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Embargos Terceiro

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA VARA

REGIONAL DE DIREITO BANCÁRIO DA COMARCA DE ITAJAÍ – ESTADO DE


SANTA CATARINA.

FRANCISCA NORBERTA DOS SANTOS VITORINO, brasileira, casada, do lar,


portadora da CI/RG nº 2292929, inscrita no CPF sob o nº 052.371.519-65,
residente e domiciliada na Avenida Itapocoroy, nº 1914, Bairro Armaçã o,
Município de Penha/SC – CEP 88385-000, por intermédio do seu procurador que
ao final assina, vêm, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com amparo
nos artigos 674 e seguintes do Có digo de Processo Civil, interpor o presente

EMBARGOS DE TERCEIRO
com pedido de Tutela de Urgência

Nos autos da Açã o de Execuçã o de Título Extrajudicial nº 0314442-


23.2018.8.24.0033, em face de COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS EMPRESÁRIOS
DA FOZ RIO ITAJAÍ-AÇU – CREDIFOZ, sociedade cooperativa de crédito, inscrita
no CNPJ sob o nú mero 09.512.539/0001-02, com sede a Rua Estefano José Vanolli,
644, Sã o Vicente, CEP 88309-200, Itajaí/SC, pelos motivos de fato e de direito a
seguir expostos:
I. PRELIMINARMENTE
I.I. Da Gratuidade da Justiça

A Requerente nã o possuí condiçõ es de pagar as custas e despesas do processo sem


prejuízo pró prio ou de sua família.

A nossa Carta Magna assegura à s pessoas o acesso ao Judiciá rio, senã o vejamos:

“Art. 5º - LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.”

A parte autora, informa que é pobre na acepçã o legal do termo, nã o possuindo


condiçõ es de arcar com as custas de um processo e honorá rios advocatícios, sem
prejuízo de seu sustento e de sua família, razã o pela qual faz jus a justiça gratuita,
nos termos da Lei nº 1060/50.

Verifica-se, pois, do cotejo dos dispositivos legais acima transcritos, com a


declaraçã o de hipossuficiência financeira, que a promovente tem direito e requer
os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, pois nã o possui condiçõ es para, arcar com as
custas do processo em comento.

II. DOS FATOS

Em 12 de maio de 2016, a Embargante adquiriu, mediante contrato de compra e


venda, um terreno situado no lugar Armaçã o, zona urbana da sede do Município de
Penha/SC, com á rea total de 330m², representado pelo lote nº 05, da Quadra 27, do
Loteamento Jardim Copacabana, registrado junto ao Cartó rio de Registro de
Imó veis, matrícula nº 11.414.

Adquiriu de Carlos Teodoro Eleutério e Clauzemar Maria Severino Eleutério,


ambos executados nos autos do processo em epígrafe.
Apó s a celebraçã o do acordo, deixou de averbar a compra e venda na matrícula do
imó vel, tendo em vista nã o ter recursos suficientes, na época dos fatos. Contudo,
desde a compra, a Embargante passou a exercer a posse do referido imó vel, bem
como, efetuou todo o pagamento acordado, pelo bem.

Ocorre que, recentemente, tomou conhecimento da existência de uma restriçã o


judicial sob o imó vel, advinda da presente execuçã o de título extrajudicial, contra
os vendedores, e antigos proprietá rios do terreno.

Importante frisar que, apesar de nã o ter transferido o referido bem para seu nome,
no mesmo, pela Embargante, foram feitas vá rias melhorias no imó vel. Ademais,
desde a compra, é responsá vel pelo pagamento do Imposto Territorial do imó vel,
mesmo nã o constando em seu nome.

Resulta, assim, que a Embargante, desde o pagamento do preço acertado, sempre


esteve na posse direta do bem.

Lado outro, depreende-se da inicial da açã o de execuçã o (proc. nº 0309032-


18.2017.8.24.0033), que o Embargado ajuizou, em 24/07/2017 referido feito
executivo, ou seja, mais de ano depois da celebraçã o do negó cio jurídico da
Embargante com os Executados.

O simples fato de o negó cio jurídico ter sido avençado antes da propositura da
Açã o de Execuçã o de Título Extrajudicial, demonstra a total boa-fé, em sua
celebraçã o.

Por tais circunstâ ncias, ajuiza a presente Açã o de Embargos de Terceiro,


objetivando anular a indevida constriçã o judicial no imó vel em destaque.

III. DO DIREITO
Os presentes Embargos têm por objetivo excluir a constriçã o do bem cogitado. A
Embargante, pois, apresenta-se como possuidora direta. Nã o é parte do processo
executivo, contudo sofreu turbaçã o por ato judicial (penhora).

Antes de tudo, sopesemos o caso em vertente nã o representa fraude à execuçã o. O


bem fora adquirido, por contrato de compra e venda, em data anterior à
propositura da açã o executiva (CPC, art. 792, inc. IV).

Noutro giro, essa matéria (fraude contra credores) sequer poderá ser levantada em
sede de Embargos de Terceiro.

STJ - Sú mula nº 195 - Em embargos de terceiro nã o se anula ato


jurídico, por fraude contra credores.

Na linha de entendimento descrita no art. 674, do CPC, se o bem penhorado é de


terceiro (aqui a Embargante), assiste-lhe o direito de pleitear a prestaçã o
jurisdicional, de sorte a desconstituir a constriçã o. Para isso, traz à colaçã o prova
da posse e/ou propriedade do bem.

Nesse compasso, demonstrado com esta peça vestibular, por meio de inú meros
documentos, que a Embargante detém a posse direta do imó vel, muito antes do
aviamento da açã o executiva.

Desse modo, é possuidora de boa-fé.

Conforme restou devidamente demonstrado por meio de todos os fatos já


descritos, a Embargante está sofrendo lesã o grave em seu patrimô nio e direito de
propriedade, estando amparada pela legislaçã o mencionada, em especial ao que
dispõ e o artigo 674 do CPC, que diz, in verbis:

“Art. 674. Quem, nã o sendo parte no processo, sofrer constriçã o


ou ameaça de constriçã o sobre bens que possua ou sobre os quais
tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer
seu desfazimento ou sua inibiçã o por meio de embargos de
terceiro.
§ 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietá rio, inclusive
fiduciá rio, ou possuidor.
§ 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos:
I - o cô njuge ou companheiro, quando defende a posse de bens
pró prios ou de sua meaçã o, ressalvado o disposto no art. 843;
II - o adquirente de bens cuja constriçã o decorreu de decisã o que
declara a ineficácia da alienaçã o realizada em fraude à execuçã o;
III - quem sofre constriçã o judicial de seus bens por força de
desconsideraçã o da personalidade jurídica, de cujo incidente nã o
fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriaçã o judicial
do objeto de direito real de garantia, caso nã o tenha sido intimado,
nos termos legais dos atos expropriató rios respectivos.”

Portanto, resta demonstrado ser a embargante parte legítima para opor embargos
de terceiro, visto que nã o foi citada, nã o participou do processo e tiveram bens de
sua propriedade restringidos por ato judicial de penhora.

Igualmente, deve-se considerar o disposto no artigo 678 do Có digo de Processo


Civil, com o objetivo de afastar a restriçã o invasiva imposta sobre o imó vel da
embargante:

“Art. 678. A decisã o que reconhecer suficientemente provado o


domínio ou a posse determinará a suspensã o das medidas
constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem
como a manutençã o ou a reintegraçã o provisó ria da posse, se o
embargante a houver requerido.”

Reforçando o entendimento, entende o Superior Tribunal de Justiça:

Embargos de terceiro sobre imó vel alienado. Escritura pú blica de


compra e venda nã o levada a registro. Desde que a penhora tenha
recaído sobre bens transferidos à posse de terceiro, admissível
sã o os embargos, independentemente da circunstâ ncia de que a
escritura pú blica de compra e venda nã o tenha ainda sido levada a
registro (STJ, REsp. 29.048-3 – PR. Rel. Min. Barros Monteiro, j. Em
14.06.1993).

Na jurisprudência acima, percebe-se que, mesmo nã o tendo sido registrada a


escritura de compra e venda, afasta-se qualquer restriçã o quando se trata de
adquirente de boa-fé, conforme Sú mula 84 do Superior Tribunal de Justiça cujo
teor segue abaixo:

"É admissível a oposiçã o de embargos de terceiro fundados em


alegaçã o de posse advinda de compromisso de compra e venda de
imó vel, ainda que desprovido do registro."

Assim, em que pese o fato de nã o haver registro da escritura pú blica de compra e


venda do referido bem, fato é que restou comprovado o exercício da
propriedade/posse e a boa-fé da adquirente, impondo-se a desconstituição da
penhora.

Nesse sentido está a jurisprudência majoritá ria do Tribunal de Justiça do Rio


Grande do Sul:

APELAÇÕ ES. NEGÓ CIOS JURÍDICOS BANCÁ RIOS. EXECUÇÃ O DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. PENHORA. EMBARGOS DE TERCEIRO.
POSSE. COMPRA E VENDA DE BOX DE ESTACIONAMENTO NÃ O
REGISTRADA. BOA-FÉ DOS ADQUIRENTES. Conquanto ausente o
registro do ato translativo de propriedade do box de
estacionamento, por meio de escritura pública, e
perfectibilização de sua transmissão, restou comprovado o
exercício da posse e a boa-fé dos adquirentes antes mesmo do
ajuizamento da demanda executiva, impondo-se a
desconstituição da penhora. Exegese do artigo 1.046 do CPC e
Sú mula nº 84 do STJ. Precedentes do TJRS. Ô NUS DA
SUCUMBÊ NCIA. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. Embora julgados
procedentes os embargos de terceiro, foram os embargantes que
deram causa ao ajuizamento da açã o ao deixarem de registrar a
alienaçã o na matrícula do imó vel penhorado. Sú mula 303 do STJ.
RECURSOS DESPROVIDOS. (Apelaçã o Cível Nº 70058353343,
Décima Sexta Câ mara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Eduardo Kraemer, Julgado em 23/06/2016). [grifou-se]

E ainda:

APELAÇÃ O CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁ RIO. EMBARGOS DE


TERCEIRO. PENHORA. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E
VENDA. AUSÊ NCIA DE REGISTRO NA MATRÍCULA DO BEM.
SUCUMBÊ NCIA. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. 1. Conforme
disposiçã o constante do enunciado da Sú mula n.º 84 do Superior
Tribunal de Justiça, "É admissível a oposiçã o de embargos de
terceiro fundados em alegaçã o de posse advinda do compromisso
de compra e venda de imó vel, ainda que desprovido do registro.".
A inexistência de registro da alienaçã o do imó vel na matrícula do
imó vel nã o impede que seja reconhecida a transferência do
domínio, mormente quando a documentaçã o acostada aos autos
comprova que houve aquisiçã o por meio de contrato de promessa
de compra e venda entabulado 8 anos antes da constituiçã o do
crédito tributá rio em cobrança (ICMS). 2. Pretensã o subsidiá ria do
Estado, de imposiçã o dos ô nus de sucumbência ao embargante,
que já foi assentada na sentença, inexistindo interesse recursal no
ponto. RECURSO DESPROVIDO. (Apelaçã o Cível Nº 70066273806,
Primeira Câ mara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos
Roberto Lofego Canibal, Julgado em 01/06/2016).

No que concerne a desconstituiçã o da restriçã o judicial, temos a jurisprudência:

APELAÇÃ O CÍVEL. POSSE. EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA


DE IMÓ VEL. CONTRATO DE COMPRA E VENDA SEM REGISTRO.
Nos termos do art. 1.046, do Có digo de Processo Civil, quem, nã o
sendo parte no processo, sofrer turbaçã o ou esbulho na posse de
seus bens por ato de apreensã o judicial, poderá requerer que lhe
sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos. É
admissível a oposiçã o de embargos de terceiros fundados em
alegaçã o de posse advindas do compromisso de compra e venda
de imó vel, ainda que desprovido de registro, nos termos da
Sú mula 84 do STJ. No caso em exame, não existindo dúvida
acerca da autenticidade do contrato de promessa de compra
e venda, e da boa-fé da embargante, a procedência dos
embargos e a desconstituição da penhora é medida que se
impõe. DERAM PROVIMENTO À APELAÇÃ O. UNÂ NIME. (Apelaçã o
Cível Nº 70063223796, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Walda Maria Melo Pierro, Julgado em
29/04/2015). [grifou-se]

APELAÇÕ ES CÍVEIS. EMBARGOS DE TERCEIRO. PROMESSA DE


COMPRA E VENDA NÃ O REGISTRADA. PENHORA. AUSÊ NCIA DE
REGULARIZAÇÃ O DA PROPRIEDADE DA VENDEDORA.
PREJUDICIALIDADE AO REGISTRO DA AQUISIÇÃ O DO IMÓ VEL
PELOS EMBARGANTES. BOA-FÉ DEMONSTRADA. PENHORA
DESCONSTITUÍDA. SENTENÇA MANTIDA. É possível o
ajuizamento da açã o de embargos de terceiro para defesa da
posse advinda de contrato de promessa de compra e venda, ainda
que nã o registrado, consoante autoriza a Sú mula nº 84 do STJ. A
demonstração de que o imóvel penhorado foi objeto de
contrato particular de promessa de compra e venda dois anos
antes da penhora enseja o reconhecimento da boa-fé.
Ademais, os embargantes nã o conseguiram registrar a promessa
de compra e venda do bem, em face da inércia da vendedora que
deixou de regularizar a sua propriedade sobre o imó vel, uma vez
que o adquirira por ocasiã o da partilha em açã o de dissoluçã o de
uniã o está vel. Boa-fé dos adquirentes demonstrada. Penhora
desconstituída. Sentença mantida. APELOS DESPROVIDOS.
UNÂ NIME. (Apelaçã o Cível Nº 70042243261, Décima Oitava
Câ mara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Maria
Canto da Fonseca, Julgado em 29/11/2012). [grifou-se]

Por fim:
APELAÇÃ O CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. DESCONSTITUIÇÃ O
DA PENHORA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA SEM REGISTRO
JUNTO AO CARTÓ RIO IMOBILIÁ RIO. ART. 1.046 DO CPC. SÚ MULA
84 DO E. STJ. JURISPRUDÊ NCIA PERTINENTE. PEDIDO DE
CONCESSÃ O DO BENEFÍCIO DE AJG. DEFERIDO NO JUÍZO DE
ORIGEM. PREJUDICADO O EXAME DA PRETENSÃ O. No caso, há
elementos de prova a confirmar que o terceiro, possuidor e
adquirente de boa-fé, tem razã o, pois foi emitido na posse do
imó vel por instrumento particular de compra e venda, com firmas
reconhecidas por autenticidade e na presença de testemunhas,
embora nã o revestido do rigor formal exigido, consubstanciado no
registro do contrato junto ao Cartó rio Imobiliá rio. Negócio
jurídico realizado antes do ajuizamento da ação de execução
e do termo de penhora lançado nos autos. Art. 1046 do CPC.
Sú mula 84 do E. STJ. Precedentes Jurisprudenciais. PEDIDO DE
AJG. Resolvido no juízo de origem. APELO CONHECIDO EM PARTE,
E, NESTA NEGADO PROVIMENTO. (Apelaçã o Cível Nº
70042949974, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Glênio José Wasserstein Hekman, Julgado em
09/10/2013). [grifou-se]

Comprovada a propriedade e posse do bem penhorado através de Contrato de


Compra e Venda, datado de 12 de maio de 2016, justa a pretensã o da embargante
em ver seu imó vel exonerado da constriçã o judicial imposta.

Desta forma, tendo em vista que os presentes embargos encontram assentamento


tanto na legislaçã o brasileira quanto na Sú mula emanada pela mais alta corte,
requer-se seja recebido, reconhecido e provido pelas razõ es de fato e direito
explanadas.

IV. DOS PEDIDOS

Em face ao exposto, requer:


a) Sejam recebidos, autuados e processados os presentes Embargos de Terceiro,
com o apensamento à mencionada execuçã o;

b) Seja deferida LIMINARMENTE A MANUTENÇÃO DA POSSE do bem


penhorado à embargante, eis que provada a propriedade e posse do bem;

c) A indicaçã o oportuna de testemunhas para justificaçã o prévia, se necessá rio;

d) Seja determinada a suspensã o imediata do processo de execuçã o mencionado,


até decisã o final de mérito dos presentes embargos, eis que trata da totalidade dos
bens penhorados naquele feito;

e) A citaçã o do embargado para responder aos termos da presente açã o;

f) Seja deferida à embargante o benefício da justiça gratuita, nos termos da Lei nº


1060/50.

g) A condenaçã o do embargado em custas processuais e honorá rios de


sucumbência a serem fixados na proporçã o de 20% sobre o valor da causa;

h) Seja, ao final, JULGADO PROCEDENTE o presente pedido, com o levantamento


da penhora realizada sobre o bem de propriedade da embargante, oficiando-se o
ó rgã o competente.

Protesta-se provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidos,


especialmente a documental.

Valor da causa: R$ 35.125,13 (trinta e cinco mil, cento e vinte e cinco reais e trinta
e treze centavos - equivalente ao valor da dívida).

Nestes Termos,
Pede deferimento.
Penha/SC, 17 de novembro de 2020.

GUSTAVO MACHADO
OAB-SC 27.559

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