Manual Eucalipto
Manual Eucalipto
Manual Eucalipto
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MANUAL TÉCNICO
PLANTIO DE EUCALIPTO
Indicações de Espécies
Segundo dados do Censo Agropecuário de 1995/96, os plantios de eucalipto, nos
principais estados produtores, se concentram em áreas superiores a 1,0 mil hectares
tais como nos estados de Minas Gerais (83%), São Paulo (63%), Espírito Santo (79%),
a exceção de Santa Catarina e Rio Grande do Sul onde predominam em áreas
inferiores a 50 hectares (52% e 46%, respectivamente).
Os plantios anuais realizados pelas indústrias ligadas a Associação Brasileira de
Celulose e Papel (Bracelpa) tendem a crescer de forma significativa, fruto do
crescimento da demanda do próprio setor.
O Brasil em termos climáticos para o cultivo do eucalipto possui duas regiões: tropical
e subtropical. A região sudeste, predominantemente tropical e não sujeita a geada de
forte intensidade, concentra a maior área de plantio. Esse é primeiro parâmetro que
delimita o uso das espécies de eucalipto para plantio. O outro é a finalidade do uso da
matéria-prima do eucalipto.
Produção de Mudas
1 - Sementes
2 - Substratos
3 - Recipientes
4 - Sistema de irrigação
5.1 - Semeadura
5.1.2 - Repicagem
5.1.3 - Sombreamento
5.1.4 - Irrigação
5.1.5 - Adubação
5.2 - Crescimento
5.2.2 - Irrigação
5.2.3 - Adubação
5.3 - Rustificação
5.3.1 - Irrigação
5.3.2 - Adubação
6 - Controle fitossanitário
7 - Geadas
1 - Sementes
Sementes
Substratos
A definição do substrato a ser utilizado num viveiro florestal, depende da análise de
uma série de fatores, dentre eles destacando-se:
e) Relação custo/benefício
Atualmente, o uso do solo puro como substrato para viveiros hoje, não tem sido muito
utilizado por diversas razões, podendo-se destacar entre elas, o problema ambiental
criado com a retirada do solo, principalmente em grandes quantidades, e a dificuldade
de manuseio do mesmo no viveiro, pois solo é pesado para manuseio, se for de
superfície, pode carregar sementes de plantas invasoras e esporos de patógenos, e é
impróprio para a utilização em recipientes como os tubetes plásticos.
Existem vários componentes que podem ser utilizados para a produção de substratos,
classificados como inertes: vermiculita (nome comercial de produto a base de mica
expandida), casca de arroz carbonizada, moinha de carvão vegetal e, orgânicos: turfa,
bagaço de cana decomposto, fibra de coco, estercos de bovino, aves e suínos, cascas
de pínus ou eucaliptos, compostos derivados de resíduos orgânicos, etc.
Alguns materiais como a fibra de coco, retém grande quantidade de água , o que pode
reduzir substancialmente a necessidade de irrigações ao longo do dia, principalmente
no inverno.
Tipo 1:
Casca de pínus decomposta e moída (triturador de martelo): 33,3%
Húmus: 33,3%
Carvão de palha de arroz: 33,3%
Tipo 2:
Casca de pínus decomposta e moída: 25%
Carvão de palha de arroz: 25%
Vermiculita fina: 25%
Turfa ou húmus: 24%
Solo vermelho: 1%
Sistemas de plantio
Considerações gerais sobre o plantio
Preparo do solo
Os principais itens ligados ao preparo do solo:
Planejamento do plantio
Construções de estradas
Aceiros
Limpeza
Planejamento do plantio
No planejamento definem-se as vias de acesso e o dimensionamento/posicionamento
dos talhões, ações que facilitarão as operações de plantio, tratos culturais, operações
de proteção, principalmente controle de fogo e as operações de retirada da madeira.
Construções de estradas
A construção das vias de acesso devem considerar a distancia máxima do arraste ou
transporte da madeira no interior da floresta, que por razoes técnicas e econômicas
não devem ultrapassar os 150 m. Assim, os talhões devem ser dimencionados com no
máximo 300 m de largura, com cumprimento variando de 500 a l000 m.
Aceiros
Os aceiros separam os talhões e servem de ligação às estradas de escoamento da
produção. Podem ser internos ( com largura de 4 a 5 m) ou de divisa ( com largura de
15 m).
A área total ocupada por aceiros, considerando áreas planas ou suavemente onduladas
deve ser de 5% da área útil.
Limpeza
A limpeza da área para plantio corresponde às operações de derrubada, remoção e
enleiramento da vegetação/resíduos da exploração.
Dentre eles podemos citar o correntão, indicado para áreas de capoeira e cerradões;
laminas frontais empuradeiras ou frontais cortadeiras. As laminas frontais cortadeiras
são mais apropriadas pois fazem menor
Recipientes
A escolha do recipiente determina todo o manejo do viveiro, o tipo de sistema de
irrigação a ser utilizado e sua capacidade de produção anual.
Dentre os tipos de recipientes que podem ser utilizados na produção de mudas de
pínus, podem-se citar:
a) Sacos plásticos: ainda hoje utilizados, porém seu uso vem diminuindo
gradualmente, devido a grande quantidade de substrato ou solo necessário ao seu
enchimento, peso final da muda pronta, área ocupada no viveiro, diminuindo a
produção/m2, maior necessidade de mão-de-obra em relação à outros tipos de
recipientes e, dificuldades de transporte, além de gerar grande quantidade de resíduos
no ato do plantio devido ao seu descarte. Tem como vantagem o baixo custo, a
possibilidade de utilização de sistemas de irrigação simples, e a possibilidade de obter
mudas de maior tamanho, valorizadas para ornamentação, dependendo da espécie
semeada.
Enchimento de recipientes
A colocação do substrato nas recipientes, requer cuidados para se evitar que o mesmo
torne-se compactado, prejudicando a germinação das sementes e o desenvolvimento
do sistema radicular, o que pode comprometer a sobrevivência das mudas no plantio e
o desenvolvimento futuro da árvore. Para recipientes de enchimento manual, como os
sacos plásticos e laminados de pínus, apenas a experiência poderá definir o quanto o
substrato poderá ser compactado manualmente de modo a não se desagregar na hora
da retirada da muda, e ao mesmo tempo permitir um bom desenvolvimento do
sistema radicular.
No caso dos tubetes, existem máquinas próprias para a atividade de enchimento de
substrato, também conhecidas com mesas vibratórias, que permitem dosar a
quantidade de substrato e a compactação do mesmo por todo o perfil da embalagem
de maneira adequada (Figura 1).
Sistemas de irrigação
Assim, em regiões calor intenso com inverno ameno, normalmente, a exigência das
mudas por água em qualquer fase do desenvolvimento é maior que em regiões de
clima temperado. Por outro lado, alguns tipos de substratos, por terem menor
capacidade de retenção de água, exigem que se aplique mais água a cada irrigação, ou
que se aumente a freqüência das mesmas.
As horas do dia em que deverão ocorrer a irrigação também merecem atenção. Nos
períodos mais quentes do dia, geralmente entre 12 a 14h30' não se deve praticar a
irrigação, sob pena de queimar as mudas. É recomendável que a mesma se processe
nas primeiras horas do dia, após as 15h00' e ao entardecer. O tempo que o sistema
deve permanecer ligado, e o número de irrigações ao longo do dia, deve ser
determinado pela experiência, observando-se se após a irrigação se processar o
substrato se encontra suficientemente úmido sem estar encharcado, e se no intervalo
entre uma irrigação e outra, não ocorre murchamento das mudas por falta de água.
É importante ressaltar, que para cada etapa de formação das mudas, e para diferentes
tipos de recipientes, existem diferentes sistemas de irrigação, com bicos de diferentes
vazões, pressão de trabalho e área de cobrimento (Figura 1).
A formação das mudas de eucalitpo é uma das fases mais importantes de sua
produção e se constitui de etapas às quais devermos dedicar o máximo esmero.
1. Semeadura
As sementes de eucaliptos, por seu tamanho, apresentam-se muitas vezes, com uma
quantidade alta de material inerte misturado, principalmente sementes não
fecundadas, reduzindo o número de sementes viáveis por kg. É recomendável passar a
semente por um separador de ar. Este procedimento aumenta a eficiência da
semeadura, evitando que sementes vazias sejam semeadas no lugar das férteis. Com
o uso de peneiras classificadoras (malhas de 2,0 mm; 1,68 mm; 1,41 mm e 1,19 mm)
e agitador mecânico, pode-se separar as sementes do lote a ser semeado por
tamanho. Este procedimento aumenta o seu teor de pureza e a velocidade de
germinação das sementes. Recomenda-se semear as sementes grandes em lotes
separados das pequenas, de modo a aumentar a eficiência do viveiro.
Repicagem
Normalmente, devido ao pequeno tamanho das sementes de eucaliptos, não se
consegue semear apenas uma por embalagem, principalmente no caso da semeadura
manual, produzindo-se um número que pode ser grande de plântulas por recipiente, e
que necessariamente deverão ser removidas mantendo-se apenas uma. A utilização da
repicagem aumenta o aproveitamento das sementes germinadas, reduzindo custos na
compra deste insumo e, permitindo um ganho de tempo no cronograma de formação
de novas mudas.
O processo de repicagem deve ser realizado à sombra, quando as plântulas se
apresentarem com um tamanho entre 2,5 a 3,0 cm, e o arranque só deverá se
realizado após uma irrigação profunda do substrato, de modo a torná-lo o mais solto
possível. Deve-se selecionar para permanecer no recipiente a plântula mais central e
vigorosa, retiradas todas as outras, descartando-se da repicagem as que não
apresentarem tamanho adequado, ou não estiverem sadias e vigorosas.
Sombreamento
No caso de sistemas com maior grau de tecnologia, que se utilizem de tubetes, pode-
se utilizar de mantas plásticas (sombrite), que podem ser adquiridas com diferentes
graus de interceptação da luz. Geralmente, esses sistemas contemplam o uso de casas
de germinação, que nada mais são que estufas plásticas apropriadas para este fim
(Figura 1). Neste caso, consegue-se uma vantagem inicial, que é a proteção contra as
geadas, no caso de semeaduras em época de inverno e, das chuvas fortes, que
costumam provocar a perda das sementes por lavagem do substrato
Decorrido o período de germinação, as mudinhas devem ser descobertas do sombrite,
sendo transferidas para estufas semelhantes, recobertas apenas com plástico ou,
transferidas para pleno sol.
Irrigação
Recomenda-se durante todo esse período o consumo de não mais que 6 l de água/m2
de viveiro/dia. Essa quantidade deve ser ajustada para cada região, tipo de substrato
utilizado, e período do ano em que as mudas estão sendo produzidas.
Adubação
Na fase de germinação das sementes, não se recomenda o uso de adubações.
Densidade de mudas
Nesta etapa, as mudas apresentam um aumento das necessidades nutricionais e de
consumo de água, devido à aceleração do seu metabolismo. Ocorre também uma
busca mais intensa das plantas por luz solar, resultando na necessidade de
modificações no manejo que vinha sendo adotado para a fase de germinação.
Adubação
Solubilizar os adubos em água e aplicar 3 l dessa solução para cada 1000 tubetes (6 a
8 aplicações intercaladas a cada 3 dias).
Ao final das adubações de crescimento, as mudas devem estar vigorosas, com a copa
bem formada e o sistema radicular abundante, notando-se nas extremidades das
raízes secundárias, as formações dicotômicas próprias das micorrizas. Nesta etapa, o
tamanho das copas deve estar se aproximando ao comprimento dos tubetes,
mantendo uma relação parte aérea/sistema radicular de 1:1 aproximadamente e, com
o diâmetro de colo aproximando-se de 3 mm.
Deve-se processar uma seleção das mudas e, as que estiverem fora de padrão,
Rustificação das mudas
Nesta etapa, as mudas deverão ser preparadas para a ida ao campo, com reserva
nutricional disponível para o pronto crescimento e, ao mesmo tempo, resistentes ao
estresse provocado pelas atividade de plantio (falta de água, retirada dos tubetes e
transporte).
1. irrigação
2. adubação
Irrigação
A irrigação para rustificação das mudas deve ser paulatinamente diminuída, permitindo
um leve murchamento dos ápices, porém, sem crestamento. O processo de
rustificação deve ocorrer num prazo de 10 a 15 dias no máximo, e a freqüência deverá
partir de duas até uma vez por dia.
Adubação
Solubilizar os adubos em água e aplicar 3 l dessa solução para cada 1000 tubetes
(aplicações intercaladas a cada 3 ou 4 dias para um máximo de ocupação de 500
tubetes/m2).
Recomenda-se que cada amostra seja composta por no mínimo no mínimo 3 árvores
dominantes. O número total de amostras compostas, por área, depende entre outros
do local, tipo de solo e do material genético plantando.
Teores
Observados * Teores
Adequandos *
Elemento) Mínimos Máximos
N (mg/g) 8,1 23,0 20,0 - 22,0
Adubção e calagem
Adubo mineral
Calagem
O calcário é o corretivo mais usado para a correção do solo. Além de ser o mais
disponível, é o mais barato. Normalmente, é recomendada a aplicação de calcário
dolomitico, que contém além do Ca, concentração mais elevada de Mg.
Épocas de aplicação
Identificada a necessidade de se fazer correções no solo, o próximo passo é determinar
a época mais adequada para aplicar o calcário e o fertilizante. A calagem é realizada
durante o preparo do solo e a adubação depende da espécie florestal utilizada, do solo,
da idade das plantas e da intensidade da colheita. Quando o solo é muito ácido (p./ex.:
pH abaixo de 4,0) ou apresenta baixos teores de Ca e Mg, a aplicação de calcário antes
do plantio e durante a rotação da cultura é necessária.
Normalmente, a adubação é realizada em duas etapas. A primeira, chamada de
adubação fundamental, é feita antes ou no momento do plantio, utilizando nitrogênio,
fósforo e potássio. A segunda, também chamada de adubação de manutenção, é
realizada quando as árvores tem entre 30 a 36 meses de idade. Nesse caso, é
recomendado, para solos de baixa fertilidade, a aplicação de 90 kg/ha de Cloreto de
potássio (ou aproximadamente 50 g/ planta) e cerca de 2 toneladas de calcário por
hectare. Em solos com altos teores de cálcio e magnésio, a adubação de manutenção é
realizada apenas com o Cloreto de Potássio.
Recomendação de calagem
De uma forma geral, as espécie florestais plantadas no Brasil são tolerantes à acidez
do solo. A calagem tem como objetivo maior elevar os teores de Ca e Mg nos solos do
que a correção do pH. Normalmente, as quantidades recomendadas elevam o pH a
valores próximos a 5,5. Dois métodos são recomendados para determinar a
quantidade de calcário à ser aplicado. Um método é baseado nos teores de Al no solo e
o outro nos teores de Ca e Mg, conforme mostrados a seguir:
Na prática não é aconselhável aplicar doses muito elevadas de calcário, pois além de
se tornar onerosa ela pode interferir na estrutura do solo e na microfauna. Assim, o
ideal é aplicar no máximo 2 toneladas. Caso seja necessário uma aplicação maior, por
exemplo 4 toneladas, é aconselhável dividir em 2 aplicações. A primeira aplicação
antes do plantio e a segunda quando o plantio estiver com 30 a 36 meses de idade,
isto é, junto a adubação de manutenção.
Interpretação dos teores de P e K no solo, com base nos resultados da análise química
Teores no solo Interpretação
Baixo Médio Alto
P (mg/dm³) menor ou igual a 3,0 maior que 3 e menor que 7 maior ou igual a 7
K (mmol(+)/dm³) menor ou igual a 0,5 maior que 0,5 e menor que 1,5 maior ou igual a 1,5
Recomendação de adubação com fertilizante mineral para eucaliptos, com base nos teores
de P e K do solo.
Adubação de plantio
A regra é colocar o adubo o mais perto possível da muda. O adubo pode ser aplicado
na cova ou no sulco de plantio. No primeiro caso o adubo deve ser colocado no fundo
da cova antes do plantio, bem misturado com a terra para evitar danos à raiz das
mudas No segundo caso o adubo é distribuído no fundo do sulco de plantio, aberto
pelo sulcador, ou outro implemento agricola.
Adubação de cobertura
Embora não seja uma prática comum a adubação de cobertura é indicada, pois ela
complementa a adubação de plantio. No caso de não se fazer a adubação de
cobertura, a quantidade recomendada para plantio e cobertura devem ser aplicadas
no ato do plantio .
A adubação de cobertura é feita aproximadamente 3 meses após o plantio. O adubo é
distribuído ao lado das plantas, em faixas ou em coroamento. Após aplicação é
recomendado cobri-lo com terra.
Adubação de manutenção
Tem como objetivo fornecer K, Ca e Mg para as plantas. Deve ser aplicada quando as
plantas tiverem de 2,5 a 3,0 anos de idade. Nos caso de solo muito ácido ou baixos
teores de Ca e Mg, é recomendando aplicar juntamente com o potássio, o calcário
dolomitico na quantidade de 2,0 toneladas por hectare.
Pragas
Formigas
Formigas cortadeiras
Formigas Saúvas
Saúvas são formigas cortadeiras do gênero Atta. Diferem-se das quenquéns por serem
maiores e possuirem apenas três pares de espinhos no dorso do tórax. Ocorrem
somente na América, sendo sua dispersao do sul dos EUA até a Argentina. Seus ninhos
são denominados sauveiros e são facilmente reconhecidos pelo monte de terra solta na
superfície (Gallo et. al. 2002). A seguir serão listadas as espécies de saúvas e sua
distribuição no território Nacional de acordo com Della Lucia et. al., (1993).
1. Atta bisphaerica Forel, 1908 - "Saúva-mata-pasto" - SP, MG, RJ, Norte e Sul do
Mato Grosso.
2. Atta capiguara Gonçalves, 1944 - "Saúva-parda" - SP, MT e MG.
3. Atta cephalotes (L., 1758)- "Saúva-da-mata" - AM, RO, RR, PA, AP, MA, PE
(Recife e arredores) e Sul da BA. Provavelmente, ocorre no AC e Norte do MT.
4. Atta goiana Gonçalves, 1942 - "Saúva" - GO e MT.
5. Atta laevigata (F. Smith, 1858)- "Saúva-de-vidro" - SP, AM, RR, PA, MA, CE,
PE, AL, BA, MG, RJ, MT, GO e Norte do PR. Provavelmente, ocorre em RO, PI e
SE.
6. Atta opaciceps Borgmeier, 1939 - "Saúva-do-sertão-do-nordeste" -PI, CE, RN,
PB, PE, SE e Nordeste da BA. Provavelmente ocorre em AL.
7. Atta robusta Borgmeier, 1939 - "Saúva-preta" - RJ.
8. Atta sexdens piriventris Santschi, 1919 - "Saúva- limão -sulina" - SP, Sul do PR,
SC e RS
9. Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908- "Saúva-limão" - SP, MG (Sul e centro),
ES, RJ, Sul do MT, Sul de GO e Norte e Oeste do PR.
10. Atta sexdens sexdens (L., 1758)- "Formiga-da-mandioca" - AM, AC, RO, RR.,
PA, AP, Norte do MT, Norte de GO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA e Norte
de MG.
11. Atta silvai Gonçalves, 1982- "Saúva" - Sul da BA.
12. Atta vollenweideri Forel, 1939 - "Saúva" - RS e MT.
Formigas quenquéns
Cupins
Coptotermes spp.
Heterotermes spp.
Anoplotermes spp.
Armitermes spp.
Cornitermis spp.
Neocapritermes spp.
Procornitermes spp.
Syntermes spp.
Lagartas
As Lagartas consideradas pragas do Eucalyptus no Brasil podem ser classificadas em
desfolhadoras e broqueadoras.
Lagartas desfolhadoras
Lagartas broqueadoras
Besouros
Os besouros podem ser classificados como desfolhadores , coleobrocas e besouro de
raízes.
Besouros desfolhadores
Besouros coleobrocas
Platypus sulcatus (Chapius, 1865) (Coleoptera: Platipodidae) - SP, RS, PR
Besouro-de-raízes
Sugadores
Dentre os insetos que sugam a seiva e provocam danos no eucalipto, podem ser
citados, os psilideos, cigarrinhas, trips e pulgões. Estes primeiros são compostos por
insetos de origem australiana com introdução recente no Brasil
Sugadores
Os insetos sugadores são de grande importância para o eucaliptos por agrigarem os
psilideos, insetos saltadores, semelhante a pequenas cigarrinhas, pertencentes a
Ordem Homoptera, superfamília Psylloidea (Hodkinson, 1988
Sugadores
Psilideos
São chamados ?Psilideos? insetos saltadores, semelhante a pequenas cigarrinhas,
pertencentes a Ordem Homoptera, superfamília Psylloidea (Hodkinson, 1988). Dentro
deste grupo, são conhecidas em todo o mundo, cerca de 2500 espécies, sendo que a
maioria se desenvolve em plantas lenhosas, dicotiledôneas (Burckhardt, 1994). Grande
parte dos insetos da família Psyllidae são de origem Australiana sendo que a maioria
das espécies se desenvolvem em eucaliptos ou outras Mirtaceas. Dentro desta família,
o gênero Ctenarytaina Ferris e Klyver tem a mais ampla distribuição natural, indo
desde a Índia e Sudeste da Ásia até a Austrália, Nova Zelandia e algumas ilhas do
Pacífico (Burkchardt, 1998). Algumas espécies de Ctenarytaina tem sido introduzidas
em outros continentes juntamente com seu hospedeiro, o eucalipto (Taylor, 1997).
A manipulação das forças biológicas se constitui numa das ferramentas mais poderosas
do Manejo Integrado de Pragas (MIP), na agricultura ou na floresta e que envolve um
grande número de técnicas. No que se refere aos aspectos biológicos do MIP estas
técnicas podem ser sintetizadas em três linhas: o uso de técnicas culturais, o controle
biológico e o uso de plantas resistentes. Os estudos de resistência de plantas se
aproximaram do MIP em 1950, focado nas estratégias de defesas da planta e seus
efeitos nos insetos herbívoros e em menor extensão, nos efeitos dos insetos na planta.
Mais recentemente, estes estudos incluíram as interações entre plantas e o terceiro
nível trófico, observando a interação tritrófica da perspectiva de cada componente.
(Vinson, 1999). As técnicas culturais compreendem o manejo da cultura, englobando
todas práticas que a beneficiam e, de maneira indireta influencia na dinâmica
populacional dos insetos, tais como capina, roçagem, desbastes, adubação, etc...
Dentre as razões citadas por pragas Pyle et al., (1981), do porquê conservar
populações de insetos, estão os valores intelectuais, ecológicos e econômicos. Do
ponto de vista econômico, os insetos estão quase sempre associados a prejuízos. No
entanto, não está bem claro para a povo as possibilidades de lucros oriundos dos
insetos, que podem ser uma enorme fonte de lucros, basta lembrar as abelhas e o
bicho da seda, que mobilizam criadores, indústria e comércio em todo mundo. Um
mercado recente, que tem mobilizado um grande número de pessoas é a produção e
comercialização de parasitóides e predadores para uso na agricultura e florestas.
Após esta data outros inimigos naturais foram introduzidos para o controle desta
broca, como o braconideo Heterospilus coffeicola (Gonçalves, 1990) e vários outros
para o controle de diversas pragas nas culturas da macieira, café, cana de açúcar,
citrus, cacau e outras. (Berti Filho, 1990). Os sucessos alcançados nos primeiros
programas incentivaram vários pesquisadores e instituições a investirem no controle
biológico sendo publicados mais de 1400 trabalhos nas últimas duas décadas na área
de entomopatógenos (Alves, 1998), com ênfase aos bioinseticidas virais e bacterianos.
Na área florestal vários projetos com ênfase no controle biológico podem ser
referenciados, tais como:
Doenças
O eucalipto pode ser atacado por vários patógenos, principalmente fungos, desde
mudas até árvores adultas. As doenças causam significativos impactos econômicos, de
acordo com a espécie atacada e da época do ano. As principais doenças que ocorrem
nos eucaliptos são:
• Tombamento
• Podridão de raízes
• Mofo cinzento
• Podridão de estacas
• Esporotricose
• Oidio
• Murcha bacteriana
• Enfermidade rosada ou rubelose
• Cancro
• Ferrugem
• Murcha de cilindrocladium
• Podridão do cerne
• Doenças foliares e complexos etiológicos (possuem sintomas de doenças, mais
tem origens diversas)
• Seca de ponteiros do Vale do Rio Doce (SPEVRD):
• Seca de ponteiros de Arapoti (SPEA)
• Seca de ponteiros por falta de Boro
• Seca da saia do Eucalyptus viminalis
• Afogamento do coleto
• Enovelamento de raízes
• Gomose
• Pau-preto
• Geada
• Granizo
Tombamento
SINTOMAS E SINAIS CAUSAS CONTROLE
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de
irrigação livres de patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes
suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das
mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo
possível;
Ataque de fungos na fase de Seleção e descarte das plantas doentes
Lesão necrótica na região
germinação, destruindo as e mortas;
do colo da plântula;
plântulas; Retirada de recipientes sem mudas e
Murcha, enrolamento e
Uso de substratos com mudas mortas e de folhas caídas e
secamento de
contaminados por fungos de senescentes;
cotilédones;
solo; Adubação equilibrada das mudas;
Tombamento de plântulas
Condições de alta umidade no Sistema adequado de irrigação
em reboleira e sua morte.
viveiro. Químico:
Fumigação do substrato com produtos
de amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de
calor (vapor, água quente ou
solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de
agentes de controle biológico
Podridão-da-raiz
SINTOMAS E
CAUSAS CONTROLE
SINAIS
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de
irrigação livres de patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes
suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das
mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
Seleção e descarte das plantas doentes e
mortas;
Murcha e morte Retirada de recipientes sem mudas e com
de mudas; Ataque dos fungos Phytophthora mudas mortas e de folhas caídas e
Lesões necróticas sp., Pythium sp. E Fusarium sp. senescentes;
em raízes. Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de
amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de calor
(vapor, água quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes de
controle biológico.
Mofo-cinzento
SINTOMAS E SINAIS CAUSAS CONTROLE
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de
irrigação livres de patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes
suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das mudas;
Enrolamento de folhas, seca e
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
queda das mesmas; Ataque do fungo
Seleção e descarte das plantas doentes e
Formação de mofo acinzentado Botrytis cinerea
mortas;
sobre as plantas afetadas.
Retirada de recipientes sem mudas e com
mudas mortas e de folhas caídas e
senescentes;
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de
amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de calor
(vapor, água quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes de
controle biológico.
Murcha e morte de mudas;
Lesões necróticas em raízes.
Podridão-de-estaca
Esporotricose do eucalipto
SINTOMAS E SINAIS CAUSAS CONTROLE
Infecção da haste principal de mudas e porção
apical de brotações de minicepas; Ataque do fungo Uso de controle
Lesões arroxeadas em folhas; Sporothrix eucalypti químico
Anelamento e morte de caules e pecíolos.
Oídio
SINTOMAS E SINAIS CAUSAS CONTROLE
Enrugamento e deformação de folhas
jovens e brotações;
Ataque do fungo Aplicação de fungicidas em mudas
Aspecto acanoado das folhas adultas;
Oidium sp. severamente afetadas
Formação de uma película pulverulenta e
esbranquiçada sobre as folhas.
Ferrugem
Mancha de cilindrocladium
Podridão-de-cerne
• Afogamento do coleto
• Enovelamento de raízes
• Gomose
• Pau-preto
• Geada
• Granizo
Afogamento do coleto
Intumescimento do colo Enterrio de parte do caule das mudas Cuidados no plantio e no preparo
Plantas com pouco no plantio de solo para evitar o afogamento
desenvolvimento Aterramento da muda no campo
Seca e morte de decorrente de tratos culturais ou
plantas. enxurrada.
Gomose
Pau-preto
Geada
Granizo
Embora, fixando-se o período de tempo, para que maiores volumes sejam obtidos em
plantios com espaçamentos mais estreitos, existe tendência de desenvolvimento de
árvores mal formadas se o povoamento for mantido excessivamente adensado por
período muito longo. Igualmente há aumento do número de árvores suprimidas e
mortas. Isto ocorre devido ao fato de cada sítio comportar um máximo de área basal,
levando o crescimento das árvores remanescentes a ocorrer apenas devido à
supressão das árvores menos desenvolvidas e morte das árvores dominadas.
Naturalmente, este é um processo lento que pode ser antecipado pela prática do
desbaste. O desbaste tem ainda a vantagem de permitir o aproveitamento da madeira
das árvores suprimidas.
Desbaste
Os desbastes de plantios florestais são necessários quando se deseja obter toras de
diâmetros elevados ao final da rotação. Este é o caso da produção de toras para
serraria e de postes de grandes dimensões. Quando o objetivo for a produção do
maior volume possível de madeira de pequenos diâmetros, em espaço de tempo
menor até o corte final, os desbastes não são necessários.
Como cada sítio permite apenas um determinado valor limite de área basal, reduzindo
o número de árvores, a área basal máxima se distribuirá por um número menor de
árvores remanescentes que atingirão diâmetros maiores. A estratégia mais
recomendável é manter o povoamento crescendo em taxas próximas do máximo
incremento corrente anual em área basal, o que pode ser conseguido por desbastes
leves e freqüentes.
O primeiro, ou primeiros desbastes, devem ser pesados para eliminar também árvores
mal formadas, tortas, bifurcadas e doentes, mesmo que apresentem dimensões
elevadas. Deve-se evitar a retirada de grupos de árvores e procurar manter uma
distribuição uniforme de espaçamento entre as árvores remanescentes. Isto evita a
formação de clareiras e o crescimento de plantas invasoras entre as árvores. Evita-se
também o surgimento de número excessivo de brotações de gemas epicórmicas, que
podem prejudicar a qualidade da madeira. Este último inconveniente ocorre devido ao
estimulo pela luz de gemas dormentes ao longo do fuste e também quando as árvores
entortam devido a desbastes excessivos.
A demarcação do desbaste é uma operação especializada para a qual é necessário
treinamento e discernimento para reconhecer as árvores que devem ser retiradas e as
que devem permanecer e a importância de uma distribuição adequada de espaço entre
as árvores.
Para assegurar-se que o número de árvores preconizado por hectare permaneça após
o desbaste é recomendável indicar-se o comprimento de duas linhas de árvores que
conterão 10 árvores, por exemplo, ao final do desbaste. Um método simples de
calcular consiste em multiplicar o número remanescente de árvores pela distância
entre linhas, dividir este valor pela área de um hectare (10000 m2 ). Em seguida
dividir-se 5 (número de árvores em uma linha) pelo valor anteriormente obtido. O
valor resultante é o comprimento de duas linhas onde devem ser deixadas dez árvores.
Aplicando para uma distância entre linhas de 3 m:
3 m X 500 = 1500 m / 10000 m2 = 0,15 m-1
5 / 15 m-1= 33,3 m.
Deve ser mencionado que não é necessário deixar-se sempre, por exemplo, cinco
árvores em cada linha de 33 m, pode-se se necessário deixar quatro árvores em uma
liDeve ser mencionado que não é necessário deixar-se sempre, por exemplo, cinco
árvores em cada linha de 33 m, pode-se se necessário deixar quatro árvores em uma
linha e seis na outra, e assim por diantenha e seis na outra, e assim por diante
Sistemas de desbaste
Do ponto de vista econômico e operacional, em grandes áreas é preferível executar-se
o corte e extração de madeira mecanizados ao invés do manual, desta maneira é mais
econômico fazer-se desbaste sistemático e não o seletivo, no primeiro desbaste.
Aplica-se também quando não houver interesse no manejo da rebrota das touças, ou
então para espécies que não apresentem rebrota satisfatória. Nos demais casos os
desbastes seletivos são os mais recomendáveis.
Em geral, nos desbastes sistemáticos se retira totalmente uma linha a cada três linhas
de árvores e se efetua o desbaste seletivo, nas duas linhas remanescentes, nos
desbastes subsequentes.
A condução das cepas, quando desejável, se faz pela retirada dos brotos
extranumerários e manutenção de dois a três brotos por cepa. Os brotos a serem
mantidos devem ser bem distribuídos e implantados no tronco o mais próximo possível
do solo. Para selecionar corretamente os brotos é necessário aguardar o crescimento
dos brotos por pelo menos um ano ou até que ocorra diferenciação clara entre os
brotos
Coeficientes técnico
O modelo típico de sistema de produção apresentado envolve o cultivo do eucaliptos
em áreas dobradas e de cerrados o que determina coeficientes técnicom para dois
diferentes sistemas de produção. No primeiro, prevalecem as áreas dobradas, mais
dependentes no uso de mão-de-obra, enquanto que no segundo, nas áreas de
cerrados, o sistema de produção se desenvolve mais com o uso da mecanização.
Mercado e comercialização
A participação brasileira de produtos florestais no mercado mundial é de 2%
considerando-se os dados agregados de diferentes áreas, incluindo o eucaliptos.
No caso do comércio de papel, o Brasil ocupa o 11º produtor mundial, com 2,2% da
produção. Já no caso do comércio de celulose, são 4,2% onde o Brasil é o 7º colocado
como produtor mundial.
PREPARAÇÃO DO SOLO
A preparação do solo é fundamental para o estabelecimento e crescimento das mudas.
Descompactação e práticas de controle da erosão são os principais aspectos a serem observados.
A adubação deverá ser feita após análise prévia do solo e recomendada por profissional
competente.
Colocação na cova
ADUBAÇÃO
O fornecimento de nutrientes no plantio traz resultados muito bons para o desenvolvimento da
muda desde que feita de forma correta e na medida certa. Sempre que possível deve-se fazer a
análise do solo e seguir as recomendações de um técnico.
ESPAÇAMENTO
É importante a definição prévia do espaçamento, tanto para dimensionar a quantidade de mudas a
ser adquirida, quanto para nortear as operações de preparo do solo.
Normalmente, para o eucalipto, o espaçamento mais utilizado é o de 3 metros entre as linhas e 2
metros entre as mudas, o que corresponde a 1.666 mudas por hectare.
É uma medida importante para que a muda possa se estabelecer mais rapidamente através de
maior disponibilidade de água e de nutrientes.
Além dos setores industriais, existe grande consumo de madeira, em pequena escala,
que não é devidamente quantificado, mas que quando somado representa significativa
parcela do consumo total. Trata-se do consumo doméstico de madeira, principalmente
como lenha. Segundo Mata (2000), a crise de oferta de lenha no meio rural é resultado
da falta de estudos sobre regulação da produção em função do manejo dos estoques
remanescentes e a implantação de florestas para produção de madeira para lenha nas
pequenas propriedades. Acrescenta-se, ainda, que a floresta implantada em pequenas
propriedades pode ser utilizada para outros fins, como obtenção de moirões para
cerca, estacas, cabos de ferramentas etc.
Apesar de serem descritas cerca de 700 espécies do gênero Eucalyptus, os plantios são
restritos a poucas espécies, podendo-se citar, principalmente, Eucalyptus grandis, E.
urophylla, E. saligna, E. camaldulensis, E. tereticornis, E. globulus, E. viminalis, E.
deglupta, E. citriodora, E. exserta, E. paniculata e E. robusta. Ressalta-se que, no
Brasil, as espécies E. cloezina e E. dunnii são consideradas promissoras para as regiões
central e sul, respectivamente.
Escolha da espécie
Abaixo segue uma relação de espécies de eucalipto indicadas em função dos usos, do
solo e do clima.
• Hidromórficos: E. robusta.