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Estruturas de Madeira: Propriedades Mecânicas Da Madeira

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Estruturas de Madeira

Propriedades Mecânicas da
Madeira

Rafael Nunes Meireles


Engenheiro Civil
Recapitulando...

Densidade;

Umidade;

Secagem;

Anisotropia

Condutibilidade
Guia da Aula
O objetivo dessa aula é apresentar as principais
propriedades mecânicas e suas influencias na
madeira.

O que será abordado:


Propriedades elásticas
Flexão
Compressão
Tração

Cisalhamento
Propriedades Mecânicas
• As propriedades mecânicas são as
responsáveis pela resposta da madeira quando
solicitadas por forças externas.
Estão divididas em:
• PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA
• PROPRIEDADES DE ELASTICIDADE
• A NORMA BRASILEIRA (NBR 7190/96)
regulamenta os Métodos de ensaios.
Propriedades Elásticas
• Elasticidade é a capacidade do material, retirada a
ação externa que a solicita, de retornar à sua forma
inicial, sem apresentar deformação residual.

• A MADEIRA não pode ser considerada como um


material elástico ideal. Apresenta deformações
residuais após solicitações, mas pode ser
considerada adequada para aplicações estruturais.
Módulo de Elasticidade
Longitudinal (E)
São três os valores de módulos de elasticidade
segundo a NBR 7190/96:
1º Módulo de elasticidade Longitudinal (E0)
• Determinado através do ensaio de compressão
paralelo às fibras;
2º Módulo de elasticidade Normal (E90)
• Representado como uma fração pela expressão, ou
por ensaio de laboratório;
E90 = E0/20
3º Módulo de elasticidade à Flexão (EM)
• Pode ser determinado por ensaio de laboratório, ou
relacionado com o módulo de elasticidade
longitudinal pelas expressões abaixo:
EM = 0,85 E0 (coníferas)
EM = 0,90 E0 (dicotiledôneas)
Módulo de Elasticidade
Transversal (G)
Pode ser representado a partir do módulo de
elasticidade longitudinal (E0), por ensaio de
laboratório, ou pela expressão;

G = E0/20
Propriedades de Resistência

As propriedades de resistência da madeira estão


relacionadas com as três direções principais.
Por ter valores muito próximos nas direções
TANGENCIAL e RADIAL, analisam-se duas
direções:
• PARALELAS ÀS FIBRAS
• NORMAL ÀS FIBRAS
Compressão Paralela às
Fibras
• Provoca tendência de encurtamento as células da
madeira ao longo do seu eixo.
• Tende a afastar as fibras uma das outras;
• Causa deformações laterais até a ruptura;
Compressão Normal às
Fibras
• Não se define limite de ruptura na compressão
normal às fibras.
• A deformação plástica da madeira devido ao esforço
de compressão normal é grande.
• Enquanto madeira está se deformando
elasticamente os elementos anatômicos da estrutura
de madeira se mantêm mais ou menos estáveis na
sua forma.
• Quando se atinge o limite de proporcionalidade, os
elementos anatômicos começam a se achatar,
deformando-se plasticamente até se esmagarem,
quando ocorre um acréscimo da resistência.
Compressão Axial x Normal
Resistência a compressão axial é maior do que
na compressão normal.

A deformação na compressão normal é menor


do que a da compressão axial para uma mesma
carga.
∆L1 ˃ ∆L2
∆L1 = deformação na compressão axial
∆L2 = deformação na compressão normal
Compressão Inclinada
Age tanto paralela como perpendicularmente as
fibras
Fatores que Influenciam
na Compressão
Umidade:
Maior umidade → menor resistência à compressão
axial, normal e inclinada.
δc → valor máximo de resistência da madeira seca
com 0% de água de saturação.
δc → valor mínimo de resistência da madeira com
30% de água de saturação
Fatores que Influenciam
na Compressão
• Densidade x Localização no Tronco da
Árvore.
Fatores que Influenciam
na Compressão
Anisotropia: Devido a orientação das fibras, a madeira
não possui a mesma característica nas três direções
principais de aplicação do esforço.

• ÂNGULO FIBRA – ESFORÇO → na compressão,


através da variação sucessiva da inclinação das
fibras da madeira, tem-se um valor máximo de
compressão axial decrescendo até um valor igual ao
de compressão normal às fibras.
Tração Paralela às Fibras
Alongamento das células da madeira ao longo
do eixo longitudinal
Na tração paralela às fibras a ruptura pode
ocorrer de duas formas:
• Por deslizamento entre as células;
• Por ruptura das paredes das células.
Nas duas formas de rupturas a madeira
apresenta baixos valores de deformação e
elevados valores de resistência.
Tração Perpendicular às
Fibras
• Ocorre quando a direção das fibras forma um
ângulo de 90° com a carga aplicada à
madeira.
• Na ruptura por tração normal às fibras, a
madeira apresenta baixos valores de
resistência.
• Para projetos de estruturas, deve-se evitar,
sempre que possível, a consideração da
resistência da madeira quando solicitada à
tração normal ás fibras.
Cisalhamento
Quando um esforço cortante age segundo planos
normais às camadas de crescimento da madeira não
provocam o cisalhamento propriamente dito e sim o
esmagamento ou dobramento de fibras e vasos.
• O cisalhamento se dá nos planos paralelos às
camadas de crescimento da madeira.

Na madeira ocorrem três tipos de cisalhamento:


1º cisalhamento vertical – age no sentido
perpendicular às fibras. Este tipo de cisalhamento não
é crítico, uma vez que as peças apresentam primeiro
problemas de compressão normal.
Cisalhamento
2º cisalhamento Horizontal – Ocorre quando a força é
aplicada no sentido longitudinal às fibras. Produz a
tendência, das células da madeira separarem e
escorregarem longitudinalmente.

3º cisalhamento Perpendicular – Ocorre quando a


força é aplicada perpendicular às linhas dos anéis de
crescimento. As células da madeira tendem a rolarem
umas sobre as outras transversalmente ao eixo
longitudinal.
Flexão
Estruturas: Vigas; Pórticos; Arcos.
Componentes da Construção Civil: Pisos;
Divisórias; Forros; Marquises; Formas;
Cimbramentos.

Ocorrem quatro tipos de esforços quando a


madeira é solicitada a flexão simples:
• Compressão paralela às fibras;
• Tração paralela às fibras;
• Cisalhamento horizontal;
• Compressão normal às fibras (região dos
apoios).
Flexão
• Carregamento perpendicular ao eixo principal
de uma peça.

• Aplicação de uma carga excêntrica em um


pilar.
Flexão
A madeira se rompe quando solicitada pelo
momento fletor devido à formação de
minúsculas falhas de compressão seguidas pelo
desenvolvimento de enrugamentos de
compressão macroscópicas.

Este fenômeno gera aumento da região


comprimida e diminui na região tracionada, a
qual pode eventualmente romper por tração.
Fundamentos Psicológicos da
Educação e da Aprendizagem

Conceitos Fundamentais da Dislexia

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Estruturas de Madeira
Propriedades Mecânicas da
Madeira
EXERCÍCIO

Rafael Nunes Meireles


Engenheiro Civil
(PERITO CRIMINAL ENGENHEIRO CIVIL – INSTITUTO AOCP –
ITEP-RN – 2018) A madeira é um material viscoelástico, o qual
faz com que uma peça sujeita a um carregamento fixo sofra
deformação elástica e apresente pequenas deformações com o
tempo, mesmo quando a carga é mantida constante. Esse
comportamento caracteriza o efeito da

Fluência da madeira.

Anisotropia da madeira.

Heterogeneidade da madeira.

Homogeneidade da madeira.
E Resiliência da madeira.
(ENGENHEIRO CIVIL – CONSULPAM – SURG – 2014) Em relação às Normas
de projetos de estrutura de madeiras, é correto afirmar o que se segue,
EXCETO:

Densidade básica da madeira como sendo a massa específica


convencional obtida pelo quociente da massa seca pelo volume saturado.

Resistência é determinada convencionalmente pela máxima tensão que


pode ser aplicada a corpos-de-prova isentos de defeitos do material
considerado, até o aparecimento de fenômenos como ruptura ou
deformação específica excessiva.

A caracterização completa de rigidez das madeiras é feita por meio da


determinação dos valores onde não se consideram sua correspondente
umidade.

O módulo de elasticidade E0 na direção paralela às fibras é medido no


ensaio de compressão paralela às fibras e o módulo de elasticidade E90 na
direção normal às fibras é medido no ensaio de compressão normal às fibras.
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