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BA online – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Design e Gestão de Web, Mídias Digitais e Móveis

Expediente
Dr. Paulo Antonio Gomes Cardim
Reitor

Prof. Dr. Francisco Carlos Tadeu Starke Rodrigues


Pró-Reitor Administrativo

Prof. Dr. Sidney Ferreira Leite


Pró-Reitor Acadêmico

Dra. Josiane Maria de Freitas Tonelotto


Superintendente Acadêmica

Departamento BA online
Profa. Ma. Leila Rabello de Oliveira
Coordenação

Lucas de Mattos Millan


Claudio Villa da Costa Filho
Design Instrucional

Gustavo Nogueira Pereira


João Paulo Tenório da Silva
Web Design

Gabriel Kwak
Marina de Mello Fontanelli
Revisão de Texto
Publicação
Este e-book é uma publicação da
Beatriz Melhorine Basílio
Hanna Carolina Brino Barretto
Analise Educacional
Rua Dr. Álvaro Alvim, nº 90
Vila Mariana – SP
Fone: (11) 5576-7300

É proibida a venda e a
reprodução deste material sem
autorização prévia do Centro
Universitário Belas Artes de São
Paulo.

BA online – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo


Design e Gestão de Web, Mídias Digitais e Móveis

Sumário

Para início de conversa ......................................................... 5


Módulo1 - Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos
produtos digitais.................................................................. 6

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BA online – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
Design e Gestão de Web, Mídias Digitais e Móveis

Professora-autora
Ma. Denise de Paiva Tangerino
Meu sonho sempre foi mudar o mundo,
trazendo alegria e leveza por onde eu passas-
se, e ser professora era apenas consequência
desse meu sonho. Sou graduada e pós-gradua-
da em Design Gráfico, com foco em design editorial. Já no mestrado,
parti para os estudos da Comunicação e das Práticas do Consumo, na
ESPM, visando compreender a juventude e suas rotas de consumo,
individuais e coletivas. Em 2011, comecei minha carreira de docente
universitária e em 2014 entrei para o time Belas Artes (afinal, deve ser
muito triste não ser Belas Artes). Paralelo a isso, mantenho pequenas
produções de audiovisual, como gosto, e minha profunda formação
em séries e Netflix sempre ativa.
Bon appétit!

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Design e Gestão de Web, Mídias Digitais e Móveis

Para início de conversa

Caro aluno, é com satisfação que lhe desejo boas-vindas ao


estudo da disciplina de Design e Gestão de Web: Mídias Digitais e
Móveis. Você é meu convidado especial para, ao longo de nossa jorna-
da, compreender os aspectos que caracterizam o estudo do design
gráfico aplicado à web, os pontos técnicos para a criação de algumas
plataformas on-line e, principalmente, as formas mais usuais e práti-
cas de gestão desses produtos digitais, essenciais para a formação de
qualidade de futuros profissionais.
Para tanto, ao longo de oito Módulos estruturados de maneira
a facilitar a absorção de seu conteúdo, daremos importância a obje-
tivos cruciais relacionados ao ambiente educacional, como fomentar
uma visão crítica e estratégica ante os meios de comunicação da web,
desenvolver um espírito criativo, dotá-lo de ferramentas básicas e
fundamentais para o desenvolvimento de peças, alinhadas ao plane-
jamento estratégico, e ensinar a gestão desses meios como processos
fundamentais para a ativação de campanhas e retenção de público.
Do mesmo modo, abordaremos temas como: as formas bási-
cas do design (ponto, linha e forma) e suas aplicações relacionais; o
uso das cores em diversos suportes (impressos e digitais); morfologia
e uso coerente e eficiente das diversas tipografias existentes no merca-
do; o uso de imagens e as possibilidades de edição das fotografias;
criação de marca e desenvolvimento do MIV (Manual de Identidade
Visual); aspectos gerais de criação para web (usabilidade e leiturabili-
dade); aplicação dos aspectos imagéticos e textuais para a concepção
e aplicação em diversos suportes virtuais, especialmente sites e redes
sociais; e, por último, a gestão de todos esses aspectos. Tudo isso de
maneira leve e dialógica, com elementos que o ajudarão a conhecer o
contexto da disciplina, para que você se sinta motivado a atingir, com
sucesso, os objetivos propostos em nossos Módulos e consiga, deste
modo, êxito em suas carreiras profissional e estudantil.

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BA online – Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
MÓDULO 1
Aspectos gerais do Design
Gráfico aplicado aos produtos
digitais
Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Objetivos

Ao término dos estudos propostos neste Módulo, você de-


verá estar apto a:

 Compreender a importância dos aspectos específicos


do Design Gráfico aplicado a produtos digitais;
 aprender sistemas tonais utilizados para diferentes su-
portes impressos e digitais, com o objetivo de aplicar,
com coerência, cores e texturas em concordância com
os projetos solicitados;
 utilizar as ferramentas já disponíveis como instrumento
de facilitação no momento da criação de um produto
gráfico digital;
 aplicar o sistema tonal na criação de layouts para web,
com o objetivo de alcançar os aspectos solicitados no
briefing.

Seções

1. Introdução ao conceito de design gráfico


2. Treinamento básico sobre cores

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Introdução


Caro aluno,
Seja bem-vindo ao primeiro Módulo de nossa disciplina Design
e Gestão de Web: Mídias Digitais e Móveis. Nele, avaliaremos os obje-
tivos propostos, base de conteúdo de suas cinco seções. Elas servirão
de apoio para o seu aprendizado e para a construção do seu processo
cognitivo.
Com participação e reflexão, você aprenderá, de maneira
agradável e conveniente, a compreender a importância dos aspectos
específicos do design gráfico aplicado a produtos digitais.
Sendo assim, convido-o a tomar parte desta aventura para que
possamos ampliar nossos conhecimentos.
Bons estudos!

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Seção 1

Introdução ao conceito de design gráfico

Caro aluno, bem-vindo à nossa primeira aventura: compreen-


der o que é design gráfico.
Ao consultarmos um
dicionário, passo mais simples
para se compreender o que
significa uma determinada pala-
vra, encontramos que “design”
provém do inglês e está atrela-
da aos seguintes conceitos: o ato projetual de criar algo; o desígnio
para criar algo; ou, ainda, a concepção física e funcional de um produ-
to.
Talvez esses termos e expressões ainda sejam difíceis de serem
compreendidos, então facilitarei dizendo:

Design é a ação de projetar algo (site, marca, móveis, roupas, espaços,


etc.), que tenha como pilar de criação dois aspectos fundamentais, a
forma e a função.

Vamos destrinchar mais um pouco!


Forma é o formato físico ou digital que um produto (no nosso
caso trabalharemos com entregas virtuais, como website, blogs,
vídeos, redes sociais, entre outros) vai receber, com o objetivo de
alcançar uma função (entreter, informar, representar uma empresa ou
pessoa, etc.).

Exemplificando
Uma cadeira tem uma forma física cujo objetivo
promove o conforto na hora de sentar, que é sua
função. Ou, ainda, um cadeirão de bebê tem
os pés altos e uma mesa acoplada adequada
à criança, com a função de promover um
espaço pertinente tanto para a alimenta-
ção infantil quanto para que o responsável
por dar a comida fique confortável nesse
momento.
Portanto:
forma + função = design

A partir desse conceito, podemos pensar que:


Intrínseco ao conceito de design, está o de usuário. E, de certa
forma, onde ele e um produto estão, há também um objetivo, o qual
costuma ser comercial. Sendo assim, o design serve para comunicar
um conceito, definido previamente pelo cliente, com o objetivo de
comunicá-lo ao usuário. 9
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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Ufa! Parece complicado, mas é bem simples: criamos um


produto comunicacional para usuários, solicitado no briefing por um
cliente e seguindo objetivos bem específicos. No entanto, lembre-se:
muitas vezes ele não corresponde ao nosso gosto estético pessoal.
Por último, podemos pensar o design como um produto solici-
tado por um profissional liberal ou empresa, que tem custos e envolve
pessoas que dependem dele para viver. Nas últimas décadas, muito
tem se falado sobre gestão de projeto com o objetivo de sistemati-
zar cada etapa do processo criativo e poder controlar questões, como
tempo gasto em cada parte do processo, custo de cada ação, gastos
que são feitos na criação e na produção, valor de homem-hora, quan-
to cobrar do cliente, entre outros. Todos os aspectos são importantes,
mas, particularmente, eu gosto de focar na seguinte máxima: todo
projeto tem que ter um momento inicial e um prazo de entrega final,
senão o cliente não sabe quando pagar pelo trabalho e, pior, quando
parar de solicitar mais. Deixe muito claro que cada solicitação tem um
custo e um objetivo e, assim, requer um novo trabalho.
De forma imatura, muitas vezes queremos agradar o cliente e
acabamos trabalhando muito mais do que o solicitado a princípio, o
que nos gera muita mão de obra e imensa frustração. Após a entrega,
temos o que chamamos de atualização, que grosso modo é o cotidia-
no e a gestão do produto comunicacional. Na prática do dia a dia: o
cliente me encomendou um site (ponto de partida), o qual entreguei
como solicitado (ponto final do seu projeto), e o cliente me pediu para
postar coisas nele (novo projeto, logo, novo valor).
Design e a caixa de ferramentas
Ao compreender o que é design e quais são os principais focos
da área, podemos entrar nos aspectos estéticos os quais, para facilitar
nossa disciplina on-line, chamarei de caixa de ferramentas. Como toda
boa e velha caixa, as ferramentas têm usos específicos, mas muitas
vezes acabamos usando mais de uma delas para realizar uma mesma
ação. Por exemplo, para colocarmos um quadro na parede precisamos
de uma furadeira, obviamente para perfurá-la, contudo, muitas vezes
também utilizamos o martelo para encaixar a bucha no buraco perfu-
rado. Na área estética temos algumas ferramentas, que podem e
devem ser combinadas para chegar a um resultado coerente ao brie-
fing solicitado. São elas:
Cor: é o mundo cromático que nos rodeia, aquilo que identi-
ficamos como matiz (o nome da cor).
Ponto: a unidade mais simples e irredutivelmente mínima de
comunicação visual.
Forma: uma linha fechada determina uma forma. As formas
mais básicas da comunicação visual são o quadrado (pouco
encontrado na natureza), o círculo e o triângulo.
Linha: um ponto em movimento ou pontos bem próximos
entre si dão a sensação de continuidade, estabelecendo uma
direção, e assim formam uma linha.
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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Textura: é o elemento visual que serve de substituto para as


qualidades de outro sentido, como o tato e a audição.
Proporção: nesse caso, é a relação entre dois objetos, que é
dada especialmente em função da escala dos objetos.
Direção: existem três direções básicas que conduzem nossos
olhares: horizontal e vertical; a diagonal; e a curva.
Movimento: é a sensação real ou virtual de que um corpo
não está estático, mas em deslocamento.
Tom: está relacionado ao uso da luz para identificar a grada-
ção da cor.
Dimensão: também é um conceito relacional, que se realiza
no tamanho de um objeto em vinculação a outro.

Segundo Donis A. Dondis (p. 85, 1997), estudiosa da área e


reconhecida pelo seu método de leitura visual, todas essas ferramen-
tas nos ajudam a traduzir e analisar mensagens visuais em três níveis:

Representacional
Aquilo que vemos e identificamos com
base no meio ambiente e na experiência.

Abstrato
A qualidade cinestésica de um fato visual
reduzido a seus componentes visuais básicos e
elementares, enfatizando os meios mais diretos,
emocionais e mesmo primitivos da criação de
mensagens.

Simbólico
O vasto universo de sistemas de símbolos
codificados que o homem criou arbitrariamente
e ao qual atribuiu significados.

O universo ao nosso redor é repleto de significados, que são


diretos ou indiretos, subjetivos ou objetivos. Entender quais as retóri-
cas de criação de imagem nos ajuda a analisar com mais profundida-
de as imagens de nosso entorno e, assim, dominar com segurança os
produtos que criamos.

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

O que é criar uma marca, por exemplo?


Nada mais do que traduzir simbolicamente todos
os valores de um profissional ou de uma empre-
sa. E os desenhos animados, como Masha e o
Urso? A representação visual da ideia de um
urso amistoso que pode ser amigo de uma
garota. E a trilha sonora de um vídeo? Simples, o
conceito sonoro de sentimentos expresso de
forma abstrata, como uma batida mais forte q u e
demonstre tensão ou uma flauta para romance. Vamos fazer uma
brincadeira associando sons a marcas?

Na prática
Você já pensou que design pode ir além do visual? Que tal
pensarmos em design sonoro? Qual o som emitido por um
celular da Motorola ao ser ligado? E aquele de um compu-
tador, com o sistema operacional Windows, ao ser iniciado?
Podemos definir design sonoro como a arte de manipular
ondas sonoras e suas frequências, de transmitir sentimentos
e sensações por meio de sonoridades diferentes e efeitos
de som. Não podemos esquecer das trilhas sonoras que
enriquecem e que dão uma sensação de realidade às cenas
de um filme ou vídeo. Atualmente, os youtubers abusam
desse recurso para tornar os vídeos mais instigantes e cati-
var o público. Quando preciso de trilha branca (com direitos
autorais liberados), gosto de utilizar um site no qual consigo
fazer download gratuitamente de bons sons.

Todas essas informações são bastante pertinentes, mas como


utilizamos na web? Por que temos que saber tudo isso?
A resposta é bastante simples, acessamos nossa caixa de ferra-
menta básica com a finalidade de conseguirmos transmitir um concei-
to a qualquer produto comunicacional que quisermos. Assim, com ela
estamos capacitados a estabelecer uma interlocução entre três tipolo-
gias: representacional, abstrata e simbólica.
Que tal começarmos a observar o mundo ao nosso redor?
Vamos fazer alguns exercícios de compreensão?

Multimídia
Uma tendência atual do design é a referência simbólica dos
pictogramas, cada vez mais utilizada como síntese visual de
uma determinada informação.
Como assim? Quando vamos ao banheiro de um shopping,
por exemplo, encontramos pictogramas que represen-
tam os sexos feminino e masculino. Da mesma forma, os
aeroportos estão carregados de pictogramas para indicar
restaurantes, embarque, check-in, etc. Existe um site muito
utilizado pelos designers por disponibilizar gratuitamente
milhares de pictogramas gratuitos em vários formatos: ai,
jpeg, tiff, entre outros. Faça bom uso!

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Agora é a sua vez!


Identifique a tipologia da linguagem visual utilizada nas
imagens
1. 2.

3.

1–B/2–A/3–C
A. ( ) Abstrato

Resposta correta
B. ( ) Simbólico
C. ( ) Representacional

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Seção 2

Treinamento básico sobre cores

De forma geral, o ponto inicial para o estudo das cores é a


compreensão de que a conceituação que damos às cores são neces-
sariamente três elementos básicos: a luz, um objeto e um observador.
A luz, incidindo sobre um objeto, terá suas propriedades físicas alte-
radas e, ao chegar aos olhos do observador, será codificada e surgirá
a sensação visual chamada de cor. Vale sempre ressaltar que a luz é
formada por ondas eletromagnéticas, compreendidas aproximada-
mente entre 400 e 700nm, e os seres humanos só conseguem captar
as cores que estão nesse espectro de luz.
Uma das etapas mais importantes na hora de trabalhar com
criação, seja de produtos impressos ou virtuais, é conseguir definir as
cores do projeto e saber como e onde aplicá-las. Para tal atividade,
torna-se extremamente importante compreender os sistemas tonais e
quando não devemos usar cada um deles. Muitas vezes, em sala de
aula, percebemos que o aluno fica perdido na hora de distinguir entre
RGB e CMYK, sobre como usar o sistema de cor RGB ou, ainda, sobre
por que não usar o CMYK. Indo um pouco mais fundo na questão: o
que é grayscale? Você já se perguntou a diferença entre os três? Não?
Então, vamos lá!

A primeira coisa que temos que levantar para entender os sistemas


tonais é que no universo inteiro todas as cores que vemos são forma-
das apenas de duas formas: por luz (cor-luz) ou por pigmento. Como
o próprio nome diz, a cor-luz é formada apenas por irradiação de raios
luminosos e funciona na reprodução de dispositivos que obrigatoria-
mente necessitam de energia luminosa para funcionar, como: moni-
tores de TV, computador, retroprojetores, celulares, entre outros. Já a
cor-pigmento é formada por materialidade, por tintas, e funciona em
suportes impressos.

Conheça os sistemas de cores:


RGB
A sigla RGB é a abreviatura do sistema de síntese aditiva,
cores-luz, formadas por Red, Green e Blue (vermelho, verde e azul).
Com uma combinação apropriada de superposição das ondas verde,
vermelha e violeta, obteremos a luz branca.
O principal propósito do RGB é reproduzir
as cores nos meios eletrônicos, jamais para
impressão. Nesse sistema, ao trabalhar a
combinação dessas matrizes tonais em
nossos computadores, podemos formar
cerca de 16 milhões de diferentes combi-
nações entre tons, saturação e brilhos,
nos dando uma gama gigantesca de
possibilidades de criação.

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

CMYK
A sigla CMYK é a abreviatura do sistema
de cores subtrativas, cores pigmento, formado
pelo Cian, Magenta, Yellow e Black (Black Key).
Isto significa que os pigmentos amarelo (Y),
magenta (M) e ciano (C) são cores primárias,
ou seja, não resultam da mistura de outras
tinturas. Por sinal, as cores primárias mistu-
radas entre si podem formar uma vastíssi-
ma gama de outras tonalidades.
E o preto (K), como obtemos? Cada tipo de pigmento tem seu
próprio poder seletor, ou seja, absorve (subtrai) uma ou mais radia-
ções tonais. Dessa forma, a cada sobreposição de um pigmento, dimi-
nui o número de radiações refletidas, até conseguir a ausência abso-
luta de toda radiação, isto é, a sensação visual de se enxergar o preto,
resultado final da mistura subtrativa.
Nas artes gráficas, o uso das quatro cores iniciais (CMYK) é
chamada de quadricromia, pois apenas essas quatro matrizes bási-
cas são responsáveis pela impressão de todas as outras tonalidades
conhecidas.
Sei que, quando tratamos de cor, manipulamos as imagens nos
softwares de edição em RGB, porém ao passarmos para o CMYK (envio
para impressão, envio para gráfica), perdemos consideravelmente o
brilho e a vibração da peça. Esse fato se dá pelo fato do CMYK apresen-
tar uma gama menor de combinações de cores, afinal, a composição
física das cores se dá pela mistura de pigmentos.
MONOCROMIA
Monocromia, a rigor, é a radiação
produzida por apenas uma cor, por apenas
um comprimento de onda e que, ao contrá-
rio do que muitos acreditam, não necessa-
riamente é constituída por preto. Na verda-
de, a monocromia é conseguida pelo uso de
apenas uma cor (matiz) e os diferentes tons
que ela possui. Logo, monocromia (uma cor)
é o oposto de policromia (várias cores, como
CMYK e RGB).

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Na prática
Você sabe como transformar, no Photoshop, uma imagem
em RGB, CMYK e Grayscale? Não? Aproveite a dica!
RGB: Image → Mode → RGB
CMYK: Image → Mode → CMYK
Grayscale (tons de cinza): Image → Mode → Grayscale
Monocromático: a imagem tem que estar em Grayscale →
Image → Mode → Duotone → Escolhe a cor → Enter
Preste atenção: se a imagem estiver em cor Index, você não
conseguirá alterá-la enquanto não escolher um sistema de
cor. Neste caso, sugiro RGB.

CORES ESPECIAIS
Cores especiais são aquelas feitas especialmen-
te para um determinado cliente ou projeto, pois são
produzidos pigmentos já na cor a ser utilizada, sem
a necessidade de misturas. Dentre elas, o sistema
mais conhecido é o Pantone, que é também uma
indústria de tintas.
Afinal, qual a necessidade de fazer uma
cor especial? Na verdade, a grande vantagem
de uma cor Pantone é a garantia que a impressão
de cores fique entre 95 e 100% estabilizadas, sem
variação de tons no produto final. Contudo, a grande
desvantagem é o custo, que sai muito mais alto do que o CMYK.
CÍRCULO CROMÁTICO
O círculo cromático, também conhecido como rosácea das
cores, é uma das formas de visualização de cores mais comum e serve
para nos ajudar a escolher entre as suas
diversas possibilidades de harmoniza-
ção. A harmonia entre elas é um dos
fatores fundamentais para que uma
imagem (site, marca, cartaz, estam-
pa, etc.) transmita a mensagem
para o receptor sem que haja ruídos
estéticos (lembrando que estética
não se refere apenas à visão, mas a
todos os sentidos dos seres humanos).

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Multimídia
A Adobe, empresa detentora do Photoshop e outros softwa-
res de edição de imagem e áudio, disponibilizou o site
Adobe Kuler onde é possível fazer combinações de cores e
ver como elas interagem em relação umas às outras. Vale a
pena conferir e usar em todos os trabalhos daqui para frente.

Alguns conceitos, relacionados ao círculo cromático, são extre-


mamente necessários para nossas escolhas tonais na aplicação visual.
São eles:
Cor primária: cor que não possui mistura de pigmen-
to. São três: amarelo, azul e vermelho.

Cor secundária: cor composta por duas cores primá-


rias. São três: laranja, verde e violeta.

Cor terciária: composta por uma cor primária e uma


secundária, vizinhas no círculo cromático. São seis:
amarelo-esverdeado, verde-azulado, azul-violeta,
vermelho-violeta, vermelho-magenta, magenta-laranja.

Cores complementares: formadas por duas cores


primárias opostas no círculo cromático.

Cores análogas: são as vizinhas no círculo cromático.

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Módulo 1 – Aspectos gerais do Design Gráfico aplicado aos produtos digitais

Na prática
Uma empresa que deseja ser séria, e manter sua marca e
produtos transmitindo confiabilidade, tem a preocupação
constante de deixar as cores de seus produtos padronizados.
Veja o caso da Coca-Cola, cujo vermelho padrão é conhe-
cido internacionalmente, sem nunca apresentar variações
de tons. Para que isso aconteça, é criado o que chamamos
de Manual de Identidade Visual (MIV), no qual se estabelece
o valor em RGB, CMYK e Pantone de cada cor contida na
marca. A cor é um dos elementos mais importantes desse
material. Não se preocupe, nós dedicaremos uma seção
inteira para o estudo detalhado do MIV. Contudo, se você for
ansioso, já pode fazer uma pesquisa sobre MIVs e ver como
facilitam o uso técnico das cores pelas empresas. Um bom
exemplo desse uso é o site do Rio20.
Que tal descobrirmos as cores de algumas marcas do governo?
Ao descobri-las, anote ao lado de cada um dos exemplos.

Nesta seção, você pôde compreender a importância dos siste-


mas de cores para o processo de criação, bem como seus modos de
aplicação. Espero por você na próxima seção!

Agora é a sua vez!


Relacione os valores que têm a ver com cada frase.

1. É a abreviatura do sistema de cores subtrativas, cores


pigmento, formado pelo Cian, Magenta, Yellow e
Black (Black Key).

2. Abreviatura do sistema de síntese aditiva, cores-luz,


formadas por Red, Green e Blue (vermelho, verde e azul).

3. É obtido pelo uso de apenas uma cor (matiz) e os


diferentes tons que ela possui.

4. Conhecido como rosácea das cores, é uma das formas


de visualização de cores mais comuns e serve para
nos ajudar escolher entre as suas diversas possibili-
dades de harmonização.
1–B/2–C/3–D/4–A

A. ( ) Círculo cromático
Resposta correta

B. ( ) CMYK
C. ( ) RGB
D. ( ) Monocromia

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Referências

Módulo 1
BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico. São
Paulo: Cosac Naify, 2005.
CLAIR, Kate; BUSIC-SNYDER, Cynhtia. Manual de tipografia: a
história, as técnicas e a arte. Porto Alegre: Bookman, 2009.
FARIAS, Priscila. Tipografia digital. Rio de Janeiro: 2AB, 1998.
FRUTIGER, Adrian. El libro de la tipografía. Barcelona: Gustavo
Gili, 2007.
GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Design gráfico: do Invisível ao
Ilegível. São Paulo: 2AB, 2000.
KEEDY, Jeffery. The rules of typography according to crackpots
experts. In: Looking closer 2: critical writings in graphic design. BEIRUT,
Michael Beirut (org.) et al. New York: Alltworth Press and American
Institute of Graphic Arts: 1997, p.27-31.
KLEIN, Simo. Achieving good legibility and readability on the
web. Disponível em: <http://klepas.org/achieving-good-legibility-
and-readability-on-the-web/#notebook>. Acesso em: 2 mai. 2012.
LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: Um guia para designers,
escritores, editores e estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
__________. Tipos na tela. São Paulo: Gustavo Gili, 2015.
NIEMEYER, Lucy. Tipografia: uma apresentação. Rio de Janeiro:
2AB, 2010.
PERFECT, Christopher; AUSTEN, Jeremy. The complete
typographer. London: Wuatro, 2001.
ROCHA, Claudio. Tipografia comparada – 108 fontes clássicas
analisadas e comentadas. São Paulo: Rosari, 2005.
RUDER, Emil. Typography: a manual of design. Suíça: Zollikofer
et co. ag, 1967.
SAMARA, Timothy. Guia de tipografia. Porto Alegre: Bookman,
2011.

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