Processual II - 1 AVALIAÇÃO P4 N, 2021.2
Processual II - 1 AVALIAÇÃO P4 N, 2021.2
Processual II - 1 AVALIAÇÃO P4 N, 2021.2
NOTA ATRIBUIDA:
Mostre-me do que você realmente é capaz, aliás, talvez você tenha que mostrar a você
mesmo, do que você realmente é capaz! Boa Prova!
Questão 01
Zoe, Hulk, Nina, Zeus e Brisa, cães vira-latas, ingressaram no polo ativo, devidamente
assistidos pela ONG AmamosAnimais, com ação de reparação por danos materiais e morais,
em face de João Malvadino e Maria Cruela, seus antigos donos, alegando que haviam sido
vítimas de diversos tratamentos degradantes, abandono e outros; que além do sofrimento,
tais condutas lhes causou danos severos as suas saúdes; que quando do resgate, com ajuda de
força policial, tiveram que ser socorridos para uma clinica especializada, ocasião em que foram
tratados da desnutrição, doença do carrapato, agressões que ocasionaram lesões e outros
danos. Pleitearam uma indenização de R$ 25 (vinte e cinco) mil reais a título de danos
materiais, quando fizeram a comprovação das notas fiscais da clínica veterinária, além das
compras de medicações, vacinas e alimentação e, ao final, pleitearam um total R$ 50
(cinquenta) mil reais de danos morais.
Os demandados foram citados por edital, pois se encontram foragidos e após
escoado o prazo, sem apresentação de defesa, lhes foi nomeada como Curadora Especial a
Defensora Pública com assento na vara.
A Defensora apresentou Contestação por negação geral, nos termos permitidos pelo
Código de Processo Civil, para essas hipóteses.
Os autos ao serem conclusos, a MM Juíza de Direito, prolatou decisão que INDEFERIU
a exordial, com a consequente extinção do feito sem resolução meritória, nos termos do art.
485, inciso I, do Caderno Processual Civil.
I. Qual o prazo que a parte autora teve para manejar seu apelatório e
quando se dá o dies a quo?
II. Quando a magistrada citou que os animais não são “sujeitos de direito”, o
que isso significa? E, assim, qual a natureza jurídica que se dá aos animais
em nosso ordenamento?
III. O Desembargador Relator instruiu você a apresentá-lo um parecer (no
mínimo 20 linhas e máximo 30 linhas) sobre a questão dos animais terem
ou não capacidade de ser parte e de estar em Juízo (processual) e, frisou
que você deve apontar os últimos três recentes entendimentos
jurisprudenciais a respeito e ao final opinar sobre o provimento ou não do
recurso. Apresente-o. (ESSE PARECER POSSUI UMA FOLHA EM ANEXO AO
FINAL, PARA SER RESPONDIDO).
R. I – O prazo é de 15 (quinze) dias úteis para o manuseio do apelatório, e ao inicio desse prazo
se dá o dies quo.
R. II – Os animais não são sujeitos de direito por não possuírem personalidade jurídica e que
são sujeitos de direitos despersonificado. O art. 82 do CC acrescido pelo art. 79-B da lei
9.605/1998, dizendo não aplicar aos animais não humanos, uma vez que ficam sujeitos aos
direitos despersonificado, não devendo ser considerados como coisas.
Questão 02
a) O caso aqui possui alguma relação com o caso tratado na questão 01, por quê?
R. a – Sim, pois ela se trata da discussão da elevação de direitos de animais para sujeito de
direitos em um pedido em juízo.
R. b – Ele não agiu corretamente ao apreciar a guarda compartilhada. O STF desde 2019
reconheceu o instituto da guarda compartilhada aos animais, no entanto são seres dotados
de sensibilidade e das mesmas necessidades que os animais racionais, o seu bem-estar deve
ser considerado, afetiva e psicologicamente.
R. c – A citação se deu por oficial de justiça, por se tratar de uma ação do estado.
Questão 03
A juíza de Direito Marcelle Adriane Farias Silva, da 1ª vara Cível de Santa Luzia/MA,
indeferiu petição inicial de consumidora que não comprovou ter buscado solução consensual
de conflito com uma instituição financeira, através da plataforma digital
www.consumidor.gov.br.
A demanda foi extinta por a autora não ter comprovado, no prazo que lhe foi
oportunizado, o protocolo do seu pedido no site www.consumidor.gov.br, no qual a
instituição financeira demandada está cadastrada.
1. Primeiramente, será que a decisão da Magistrada alhures fere a máxima jurídica de que o
“Direito de Ação é incondicionado”? Explique-se com base no comparativo entre o Direito de
Provocar a Jurisdição e o Direito a uma decisão de Mérito.
R. 1 – Não feriu, ela apenas seguiu o código de processo civil, quanto a possibilidade de julgar
os pedidos, que devem preencher características específicas da ação. A pessoa pode pedir,
mas para que seja julgada deve preencher os requisitos para tal.
R. 2 – De acordo com o parágrafo 2º do art. 3 do CPC diz que, sempre que possível, o estado
promoverá a solução consensual de conflitos. Pela jurisprudência TRT-3 RO:
00101788220185030029 0010178-82.2018.5.03.0029.
Ao lhe procurar como Advogado(a) e ao analisar a contrafé, você verifica que a ação
reivindicatória foi interposta por José, que alega ser o verdadeiro proprietário do automóvel,
inclusive, nos autos, consta cópia de sentença transitada em julgado, de processo anterior, que
garantia o pleno direito de domínio sobre o bem; você verifica também, que o autor da ação
alega que o carro se encontrava desaparecido, pois antes da conclusão do processo anterior
que reconheceu a propriedade e o direito de domínio de José, Ariosvaldo que detinha
indevidamente o bem, sumiu com ele.
R. a – O abordado é evicção, que pode ser caracterizado como uma perda, que pode ser parcial
ou total de um bem por motivo de decisão judicial ou ato administrativo que se relacione a
causa preexistente no contrato.
R. b – O certo a ser feito é a denuncia da lide nos termos do art. 125, I do CPC, de modo que o
alienante imediato é responsável pela indenização.
Questão 05
R. a – Sim, já que intermediário tem apenas o dever de esclarecer fatos, devem ser neutros,
não possuem a legitimidade para fazer parte de uma ação. E não, já que por se tratar de uma
sociedade não deveria ter sido citada por correio.
A Sua Excelência,
Cabeçalho
Relatório
Os cães vira-lata, Zeus, Hulk, Brisa, Zoe e Nina, devidamente auxiliados pela ONG
AmamosAnimais, entraram com uma ação de reparação por danos morai contra seus antigos
donos, João Malvadino e Maria Cruela, sob a alegação de que aviam sido vitimas de maus-
tratos
Fundamentação
De acordo com o art. 32 da lei 9605/98, praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar
animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Com pena de três meses
a um ano e multa.
A lei 14064/20, art. 1º, alterando a lei 9605/98 para aumentar as penas cominadas ao crime de
maus-tratos aos animais quando se tratar de cães ou gatos.
Não há lei que impeça os animais de serem autores em ações, a eles são dados direitos e os
mesmos podem ir atrás se devidamente assistidos por seu donos ou algum órgão. Há casos
onde um animal já foi aceito ser autor de uma ação, mesmo em outras o STF recusando o
animal com autor, se torna situacional a aceitação de animal como autor, o que mostra a
carência do sistema de uma padronização para casos como esses que existem a algum tempo.
Conclusão
Deve ser paga uma indenização de 25 (vinte e cinco) mil reais a títulos de danos materiais e um
total de 50 (cinquenta) mil reais de danos morais.
É o Parecer,