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NOTA TECNICA CRP RN Orientações para Atuação de Psicólogas Na Educação

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NOTA TÉCNICA

ELABORADA PELA COMISSÃO


DE EDUCAÇÃO DO CONSELHO
REGIONAL DE PSICOLOGIA – CRP/RN
ASSUNTO: ORIENTAÇÕES PARA A ATUAÇÃO DAS (OS) PSICÓLOGAS (OS)
NA EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE

CRPRN.17 @CRP_RN @CRPRN17 (ZAPSI) (84)99471-4455 CRPRN.ORG.BR (84)3301-0083/0086


NOTA TÉCNICA
ELABORADA PELA COMISSÃO
DE EDUCAÇÃO DO CONSELHO
REGIONAL DE PSICOLOGIA – CRP/RN
ASSUNTO: ORIENTAÇÕES PARA A ATUAÇÃO DAS (OS) PSICÓLOGAS (OS)
NA EDUCAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE

Dezembro de 2017
APRESENTAÇÃO

A Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do


Norte (CRP17) tem como objetivo desenvolver ações que possibilitem maior visibilidade e
fortalecimento da atuação das (os) psicólogas (os) no campo da educação na sociedade e, em
especial, entre as instituições educacionais, favorecendo a ampliação e qualificação deste
profissional.
No decorrer das atividades desenvolvidas pela referida Comissão de Educação na gestão
2016-2019 – as quais incluíram organização e participação em eventos, audiências públicas,
reuniões com vereadores e deputados, aulas públicas, realização de entrevistas, participação
em espaços de representação e controle social como Fórum Estadual de Educação, etapa
municipal da Conferência Nacional Popular de Educação, elaboração de material informativo
e redação de textos, etc. – foi possível identificar demandas e dúvidas acerca da atuação da
(o) psicóloga (o) na Educação. Assim, a elaboração desse documento justifica-se a partir da
solicitação das (os) psicólogas (os) que atuam na Educação, tanto em instituições públicas
como nas privadas; dúvidas dos gestores dessas instituições, assim como de profissionais da
área acerca do trabalho que o psicólogo pode desenvolver na Educação.
Isso posto, essa nota técnica tem como objetivo apresentar as relações entre a
Psicologia e a Educação e orientações acerca das possibilidades de atuação da (os) psicólogas
(os) no âmbito educacional nos diferentes níveis e modalidades de Ensino formal (infantil,
fundamental, médio, profissionalizante, superior, à distância). Portanto, além das orientações
citadas, pretende-se destacar a importância e necessidade da criação de cargos que incluam
esse profissional nas instituições educativas públicas, privadas e sem fins lucrativos, visando
sempre um trabalho coerente que prima pela defesa de uma educação de qualidade.
É importante ressaltar que essa produção não pretende esgotar as possibilidades de
atuação do profissional na área, mas se constituir como um fundamento basilar para a (o)
profissional da Psicologia e os demais que atuam em conjunto, a partir do qual e da efetiva
atuação se possa repensar esse fazer por meio de um processo contínuo de aprendizado
e aperfeiçoamento, a fim de promover o trabalho integrado e interdisciplinar em prol da
Educação de qualidade.

NOTA TÉCNICA ELABORADA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA – CRP/RN 3
1. A RELAÇÃO PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO NO CONTEXTO
BRASILEIRO EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

No Brasil, segundo dados da Conferência Nacional de Educação (CONAE, 2014), Educação


de qualidade é um princípio fundamental e basilar para as políticas e gestão da educação
básica e superior, seus processos de organização e regulação. Em concordância com a nossa
Constituição Federal de 1988 (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, 1988),
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (LDB,1996) e as alterações ocorridas
após a sua aprovação, defende-se a garantia do direito social à educação de qualidade.
Entretanto, para continuar na defesa de uma Educação de qualidade, é preciso reconhecer
a permanência das desigualdades de acesso e as dificuldades enfrentadas por estudantes em
todos os níveis do ensino. A superação desse cenário passa pela construção do Sistema Nacional
de Educação (SNE) e do Plano Nacional de Educação (PNE) como política de Estado, consolidada
na organização dos processos, regulação, sistematização e no financiamento, que embasam as
instituições educacionais públicas, de iniciativa privada e sem fins lucrativos.
A Psicologia está presente na Educação de diversas formas, seja como saber teórico
abordando o processo de formação humana, ou como área de aplicação. Há, portanto, saberes
e práticas psicológicas que têm sido relevantes para a formação dos seres humanos mediante
as suas necessidades que emergem nos diferentes espaços educacionais.
Nesse sentido, o que viabiliza o trabalho da (o) psicóloga (o) junto aos educadores
é a necessidade de um enfoque na potencialidade dos usuários da rede educacional.
Historicamente, a Psicologia escolar e educacional no Brasil dedicou-se a serviços de
diagnóstico, medição e adaptação de estudantes, isolados dos serviços dos outros
profissionais, o que foi revisado por um arcabouço teórico crítico construído no crescimento
da pós-graduação e no desenvolvimento da Psicologia nacional como ciência e profissão.
Busca-se hoje, possibilitar um trabalho mais coerente com a perspectiva de democratização
de uma Educação de qualidade e de inclusão social, ou seja, um trabalho que contribua para
o acesso universal e equitativo de todos ao conhecimento acumulado socialmente (Barbosa
& Souza, 2012).
As práticas desenvolvidas por psicólogas (os) em contextos formais de aprendizagem
extrapolam o atendimento individual da queixa escolar, permitindo a atuação junto aos
professores, família, educadores e demais pessoas que integram a comunidade escolar. E os
contextos, como dito anteriormente, abrangem todos os níveis de ensino: educação infantil,
ensino fundamental, médio, superior, ensino profissionalizante e educação continuada.
Isso posto, a inserção da psicologia em contextos educacionais aponta para intervenções
multiprofissionais, promoção da aprendizagem e do desenvolvimento dos sujeitos escolares
(CFP, 2008).
Assim, defende-se uma concepção crítica em Psicologia escolar e educacional que
compreende que os processos de ensino e aprendizagem são influenciados pelo contexto
social, político, econômico, cultural e aspectos históricos, permitindo ao profissional uma
compreensão mais ampla e complexa de seu objeto de trabalho, percebendo as demandas
que não estão explícitas e, desta maneira, possa planejar intervenções que envolvam todos os
segmentos escolares, bem como o poder público (CFP, 2019).

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Atuar profissionalmente a partir dessa concepção crítica permite romper com
a patologização, medicalização e judicialização da Educação, buscar conhecimentos e
desenvolver práticas coerentes com a ética, construir parceria com todos os atores do processo
de escolarização em todos os níveis e modalidades de ensino, realizar ação intersetorial e
interdisciplinar, contribuindo com a promoção de uma Educação democrática, inclusiva e de
qualidade (CFP, 2019).

5 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
2. POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO
2.1 NA EDUCAÇÃO BÁSICA (ENSINO INFANTIL, FUNDAMENTAL E MÉDIO)

• Promover o acolhimento das crianças e famílias recém-chegadas ao ambiente escolar


(adaptação) ou em transição de um nível a outro (do nível infantil ao Fundamental): Contribuir
com a elaboração da proposta institucional de acolhimento. Orientar ações que englobem os
professores, famílias e crianças no enfrentamento dos desafios que significam a inserção na
escola, de forma que ajude as famílias e crianças no enfrentamento de suas ansiedades e
medos diante das novidades no campo escolar.
• Contribuir com o planejamento coletivo de propostas para intervir nas demandas da
instituição educacional: orientar e instruir, com informações relativas aos saberes da
Psicologia, as demandas que a instituição enfrenta junto aos estudantes: Por exemplo, como
desenvolver o gosto pela leitura? Como promover uma melhor rotina diária? Como enfrentar
a ansiedade infantil e fenômenos mais específicos, como o luto, entre outros.
• Fazer encaminhamentos a outros profissionais por meio de articulações interprofissionais
e intersetoriais: dependendo da complexidade do caso, será necessário orientar a família
a buscar outros profissionais especializados, como fonoaudiólogos, neuropediatras,
psicoterapeutas, assim como articular o Sistema de Garantia de Direitos, entre outros.
Entretanto, é importante acompanhar esse trabalho por meio da troca de informações e
dados da criança, além de dar continuidade ao trabalho no âmbito pedagógico, por meio dos
professores, que auxilie no processo de ensino e aprendizagem da criança.
• Contribuir com a parceria entre a família e a instituição de ensino: mediar o diálogo sobre
as práticas escolares e as necessidades familiares; dar orientações e oportunizar espaços de
troca acerca do desenvolvimento infantil e da adolescência (o que é, o que está por trás e
o que promove), concepções de infância e adolescência, aprendizado dos limites para uma
vida em coletividade, sexualidade; desenvolver projetos que visem promover o respeito às
diferenças; propor espaços para que os familiares possam conhecer a proposta pedagógica
da instituição, dar opiniões e sugestões, participar de decisões no tocante aos projetos
desenvolvidos pela instituição, dentre outros, com o objetivo de estabelecer uma relação de
parceria entre as duas instituições tendo em vista a construção de um processo de ensino e
aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.
• Elaborar um trabalho voltado para a prevenção e enfrentamento das dificuldades que podem
aparecer no trabalho do professor: Hoje em dia torna-se bastante claro que o trabalho das
(os) professores necessita ser analisado e debatido com base na promoção da saúde mental
dessa categoria, o que torna imprescindível o trabalho da (o) psicóloga (o) para prevenir
problemas, para promover formação continuada, potencializar sua atuação, além de auxiliar,
tendo em vista um trabalho multiprofissional, na identificação e enfrentamento dos desafios
para alcançar níveis mais avançados de desenvolvimento.
• Análises e intervenções que considerem o cotidiano escolar, as práticas pedagógicas,
as equipes profissionais, os órgãos gestores, o perfil socioeconômico da comunidade
escolar, os índices escolares etc.: todos esses aspectos investigados serão relacionados e
possibilitarão elaborar um diagnóstico do contexto onde a (o) profissional estiver atuando
que considere elementos macro e microestruturais, ou seja, buscando compreender a

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relação dialética entre o que ocorre na instituição escolar por meio das ações dos indivíduos
que ali estudam ou trabalham com questões sociais, políticas, culturais e econômicas
regionais, nacionais e internacionais.
• Contribuições para o Projeto Político-Pedagógico: as (os) psicólogas (os) podem participar
da elaboração, avaliação e reformulação do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da instituição
educacional, promovendo reflexões, discussão de textos relacionados ao funcionamento
institucional, políticas educacionais, concepções de ensino e aprendizagem, aspectos
psicossociais, desenvolvimento humano, relação professor-aluno, família, escola e
comunidade, mediação de conflitos, violência, dentre outros.
• Intervenção no processo de ensino-aprendizagem: a (o) psicóloga (o) precisa identificar as
concepções e práticas de ensino e aprendizagem adotados formalmente pela escola em
seu PPP, nos discursos e práticas de sua equipe, uma vez que pode existir divergência, o que
gera práticas pedagógicas contraditórias. Esse processo é feito em parceria com a equipe
da instituição, os estudantes e familiares, que também trarão contribuições para pensar a
intervenção e participarão da posterior avaliação processual. As intervenções podem variar
desde mediação de conflito, palestras, oficinas, desenvolvimento de projetos, formação
da equipe, valorização do papel do professor, mediação cultural, elaboração de rotina de
estudos, projeto de vida, ações que promovam a expressão da afetividade, descoberta de
potencialidades, dentre outros.
• Trabalhar com a dimensão subjetiva do processo ensino-aprendizagem e das relações
escolares: reconhecer que a instituição educacional é permeada de sujeitos que estão ali de
forma integral e não apenas com sua cognição, seja para ensinar ou para aprender. Também
implica em partir do princípio de que não é possível separar afetividade da aprendizagem
ou da cognição. Nesse sentido, a (o) psicóloga (o) deve promover intervenções voltadas para
as relações afetivas entre todos, seus sentimentos, ideias, comportamentos, significados e
sentidos, motivação, sonhos, dentre outros.
• Projetos de promoção da saúde mental de toda a comunidade escolar: as (os) psicólogas
(os) deverão compreender como ocorrem as relações interpessoais, institucionais com a
comunidade para poder propor projetos de promoção à saúde mental. Tais projetos devem
promover respeito, cuidado, humanização, elaboração de projeto de vida, integração da
comunidade entre si, acesso a informações relacionadas aos direitos fundamentais, ações
interdisciplinares junto aos educadores e outros profissionais com trabalhos coletivos. É
importante ressaltar que a promoção da saúde não parte da ausência da doença e nem visa
patologizar os sujeitos que trabalham ou estudam na instituição educacional. As atividades
voltadas para a promoção da saúde mental devem possibilitar a compreensão acerca da
realidade vivenciada por todos, a elaboração de ações que visam a superação dos problemas
e a potencialização dos aspectos positivos.
• Formação continuada de educadores: a (o) psicóloga (o) pode realizar palestras, rodas
de conversa, oficinas, cursos, dinâmicas de grupo para abordar conteúdos como:
desenvolvimento, ensino e aprendizagem; relações interpessoais que atravessam o processo
educativo; cuidado; humanização da educação. Além disso, essa (e) profissional pode propor
atividades que promovam a elaboração, implementação e avaliação de práticas pedagógicas,
possibilitando a relação entre teoria e atuação profissional de forma crítica e reflexiva.

7 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
• Grupos com alunos: após realizar o diagnóstico da instituição educacional, a (o) psicóloga
(o) pode promover uma série de ações em grupo diretamente com os alunos, como por
exemplo, orientação profissional, dificuldades de escolarização, autoconhecimento,
desenvolvimento de potencialidades, relação entre educação e trabalho em um contexto
neoliberal, adolescência, sexualidade, transição entre níveis de ensino, disciplina e
indisciplina, violência na escola, gênero, raça, etnia, desigualdade social, direitos humanos,
preconceito e discriminação. Essa (e) profissional também pode realizar grupo de apoio
psicopedagógico com alunos que apresentem dificuldade de aprendizagem em parceria
com pais e professores.
• Transição entre níveis de ensino: a mudança entre os níveis de ensino que integram a
Educação Básica acarreta dificuldades de adaptação aos alunos pelo aumento de número
de professores, de disciplinas, grau de dificuldade, o que exige do estudante cada vez mais
organização, dedicação e autonomia. Se os estudantes que apresentam essas dificuldades
não receberem apoio e orientação, assim como suas famílias, isso poderá dificultar sua
trajetória escolar culminado em problemas de aprendizagem, de comportamento, evasão e
reprovação. O trabalho da (o) psicóloga (o) é realizar acolhimento, promover atividades de
integração, orientação sobre rotina e estratégias de estudo.
• Educação de Jovens e Adultos: a (o) psicóloga (o) pode contribuir com a integração e
adaptação do aluno que regressa à rotina escolar com orientação sobre estratégias
de estudo, organização de rotina, perspectiva de futuro e orientação profissional. A (o)
profissional pode contribuir com o desenvolvimento de práticas pedagógicas junto à equipe
gestora e de docentes que sejam coerentes com a faixa etária, respeitem a cultura popular
e sejam mais motivadoras. A mediação de conflitos entre alunos, professores e gestores
também pode ser realizada. Tais ações devem contribuir com o ingresso, permanência e
sucesso escolar dos alunos para que concluam seus estudos e busquem a continuidade em
níveis mais elevados.
• Educação Inclusiva: promover ações conforme o item 2.3.

No caso da Educação Básica as (os) psicólogas (os) devem atuar em consonância com
os fundamentos pedagógicos da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), com destaque para
o compromisso com a educação integral, que abrange o desenvolvimento humano de forma
global, a ruptura com visões reducionistas que, ora focam aspectos cognitivos, ora apenas
afetivos no processo de ensino e aprendizagem, reconhecimento da pluralidade e diversidade
dos estudantes, inserindo-os como sujeitos de aprendizagem, promoção da escola democrática
e inclusiva e enfrentamento ao preconceito e à discriminação (Ministério da Educação, 2018).
Além desses fundamentos, a BNCC define 10 competências gerais da Educação Básica.
A Psicologia escolar e educacional pode contribuir com o desenvolvimento de todas, mas é
importante destacar as três últimas que se referem a: possibilidade de autoconhecimento,
autocuidado com a saúde física e emocional e autocrítica; exercício da empatia, do diálogo
com o propósito de resolver conflitos e promover a cooperação, o respeito e a valorização
da diversidade de pessoas e grupos sociais; agir individual e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, ética, tendo como base a democracia, a sustentabilidade, inclusão e
solidariedade.

8 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
2.2 ENSINO PROFISSIONALIZANTE
O campo do Ensino Profissionalizante pode ser integrado ao Ensino Médio regular
ou não. No Brasil, o Ensino Profissionalizante já foi sinônimo de separação entre educação
“intelectual” e educação “técnica” (Kuenzer, 2006). Com o avanço dos estudos, das lutas sociais
e das políticas nesse âmbito, desenvolveu-se a visão de uma educação integral dos indivíduos,
de modo que se tornou importante a construção de novos modos de trabalho e de promoção
de direito à educação e preparo técnico-profissionalizante. O maior exemplo disso está no
desenvolvimento dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET), onde um
importante espaço se consolida para a atuação da (o) psicóloga (o) escolar.
De acordo com Marinho-Araújo (2014), a (o) psicóloga (o) escolar contribuirá por meio da
construção e reconstrução de saberes teórico-metodológicos que auxiliem as atividades de
docentes e outros profissionais da educação. Para tanto, cabe às (aos) psicólogas (os) utilizar
recursos cognitivos, técnicos e éticos.
Dessa forma, no contexto em que visões mais críticas direcionaram o Ensino
Profissionalizante, há uma ideia de articulação entre preparo profissional e atuação reflexiva,
crescendo a necessidade de atuação multiprofissional nas instituições ligadas a essa vertente
educacional. A (o) profissional da psicologia atuando no Ensino Profissionalizante poderá
desenvolver as mesmas ações do item 2.1 voltadas para o Ensino Fundamental, Médio e
Educação de Jovens e Adultos, com o acréscimo de mais propostas voltadas para orientação
profissional, desenvolvimento de habilidades e competências, perfil profissional, ingresso no
mercado de trabalho e planejamento de carreira.

2.3 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A (o) psicóloga (o) deve realizar ações que promovam respeito e valorização da diferença
(tanto para alunos com necessidades educacionais especiais, aos pertencentes a grupos sociais
vulneráveis, trabalhar questões étnico-raciais, populações indígenas e quilombolas, bem como as
questões de gênero e população LGBTI+ etc.) por meio do enfrentamento de preconceitos, práticas
discriminatórias e excludentes de alunos, profissionais e professores. Através de suas ações,
possibilitar que a comunidade escolar compreenda criticamente o lugar que a diferença ocupa em
suas relações e em seus processos educativos, repensando as práticas pedagógicas realizadas.
No campo da educação especial inclusiva, ao considerar o seu público alvo (alunos/
as com deficiências, Transtornos Globais de Desenvolvimento e com Altas Habilidades/
Superdotação) é importante ter em vista as barreiras atitudinais, pedagógicas, comunicacionais
e arquitetônicas.
As barreiras, como se pode observar no Inciso IV do Artigo 3 do Estatuto da Pessoa com
Deficiência ou Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146, 2015), correspondem a qualquer obstáculo,
atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite que a pessoa possa participar
efetivamente da sociedade, exercer e gozar de seus direitos. Essa ideia é particularmente
importante quando ainda no Estatuto, baseado na Convenção Internacional sobre os Direitos
da Pessoa com Deficiência, considera no seu Artigo 2 que a pessoa com deficiência é a que
tem “impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual,
em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na

9 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Assim sendo, todos (ressaltando-
se ainda o papel do poder público) tornam-se responsáveis por incluir as pessoas que tenham
deficiência e lhes possibilitar condições de estar em sociedade junto com os demais.
As instituições educacionais integram esses espaços em que a inclusão deve ocorrer e,
como consta na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,
todos/as devem ter o direito de estudar juntos, e, se necessário, que sejam feitas as adaptações
razoáveis para melhor permitir o desenvolvimento e aprendizagem dos/as alunos/as público
alvo da política, como a oferta de forma paralela e em turno inverso ao da classe comum do
Atendimento Educacional Especializado - AEE (Ministério da Educação, 2008).
Assim, a (o) psicólogo (a) nas instituições educativas pode empreender análise
diagnóstica e intervenção que podem contribuir explicitando esses impedimentos e permitir
criar estratégias para estimular o desenvolvimento das potencialidades desses/as alunos/
as, deslocando o foco do déficit, através de um trabalho conjunto com a equipe, famílias e
estudantes, visando também o fortalecimento do trabalho do professor. Além dessas ações,
é importante que a (o) psicóloga (o) procure estabelecer comunicação e parceria com outros
profissionais da saúde, da assistência e de outros segmentos que acompanhem o/a aluno/a
com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento ou Altas Habilidades/Superdotação,
para que seu desenvolvimento seja possível (CFP, 2009).

2.4 ENSINO SUPERIOR

A atuação da (o) psicóloga (o) historicamente é associada à Educação Básica, todavia, a


inserção no ensino superior, segundo Bisnoto e Marinho-Araújo (2015), tem sido amplamente
estudada na área da Psicologia. A produção sobre as práticas psicológicas no ensino superior
busca mapear e construir ações baseadas na especificidade desse nível de ensino que já se
configura como contexto legítimo de atuação da (o) psicóloga (o) (Zavadski & Facci, 2012).
Santos, Souto, Silveira, Perrone e Dias (2015) sugerem que as (os) psicólogas (os) podem atuar
conforme as seguintes propostas:
• Construir o projeto de atuação a partir do projeto pedagógico dos cursos e com o plano de
desenvolvimento institucional;
• Contribuir com a elaboração de práticas pedagógicas respeitando as especificidades dos cursos;
• Desenvolver propostas para a formação inicial e continuada dos professores;
• Orientar e dar suporte aos gestores e docentes acerca de questões que envolvem os processos
de ensino e aprendizagem no âmbito universitário;
• Contribuir com o trabalho em equipe entre gestores, docentes e técnicos dos diferentes cursos;
• Dar orientações e suporte para a relação entre gestores, docentes, alunos e familiares;
• Problematizar o cotidiano universitário;
• Intervir na subjetividade a partir: da mediação de conflitos; da realização de grupos temáticos
reflexivos, enfrentamento de preconceitos e processos de exclusão na universidade;
acolhimento orientação e encaminhamento para alunos, docentes, gestores e funcionários
com sofrimento psíquico;

Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN 10
• Contribuir para promover a integração entre os estudantes, com atenção especial aos que
migram, aqueles que ficaram muitos anos sem estudar e retornam à universidade, aos alunos
com necessidades educacionais especiais;
• Promover ações que possibilitem a educação inclusiva conforme o item 2.3.
• Valorizar a construção de saberes e a pluralidade de ideias;
• Dar suporte e orientação aos estudantes para facilitar seu ingresso e adaptação à rotina
universitária, como por exemplo: estratégias de estudo, organização de horários, trabalho em
grupo, ansiedade para realizar as atividades e avaliações, sofrimento psíquico decorrente da
trajetória universitária;

2.5 ENSINO À DISTÂNCIA

Visando o incremento do acesso da população à educação, o ensino à distância


articula-se aos avanços tecnológicos, como a internet, permitindo a milhares de pessoas a
oportunidade de realizar um curso profissionalizante ou superior. No entanto, por ser uma
modalidade recentemente popularizada, há imensos desafios e poucas pesquisas acerca dos
processos de ensino e aprendizagem, mediação pedagógica e uso da tecnologia (Costa, 2015;
Lima de Oliveira, 2018).
Por apresentar um modelo diferente da sala de aula, no qual o aluno precisa ter disciplina
para permanecer, desafios como evasão e abandono dos cursos demonstram a necessidade de
outras formas de apoio aos estudantes, docentes, tutores e demais profissionais envolvidos
nesse sistema. Nesse sentido, a (o) psicóloga (o) pode contribuir com o desenvolvimento de
pesquisas e avaliação os recursos, materiais e práticas que são realizadas junto com a equipe
de apoio pedagógico da instituição. Além disso, pode trabalhar individual e coletivamente
com os estudantes visando a permanência diante de suas necessidades assistenciais, de
aprendizagem, gestão de tempo e funcionamento de rotina de estudos.
Outras ações que a (o) psicóloga (o) pode propor são: integração dos alunos à modalidade
de ensino à distância, tendo em vista a organização de horários e desenvolvimento de estratégias
de estudo; uso da tecnologia; suporte para as necessidades educacionais especiais e promoção
da inclusão conforme item 2.3; elaboração dos projetos pedagógicos conforme os cursos,
formação dos professores e gestores; mediação dos conflitos e das relações interpessoais;
orientação profissional e de carreira.

2.6 PARTICIPAR DA ELABORAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E


AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

A (o) psicóloga (o) pode contribuir com a gestão municipal e estadual na elaboração do
diagnóstico, avaliação, definição de metas e estratégias para a rede educacional, considerando
as realidades locais, as especificidades dos diferentes níveis e das modalidades de ensino, tendo
em vista aspectos relativos à aprendizagem, práticas pedagógicas, relações interpessoais,
parceria instituição de ensino com a comunidade, desenvolvimento de habilidades e
competências, formação dos docentes e gestores, mediação de conflitos, educação inclusiva
e democrática. Tais ações podem ser realizadas diretamente nas instituições escolares ou

11 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
junto à gestão municipal e estadual e diretorias de ensino, como assessoria às equipes e
instituições. A (o) psicóloga (o) deve integrar a equipe pedagógica, para contribuir com a
otimização dos processos educativos.
Por fim, é possível colaborar com a definição do perfil de cargos de profissionais
da educação de aspectos mais específicos relacionados à interface entre as duas áreas
(Psicologia e Educação) e, mais especificamente, para cargos voltados para psicólogas (os)
(Martinez, 2010).

12 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
3 ORIENTAÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE CARGOS PARA
O PSICÓLOGO ESCOLAR E EDUCACIONAL

A (o) psicóloga (o) escolar e educacional deve atuar junto à gestão pedagógica da
instituição educacional, subsidiando o planejamento e potencializando os processos
educativos a partir das contribuições da psicologia. Não há uma regulamentação específica
para planejar a elaboração da vaga, tendo em vista número de pessoas ou de instituições
acompanhadas. Muitas secretarias municipais e estaduais de Educação possuem uma equipe
de psicólogas (os) que podem se distribuir dando apoio e orientação às escolas, conforme
suas demandas e tamanhos.
Souza, Silva e Yamamoto (2014) realizaram uma pesquisa em alguns estados brasileiros
com o objetivo de investigar a atuação do psicólogo na rede pública de Educação. Cada
estado pesquisado contou com uma equipe que mapeou a inserção dos profissionais nas
redes públicas e os entrevistaram. Tada e Costa (2014) foram responsáveis pela pesquisa no
Acre, que contava com 11 psicólogas inseridas na rede estadual, sendo que cerca de metade
foram contratadas como docentes, pois também tinham formação em magistério. Dentre
as práticas desenvolvidas, a maioria atuava na educação especial, no Programa Saúde na
Escola, apenas uma estava na secretaria estadual e outra atuava diretamente na escola.
Tada, Lima, Sápia e Neves (2014), realizaram a pesquisa em Rondônia, com 38 psicólogos,
sendo 33 vinculados ao estado e 12 em diferentes municípios, desses, apenas três atuavam
diretamente em órgãos da secretaria estadual e o restante na escola, sendo que em sua
maioria, desenvolviam práticas como psicodiagnóstico e reeducação psicopedagógica,
tendo como base a prática clínica individual.
Na Bahia, Viégas (2014) ressalta que até 2007 não havia psicólogos na rede estadual
de Educação e, na época da pesquisa, apenas 32 dentre 372 municípios contatados tinham
psicólogos que desenvolviam atividades relacionadas à Educação Especial, psicoterapia,
atividades grupais com alunos, familiares e docentes, seja no ensino infantil, fundamental,
médio ou Educação de Jovens e Adultos. No estado de Minas Gerais 123 psicólogos foram
identificados atuando em 41 municípios, em todos os níveis de ensino, exceto o superior, a
partir da perspectiva clínica e institucional, incluindo todos os segmentos da escola, como
pais, alunos e professores (Silva et al, 2014). Já em São Paulo, 61 municípios contatados
somavam 220 psicólogos, sendo que na grande São Paulo, os municípios contavam com
equipes e no interior com apenas um profissional. A maioria trabalhava com todos os
segmentos da escola, com formação docente, assessoria às escolas, e muitos realizavam
atendimento clínico (Souza et al, 2014). Tondin, Dedonatti e Bonamigo (2010) pesquisaram a
atuação do psicólogo escolar no estado de Santa Catarina. Os autores identificaram que 27
municípios apresentavam psicólogos na rede de Educação, mas nem todos tinham projetos
de lei para criação do cargo.
No tocante às possibilidades de atuação, praticamente todos trabalhavam com a
Educação Básica, a Educação de Jovens e Adultos e a Educação Especial. Os autores destacaram
as práticas realizadas a partir da concepção crítica em Psicologia escolar e educacional, que
compreendem a relação dialética entre sujeito, escola e sociedade na produção das dificuldades
escolares (Contini, 2000). Tais práticas críticas tinham como foco a instituição educacional e
envolveram todos os segmentos da escola. É importante ressaltar que práticas como essas são

NOTA TÉCNICA ELABORADA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA – CRP/RN 13
as recomendadas pelas Referências Técnicas para a atuação do psicólogo na Educação Básico
(CFP, 2019) e em outras instituições educacionais, públicas ou privadas, independentemente do
nível e modalidade de ensino.
Atualmente há o projeto de lei 511/17 que estabelece que a jornada de trabalho semanal
do psicólogo não pode ultrapassar 30 horas semanais na instituição. O Conselho Federal de
Psicologia está tentando articular a elaboração de um projeto de lei1 para estabelecer o piso
salarial do psicólogo em R$4.800,00, no entanto, isso ainda não ocorreu. Vale ressaltar que a (o)
psicóloga (o) é um profissional do Ensino Superior, cuja atuação exige formação continuada,
portanto, suas condições de trabalho e remuneração devem levar esses pontos em consideração
para garantir a qualidade no desenvolvimento do seu trabalho.


1
https://site.cfp.org.br/jornada-de-30-horas-e-piso-salarial-de-r-48-mil-para-profissionais-da-psicologia/

14 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir desse conjunto de possibilidades de atuação e tantas outras que podem se fazer
realidade mediante a efetiva inserção das (os) psicólogas (os) nas instituições de educação
públicas, privadas e sem fins lucrativos no Estado do Rio Grande do Norte, a exemplo de outras
experiências bem sucedidas no Brasil e no mundo, bem como considerando a urgência da
atuação de profissionais que possam se debruçar sobre questões emergentes nas escolas como
automutilação, suicídio, violência, fracasso escolar, bullying, dificuldades de aprendizagem,
adoecimento dos professores, necessidade de formação de professores etc., torna-se
evidente e imprescindível a colaboração das (os) psicólogas (os) de modo a contribuir com os
conhecimentos desse campo de saber em articulação aos demais profissionais que integram a
educação. Segundo documento do Conselho Federal de Psicologia (2019):
Portanto, a finalidade da atuação da (o) psicóloga (o) na Educação deve se
pautar no compromisso com a luta por uma escola democrática, de qualidade,
que garanta os direitos de cidadania a crianças, jovens e profissionais da
Educação. Esse compromisso é político e envolve a construção de uma
escola participativa, que possa se apropriar dos conflitos nela existentes
por meio da implicação de todos os seus atores (p. 59).
Por tudo isso, a Comissão de Educação do CRP 17 espera que esse documento possa
servir de subsídio para os gestores dessas instituições e dos governos a pensarem em ações
no campo educacional, bem como compreender a importância e contribuições da Psicologia
na elaboração, execução e avaliação dos processos educativos e das políticas públicas
educacionais no Estado.

NOTA TÉCNICA ELABORADA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA – CRP/RN 15
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18 Nota Técnica Elaborada pela Comissão de Educação do Conselho Regional de Psicologia – CRP/RN

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