2018 TCC Bonfim
2018 TCC Bonfim
2018 TCC Bonfim
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Campinas - SP
2018
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Banca Examinadora:
Campinas - SP
2018
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a meus pais e familiares por todo apoio e orientação durante anos na
universidade.
Agradeço ao meu orientador Alexandre Campane Vidal pelo auxílio e dedicação durante o trabalho
de Iniciação Científica e Trabalho de Conclusão de Curso.
Agradeço, aos amigos que entraram na minha vida durante a graduação, comigo nos momentos
felizes e, às vezes, nos difíceis: Amanda Rios, Gabriela Basaglia, Murilo Nogueira, Wilson, Débora
Lopes, Henrique Fedel, Fernanda Peixoto, Lucas Amici, Kaique (Pastor) obrigado pelo
companheirismo nos campos e na graduação.
Um agradecimento aos Brothers Gabriel Guibu (Mestre), Lorota (Rafa), Alexandre Rocha
(Xandão), Cesar Henrique Farias (Cesão/Cesinha), Letícia Lumy (Sato), André (Pontara) e Letícia
(Aquaman) obrigado por tudo (de bom e de ruim) que já fizemos juntos!!
Por fim, agradeço a Jô e aos colaboradores que fazem parte do grupo de funcionários da secretaria,
por estarem sempre preparados para ajudar, desde o dia da matrícula até a conclusão do curso!
OBRIGADO!
MODELAGEM 3D DE RESERVATÓRIOS ATRAVÉS DA KRIGAGEM DE
POÇOS NA BACIA DE TAUBATÉ
RESUMO
A Bacia de Taubaté, situada no principal eixo de ligação entre os centros urbanos de São Paulo e
Rio de Janeiro, apresenta grande quantidade de poços tubulares perfurados para a captação de água
subterrânea. Esta Bacia é caracterizada pela heterogeneidade geológica, geradas pela tectônica local
que possibilitou a instalação do RCSB e compartimentou a Bacia, condicionando a sedimentação de
depósitos de leques aluviais associados à planície aluvial e sedimentos lacustres. O presente
trabalho buscou contribuir com informações sobre corpos rochosos na Bacia de Taubaté, no Estado
de São Paulo. A partir do banco de dados, construído no trabalho de Iniciação Científica, o próximo
passo foi realizar o estudo geoestatístico dos dados e construir os mapas 2D de razões entre arenitos
e as outras litologias, de modo a entender a distribuição dessas rochas na Bacia. O modelo
tridimensional da Bacia foi construído utilizando krigagem indicativa para entender a distribuição
em profundidade das rochas na área de estudo. Os resultados indicam maior quantidade de arenitos
nos compartimentos São José e Aparecida e menor quantidade no compartimento Taubaté. Os
modelos 3D gerados mostram continuidade vertical no compartimento São José e na porção norte
do compartimento Aparecida, locais que apresentam maior vazão e maior quantidade de arenitos. A
relação entre os arenitos e folhelhos, e arenitos e siltitos indicam razões próximas de 1, ou menores,
para a Bacia como um todo com poucos pontos com maior quantidade de arenitos. Considerando
que o grid da área alcançou até 200 m de profundidade, pode-se afirmar que o estudo envolveu a
área do Aquífero Taubaté e, assim, os resultados corroboram com o aspecto multicamadas deste
Aquífero. Os resultados foram de grande relevância para o conhecimento e futuros estudos de
aquíferos na Bacia.
v
LISTA DE FIGURA
Figura 1 - Mapa de localização da área de estudo contendo as principais cidades da Bacia (Autoria própria). .... 11
Figura 3 - Mapa do arcabouço estrutural da Bacia de Taubaté (Fernandes &Chang, 2003). ................................ 15
Figura 5 - Mapa geológico da Bacia de Taubaté contendo as idades das Formações descritas (Vidal, 2004). ..... 17
Figura 8 - figura representa a Bacia de Taubaté contendo os três compartimentos divididos pelos dois altos
estruturais descritos na bibliografia (modificado de Riccomini, 1989). ................................................................ 19
Figura 9 - Imagem contendo o grid realizado para o compartimento São José dos Campos (Autoria própria). ... 20
Figura 10 - Imagem contendo o grid realizado para o compartimento Taubaté (Autoria própria). ....................... 21
Figura 11 - Imagem contendo o grid realizado para o compartimento Aparecida (Autoria própria). ................... 21
Figura 14 - Na figura são observados os histogramas para os dados estudados no compartimento São José dos
Campos (Autoria própria)...................................................................................................................................... 27
Figura 15 - Na figura são observados os histogramas para os dados estudados no compartimento Taubaté
(Autoria própria).................................................................................................................................................... 29
Figura 16 - Nesta figura são observados os histogramas para os dados estudados no compartimento aparecida
(Autoria própria).................................................................................................................................................... 30
Figura 21 - Mapa de razão arenito siltito na Bacia de Taubaté (Autoria própria). ................................................ 36
Figura 22 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argilito/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria). ........................................................ 37
Figura 23 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argilito/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria). ........................................................ 38
Figura 24 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argililto/folhelho, siltito/lamito e
vi
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria). ........................................................ 38
Figura 25 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argililto/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria)......................................................... 39
Figura 26 - Exemplo de modelo de probabilidade realizado separadamente para cada compartimento e unidos na
parte final do trabalho. As cores amarelo, verde e azul correspondem a arenito, folhelho e siltito,
respectivamente. .................................................................................................................................................... 40
Figura 27 - Modelo final para o compartimento São José. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos. ...................................................................................... 41
Figura 28 - Modelo final para o compartimento São José. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos. ...................................................................................... 41
Figura 29 - Modelo final para o compartimento Taubaté. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos. ...................................................................................... 42
Figura 30 - Modelo final para o compartimento Aparecida. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos. ...................................................................................... 43
Figura 31 - Mapa hidrológico contendo valores de vazão explotável, sentido de fluxo, potenciometria, cidades e
curso d’água (DAEE, 2005). ................................................................................................................................. 47
vii
1. CAPÍTULO I
1.1. INTRODUÇÃO
A Bacia de Taubaté está localizada entre os centros urbanos de São Paulo e Rio de
Janeiro, esta Bacia apresenta grande número de poços tubulares perfurados para a captação de
águas subterrâneas destinadas ao abastecimento público, indústria e agricultura, que explica o
crescente interesse pelo aquífero na região (DAEE, 2005).
Em relação aos trabalhos feitos na Bacia de Taubaté, Davino & Haralyi (1973), Galli
et al. (1988), Padilha (1991), por meio de modelagem gravimétrica e medidas
magnetotelúricas puderam caracterizar a espessura dos sedimentos em diverso locais da Bacia
de Taubaté e, assim, definir o limite entre o embasamento e a base dos sedimentos da Bacia
por meio de tratamentos geofísicos. Os autores, ao pesquisarem a área de estudo, ainda
relacionaram os resultados com os modelos de formação da Bacia (Almeida, 1976)
concluindo que a gênese da mesma se deve a um modelo transtensional. Cogné (2013)
reinterpretou 11 perfis sísmicos da Bacia de Taubaté. Após a nova interpretação, o autor
8
conclui que após uma fase inicial de deformação no Cretáceo ocorreu transtensão e
transpressão durante o Paleogeno e Neogeno, respectivamente, adicionando informações
estruturais aos estudos na Bacia.
Carvalho et. al. (2011) em seu trabalho para a Bacia definem o embasamento por meio
de métodos geoestatísticos utilizando dados sísmicos, gravimétricos de poços. Neste trabalho,
também, são gerados mapas de espessura de sedimentos na Bacia e modelo tridimensional do
embasamento.
9
Souza Filho (2012) utilizando 39 poços entre Jacareí e Cachoeira Paulista,
identificando as litologias, temperaturas dos poços, espessura e frequência dos diferentes
litotipos. Foram construídos mapas de isovalores para as freqüências de litologias, de
embasamento e mapa previsional de temperaturas visando aproveitamento econômico dos
recursos geotermais.
1.2. JUSTIFICATIVA
1.3. OBJETIVOS
10
Serras do Mar e Mantiqueira. Trata-se de uma depressão tectônica estreita e alongada na
direção principal ENE, que acompanha a direção da linha de costa de São Paulo. Com
comprimento de cerca de 150 Km, 20 Km de largura e área de aproximadamente 2400 Km².
O acesso à Bacia é feito pela rodovia Presidente Dutra (BR-116) partindo de São
Paulo e do Rio de Janeiro. A Bacia é cortada pelas rodovias Presidente Dutra, Carvalho Pinto
(SP-70) e Ayrton Senna (SP-070), bem como a Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB).
Figura 1 - Mapa de localização da área de estudo contendo as principais cidades da Bacia (Autoria própria).
11
1.4.2. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
1.4.2.1. CONTEXTO GEOLÓGICO DA BACIA SEDIMENTAR
A Bacia de Taubaté está localizada no vale do Rio Paraíba do Sul, entre as cidades do
Rio de Janeiro e São Paulo. Esta Bacia possui direção NE, com 170 Km de comprimento e 20
Km de largura. O pacote sedimentar da Bacia possui espessura máxima entre 800 m e 850 m
(Carvalho et. al., 2011; Fernandes & Chang, 2002; Marques, 1990; Padilha, 1991, 2002; Vidal
et. al. 2004). As datações referentes às rochas sedimentares permitem classificá-las com
idades do Eoceno ao Mio-Pleoceno, ou seja, são rochas Terciárias, com presença de
coberturas sedimentares Quaternárias, sendo resultado da ruptura do continente Gondwana e,
consequentemente, formação do oceano Atlântico (Riccomini et. al., 2004).
12
Resende e Volta Redonda. A Bacia apresenta-se morfologicamente como uma depressão
localizada entre as Serras do Mar e Serra da Mantiqueira no planalto Atlântico, direção
aproximadamente paralela à linha de costa alcançando o Atlântico no Rio de Janeiro, com
comprimento aproximado de 170 km, largura média de 25 km e espessura máxima de 850 m
(Carvalho et. al., 2011; Fernandes et. al., 1993; Fernandes & Chang, 2002; Marques, 1990;
Padilha, 1991, 2002; Vidal et. al. 2004).
A Bacia de Taubaté é formada por rifteamento, logo, esta Bacia é controlada por
falhas, sendo importante o estudo das estruturas na modelagem. Segundo Riccomini ( 2004)
os sedimentos do Grupo Taubaté foram depositados sintectonicamente durante o Eoceno-
Oligoceno. Fernandes & Chang (2002) identificam dois altos estruturais na Bacia nomeados
como Alto de Caçapava e Alto de Pindamonhangaba, que divide a Bacia de Taubaté em três
compartimentos.
Riccomini (1989) identifica dois sistemas de falhas no RCSB, sendo duas direções
NNW e NNE. O sistema NNW corresponde a falhas normais e transcorrentes sinistrais. O
sistema NNE é formado por falhas transcorrentes dextrais formadas por estruturas em flor
negativas e positivas, falhas normais e inversas. O sistema NNE expõe, em alguns locais,
rochas do embasamento pré-Cambrianas.
13
local com maior profundidade, para as bordas. Sendo a sub-Bacia Roseira a primeira a ser
formada, esta no centro do compartimento Taubaté. Segundo Cogné (2013) esta sub-Bacia se
relaciona com os primeiros sedimentos da Formação Resende e Formação Tremembé. O
aumento da deformação, devido aos esforços relacionados à formação dos Andes (Riccomini,
1989, Cogné, 2013), causa, inicialmente, formação das falhas nos riftes ocasionando no início
de novas sub-Bacias como Lorena e Quiririm. A Figura 2 apresenta o desenvolvimento da
Bacia com as direções dos esforços tectônicos na área ao longo do tempo. Sendo a sequência
estratigráfica adotada de Marques (1990) e os nomes de Formações de Ricomini (1989).
14
coberto por sedimentos (Carneiro et. al., 1976, Hasui & Ponçano, 1978).
1.4.2.5. ESTRATIGRAFIA
15
em duas formações sendo uma inferior datada por registros fósseis como terciária e uma
superior quaternária (Almeida, 1955).
16
Esta formação, depositada em ambiente lacustre do tipo playa-lake (Riccomini, 1989) é
composta por: argilitos verdes maciços; dolomitos tabulares; ritmitos formados pela
alternância de folhelhos e margas; arenitos com estratificação cruzada sigmoidal e
granodecrescência de areia média até silte, com espessuras de até 500 m de material pelítico
de origem lacustre (Padilha, 1991). A Formação Tremembé fica localizada geograficamente
no compartimento central da Bacia.
Figura 5 - Mapa geológico da Bacia de Taubaté contendo as idades das Formações descritas (Vidal, 2004).
17
longo das drenagens principais dos rios da região. A Figura 5 mostra a distribuição das
diferentes formações na Bacia, contendo a legenda com as idades relacionadas às litologias.
1.4.2.6. HIDROGEOLOGIA
A Bacia de Taubaté consta de mais de 700 poços catalogados, sendo alvo de grande
interesse no estudo pelo grande potencial de exploração e elevada heterogeneidade de seus
aquíferos (Campos, 1993). Segundo DAEE (2005) a vazão de águas no compartimento São
José dos Campos apresenta vazões entre 80 e 120 m²/h. O compartimento Taubaté apresenta
valores menores de 10 m³/h devido à alta quantidade de rochas formadas por argila e
folhelhos que impedem a circulação da água em subsuperfície. O compartimento Aparecida
apresenta valores acima de 80 m³/h devido à alta quantidade de rochas arenosas.
18
Na área central da Bacia a base do aquífero encontra-se em cotas topográficas que
variam de 100 a 250 metros, com destaque as sub-Bacias de Eugênio de Melo, Tremembé e
Lorena por apresentar menores valores de cota. Na porção central da Bacia ocorrem as
maiores espessuras de sedimentos que diminuem em direção às margens e a noroeste (DAEE,
1977). A espessura saturada do aqüífero varia de 200 a 300 metros na área central da Bacia
(DAEE, 2005).
2. CAPÍTULO II
2.1. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1.1. MATERIAIS
O trabalho foi desenvolvido utilizando dados de litologia de 346 poços na Bacia. Esta
base de dados foi desenvolvida em trabalho de iniciação científica fomentada pelo PIBIC. O
banco de dados original contém informações de coordenadas UTM de longitude e latitude,
profundidade total dos poços, distritos, cidades, informações litológicas e da hidrogeologia,
como vazão, filtros, nível dinâmico e estático. Os dados são provenientes de trabalhos de
outros autores como: Carvalho (2010), Gurgueira (2006), Souza (2004) e Souza Filho (2012),
que foram reunidos ao longo do desenvolvimento do relatório de iniciação científica.
2.1.1.1. COMPARTIMENTOS
Figura 7 - figura representa a Bacia de Taubaté contendo os três compartimentos divididos pelos dois altos
estruturais descritos na bibliografia (modificado de Riccomini, 1989).
19
A distribuição dos poços ao longo da Bacia é desigual, sendo que a maior parte dos pontos se
encontra na porção sul da Bacia.
Com o objetivo de criar a melhor forma para apresentação dos dados optou-se por
separar a Bacia em três compartimentos, como descrito na bibliografia (Riccomini, 1989) e
apresentado na Figura 7.
O compartimento São José dos Campos o valor de cada parâmetro foi para 1040 (nx),
1750 (ny) e 40 (nz); grid de 50x50x5 (m) e coordenadas iniciais de 380000 mE, 7410000 mN
e 425 m.
0 4,62 Km
Figura 8 - Imagem contendo o grid realizado para o compartimento São José dos Campos (Autoria própria).
Para o compartimento Taubaté o valor de cada parâmetro foi para 450 (nx), 750 (ny) e
40 (nz); grid de 50x50x5 (m) e coordenadas iniciais de 432000 mE, 7440000 mN e 425 m.
20
0 3,49 Km
Figura 9 - Imagem contendo o grid realizado para o compartimento Taubaté (Autoria própria).
Para o compartimento Aparecida o valor de cada parâmetro foi para 2100 (nx), 1960
(ny) e 40 (nz); grid de 50x50x5 (m) e coordenadas iniciais de 454500 mE, 7460000 mN e 425
m.
0 20,59 Km
Figura 10 - Imagem contendo o grid realizado para o compartimento Aparecida (Autoria própria).
2.1.2. MÉTODOLOGIA
21
do relatório de iniciação científica, foi selecionar aqueles poços derivados de dados
geofísicos, seguidos da construção do banco de dados. Inicialmente, foram agregados 711
poços encontrados em formato digital, sendo que, cada um encontrava-se composto por
informações de coordenadas geográficas em UTM, siglas, geoquímica, dados de
embasamento e superfície e aspectos hidrogeológicos como vazão de água, níveis estático e
dinâmico e número de filtros. Uma vez que, não foi possível encontrar dados de geoquímica
para todos os poços optou-se por utilizar apenas as litologias, dados de profundidade,
coordenadas UTM, embasamento e superfície. Após a exclusão dos poços com mesmas
coordenadas geográficas, e aqueles sem informações relevantes para a construção do relatório,
o número caiu para 345 poços distribuídos de maneira não uniforme na Bacia (Figura 11).
22
Para a execução do trabalho escolheu-se eliminar as porções dos poços de solo e tubo
liso. Para a criação do modelo tridimensional mais simples da área foram agrupados os
arenitos arenito muito fino (armf), arenito grosso (arg), arenito (ar), arenito médio grosso
(armg), arenito fino (arf), arenito médio (arm), arenito com conglomerado (ar-cong) e
conglomerado (cong). como litologia Arenito (ar), as litologias Folhelho e argilito como
Folhelho (fol), e siltitos e lamitos como Siltitos (silt). Os dados de embasamento cristalino e
solo foram retirados do estudo. Os itens 1 e 2 de Anexos mostram o método utilizado para
gerar o arquivo de entrada no SGeMS. O item 1 (Anexo 1) apresenta a transformação das
litologias em números, uma vez que, o software não aceita a entrada de texto. O item 2
(Anexo 2) de Anexos mostra a exclusão de solo (sol), embasamento cristalino (Crist) e tubo
liso (tub lis).
A estatística dos poços foi realizada para os resultados 2D e 3D. Para ambos os
resultados, os dados foram separados respeitando os limites dos grids para os três
compartimentos. Os dados de poços foram, então, transformados em formato de texto (.TXT
ou .CSV) ou em arquivo do tipo .DAT que permite armazenar informações geográficas
(coordenadas x, y, z) para ser aberto no software SGeMS e Surfer®.
O passo seguinte foi realizar o estudo estatístico por meio da consttrução dos
histogramas, variogramas e krigagens, com o intuito de entender o modo como as variáveis
estudadas estão distribuídas ao longo da área de estudo. Tal estudo foi realizado para os
diferentes compartimentos da Bacia, separadamente.
23
Na krigagem indicativa o primeiro passo, portanto, é transformar os dados originais
em indicadores. No caso de presença ou ausência, o valor 1 corresponderia ao caráter presente
e o valor 0 a ausência do caráter. Se para valores de corte, transformar os valores que estão
acima de um determinado nível de corte em zero (0) e os que estão abaixo em um (1)
(Yamamoto et al., 2013).
Neste tipo de transformação, os maiores valores abaixo do nível de corte terão 100%
de probabilidade de ocorrência e os maiores valores acima do nível de corte, 0% de
probabilidade. A escolha dos níveis de corte pode se basear num conhecimento “a priori” ou
na distribuição de probabilidades acumuladas. Os objetivos podem ser a procura de valores
acima do nível de corte, como na determinação de teores anômalos de um determinado bem
mineral ou a procura de valores abaixo do nível de corte, como em análise ambiental para a
determinação de níveis de poluição abaixo de certo teor (Yamamoto, 2010).
Sendo assim, o método de interpolação escolhido para o trabalho, por ser um método
de simples aplicação no estudo de litologias por ser um método binário foi a krigagem
indicativa. A entrada de dados do software é a transformação das litologias em classes
binárias, atribuindo valores de 0 e 1 para as diferentes litologias. Sendo assim, para cada
classificação das litologias (arenitos, folhelhos e lamitos) foram determinados valores de 1
para presença da litologia e 0 para ausência para cada intervalo de espessura (Remy, 2009).
24
O cálculo das espessuras foi realizado com a soma das espessuras de cada litologia
para cada poço e convertido em porcentagem da espessura total do poço. Tais dados
permitiram a construção do mapa de distribuição de litologias na Bacia de Taubaté. Os
cálculos de porcentagem das litologias foram realizados no Excel, bem como os cálculos de
razões arenito/folhelho e arenito/lamito.
Para a correta modelagem dos poços, a metodologia mais eficaz, na entrada de dados
do software, é a transformação das litologias em classes binárias, atribuindo valores de 0 e 1
para as diferentes litologias. Sendo assim, para cada litologia (arenitos, folhelhos e lamitos)
foram determinados valores de 1 para presença e 0 para ausência da litologia para cada
intervalo de espessura gerando, assim, uma tabela com dados de coordenadas geográficas,
litologia (em valores binários) e profundidade para cada valor de espessura de rocha em
intervalos de 0,2 metros.
Para cada compartimento foi realizada a krigagem para as três litologias diferentes.
Assim, em posse dos dados de krigagem para toda a Bacia, foi possível realizar uma macro
em linguagem VBA, do Excel, com o intuito de juntar as três interpolações num único
modelo, onde, para cada célula são computadas as probabilidades para cada litologia, tendo
como valor agregado ao grid a litologia com maior valor de probabilidade (Anexo 3). Tal
método foi aplicado, pois para a krigagem da indicatriz os resultados gerados de interpolação
estão entre 0 e 1, possibilitando a interpretação destes como probabilidade (Olea, 1999,
Yamamoto, 2010).
O resultado gerado pela krigagem mostra muitos valores de células vazias, uma vez
que, o grid é retangular e possui as direções de x, y e z, e a Bacia possui direção NE gerando
espaços vazios. Para resolver tal problema, foi construída a “máscara” no grid (masked grid),
que é feita por meio de um algoritmo que anula as células com valor de “-999”, de modo que,
as células dentro do limite escolhido (limite da Bacia, superfície e embasamento) possuem os
mesmos valores e aquelas células localizadas fora do limite passam a possuir valor de “-999”.
Por meio de tal procedimento foi possível limitar a krigagem ao formato da Bacia e
eliminar parte dos dados não interessantes para a realização do trabalho (Anexo 4). Tal
procedimento foi realizado utilizando os mapas de embasamento construído a partir do
25
trabalho de Carvalho (2010), como observado na Figura 12, e mapa de superfície retirado de
uma imagem SRTM. A imagem SRTM foi tratada no software Surfer de modo a obter os
valores de cotas da superfície para a Bacia. Pode-se assim, limitar utilizando a rotina (Anexo
4).
3. CAPITULO III
3.1. RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS
3.1.1. ANÁLISE GEOTATÍSTICA
A análise estatística realizada para todos os poços foi feita com base em histogramas e
variogramas construídos com a partir dos dados de poços do banco de dados utilizado no
presente trabalho. Segue os resultados gerados para a estatística dos poços.
26
Para os dados de porcentagem de folhelho, o histograma mostra maior distribuição em
relação aos demais. O histograma dois picos de máxima freqüência, sendo um destes entre 40
e 50 % e outro entre 55 e 60 %. Sendo este histograma próximo de um histograma de
distribuição normal. Os valores de média e mediana são próximos, 46,09 e 48,08,
respectivamente, mas não iguais como se esperaria de uma distribuição normal. Os valores de
desvio-padrão e coeficiente de variação são 24,96 e 0,54, respectivamente.
Figura 13 - Na figura são observados os histogramas para os dados estudados no compartimento São José dos
Campos (Autoria própria).
27
este histograma próximo de um histograma de distribuição log-normal. Os valores de média e
mediana são próximos, 3,48 e 0, respectivamente. Os valores de desvio-padrão e coeficiente
de variação são 9,89 e 2,84, respectivamente.
O histograma das razões arenito e siltito mostram distribuição log normal com média
em torno de 1,5 e mediana 0,88. O gráfico de razão arenito/siltito mostra valores muito altos
para o intervalo de 0 a 10, porém apresenta média em torno de 41,7.
28
Figura 14 - Na figura são observados os histogramas para os dados estudados no compartimento Taubaté
(Autoria própria).
29
Para os dados de porcentagem de siltitos, o histograma apresenta o pico de máxima
freqüência deslocado para a esquerda, com cerca de 80 poços com 0 a 10 % de siltitos. Sendo
este histograma próximo de um histograma de distribuição log-normal. Os valores de média e
mediana são próximos, 6,79 e 0, respectivamente. Os valores de desvio-padrão e coeficiente
de variação são 14,18 e 2,09, respectivamente.
Figura 15 - Nesta figura são observados os histogramas para os dados estudados no compartimento aparecida
(Autoria própria).
30
Para os dados de razão arenito/siltitos, o histograma apresenta o pico de máxima
freqüência deslocado para a esquerda, com cerca de 35 poços com 0 a 10. Sendo este
histograma próximo de um histograma de distribuição log-normal. Os valores de média e
mediana são próximos, 32,14 e 27,44, respectivamente. Os valores de desvio-padrão e
coeficiente de variação são 30,06 e 0,94, respectivamente.
3.1.2. ANÁLISE 2D
31
O compartimento Taubaté exibe valores de arenitos próximos ou iguais a zero na sua
parte central. No compartimento como um todo os valores de porcentagem de arenitos não são
maiores do que 70%, porém esses valores são pontuais e restritos a dois pontos localizados na
borda da Bacia.
32
Figura 17 - Mapa de porcentagem de folhelhos na Bacia de Taubaté (Autoria própria).
33
destacado são dois máximos de 15% na porção sul deste compartimento.
34
Figura 19 - Mapa de razão arenito/folhelho na Bacia de Taubaté (Autoria própria).
35
Campos. Existem ainda locais com valores entre 20 e 50 distribuídos pelo compartimento.
Valores baixos são encontrados em alguns pontos mais próximos da borda da Bacia.
3.1.3. ANÁLISE 3D
36
apresentados nos mapas bidimensionais quando reunidos com as informações obtidas
visualmente permite retirar algumas informações acerca da distribuição espacial
tridimensional dos litotipos estudados, assim como, definir as formações descritas, pela
bibliografia, para cada compartimento. Os poços estão presentes na Figura 21, em que as
litologias presentes estão nas seguintes cores: azul – Lamito/Siltito, Amarelo – Arenitos e
verde – Folhelhos/Argilitos.
0 24,33 Km
Figura 21 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argilito/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria).
37
0 10,7 Km
Figura 22 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argilito/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria).
O alto estrutural de Caçapava que limita os compartimentos de São José dos Campos e
Taubaté, apresentou altas quantidades de arenito e, como pode ser observado na Figura 16,
limita a região com altos valores de arenitos e aquela área com alta quantidade de folhelhos. A
Figura 22 e Figura 23 mostram intercalações de arenitos e lamitos e folhelhos, indicando que
essa área se trata da Formação Resende (Riccomini, 1989).
0 9,21 Km
Figura 23 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argililto/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria).
38
Uma vez que, a bibliografia mostra que as Formações Resende e Tremembé se
interdigitam lateralmente, pode-se inferir que a borda sul do compartimento Taubaté, se trata
da Formação Resende, fato comprovado pelo mapa geológico da Bacia 9 (Figura 5).
0 11,68 Km
Figura 24 - Mapa de poços contendo as litologias, sendo: verde, azul e amarelo, argililto/folhelho, siltito/lamito e
arenito, respectivamente. A seta verde (y) indica o Norte (Autoria própria).
3.1.4. MODELO 3D
39
compartimentos, como descrito na bibliografia (Riccomini, 1989, Fernandes, 1991), sendo
cada grid referente a um compartimento. Por limitações do software os grids não apresentam
valores de coordenadas. Para os mapas utilizados as setas azul, vermelha e verde são os eixos
x, y e z, respectivamente, sendo o eixo y referente ao norte geográfico.
0 28 Km
Figura 25 - Exemplo de modelo de probabilidade realizado separadamente para cada compartimento e unidos na
parte final do trabalho. As cores amarelo, verde e azul correspondem a arenito, folhelho e siltito,
respectivamente.
A Bacia de Taubaté sendo uma Bacia do tipo rifte formada entre uma região de
topografia mais baixa do que seu entorno. A feição de vale em forma de V, que pode ser
observado na Figura 25, compartimento Aparecida, na parte direita da imagem.
A Figura 26, mostra que o corpo de arenitos apresenta relação com a falha de Jacareí.
A figura inferior apresenta corpo de arenito associado falha de São José, tal corpo, como pode
ser observado, apresentando grande continuidade vertical.
O compartimento São José dos Campos apresenta em sua porção central apresenta a
maior quantidade de arenitos com continuidade lateral dos arenitos restrita às intercalações
destes com as camadas de rochas mais fina. A Figura 26 e Figura 27 evidenciam o aspecto
multicamadas do aquífero mostrando as intercalações de arenitos com as outras litologias aqui
estudadas.
40
0 27,37 Km
Figura 26 - Modelo final para o compartimento São José. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos.
0 6,15 Km
Figura 27 - Modelo final para o compartimento São José. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos.
41
quase nulas para esta área, fato que, também, pode ser explicado pela presença de tais rochas.
A Figura 28–A, apresenta uma porção deste compartimento mostrando a distribuição
horizontal e vertical dos folhelhos e pontualmente siltitos/lamitos e arenitos.
A)
0 9,78 Km
B)
0 11,03 Km
Figura 28 - Modelo final para o compartimento Taubaté. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos.
O compartimento Aparecida pode ser dividido em duas porções, sendo uma delas
próxima ao alto de Pindamonhangaba e outra próxima da borda nordeste da Bacia. Os
42
lamitos, mais abundantes na porção próxima ao alto estrutural de Pindamonhangaba,
apresentaram grande continuidade lateral na parte sudoeste deste compartimento, bem como,
os folhelhos (Figura 29-A). Nesta porção ocorre predomínio de arenitos próximo à superfície.
Essa distribuição permite concluir que se trata da passagem das rochas da Formação
Tremembé para a Formação Resende, cobertos pela Formação Pindamonhangaba e depósitos
quaternários. Na área próxima às cidades de Cachoeira Paulista e Cruzeiro é possível observar
continuidade vertical e lateral para os arenitos. Tal fato explica as vazões acima de 40 m³/h na
região, que pode ser observado na Figura 29-B.
0 17,50 Km
0 18,10 Km
Figura 29 - Modelo final para o compartimento Aparecida. As cores amarelo, verde e azul correspondem ás
litologias de arenito, folhelho/argilitos e siltitos/lamitos.
4. CAPITULO V
4.1. DISCUSSÃO
43
A formação de uma Bacia do tipo Rifte está condicionada à subsidência da área que
permite a criação de depocentros (local com máxima deposição de sedimentos), devido ao
aumento do espaço de acomodação gerado pelo rifte e aumento no aporte sedimentarfonte de
sedimentos para a deposição das rochas.
Cupertino & Bueno (2005) definem que, nas fases iniciais de deposição numa Bacia
do tipo Rifte, são formadas inúmeras Bacias pequenas que preenchem os espaços de
acomodação gerados pelo processo de rifteamento. No momento seguinte o ambiente passa a
ser predominantemente lacustre. A medida que a subsidência ocorre a sedimentação passa a
preencher os altos estruturais e a sedimentação passa a ser essencialmente fluvial deltaica.
44
área.
Souza Filho (2012) utilizando dados de 39 poços construiu seu mapa de distribuição
de arenitos. Segundo o trabalho, para a região Sudoeste da Bacia, a distribuição de arenitos
está contida entre as cidades de Jacareí a Caçapava e de Lorena a Cachoeira Paulista. O
trabalho deste autor indica uma quantidade acima de 50% para a cidade de Jacareí e valores
altos para a cidade de Caçapava. No mapa gerado neste trabalho, os maiores valores para esta
região estão concentrados próximos à cidade de São José dos Campos. A região central da
Bacia é aproximadamente igual, tendo apenas a diferença na região próxima à cidade de
Taubaté, em que Souza Filho (2012) mostra valores abaixo de 20%, enquanto este trabalho
indica valores acima de 50% para esta mesma região. Por fim, na região norte, o mapa do
autor apresenta valores acima de 60% entre Lorena e Cachoeira Paulista e na Figura 16, estes
valores chegam a 90% nesta mesma região.
O compartimento São José dos Campos apresenta em sua porção central com valores
de vazão acima de 80 m³/h. Esta porção do compartimento estão localizadas nos locais de
maior quantidade de arenitos. O mesmo pode ser observado no compartimento Aparecida, ou
seja, altos valores de vazão associados a locais com alta quantidade de rochas areníticas,
enquanto a Formação Taubaté apresenta baixa vazão, de modo geral, devido à quase
totalidade de rochas pouco porosas no local.
45
compartimento, bem como para os valores de folhelhos. Os siltitos por sua vez possuem baixa
representatividade na área.
Para o compartimento São José dos Campos essas informações podem ser visualizadas
nos mapas 2D, 3D e mapa de vazão (DAEE, 2005). Ao associar estes mapas, pode-se
perceber que, em média, os valores de porcentagem de arenitos são maiores que 30%, com as
altos valores de vazão (acima de 80%) e que as distribuição dos arenitos apresenta
continuidade lateral grande e vertical em alguns locais, uma vez que se trata de um aquífero
multicamadas (DAEE, 2005). O estudo dos mapas 2D e 3D mostram, para o compartimento
46
Taubaté, que as vazões baixas no local podem ser explicadas pela baixa quantidade de
arenitos na área (Figura 30).
Figura 30 - Mapa hidrológico contendo valores de vazão explotável, sentido de fluxo, potenciometria, cidades e
curso d’água (DAEE, 2005).
47
Aparecida, portanto, não são tão precisos quanto os do compartimento São José dos Campos,
fato atenuado pela construção da máscara formada pelo limite da Bacia, superfície e
embasamento, que limparam parte dos dados estimados utilizando pequena quantidade de
poços. A divisão da área em três grids prejudicou a interpretação dos dados na região próxima
dos limites entre os grids, tendo perda de informação nessa área (efeito de borda da
interpolação). Isso decorreu da limitação do software que não possibilitou a construção do
variograma para os dados da Bacia como um todo.
Para trabalhos futuros na área e para modelagens a sugestão seria criar grade regular
de poços para melhores resultados de interpolação e simulações; utilizar a metodologia
proposta no presente trabalho para realizar a krigagem para os diferentes tipos de arenitos
encontrados e a possibilidade de utilizar um software mais completo para a geração de mapas
e modelos geológicos.
4.2. CONCLUSÃO
48
as limitações apresentadas pelos software, como a ausência de elementos essenciais na
construção de mapas, e as limitações apresentadas pelo processo de interpolação utilizado,
uma vez que a distribuição irregular dos pontos amostrados prejudicou a boa apresentação dos
resultados em alguns pontos na área de estudo.
49
5. CAPÍTULO VII
5.1. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. F. M. Vale do Paraíba. Relatório anual do diretor. Rio de Janeiro. DNPM/DMG, 241, 1958,
36p.
ALMEIDA, F.F.M. As camadas de São Paulo e a tectônica da Serra da Cantareira. Bol.SBG-SP, (1967) 4(2):
23-40.
ALMEIDA, F.F.M. The System of Continental Rifts Bordering the Santos Basin, Brazil. An. Acad. Bras. Ciênc.,
1976, PP. 15-26.
Andre, F. A. S. N. M. Análise da Favorabilidade hidrogeológica do aquífer multicamada Taubaté na região
sudoste da Bacia homônima. (2013). Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal do
Rio de Janeiro.
AB’SABER, A. N. (1958). Novos conhecimentos sobre os depósitos da Bacia de Taubaté. Notícias
Geomorfológicas, 1(1): 13.
BECEGATO, V. A; FERREIRA, F. J. F2005. Gamaespectrometria, resistividade e susceptibilidade magnética
de solos agrícolas no noroeste do Estado do Paraná. Revista Brasileira de Geofísica. 23(4): 371-405.
CAMPANHA, V. A. 1994, A arquitetura deposicional da Bacia Sedimentar de Taubaté, SP, como subsídio à
delimitação das zonas de produção mineral. Rio Claro, 1994. v.1, 193p, v.2 91p. Tese (Doutorado em
Geociências) - IGCE-UNESP.
CAMPOS H. C. N. S. 1993. Caracterização e cartografia das províncias hidrogeoquímicas do Estado de São
Paulo. Inst. de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Tese
de Doutoramento, 117p.
CARNEIRO, C. D. R.; HASUI, Y.; GIANCURSI, F. D. Estrutura da Bacia de Taubaté na região de São José
dos Campos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 29, 1976, Ouro Preto. Anais. Ouro Preto,
SBG, 1976, v.4, p247-256.
CARVALHO, A. M. A.; VIDAL, A. C. Y KIANG, C. H. Delimitação do embasamento da Bacia de Taubaté.
Geol. USP, Sér. cient. [online]. 2011, vol.11, n.1, pp. 19-32. ISSN 1519-874X.
COGNÉ, N., COBBOLD, P. R., RICCOMINI, C., GALLAGHER, K. (2013).Tectonic setting of the Taubaté
Basin (Southeastern Brazil): Insights from regional seismic profiles and outcrop data, In Journal of South
American Earth Sciences, Volume 42, 2013, Pages 194-204, ISSN 0895-9811. Science Direct.
CUPERTINO J. A., BUENO G. V. 2005. Arquitetura das seqüências estratigráficas desenvolvidas na fase de
lago profundo no Rifte do Recôncavo. Bol. Geoc. Petrobrás. Vol. 13 n° 2 p245- 268.
DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA - DAEE. Estudo de Águas Subterrâneas - Região
Administrativa 3 - São José dos Campos. São Paulo: DAEE, 1977. v. 1 e 3.
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE/SERGH, IG – Instituto Geológico, Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT, et.al., 2005, Mapa de Águas Subterrâneas do Estado
de São Paulo. Escala 1:1000000. Nota Explicativa. São Paulo. 3v. (Mapa e CD-ROM).
DAVINO, A. & HARALYI, N. L. E., 1973. Levantamentos geofísicos no Vale do Paraíba. Cong. Bras. Geol.,
27º. Anais. vol.1: pp. 281-286.
FERNANDES, F. L., 1993. Compartimentação Tectônica e Evolução da Bacia de Taubaté. Dissertação de
RelMestrado apresentada à Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto. 145 pp
FERNANDES, F. L.; CHANG, H. K.. Modelagem gravimétrica da Bacia de Taubaté: vale do rio Paraíba do
Sul, leste do Estado de São Paulo. Rev. Bras. Geof., São Paulo , v. 19, n. 2, p. 131-144, Aug. 2002. .
GALLI, V., BLITZKOW, D., SÁ, N. C., 1988. Carta gravimétria do Estado de São Paulo. São Paulo. IPT (Rel.
nº 25.645).
GAWTHORPE, R. L & LEEDER, M R.. Tectono-seedimentary evolution of active extensional basins. Basin
Research, v. 12, p. 195-218, 200.
HASUI, Y., CARNEIRO, C. D. R., COIMBRA, A. M., 1975. The Ribeira Folded Belt. Rev. Bras.
Geoc.,5(4):257-266.
HASUI, Y.; PONÇANO, W. L. Organização estrutural e evolução na Bacia de Taubaté. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 30., 1978, Recife. Anais... Recife: SBG, 1978. v. 1, p. 368-381.
INSITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT – 1981. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo.
Escala 1:000000. Secretaria da Indústria, Ciência e Tecnologia de São Paulo, SP. 2v.
KRIDGE, D. G. 1951, A statistical approach to some mine valuations and allied problemas at the
Witwatersrand, M. S. thesis, University of Witwatersrand, South Africa.
KEAREY, P.; BROOKS, M.; HILL, I. 2002. An Introduction to Geophysical Exploration, Third Edition, Wiley-
Blackwall Science Ltd. 2002. 272 p.
LANDIM, P. M. B. (1998). Análise Estatística de Dados Geológicos. Editora Unesp. ISBN 85-7189-166-1.
MANCINI, F., Estratigrafia e aspectos da tectônica deformadora da Formação Pindamonhangaba, Bacia de
50
Taubaté, SP. São Paulo, 1995. 107 p. Dissertação (Mestrado em Geociências)–IGC-USP.
MARQUES, A., 1990. Evolução tectono sedimentar e perpectivas exploratórias da Bacia de Taubaté, São
Paulo, Brasil. Bol. Geoc. Petrobrás, Rio de Janeiro, 4(3):253-262.
MATHERON, G. (1971). The theory of regionalized variables and its applications. Fontainebleau, École
Nationale Supérieux das Mines Paris. 211p. (Les Cathiers de Centre de Morphologie Mathématique de
Fointenebleau, 5)
OLEA, R. Geostatistics for engineers and earth scientists. Boston: Kluwer Academic Publishers, 1999. 303 p.
PADILHA, A. L., TRIVEDI, N. B., VITORELLO, Í. & COSTA, J. M., 1991. Geophysical constraints on
tectonic models of Taubaté Basin, southeastern Brazil. Tectonophysics, 196:157-172.
REMY, N., BOUCHER, A., & WU, J. (2009). Applied geostatistics with SGeMS: A user's guide. Cambridge,
UK: Cambridge University Press.
RICCOMINI, C. O rift continental do sudeste do Brasil. 1989. 304 f. Tese (Doutorado) - Instituto de
Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989.
RICCOMINI, C., COIMBRA, A. M., SUGUIO, K. MIHALY, P. MATURANA, E. C. (1991). Nova Unidade
Litoestratigráfica Cenozoica da Bacia de Taubaté, SP: Formação Pindamonhangaba. Boletim de Resumos
Expandidos do IG/USP. V.9, p.141-149, 1991.
RICCOMINI, C., Sant’Anna, L.G. & Ferrari, A.L. 2004: Evolução geológica do rift continental do sudeste do
Brasil. In: MantessoNeto, V. et al.(eds): Neves geologia do continente Sul-Americano: evolução da obra de
Fernando Flavio Marques de Almeida, 383– 405. São Paulo: Ediçoes Beca Publ.
RIDER, M. H. (1990). Gamma-ray log shape used as a facies indicator: critical analysis of an oversimplified
methodology. In: A. Hurst, M.A. Lovell & A.C. Morton. Geological Society Special Publication 48:
Geological applications of wireline logs. London: The Geological Society.
RIDER M. H., 2002: The geological interpretation of well logs, Second Edition, Rider-French Consulting Ltd.
SALVADOR, E.D. Análise da neotectônica da região do Vale do Rio Paraíba do Sul compreendida entre
Cruzeiro (SP) e Itatiaia (RJ). São Paulo, 1994. 129 p. Dissertação (Mestrado em Geociências) – Instituto de
Geociências da Universidade de São Paulo.
SETZER, J. (1955). Os solos do município de São Paulo (primeira parte). Boletim Paulista de geografia, 20: 3 –
30.
SETZER, J. (1956). Aspectos hidrogeológicos do Estado de São Paulo. Plano de eletrificação do Estado de São
Paulo, DAEE, p.323 – 443.
SLATT, R.M., JORDAN, D.W., D'AGOSTINO, A., GILLESPIE, R.H., 1992. Outcrop gamma-ray logging to
improve understanding of subsurface well log correlations. In: Hurst, A., Griffiths, C.M., Worthington, P.F.
(Eds.), Geological Applications of Wireline LogsI. Geol. Soc. Spec. Publ. 65, 3–19.
SOUZA, J.C.S. (2004). Estudo hidrogeológico da região de Lorena – São Paulo. Tese de Doutoramento.
Universidade Estadual de São Paulo. Instituto de Geosciências. São Paulo. 2004.
SOUZA FILHO, M.N.(2012). Avaliação do Potencial Geotermal da Bacia de Taubaté – SP. Dissertação
(Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geosciências. 103p.
THOMAS, J.E. Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Rio de Janeiro. Editora Interciência. 2001. p.271.
VESPUCCI, J.B.O. (1984) Sistemas deposicionais e evolução tectono-sedimentar da Bacia de Taubaté. São
Paulo, 98p. (Dissertação de Mestrado - Instituto de Geociências/USP).
VIDAL, A. C. Estudo hidrogeológico do aqüífero Tubarão na área de afloramento da porção central do Estado
de São Paulo. 2002. 109 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e
Ciências Exatas, 2002.
VIDAL, A.C.; FERNANDES, F.L.; CHANG, H.K. Distribuição dos arenitos na Bacia de Taubaté. Revista
Brasileira de Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 55-66, 2004.
YAMAMOTO, J.K. 2010. Backtransforming rank order kriging estimates. Geologia USP. Série Científica,
v. 10, p. 101-115.
YAMAMOTO, J.K. Cálculo de mapas de probabilidade diretamente dos pesos da krigagem ordinária. Geol.
USP, Sér. Cient., São Paulo, v.10, n.1, p.3-14, março 2010.
YAMAMOTO, J. K.; LANDIM, P. M. B. Geoestatística: Conceitos e Aplicações. Editora Oficina de Textos,
1.ed., 2013.
51
6. ANEXOS
Sub gerasgems()
a=1
For i = 2 To 347
npc = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, 1)
poco = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, 2)
x = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, 3)
y = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, 4)
cota = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, 5)
ct = 0
For j = 3 To 122
pf = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, (j * 2))
While ct <= pf And pf <> ""
Worksheets("plan1").Cells(a, 1) = npc
Worksheets("plan1").Cells(a, 2) = poco
Worksheets("plan1").Cells(a, 3) = x
Worksheets("plan1").Cells(a, 4) = y
Worksheets("plan1").Cells(a, 5) = (cota - ct)
Worksheets("plan1").Cells(a, 6) = ct
Worksheets("plan1").Cells(a, 7) = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, (j * 2) + 1)
lito = Worksheets("L_s_r_m").Cells(i, (j * 2) + 1)
If lito = "sol" Then lito = 1
If lito = "fol" Or lito = "clay" Or lito = "clay-carb" Then lito = 2
If lito = "silt" Or lito = "lam" Then lito = 3
If lito = "armf" Or lito = "arg" Or lito = "ar" Or lito = "armg" Or lito = "arf" _
Or lito = "arm" Or lito = "ar-cong" Or lito = "cong" Or lito = "arfm" Then lito = 4
If lito = "crist" Then lito = 5
If lito = "tub.lis." Then lito = 6
Worksheets("plan1").Cells(a, 8) = lito
ct = ct + 0.2
a=a+1
Wend
Next j
Next i
End Sub
52
6.2. Anexo 2 – ROTINA CRIAR ARQUIVO DE ENTRADA SGeMS
Sub salvasgems()
Open "C:\Users\Alexandre\Dropbox\Marcel_IC\vidal\taubpoco.txt" For Output As #1
Print #1, "taubpoco"
Print #1, 4
Print #1, "x"
Print #1, "y"
Print #1, "z"
Print #1, "lito"
For i = 1 To 295937
poco = Worksheets("plan1").Cells(i, 11)
x = Worksheets("plan1").Cells(i, 12)
y = Worksheets("plan1").Cells(i, 13)
Z = Worksheets("plan1").Cells(i, 14)
lito = Worksheets("plan1").Cells(i, 15)
If lito < 4.5 And lito > 1.5 Then Print #1, poco; x, y, Z, lito
Next i
Close #1
End Sub
53
6.3. Anexo 3 – ROTINA GERA MODELO DE PROBABILIDADE
Sub marcel()
Open ("C:\Users\acvidal\Dropbox\Marcel_IC\marcel\c1\c1\3litos.txt") For Output As #2
Print #2, "3lito"
Print #2, 1
Print #2, "3lito"
Open ("C:\Users\acvidal\Dropbox\Marcel_IC\marcel\c1\c1\3litoSJ") For Input As #1
Line Input #1, d$
For i = 1 To 34944000
Input #1, ar, fol, silt
If ar = -999 Then
Print #2, -999
Else
If ar > fol And ar > silt Then
Print #2, 1
Else
If fol > ar And fol > silt Then
Print #2, 2
Else
Print #2, 3
End If
End If
End If
Next i
Close #1
Close #2
End Sub
54
6.4. Anexo 4– ROTINA PARA RECORTAR (“CLIP”)
Sub limpa()
For Z = 1 To 40
For y = 1 To 750
For x = 1 To 450
Input #1, grid(x, y, Z)
Next x
Next y
Next Z
Close #1
prof = 425
For Z = 1 To 40
For j = 1 To 750
For i = 1 To 450
If sup(i, j) = -999 Then
grid(i, j, Z) = -999
GoTo 10
End If
If sup(i, j) < prof Then grid(i, j, Z) = -999
If emb(i, j) > prof Then grid(i, j, Z) = -999
Next i
Next j
prof = prof + 5
Next Z
For Z = 1 To 40
For y = 1 To 750
For x = 1 To 450
Print #4, grid(x, y, Z)
Next x
Next y
Next Z
Close #4
End Sub
55