3 - Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
3 - Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
3 - Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
de Construção
Material Teórico
Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Substratos e Revestimentos
em Argamassa e Pinturas
• Substratos;
• Revestimentos em Argamassa;
• Pinturas;
• Alvenarias.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Abordar dois dos principias tipos de revestimentos utilizados na Construção Civil: re-
vestimentos em argamassa e pinturas, e identificar os processos prévios à instalação
desses revestimentos.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Substratos
Definimos como substratos os materiais nos quais são aplicados os elementos
finais de acabamento de uma edificação.
Importante! Importante!
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Revestimentos em Argamassa
Argamassa é a mistura homogênea de agregados miúdos (como areia), ligante
(como cal, gesso ou cimento) e água. Possui propriedades de aderência e endure-
cimento, podendo ser produzida em obra ou de maneira industrializada. A relação
entre a quantidade desses componentes é denominada traço.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Nesse caso, a argamassa é mais fluida, obtida por meio da mistura de cimento
e areia, com adição de água e aditivo (geralmente de base PVA). O tempo de cura
do chapisco é de três dias. Somente após esse período deve-se realizar a execução
da camada de emboço.
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Caso seja necessária uma aplicação de emboço com espessura mais elevada,
superior a 50mm, deve ser previsto reforço na aplicação, geralmente utilizando
telas metálicas (Figura 4). O tempo de cura do emboço varia de 7 a 28 dias, depen-
dendo do tipo de acabamento que será aplicado sobre essa camada.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Liso
Depois de sua aplicação, desempena-se com desempenadeira de aço (Figura 7).
A massa utilizada pode ser Massa Fina ou Massa Corrida.
Camurçado
O reboco é desempenado com desempenadeira de madeira revestida com bor-
racha macia ou esponja.
Travertino
Com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma estopa limpa ou
pano seco, de maneira que na superfície se determinam pequenos sulcos típicos do
mármore. Desempena-se com a desempenadeira de aço levemente, de maneira a
não desmanchar os sulcos feitos.
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Raspado
Obtido com a passagem de um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra,
após 2 horas, aproximadamente, da sua aplicação, removendo a parte superficial
do reboco, que deve ser lavada para a remoção do pó, como procedimento final.
Queimado
Após a aplicação da argamassa de emboço, polvilha-se pó de cimento sobre a
superfície, borrifando água com a broxa; em seguida, alisa-se com a desempena-
deira de aço, garantindo o aspecto liso uniforme.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Frisos técnicos
Além da função formal, a utilização de frisos (horizontais ou verticais) é impor-
tante na dispersão de água, evitando possíveis patologias associadas à umidade
e infiltração.
Os frisos podem servir para dissimular defeitos nas emendas das argamassas
de revestimento e também serem utilizados nas áreas em ocorre mudança de cor,
ou mesmo para atenuar possíveis problemas de coloração. No entanto, a principal
função que os frisos técnicos desempenham é a de evitar fissuras e possíveis rom-
pimentos dos revestimentos de fachada.
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Executa-se o friso com a argamassa ainda fresca, com profundidade de 1,00 cm.
Geralmente, o processo é realizado com um frisador de alumínio e o corte realiza-
do não pode descobrir a estrutura ou a alvenaria (Figura no link a seguir).
Explor
Pinturas
Tintas e Vernizes – Definições
Como definição geral, tinta é uma mistura homogênea de solventes, aditivos,
resinas e pigmentos que tem por finalidade revestir uma superfície de modo a
protegê-la contra a ação de intempéries e contatos físicos, além de desempenhar
função estética.
Trata-se de uma mistura estável entre pigmentos e cargas, dispersos numa resina
líquida que, ao ser estendida numa fina película, forma um filme aderente ao subs-
trato em que é aplicada.
A pintura é uma das últimas etapas de uma obra, mas, como toda disciplina
envolvida num projeto de construção ou reforma, deve ter suas especificações defi-
nidas desde o início do processo projetual, pois devemos levar em consideração as
condições do ambiente em relação ao clima da região e o tipo de ocupação, entre
outros aspectos relevantes.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Tipos de tintas
No âmbito da Construção Civil, são utilizadas as tintas da chamada Linha Imo-
biliária. Numa tinta, o tipo de acabamento está diretamente ligado à quantidade de
pigmento. O volume e a concentração de pigmentos nas tintas regulam os diferen-
tes níveis de brilho e interferem inclusive na resistência do produto. As variações
de brilho são calculadas por meio de um índice chamado PVC (Pigmento-Volume-
-Concentração).
Assim, quanto menor for o índice, mais baixo será o volume de pigmentos e maior
o brilho da tinta. Segundo esse índice, uma tinta imobiliária é dividida em três tipos:
semibrilho (menor pigmentação), acetinada e fosca (maior pigmentação).
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ACABAMENTOS DAS TINTAS IMOBILIÁRIAS
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
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a formação de bolhas e mau acabamento. Pode ser usada como revestimento
para banheiros, cozinhas e outras áreas molhadas, substituindo os tradicionais
revestimentos cerâmicos.
Figura 13 – Corrimão em ferro pintado com esmalte Figura 14 – Quadra poliesportiva pintada com tinta epóxi
Fonte: Getty Images Fonte: Getty Images
Explor
· Alvenarias: · Fosco;
· Tinta à base de água;
Acrílica · Excelente lavabilidade e cobertura.
– Exteriores; · Acetinado;
– Interiores. · Semi-brilho.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Equipamentos de pintura
Para uma pintura residencial, o profissional deve ter os seguintes itens (Figura 15):
• Equipamentos de proteção individual: óculos de proteção e luvas de borracha;
• Massa corrida e massa acrílica: para cobrir imperfeições das superfícies.
A massa corrida é usada em ambientes internos e a acrílica nos ambientes exter-
nos. As massas devem ser aplicadas com espátula ou desempenadeira de aço;
• Lixas: para remover os excessos decorrentes da aplicação de massa ou cama-
das de pinturas anteriores. Quanto maior a numeração da lixa, mais fina ela é;
• Panos de limpeza: para retirar a poeira depois de lixar os respingos durante
a pintura;
• Rolos de pintura: para esmaltes e vernizes, são utilizados os de espuma. Para
látex PVA e tinta acrílica usa-se o rolo de lã de carneiro. Para superfícies lisas,
usa-se os de pelo baixo (5 a 12 mm); os de pelo médio e alto (19 a 25 mm) são
para paredes rugosas ou texturizadas;
• Trinchas para fazer os recortes (quinas, juntas etc.). Pincéis de cerdas escuras
são indicados para aplicação de tintas à base de solvente (como esmalte, tinta
óleo e vernizes) e os de cerdas grisalhas para tintas à base de água (látex PVA
e acrílica);
• O uso de pistola de pintura é opcional. Ela atua junto com um compressor, que
deve ser compatível com a pistola. Se bem utilizada, garante melhor cobrimen-
to e maior economia de tinta;
• Bandeja para despejar tinta, lona plástica ou jornais para cobrir o piso e os obje-
tos, fita crepe para proteger batentes e rodapés e escada completam o conjunto.
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Sistemas de pintura
Para que se tenha um bom resultado na aplicação de tintas e vernizes, é preciso
considerar a pintura como um Sistema que envolve várias etapas a serem seguidas
de forma criteriosa, pois delas depende a qualidade do resultado final.
Alvenarias
O processo de pintura das alvenarias deve aguardar pelo menos 25 dias para
que ocorra a cura inicial do cimento e da cal presente nas argamassas. Pinturas
sobre superfícies mal curadas podem gerar problemas que acabam por danificar o
revestimento.
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
A superfície deve estar isenta de imperfeições (buracos, saliências etc.), que de-
verão ser tratadas previamente com massa corrida PVA ou acrílica. Para melhor
fixação sobre o substrato, deve-se utilizar massa corrida PVA para pinturas internas
e, nas superfícies externas, massa corrida acrílica. Ainda para melhor aplicabilidade
e maior durabilidade da pintura, após a massa corrida, pode-se dar uma demão de
selador acrílico.
Serão dadas tantas demãos quantas forem necessárias, até que seja obtida a
coloração uniforme desejada.
Esquadrias em Ferro
Nas esquadrias de ferro, após a limpeza da peça para remoção de todos os vestí-
gios de oxidação, será aplicada uma demão de fundo antióxido de ancoragem (zar-
cão ou cromato de zinco), para a proteção do substrato quanto à ação da umidade.
Depois, pode ser necessária a aplicação de massa acrílica para corrigir eventuais
imperfeições da superfície; passa-se, então, um selador para fazer a ponte entre a
base e a pintura e, finalmente, à pintura, geralmente, do tipo esmalte, com o nú-
mero necessário de demãos a fim de uniformizar a superfície.
Esquadrias em madeira
Devem estar limpas e secas. As madeiras verdes ou com excesso de umidade
não oferecem boa base para aplicação de revestimentos.
Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser previamente seladas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Airless Paint Sprayers
https://youtu.be/WWjGw0lJvS4
Aprenda a pintar
https://youtu.be/x5PzCVd6_oo
Papo de Obra – Chapisco e reboco
https://youtu.be/wbN7F_diaRs
Projeção Revestimento monocapa
https://youtu.be/zVyVgOZt_yY
Revestimento Decorativo Monocamada x Método tradicional
https://youtu.be/nbhC_NEkFuM
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UNIDADE Substratos e Revestimentos em Argamassa e Pinturas
Referências
BARROS, M. M.; CRESCENCIO, R. M. Pini-web – Revestimento decorativo
monocamada. Disponível em: <http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/
revestimento-decorativo-monocamada-79501-1.aspx>. Acesso em 27 jan. 2016.
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