Siderurgia e Tratamento Térmico Dos Aços - UNIVERSIDADE - DO - ESTADO - DO - RIO - DE - JANEIRO
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FACULDADE DE TECNOLOGIA
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2. SIDERURGIA................................................................................................................... 8
8.1. RECOZIMENTO......................................................................................................20
8.1.1. Recozimento total (ou pleno) ...........................................................................20
8.1.2. Recozimento isotérmico ...................................................................................20
8.1.3. Recozimento para alívio de tensões..................................................................20
8.2. NORMALIZAÇÃO..................................................................................................20
8.3. TÊMPERA ...............................................................................................................20
8.4. REVENIDO..............................................................................................................20
8.5. TÊMPERA SUPERFICIAL .....................................................................................20
9. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 20
A ciência dos materiais busca a relação existente entre a estrutura dos materiais
e suas propriedades. A estrutura de um material está relacionada ao arranjo interno de seus
componentes, seja ao nível atômico, microscópico ou macroscópico.
A estrutura de um material depende de seu processamento. Havendo alterações
estruturais, haverão também modificações nas propriedades do material e, conseqüentemente,
em sua performance (Figura 1).
Propriedades mecânicas;
Propriedades elétricas;
Propriedades magnéticas;
Propriedades ópticas;
Propriedades térmicas;
Propriedades deteriorativas.
– Fofo branco
– Zinco
– Níquel
– Magnésio – Vinílicas
– Acrílicas
– Resinas
– Celulósicas
– Poliamidas
– Fluorcarbonadas
– Poliuretanos
– Plásticos
Polímeros – Policarbonatos
– Borrachas
– Poliésteres
– Silicones
– Materiais refratários
– Cimentos
Cerâmicas
– Vidros
– Porcelana
Tanto o minério de ferro quanto o carvão devem ser beneficiados antes de sua
utilização.
óxidos;
carbonatos;
sulfetos;
silicatos.
britamento;
peneiramento;
mistura;
moagem;
concentração;
classificação;
aglomeração.
sinterização;
pelotização;
briquetagem;
nodulização.
– Vegetal – Turfas
Carvão
– Linhitos
– Mineral Tempo de formação
– Hulhas
– Antracitos
Composição
Cinzas 5%
Substâncias voláteis 25%
Carbono fixo 70%
1
Aquecimento na ausência de ar para a quebra de moléculas complexas.
Composição
Cinzas 7%
Substâncias voláteis 33%
Carbono fixo 60%
CARVÃO
MINERAL
2
A dessulfuração consiste na redução dos teores de enxofre, elemento que tende a conferir fragilidade ao ferro
ou aço.
O alto forno é um reator tipo chaminé com carga sólida descendente (minério,
coque e fundentes) e carga gasosa ascendente (gases de redução, gases de alto forno). Seu
funcionamento é contínuo, permanecendo anos em operação ininterrupta.
A estrutura do alto forno pode ser dividida basicamente em cadinho, rampa, cuba e topo
(Figura 7).
sistema de
topo
carregamento
cuba
anel de vento
rampa
ventaneiras
cadinho
saída de
saída de
escória
gusa
C + O2 CO2
CO2 + C 2CO (elemento redutor)
3Fe + C Fe3C
3Fe + 2CO Fe3C + CO2
Além destes insumos há o consumo de água para refrigeração (da ordem de 20m3/T de ferro
gusa) e energia elétrica para acionamento de dispositivos de carregamento, compressores, etc
(da ordem de 10KWh/T de ferro gusa).
Elemento % (peso)
Si 0,5 – 3,0
S 0,035 – 0,050
P 0,040 – 0,400
Mn 1,0 – 2,0
C 3,0 – 4,5
Fe Balanço
Componente % (peso)
SiO2 23 – 55
CaO 27 – 55
Al2O3 5 – 25
MgO 1 – 12
S 0,4 – 1,2
Componente % (volume)
CO2 13
CO 27
H2 3
N2 57
Sistema de
carregamento
do alto forno
Sistema de
transporte ao Regeneradores
topo do alto Sistema
forno de
limpeza
dos gases
Casa de
corrida
Calha
rotativa
• Sistema de limpeza dos gases: responsável pela limpeza dos gases de alto forno antes
de sua reutilização em outros processos. O gás de alto forno apresenta entre 5 e
40g/m3 de material pulverelento (finos de minério, carvão e fundentes), devendo após
a limpeza apresentar, no máximo, 10mg/m3. A limpeza é feita com o auxílio de um
Perfurador
pneumático
Canhão de
lama
Figura 13 - Regenerador.
CaC2 + S CaS + 2C
CaO + C + S CaS + CO
Sistema de
carregamento
Alto forno
Sistema de
limpeza dos
gases
Regenerador
Sistema de
transporte
Carro torpedo
ao topo do
alto forno
Casa de silos
Figura 15 - Vista real do alto forno, mostrando alguns de seus equipamentos auxiliares.
O ferro gusa pode ser definido como uma liga de Fe-C contendo teores
elevados de C e impurezas como Si, Mn, P e S. O aço é uma liga obtida a partir do ferro gusa,
contendo baixos teores de C e impurezas (Si, Mn, P e S). A redução dos teores destes
elementos se dá através de processos de oxidação em fornos conversores.
Os agentes oxidantes podem ser de natureza gasosa (ar ou oxigênio) ou sólida
(minérios na forma de óxidos). Independente do tipo de agente oxidante utilizados, os
processos de fabricação do aço podem ser classificados em:
2Fe + O2 2FeO
2FeO + Si SiO2+ 2Fe
FeO + C Fe + CO
FeO + Mn MnO + Fe
FeS + Mn MnS + Fe
Tabela 7 - Composição típica do aço produzido em um conversor Bessemer, evidenciando a baixa redução dos
teores de P e S.
Até 912ºC o ferro possui estrutura CCC, conhecida como ferrita ou ferro
α;
De 912ºC até 1394ºC o ferro sofre transformação polimórfica para
estrutura CFC, conhecida como austenita ou ferro γ;
De 1394º até 1538ºC o ferro volta a apresentar estrutura CCC, conhecida
como ferrita δ ou ferro δ;
Acima de 1538ºC o ferro se funde.
resfriamento
L (4,30%p C) γ (2,11%p C) + Fe3C (6,70%p C)
aquecimento
resfriamento
γ (0,76%p C) α (0,022%p C) + Fe3C (6,70%p C)
aquecimento
Observa-se que na reação eutetóide uma fase sólida (γ) se transforma em duas novas fases
sólidas (α e Fe3C). As transformações de fases eutetóides são de suma importância no
tratamento térmico dos aços.
Figura 24 - Resfriamento de uma liga eutetóide, evidenciando a formação da perlita (fase α + Fe3C) a partir da
austenita (fase γ).
Figura 25 - Micrografia da perlita, mostrando as lamelas de cementita (linhas escuras) em meio às lamelas de
ferrita (linhas claras). Aumento de 500X.
Figura 28 - Micrografia de um aço hipoeutetóide (0,38%p C), mostrando os grãos de ferrita proeutetóide (áreas
claras) em meio aos grãos de perlita (áreas escuras). Aumento de 635X.
Figura 29- Resfriamento de uma liga hipereutetóide, evidenciando a formação da cementita proeutetóide.
Figura 30 - Micrografia de um aço hipereutetóide (1,40%p C), mostrando a rede de cementita proeutetóide
(linhas espessas claras) em meio às colônias de perlita (áreas escuras). Aumento de 1000X.
Figura 31 - Gráfico da fração da fase transformada pelo logaritmo do tempo à temperatura constante. Note-se os
estágios de nucleação e crescimento da fase.
n
y = 1 − e − kt
Onde:
k, n = constantes empíricas;
7.4.1. Perlita
7.4.2. Bainita
Figura 36 - Micrografia mostrando um grão de bainita superior em meio a uma matriz de martensita. Observe-se
os cristais alongados de Fe3C (cementita) em meio às partículas alongadas da fase α (ferrita).
Para temperaturas de transformação entre 200ºC e 300ºC é formada a bainita
inferior, na qual a fase α se apresenta na forma de lâminas finas com partículas muito finas de
7.4.3. Martensita
Figura 38 - Micrografia da cementita globulizada. As partículas escuras são cementita em meio a uma fase
contínua de ferrita, mais clara. Ampliação 1000X.
Martensita α + Fe3C
(TCC, monofásica) Martensita revenida
Figura 39 - Micrografia da martensita revenida. As pequenas partículas claras são cementita, em meio
a uma fase contínua de ferrita, mais escura. Ampliação 9300X.
3
Estado no qual a estrutura do aço é composta exclusivamente por martensita.
4
Zona onde ocorre a formação da austenita.
ACM
A3
760 A2
A1
Aços Aços
hipoeutetóides hipereutetóides
Figura 40 - Diagrama de fases do sistema Fe-Fe3C, evidenciando as linhas A1, A2, A3 e ACM.
8.1. RECOZIMENTO
O recozimento pode ser total (ou pleno), isotérmico ou para alívio de tensões.
Curva de resfriamento
Mi
Mf
Curva de resfriamento
Mi
Mf
8.2. NORMALIZAÇÃO
8.3. TÊMPERA
Pelo que foi exposto sobre a natureza da estrutura martensítica, conclui-se que
a mesma se caracteriza por elevada dureza e por apresentar tensões internas consideráveis.
Simultaneamente a essas tensões, por assim dizer estruturais, o aço temperado caracteriza-se
por apresentar tensões térmicas. Estas são ocasionadas pelo fato de que materiais resfriados
rapidamente esfriam de maneira não uniforme, visto que a sua superfície atinge a temperatura
ambiente mais rapidamente do que as regiões centrais, ocasionando mudanças volumétricas
não uniformes, com as camadas superficiais contraindo mais rapidamente do que as regiões
internas. Como conseqüência, tem-se a parte central sob compressão, e as camadas mais
externas sob tração.
Desta forma, o aço após temperado apresenta-se em um estado de apreciáveis
tensões internas, tanto de natureza estrutural como de natureza térmica. Quando estas tensões
internas ultrapassam o limite de escoamento do aço, ocorre sua deformação plástica e as peças
apresentar-se-ão empenadas. Entretanto, se as tensões internas excederem o limite da
resistência à tração do material, então ocorrerão inevitáveis fissuras e as peças estarão
perdidas.
8.4. REVENIDO
Temperatura eutetóide
Revenido
Mi Curva de resfriamento
Mf
MOREIRA, MARCELO F. –
www.dalmolim.com.br/EDUCACAO/MATERIAIS/Biblimat/siderurgia2.pdf
capturado em 10/03/2009 às 17h00.