9.1 - Livro Metodologia Da Pesquisa
9.1 - Livro Metodologia Da Pesquisa
9.1 - Livro Metodologia Da Pesquisa
Pesquisa
Carmen Ballão
Loureni Reis
Adriano Stadler
Elaine Mandelli Arns
Patrícia Penkal de Castro
© 2012 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PARANÁ -
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Irineu Mario Colombo Luana Cristina Medeiros de Lara
Reitor Diretora de Administração e
Planejamento do Câmpus EaD
Joelson Juk
Chefe de Gabinete Sandra Terezinha Urbanetz
Coordenação de Ensino Superior e
Ezequiel Westphal Pós-Graduação do Câmpus EaD
Pró-Reitoria de Ensino – PROENS
Adriano Stadler
Gilmar José Ferreira dos Santos Coordenador do Curso de Pós-Graduação
Pró-Reitoria de Administração – PROAD em Gestão Pública
Paula Bonardi
Projeto Gráfico e Diagramação
Imagens da capa:
© VLADGRIN/Shutterstock; JelleS/Creative commons; © Dmitriy Shironosov/Shutterstock; visaointerativa/Creative commons; © Robert
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Yuri Arcurs/Shutterstock; © jeff vergara/Stock.XCHNG; © Andresr/Shutterstock.
Ballão, Carmen
Metodologia da pesquisa / Carmen Ballão [et al.]. – Curitiba: Instituto
Federal do Paraná, 2012.
CDD 001.42
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Capítulo 5 – Monografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5.1 Monografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
5.2 Estilo de redação usado na monografia. . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Capítulo 6 – Artigo científico ou paper. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
6.1 Conceito de artigo científico ou paper . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
6.2 Tipos de artigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
6.3 Estrutura do artigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Elementos pré-textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Elementos textuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Elementos pós-textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Capítulo 7 – P
lano de negócios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
7.1 Plano de negócios – Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
7.2 Passos para a realização do plano de negócios . . . . . . . . . . . 70
Capítulo 8 – M
emorial descritivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8.1 Memorial descritivo – Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
8.2 Estrutura básica de um memorial descritivo acadêmico. . . . 77
Capítulo 9 – Portfólio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
9.1 Portfólio – Conceito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
9.2 Modelo base para organização e elaboração de um portfólio. . 80
Capítulo 10 – F
ormatação do trabalho acadêmico. . . . . . . . . . . . . . 81
10.1 A
presentação gráfica do trabalho acadêmico . . . . . . . . . . . 81
Configuração das margens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Espaçamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Parágrafo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Paginação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Numeração progressiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Notas de rodapé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Citações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
10.2 Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Metodologia da Pesquisa
Considerações gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Bibliografia Comentada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Apresentação
6
Ciência e conhecimento Capítulo
Carmen Ballão
8
O misticismo começou a ser utilizado pelos povos primitivos como
forma de apresentar as respostas aos questionamentos sobre os fenômenos
desconhecidos, ou seja, as crenças e superstições eram usadas para explicar
os fenômenos da natureza. O mito pretendia relatar, denominar, precisar a
origem, mas também expor, fixar e explicar.
“Aqui destaca-se a tese de que os mitos, à medida em que apresentem
tentativas de esclarecer o mundo aos primitivos habitantes da terra, exercitam
já um pouco de esclarecimento” (DUARTE, 1993, p. 59).
A partir do momento em que a explicação mística não era suficiente para
compreender os fenômenos, o homem começou a buscar novos caminhos
que pudessem comprová-los, surgindo, assim, a Ciência.
Ciência:
Ciência é o conjunto de atividades que buscam a aquisição sistemática2 do
conhecimento sobre a natureza física, biológica, social, econômica, tecnológica,
entre outras.
10
intuição, conseguiram comprovar a separação do saber racional do saber
místico, realizando estudos em diversas áreas, como a matemática, a astronomia,
a botânica, a zoologia, e outras (CHASSOT, 1994). Foi na Grécia que a
observação passou a ser encarada como uma ferramenta para a descoberta
de um mundo “científico”.
Estudam o concreto.
Os objetos de estudo são materiais.
Seus métodos são a observação e a experimentação.
O enunciado é, predominantemente, a síntese.
12
b. Ciências Formais: as Ciências Formais, também conhecidas
como Ciências Puras, são aquelas que têm nas ideias o foco
principal do seu estudo.
Estudam o abstrato e o relacional.
Os objetos de estudo são os ideais.
Seu método é o dedutivo.
Os enunciados são analíticos.
Veja na prática o que cada uma delas estuda3:
Bioquímica, Farmácia
Físico-Química e outras
Física
SOCIAIS
FACTUAIS Geologia, Astronomia,
Química
Ciências Aplicadas Engenharia, Informática, e outras
NATURAIS
Biologia
Medicina, Enfermagem,
Botânica, Ecologia, e outras
Filosofia
FORMAIS
Ciências Puras
Matemática
Conhecimento popular
O conhecimento popular é considerado: valorativo (conforme valores
da sociedade), reflexivo, assistemático (não é organizado logicamente),
verificável (pode ser testado), falível (evolui permanentemente) e inexato.
3 O esquema representado é só uma exemplificação, por isso não apresenta áreas como a Psicologia, a
Linguística e outras.
Intuição
A intuição considera o fenômeno psíquico natural, próprio da
mente humana. É uma função específica, que age pelo pensamento,
Metodologia da Pesquisa
14
Experimentação
A experimentação (empirismo) foi considerada por Galileu e Bacon
(XVII) como a única maneira do conhecimento ser obtido. Exemplo:
projetar, construir e testar um novo produto.
Galileo Galilei (1636). Justus Sustermans. Francis Bacon, Viscount St Alban (1731/cópia a partir
Óleo sobre tela. National Maritime Museum. de um original de 1618 - artista desconhecido).
867 mm x 686 mm. Justus Sustermans. Óleo sobre tela. National
Portrait Gallery, Londres. 765 mm x 632 mm.
Racionalização
A racionalização (razão) foi defendida por Descartes (séc. XVII) como
a única fonte do conhecimento. Os racionalistas defendem a ideia que os
sentidos humanos são passíveis de engano, portanto não podem conduzir
ao conhecimento verdadeiro, que é lógico. Exemplo: explicar porque o novo
produto funciona.
16
Leis
As leis científicas são as explicações sistemáticas para os fenômenos que
se manifestam sempre da mesma forma, com elevado grau de precisão. As
principais funções de uma lei são: o resumo de vários fatos, a previsão de
novos fatos e a regularidade de fatos.
Teoria
Teoria é a síntese de um campo do conhecimento, que teve suas hipóteses
testadas por meio da aplicação de métodos científicos. Trata-se da ordenação
sistemática dos fatos, que orienta os objetivos da Ciência.
Teoria e fato não são opostos, mas estão inter-relacionados e são objetos
de interesse dos cientistas.
1.8 Pesquisa
Pesquisa científica é a atividade sistemática realizada com a finalidade de
descobrir novos conhecimentos que auxiliem na resolução de um problema.
Quanto à natureza
Quanto à natureza, a pesquisa científica pode ser básica ou aplicada.
Pesquisa básica H O
C
A pesquisa básica gera conhecimento sem finalidade
CH3 CH2
imediata. O conhecimento produzido será utilizado nas
pesquisas aplicadas. Seu objetivo é a divulgação do conhecimento
CH3 O
por meio da produção de artigos científicos. Exemplo: produção
de conhecimento na área de Química Orgânica. CH3
18
O método pode ser considerado o meio para se chegar a um determinado
fim, ou seja, o caminho que deve ser percorrido para se alcançar o objetivo
que deseja.
Para Lakatos e Marconi (2001, p. 83):
Método de abordagem
O método de abordagem se caracteriza pela forma ampla e abstrata como
se trata o fenômeno estudado.
São quatro os métodos de abordagem: indutivo, dedutivo, hipotético-
-dedutivo e dialético.
Método dedutivo
(Descartes, séc. XVII)
O método dedutivo, ao contrário
do indutivo, parte da verdade universal
para os casos particulares. Exemplo:
todas as aves têm penas. Todos os
tucanos são aves. Logo, todos os
tucanos têm penas.
No método dedutivo considera-se
que todas as premissas são verdadeiras,
logo, a conclusão deve ser verdadeira.
Retrato de René Descartes (1649/50). Frans Todas as informações da conclusão já
Hals. Óleo sobre tela. Museu do Louvre, Paris.
780 mm x 690 mm. estavam implícitas nas premissas.
20
O esquema a seguir apresenta o método proposto por Karl R. Popper:
P¹ TT EE P²
Método dialético
Pode-se dizer que as quatro leis fundamentais da dialética são:
a. Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”.
b. Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”.
c. Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa.
d. Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários.
Métodos de procedimentos
Esse método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível
de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e da sociedade.
Os métodos de procedimento são etapas mais concretas da investigação.
Pressupõem uma atitude concreta em relação ao fenômeno. Podem ser
usados concomitantemente.
Domínio Público.
Escola de Atenas (1509).
Rafael Sanzio. Afresco.
Sócrates. Museu do Palácio Apostólico,
Louvre, Paris. 335 mm. Vaticano.500 cm × 700 cm.
Isaac Newton, em 1752,
desenvolve a teoria gravitacional,
IDADE MODERNA (SÉC. XV A XVIII) com base em um fato cotidiano.
Renascimento (XV e XVI): mudanças na
maneira de estudar o conhecimento.
Nomes: Copérnico e Galileu.
Iluminismo (XVII a XIX): Era da Razão.
Homem passou a ser o centro do
universo. Nomes: Newton, Locke e Kant.
SÉCULO XVII
Galileu e Bacon propõem o método de
abordagem indutivo.
SÉCULO XX
Einstein, com base na teoria de Newton,
desenvolve a Teoria da Relatividade.
Domínio Público.
Domínio Público.
22
Ética e técnicas de pesquisa Capítulo
2
realizadas com seres humanos, assim como serão apresentadas
as técnicas e as etapas para a construção de um projeto de
pesquisa. As técnicas são divididas em quatro: documentação
indireta, documentação direta, observação direta intensiva
e observação direta extensiva. Lembrando ainda que a
pesquisa científica deve ser desenvolvida por meio de várias
etapas. O projeto se constitui em uma das mais importantes,
sendo fundamental para que o pesquisador não perca o rumo
do seu estudo.
da cura pela reposição e cura das células cerebrais; Distrofia muscular - para
reposição de tecido muscular e possivelmente, carreando genes que promovam
a cura; Osteoartrite – para ajudar o organismo a desenvolver nova cartilagem;
Doença autoimune – para repopular as células do sangue e do sistema imune;
Doença pulmonar – para o crescimento de um novo tecido pulmonar.
24
[...]
Terra: No Brasil, onde já se faz tratamentos com células-tronco?
Alexandra: Aqui, os tratamentos com células-tronco são feitos apenas em
grandes centros de pesquisa, como os grandes hospitais e somente para
pacientes que assinam um termo de consentimento e concordam em participar
desses estudos clínicos.
Recentemente, o Ministério da Saúde aprovou um orçamento de R$ 13 milhões
em três anos para a pesquisa das células-tronco da qual participam alguns
grandes hospitais brasileiros como o Instituto do Coração - SP, Instituto Nacional
de Cardiologia de Laranjeiras – RJ, entre outros. Serão estudadas as cardiopatias
chagásicas (decorrente da doença da Chagas), o infarto agudo do miocárdio, a
cardiomiopatia dilatada e a doença isquêmica crônica do coração.
[...]
Fonte: PORTAL TERRA. Células-tronco: o que são e para que servem? Disponível em: <http://noticias.
terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI472268-EI1434,00.html>. Acesso em: 15 jun. 2012.
• aprovado;
• com pendência: quando o Comitê considera o protocolo como
aceitável, porém identifica determinados problemas no protocolo,
no formulário do consentimento ou em ambos, e recomenda uma
revisão específica ou solicita uma modificação ou informação
relevante, que deverá ser atendida em 60 (sessenta) dias pelos
pesquisadores;
• retirado: quando, transcorrido o prazo, o protocolo permanece
pendente;
• não aprovado.
26
Todas as possibilidades de constrangimento, desconforto, humilhação,
demonstração de poder numa escala hierárquica precisam ser minimizadas
pelo pesquisador, já que isto irá colocar a ética como pano de fundo
dos resultados encontrados nas pesquisas envolvendo seres humanos
institucionalizados.
Documentação indireta
Para desenvolver a pesquisa é necessário coletar variados dados,
independentemente da escolha das técnicas ou dos métodos.
O levantamento dos dados é feito por meio da pesquisa documental (ou
de fontes primárias) e da pesquisa bibliográfica (ou de fontes secundárias).
Pesquisa documental
A principal característica da pesquisa documental é a utilização de
documentos (ou fontes primárias) para a coleta de dados. Os documentos
(escritos ou não) podem ser obtidos de arquivos particulares, arquivos
públicos ou órgãos estatísticos como, por exemplo, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE)1.
Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,
obtido na imprensa escrita (jornais e revistas), nos meios audiovisuais (rádio
e televisão), em materiais cartográficos (mapas e gráficos) e, principalmente,
Metodologia da Pesquisa
28
Alain caraco / Creative Commons; Domínio Público; Falcon Northwest / Creative Commons; Domínio Público
A pesquisa em publicações compreende quatro fases distintas:
a. Identificação: reconhecimento do assunto referente ao tema em
estudo.
b. Localização: localização das referências bibliográficas nas
bibliotecas públicas, nas faculdades e em outras instituições.
c. Compilação: fotocópia do material contido em livros, revistas
científicas, e outros. Esse procedimento deve ser adotado quando
a aquisição do material se torna impossível.
d. Fichamento: transcrição dos dados mais importantes para fichas.
As fichas devem ser ordenadas para facilitar sua manipulação.
Devem conter os seguintes elementos de referência: autor, título
e subtítulo, número de edição (se não for a primeira), local de
publicação, editora, ano da publicação. Os fichamentos podem
ser de comentário, informação geral, glossário, resumo e citações.
Pesquisa de campo
Segundo Lakatos e Marconi (1999), a pesquisa de campo consiste na
observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem.
Magnus Manske / Creative Commons.
30
c. Estabelecer a amostra correlacionada com a área de pesquisa e
o universo de seus componentes.
d. Estabelecer os grupos experimentais e de controle.
e. Introduzir os estímulos, controlar e medir os efeitos.
Pesquisa em saúde.
Pesquisa de laboratório
© mathom/Shutterstock
A pesquisa de laboratório é um procedimento
de investigação mais difícil, porém mais exato. Ela
descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações
controladas. Exige instrumental específico e preciso,
além de ambiente adequado. É a pesquisa utilizada
em áreas da saúde, principalmente.
Observação
A observação é uma técnica de pesquisa que utiliza os sentidos na
obtenção de determinados aspectos da realidade. Os fatos não devem apenas
ser vistos ou ouvidos, é indispensável o exame detalhado dos mesmos.
A observação pode ser:
Assistemática: sem nenhum sistema específico de pesquisa.
Sistemática: com uma técnica específica.
Não participante: dados coletados por outra fonte.
Participante.
Individual.
Em equipe.
Na vida real.
Em laboratório.
Preparação da entrevista
A entrevista deve ser preparada de acordo com os seguintes passos:
a. Planejamento da entrevista.
b. Conhecimento prévio do entrevistado.
c. Oportunidade da entrevista.
d. Condições favoráveis.
e. Contato com líderes.
f. Conhecimento prévio do campo.
g. Preparação específica.
Entrevista de emprego.
Diretrizes da entrevista © Goodluz/Shutterstock
As diretrizes a serem seguidas em uma
entrevista são as seguintes:
a. Contato inicial.
b. Formulação de perguntas.
c. Registro de respostas.
d. Término da entrevista.
32
Questionário
O questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma
série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas pelo informante.
Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante e esse o
devolve respondido.
O questionário deve ser limitado em extensão e finalidade. Deve conter
de 20 a 30 perguntas e demorar cerca de 30 minutos para ser respondido.
Deve ser acompanhado por instruções definidas e notas explicativas, para
que o informante tome ciência do que se deseja dele. O aspecto material e a
estética devem ser observados.
O pré-teste pode ser aplicado mais de uma vez, tendo em vista seu
aprimoramento.
Quanto à forma, as perguntas são classificadas em três categorias: abertas,
fechadas e de múltipla escolha.
Perguntas abertas
Ex.: Qual é sua opinião sobre os fatores que devem abranger a legalização do
aborto?
Perguntas fechadas
Ex.: O aborto deve ser legalizado no Brasil?
( ) Sim ( ) Não
Perguntas de múltipla escolha
Ex.: Qual é, para você, a principal vantagem do trabalho temporário?
a) Maior liberdade no trabalho. ( )
b) Maior liberdade em relação ao chefe. ( )
c) Variação no serviço. ( )
d) Poder escolher um bom emprego para se fixar. ( )
e) Maiores salários. ( )
34
Projeto de pesquisa Capítulo
Carmen Ballão
Tema (O quê?)
Delimitação do tema (Quem? O quê? Quando? Onde?)
Objetivos (Para quê? Para quem?)
Justificativa (Para quê?)
Problema (O quê?)
Hipótese (Provável resposta)
Metodologia (Como? Com quê?)
Fundamentação Teórica (Quem?)
Cronograma (Quando?)
1. CAPA
2. FOLHA DE ROSTO
3. OBJETIVO
a. TEMA
b. DELIMITAÇÃO DO TEMA
c. OBJETIVO GERAL
d. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5. JUSTIFICATIVA
6. OBJETO
7. PROBLEMA
8. HIPÓTESE BÁSICA
9. METODOLOGIA
Metodologia da Pesquisa
36
3.2 Descrição dos elementos do projeto
TÍTULO: deve ser preciso e curto. Preciso no sentido de indicar
realmente o conteúdo, o assunto pesquisado. Curto, evitando o uso de
palavras desnecessárias. Se a pesquisa realizar-se em um determinado espaço
geográfico, este deve constar no título.
CAPA: contém informações sobre o autor, a pesquisa e a instituição que
o pesquisador representa.
FOLHA DE ROSTO: contém informações sobre o autor, a natureza da
pesquisa e a instituição.
TEMA: assunto que se deseja desenvolver.
DELIMITAÇÃO DO TEMA: dotado necessariamente de um sujeito,
um objeto, uma delimitação geográfica e temporal.
OBJETIVO GERAL: define o que se quer alcançar na pesquisa. Está
ligado a uma visão global e abrangente do tema.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: possuem função intermediária e
instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro,
aplicá-lo a situações particulares.
Passos Período
Metodológicos JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET
Pesquisa bibliográfica X X
Pesquisa documental X
Elaboração dos
X
questionários
Aplicação de questionário X
Análise e correlação
X X
dos dados
Redação final X X X
38
Pesquisa na internet Capítulo
Loureni Reis
Motores de Busca
São programas ou ferramentas altamente especializadas
desenvolvidas para encontrar informações geralmente
armazenadas na internet. Os motores ou buscadores
apresentam uma lista de resultados a partir de
palavras, frases ou expressões fornecidas por quem está
realizando a pesquisa.
Vs. Vs.
Esses programas são muito eficientes e úteis, pois facilitam e deixam
mais ágeis as respostas dos termos que se deseja pesquisar. Com a ajuda
de buscadores é possível encontrar conteúdos de quase tudo que se deseja.
No entanto, para que os resultados sejam relevantes e de fato úteis alguns
cuidados precisam ser tomados.
Na lista gerada pelos buscadores, como é o mecanismo que gera os
resultados da pesquisa realizada? Quem ou o que organiza tudo?
Quando uma consulta ou pesquisa é realizada em um buscador, os
resultados são exibidos de forma rápida, porém a ferramenta não parte pela
web procurando os dados no momento em que é solicitado. Antes ocorreu
um trabalho anterior de procura, organização e sistematização para formação
de um banco de dados. Alguns sistemas organizam os dados por meio
do trabalho humano, outros usam a organização por meio de espécies de
robôs especialmente programados para “varrer” a web. Esses programas, em
detrimento da organização humana, que é mais segura e precisa, conseguem
tratar volumes maiores de informação.
1 Segundo o Alexa.com, que é um site mundialmente conhecido que cria um ranking de sites com base
no número médio de visitas que eles recebem.
40
b. Adicione palavras relevantes: Caso não encontre o que procura ao fazer
uma pesquisa simples.
Primeira tentativa: [filhotes ]
Mais preciso: [adestramento filhotes]
Ainda mais preciso: [aula adestramento filhotes dálmatas]
Não se preocupe se forem necessárias várias tentativas até encontrar as
palavras certas para descrever a pesquisa.
Variantes linguísticas
Não somente no Brasil, mas especialmente aqui é comum o uso de
palavras distintas para representar conceitos idênticos. Palavras como: aipim,
mandioca e macaxeira para designar o mesmo alimento ou beija-flor, binga,
chupa-mel, colibri e cuitelo para designar um pequeno pássaro em específico,
são alguns exemplos. Desta forma, é imprescindível ficar atento às variantes
Metodologia da Pesquisa
42
Buscar por diretório ou por área do conhecimento
No modo de busca por diretório, Motor de busca organizado por diretório
por área de conhecimentos, ou
vertical, a informação é procurada
em um diretório, que é uma espécie
de catálogo de categorias, e ao
acessar essas categorias é então
possível acessar o que se deseja.
Pode-se dizer que a principal
característica deste modelo de
motor de busca é a organização dos
conteúdos por assunto, geralmente
de acordo com uma hierarquia. Fonte: http://www.buscar.com.br/diretorio.html
Fonte: http://directorio.sapo.pt/
Fonte: http://www.periodicos.capes.gov.br/
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
home&lng=pt&nrm=iso
Fonte: http://www.abcm.ufpr.br/revista.htm
Fonte: http://fontesgerais.blogspot.com.br/2011/06/o-issn-numero-internacional-normalizado.html
3 A Plataforma Lattes integra as bases de dados de currículos, grupos de pesquisa e instituições das
áreas de Ciência e Tecnologia, no Brasil.
46
Para as publicações não seriadas existe o identificador
denominado ISBN (International Standard Book Number),
que traduzido quer dizer Número Padrão Internacional de
Livro. Esse sistema identifica numericamente publicações
sem caráter seriado segundo o título, o autor, o país e a
editora, individualizando-as inclusive por edição. A
Fundação Biblioteca Nacional é a responsável no Brasil para atender a
solicitação de cadastro tanto para obras impressas como para softwares.
Além dos sites e portais indicados há inúmeras outras fontes que podem
e devem ser consultadas para construção técnico-científica da pesquisa
realizada. Existem incontáveis bases de dados das mais diferentes áreas do
conhecimento, tais como:
Direito Autoral
Pode ser definido como um conjunto de prerrogativas que visam
à proteção dos direitos do autor e daqueles ligados a ele. A criação
de um autor é resguardada de forma que lhe sejam assegurados os
direitos patrimoniais e morais sobre sua obra intelectual.
4 Lei de Direitos Autorais: esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação
os direitos de autor e os que lhes são conexos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l9610.htm>.
48
Não se admite o uso sem autorização, ou sem citar o autor de obras
literárias, artísticas ou científicas. É fundamental, desta forma, obter
autorização para reprodução integral de um artigo ou de uma fotografia, por
exemplo, não deixando de citar o nome de seu autor e a fonte da qual obteve
a obra. Não citar o autor pode ser considerado plágio.
Plágio
Consiste em apropriação indevida de uma obra. Isto pode ocorrer
por meio de cópia, imitação, ou por apresentar a obra como se fosse
de sua autoria.
50
Monografia Capítulo
Carmen Ballão
5.1 Monografia
Ao apresentarmos as etapas da monografia, você verificará
que não existe um único modelo de monografia, porém existem
partes essenciais que compõem esse tipo de trabalho acadêmico.
Monografia significa a abordagem de um único assunto
ou problema, sob tratamento metodológico de investigação.
Exige, portanto, que lhe seja dada uma especificação, um
tratamento aprofundado e exaustivo, que não deve ser
confundido por extensão (OLIVEIRA, 1997, p.236).
A monografia é um documento elaborado sob a orientação
de um professor da área correlata ao tema escolhido, visando
à obtenção do título de especialista. Trata-se da apresentação
do resultado de uma pesquisa, com aprofundamento em um
tema específico. (WATANABE; MORETO; COUTINHO,
2010, p.13).
As características da monografia são:
Trabalho escrito, sistemático e completo.
Tema específico.
Tratamento extenso em profundidade, mas não em
alcance (neste caso é limitado).
Metodologia científica.
Contribuição importante, original e pessoal para a
Ciência e a sociedade.
O requisito principal para o desenvolvimento de uma monografia é o
projeto de pesquisa. Quanto mais detalhado o projeto, mais fácil será
desenvolver a monografia.
Basicamente, a elaboração da monografia abrange três etapas: definição
do assunto, coleta de dados e redação.
Depois de coletar os dados, o pesquisador deve analisar as informações
geradas e construir um esquema provisório do plano de redação.
Estrutura da monografia
A estrutura da monografia (Figura 1) divide-se em elementos:
a. Pré-textuais (capa, folha de rosto, errata, folha de aprovação,
dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, abstract, listas e
sumário).
b. Textuais (introdução, desenvolvimento e considerações finais).
c. Pós-textuais (referências, glossário, apêndices e anexos).
Estrutura da monografia.
*ANEXO
*APÊNDICE
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
*GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS
CONCLUSÃO
DESENVOLVIMENTO ELEMENTOS TEXTUAIS
INTRODUÇÃO
SUMÁRIO
*LISTAS
ABSTRACT
RESUMO
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
*EPÍGRAFE
*AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
FOLHA DE APROVAÇÃO
*ERRATA
FOLHA DE ROSTO
CAPA
Metodologia da Pesquisa
* Elemento opcional
52
Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais auxiliam o leitor na utilização do trabalho
acadêmico, pois antecedem o texto principal. São eles:
Capa. Epígrafe.
Folha de rosto. Resumo.
Lombada. Resumo em língua
Errata. estrangeira (abstract,
resume, resumen, etc.).
Folha de aprovação.
Listas.
Dedicatória.
Agradecimentos. Sumário.
Capa
A capa (Figura Modelo de Capa) deve conter o nome da instituição,
autor, título, subtítulo (se houver), local da instituição e ano da entrega.
Modelo de Capa.
3cm
Capítulo 5 – Monografia 53
Lombada
A lombada é a lateral da monografia impressa, na qual deve ser impresso o
título do trabalho e o nome do autor. O sentido do texto deve ser longitudinal
de cima para baixo.
Folha de rosto
A folha de rosto (Figura Modelo Folha de Rosto) contém informações
como: autor, título, subtítulo (se houver), nota indicativa sobre a natureza do
trabalho, orientador, local da instituição e ano da entrega.
A nota indicativa sobre a natureza do trabalho indica a finalidade da
apresentação da monografia.
3cm
54
Errata
A errata é um elemento opcional, que deve ser usado quando constam
erros na monografia impressa e encadernada. Consiste em uma folha avulsa
que apresenta a correção.
Exemplo de Errata:
Errata
Folha de Aprovação
A folha de aprovação não é necessária como parte da monografia
defendida neste curso, sendo imprescindível apenas para dissertações e teses.
Dedicatória
A dedicatória é um elemento opcional, no qual o autor dedica seu trabalho
a algumas pessoas importantes para ele, como parentes ou amigos.
Agradecimentos
Os agradecimentos fazem parte dos elementos opcionais, em que o
autor reconhece a contribuição de determinadas pessoas para a realização
da pesquisa.
Epígrafe
Elemento opcional, constituído por uma citação direta, que evidencia a
motivação do autor pela escolha do tema.
Resumo
O resumo deve evidenciar os pontos mais importantes do trabalho, como
o tema, a delimitação do tema, os objetivos, o problema e a metodologia,
apresentando inclusive os resultados obtidos. É apresentado em parágrafo
único, em espaçamento simples, contendo de 150 a 500 palavras (monografias,
dissertações, teses e outros), ou de 100 a 250 palavras (artigos de periódicos).
Após o resumo devem ser apresentadas palavras-chave (três a cinco)
relacionadas ao tema estudado.
Capítulo 5 – Monografia 55
Resumo em língua estrangeira
O resumo em língua estrangeira (inglês, francês, alemão, etc.) é obrigatório
apenas para dissertações e teses. Trata-se da tradução do resumo escrito na
língua portuguesa.
Listas
As listas são elementos opcionais que apresentam as ilustrações (figuras,
mapas, plantas, quadros e gráficos), tabelas, abreviaturas, siglas e símbolos.
Sumário
O sumário é um elemento obrigatório que lista títulos e subtítulos com
suas respectivas páginas, na mesma ordem e grafia em que aparecem no texto.
Cada título deve ser ligado ao número da página correspondente por uma
linha pontilhada. Caso o título ultrapasse uma linha, deverá ter continuidade
na linha seguinte, alinhado à primeira palavra da linha anterior. Os títulos
e os subtítulos são alinhados pela margem do título do indicativo numérico
mais extenso.
O sumário tem como finalidade facilitar a busca do leitor para
determinados assuntos. Além disso, este é um elemento que mostra ao leitor
como a obra está organizada, isto é, como foi concebida.
As características de um bom sumário são:
Objetividade (cada tópico deve expressar claramente o que será
tratado em cada seção do livro).
Sucinto (possui apenas o título dos capítulos e subcapítulos).
Completo (possui todos os títulos e subtítulos numerados).
Progressivo (avança gradualmente as ideias).
Elementos textuais
Os elementos textuais são aqueles que constituem a parte principal do
trabalho, sendo representados por:
Metodologia da Pesquisa
56
Introdução
É a parte que introduz o leitor no assunto pesquisado.
Portanto, a introdução deve:
estabelecer o assunto, definindo-o sucinta e claramente, sem
deixar dúvidas quanto ao campo e períodos abrangidos. Incluir
informações sobre a natureza e a importância do problema. Deve
localizar a área de estudo, quando for o caso;
indicar os objetivos e a finalidade do trabalho, justificando e
esclarecendo sob que ponto de vista é tratado o assunto;
fornecer a ideia central da pesquisa, referindo-se aos tópicos
principais do texto, indicando o roteiro ou a ordem de exposição.
Contudo, não deverão ser antecipados os resultados alcançados;
apresentar a metodologia, mas não de maneira muito extensa.
Caso seja extensa, deve ser colocada em um capítulo à parte.
Desenvolvimento
A divisão do assunto abordado na monografia deve ser definida com
o orientador. Não existem normas que regulamentem a sua extensão,
mas deve ser suficiente para fundamentar, explicar, demonstrar e provar
o assunto investigado. Recomendam-se entre 30 e 60 páginas para uma
monografia.
Capítulo 5 – Monografia 57
O desenvolvimento é a parte mais extensa do trabalho e visa expor o
assunto, demonstrando as principais ideias.
As principais partes podem ser:
Material e métodos: caso a descrição dos procedimentos
metodológicos seja muito extensa, estes podem estruturar um
capítulo. Nele, devem ser descritos os métodos, material, técnicas
e equipamentos utilizados na pesquisa.
Revisão de literatura: referência a trabalhos anteriormente
publicados, apresentando o estado da arte do assunto estudado.
Apresentação e análise dos dados: apresenta a análise dos dados,
sua interpretação e inter-relacionamento com a discussão teórica.
A apresentação dos dados pode ser feita utilizando-se gráficos,
tabelas e quadros.
Discussão dos resultados: apresenta os resultados encontrados.
Relaciona as causas e os efeitos do problema estudado; indica as aplicações
teóricas e práticas dos resultados obtidos; ressalta os aspectos significativos
da pesquisa; e apresenta novas perspectivas para a continuidade da pesquisa.
Os gráficos devem estar o mais próximo possível do texto. Caso não
possam ser incluídos na mesma página, deverão ficar no início da próxima.
O tamanho deve ser coerente com a estética do trabalho e obedecendo às
margens. Após o gráfico, deverá vir o número, o título, a fonte e a legenda,
separados por um espaço simples (1 cm). Todos os gráficos devem ser
comentados, analisados se vinculados ao contexto teórico. A ordem gráfico/
texto ou texto/gráfico é indiferente, sendo que dependerá da disponibilidade
de espaço na página.
As tabelas e os quadros devem estar o mais próximo possível do texto
em que são mencionados. Caso ocupem mais de uma página, deve ser
repetido o cabeçalho na página seguinte, com a expressão “continuação”
acima dele. Quando houver a coluna TOTAL, esta deverá ser precedida de
traço horizontal ou vertical. Entre as linhas da tabela e/ou quadro, o espaço
utilizado deverá ser o simples. O título e o número devem ser separados do
texto por dois espaços 1,5 cm.
Metodologia da Pesquisa
58
Considerações finais ou conclusão
É a recapitulação sintética da discussão e dos resultados da pesquisa. Deve
apresentar deduções lógicas, que correspondam aos objetivos propostos,
ressaltando o alcance e as consequências de suas contribuições à Ciência e à
sociedade. Deve ser breve e basear-se em dados comprovados.
Pode ser iniciada pelos aspectos mais importantes da pesquisa e os
objetivos alcançados e os não cumpridos. A finalização pode ser feita com
sugestões de novas pesquisas sobre o assunto estudado.
Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais são aqueles que complementam a pesquisa como:
a. Referências: consistem em um conjunto padronizado de
elementos descritivos retirados do documento utilizado, que
permite sua identificação e que serão tratados mais adiante.
b. Glossário: trata-se de uma lista em ordem alfabética, de palavras
técnicas utilizadas no trabalho com seus respectivos significados.
c. Apêndices: são os documentos elaborados pelo próprio autor,
que servirão de fundamentação, comprovação ou ilustração do
trabalho.
d. Anexos: são os documentos que servirão de fundamentação,
comprovação ou ilustração, que não foram elaborados pelo autor.
Capítulo 5 – Monografia 59
Para redigir um texto conciso, Medeiros (1996) afirma que o autor
deve evitar: repetições supérfluas, circunlóquios inexpressivos, digressões
impertinentes, redundâncias e pleonasmos viciosos.
De acordo com Medeiros (1996), para obter clareza o autor deve evitar:
ambiguidade (duplo sentido), anacoluto (interrupção de pensamento),
barbarismo (uso de palavras estrangeiras, palavras ou frases erradas),
circunlóquios (rodeio de palavras), frases longas (cheias de explicações, e
parênteses, de orações subordinadas), mau emprego da pontuação (pode
alterar a mensagem), obscuridade (sentido duvidoso).
Além da concisão e da clareza, o autor deve zelar por sua integridade
ética, evitando o plágio1. Quando não se consegue elaborar uma paráfrase2
consistente é preferível fazer uma citação direta, ou seja, a repetição literal
das palavras do autor. Outro fator a ser considerado é a correção gramatical e
ortográfica. O revisor do texto, ao deparar-se com inúmeros erros gramaticais
e/ou ortográficos, é desestimulado a prosseguir a leitura, podendo rejeitar o
artigo, portanto, aquele que possui dificuldades na redação escrita deve saná-
-las antes de redigir seu texto.
1 Para saber mais sobre a Lei que protege os direitos autorais, acesse o site: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l9610.htm>. Portanto, é preciso estar ciente que, ao estar plagiando uma obra, está
se cometendo um crime.
2 Paráfrase: consiste na reprodução da ideia do autor citado sem utilizar as mesmas palavras dele, ou
seja, é uma citação indireta. É preciso cuidado para não fazer o falso plágio, ou seja, copiar parte do
texto do autor modificando apenas algumas palavras. Caso não seja possível mudar as palavras do
autor, recomenda-se fazer uma citação direta, ou seja, copiar exatamente as palavras do autor. Citação
indireta e direta serão discutidas em outro capítulo deste livro.
Metodologia da Pesquisa
60
[...]
Veja um exemplo de textos monográfico objetivo, simples e direto, constituído de
frases curtas e incisivas:
Os alunos passaram a ser fator importante para as estratégias dos professores
da Escola Municipal João Aranha, em Livramento, RS. Dos 261 alunos contatados
pela Direção da Escola, 82,8% disseram que iriam à escola mais vezes se
houvesse turno integral com refeições. A falta de infraestrutura da escola foi
apontada por 34,5% dos alunos como o segundo motivo básico para o retorno
à sala de aula. De posse desses dados, professores e direção da escola passaram
a exigir diariamente à Secretaria de Educação, o turno integral e a melhoria da
escola. A Secretaria realizou licitações, alterou o calendário do município e hoje
os alunos retornaram à sala de aula em melhores condições.[...]
Fonte: BARCELLOS, Jorge. 50 dicas para a redação de monografia de conclusão. Disponível em:
<http://302284.vilabol.uol.com.br/monografia.htm>. Acesso em: 14 jun. 2012.
Lembre-se:
CONCISÃO
Máximo de informações com o mínimo de palavras
Repetições
Exemplo: Este projeto é um projeto que visa satisfazer o projeto do curso.
Veja que a palavra PROJETO foi repetida três vezes em um período curto.
Circunlóquios (rodeios)
Exemplo: É necessário sempre lembrar-se de que todos os seres vivos que habitam nosso
planeta e que constituem a sociedade em que vivemos precisam e sentem necessidade de
estar em conformidade com as regras estipuladas por aqueles que representam as leis.
EVITAR
Toda essa frase poderia ser substituída por: Os homens precisam de regras para viver.
Digressões impertinentes (mudança de informação bruscamente)
Exemplo: Ao falarmos de economia no Brasil, que há anos sofreu com duros golpes de
censura na ditadura, é necessário analisar a relação Produto Interno Bruto (PIB) e a
demanda de consumo.
Veja que a informação sublinhada não estabelece nenhuma relação com o resto da frase.
Redundância e pleonasmos
Exemplo: É preciso pesquisar a pesquisa que diz que os dados são relevantes.
Fonte: a Autora.
Capítulo 5 – Monografia 61
CLAREZA
Imediata compreensão do leitor
Ambiguidade
Exemplo: O professor falou com o aluno parado na sala.
Quem estava parado? O aluno ou o professor?
Anacoluto (frase quebrada)
Exemplo: Os autores dessa teoria, não se pode basear neles.
Barbarismo (erros)
Exemplo: A estrutura é meia errada.
O correto seria: A estrutura é meio errada.
Circunlóquios e frases longas
EVITAR
Fonte: a Autora.
62
Artigo científico ou paper Capítulo
Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais são os que antecedem o corpo principal do artigo.
Metodologia da Pesquisa
São eles:
• Título
• Subtítulo (quando houver)
• Autoria
• Resumo (com palavras-chave)
64
Embora o título seja o primeiro elemento pré-textual visualizado pelo
leitor, nem sempre é definido anteriormente à elaboração do texto principal.
É necessário que o autor defina um título provisório, para que este sirva de
linha condutora a ser seguida até o final do artigo, pois o assunto geral deve
referir-se ao título. É possível que, ao finalizar o artigo, o autor depare-se
com a necessidade de alterá-lo, podendo fazê-lo. É importante que o título
seja atraente, para que o leitor seja motivado a seguir em frente, passando
pela autoria e chegando ao resumo, parte em que a pesquisa deverá ser
apresentada de maneira bastante sintetizada.
O título deve ser escrito em letras maiúsculas, destacadas sem negrito,
centralizadas na primeira linha a 3 cm da borda superior da folha.
Após o título deve ser indicada a autoria, ou seja, os nomes dos autores do
artigo, que devem começar pelo sobrenome em letras maiúsculas, seguidos
dos prenomes. Para cada autor deve ser indicada uma nota de rodapé,
numerada em algarismos arábicos, apresentando o currículo resumido dos
autores e o endereço eletrônico dos mesmos.
Ao elaborar o resumo, o autor deverá ser capaz de apresentar os objetivos,
a metodologia e os resultados com clareza e concisão em até 250 palavras
(mínimo 150 palavras). Deve ser apresentado em espaçamento simples e
sem recuo de parágrafo. Logo após, deverão ser destacadas entre três a cinco
palavras-chave que orientem o leitor na identificação do assunto geral do
artigo, normalmente atreladas ao título.
Elementos textuais
Os elementos textuais compõem o texto principal, fazendo parte deles a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Introdução
O primeiro elemento textual é a introdução, que deverá ser elaborada
partindo da contextualização do assunto, apresentando os objetivos, a
justificativa da escolha do tema, a metodologia, o problema e as hipóteses.
A introdução deve ser redigida com clareza e concisão, assim como todo
o artigo. Deve possibilitar o claro entendimento do leitor sobre o que será
apresentado no artigo como um todo. Também é preciso atrair a atenção e
a curiosidade do leitor sobre o assunto que se pretende expor. É nesta parte
que devem aparecer as figuras de localização da área em estudo, caso seja
necessário. É a parte que introduz o leitor no assunto pesquisado. Portanto,
a introdução deve:
Desenvolvimento
O desenvolvimento, segundo elemento textual, pode variar bastante de
um artigo para outro, dependendo da abordagem que o autor pretende dar
ao assunto, assim como do tipo de artigo que pretende elaborar. Trata-se
da parte mais importante do artigo, na qual são apresentadas as ideias e
defendidas as teorias que as sustentam, bem como é detalhada a metodologia
utilizada e analisados e discutidos os resultados obtidos com a pesquisa
bibliográfica, de campo ou de laboratório. Não deve ser utilizada a expressão
“desenvolvimento”.
As principais partes podem ser:
Material e métodos: caso a descrição dos procedimentos
metodológicos seja muito extensa, estes podem estruturar uma
parte do artigo. Nela, devem ser descritos os métodos, material,
técnicas e equipamentos utilizados na pesquisa que resultou no
artigo.
Discussão dos resultados: referência a trabalhos anteriormente
publicados, apresentando o estado da arte do assunto estudado;
relaciona as causas e os efeitos do problema estudado; indica as
Metodologia da Pesquisa
66
Nessa parte podem ser utilizados gráficos, tabelas ou quadros para
apresentar ou ilustrar os resultados.
Lembre-se que a tabela é uma figura construída a partir de dados obtidos
pelo próprio pesquisador, em números absolutos ou percentuais. Já o quadro
é elaborado a partir de dados obtidos em fontes secundárias como, por
exemplo, o IBGE.
Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais são aqueles incluídos após o texto principal.
Fazem parte deles:
• Notas explicativas.
• Referências.
• Glossário.
• Apêndices.
• Anexos.
• Agradecimentos.
ANEXO A – Lista dos Cursos Técnicos ofertados pelo Instituto Federal do Paraná.
Metodologia da Pesquisa
68
Plano de negócios Capítulo
70
A seguir, segue o descritivo dos principais componentes de um plano de
negócios:
Capa
Sumário
Empreendimento
Descrição detalhada do que trata o empreendimento a ser viabilizado por
meio do plano de negócios.
Dados gerais da organização: nome do empreendimento,
endereço, início das atividades (caso o negócio já exista), pessoa
responsável para contato.
Dados dos dirigentes: nome, profissão e responsabilidade no
projeto, telefones, e-mail de contato, sendo que currículo e perfil
de cada um dos dirigentes é um item opcional.
Definição do negócio: descrever sucintamente do que se trata o
negócio proposto no plano.
Análise de cenários: é uma justificativa que trata do futuro do
negócio, a necessidade econômica, social, tecnológica, cultural e
ambiental que viabiliza a elaboração do negócio. Significa visualizar
o futuro, tendo por base as informações da evolução do mercado.
Análise SWOT1: é uma análise das forças e fraquezas do ambiente
interno e das oportunidades e ameaças do ambiente externo. Esta
ferramenta é um diagnóstico que permite o planejamento em
longo e médio prazo.
Visão: a visão deve apresentar aonde a organização quer chegar
em termos quantitativos, em posicionamento de mercado, como
quer ser vista pelos seus clientes e públicos em geral, qual posição
competitiva quer ocupar dentre os demais concorrentes.
Missão: a missão da organização representa sua essência, o seu
propósito maior de existir, o seu significado para a sociedade. É
como se fosse a identidade da organização, aquelas características
que a diferenciam das demais, que agregam valor e que fazem
sentido de existir.
Mercado
Mercado: neste tópico o objetivo é avaliar o público-alvo a ser atingido
por meio dos produtos e serviços da organização.
Identificação de segmentos de mercado e seleção de mercados-
-alvo: levantamento dos prováveis públicos-alvo que a sua empresa
poderá atingir e desenvolver serviços.
Descrições dos segmentos de mercado e justificativa: explicar
por que o segmento escolhido poderá ser seu cliente.
Dados demográficos de cada segmento de mercado: apresenta-
ção de dados relevantes que comprovem a viabilidade de oferecer
seus serviços para este público.
Concorrência: apresentar quem são os principais concorrentes que
sua empresa irá disputar os mercados. Conhecer os concorrentes é
importante para oferecer produtos e serviços diferenciados.
Metas específicas – mercado: estabelecer as metas a serem
atingidas por sua empresa, que sejam possíveis e mensuráveis. Isso
servirá para motivar a equipe de trabalho.
Metodologia da Pesquisa
Produtos e serviços
Produtos e serviços: depois de avaliar o mercado a ser atingido, deve-se
planejar os produtos ou serviços que a empresa irá oferecer.
72
Mix de produtos e serviços: é o conjunto de produtos ou serviços
que a empresa oferece a seu público.
Descrição dos produtos e serviços: por meio desta descrição
deve-se conhecer o que é o produto ou serviço em questão, a quem
se destina, qual é a sua composição em termos de matéria-prima,
maquinário, embalagem, mão de obra, qual é sua vida útil e quem
são os fornecedores e serviços terceirizados.
Marketing
Marketing: nesta etapa do PN é necessário planejar as ações de mercado,
envolvendo o mix de marketing: produto, preço, praça e promoção.
Canais de distribuição: é a definição dos canais de distribuição
mais viáveis para que o produto ou serviço chegue até ao
consumidor final.
Desenvolvimentos de estratégias de marketing: significa
apresentar quais serão os diferenciais da empresa, ou de que forma
o serviço agrega valores que deverão ser percebidos positivamente
pelos clientes. São formas de chamar atenção para o seu produto
ou serviço.
Estratégias de promoção de vendas: determinar quais serão
os veículos de comunicação e mídia que serão utilizados pela
empresa para promover as vendas. São mecanismos de divulgação
aos seus públicos.
Marketing de relacionamento: determinação de como a empresa
irá manter uma relação positiva de longo prazo com os seus
clientes, estabelecendo relações de fidelidade entre empresa e
consumidores.
Recursos humanos
Recursos humanos: significa apresentar a quantidade e a qualidade dos
recursos humanos que estarão disponíveis na empresa. Deve-se elaborar o
organograma da empresa, definindo departamentos, cargos, linhas formais
de comunicação, funções, responsabilidades, descrição de cargos. Da mesma
forma, é preciso apresentar formas de recrutamento e seleção, bem como a
capacitação e desenvolvimento da mão de obra.
Análise socioambiental
Análise socioambiental: esta etapa do PN diz respeito a uma tendência
em nossos dias que é a Responsabilidade Social e Ambiental, que pode
ser utilizada como uma estratégia de marketing por empresas de qualquer
natureza e envolve:
Cumprimento da legislação ambiental.
Diagnóstico dos aspectos e impactos ambientais de cada atividade.
Procedimentos para eliminar ou diminuir os impactos ambientais
ou sociais eventualmente levantados.
2 5s: técnica japonesa bastante simples, que consiste em descartar tudo aquilo que não agrega valor, da
mesma forma criar uma cultura da organização, transformando hábitos e costumes das pessoas. Essas
mudanças de comportamento gerarão qualidade no ambiente de trabalho, e poderão ser percebidas
pelo seu consumidor de forma positiva. Fonte: STADLER, Adriano. Gestão Empresarial para
Eventos. IFPR: 2012.
3 ISO - International Organization for Standardization - normas e procedimentos de padronização de
processos aplicáveis a organizações. Fonte: www.iso.org
4 PNQ - Programa Nacional de Qualidade - Seu principal objetivo é criar critérios para aumentar a
competitividade das organizações. Fonte: http://www.fnq.org.br/site/402/default.aspx
Metodologia da Pesquisa
74
A busca por minimizar os impactos sociais e ambientais é uma
cobrança dos órgãos reguladores e dos consumidores, e quando a
empresa consegue atender todas essas exigências, ela é bem vista por
seus consumidores, que se tornam mais fidelizados ao seu negócio.
Finanças
Finanças: a parte financeira do plano de negócios é fundamental, pois ela
irá demonstrar a viabilidade econômica do negócio, pois de nada adianta um
ótimo produto, uma ideia incrível se não há mercado para ele, ou se o preço
que o consumidor está disposto a pagar não dá a rentabilidade necessária
para a empresa se manter lucrativa.
Fontes de recursos para investimento e seu respectivo custo.
Volume de capital necessário para implementar o empreendi-
mento em questão.
Fluxo de caixa.
Orçamentos das vendas.
Gestão de custos e formação do preço de venda.
Margem de Contribuição.
Ponto de Equilíbrio: volume de vendas necessário para manter
os custos.
Prazo de retorno aceitável (Payback Time): mede o tempo
necessário para que se recupere o capital inicialmente investido.
Análises de Investimentos (VPL – Valor Presente líquido
– o valor das somas algébricas de fluxos de caixas futuros,
descontados a uma taxa compostos, em uma determinada
data. TIR – Taxa interna de retorno – é um índice que indica
a taxa de retorno de um investimento por uma unidade de
tempo (MOTTA e CALÔBA, 2002 apud MARQUEZAN e
BRONDANI, 2006).
ROI (Retorno do investimento): permite avaliar decisões de
investimento, através do efeito que elas produziram, além de
considerar o desempenho passado da empresa.
76
Memorial descritivo Capítulo
Registro e divulgação
da pesquisa –
Memorial descritivo
Trabalhos
apresentados
Produção científica
Títulos e homenagens
Atividades
profissionais
Formação
Folha de rosto
Metodologia da Pesquisa
78
Portfólio Capítulo
9
Um portfólio consiste na reunião de trabalhos ou projetos
que estão em desenvolvimento, seja em uma empresa, em uma
sala de aula ou projetos pessoais. Para demonstrar a natureza
do trabalho utiliza-se: registro de visitas, resumos de textos,
projetos e relatórios de pesquisa, anotações de experiências,
ensaios autorreflexivos, análises, avaliações, enfim, toda
uma produção realizada.
Tem por objetivo avaliar um projeto em um determinado
período de tempo com base nos documentos arquivados. O
portfólio serve para demonstrar habilidades, competências e
valores de quem o está produzindo. Além disso, permite que o
responsável por sua elaboração reflita e avalie na prática o antes,
o durante e o depois dos trabalhos, pensando criticamente, com
mais clareza e profundidade sobre suas falhas e aprendizado
adquirido. Isso só é possível, pois o portfólio traduz a ideia
de continuidade através da formação, diálogo, construção e
reconstrução de suas fases. Podemos confirmar isso com a
citação de Gardner (1995, p. 191), que afirma que:
a maior parte do trabalho humano produtivo
ocorre quando os indivíduos estão empenhados em
projetos significativos e relativamente complexos
que acontecem ao longo do tempo, são atraentes e
motivadores e conduzem ao desenvolvimento do
entendimento e da habilidade.
80
Formatação do trabalho Capítulo
acadêmico
Carmen Ballão
Espaçamento
O espaçamento entrelinhas pode ser:
a. Espaço de 1,5 cm para o texto.
b. Espaço de 1 cm (simples) para resumo, referências, citações
longas, notas de rodapé, tabelas, gráficos e quadros.
Parágrafo
A primeira linha de cada parágrafo de texto deve estar a 1,5 cm da
margem esquerda.
Os parágrafos das citações longas devem ter recuo de 4 cm da margem
esquerda.
Devem ser evitadas linhas soltas do parágrafo no início ou final da página,
as chamadas linhas órfãs.
Paginação
O número da página deve ser inserido a 2 cm da borda superior e 2 cm da
borda direita da folha. A contagem das páginas começa pela folha de rosto,
porém a numeração somente deve ser inserida a partir da primeira folha
textual. Desta maneira, a folha que dá início à introdução pode receber o
número 9, por exemplo.
Numeração progressiva
A numeração progressiva indica a sequência da divisão do trabalho, que
pode ser em seção primária, secundária, terciária, quaternária e quinária,
conforme os exemplos a seguir:
82
Quando for necessário enumerar os diversos assuntos de uma seção que
não possua título, esta deve ser subdivida em alíneas, indicadas por letras
minúsculas, seguidas de parênteses.
Exemplo:
a) Educação para todos.
Caso seja necessário dividir as alíneas, usa-se o travessão para destacar as
subalíneas.
Exemplo:
– Educação de jovens e adultos.
Notas de rodapé
As notas de rodapé são usadas como complementações ou esclarecimentos
que não podem ser incluídos no texto por interromperem a sequência lógica
da leitura.
As notas de rodapé podem ser:
Notas explicativas – explanações ou comentários que não são
incluídos no texto. As notas explicativas são em algarismos
arábicos com numeração única e consecutiva para cada capítulo
ou parte.
Exemplos:
No texto:
“Os outros dois pontos a destacar são o agudo desequilíbrio externo e a
insuficiência acumulação.” 25
No rodapé da página:
_____________
25
Aqui privilegiamos os problemas do capital, conformando-nos com uma reprodução dinâmica.
Tipos de citação
As informações coletadas de diferentes fontes podem ser citadas no texto
de forma direta ou indireta.
Citação direta
É a transcrição literal de um texto ou parte dele. Na citação direta é
obrigatória a apresentação página consultada.
A citação com ATÉ TRÊS LINHAS deve ser inserida no parágrafo
entre aspas duplas, com mesmo tamanho da fonte.
Exemplo:
84
Citação indireta
É a reprodução das ideias do autor, sem que haja transcrição literal
das palavras.
Para reproduzir as ideias do autor pode ser utilizada:
Paráfrase: é mantida a ideia do autor e o número aproximado de
palavras utilizadas por este.
Condensação: é mantida a ideia do autor com um número de
palavras bastante reduzido.
ATENÇÃO!!!
É necessário ter cuidado ao fazer uma citação indireta, para não
caracterizar plágio. O plágio é a cópia do texto do autor sem a menção
da fonte, ou seja, é a apropriação indevida dos direitos autorais e no
Brasil é crime passível de punição.
Exemplo:
Citação de citação
Pode-se fazer ainda citação de citação, ou seja, quando não se teve acesso
ao documento original, pode ser citada a ideia de um autor que foi citada
na obra de outro. Neste caso, deve ser usada a expressão latina apud, que
significa citado por.
Exemplo:
Na sentença:
Para Gonçalves (2000, apud FERREIRA, 2009) os países desenvolvidos podem
comprar créditos de carbono, como objetivo de reduzir a emissão de gases.
86
Exemplo:
Tradução de citação
No caso de citação com texto traduzido pelo autor, deve ser indicada a
expressão tradução nossa, entre parênteses, após a chamada da citação.
Exemplo:
Na sentença:
“Essa ação demonstra a postura do IFPR, que tem buscado ampliar a oferta de
unidades no Paraná.” (Informação verbal)1.
No rodapé:
___________
Notícia fornecida por Alípio Santos Leal Neto na solenidade de autorização para uma unidade do
1
Na sentença:
De acordo com Machado (2009) os professores do ensino fundamental e médio
podem diversificar as aulas, torná-las mais atrativas e conhecer o trabalho de
outros colegas espalhados pelo país ao acessar o Portal do Professor.
a) Um autor
No sistema autor-data, a indicação do sobrenome pode ser na sentença,
no final da sentença ou após a ideia do autor.
As fontes utilizadas na produção textual devem ser indicadas:
pelo sobrenome do autor ou nome da entidade responsável;
pela data de publicação;
pelo número da página, separado por vírgula entre parênteses (no
Metodologia da Pesquisa
88
Exemplos:
Na sentença:
Segundo Matus (1996, p.14) “negar o planejamento é negar a possibilidade de
escolher o futuro, é aceitá-lo seja ele qual for”.
No final da sentença:
“Negar o planejamento é negar a possibilidade de escolher o futuro, é aceitá-lo
seja ele qual for.” (MATUS, 1996, p.14).
Na sentença:
De acordo com Fonseca, Martins e Toledo (1995, p. 208) “O Índice Geral de
Preços é considerado como medida-padrão (ou oficial) do país. Trata-se de um
índice híbrido [...]”.
No final da sentença:
“A narração deficiente ou omissa que impeça ou dificulte o exercício da defesa,
é causa de nulidade absoluta, não podendo ser sanada porque infringe os
princípios institucionais.” (GRINOVER; FERNANDES; GOMES FILHO, 2001, p. 97).
No final da sentença:
A escola tem por obrigação proporcionar aos seus alunos condições e acesso ao
conhecimento. (FONTES et al., 1996).
No final da sentença:
“Como diferentes programas podem adotar enfoques diversos, as decisões a
serem tomadas são específicas de cada um.” (BRASIL, Ministério da Educação,
1976, p. 12).
No caso de entidade coletiva conhecida pela sigla, a entrada deve ser por
extenso, na primeira citação, seguida da sigla entre parênteses. No restante
do texto pode ser usada apenas a sigla.
Na sentença:
De acordo com Curitiba, Prefeitura Municipal (2008, p. 178), “a Linha Verde trará
resultados positivos no tocante à [...]”.
No final da sentença:
O turismo é visto como o mercado que mais cresce e o ecoturismo é uma das
Metodologia da Pesquisa
90
Quando houver necessidade de utilizar o nome do autor por extenso na
citação, como no exemplo acima, todos os autores referenciados no trabalho
deverão ser apresentados também desta forma, como forma de padronização,
na lista de referências.
Na sentença:
Para Roberts (1998a, p. 57) “os grupos que detêm a força de trabalho precisam
de constante capacitação profissional”.
“A competitividade faz com que as empresas invistam em tecnologia e qualidade
na prestação dos seus serviços.” (ROBERTS, 1998b, p. 161).
Na sentença:
Oliveira (1985, 1990, 1997) afirma que um dos propósitos do marketing é
alcançar os objetivos organizacionais.
10.2 Referências
As referências são o conjunto de elementos que permitem a identificação
dos documentos que foram utilizados na elaboração da monografia.
Os elementos que compõem uma referência são:
Essenciais (autor, título, edição, local, editora, e data de publicação).
Complementares (ISBN1, série, número de páginas, e outras).
1 ISBN (International Standard Book Number) é um sistema que identifica numericamente os livros
segundo o título, o autor, o país e a editora, individualizando-os inclusive por edição. Retirado de:
<http://www.isbn.bn.br/;jsessionid=F903B1893F4E912D992E3524B2D5E2A7o-que-e-isbn>.
92
Sobrenomes unidos por hífen: indica-se como um único
sobrenome.
Exemplo: ARTEAGA-FERNANDEZ, E.
94
Quando for impossível determinar o local, indicar [S.l.]=
(expressão latina abreviada sine loco = sem local) entre colchetes.
Considerações gerais
Quando há mais de um editor, indica-se o mais destacado.
Referência completa
SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Local: Editora, ano de
publicação. Número de páginas.
O título deve ser destacado em negrito.
Exemplo:
Artigos de livros
Exemplo:
Metodologia da Pesquisa
96
Artigos de eventos
Exemplo:
Artigos de revistas
A pontuação utilizada e as informações destacadas são diferentes. Observe
com atenção:
SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título da revista, local da
publicação, número do volume, fascículo, páginas inicial e final do artigo,
mês e ano da publicação.
Exemplo:
Artigos em jornais
SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local de
publicação, dia, mês e ano. Páginas do artigo.
Exemplo:
98
Considerações finais
Divulgação.
ECO, U. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.
Divulgação.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. De A. Fundamentos de metodologia
científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1991.
que trata das principiais informações que os gestores precisam levantar sobre
a viabilidade e aplicabilidade dos negócios na prática, o qual visa diminuir
riscos e potencializar o conhecimento sobre as forças internas e os possíveis
impactos externos sobre a organização. Na área de gestão, o plano de negócios
é muito utilizado como trabalho de conclusão de curso, por isso conhecer esta
metodologia tem relevância, tanto no âmbito empresarial, quanto no acadêmico.
102
Referências
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CUNHA, Murilo Bastos da. Biblioteca digital: biblioteca internacional anotada. Ci.
Inf., Brasília, v. 26, n. 2, p. 195-213, maio/ago. 1997.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
LEVY, Pierre. O que é virtualização. In: ______. O que é virtual? São Paulo: Ed. 34,
1996. (Coleção TRANS). Cap. 1, p. 15-25.
MARTINS, Wilson. O livro impresso. In: ______. A palavra escrita. São Paulo:
Anhembi, 1957. Pt. 2.,cap. 6, p. 159-165.
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inicial. R. Bras. Bibliotecon. e-Doc., São Paulo: v. 24, n. 1/4, p. 86-97, jan./dez. 1991.
SALIM, C. S. et al. Construindo plano de negócios: todos os passos necessários para planejar e desen-
volver negócios de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
SALIM, Cesar Simões. Construindo planos de negócios. Campus: Rio de Janeiro. 3. ed. 2006.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 20. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 1996.
WATANABE. C. B.; MORETO. E.C.; COUTINHO, R.R. Normas para apresentação de trabalhos
acadêmicos do Instituto Federal do Paraná. Curitiba: IFPR, 2010.
Metodologia da Pesquisa
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