Embargos Terceiro
Embargos Terceiro
Embargos Terceiro
EMBARGOS DE TERCEIRO
com pedido de Tutela de Urgência
A nossa Carta Magna assegura à s pessoas o acesso ao Judiciá rio, senã o vejamos:
Importante frisar que, apesar de nã o ter transferido o referido bem para seu nome,
no mesmo, pela Embargante, foram feitas vá rias melhorias no imó vel. Ademais,
desde a compra, é responsá vel pelo pagamento do Imposto Territorial do imó vel,
mesmo nã o constando em seu nome.
O simples fato de o negó cio jurídico ter sido avençado antes da propositura da
Açã o de Execuçã o de Título Extrajudicial, demonstra a total boa-fé, em sua
celebraçã o.
III. DO DIREITO
Os presentes Embargos têm por objetivo excluir a constriçã o do bem cogitado. A
Embargante, pois, apresenta-se como possuidora direta. Nã o é parte do processo
executivo, contudo sofreu turbaçã o por ato judicial (penhora).
Noutro giro, essa matéria (fraude contra credores) sequer poderá ser levantada em
sede de Embargos de Terceiro.
Nesse compasso, demonstrado com esta peça vestibular, por meio de inú meros
documentos, que a Embargante detém a posse direta do imó vel, muito antes do
aviamento da açã o executiva.
Portanto, resta demonstrado ser a embargante parte legítima para opor embargos
de terceiro, visto que nã o foi citada, nã o participou do processo e tiveram bens de
sua propriedade restringidos por ato judicial de penhora.
E ainda:
Por fim:
APELAÇÃ O CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. DESCONSTITUIÇÃ O
DA PENHORA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA SEM REGISTRO
JUNTO AO CARTÓ RIO IMOBILIÁ RIO. ART. 1.046 DO CPC. SÚ MULA
84 DO E. STJ. JURISPRUDÊ NCIA PERTINENTE. PEDIDO DE
CONCESSÃ O DO BENEFÍCIO DE AJG. DEFERIDO NO JUÍZO DE
ORIGEM. PREJUDICADO O EXAME DA PRETENSÃ O. No caso, há
elementos de prova a confirmar que o terceiro, possuidor e
adquirente de boa-fé, tem razã o, pois foi emitido na posse do
imó vel por instrumento particular de compra e venda, com firmas
reconhecidas por autenticidade e na presença de testemunhas,
embora nã o revestido do rigor formal exigido, consubstanciado no
registro do contrato junto ao Cartó rio Imobiliá rio. Negócio
jurídico realizado antes do ajuizamento da ação de execução
e do termo de penhora lançado nos autos. Art. 1046 do CPC.
Sú mula 84 do E. STJ. Precedentes Jurisprudenciais. PEDIDO DE
AJG. Resolvido no juízo de origem. APELO CONHECIDO EM PARTE,
E, NESTA NEGADO PROVIMENTO. (Apelaçã o Cível Nº
70042949974, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Glênio José Wasserstein Hekman, Julgado em
09/10/2013). [grifou-se]
Valor da causa: R$ 35.125,13 (trinta e cinco mil, cento e vinte e cinco reais e trinta
e treze centavos - equivalente ao valor da dívida).
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Penha/SC, 17 de novembro de 2020.
GUSTAVO MACHADO
OAB-SC 27.559