Oleo Isolante
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O Transformador- Óleos isolantes, tipos e funções
ÓLEO ISOLANTE
1- Tipos de óleos (fluidos) isolante;
2- Principais funções e características do óleo isolante;
3- A manutenção pela análise de óleos isolante;
4- Avaliação de uma análise de óleo;
5- Processos de recuperação das características do óleo;
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Óleos isolantes de origem mineral de base parafínica ou naftênica são produtos obtidos á partir da refinação
do petróleo, constituindo-se basicamente de hidrocarbonetos. As expressões “óleo parafínico “ e ou “óleo
naftênico”, refere-se ao petróleo base, do qual foram refinados. Do ponto de vista químico e no que diz
respeito à manutenção, podem ser tratados da mesma forma.
Basicamente todos os óleos minerais isolantes são constituídos de três compostos (parfínicos, naftênicos e
aromáticos). Outros compostos são também encontrados nos óleos porém, normalmente quando o são, estão
em quantidades muito pequenas.
De maneira geral os óleos isolantes, naftênicos e parafínicos são diferenciados pela quantidade relativa de
compostos parafínicos e naftênicos e aromáticos ou pela influência destas composições em certas
características físicas dos produtos (por ex. a densidade dos óleos parafínicos é menor que a dos naftênicos).
Entretanto, a definição exata do tipo de óleo só é possível através do conhecimento do petróleo cru de origem.
Como se pode observar na tabela, os óleos parafínicos e naftênicos possuem os mesmos tipos de compostos,
variando somente sua composição relativa. Os compostos parafínicos e naftênicos são os responsáveis pela
estabilidade térmica dos óleos.
b- Óleos de segurança-
Askaréis
Quando os transformadores devem ser instalados em locais onde os riscos de incêndio e explosões
devem ser minimizados, o seu liquido isolante deve apresentar características de não-flamabilidade. Para esta
finalidade, os líquidos tradicionalmente utilizados eram os “ascaréis”, produtos compostos pela mistura de
bifenilas policloradas e triclorobenzenos. A partir da década de 70 devido as suas características de não
biodegradabilidade e outros efeitos nocivos ao meio ambiente e aos seres vivos, estes compostos tiveram sua
utilização proibida em vários países, inclusive no Brasil a partir de 1981, através das portaria interministerial
019.
Foram então desenvolvidos outros líquidos, com objetivo de atender ás necessidades da resistência ao fogo.
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excelente estabilidade química e térmica, boa compatibilidade com materiais. Sua viscosidade nas
temperaturas de operação de transformadores é mais elevada do que a dos óleos minerais de alto ponto de
fulgor.
Óleo isolante derivado de vegetais-
É um fluido formulado à base de óleos vegetais e aditivos de classe comestível, não contendo
materiais à base de petróleo, halogêneos, silicones ou qualquer outro material discutível. O fluído se
biodegrada rapidamente tanto em ambiente sólido como aquático, sendo comprovado como não tóxico. Possui
excelente estabilidade química e térmica.
Resumo- A degradação do papel isolante ocorre devido a dois fatores principais: temperatura e ataque
químico. A oxidação do óleo isolante vem agravar os dois processos, e a formação de borra os acelera
sensivelmente, aumentando a temperatura a que esta submetida a celulose.
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destinado a aumentar a vida útil dos transformadores, deve basear-se em um processos, visando retardar ao
máximo a deterioração do papel isolante.
Em resumo podemos dizer que:
3.1.1- Análise físico-quimica –Serve para acompanhamento do envelhecimento do conjunto papel-
óleo e ou contaminantes existentes no óleo;
3.1.2-Análise cromatográfica- Serve para acompanhamento das condições operacionais e detecção
de falhas incipientes (fase inicial);
3.1.3- 2 fal-“furfuraldeídos”- Avaliação do grau de polimerização (GP) do papel isolante.
Condições do papel em relação a suportar impactos de natureza elétrica elasticidade do papel”.
3.2.3- Tensão interfacial- Este valor mede a força de atração entre as moléculas de óleo e de água na
sua região de interface. Identifica a presença de contaminantes e produtos de deterioração. Indica o grau de
borra contido no óleo (compostos ácidos) decomposição do papel que libera oxigênio que oxida o óleo . Valor
dado em Nm/m – conforme NBR-6234- valor mínimo 20 (22).
Determina a força necessária para que um anel de platina rompa a interface água-óleo. Esta medida é sensível
aos compostos ácidos, e também àqueles que apresentam moléculas com polaridades elétricas , isto é produtos
intermediários de oxidação.
3.2.4- Perdas dielétricas- Determina a tangente do ângulo de fase, entre tensão e corrente, ao
aplicar-se uma D.D.P. pré determinada a dois eletrodos, entre os quais é colocado o líquido isolante. É um
ensaio complementar aos dois anteriores, pois é sensível a substâncias polares, poderá identificar
contaminantes e deterioração do óleo. Valor dado pela NBR- 12133 –Variações entre 20 e 100 dependendo da
classe de tensão do equipamento.
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3.2.5- Teor de água- É a medição direta da quantidade de água presente no óleo isolante, expressa
em partes por milhão peso a peso (ppm) isto é, miligrama de água por kilo grama de óleo. Valor dado pela
NBR-10710 Variam entre 40 e 35 dependendo da classe de tensão e equipamento em análise.
3.2.6- Rigidez dielétrica- Determina a resistência do liquido isolante ao impacto elétrico. O óleo
isolante é colocado em uma cuba, entre dois eletrodos, e submetido a uma D.D.P. que é aumentada a uma
razão constante. É um ensaio bastante sensível à presença de umidade e partículas em suspensão.
Os métodos mais utilizados são: Método ASTM- D-877 que utiliza dois discos (latão) planos com
distância entre si de 0,1” e o método IEC- VDE-370 que utiliza discos “curvos” calotas com distâncias entre
si de 2,5mm.
Este ensaio não é um parâmetro de qualidade para fabricação do óleo isolante mas um ensaio
destinado a revelar o teor de contaminação por água e outras matérias suspensas.
O critério é normalizado, porém em campo é adotado o procedimento da realização de seis ensaios e
descartado o pior resultado, em seguida faz-se a média dos outros cinco sendo este o valor considerado para a
rigidez encontrada.
Procedimento-
* Ajuste dos eletrodos. Distância de 2,5mm;
* Limpeza da célula dos eletrodos. Feita com qualquer solvente seco (benzina) e papel de seda seco;
* Colocação do óleo (amostra). O frasco deverá ser agitado suavemente antes de encher a célula de
teste para que as partículas existentes no líquido fiquem em suspensão;
* A amostra deve estar a temperatura ambiente, desde que não inferior a 20°C;
* A célula deve ser cheia até no mínimo 20mm acima da parte superior dos eletrodos. Deixar o
líquido em repouso entre dois a três minutos antes de iniciar o teste, para que possíveis bolhas de ar
posam ser expelidas;
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* Determinar 5 (6) vezes a tensão de ruptura do dielétrico da mesma amostra. Entre cada medição
deve haver um intervalo de repouso de um minuto. Avaliar se os valores encontrados satisfazem o
critério adotado.
Para realização deste ensaios uma pequena amostra de óleo deverá ser coletada e levada a um
laboratório. Em seguida, é submetida a vácuo para que os gases dissolvidos no líquido isolante sejam dele
extraídos. Uma parte destes gases é analisada, determinando-se sua composição. Os resultados obtidos são
analisados segundo critérios pré-estabelecidos de diagnósticos onde poderá ser observar a existência de falhas
e, então, tomar as providências necessárias de manutenção.
O método dos gases chave relaciona a existência de certos gases em quantidades expressivas, com as diversas
possibilidades de falha. Vide tabela abaixo.
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Ter em mão:
Um balde para drenagem do óleo existente na tubulação / registro;
Ferramentas diversas para retirada do bujão de saída de óleo;
Material de limpeza para limpeza do registro;
Frasco (cor âmbar) e seringa para a coleta. NOTA: Estes componentes já vem do laboratório devidamente
limpos com sabão neutro e secagem em estufa e devidamente lacrados, só retirar o lacre (Tampas) na hora da
coleta;
Material adesivo para identificação da coleta;
Mangueira plástica para as conexões e complementações;
Local para guarda e transporte da coleta;
Fita teflon para vedação do bujão.
Durante o processo de coleta de óleo para a realização de análise físico-química, após a drenagem para
limpeza do registro e retirada de óleo existente na tubulação, deverá ser coletado 1000ml de óleo.
Nota: Buscar sempre coletar o óleo com um menor contato com o ar e evitar provocação de borbulhas durante
a coleta. A saída de óleo deverá ser lenta até a complementação do frasco. Após esta ação fechar registro,
lacra o frasco, identificar coleta e colocar em embalagem para transporte.
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Durante o processo de coleta de óleo para a realização de análise cromatográfica o óleo não deverá ter
contatos com o ar, após todo o processo de limpeza já descrito conectar a mangueira ao registro existente e
provocar uma leve abertura no registro fazendo com que o êmbulo da seringa seja expulso lentamente pela
ação da gravidade (pressão do óleo) até o enchimento da seringa em 105 % de sua capacidade (graduação).
Após esta ação fechar o registro retirar seringa e promover a retirada de eventuais bolhas de ar existentes em
seu interior, para isto colocar a seringa em posição vertical e pressionar o êmbulo lentamente. Fechar registro
existente na seringa, identificar a coleta e colocar em embalagem para transporte.
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5- PROCESSO DE RECUPERAÇÃO
5.1- Tratamento Termo vácuo- É um processo utilizado para recondicionamento do óleo mineral isolante.
Este processo se dá através de um processo simples de filtragem e degaseificação a vácuo, eliminação de
contaminantes, como a umidade, gases, partículas coloidais (carbono), etc
O processo não recupera óleos quimicamente contaminados e ou oxidados, sendo para estes casos necessário
o processo de regeneração.
Ex. de um processo de tratamento Termo vácuo.
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Aprendemos que o transformador tem sua vida limitada basicamente em função da vida útil do
conjunto papel-óleo, e que há vários fatores que levam estes, ao fim da vida útil. Uma boa avaliação consiste
em termos um banco de dados (resultado de várias coletas) e pessoal qualificado para realização desta
avaliação. Se no primeiro indício de um contaminante nós adotarmos o tratamento T.V poderemos estar
destruindo nosso aliado (banco de dados).
O tratamento T.V só deverá ser iniciado após avaliações que nos levem a certeza de ser a alternativa correta
para aquele momento.
Nota: O tratamento T.V. só deverá ser utilizado com a finalidade da retirada de umidade (água) e partículas
em suspensão, sendo estes fatores encontrados/ identificados nas análises fisico-química. Os valores
encontrados nas análises cromatográficas mesmo que identificando anormalidades NUNCA deverão ser
tratados pela ação de tratamento T.V. São valores que nos levarão a existências de falhas que devem ser
corrigidas antes de qualquer outra ação.
5.2- Tratamento regenerativo- É um processo um pouco mais complexo e tem como objetivo a retirada dos
produtos de oxidação, bem como cantaminantes coloidais, por meios físico-químico e/ou químicos. Na
maioria dos casos é feita somente a fase físico-química. O óleo deteriorado é posto em contato com um
material adsorvente, com elevado poder de reter em sua superfície os contaminantes e os produtos de
oxidação do óleo.
Os processos mais utilizados para a regeneração são: Adsorção por contato e adsorção por percolação.
Em ambos os processos há uma pequena perda de óleo que deverá ser considerada. O processo é controlado
pelo acompanhamento da acidez e da tensão interfacial.
Ex. de um processo de tratamento de regeneração (terra fuller).
Na maioria das vezes é feita somente a fase fisico-química. O óleo deteriorado é posto em contato com o
material adsorvente, com elevado poder de reter em sua superfície os cantaminantes e os produtos de
oxidação do óleo.
É um processo bem mais caro que o processo anterior de Tratamento T.V.
O processo de regeneração retira do óleo os seus produtos de oxidação (componentes polares). Entretanto, a
presença destes compostos no óleo isolantes indica que já foram consumidos boa parte dos inibidores naturais
de oxidação. Desta forma, após o óleo ser submetido a um processo de regeneração, torna-se normalmente
necessário a reposição de inibidores de oxidação, por exemplo o DBPC (di ter-butil paracresol). Durante todo
o processo há perdas de óleo que podem variar da ordem de 3 a 10% do volume inicial.
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5.3- Secagem da parte ativa- No processo de fabricação o transformador apresenta a celulose com grau de
umidade relativamente alto. Após concluído a montagem da bobina é feita a secagem do papel (celulose) da
bobina, através de sistema “vapor- phase”, até valores de umidade superficial do enrolamento (URSI-
Umidade Relativa Superficial da Isolação) de 0,5% e logo em seguida faz-se o processo de impregnação com
óleo, o valor de umidade tolerável no óleo é de 10ppm.
Durante sua vida útil o transformador absorve umidade e com o tempo esta umidade já não é possível a
retirada pelo processo termo-vácuo sendo necessário o emprego de métodos mais eficientes; para estes casos
utiliza-se o método de secagem em campo. Existem vários métodos sendo os que utilizam aplicação de vácuo,
mais eficientes.
- Ciclos de óleo quente e vácuo;
- Circulação de óleo quente com tanque sob vácuo;
- Sistema criogênico (cold-trap).
Ex. de um processo de secagem da parte ativa. Método do ciclo de óleo quente e vácuo (hot-oil-spray).
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