1 - Manual - IntroduçãoCNC - 3A
1 - Manual - IntroduçãoCNC - 3A
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* MODALIDADE: Aprendizagem
* PERCURSO: 521. Metalurgia e Metalomecânica
* Técnico de Manutenção Industrial de Metalurgia e
SAÍDA PROFISSIONAL:
Metalomecânica
* AÇÃO Nº: 5210731011
* UFCD: 6605
* DESIGNAÇÃO UFCD: Introdução ao CNC
* DURAÇÃO UFCD: 25h
* DATA INICIO: 30.05.2018
* DATA FIM: 02.10.2018
* FORMADOR: Jorge Manuel Duarte de Sousa Ribeiro
CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ENTRE DOURO E VOUGA
INTRODUÇÃO AO CNC
MANUAL |
Comando Numérico Computorizado
04/09/2017
ARSOPI 1 11/10/2017 ARSOPI P/2
Comando Numérico
Comando Numérico Computorizado Computorizado
Fabricação de peças de geometrias mais
O QUE É O COMANDO NUMÉRICO?
VANTAGENS
complexas, tolerâncias dimensionais mais
estreitas e melhor acabamento superficial;
Como definição, pode-se dizer que o Maior repetibilidade das características do
Comando Numérico é um equipamento produto: as peças produzidas são
electrónico capaz de receber informações idênticas umas às outras,
de entrada de dados, compilar estas independentemente dos factores
informações e transmiti-las em forma de humanos;
comando à máquina-ferramenta, de modo Flexibilização da produção, ou seja,
que esta, sem a intervenção do operador, possibilidade de fabricação de pequenos
realize as operações na sequência lotes de uma grande variedade de peças,
programada. sem que para isso sejam necessários
ajustes demorados no equipamento;
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Comando Numérico
Computorizado Comando Numérico Computorizado
DESVANTAGENS Os componentes típicos de uma máquina de
comando numérico são:
eixos de deslocamento;
Necessidade de investimentos transmissões;
relativamente elevados para aquisição dos dispositivos de medida de posição e de
equipamentos; deslocamento;
Necessidade de formação e
especialização de mão-de-obra, para ferramenta principal ou cabeça;
utilização de todo o potencial tecnológico sistemas de aperto das peças;
das máquinas; sistemas de mudança das ferramentas;
Desemprego nos segmentos de indústria eixos complementares de rotação e de
onde foram instaladas. deslocamento.
Na descrição das Numa máquina os eixos são definidos segundo a norma DIN 66217.
máquinas de comando
numéricos utiliza-se Consideram-se três eixos lineares X, Y, Z, e eixos rotativos
associados A, B, C.
sempre o conceito de
eixos:
eixo Z - eixo paralelo ao eixo de trabalho da bucha, sendo
direcções dos confundido com este (sempre relacionado com a bucha)
deslocamentos
principais das partes eixo X - eixo principal do plano de posicionamento
móveis da máquina
como a mesa porta eixo Y - eixo definido apartir dos eixos X e Z
peças, cabeça, torreta.
Eixos de deslocamento de eixos rotativos - giram em torno respectivamente de X, Y e Z.
uma fresadora.
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Comando Numérico Computorizado
Comando Numérico Computorizado
Eixos principais
Eixos complementares
As máquinas de comando numérico estão providas de um
número de eixos principais característico.
Convencionalmente estes eixos designam-se por X, Y, e Z. Algumas máquinas de comando numérico dispõem de
A designação e a descrição dos eixos de cada tipo de mesas giratórias e/ou cabeça orientável.
máquina de comando numérico é normalizada. Os eixos sobre os quais giram essas mesas e cabeça,
Os tornos dispõem de dois eixos principais enquanto as são controlados de forma independente e são
fresadoras estão dotadas de três. designados por eixos complementares de rotação.
A sua velocidade é também regulada de forma
autónoma.
Os eixos complementares de rotação são
designados, em programação de CN, por A, B,
C.
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ARSOPI P / 13
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Comando Numérico Computorizado Comando Numérico Computorizado
Equipamento auxiliar externo Equipamento auxiliar externo
Os sistemas de CNC dispõem de memória limitada para o
armazenamento de programas (que, como em todos os Para levar a cabo a transmissão para os sistemas de
equipamentos informáticos, tende a crescer nos novos armazenamento (para os dispositivos que gravam e
modelos). Assim é necessário, por diversas causas, lêem) utilizam-se várias conexões standard (por
dispor de recursos técnicos capazes de preservar tal exemplo a RS232).
informação externamente. Por outro lado, nunca se Estes standards por um lado estabelecem a forma de
sabe quando se vai utilizar novamente um programa; codificar a informação para a sua correcta
repetir a sua edição junto da máquina pode ser bastante interpretação, e por outro, a velocidade e as
tediosa e improdutiva. unidades básicas de transmissão/recepção que
garantam a fluidez da mesma.
Os métodos mais habituais para o armazenamento Estes parâmetros estabelecem um protocolo de
externo de informação são a disquete (na actualidade é o comunicação. Uma das variáveis mais comuns é a
único empregado), a fita perfurada e a cassete (CNC velocidade de transmissão (bits/s).
antigos).
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Pontos de Referência
Comando Numérico Computorizado
As várias origens são definidas no CN da máquina para referenciar a
peça, máquina e as ferramentas.
Uma vez introduzido o programa de CN no
sistema de controlo, pode executar-se
tantas vezes quantas se desejar. O
operador apenas:
prepara a máquina;
monitoriza as sequências de Estes pontos são:
maquinação; M
A
Ponto Zero Máquina
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Sistemas de coordenadas
Designaçoes de Planos
em máquinas diferentes
- Um plano é definido por dois eixos, o terceiro eixo,
perpendicular a este plano define a direcção da alimentação
da ferramenta.
- Há certo tipo de funções em que é necessário indicar qual
o plano de trabalho.
Deslocamentos
Medidas da ferramenta Para as operações de maquinação que se efectuam
Ao maquinar uma peça, é essencial poder nas peças, as ferramentas têm que percorrer de
controlar de forma precisa o ponto de forma precisa as trajectórias correspondentes a cada
ferramenta ou os fios da mesma em
relação aos contornos da peça durante tipo de operação. As trajectórias possíveis da
as passagens da maquinação. ferramenta dependem de cada tipo de máquina e da
Dado que as ferramentas têm diferentes
formas e dimensões, as dimensões capacidade dos sistemas de controlo.
precisas da ferramenta têm que ser
estabelecidas antes da maquinação e
introduzidas no sistema de controlo.
Nota: Os pontos de referência das
ferramentas são importantes para o
posicionamento das mesmas. Os
dados das ferramentas têm que ser
introduzidos na memoria do
controlador antes de serem operadas.
Exemplos de deslocamentos das ferramentas
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Comando Numérico Computorizado Comando Numérico Computorizado
Deslocamentos circulares
Deslocamentos lineares Se a ferramenta se desloca de um ponto inicial até um
Quando a ferramenta se desloca desde um ponto ponto final dado mediante uma trajectória circular, está-
inicial até um ponto objectivo ou destino dado e se perante o que se designa por interpolação
este deslocamento se realiza ao longo de uma circular.
recta, tem-se uma interpolação linear. Os arcos de circunferência podem-se percorrer no sentido
horário ou no sentido anti-horário.
Se o sistema de controlo tem
mais de 2 eixos, é necessária
a entrada do plano
no qual se encontra o arco
de circunferência: por exemplo,
nos planos XY, YZ ou XZ.
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Deslocamentos circulares
Uma vez escolhido o plano do arco, a maquinação pode-se
realizar em varias passagens de profundidade.
Um plano é suficiente para descrever o contorno Num centro de maquinação é necessário pelo
De uma peça num torno. menos mais um eixo para definir as posições.
Ex:
Os pontos P1 a P4 são descritos peças seguintes
coordenadas.
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Dimensões em Absoluto Dimensões em Incremental
Compensação da ferramenta
Até agora falou-se das trajectórias das ferramentas sem Compensação da ferramenta
mencionar as dimensões das mesmas e como afectam o Na maioria dos sistemas CNC modernos, a
contorno.
trajectória equidistante calcula-se
Compensação do raio da ferramenta automaticamente mediante a compensação do
Para assegurar que um contorno seja fresado, o centro da fresa raio da ferramenta. Esta compensação requer
deve-se deslocar ao longo de uma trajectória equidistante :
a entrada no programa de CN dos seguintes
segue o contorno desejado a uma distância uniforme que
depende do raio da fresa. dados:
A dimensão do raio da fresa;
De que lado do contorno final programado se
situa a ferramenta.
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Comando Numérico Computorizado Comando Numérico Computorizado
Coordenadas absolutas e incrementais
Compensação da ferramenta A informação dimensional no plano da peça pode
basicamente estabelecer-se no sistema de cotagem
absoluto ou incremental.
Os dados na cotagem absoluta fazem sempre referência
a um ponto de referência fixo no plano. As cotas
absolutas também são designadas por cotas de
referência .
Ao usar cotas incrementais, cada medida faz referência à
posição anterior; as cotas incrementais são distâncias
entre pontos adjacentes. Estas distâncias convertem-se
em coordenadas incrementais ao tomar as coordenadas
do último ponto como a origem de coordenadas para o
ponto seguinte. As cotas incrementais também se
designam por cotas relativas ou por cotas em
Ponta da ferramenta e quadrantes no torneamento. cadeia/série .
Estrutura de um programa
O programa de controlo numérico deve ser introduzido no Estrutura de um bloco
controlador de tal forma que este o entenda. O Funções
programa é formado por uma sucessão de blocos. auxiliares
Cada bloco pode conter vários dos seguintes
caracteres, acompanhados de um código ou valor: N_G_X_Y_Z_F_S_T_D_M_
N : Número do bloco;
Corrector
G : Funções preparatórias; Rotação da
Coordenadas
X,Y,Z : Cotas dos eixos; Nº do ferramenta
bloco ou suas
F : Velocidade de avanço;
dimensões
S : Velocidade de rotação; Funções
Avanço
T : Número da ferramenta; preparatórias Ferramenta
M : Função auxiliar. Ex: N10 G01 X10 Y15 Z1 F100 S3000 T1 D1 M3 M8
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Funções F e S
Programação da velocidade de avanço F G94/G95/G96/G97
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X e Z estão
Nº da armazenados
ferramenta nos correctores Z Z
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Comando Numérico Computorizado
Comando Numérico Computorizado
Os blocos que indicam o começo, final e chamada de
SubProgramas um subprograma não podem conter mais informação.
A chamada de um subprograma faz-se digitando o nome De um programa principal, ou de um subprograma,
do mesmo num bloco isolado. pode-se chamar um subprograma, de este um
segundo, do segundo um terceiro, etc., até um
O número de vezes que o subprograma será executado é
máximo de 15 níveis de imbricação.
dado através da letra P seguida do número pretendido.
Ex: N10...
N20...
Nome do subprograma
...
GOTOB Inicio
Para fazer efectivo a translação no momento desejado, deve-se
programar num bloco tal direcção. Tabela de trans. da origem
...
FRAMES
Através das funções:
TRANS; ROT; MIRROR e SCALE
é possível indicar ao CNC um modo distinto de operar com
as funções G54/G57: consiste em somar o valor
indicado aos valores de G54...G57; isto é, ao executar-
se alguma função do tipo G54.... G57, a translação da
origem aplicado a cada eixo será o valor indicado na
tabela (G54... G57) mais o valor indicado nas funções
anteriores.
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Comando Numérico Computorizado Comando Numérico Computorizado
ROT/AROT
SCALE/ASCALE
EXEMPLO
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Comando Numérico Computorizado Comando Numérico Computorizado
EXEMPLO
Quando se pretende escrever um programa, no caso
particular, para um contorno deve-se seguir os
seguintes passos:
1. Identificar as formas geométricas que constituem a
trajectória;
2. Localizar todos os pontos da trajectória e respectivas
coordenadas;
3. Estudar condições de maquinação, como sejam a altura de
movimento rápido, o posicionamento relativo da ferramenta
ao contorno, os parâmetros de corte, etc;
4. Com base nas análises dos pontos anteriores, escrever o
programa com a sintaxe e sequência correctas.
Dados:
P4 P3
Fresagem no plano de trabalho XY;
Avanço recomendado de 100 mm/min;
Velocidade de rotação recomendada de 1500
rpm;
Ferramenta: Fresa de topo Ø5 (T1 e corrector
D1); P1 P2
mm;
Profundidade do rebaixo = 1mm.
X+ W
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