resolução — a resolução do conjunto amplifica-
0,30 DO; dor de imagem/cadeia de TV deve ser de, pelo menos,
Índice de velocidade — o desvio relativamente ao 0,8 pares de linhas por mm para um campo de 30-35 cm
valor de referência do índice de velocidade deve determinado pelo uso de um objecto específico de ensaio
ser menor que 0,20 DO; (por exemplo, retículo Hüttner de resolução tipo 18 ou
Índice de contraste — o desvio relativamente ao objecto de ensaio de Leeds). Para campos de
valor de referência do índice de contraste deve 23 cm-25 cm e 15 cm-18 cm, estes valores são de 1,0 e
ser menor que 0,20 DO. 1,4 lp/mm respectivamente. Para uma imagem «spot»,
a resolução deve ser de, pelo menos, 2,0 lp/mm.
3 — Câmara escura: 3 — Limiar de contraste — o limiar de contraste, para
Entrada de luz — não devem ser visíveis entradas operação automática, avaliado a partir da imagem do
de luz significativas, após adaptação dos olhos monitor de TV deve ser de 4 % ou menos.
durante pelo menos cinco minutos à câmara 4 — Cronómetro — deve existir um dispositivo de
escura, com a iluminação de segurança e outras paragem que actue automaticamente quando tiver
luzes apagadas. decorrido um tempo integrado de fluoroscopia prede-
A designação de unidade de diagnóstico apli- terminado não excedendo dez minutos. A iminência da
ca-se, neste contexto, a instalações de raios X paragem deve ser objecto de aviso por um sinal acústico
que partilham as mesmas combinações película- pelo menos 30 s antes, a fim de permitir o rearmamento
-ecrã; do dispositivo para o caso de ser necessário prolongar
Iluminação de segurança — uma película pré-ex- a exposição.
posta, de densidade óptica 1, exposta à distância 5 — Cinematografia — para estudos de cine que
normal de trabalho, durante quatro minutos nas usem um amplificador de imagem de 23 cm de diâmetro,
condições da câmara escura, com iluminações o débito de dose superficial à entrada deve ser menor
de segurança e iluminações das salas vizinhas
que 0,20 mGy/imagem. Para pacientes típicos, os débitos
acesas, não deve mostrar um aumento da den-
sidade de mais de 0,10 DO relativamente a uma de dose à entrada são de 0,10-0,30 Gy/min para 25 ima-
parte da mesma película não exposta às con- gens/s com um «fantoma» PMMA de 20 cm.
dições da câmara escura. 6 — Dimensões do campo radiação/imagem — o quo-
ciente entre ás áreas do campo de radiação e da super-
4 — Condições de visualização: fície de entrada do amplificador de imagem não devem
exceder 1,15. Considera-se boa prática que sejam visíveis
Negatoscópio: os bordos dos colimadores na imagem de TV.
A iluminância deve ser de pelo menos
1700 cd/m2; D — Tomografia convencional e tomografia computorizada
A falta de homogeneidade deve ser inferior São apresentados requisitos adicionais para a tomo-
a 30 %; grafia convencional e para a tomografia computorizada,
tendo em conta que para os casos em que não são indi-
Ambiente — a iluminação de fundo da sala, a 1 m cados critérios, deverão aplicar-se os critérios indicados
de distância da caixa de visualização, deve ser em A e B deste anexo.
inferior a 50 lux.
1 — Tomografia convencional
C — Fluoroscopia
1 — Altura de corte — a conformidade entre os valo-
São formuladas exigências adicionais tendo em conta res indicado e medido da altura de corte deve ser
que para os casos em que não são indicados critérios, situar-se num intervalo de ± 5 mm.
deverão aplicar-se os critérios indicados nos pontos A 2 — Incremento do plano de corte — ao incrementar
e B deste anexo. um plano tomográfico de corte para o seguinte, a altura
1 — Débito de dose — deve ser respeitado pelo
menos um dos dois critérios seguintes: de corte deve ser reprodutível com uma variação de
± 2 mm.
a) A dose máxima à entrada do ecrã, sem grelha 3 — Ângulo de exposição — os ângulos de exposição
(diâmetro 25 cm), de um amplificador de ima- medido e indicado devem concordar num intervalo de
5732 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
± 5° para unidades que operam com ângulos superiores 1 — Qualidade da radiação — a voltagem da ampola
a 30° Para ângulos menores, a concordância deve ser deve ser de, pelo menos, 50 kV.
melhor. 2 — Filtração — a filtração do feixe útil deve ser equi-
4 — Uniformidade das alturas de corte: valente a um mínimo de 1,5 mm de Al para voltagens
de ampola até 70 kV e 2,5 mm para valores superiores
A densidade da imagem de um orifício numa folha
a 70 kV.
de chumbo deve ser quase uniforme ou deve
3 — FSD (distância foco-pele) — a distância entre o
variar uniformemente de acordo com o padrão
foco e a pele deve ser de pelo menos 20 cm para equi-
esperado para uma unidade tomográfica parti-
pamento com voltagens máximas seleccionáveis acima
cular. A imagem não deve revelar sobreposições
de 60 kV, e de pelo menos 10 cm para equipamento
inesperadas, inconsistência de exposições ou
com voltagens máximas seleccionáveis de 60 kV ou
assimetria de movimentos;
menos.
A unidade tomográfica deve resolver uma rede de
4 — Dimensões do feixe — o diâmetro do feixe deve
padrão # 40 (1,6 lp/mm).
ter um máximo de 60 mm na face exterior do aplicador
do feixe.
2 — Tomografia computorizada 5 — Cronómetro:
1 — Ruído da imagem — o desvio padrão dos núme- A exactidão deve ser de 20 % no máximo;
ros CT nos 500 mm2 da região central de interesse num A precisão deve ser de 10 % no máximo.
«fantoma» de água ou de tecido equivalente não deve
ser superior a 20 % relativamente ao valor de referência. 6 — Emissão — para voltagens da ampola na banda
2 — Valores dos números de CT — o desvio dos valo- de 50-70 kV, a emissão deve ser de 30-80 mGy/mAs,
res dos números CT para água ou materiais equivalentes a 1 m do foco.
a tecido ou materiais de diferentes densidades, numa F — Mamografia
posição consistente no campo, deve ser inferior a ± 20
HU ou a 5 %. As grandezas descritas baseiam-se nas recomendações
3 — Uniformidade dos números de CT — o desvio das directrizes europeias para a garantia de qualidade
padrão dos números CT, para uma média feita em em rastreio mamográfico (CEC 1 996b).
500 mm2 da região de interesse em água ou materiais
equivalentes a tecido, no centro e em torno da periferia 1 — Produção e controlo dos raios X
dos «fantomas», deve ser menor ou igual a 1,5 % do Fonte de raios X
valor de referência.
4 — índice de dose de tomografia computorizada 1 — Débito de dose — o débito de dose a uma dis-
(CTDI) — as medições de CTDI para um corte simples tância igual ao FFD deve ser, no mínimo, de 7,5 mGy/s.
de cada filtro modelador de feixe e para cada espessura 2 — Distância fonte-imagem — a distância fonte-ima-
de corte não deve desviar-se mais de ± 20 % do valor gem deve respeitar as especificações do fabricante e
de referência. ser tipicamente › 600 mm.
5 — Espessura dos cortes irradiados — a largura 3 — Alinhamento do receptor de imagem/campo de
total, a metade do valor máximo dos perfis de dose, raios X — lado do tórax: os raios X não devem cobrir
não deve diferir mais de ± 20 % do valor de referência. a película além de 5 mm fora da margem da película.
6 — Resolução de contraste elevado (resolução espa- Partes laterais: os raios X devem cobrir a película até
cial) — as medições de largura total, a metade do valor às margens.
máximo da função de dispersão pontual de um pino, Voltagem da ampola
ou da função de resposta de uma aresta, não devem 1 — Exactidão e precisão — a exactidão da voltagem
diferir mais de ± 20 % relativamente ao valor de refe- da ampola, na banda 25 a 31 kV, deve ser inferior a
rência. ± 1 kV. A precisão deve ser inferior a ± 0,5 kV.
7 — Resolução de baixo contraste — devem ser visí-
veis na imagem pinos de poliestireno com 0,35 cm de Sistema AEC
diâmetro, inseridos num «fantoma» uniforme de água.
1 — Ajustamento do controlo de densidade óptica:
E — Radiografia dentária A densidade óptica (incluindo a base e o véu) no
ponto de referência da película revelada deve
São apresentados requisitos adicionais para equipa- estar dentro de ± 0,15 DO do valor alvo. O valor
mento de radiografia dentária, tendo em consideração alvo típico está no intervalo 1,3 a 1,8 DO,
que para os casos em que não são indicados critérios, incluindo a base e o véu;
deverão aplicar-se os critérios indicados nos pontos A O controlo da densidade óptica, degrau a degrau,
e B deste anexo. deve estar contido no intervalo 0,10-0,20 DO por
Os critérios deste capítulo aplicam-se a equipamento degrau.
de radiografia dentária que use película intra-oral (ou
película extra-oral, com o mesmo equipamento), mas 2 — Precisão de curto prazo — o desvio do valor
excluem o equipamento radiográfico de panorâmica médio das exposições deve ser menor que 5 %.
dentária. Os utilizadores podem adoptar estes critérios 3 — Precisão de longo prazo — a precisão de longo
para o equipamento de panorâmica dentária mas, neste prazo deve ser melhor que ±0,20 DO relativamente ao
caso, devem garantir que os critérios escolhidos são ade- valor de referência da densidade óptica.
quados à aplicação em causa. Para radiografia cefalo- 4 — Compensação da espessura do objecto — qual-
métrica, podem aplicar-se os critérios de A a este tipo quer variação de densidade do objecto deve ser de
de equipamento. ± 0,15 DO relativamente à densidade óptica de rotina.
N.o 182 — 8 de Agosto de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5733
Emissão de radiação — o kerma no ar livre (sem referência pode ser tomado como um máximo
retrodifusão) por unidade de carga da ampola, a partir do qual deveriam ser feitos progressos
a determinada distância do foco da ampola de para doses mais baixas, de acordo com o prin-
raios X, e para determinados factores de expo- cípio ALARA.
sição radiográfica; Este objectivo segue a linha das recomenda-
Espessura de semi redução (HVL) — a espessura ções da Publicação 60 do ICRP no sentido de
de um absorvente de alumínio que atenua para dar atenção às restrições de doses e aos níveis
metade o kerma no ar de um feixe colunado de referência ou de investigação a aplicar aos
de raios X, em condições de dispersão limitada; meios de diagnóstico mais comuns.
Exactidão — a aproximação de um valor observado A Comissão Europeia preparou directrizes
de uma grandeza ao seu verdadeiro valor. A per- específicas sobre o objectivo e o desenvolvimento
centagem da diferença entre o valor medido (m) de níveis de referência de diagnóstico;
e o valor verdadeiro (t) exprime-se: Variação — a diferença absoluta entre duas medi-
ções (a e b) dividida pela média dos valores,
100 × (m-t) / t de acordo com a expressão:
[(a-b) / (1 / 2a ± 1 / 2b)] × 100 %
Factor de conversão — o quociente de duas gran-
dezas, expresso habitualmente como um factor
Voltagem da ampola — a diferença de potencial
de multiplicação (a não ser que seja indicado
(kilovolt, kV) aplicada no ânodo e cátodo da
outro modo) para conversão do valor de uma ampola de raios X durante a exposição radio-
grandeza no valor da outra; gráfica;
Factor de exposição do sistema de grelha — quo- Valor de referência (um valor de referência dum
ciente do kerma no ar incidente no sistema de parâmetro funcional):
grelha colocado no seu lugar pelo kerma no ar
incidente, sem o sistema de grelha. O factor de O valor obtido para esse parâmetro no teste
exposição do sistema de grelha depende do tipo inicial de constância, imediatamente a
de grelha, da qualidade da radiação, da dimensão seguir ao teste de situação actual;
do campo e da espessura do objecto. Recomen- Ou, quando descrito numa norma específica,
dam-se medições a 28 kV e o uso de um «fan- o valor médio dos valores obtidos numa
toma» PMMA de 4 cm de espessura; série de testes de constância iniciais, ime-
Garantia da qualidade (tal como é definida pela diatamente a seguir ao teste de situação
OMS) — conjunto de acções sistemáticas e pla- actual;
neadas necessárias para assegurar a confiança
suficiente no desempenho satisfatório em serviço Velocidade — sensibilidade. Propriedade da emul-
de uma estrutura, sistema ou componente (ISO são da película relacionada directamente com
6215-1980). O desempenho satisfatório em ser- a dose. A velocidade é calculada como o valor
viço implica uma qualidade óptima de todo o do eixo dos X correspondente à densidade óptica
processo de diagnóstico, ou seja, a produção con- 1,00+Dmin, também chamado «ponto de velo-
cidade». Quanto mais elevado for o número da
sistente de informação de diagnóstico adequada,
velocidade, maior é a dose necessária para obter
com um mínimo de exposição tanto dos pacientes uma densidade óptica correcta. Dado que a curva
como do pessoal; da película é construída a partir de um número
Grelha — dispositivo colocado junto à superfície restrito de pontos, a velocidade tem de ser inter-
de entrada de um receptor de imagem para redu- polada. Uma interpolação linear fornece exac-
zir a quantidade de radiação difusa que atinge tidão suficiente.
o receptor;
Índice de contraste — a diferença de densidade dos
H — Lista de abreviaturas
degraus calculada entre o degrau mais próximo
do ponto de velocidade e o degrau mais próximo CAE — Controlo automático de exposição.
de uma densidade 2,0 acima da base e véu; CE — Comunidade Europeia.
Teste de constância — cada um de uma série de CEE — Comissão das Comunidades Europeias.
testes efectuados para: CT — Tomografia computorizada.
CTDI — Índice de dose em tomografia computorizada.
Garantir que o desempenho funcional do FSD — Distância foco-pele.
equipamento respeita os critérios estabele- HU — Unidade de Hounsfield (HU=1000/m/m0-1), em
cidos; ou que m é o coeficiente linear de atenuação para o tecido
Permitir um reconhecimento prematuro das em questão e m0 é o coeficiente linear de atenuação
modificações das propriedades dos compo- para a água. O número CT para o ar é cerca de
nentes dos equipamentos; – 1000 e ao número CT para a água é atribuído o
valor 0, sendo uma unidade HU equivalente a cerca
Testes de situação actual — testes efectuados para de 0,1 % do coeficiente linear de atenuação para a
estabelecer o estado funcional dos equipamen- água.
tos, em determinado momento; HVL — espessura de semi-redução.
Valor da dose de referência — o valor de uma gran- ICRU — Comissão Internacional de Unidades e Medi-
deza obtida para pacientes que pode ser usado ções Radiológicas.
como guia para a aceitabilidade de um resultado. IEC — Comissão Electrotécnica Internacional.
Na versão de 1996 das Normas Europeias sobre IPSM — Instituto de Ciências Físicas em Medicina.
Critérios de Qualidade para Imagens de Diag- NCS — Comissão Neerlandesa para a Dosimetria de
nóstico Radiográfico, é indicado que o valor de Radiações.
N.o 182 — 8 de Agosto de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5735
NEMA — Associação Nacional de Fabricantes de Mate- b) No que respeita à fiabilidade, a dose por uni-
rial Eléctrico dade monitor ao longo do eixo central não deve
OD — Densidade óptica. apresentar um desvio superior a 3 %, a dose
OMS — Organização Mundial da Saúde. em profundidade não deve ter um desvio supe-
PMMA — Polimetilmetacrilato. rior a 2 % e a falta de uniformidade do feixe
SPECT — Tomografia computorizada de emissão sim- não deve exceder 3 %, em relação aos valores
ples de fotões. de calibração;
TNO — Organização Neerlandesa para a Investigação c) No que respeita aos dispositivos de posiciona-
Científica Aplicada. mento do feixe, a coincidência entre o feixe
luminoso e o feixe de radiação pode ter uma
ANEXO V tolerância de 3 mm, e os ponteiros mecânicos,
A — Cálculo do dimensionamento das barreiras de protecção os lasers e os telémetros não devem ter desvios
em instalações de radioterapia externa superiores a 2 mm, em relação ao isocentro do
Para a determinação das barreiras de protecção numa aparelho;
instalação de radioterapia externa, deve proceder-se do d) No que respeita ao alinhamento dos aparelhos,
seguinte modo: os desvios na simetria dos colimadores, na coin-
1 — No caso de equipamento de telegamaterapia cidência dos eixos dos colimadores e da cabeça
(aparelho de cobalto-60) — para os cálculos de espes- com o isocentro, e da estabilidade do braço e
sura da barreira primária, bem como da barreira secun- seu suporte durante a rotação não devem exce-
dária, tendo em conta o funcionamento efectivo do equi- der 2 mm.
pamento, o factor de utilização e o factor de ocupação
das várias áreas, constantes das tabelas II e III do anexo I,
1.2 — No modo de produção de electrões:
deve recorrer-se à tabela III do presente anexo, pro-
cedendo-se da seguinte forma: a) A uniformidade do feixe não deve ter um desvio
1.1 — Áreas controladas: superior a 5 %;
a) A espessura requerida para a barreira secun- b) Relativamente à dose em profundidade poderá
dária avalia-se com base nos valores, indicados admitir-se um desvio máximo de 3 mm na iso-
na tabela III, referentes à componente contra dose de 80 %;
a radiação de fuga e à componente contra a c) O desvio na dose por unidade monitor não deve
radiação difundida; exceder 3 % em relação aos valores de cali-
b) Se os valores obtidos forem aproximadamente bração.
os mesmos, deve adicionar-se 1 HVL ao maior
valor;
c) Se os valores obtidos diferirem de, pelo menos, 2 — Equipamento de telegamaterapia (aparelho de
1 TVL, o valor mais elevado será o adequado; cobalto):
d) Para obter a espessura final requerida para a 2.1 — No que respeita aos dispositivos de posiciona-
barreira primária e para a barreira secundária, mento do feixe, a coincidência entre o feixe luminoso
deve proceder-se de modo idêntico ao indicado e o feixe de radiação pode ter uma tolerância de 3 mm,
nas alíneas b) e c). e os ponteiros mecânicos, os lasers e os telémetros não
podem ter desvios superiores a 2 mm, em relação ao
1.2 — Áreas não controladas: isocentro do aparelho.
A espessura requerida para as barreiras das áreas 2.2 — No que respeita ao alinhamento dos aparelhos,
não controladas determina-se recorrendo à tabela III, os desvios na simetria dos colimadores, na coincidência
adicionando aos respectivos valores 1 TVL. dos eixos dos colimadores e da cabeça com o isocentro,
2 — Aceleradores lineares — para o cálculo das bar- e da estabilidade do braço e seu suporte durante a rota-
reiras de protecção relativas às instalações que utilizem ção não devem exceder 2 mm.
aceleradores lineares, pode recorrer-se à publicação
2.3 — Para o débito de dose são admitidos desvios
alemã «DIN-6847, Medizinische Elektronenbeschleuniger-
-Anlagen», de Novembro de 1977, bem como à publi- até 3 %, em relação aos valores de calibração.
cação oficial inglesa do Institut of Physics and Engi- 3 — Simulador — no que respeita ao alinhamento dos
neering in Medicine (IPEM), Report 75, 1997, sem pre- aparelhos, os desvios na simetria dos colimadores, na
juízo do disposto no n.o 3 do artigo 28.o coincidência dos eixos dos colimadores e da cabeça com
o isocentro, e da estabilidade do braço e seu suporte
B — Testes de aceitabilidade de equipamento durante a rotação não devem exceder 2 mm.
de radioterapia externa
TABELA I
Os equipamentos mencionados no n.o 1 do artigo Espessuras semi-redutora (HVL) (a) e deci-redutora (TVL) (b)
anterior devem ser submetidos a testes de aceitabilidade
para garantir o necessário rigor na sua utilização, fixan-
Chumbo (mm) Betão (cm) Ferro (cm)
do-se, relativamente a cada equipamento, os seguintes
limites de tolerância: Radionuclido
HVL TVL HVL TVL HVL TVL
1 — Acelerador linear:
1.1 — No modo de produção de fotões:
Co-60 . . . . . . . . 12 40 6,2 20,6 2,1 6,9
a) A dose no eixo central não deve ter um desvio
superior a 2 %, relativamente ao valor de (a) Half Value Layer.
calibração; (b) Tenth Value Lay.
5736 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
TABELA II
Material Densidade média
Densidade de materiais de construção (g/cm3)
TABELA III
Barreiras de protecção necessárias para instalações de radioterapia externa com fontes de cobalto-60
Material
Tipo de área Espessura da barreira primária (b)
(cm)
Controlada . . . . . . Chumbo . . . 23,5 22,0 21,1 20,0 18,5 17,5 16,0 15,0 14,0 12,5 11,5
Betão . . . . . 125 119 112 106 99,5 93,5 87,0 80,5 74,0 67,5 61,0
Controlada . . . . . . Chumbo . . . 11,5 10,0 9,0 8,0 6,5 5,5 4,0 3,0 1,5 0,5 0
Betão . . . . . 62,0 55,0 48,0 42,5 36,0 29,5 23,0 17,0 10,0 1,0 0
Material
Tipo de área Componentes para a radiação difundida
(cm)
Controlada (30o ) Chumbo . . . 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 4,5 3,5
Betão . . . . . 87,0 81,0 74,5 68,5 62,0 57,0 49,0 42,5 36,5 29,5 23,5
Controlada (45o ) Chumbo . . . 10,5 9,5 9,0 8,0 7,5 6,5 5,5 5,0 4,0 3,5 2,5
Betão . . . . . 76,5 70,5 64,5 59,0 53,0 47,0 41,0 35,0 29,0 23,5 17,5
Controlada (60o ) Chumbo . . . 8,5 8,0 7,0 6,5 5,5 5,0 4,5 3,5 3,0 2,5 1,5
Betão . . . . . 70,0 64,5 58,5 52,5 47,0 41,5 36,5 31,0 24,5 18,0 13,0
Controlada (90o ) Chumbo . . . 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5
Betão . . . . . 49,5 45,0 40,5 36,0 31,5 27,0 22,0 18,0 13,0 8,5 4,0
Controlada (120o) Chumbo . . . 2,0 2,0 1,5 1,5 1,0 1,0 1,0 0,5 0,5 0,5 0,5
Betão . . . . . 42,5 38,5 34,5 30,5 26,0 22,0 18,0 13,5 9,5 5,5 2,0
d) Como factores de ocupação relativos a pessoas b) A uniformidade integral para UFOV não pode
não profissionalmente expostas, deve utilizar-se ultrapassar 10 % e para CFOV, 7 %;
o valor 1 para áreas com ocupação total, 1/4 c) A uniformidade diferencial para UFOV não
para área de ocupação parcial, e 1/16 para as pode ultrapassar 6 % e para CFOV, 5 %;
áreas de ocupação ocasional. d) A linearidade espacial (capacidade de caracte-
rizar a distorsão de posicionamento relativa-
B — Cálculo das concentrações de referência mente ao feixe de radiação incidente no detec-
em efluentes radioactivos tor) não pode apresentar desvio do valor acei-
tável para o sistema;
O cálculo das concentrações de referência CR em
efluentes líquidos radioactivos deve ter em conta o e) A resolução espacial (capacidade de determinar
seguinte: com rigor a localização de um ponto emissor
1 — Para a população em geral, a dose eficaz E rece- no plano X-Y), deve ser expressa em milímetros
bida, via ingestão, por um indivíduo do grupo etário g, em ambas as direcções X e Y;
é determinada de acordo com a expressão (1): f) O parâmetro referido na alínea anterior, deter-
minado no ar a 10 cm de distância de um coli-
E=S h (g)j, ing × Jj, ing mador standard, expresso em termos de largura
j
a meia altura (full width at half maxi-
onde h(g)j, ing é a dose eficaz comprometida, por unidade mum — FWHM) da função de resposta a um
de absorção, via ingestão, para o radionuclido j, expresso ponto (point spread function — PSF) não deve
em Sv×Bq-1, por um indivíduo pertencente ao grupo ultrapassar 10 mm;
etário g; e Jj, ing é a incorporação resultante da ingestão g) A resolução em energia (capacidade de iden-
do radionuclido j, expressa em Bq. tificar e de distinguir com rigor a radiação pri-
2 — A dose eficaz E recebida por um indivíduo do mária da secundária), expressa em termos de
grupo etário g não deve ultrapassar 0,1 mSv por ano. FWHM, não deve ultrapassar 12 % para um fan-
3 — O quadro A do anexo III da directiva n.o 96/29, toma de energia de 140 keV;
EURATOM, contém os valores de h(g)j, ing para a popu- h) A sensibilidade planar do sistema (capacidade
lação em geral. de detectar com eficiência, para cada colimador,
4 — Admitindo que o valor médio do volume de água a radiação gama emitida por uma fonte radioac-
anualmente ingerido por um indivíduo adulto é de 800 l, tiva) não deve ser inferior a 100 cps/MBq, para
o valor Ji, ing calculado através da expressão (1) deve o 99m Tc.
ser referido a 1000 l, de modo a obter-se a concentração
de referência pretendida CR para o radionuclido j.
D — Critérios de aceitabilidade de câmara gama
para tomografia de emissão computorizada
C — Critérios de aceitabilidade de câmara gama
1 — O detector deve ser testado através de métodos 1 — Os critérios de aceitabilidade da câmara gama
de ensaio que utilizem os seguintes parâmetros e con- para tomografia de emissão computorizada (TEC), para
dições essenciais: além de incluírem os parâmetros e critérios previstos
no número anterior, devem ainda considerar os seguin-
a) Resolução espacial intrínseca; tes:
b) Resolução espacial do sistema;
c) Resolução intrínseca de energia; a) Uniformidade de campo — a uniformidade da
d) Uniformidade intrínseca, integral e diferencial; câmara deve ser controlada até ± 1 %;
e) Uniformidade do sistema, integral e diferencial;
b) Centro de rotação — o desvio tem de ser igual
f) Linearidade espacial intrínseca, diferencial e
ou menor do que meia célula elementar de
absoluta;
g) Variação da sensibilidade intrínseca para a fonte superfície (« 0,5 pixel) para uma matriz de
pontual; 128×128;
h) Sensibilidade planar do sistema (para cada c) Imagem e dimensão do pixel — os alongamen-
colimador); tos nas direcções em X e Y não devem diferir
i) Registo espacial em janela múltipla; mais do que 5 % um do outro;
j) Resposta do sistema à taxa de contagem; d) Alinhamento à cama do doente — este alinha-
k) Eficácia da blindagem do detector. mento deve ser ajustado até um limite de 2 mm
depois do posicionamento do doente;
2 — Os equipamentos com mais de 10 anos não e) Resolução espacial planar e transaxial — tem de
podem ultrapassar os seguintes valores: ser determinada para cada equipamento.
a) A uniformidade intrínseca (capacidade para
produzir uma imagem uniforme a partir de uma 2 — Movimentos do detector — devem ser analisados
fonte radioactiva uniformemente distribuída) os movimentos possíveis para o detector (movimento
deve ser expressa em termos de uniformidade de rotação em torno de um eixo contido no plano do
integral e de uniformidade diferencial, ambas detector), deslocamento longitudinal do detector, movi-
referidas ao campo útil da câmara (useful field mento de aproximação à cama do doente e ainda capa-
of view — UFOV), e ao campo central (central cidade de rotação em torno da cama do doente, quando
field of view — CFOV); for o caso.
5738 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
TABELA I
Radionuclido Radiação c (keV) Radiação bmax (MeV)
Principais radionuclidos utilizados em medicina nuclear
e respectivas energias de radiação
67
Ga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93; 184; 296; 388
59
Fe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143; 192; 1095; 1292 0,273; 0,467
Radionuclido Radiação c (keV) Radiação bmax (MeV) 51
Cr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320
60
Co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59; 1330 0,313
58
131
Co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 510; 810; 865; 1670 0,474
I ...................... 364; 637; 723 0,61; 0,81 57
Co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14; 122; 136; 692
99m
Tc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 125
I ...................... 27; 35
201
Tl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75; 167 99
Mo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41; 181; 372; 740; 780 0,456; 1234
111
In . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171; 247 19
Sr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 910 1,463
123
I ...................... 27; 160
TABELA II
Material
131
I ....................... 0,30 (0,70) 0,99 (2,33) 0,91 (1,32) 3,02 (4,38) 3,0 (4,0) 9,96 (13,3)
99m
Tc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,03 0,09
201
Tl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
111
In . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,124 0,41 0,76 2,52 2,60 8,64
123
I ....................... 0,05 0,17
67
Ga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,29 0,96 0,92 3,06 3,0 9,90
59
Fe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,10 3,65 1,70 5,65 5,0 16,61
51
Cr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,20 0,66 0,87 2,89 2,95 9,79
60
Co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,10 3,65 1,70 5,65 5,0 16,61
58
Co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,85 (1,3) 2,82 (4,32) 1,4 (1,9) 4,65 (6,31) 4,5 (6,0) 14,95 (19,9)
57
Co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,70 2,33 1,32 4,38 4,0 13,28
125
I ....................... 0,012
99
Mo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,78 2,59 1,37 4,55 4,2 13,95
19
Sr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,85 2,82 1,40 4,65 4,5 14,95
TABELA III
» 1 MeV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
» 2 MeV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
» 4 MeV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
(*) Para energias máximas da radiação b superiores a 1 MeV, o Bremsstrahlung produzido na protecção de vidro acrílico pode justificar o recurso a anteparo de vidro plumbinio,
se a actividade for da ordem de grandeza de MBq.
TABELA IV
/-)
(
1,0
Laboratório de preparações simples (a) . . . . . . .
TABELA VI
$
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7*+--
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06
ANEXO VII
de medicina nuclear.
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Artigo 1.o
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Âmbito
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SECÇÃO I
A cooperação financeira pode assumir a forma de
comparticipação directa nos seguintes casos:
Contratos de cooperação
a) Elaboração de planos de pormenor de vilas ou
cidades que sejam sede de concelho;
Artigo 4.o b) Grande reparação de edifícios escolares pro-
Empreendimentos abrangidos priedade dos municípios, nos casos e termos pre-
vistos no artigo 15.o;
1 — No âmbito da cooperação a que se refere a alí- c) Empreendimentos no âmbito da actividade des-
nea a) do n.o 1 do artigo 3.o, os contratos ARAAL portiva, nos casos e termos previstos no
podem ter lugar na realização de investimentos nos artigo 16.o;
seguintes domínios: d) Empreendimentos a que se refere a alínea f)
do n.o 1 do artigo 4.o, através da repartição das
a) Ordenamento municipal do território, incluindo responsabilidades de financiamento entre o
a elaboração dos planos respectivos; Governo Regional e as autarquias locais.
b) Saneamento básico, compreendendo sistemas
de captação, adução, armazenagem e distribui-
ção de água e sistemas de águas residuais e plu- Artigo 7.o
viais, bem como sistemas de recolha, transporte Propostas de candidatura
e tratamento de resíduos sólidos;
c) Infra-estruturas municipais de transporte, desig- 1 — As propostas de candidatura relativas aos inves-
nadamente no que toca à construção e repa- timentos a que se referem as alíneas a) e d) do artigo
ração da rede viária municipal, incluindo o res- anterior são da iniciativa dos municípios, sendo apre-
pectivo equipamento e obras de arte; sentadas junto dos departamentos regionais competen-
d) Grande reparação de edifícios escolares pro- tes em razão da matéria, cabendo a estes apreciá-las.
priedade dos municípios; 2 — As propostas de candidatura à cooperação téc-
e) Turismo, cultura, lazer e desporto; nico-financeira relativa a sedes de juntas de freguesias
são da iniciativa dos municípios, sendo apresentadas ao
f) Construção, reconstrução ou grandes repara-
secretário regional competente em matéria de admi-
ções de edifícios sede de juntas de freguesia nistração local, através da Direcção Regional de Orga-
e de associações de freguesias cujo investimento nização e Administração Pública (DROAP), cabendo
revista carácter urgente, tendo em vista asse- a esta apreciá-las.
gurar a funcionalidade dos órgãos da freguesia. 3 — Em função da matéria, as entidades regionais
envolvidas podem submeter a apreciação das candida-
2 — A cooperação técnico-financeira tem carácter turas, ou determinado aspecto das mesmas, a outras
complementar, abrangendo apenas, de entre os entidades públicas ou privadas.
empreendimentos a que se referem as alíneas a) a e)
do número anterior, aqueles que sejam também objecto
de comparticipação comunitária. Artigo 8.o
Selecção das propostas
o
Artigo 5. Sem prejuízo do disposto no n.o 2 do artigo 5.o, a
Comparticipação indirecta selecção de candidaturas, quando for caso disso, será
efectuada pelas entidades regionais envolvidas e basear-
1 — A cooperação financeira assume a forma de com- -se-á, com excepção da cooperação financeira directa
participação indirecta para os empreendimentos a que para o apoio a sedes de juntas de freguesia, na con-
se referem as alíneas a) a e) do n.o 1 do artigo anterior, sideração dos seguintes factores:
através do pagamento pelo Governo Regional de parte
a) Dimensão e gravidade da situação que o pro-
dos juros respeitantes a empréstimos contraídos pelo jecto visa corrigir, designadamente numa pers-
município para financiamento de empreendimento, na pectiva de crescimento harmonioso no espaço
parte não coberta pela comparticipação comunitária, regional;
junto de instituições de crédito com protocolo para o b) Integração ou articulação com programas espe-
efeito celebrado. cíficos da administração regional autónoma;
2 — A cooperação financeira nos investimentos refe- c) Prossecução de soluções intermunicipais, sem-
ridos nas alíneas a) a e) do n.o 1 do artigo anterior pre que tal se revele técnica e economicamente
poderá ainda ter por objecto o pagamento de encargos mais correcto;
resultantes de atrasos no recebimento pelos municípios d) Número de projectos por município, com vista
de verbas resultantes da aprovação de investimentos no a uma repartição equitativa;
âmbito do PRODESA, sempre que o atraso seja superior e) Complexidade do projecto proposto, no sentido
a 90 dias. de abranger e integrar várias soluções;
3 — A cooperação referida no número anterior é f) Carácter complementar do projecto em relação
objecto de protocolo celebrado entre o Governo Regio- a outros já realizados, concorrendo, assim, para
nal e os municípios. soluções integradas.
N.o 182 — 8 de Agosto de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5747
tratos ARAAL cujo objecto respeite à execução de pro- necedoras, com indicação dos bens a adquirir ou das
jectos integrados de investimento que, envolvendo com- obras a realizar e dos respectivos custos.
petências conjuntas da administração regional e dos
municípios, tenham a ver com as áreas definidas no
n.o 1 do artigo 4.o e no artigo 19.o do presente diploma. CAPÍTULO IV
2 — Na parte respeitante aos domínios a que se refere Regime de contratos
o n.o 1 do artigo 4.o, a comparticipação do Governo
Regional nos empreendimentos fica sujeita às regras Artigo 25.o
dos contratos ARAAL de cooperação definidas no pre-
Elementos das propostas
sente diploma.
1 — As propostas de contratos no âmbito da coo-
CAPÍTULO III peração financeira directa e de contratos de colaboração
Regime de cooperação técnica e financeira ou coordenação são instruídas com os elementos con-
com freguesias siderados necessários à sua apreciação, designadamente
memória justificativa e descritiva das soluções preco-
Artigo 23.o nizadas, decisão ou deliberação de adjudicação e, no
caso de empreitada, medições e orçamentos.
Acordos de cooperação, colaboração ou coordenação 2 — Poderá ainda ser exigida a apresentação de estu-
1 — Sem prejuízo do disposto quanto à alínea f) do dos e projectos técnicos e, sendo caso disso, pareceres
n.o 1 do artigo 4.o, a realização de projectos em coo- sobre os mesmos emitidos por entidades com atribuições
peração, colaboração ou coordenação com as juntas de nos domínios em causa.
freguesia e associações de freguesia, desde que não res-
peitantes a investimentos que tenham sido nelas dele- Artigo 26.o
gados pelo município, pode concretizar-se através da Conteúdo dos contratos
celebração de acordo escrito entre os departamentos
regionais competentes e as entidades autárquicas refe- 1 — Os contratos ARAAL devem ter o seguinte
ridas, aplicando-se com as devidas adaptações o regime conteúdo:
estabelecido para os contratos ARAAL no que se refere
ao regime, fiscalização e controlo de execução dos a) Objecto do contrato;
contratos. b) Período de vigência do contrato, com as datas
2 — A eficácia dos acordos a que se refere o número dos respectivos início e termo;
anterior não depende de publicação no Jornal Oficial. c) Direitos e obrigações das entidades contratan-
tes;
d) Titularidade dos bens patrimoniais e dos equi-
Artigo 24.o pamentos públicos a constituir quando se trate
Áreas abrangidas de contratos de colaboração ou de coordenação;
e) Identificação das entidades gestoras dos siste-
1 — A cooperação financeira com as freguesias e mas a construir;
associações de freguesias consistirá no apoio financeiro f) Definição dos instrumentos financeiros utili-
directo nas seguintes áreas: záveis;
a) Mobiliário e equipamento destinado ao normal g) Especificação do faseamento na execução dos
funcionamento das sedes; projectos, quando a este houver lugar;
b) Pequenas reparações nas respectivas sedes cujo h) Quantificação das responsabilidades de finan-
valor não ultrapasse 50 vezes o índice 100 da ciamento de cada uma das partes;
escala indiciária das carreiras do regime geral i) Estrutura de acompanhamento e controlo da
da função pública; execução do contrato;
c) Despesas de deslocação decorrentes de parti- j) Penalização face a situações de incumprimento
cipação em reuniões, colóquios e acções de for- por qualquer das entidades contratantes.
mação promovidas pelos serviços dependentes
do secretário regional competente em matéria 2 — As alterações ao clausulado nos contratos
de administração local; ARAAL requerem o acordo de todos os contraentes,
d) Aquisição, construção, reconstrução ou repara- salvo disposição contratual em contrário.
ções de sedes de associações de freguesias com
o limite de 250 vezes o índice 100 da escala Artigo 27.o
indiciária das carreiras do regime geral da fun- Celebração dos contratos
ção pública.
1 — Os contratos ARAAL são celebrados entre o
2 — Os montantes de comparticipação nas áreas refe- secretário regional competente em matéria de admi-
ridas no n.o 1 serão decididos pelo secretário regional nistração local, os outros departamentos regionais com-
competente em matéria de administração local, tendo petentes em função dos sectores abrangidos e as autar-
em conta, nomeadamente, as dotações disponíveis no quias locais interessadas, sem prejuízo do disposto nos
Plano da Região para esta acção e a oportunidade dos n.os 2 e 3 do artigo 3.o deste diploma.
apoios solicitados face a outras comparticipações ante- 2 — Os contratos ARAAL só podem ser celebrados
riormente concedidas. depois de os investimentos respectivos serem aprovados
3 — Os pedidos de cooperação serão enviados pelas e incluídos nos documentos previsionais das autarquias
juntas de freguesia ou suas associações à DROAP, acom- locais e desde que a participação financeira do Governo
panhados de duas ou mais propostas de empresas for- Regional tenha cabimento no Orçamento da Região.
5750 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 182 — 8 de Agosto de 2002
1 — A resolução dos contratos ARAAL pode ocorrer 1 — A entidade designada no contrato ARAAL como
de acordo com as cláusulas no mesmo contidas e suple- responsável pelo acompanhamento e controlo do inves-
tivamente nos termos da lei civil. timento promove a fiscalização da execução física do
2 — Resolvido um contrato ARAAL, as eventuais mesmo, podendo para o efeito recorrer a outras enti-
propostas de celebração de novo contrato para a rea- dades, públicas ou privadas.
lização total ou parcial dos projectos de investimento 2 — Quando, através da fiscalização a que se refere
abrangidos pelo primeiro devem ser instruídas com rela- o número anterior, for detectada uma divergência, não
tório detalhado das causas que motivaram a sua reso- justificada, entre os documentos de comprovação apre-
lução e da responsabilidade de cada uma das partes sentados e a execução física do investimento, pode haver
pelo seu não cumprimento. lugar à rescisão do contrato e ao reembolso do montante
da comparticipação já processado e indevidamente
justificado.
Artigo 30.o
Artigo 34.o
Norma financeira
Comissão de acompanhamento
1 — A participação financeira da administração regio- 1 — Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores,
nal na execução de projectos de investimento objecto a cooperação técnica e financeira com as autarquias
de contratos ARAAL é a que constar do Plano Regional locais na área dos equipamentos escolares é objecto de
Anual. acompanhamento e avaliação por uma comissão, que
2 — O processamento da participação financeira da integra representantes da administração regional autó-
administração regional é efectuado a favor do dono da noma e da Associação de Municípios da Região Autó-
obra ou, no caso da cooperação indirecta, da entidade noma dos Açores.
bancária, após a publicação do contrato e mediante a 2 — Compete à comissão:
apresentação dos necessários documentos comprovati-
a) Zelar pelo cumprimento dos contratos, solici-
vos de despesa.
tando a todo o tempo informações sobre o res-
3 — Relativamente aos contratos ARAAL celebrados pectivo andamento;
no âmbito da cooperação financeira indirecta e da coo- b) Avaliar a execução das obras por parte das
peração financeira directa, na parte respeitante às sedes câmaras municipais;
das juntas de freguesia, as dotações são sempre inscritas c) Elaborar um relatório anual donde constem as
no orçamento dos serviços do secretário regional com- candidaturas reprovadas e seu fundamento, os
petente em matéria de administração local. empreendimentos aprovados e a avaliação da
sua execução.
Artigo 31.o
3 — A constituição de regras de funcionamento da
Acompanhamento e relatórios de execução comissão é definida mediante decreto regulamentar
regional, a publicar no prazo de 60 dias a contar da
1 — São elaborados pelo departamento regional ou entrada em vigor do presente diploma.
outra entidade responsável pelo acompanhamento e
controlo de execução da obra, nos termos do contrato
celebrado, relatórios anuais e finais de síntese, ficando Artigo 35.o
as partes envolvidas obrigadas a fornecer a informação Condicionamentos à celebração de contratos ARAAL
necessária.
2 — Os relatórios referidos no número anterior são 1 — O incumprimento do disposto no n.o 4 do
remetidos à DROAP quando a respectiva elaboração artigo 15.o determina:
não seja da sua competência, para efeitos de preparação a) A impossibilidade de celebração de contratos
de documento contendo a apresentação e avaliação dos de cooperação financeira indirecta quando seja
resultados globais anualmente conseguidos com a cele- confirmada pela comissão a falta de realização
bração do contrato ARAAL. de obras de conservação periódica em menos
N.o 182 — 8 de Agosto de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5751
de 25 % do parque escolar do concelho con- financeira indirecta nos mesmos termos em que é exigida
tratante; a publicitação para os investimentos comparticipados
b) A impossibilidade de celebração de contratos pela União Europeia.
de cooperação financeira directa quando seja
Artigo 39.o
confirmada pela comissão a falta de realização
de obras de conservação periódica em menos Transferência de competências
de 75 % do parque escolar do concelho con-
tratante; 1 — A transferência de competências para as autar-
c) A impossibilidade de celebração de contratos quias locais no âmbito dos empreendimentos actual-
de colaboração quando seja confirmada pela mente abrangidos pelos contratos de colaboração deter-
comissão a falta de realização de obras de con- mina a elegibilidade dos mesmos para efeitos de
servação periódica em mais de 75 % do parque cooperação.
escolar do concelho contratante. 2 — Nos casos previstos no número anterior, a coo-
peração financeira da administração regional é efec-
tuada por via de bonificação de juros, traduzida no paga-
2 — Está em incumprimento o município que decor-
mento de 70 %, da taxa EURIBOR a seis meses e em
rido o período de dois anos sobre as últimas obras de
vigor à data das amortizações dos empréstimos con-
conservação não tenha procedido à adjudicação das
tratados.
novas obras, no caso de empreitadas de obras públicas,
ou ao início efectivo das mesmas, quando realizadas Artigo 40.o
por administração directa.
Norma revogatória
3 — A falta de pagamento pelos municípios, no
âmbito da administração corrente do respectivo patri- São revogados os artigos 3.o e 4.o do Decreto Legis-
mónio, dos consumos de água e electricidade dos esta- lativo Regional n.o 31/86/A, de 11 de Novembro, o
belecimentos de ensino onde se ministre o 1.o ciclo do Decreto Legislativo Regional n.o 6/95/A, de 28 de Abril,
ensino básico determina a impossibilidade de celebrar e o Decreto Regulamentar Regional n.o 10/88/A, de
contratos ARAAL com a administração regional. 7 de Março.
4 — Exceptua-se do disposto nos números anteriores
a cooperação financeira directa relativa a sedes de juntas Artigo 41.o
de freguesia. Norma transitória
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