A Pi
A Pi
A Pi
4
O CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS
Em matemática, usamos com muita freqüência alguns conjuntos de números e, entre eles, o conjunto dos
números naturais.
Iniciando pelo zero e acrescentando sempre uma unidade, teremos os chamados números naturais: 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,...
Os números naturais constituem um conjunto numérico denominado conjunto dos números naturais, que se
indica pela letra N .
N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,...}
Quando se exclui o 0 deste conjunto, temos o conjunto indicado por N * .
N * = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...} → conjunto dos números naturais não-nulos.
Considerando a sucessão dos números naturais, podemos observar o que se segue.
Exemplos:
O sucessivo de 0 é 0 + 1 = 1
O sucessivo de 1 é 1 + 1 = 2
O sucessivo de 2 é 2 + 1 = 3
O sucessivo de 37 é 37 + 1 = 38
O sucessivo de 199 é 199 + 1 = 200
Exemplos:
O antecessor de 1 é 1-1 = 0
O antecessor de 2 é 2 – 1 = 1
O antecessor de 3 é 3 – 1 = 2
O antecessor de 26 é 26 – 1 = 25
O antecessor de 500 é 500 – 1 = 499
Exemplos:
Não existe o maior dos números naturais, isto é, existem infinitos números naturais. Dois ou mais números
que se seguem na sucessão dos números naturais são denominados consecutivos.
5
Igualdade e desigualdade
Propriedades da igualdade
a) Reflexiva: a = a
b) Simétrica: se a = b , então b = a
c) Transitiva: se a = b e b = c , então a = c
Propriedades da desigualdade
Exercício
1º) Um automóvel passou pelo Km 435 de uma rodovia. Ele ainda deverá percorrer 298 km até chegar ao seu
destino. Em qual Km dessa estrada está o ponto de destino desse automóvel?
2º) O odômetro é um aparelho usado nos veículos para marcar o número de quilômetros percorridos. Um
carro sai de São Paulo com o odômetro marcando 28596 km e vai até Rio Claro, uma cidade distante 175 km
de São Paulo. Ao chegar a Rio Claro, qual a quilometragem que o odômetro desse carro estará marcando?
3º) A produção de uma indústria foi de 105 780 peças em janeiro, 93 968 em fevereiro e 119 498 peças em
março. Quantas peças essa indústria produziu nesse trimestre?
A operação da subtração é empregada quando devemos tirar uma quantidade de outra quantidade. Exemplo:
Uma imobiliária anunciou um apartamento por R$ 38.650,00 e outro imóvel, menor por R$ 27.930,00. Qual a
diferença de preço entre os dois imóveis?
6
Exercício
1º) Hidrômetro é um aparelho semelhante a um relógio: marca o consumo de água de uma casa em
centímetros cúbicos. A leitura de um hidrômetro feita no dia 20 de março indicava 2 568 metros cúbicos e
uma nova leitura feita um mês depois, indicava 2 727 metros cúbicos. Quantos metros cúbicos de água foram
consumidos nesse período?
2º) Você sabe que o odômetro é um aparelho usado nos veículos para marcar o número de quilômetros
percorridos. Ao sair de uma cidade A, uma moto tinha seu odômetro marcando 18.602 quilômetros, ao
chegar a uma cidade B , o odômetro marcava 19.110 quilômetros. Quantos quilômetros separam a cidade A
da cidade B ?
3º) Sabe-se que a profundidade média do oceano Pacífico é de 4.188 metros e a profundidade média do
oceano Atlântico é de 3.736 metros. Qual é a diferença entre essas duas profundidades?
Um edifício de apartamentos tem 6 andares. Em cada andar há 4 apartamentos. Quantos apartamentos têm o
edifício todo?
Exercício:
1º) Três cidades, A, B e C são ligadas por uma rodovia. Sabe-se que de A até B são 275 km e que de B até C
a distância corresponde ao triplo da distância de A até B. Quantos quilômetros são de B até C?
2º) Você sabe que o dobro significa duas vezes, o triplo três vezes, o quádruplo significa quatro vezes e o
quíntuplo significa cinco vezes. Nessas condições, e sabendo que o número natural n vale 495, determine:
a) O dobro número n
b) O triplo do número n
c) 6 x n
d) O quádruplo do número n
e) O quíntuplo do número n
f) 12 x n
Exemplo:
Uma indústria produziu 183 peças e quer colocá-las em 12 caixas, de modo que todas as caixas tenham o
mesmo número de peças. Quantas peças serão colocadas em cada caixa?
Solução:
Exercícios:
1º) Tomando como referência o nível do mar, use números inteiros positivos ou negativos para indicar os
valores expressos nas frases:
8
1º) Compare os dois números inteiros que estão envolvidos no seguinte fato: Uma temperatura de 2 graus
abaixo de zero é mais alta que uma temperatura de 6 graus abaixo de zero.
2º) Usando os símbolos > e <, compare os números inteiros:
a) 0 e +7 f) -30 e +6
b) +11 e 0 g) +7 e +20
c) 0 e -9 h) -11 e -30
d) -13 e 0 i) -1 e +5
e) +2 e -19 j) -20 e -3
(+)+(+)=(+)
( + ) + ( - ) = ( +/- )
( - ) + ( + ) = ( -/+ )
( - ) + ( -) = ( - )
Quando os dois números são positivos, a soma é um número positivo.
Exemplo: (+6) + (+17) = +23
Quando os dois números são negativos, a soma é um número negativo.
Exemplo: (- 6) + (- 17) = - 23
O quadro seguinte mostra a venda de cada departamento no mês de março em relação ao mês anterior:
Exercícios
1º) Na atmosfera, a temperatura diminui cerca de 1 grau a cada 200m de afastamento da superfície terrestre.
Se a temperatura na superfície é de +20 graus, qual será a temperatura na atmosfera a uma altura de 10 km?
2º) Calcule:
a) – 92 + 17 + 34 + 20 c) 17 – 40 – 30 – 60 + 100
9
b) 76 + 92 – 104 – 101 + 94 d) 81 + 19 – 95 – 105 + 260 – 110
( + ) – ( + ) = ( + ) + ( - ) = ( +/ - )
(+)–(-)=(+)+(+)=(+)
(-)–(+)=(-)+(-)=(-)
(-) -(-)=(-)+(+)=(-/+)
Exercício:
1º) Numa cidade a temperatura mínima foi de -1 grau, enquanto a temperatura máxima foi de +10 graus. Para
determinar a variação de temperatura, efetuamos a subtração “temperatura máxima – temperatura mínima”.
Qual a variação da temperatura nessa cidade?
(+8) . (+12) = + 96
(+20) . (+13) = +260
A multiplicação de um número inteiro positivo por um número inteiro negativo, em qualquer ordem resulta
em um número inteiro negativo:
Exemplo: (-6) . (+4) = - 24
A multiplicação de dois números inteiros negativos resulta em um número inteiro positivo:
Exemplo: (-6) . 9-20 = + 12
Se os dois fatores têm sinais diferentes, o produto é um número negativo.
Exemplos: (+9) . (-2) = -18 e (-13) . (+6) = - 78
10
Chama-se conjunto dos números racionais - símbolo Q - o conjunto formado por todos os números que
p
podem ser colocados na forma fracionária onde p ∈ Z e q ∈ Z * . Então:
q
p
Q={ / p ∈ Z , q ∈ Z * } Note que: Ν ⊂ Ζ ⊂ Q
q
Assim o resultado da divisão de p por q , no caso em que p não é múltiplo de q , dá origem aos números
racionais decimais.
32
Exemplo: A fração é igual a 3,2. A vírgula imaginária encontra-se à direita do último algarismo do
10
numerador, isto é, (32,) deslocando-a uma casa para a esquerda (pois o denominador apresenta 1 zero)
encontramos o decimal procurado.
435 75 2 5
Outros exemplos: a) = 4,35 b) = −0,75 c) = 0,2 d) = 0,005
100 100 10 1000
Quando, ao deslocar a vírgula, o numerador não apresentar algarismos suficientes, acrescentamos zeros à
esquerda do numero. (veja exemplos b, c e d).
a) 7, 4 = b) 0, 467 = c) 0, 01 = d) 0, 023 =
Número misto
Extrair os inteiros da fração imprópria, o que pode ser feito dividindo-se o numerador pelo denominador. O
número misto terá mesmo denominador, a parte inteira é o quociente da divisão e o numerador é o resto.
r
Isto é: em D d temos assim a fração: q
d
r q
Exemplos:
7 1 17 2
a) = 3 7 2 b) =5 17 3
2 2 1 3 3 3 2 5
Exercícios:
Para obter frações equivalentes a certa fração, basta multiplicar os seus termos (numerador e denominador),
por um mesmo número natural diferente de zero.
Este procedimento é chamado de Propriedade Fundamental das Frações. Exemplos:
1 2 1 3 1 4 1 5 1 2 3 4 5 6 80
= ; = ; = ; = ; Logo, = = = = = = ... = = ...
2 4 2 6 2 8 2 10 2 4 6 8 10 12 160
12
Simplificação de frações
Sempre que os termos de uma fração admitir divisores comuns, pode-se simplificá-la tornando-a irredutível
(quando seus termos não admite mais simplificação). Para tanto, basta dividir o numerador e o denominador
da fração por um mesmo número natural, exceto por 0 e 1. vejamos:
36 18 36 9 36 3 36 18 9 3
= ; = ; = Isto é: = = =
24 12 24 6 24 2 24 12 6 2
P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47...}
(1º passo) Escrevemos os números dados, separando-os por vírgula e colocamos um traço ao lado
do último número. No lado direito do traço, colocamos o menor dos fatores primos que se pode
dividir pelo menos um deles.
(2º passo) Abaixo dos números que forem divisíveis pelo fator primo, colocamos o quociente
(resultado da divisão). Os números que não são divisíveis pelo fator primo devem ser repetidos.
(3o passo) Repetimos os passos 1 e 2 até chegar ao quociente 1, abaixo de todos os números. O
mmc é o produtos dos fatores primos, colocados à direita do traço
13
500 10
5º) Simplifique as frações, até obter a fração irredutível:a) = b) = c)
600 15
2004 50
= d) − =
4000 100
6º) Calcule:
a) mmc (12,16) = b) mmc (150,50) = c) mmc (10,12,15) =
1 5 4 1 5
a) e = b) , e =
4 6 3 2 9
Toda expressão numérica que contém somente as operações de adição e subtração representa uma adição
algébrica.
Quando uma adição algébrica contém parênteses antecedido do sinal + podemos eliminar esses parênteses,
bem como o sinal que os antecede, escrevendo apenas o número que está no interior dos parênteses com
2 3 2 3
seu próprio sinal Exemplos: a) (+5) + (–7) + (+8) + (–3) = 5 –7 + 8 – 3 b) + + − = −
3 5 3 5
Quando uma adição algébrica contém parênteses antecedidos do sinal – podemos eliminar esses parênteses,
bem como o sinal que os antecede, escrevendo cada número que está no interior dos parênteses com sinal
trocado
3 1 3 1
Exemplos: a) – (+2) – (+ 4) = –2 – 4 b) − − − = − +
4 6 4 6
14
Para adicionarmos e/ou subtrairmos frações, é necessário que elas possuam denominadores iguais.
Nos casos em que as frações têm denominadores diferentes, devemos reduzi-las ao mesmo
denominador comum. Estando estas com denominadores iguais, a soma, será uma fração de mesmo
denominador comum, cujo numerador é a soma dos numeradores das frações anteriores.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Exemplos:
a) (+4) + (+ 2) = 4 + 2 = 6 7 9 20 − 14 − 45 20 − 59 39
d) 2 − − = = =− mmc(2,5) = 10
5 2 10 10 10
b) (– 4) + (– 2) = – 4 – 2 = –6 1 2 7 7 35 + 14 49 9
e) 3 +1 = + = = = 4 mmc (2,5) = 10
2 5 2 5 10 10 10
c) (–10) – (– 3) = –10 + 3 = –7 1 9 5 1 9 5
f) − + − + = Propriedade do cancelamento
3 7 4 3 7 4
1) Calcular:
8ª) Calcule:
1 5 3 1 3
a) – (–3) – (–8) – (+10) = c) 2+ + −1 = e) − =
2 16 4 2 8
5 3 7
9º) + a soma:
b) Calcule + = 3 5
16 16 16 d) + + − +2=
2 4
a) 12,568
b) 101,002 + 63,012
15
c) 25,123-23,18
2 1 2 2 2 50
b) − ⋅+ = − d) de 25 = ⋅ 25 = = 10
3 5 15 5 5 5
O Sinal do resultado pode também, ser obtido aplicando (+) . (+) = (+)
(–) . (–) = (+)
a regra de sinal, ao lado, para o produto de dois ⇒ (+) . (–) = (–)
números, ou sucessivamente para o produto de mais de
dois números. (–) . (+) = (–)
OBSERVAÇÃO:
Para multiplicar um número decimal por 10, 100, 1000, etc., basta deslocar a vírgula para a direita, tantas
casas conforme o número de zeros da potência de dez, isto é: 1, 2, 3, etc. respectivamente.
16
Para dividir um número decimal por 10, 100, 1000, etc.; basta deslocarmos a vírgula para a
esquerda, tantas casas quanto o número de zero(s) da potência de dez, isto é,1, 2, 3, etc.
respectivamente..
Exemplos: a) 6,587 x 10 = 65,87 b) 2,725 x 1000 = 2725 c) 0,0287 x 100 = 002,87 = 2,87
Exercícios:
Conservar o primeiro e multiplicar pelo inverso do segundo e aplicar a regra de sinais anterior, isto e:
a c a d
÷ = ⋅
b d b c
17
3 2 3 3 9 3 3 1 3
Exemplos: a) − ÷ − = − ⋅ − = b) + ÷ (− 5) = + ⋅ − = −
5 3 5 2 10 4 4 5 20
Observações importantes:
b) (–12,27 ) : (–3 )
A divisão de números decimais também pode ser feita, transformando-os em fração, sendo que o resultado
obtido pode ser novamente convertido em decimal, caso seja conveniente.
Vejamos os mesmos exemplos anteriores:
81 27 81 100 81
a) (-0,81) : (+0,27) = − ÷ + = − ⋅+ =− = −3
100 100 100 27 27
1227 1 1227
b) (-12,27) : (-3) = − ×− = = 4,09
100 3 300
Exercícios
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
De um modo geral, para calcular potência de uma fração, elevamos ambos os termos ao expoente da
n
a an
potência dada, isto é. = n
b b
3 2
2 2 1 12
3
8 1
Exemplo: a) + = 3 = b) + = 2 =
3 3 27 5 5 25
LEITURA
Exercícios
1) 3 4 = 3 . 3 . 3 . 3 = 81
2) (-2) 5 = (-2) . (-2). (-2) . (-2) = -32
19
3
1 1 1 1 1
3) − = − . − . − = −
6 6 6 6 216
4) (-1, 4) = (-1, 4) . (-1, 4) = +1,96
2
5) 10 1 = 10
Observe que:
-2 2 = - (2 . 2) = - 4 e (-2) . (-2) = + 4
Assim, - 2 2 ≠ (- 2) 2 .
Propriedades
Dado um número real a , não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então, a m . a n = a m + n .
Exemplo:
3 4 1+ 3
2 2 2 2
. = ou .
3 3 3 3
Dado um número real a não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então a m ÷ a n = a m − n
Exemplos:
3 2 3 −1
2 2 2 2
÷ = ou
3 3 3 3
Dado um número real a , não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então (a m ) n = a m . n .
Exemplos:
(25 ) 2 = 210 ou 25 . 2
3
3 4 3 12 3
4.3
= ou
4 4 4
Expoente zero
Exercícios
a) 50 b) − 50 c) (−5) 0 d) − (−5) 0
1
Para todo número real a, com a ≠ 0 , temos a −1 = .
a
n
1 1
Para todo número real a, com a ≠ 0 , temos a − n = = , sendo n um número natural diferente de
an a
zero.
Exemplos:
2 4 −3 3
−2 1 1 −4 1 1 4 7 343
1) 5 = = 2) (−2) = − = 3) − = − = −
5 25 2 16 7 4 64
Exercício
a) 79 . 7 −6 b) 10 −9 . 10 . 105 c) 83 . 8−6 d) x 3 . x −5 . x 4 e) a 8 . a −8 . a −1
a) (6 −1 ) 4 b) (106 ) −2 c) (5−1 ) −3 d) ( x 6 ) −2
a) (5 . 11) −2 b) (3 . 10 2 ) −1 c) (2−4 . 54 ) −2 d) ( x 6 ) −2
4º) Qual é a forma mais simples de escrever cada uma das seguintes expressões, sendo x um número real
não-nulo?
2
x2
a) − 3 b) ( x −3 . x) −1 c) ( x n +1 . x 2 − n ) −2
x
Exemplos:
5 1
3
2 =2
5 3
5 =5 2
5
3
102 8
35 = 38
21
As mesmas propriedades que já estudamos para expoentes inteiros valem para as potências com expoentes
fracionários.
Exercício:
Potência de base 10
Escrever o número 0, 0000001 na forma de potência de 10.
1 1
0, 0000001 = = 7 = 10− 7
10 000 000 10
Exercício
12 . 10 −3 . 10 −4 . 109
2º) Simplificar a expressão .
3 . 10 −1 . 10 4
Exercício
1º) Escreva cada um dos seguintes números na forma de um produto de dois fatores, sendo um dos fatores
um número inteiro maior que 1 e menor que 10, e o outro uma potência de 10:
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
A distância média da Terra ao sol é de 150.000.000Km. Como escrever essa distância usando a notação
científica?
Na notação científica, um dos fatores deve ser maior que 1 e menor que 10, enquanto o outro fator deve ser
uma potência de 10.
No caso, 15 foi dividido por 10 e, ao mesmo tempo, multiplicamos 10.000.000 por 10, para não alterar o
número.
150.000.000 = 15 x 10.000.000 =
= 1,5 . 100.000.000 = 1,5 . 10 8
Então a distância média da Terra ao sol é 1,5 . 10 8 Km.
Exercícios
Observe o texto:
22
“Rutherford imaginou o diâmetro do átomo estabelecendo relação com o diâmetro do núcleo. O diâmetro do
átomo proposto seria 0, 00000001cm enquanto que o núcleo seria da ordem de 0, 000000000001 cm”.
De acordo com o texto lido, responda:
a) 0,00000126
b) 198,236
c) 0,0000050069 Nota: Quando o índice do
d) 165987564891,235674 9 (aproxime para duas casas decimais) radical é 2, não é necessário
escrevê-lo.
RADICIAÇÃO
Neste item, estudaremos a operação de radiciação de números reais.
A operação pela qual calculamos a raiz quadrada, a raiz cúbica, a raiz quarta, etc., de um número racional é
chamada RADICIAÇÃO, que indicamos por:
n é chamado de ÍNDICE.
a é o RADICANDO.
n
a =b b é a RAIZ.
e o símbolo é o RADICAL.
OBS.: Não existe raiz de índice menor que dois, isto é, o índice só pode ser um inteiro positivo maior ou igual
a dois ( n ≥ 2 ).
A radiciação é a operação inversa da potenciação.
Observe:
Potenciação → Radiciação
72 = 49 ....................
2
49 = 7
23 = 8 .....................
3
8 =2
34 = 8l .....................
4
81 = 3
LEITURA
n
O símbolo a é lido de acordo com o índice (n) vejamos:
Índice 2 → lê-se: raiz quadrada
Índice 3 → lê-se: raiz cúbica
Índice 4, 5, 6 → lê-se: raiz Quarta, raiz Quinta, raiz sexta, etc.
Exemplos:
a)
2
49= 49 Lê-se: raiz quadrada de 49.
b)
3
8 Lê-se: raiz cúbica de 8.
4
c) 81 Lê-se: raiz quarta de 3.
23
Em geral, temos que
Extrair a raiz de um número a é encontrar a base b para a potência, cujo expoente é o índice
n da raiz e o resultado é igual ao radicando( a ), isto é n a = b ⇔ b = a
n
(*) Note que: Em R, só é possível calcular raízes de índice par se, e somente se o número dado(radicando) é
não negativo(positivo ou nulo).
Exemplos:
a) 49=7, pois 7 = 49
2
e) − 49 ∉ R, pois (*)
− 8 = −2, pois (− 2) = −8
3
b) 8 = 2, pois 2 = 8
3 3 3
f)
5
c) 4 81 = 3, pois 3 = 81
4
1 1 1 1
2 g) 5 − = − , pois − = −
81 9 9 81 32 2 2 32
d) = , pois =
h) 0,04 = 0,2; pois (0,2) = 0,04
2
49 7 7 49
Observe que:
Para calcular a raiz de números fracionários, extraímos a raiz do numerador e também a raiz do
n
a a
denominador, isto é: n =
b n
b
Exercícios
14. Determine o valor de a ∈ Q , se possível, de modo que as igualdades abaixo sejam verdadeiras.
9 1 8
a) a 2 = b) a 5 = − c) a 3 = −
4 32 27
36 1 125
a) = c) 3 − = e) 3 − =
49 8 64
64 16 81
EXPRESSÕES
b) 3 −
27
= NUMÉRICASd) −
81
= f) 4
16
=
01) O valor da expressão: (-2 + 3) . (-3 -1)2 - [(-4 -3)2 : (-6 -1)] é :
(a) 12
(b) 23
(c) 32
(d) 14
(e) 8
a) 14,75
b) -120
24
c) -236
d) 120
e) 236
a) - 12
b) - 9
c) 13
d) 11
e) 10
UNIDADE DE MEDIDAS
Unidades de Medida de Comprimento
A unidade fundamental de comprimento é o metro.
Vejamos, no quadro abaixo, tabela com os múltiplos e submúltiplos do metro, com seus respectivos símbolos
e equivalência em relação a unidade fundamental.
Note que, cada unidade de medida de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.
Mudança de Unidade
Multiplica por 10
Km hm dam m dm cm mm
Divide por 10
Exemplos:
Converter:
25
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
1000000 m2 10000 m2 100 m2 1 0,01 m2 0,0001 m2 0,000001 m2
Note que, cada unidade de medida de comprimento é 100 ou (102) vezes maior que a unidade
imediatamente inferior.
Mudança de Unidade
Converter:
Cada unidade de medida de comprimento é 1000 ou (103) vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.
Exemplos:
Converter:
26
MÚLTIPLOS UNID. FUND. SUBMÚLTIPLOS
quilograma Hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
kg Hg dag g dg cg mg
1000 g 100 g 10 g 1 0,1 g 0,01 g 0,001 g
Note que, cada unidade de medida de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente
inferior.
A conversão entre as unidades de medidas é feita de maneira idêntica às unidades de comprimento.
Exercícios:
a) 12549g em dag
b) 3289456mg em Hg
c) 12Kg em cg
d) 12000 dag em g
Cada unidade de medida de comprimento é 10 vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
A conversão entre as unidades de medidas é feita de maneira idêntica às unidades de comprimento.
Exercícios
a) 45,63 hl em dl
b) 1,5698Kl em cl
c) 985467,236dl em dal
27
Em toda razão o 1º número é chamado ANTECEDENTE e o 2º número, CONSEQUENTE. Assim, na razão
3 / 2 , o número 3 é o antecedente e o número 2 é o conseqüente. A razão 3 / 2 lê-se ”3 está para 2” ou “3
para 2”
Note que a fração 3 / 2 (lê-se: “três meios”), enquanto que a razão 3/2 lê-se:
(“3 está para 2” ou “ 3 para 2”).
Não confunda!
É o quociente dos números que medem essas grandezas, numa mesma unidade.
Exemplos:
Se numa razão entre duas grandezas as unidades forem diferentes, devemos transformar uma delas, de
modo que fiquem iguais.
Exemplo:
Exemplo 01
Um carro percorre 140 km em 2 horas(h). Calcule a razão entre a distância percorrida e o tempo.
Solução: 140 km / 2 h = 70 km/h. Esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade média.
Exemplo 02
A densidade de uma solução é a relação entre a massa e o volume ocupado por ela. Calcula-se a densidade
de uma solução dividindo-se sua massa por seu volume. As unidades mais utilizadas são:
g / cm3 = g / mL ; g / dm3 = g / L ; Kg / dm3 = Kg / L
IMPORTANTE:
1L = 1000 mL
1L = 1 dm3 = 1000 cm3
Resolução:
d=m/v
d = 240 / 205
d = 1,171g/mL
Observação: Para calcular a densidade em gramas por litro, deve-se fazer a conversão da unidade de
volume:
1 L ─ 1000 mL
x ── 205 Ml
x = 205/1000
x = 0,205 L
Assim:
d=m/v
d = 240 / 0,205
d = 1.171 g / L
2º) Qual é a massa de 2L de solução de ácido clorídrico (HCl) de densidade igual a 1, 198 Kg / L ?
Resolução:
d=m/ v OBS.: Como a densidade está em Quilogramas por Litro, a massa encontrada será em
1,198 = m / 2 quilogramas.
m = 1,198 x 2
m = 2,4 Kg
Exercícios
a) 10 m e 15 m =
b) 15 kg e 35 kg=
c) 20 cm e 30 m =
d) 5 kg e 2000 g =
e) 160 km e 2 hm =
PROPORÇÃO
Proporção é uma igualdade entre duas ou mais razões. Vejamos:
Observe as razões 5 / 10 e 3 / 6 note que: 5 / 10 = 1 e 3 / 6 = 1 logo, as razões 5 / 10 e 3 / 6
2 2
são iguais.
Dizemos então que as razões 5 / 10 e 3 / 6 formam, nessa ordem, uma proporção que indicamos por:
Meios
a c
= a : b = c : d
b d
Meios Extremos Extremos
Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos (e vice-versa)
a c
= a⋅d = b⋅c
b d
Meios Extremos
Exemplos:
Exercícios
Para descobrir (calcular) o valor do termo desconhecido numa proporção, aplicamos a propriedade
fundamental, em seguida resolvemos a equação. Vejamos:
30
x 6
a) e 10 x = 30
5 10
x = 30 / 10
x=3
a) 5 / 8 = 15 / x
b) 3 / 7 = 60 / z
c) 7/ w = 42 / 36
d) 6/k=3/5
Em toda proporção, a soma ou a diferença dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o
segundo), assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está para o terceiro (ou para o quarto).
Em toda proporção, a soma (ou a diferença) dos antecedentes está para a soma (ou a diferença) dos
conseqüentes, assim como cada antecedente está para o seu conseqüente.
a c a+c a a+c c
= ⇒ = ou =
b d b+d b b+d d
a c a−c a a−c c
= ⇒ = ou =
b d b−d b b−d d
7 ⋅ x = 3 ⋅ 28
7 x = 84
84
x= = 12
7
x + y = 28
12 + y = 28
y = 28 − 12
y = 16
Logo, x = 12 e y = 16 .
2º) A diferença entre dois números é 20. Sabendo-se que eles são proporcionais aos números 4 e 3,
determinar esses números.
Vamos indicar por x e y os dois números.
A diferença entre os números x e y indicamos por x − y = 20
x 4
x e y são proporcionais a 4 e 3 ⇒ =
y 3
Aplicando a primeira propriedade vem;
x− y 4−3 x− y 1 20 1
= ⇒ = como x − y = 20 , logo =
x 4 x 3 x 3
Aplicando a propriedade fundamental
1 ⋅ x = 4 ⋅ 20
1x = 80
x = 80
x − y = 20
80 − y = 20
− y = 20 − 80
− y = −60
y = 60
Logo, x = 80 e y = 60 .
3º) Para pintar uma parede, um pintor deve misturar tinta branca com tinta cinza na razão 5 para 3. Se ele
precisar de 24 λ dessa mistura, quantos litros de cada cor irá utilizar?
Vamos indicar a quantidade de tinta branca por x e a quantidade de tinta cinza por y .
Quantidade total de tinta: x + y = 24
x 5
Razão 5 para 3: =
y 3
32
x+ y 5+3 x+ y 8
= ⇒ =
x 5 x 5
x + y = 24 x + y = 24
24 8
= ⇒ 8 ⋅ x = 5 ⋅ 24 15 + y = 24 ⇒ y = 24 − 15
x 5
8 x = 120 y = 9 (tinta cinza)
120
x=
8
x = 15 ( tinta branca )
Exercícios:
x 5
1º) Determine x e y na proporção = , sabendo que x + y = 32 .
y 3
2º) Para fazer limonada, misturamos suco de limão com água na proporção de 2 para 9. Quantos litros de
suco de limão e de água serão necessários para fazer 5,5 litros de limonada?
GRANDEZAS PROPORCIONAIS
O tempo que se gasta numa viagem depende da velocidade do veículo.
A nota que um aluno tira numa prova depende do número de questões que ele acerta.
A quantidade de tinta que se gasta para fazer uma pintura depende da área a ser pintada.
Em todas essas situações, você observa que existem grandezas que variam, uma dependendo da outra.
Essas grandezas, que se relacionam entre si, são chamadas grandezas variáveis dependentes.
Grandezas diretamente proporcionais
Consideremos a seguinte situação:
Numa mola presa a um teto por uma de suas extremidades, são pendurados corpos de massas diferentes. A
seguir, medindo o comprimento da mola, que se modifica com a massa do corpo nela colocado, pode-se
organizar a seguinte tabela:
Massa do corpo (em kg) Comprimento da mola (em cm)
10 50
20 100
30 150
Pela tabela você pode notar que:
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra;
triplicando uma delas, a outra também triplica... e assim por diante.
Quando duas grandezas variam sempre na mesma razão, dizemos que essas grandezas são diretamente
proporcionais.
33
Consideremos a seguinte situação:
Uma professora tem 48 livros para distribuir igualmente entre seus alunos.
Se ela distribuir entre apenas dois alunos, cada um deles receberá 12 livros.
Se ela distribuir igualmente entre quatro alunos, cada um deles receberá 8 livros.
Nessas condições, as duas grandezas envolvidas (quantidade de alunos escolhidos e a quantidade de livros
que serão distribuídos a cada aluno) são chamadas grandezas inversamente proporcionais.
Dai temos:
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra se reduz para a
metade; triplicando uma delas, a outra se reduz para a terça parte... e assim por diante.
Quando duas grandezas são inversamente proporcionais, os números que expressam essas grandezas
variam um na razão inversa do outro.
Exercício:
1º) A tabela abaixo relaciona a produção (em unidades) de uma máquina com o tempo de funcionamento
dessa máquina. Observando a tabela, responda:
Tempo Produção
4 horas 600
10 horas 1 500
2º) Um ônibus faz o percurso da praça Central até a praça de um bairro . Um fiscal anotou a velocidade do
ônibus e o tempo que ele gastou no percurso de ida e volta. A tabela seguinte mostra esses dados:
Velocidade Tempo
60 km / h 80 min
50 km / h 96 min
Nessas condições, responda:
34
a) Quando a Velocidade passou de 60 km / h para 50 km / h, ela variou em que razão?
b) Quando o tempo gasto no percurso passou de 80 min, ele variou em que razão?
c) As razões são iguais ou inversas?
d) A velocidade do ônibus e o tempo que lê gastou para fazer o percurso são grandezas diretamente ou
inversamente proporcionais?
3º) Verifique se as grandezas envolvidas nos seguintes itens são diretamente ou inversamente proporcionais:
a) A medida do lado e o perímetro de um quadrado.
b) A distância percorrida e o tempo gasto para percorrer essa distância, com a mesma velocidade.
c) A vazão de uma torneira e o tempo necessário para encher um tanque de água.
d) O número de tijolos e a área de um muro que se quer levantar.
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na
mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia
solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a
energia produzida?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são
diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
1,2 400 400 ⋅ 1,5 400 ⋅ 15
= ⇒ 1,2 x = 400 ⋅ 1,5 ⇒ x = ⇒x= ⇒ x = 500
1,5 x 1,2 12
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.
35
2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 km/h, faz um determinado percurso em 3 horas.
Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480 km/h?
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são
inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x
3 480 1200
= ⇒ 480 x = 3 ⋅ 400 ⇒ x = ⇒ x = 2,5
x 400 480
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.
PORCENTAGEM
Porcentagem é uma fração centesimal representada pelo símbolo % (por cento)
Fração centesimal
Uma fração cujo denominador é 100 é denominada fração centesimal.
7 32 40 201
Exemplos: , , , , etc.
100 100 100 100
É claro que as frações centesimais (como qualquer fração) podem ser representadas por numerais decimais,
7 32 40 201
assim: Exemplos: = 0,07 ; = 0,32 ; = 0,40 ; = 2,01 etc.
100 100 100 100
Taxa porcentual
Toda fração centesimal pode ser representada na forma percentual, isto é, usando o símbolo % (lê-se: por
cento), denominado taxa porcentual.
7 32 40 201
Exemplos: = 7% ; = 32% ; = 40% ; = 201% etc.
100 100 100 100
Exercícios:
30 150 100 4 6
a) b) c) d) e)
100 100 100 25 8
36
23. Represente na forma de fração centesimal, em seguida, obter a fração irredutível:
Exemplos
Para resolver problemas que envolvem porcentagem, duas formas podem ser utilizadas. Uma é
transformando a taxa porcentual em fração centesimal, a outra é por uma regra de três simples e direta.
Exemplo 2: Numa turma de informática, há 18 homens que representam 40% do total de alunos. Quantos
alunos têm essa turma?
(1a forma): Representando o número de alunos da turma por x , e montando a equação, temos:
40 180
40% de x =18 ⇒ ⋅ x = 18 ⇒ 4 x = 180 ⇒ x = ⇒ x = 45 alunos.
100 4
(2a forma): Utilizando uma regra de três simples e direta x representa 100% dos alunos, isto é, o total de
alunos, então:
Taxa Alunos
40 18
100 x
40 18 180
= ⇒ 4 x = 180 ⇒ x = ⇒ x = 45 alunos
100 x 4
Exercícios:
24. Uma peça cujo peso é 36,5kg deve ser feita de uma liga de cobre, estanho e zinco. Quanto de cada metal
será preciso, se a liga deve conter 96% de cobre, 3% de estanho e 1% de zinco?
25. Uma peça teve seu preço aumentado em 10% e assim passou a custar R$ 1.320,00. Qual era o preço da
peça?
26. Calcule:
CÁLCULO ALGÉBRICO
Expressões algébricas
Uma expressão matemática que contém números e letras, ou somente letras é chamada de expressão
algébrica. Assim, são exemplos de expressões algébricas:
37
4a − 3b x5 + 4y
Numa expressão algébrica, as letras que geralmente representam números reais são chamadas de variáveis.
Valor numérico
O valor de uma expressão algébrica é o número real que obtemos quando:
Exemplos:
Observação
Como não existe divisão por zero, é impossível encontrar o valor numérico de uma expressão algébrica nas
quais os valores atribuídos à variável anulam o denominador da expressão. Assim:
x
Não é possível calcular o valor numérico da expressão , quando y = 0.
y
3
Não é possível encontrar o valor numérico da expressão a + , quando a = 2
a−2
5
Não é possível encontrar o valor numérico da expressão toda vez que a = b
a−b
Exercício:
1º) Usando as letras a e b para indicar dois números reais, represente algebricamente cada uma das frases
seguintes.
38
3º) Quanto tempo leva um objeto abandonado de certa altura para atingir o solo? Conhecendo-se a altura h
em que se encontra esse objeto em relação ao solo, podemos encontrar o tempo t procurado usando a
h
fórmula: t =
4,9
A altura h é dada em metros e o tempo t , em segundos. Use essa fórmula para calcular o tempo que leva
para chegar ao solo uma pedra que cai de uma altura de 19,6 m.
4º) Para calcular a média bimestral de seus alunos, um professor adota os seguintes critérios: multiplica o
resultado da nota da prova 3, soma esse resultado com a nota de um trabalho multiplicada por 2 e divide a
soma encontrada por 5. Representando a média bimestral por M , a nota da prova por P e a nota do
trabalho por T , encontre:
a) A fórmula matemática que permite encontrar a média bimestral de cada aluno.
b) A média bimestral de um aluno que tirou 7 na prova e 5 no trabalho.
5º) A remuneração mensal M de cada vendedor de certa empresa é composta por um salário fixo de R$
350,00 e mais 4% do valor das vendas realizadas pelo vendedor durante o mês x.
a) Qual a fórmula matemática que expressa o ganho mensal de cada vendedor dessa empresa?
b) Quanto vai receber um vendedor que realizou vendas de R$ 40 000,00 num certo mês?
PRODUTOS NOTÁVEIS
O quadrado da soma de dois termos
Exemplos:
1) ( x + 3) 2 = x 2 + 2 ⋅ x ⋅ 3 + 32 = x 2 + 6 x + 9
2 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1
2) p + q = p + 2 ⋅ p ⋅ q + q = p 2 + pq + q 2
2 3 2 2 3 3 4 3 9
Exemplos:
39
1) ( x − 5) 2 = x 2 − 2 ⋅ x ⋅ 5 + 52 = x 2 − 10 x + 25
2 2
1 1 1 2 1
2) a 3 − b = (a 3 ) 2 − 2 ⋅ a 3 ⋅ b + b = a 6 − a 3b + b 2
3 3 3 3 9
FATORAÇÃO
Fatorar um número significa escrevê-lo como uma multiplicação de dois ou mais fatores. Se todos os fatores
são números primos, temos a forma mais completa do número.
Exemplo:
Analogamente, podemos dizer que fatorar um polinômio significa escrevê-lo como uma multiplicação de
polinômios, o mais simples possível.
Fator comum
Alguns polinômios apresentam um ou mais fatores comuns a todos os seus termos. Veja os exemplos:
1) 4 x + 4 y → fator comum: 4
2) 20a + 40b = 5 ⋅ 4 ⋅ a + 2 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ b → fatores comuns: 5 e 4
Quando todos os termos de uma expressão têm um fator em comum, podemos colocá-lo em evidência.
40
A forma fatorada é o produto do fator comum pela expressão que se obtém dividindo cada termo da
expressão pelo fator comum.
Exemplos:
Acompanhe os exemplos:
1) Fatorar os polinômios:
1
a) x 2 − 16 b) − a 2b 2
25
1 1
Como 16 = 4, temos: Como = , temos:
25 5
1 1 1
( x 2 − 16) = ( x + 4) ⋅ ( x − 4) − a 2b 2 = + ab ⋅ − ab
25 5 5
2) Fatorar a expressão 25 − ( x − 2) 2
Como 25 = 5, temos:
25 − ( x − 2) 2 = [5 + ( x − 2)] ⋅ [5 − ( x − 2)] = (3 + x) ⋅ (7 − x)
41
Então, 25 − ( x − 2) 2 = (3 + x) ⋅ (7 − x)
Exemplos:
a) ( x + 2) 2 b) ( x 4 + 0,4) 2 c) (1 − xy 2 ) 2 d) (a 3 − 0,5) 2
3x 2 y 3x 2 y
a) ( x + 5) ⋅ ( x − 5) b) + ⋅ −
2 5 2 5
3º) Fatore:
a) 4 x − 4 y b) 40 x − 32 y c) 18 x 2 y − 4 x 2 y 3
d) 2 x 3 y − xy 2 + 3 x 2 y e) 121a 4 + 11a 2b 2 − 33a 2 f) abc + abd + abe + abf
42
a) x 2 − 25 b) 81 − p 2
9 2 x 2 b2
c) 1 − x d) −
4 4 9
Exemplos:
Entretanto, existem outras equações do 1º grau com uma incógnita que não são escritas na forma ax = b.
Exemplos:
Resolver uma equação do 1º grau com uma incógnita, dentro de um conjunto universo, significa determinar a
solução ou raiz dessa equação, caso exista.
Resolver a equação 5 x + 1 = 36, sendo U = Q .
5 x + 1 = 36
5 x = 36 − 1 Aplicamos o princípio aditivo
5 x + 1 = 35
35
x= Aplicamos o princípio multiplicativo
5
x=7
7x = 4x + 5
7x − 4x = 5 Aplicamos o princípio aditivo
3x = 5
43
5
x= Aplicamos o princípio multiplicativo
3
5 5
Como ∈ Q, , temos S = .
3 3
9 x − 7 = 5 x + 13
9 x = 5 x + 13 + 7 Pelo princípio aditivo
9 x = 5 x + 20
9 x − 5 x = 20 Pelo princípio aditivo
4 x = 20
20
x= Pelo princípio multiplicativo
4
x=5
2 ⋅ (2 x − 1) − 6 ⋅ (1 − 2 x) = 2 ⋅ (4 x − 5)
4 x − 2 − 6 + 12 x = 8 x − 10 Pela propriedade distributiva
4 x + 12 x − 2 − 2 = 8 x + 10
16 x − 8 = 8 x − 10 Pelo princípio aditivo
16 x = 8 x − 2
16 x − 8 x = −2 Pelo princípio aditivo
8 x = −2
2 1
x=− =− Pelo princípio multiplicativo
8 4
1 1
Como − ∈ Q, temos S = − .
4 4
3x 2 5
Vamos resolver a equação − = x − , sendo U = Q.
4 3 2
9 x 8 12 x 30
− = − Reduzimos ao mesmo denominador
12 12 12 12
9 x − 8 = 12 x − 30 Cancelamos os denominadores
9 x = 12 x − 30 + 8 Aplicamos o princípio aditivo
9 x = 12 x − 22
9 x − 12 x = −22 Aplicamos o princípio aditivo
− 3 x = −22
3 x = 22
22
x= Pelo princípio multiplicativo
3
44
2x + 5 4x − 9 3 − 4x
Vamos resolver a equação − = , sendo U = Q.
3 6 2
2x + 5 4x − 9 3 − 4x
− =
3 6 2
2 ⋅ (2 x + 5) 1 ⋅ (4 x − 9) 3 ⋅ (3 − 4 x)
− = Reduzimos ao mesmo denominador
6 6 6
2 ⋅ (2 x + 5) − 1 ⋅ (4 x − 9) = 3 ⋅ (3 − 4 x) Cancelamos os denominadores
4 x + 10 − 4 x + 9 = 9 − 12 x
19 = 9 − 12 x
19 + 12 x = 9 Princípio aditivo
12 x = 9 − 19 Princípio aditivo
12 x = −10
10
x=− Princípio multiplicativo
12
5
x=−
5
5 5
Como − ∈ Q, temos S = − .
6 6
Vamos resolver a equação 7 x + 6 = 7 x + 10, sendo U = R.
7 x − 7 x = 10 − 6
0x = 4
Como não existe nenhum número racional que multiplicando por zero dá resultado 4, dizemos que a equação
é impossível e S = ∅
Vamos resolver a equação 5 − 2 x = 5 − 2 x, sendo U = R.
− 2x + 2x = 5 − 5
0x = 0
Como todo número racional verifica essa igualdade, dizemos que a equação é uma identidade e S = R .
Exercício
a) 20 = −6 x + 32 b) 17 x − 1 = 15 x + 3
2º) Dadas as seguintes equações do 1º grau com uma incógnita, determine o conjunto solução S de cada
equação, sendo U = Q .
1 x 2x 1 3y 5 y 5
a) − = − + b) − = −
6 2 3 4 8 6 3 2
Problemas do 1º grau
Uma tábua de comprimento 100 cm deve ser repartida em duas partes. O comprimento da parte maior é igual
ao triplo do comprimento da menor. Determinar o comprimento de cada uma das partes.
O problema nos pede para encontrar dois números que representem os comprimentos de cada parte da
tábua que foi repartida, sendo um o triplo do outro. Logo;
100
3 x + x = 100 ⇒ 4 x = 100 ⇒ x = ⇒ x = 25
4
45
Portanto uma parte mede 25m a e outra o triplo, ou seja, 75 m.
Exercício:
1º) A soma do quádruplo de um número com 63 é igual a 211. Qual é esse número?
5 9
2º) A diferença entre e a metade de um mesmo número é igual a . Qual é esse número?
4 2
1
3º) Um reservatório estava totalmente cheio de água. Inicialmente, esvaziou-se da capacidade desse
3
reservatório, e a seguir, retirados 400 λ de água. O volume de água que restou no reservatório, após essas
3
operações corresponde a da capacidade total do reservatório.
5
a) Quantos litros de água cabem nesse reservatório?
b) Quantos litros de água restaram no reservatório?
4º) Em uma caixa cabem 24 garrafas. Se você colocar 1 520 garrafas em caixas como essa, vai obter x
caixas completas e uma incompleta, com 8 garrafas. Quantas caixas completas você vai obter?
5º) Um tanque está completamente cheio de água. Deixando-se escoar 68 litros de água, o tanque fica ainda
com a terça parte de sua capacidade total. Qual é a capacidade desse tanque?
EQUAÇÃO DO 2º GRAU COM UMA INCÓGNITA
Denomina-se equação do 2º grau com uma incógnita x toda equação da forma ax 2 + bx + c = 0, onde
a, b, c são números reais e a = 0.
Exemplos:
2 x 2 + 2 x − 40 = 0 É uma equação do 2º grau com uma incógnita, onde a = 2, b = 2 e c = −40.
6x2 − 9x = 0 É uma equação do 2º grau com uma incógnita, onde a = 6, b = −9 e c = 0 .
x − 25 = 0
2
É uma equação do 2º grau com uma incógnita, onde a = 1 b = 0 e c = −25.
Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números reais a, b e c são chamados coeficientes da
equação. Assim, se a equação for na incógnita x, temos:
Exemplos:
5 x 2 − 8 x + 3 = 0 É uma equação completa (a = 5, b = −8 e c = 3).
y 2 + 12 y + 20 = 0 É uma equação do 2º grau completa (a = 1, b = 12 e c = 20).
Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.
Exemplos:
x 2 − 81 = 0 É uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = −81).
46
10t 2 + 2t = 0 É uma equação incompleta ( a = 10, b = 2 e c = 0).
5 y 2 = 0 É uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
Forma ax 2 + bx = 0
Observe os exemplos:
Resolver a equação x 2 − 9 x = 0 no conjunto R
x2 − 9x = 0
x ⋅ ( x − 9) = 0 Colocamos x em evidência
47
1
x=±
4
1 1 1 1
Logo, S = − , e os números − , são as raízes da equação.
4 4 4 4
Determinar a solução da equação x + 4 = 0 no conjunto R .
2
x2 + 4 = 0
x 2 = −4 ⇒ x = ± − 4
Como − 4 não existe no conjunto não existe no conjunto R , não temos valores reais para x.
Vamos resolver no conjunto R , a equação (2 y + 1) 2 = 8 + 2 ⋅ (2 y + 1).
Inicialmente, vamos escrever a equação dada na sua forma normal:
(2 y + 1) 2 = 8 + 2 ⋅ (2 y + 1)
4 y2 + 4 y + 1 = 8 + 4 y + 2
4 y 2 + 4 y + 1 = 10 + 4 y
4 y 2 + 4 y − 4 y + 1 − 10 = 0
4 y2 − 9 = 0 Forma normal
4y = 9
2
Pelo princípio aditivo
9
y2 = Pelo princípio multiplicativo
4
9 3
y=± ⇒ y=±
4 2
3 3 3 3
Logo, S = − , e os números − , são as raízes da equação.
2 2 2 2
Exercício
a) ( x − 6) ( x + 5) + x = 51 b) x 2 + 3 x ⋅ ( x − 12) = 0
x 8 x
c) 2 x( x + 1) − x( x + 5) = 3(12 − x) d) = + , (com x ≠ −1 e x ≠ 1)
x +1 3 1− x
Veja como chegar a fórmula resolutiva ou fórmula de Bhaskara para resolver uma equação do 2º grau
completa ou incompleta
Considere a equação ax 2 + bx + c = 0, com a, b, c ∈ R e a ≠ 0.
Vamos dividir todos os termos da equação pelo coeficiente a pois a ≠ 0 :
ax 2 bx c 0
+ + =
a a a a
b c
x2 + x+ =0
a a
c
Usando o princípio aditivo, vamos adicionar o termo − aos dois membros da equação.
a
b c c c
x2 + x+ − = 0−
a a a a
48
b c
x2 + x=−
a a
2
b
2
a b b2
Para que o primeiro membro se torne um trinômio quadrado perfeito, adicionamos = = 2 ao
2 2a 4a
primeiro membro, fazendo o mesmo com o segundo membro. Com isso obtemos uma equação equivalente.
(Princípio aditivo):
b b2 b2 c
x2 + x + 2 = 2 −
a 4a 4a a
b b2 b 2 − 4ac
x2 + x+ 2 =
a 4a 4a 2
A expressão b − 4ac (que é um número real) é usualmente representada pela letra grega ∆ (delta) e é
2
2
b ∆ b ± ∆
x+ = 2 x+ =
2a 4a 2a 2a
b ∆ b ∆
x+ =± x=− ±
2a 4a 2 2a 2 a
b ∆ −b± ∆
x+ =± x= Fórmula resolutiva ou de Bhaskara
2a 4a 2 2a
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não um número real vai depender do discriminante ∆ .
Vamos, agora, resolver algumas equações de 2º grau usando a fórmula resolutiva o e de Bhaskara:
1) x 2 + 2 x − 8 = 0 no conjunto R .
Como ∆ > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes, dadas por:
49
−2+6 4
− b ± ∆ − (2) ± 36 − 2 ± 6 x´= 2 = 2 = 2
x= = =
2a 2(1) 2 x" = − 2 − 6 = − 8 = −4
2 2
Então: S = {− 4,2}
2) x 2 − 14 x + 49 = 0 no conjunto R .
3) x 2 − 5 x + 8 = 0 no conjunto R .
Exercício:
50
1º) As equações a seguir estão escritas na forma ax 2 + bx + c = 0 . Determine o valor do discriminante ∆
em cada uma e diga se a equação tem raízes reais.
a) x 2 − 3 x − 4 = 0 b) 4 x 2 − 2 x + 1 = 0
x 2 x + 12
2º) Determine o conjunto solução da equação de 2º grau, sendo U = R − = 2x .
2 3
Problemas do 2º grau
1) A soma do quadrado com o quíntuplo de um mesmo número real x é igual a 36. Qual é esse número x ?
10
2) A soma de um número real inteiro diferente de zero com o seu inverso dá . Qual é o número inteiro
3
considerado?
3º) Um pedaço de arame de 40 cm de comprimento foi cortado em dois pedaços de comprimentos diferentes.
Os pedaços foram usados para fazer dois quadrados que, juntos formam uma área de 58 cm . Determine o
comprimento em que cada pedaço foi cortado.
FUNÇÃO DE 1º GRAU
Definição: Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por
uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a ≠ 0.
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
Função Afim ( f ( x) = ax + b )
Função Linear ( f ( x) = ax )
Função Identidade ( f ( x) = x )
Função Constante ( f ( x) = k , k ∈ R )
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a ≠ 0, é uma reta.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).
1 1
b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, x = e outro ponto é ;0 .
3 3
1
Marcamos os pontos (0, -1) e ;0 no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
3
51
x Y
0 -1
0
Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma
lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠ 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadrática:
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada parábola.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida,
ligamos os pontos assim obtidos.
52
x y
-3 6
-2 2
-1 0
0 0
1 2
2 6
Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:
53
Imagem
2ª quando a < 0
∆
Im = y ∈ R / y ≤ −
4a
Construção da Parábola
É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem montar a tabela de pares (x, y), mas seguindo
apenas o roteiro de observação seguinte:
O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;
54
b ∆
2. O vértice V − ;− indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
2a 4a
3. A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
4. Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo dos
y.
Sinal
Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais y
é negativo e os valores de x para os quais y é positivo.
Conforme o sinal do discriminante ∆ = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:
1º caso - ∆ > 0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x 1 ≠ x 2 ). A parábola intercepta o eixo Ox
em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:
quando a > 0
(
y > 0 ⇔ x < x1 ou x > x2 )
y < 0 ⇔ x1 < x < x2
quando a < 0
(
y < 0 ⇔ x < x1 ou x > x2 e) y > 0 ⇔ x1 < x < x2
55
2º - ∆ = 0
quando a > 0
y > 0, ∀x ≠ x1
não existe x tal que y > 0
y = 0 para x1 = x
quando a < 0
y < 0, ∀x ≠ x1
não existe x tal que y > 0
y = 0 para x1 = x
2º - ∆< 0
56
quando a > 0
y > 0, ∀x
y < 0, ∀x
quando a < 0
FUNÇÃO EXPONENCIAL
Definição de uma função exponencial
Uma função f : R → R+* é chamada de função exponencial quando existe um número real a , com a > 0 e
a ≠ 1 , tal que f ( x ) = a x , para todo x ∈ R .
Se a > 1 ,dizemos que f é crescente. Se 0 < a < 1 , dizemos que f é decrescente.
57
Exemplos:
x
1
g ( x) = h( x) = (0,4) x y = ( 3) x
5
x f ( x) x g ( x)
1 −3 8
−2
4 −2 4
1 −1 2
−1 0 1
2
0 1 1
1
1 2 2
2 4 1
2
3 8 4
Observe que os gráficos das funções exponenciais passam pelo ponto (0, 1) e só ocupam o 1º e o 2º
quadrantes.
Há ainda funções que podem ser obtidas a partir da função exponencial.
Exemplos:
f ( x) = 2 x +1 G ( x ) = 5 .3 x h( x ) = 3x − 2
Exercício
Certa substância se decompõe segundo a lei m(t ) = k .2 −0,5t em que k é uma constante, t indica o tempo
em minutos e m(t ) , a massa da substância em gramas. No instante inicial 2,048 gramas. Essa quantidade
58
decai para 512 gramas após t minutos. Com base nessas informações, determine os valores de k e de t .
k = 2.048 e t = 4 min
LOGARITMOS
Definição de Logaritmos
Dados a e b números reais positivos, com a ≠ 1 , o logaritmo de b na base a é o número real x tal que:
log a b = x ⇔ a x = b . O número b é chamado logaritmando. Dizemos também que co log a b = − log a b
nas mesmas condições para a e b .
Exemplos:
log 6 36 = 2 ⇔ 62 = 36 log 2 0,5 = −1 ⇔ 2 −1 = 0,5 log10 1 = 0 ⇔ 100 = 1
Em particular, log10 = 0 pode ser escrito também como log1 = 0.
Sempre que a base for omitida, entende-se que o logaritmo tem 10 por base.
Exercícios resolvidos
Exercício
1º) Calcule:
a) log 2 2 b) log 0,1 c) log 1 16
4
59
Exemplos:
a) (log 3
3 ).(3log 3 8 ) = 1.8 = 8 b) log3 x = log3 29 ⇒ x = 29
Logaritmo de um produto
O logaritmo de um produto de dois números positivos, em uma base a, com 0 < a ≠ 1, é igual à soma dos
logaritmos de cada um desses números na base a .
log a (b.c) = log a b + log a c
Exemplos:
Logaritmo de um quociente
O logaritmo do quociente de dois números positivos, em uma base a, com 0 < a ≠ 1, é igual à diferença
dos logaritmos de cada um desses números na base a .
b
log a = log a b − log a c
c
Exemplos:
125
a) log5 = log5 125 − log 5 625 = log5 5 − log 5 5 = 3 − 4 = −1
3 4
625
1
b) log 4 = log 4 1 − log 4 16 = 0 − 2 = −2
16
O logaritmo de uma potência em uma base a, com 0 < a ≠ 1, é igual ao produto do expoente da potência
pelo logaritmo da base da potência.
log a b n = n.. log a b
Exemplos:
1
1
a) log5 5 = 8. log 5 5 = 8.1 = 8
8
b) log 2 3 = log 2 3 =2
log 2 3
2
Mudança de base
Se você observar com atenção, algumas calculadoras científicas têm uma tecla em que você lê log . Essa
tecla calcula logaritmos na base 10 . Se digitarmos o número 100 e, em seguida, log , aparecerá o número
2 , que é o resultado de log100 . Em calculadoras como essa, se quisermos calcular logaritmos em bases
diferentes de 10 , teremos que usar a propriedade de mudança de base, como veremos a seguir.
Se a, b e c são números reais positivos, e a e c são ambos diferentes de 1 , então:
log c b
log a b =
log c a
60
Exemplos:
Sabendo-se que log11 ≈ 1,04, determinar um valor aproximado de log11 1.000. Para isso, transforma-se o
logaritmo dado para a base 10 , porque o dado fornecido é um logaritmo nessa base:
log1.000 log103 3. log10
log11 1.000 = = = ≈ 2,88
log11 log11 log11
Além da base 10, há outra base muito usada em problemas científicos, conhecida como base e , em que e
representa um número irracional, cujo valor aproximado é 2,718. O logaritmo de um número x na base e é
indicado usualmente por ln x , em vez de log e x, e chama-se logaritmo natural de x , ou logaritmo neperiano
de x, em homenagem ao escocês John Napler (1550-1617).
Para efetuar cálculos que envolvem logaritmos, podemos utilizar uma calculadora científica. Observe algumas
teclas:
A tecla log serve para calcular o logaritmo na base 10. Como já vimos anteriormente, digita-se o número e
aperta-se a tecla log. Se o logaritmo estiver na base e , utilizamos a tecla ln .
A tecla 10 x serve para calcular o logaritmando de um logaritmo de base 10 . Digita-se o valor x do
logaritmo e aperta-se a tecla 10 x . Se o logaritmando se refere a u logaritmo neperiano, utilizamos a tecla e x .
Exemplos:
a) Para calcular log 47, digita-se 47 e aperta-se a tecla log . Assim, obteremos log 47 ≈ 1,6720978 .
b) Para calcular o valor de b na expressão log b = 1,4624 , teclamos 1,4624 e depois 10 x . Logo b ≈ 0,29 .
c) Para calcular ln 9, digitamos 9 e apertamos a tecla ln na calculadora. Dessa forma, ln 9 ≈ 2,197224 .
d) Para calcular o valor de b na expressão ln b = 2,0794, teclamos 2,0794 e depois e x . Logo,
b ≈ 7,9997.
Exercício resolvido
1º)Indicar os passos para efetuar os cálculos pedidos, supondo o uso da calculadora científica.
Solução:
Exercício
61
1
1º) O pH de uma solução é dado pela fórmula pH = log . Qual é o pH de uma substância que
+
H 3O
tem por concentração de H 3O + a quantidade de 3,8.10 −5 mol / λ ?
2º) Se o pH de uma substância é 100, qual deve ser a concentração de H 3O + ?
3º) Por definição, pOH duma solução é o cologarítmo na base 10 de sua concentração hidroxiliônica em íons-
[ ]
grama/litro ou moles/litro OH − . Sendo assim escreva o pOH em função do logaritmo na base 10.
FUNÇÃO LOGARITMICA
Definição de uma função logarítmica
Uma função f : R*+ → R é chamada de função logarítmica quando existe um número real a , com a > 0 e
a ≠ 1, tal que f ( x) = log a x, para todo x ∈ R*+
Exemplos:
f ( x) = log 3 x 1 0 g ( x ) = log 1 x
3 −1 3
x f ( x) 9x −
h(2x)
1 1
−2 2
9 9
1 1
−1 1
3 3
62
1 0
3 1
9 2
EXERCÍCIOS
Simplificação
105
01) Simplificando a fração , obtêm-se um valor equivalente a:
21
1
a)
5
63
b) – 5
2
c)
5
5
d)
5
20
e) 1
5
1
a)
5
b) 6
2
c)
5
5
d)
5
20
e) 1
5
Expressões
0,5 × 0,2 − 0,4 : 0,2
03) Calculando-se o valor da expressão , obtêm-se:
0,8 × 0,1
a) 17,315
b) 1,7315
c) - 23,75
d) 2,375
e) 23,75
Razão e proporção
4) Uma mercadoria acondicionada numa embalagem de plástico possui 200g de peso líquido e 250g de peso
bruto. Qual é a razão do peso líquido para o peso bruto?
5) A razão entre a quantia que gasto e quantia que recebo como salário pôr mês é de 4 / 5. O que resta
coloco na caderneta de poupança. Se neste mês meu salário foi de R$840,00, qual a quantia que aplicarei na
caderneta de poupança?
6) Na prova de Química, a razão do número de questões que Maria acertou para o número total de questões
foi de 3 para 4. Sabendo-se que a prova era composta de 16 questões, quantas questões Maria acertou?
7) A razão entre as idades de um filho e seu pai é de 2 / 5. Se o filho tem 24 anos, qual a idade do pai?
8) Em um mapa a distância entre duas cidades é de 3 cm . Sabendo-se que a distância real entre as cidades
é de 30 km, qual a escala utilizada no mapa?
9) Sabendo-se que 6, 24, 5 e x formam nessa ordem, uma proporção, determine o valor de x.
10) Determine a quarta proporcional dos números 2 / 3, 5 e 1 / 4.
11) Numa maquete a altura de um edifício é de 80 cm. Qual a altura real do prédio, sabendo-se que a
maquete foi construída na escala de 1: 40?
12) Para ser aprovado no Vestibular da UFBA, Mônica tem que acertar 70%. Sabendo-se que a prova tem 20
questões, quantas questões ela terá que acertar?
13) Para fazer um refresco, misturamos suco concentrado com água na razão de 3 para 5. Nessas condições,
9 copos de suco concentrado devem ser misturados com quantos copos de água?
64
Regra de três simples e porcentagem
14) Ao participar de um treino Barrichello imprimiu velocidade de 200 km/h, fez o percurso em 18 segundos.
Se sua velocidade fosse de 240 km/h, qual seria o tempo gasto no percurso?
15) Para transportar material bruto para uma construtora foram usados 16 caminhões com capacidade de 5
metros cúbicos cada um. Se a capacidade de cada caminhão fosse de 4 metros cúbicos, quantos caminhões
seriam necessários para fazer o mesmo serviço?
16) Para construir uma quadra de basquete, 25 operários levaram 48 dias. Se fossem contratados 30
operários de mesma capacidade que os outros, para construir uma outra quadra igual à anterior, em quantos
dias a quadra estaria pronta?
17) Em um banco um caixa leva, em média, 5 minutos para atender 3 clientes. Qual seria o tempo gasto para
atender 36 clientes?
18) Para pintar um barco, 12 pessoas levaram 8 dias. Quantas pessoas, de mesma capacidade de trabalho
que as primeiras, são necessárias para pintar o mesmo barco em 6 dias?
19) Uma rua tem 600 m de comprimento e está sendo asfaltada. Em seis dias foram asfaltados 180 m da rua.
Supondo-se que o ritmo de trabalho continue o mesmo, em quantos dias o trabalho estará terminado?
20) Em 30 dias, uma frota de 25 carros consome 100.000 litros de combustível. Em quantos dias uma frota de
30 carros consumiria 240.000 litros de combustível?*
21) Em uma partida de basquete, Gilmar cobrou 20 lances livres, dos quais acertou 65%. Quantos lances
livres ele acertou? E quantos errou?
22) Durante o ano de 2003 o Camaçariense disputou 75 jogos, dos quais venceu 63. Qual a taxa de
porcentagem em relação aos jogos que a equipe venceu?
23) Comprei 60 peças de montar e aproveitei apenas 45. As restantes estavam com defeito. Qual a taxa de
porcentagem das peças com defeito?
24) Na compra de um objeto, obtive um desconto de 15%. Paguei então, R$76,50 pelo objeto. Qual era o
preço original do objeto?
25) Sabe-se que 37,5% de uma distância x correspondem a 600 metros. Qual é a distância x?
26) Uma mercadoria é vendida em duas lojas nas seguintes condições:
Loja 1 – preço R$ 120,00, com 20% de desconto.
Loja 2 – preço R$ 140,00, com 30% de desconto.
Em qual das lojas a mercadoria pode ser comprada pelo preço mais baixo?
27) Em uma sala de aula há 15 meninas e 10 meninos. Dê a porcentagem de meninos e meninas dessa
classe?
28) Numa cidade a população é de 55.000 habitantes. Desses, 18% tem mais de 50 anos. Nessas condições,
quantos habitantes dessa cidade têm:
a) Mais de 50 anos?
b) Menos de 50 anos?
65
32) Em um playground há 10 veículos, entre karts e bicicletas. Sabendo-se que o número
total de rodas é 34, vamos descobrir quantos karts e quantas bicicletas há nesse playground.
33) Marta e Ana realizaram um trabalho, pelo qual receberam juntas R$ 3200 reais. Ana recebeu 60% da
quantia recebida por Marta. Use as incógnitas x e y e estabeleça um sistema de equações do 1 grau
associado a essa situação .
34) A diferença entre dois números reais é 3. multiplicando o maior numero pôr 5 e o menor pôr 2 , a soma
desses produtos é igual a 43.
35) A soma de dois números reais é 125 e o maior desses números é igual ao triplo do menor aumentado de
5 unidade.
36) Dê um livro com 160 páginas, li o correspondente aos 3/2 do número de páginas que ainda faltam para eu
ler. Usando as incógnitas x e y, escrava um sistema de equações associado a essa situação.
37) Resolva as seguintes equações:
a) 8x – 2 = 5x
b) 5 ( x + 2) – 3 ( x + 6) = 40
38) Sendo ƒ: R IR, esboçar o gráfico das funções do 1º grau, determinar suas raízes e classificar a função
em crescente e decrescente e fazer o estudo da função:
a) ƒ (x) = −3x + 1 b) ƒ (x) = 2x – 4
39) A função n: A R. Definida por n( T) = 6 T + T2, expressa o número de colônias de bactérias em uma
placa, onde n é o número de colônia, T é o tempo em horas e A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} tem seus elementos
representando os instantes em que as colônias foram contadas. Com esses dados determine:
a) O número de colônias para T = 3h
b) O conjunto contradomínio CD(n)
40) Na função ƒ : R R definida por f ( x ) = 7 x + 6 , para que valor de x tem – se f ( x ) = 20 ?
41) A meia-vida de uma substância radioativa é o tempo necessário para que sua massa se reduza à metade.
Se 16 gramas de uma substância, cuja meia-vida é de 5 anos, se reduzir daqui a n vidas mais-vidas a
2 −20 gramas, qual o valor de n ?
66
REFERÊNCIA CONSULTADA
MARCONDES gentil e Sergio - Matemática novo ensino médio, Ática. São Paulo.
BIACHINI, Edivaldo - Matemática: 1o grau. 3edição. São Paulo, Moderna, 1991.
IMENES, Luiz Márcio Pereira - Matemática: idéias e desafios, Saraiva, 1999.
Barreto filho, Benigno - Matemática Aula por Aula 1a edição. São Paulo, FTD 2003.
GIOVANNI, José Ruy. Matemática (pensar e descobrir), 8a séries. São Paulo, FTD, 2000.
VIVEIROS, Tânia Cristina Neto. Mini manual de Matemática. Ensino Médio. Ed. Rideel
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. Matemática 2: 2o grau. São Paulo, Saraiva, 1998.
GENTIL, Nelson. Matemática para o 2o grau 1 e 2. 6 ed. São Paulo, Ática, 1997.
IEZZI, Gelson. Matemática Elementar. 3.ed. São Paulo, Atual, 1998
GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANNI JR. – A Conquista da Matemática, 5, 6, 7e 8. FTD
Manual didático de ensino – Editora Didática Paulista
Matemática: construção e significado – volume único, Moderna.
TITO e CANTO – QUÍMICA: Na abordagem do cotidiano. Volume único
CARVALHO, Geraldo Camargo – Química Moderna. Volume 3. Livraria Nobel
RESNICK, HALLIDAY, KRANE – Física 2, 4ª edição. LTC
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