Prevenção e Contr. de Riscos em Máqs., Equip. e Ins
Prevenção e Contr. de Riscos em Máqs., Equip. e Ins
Prevenção e Contr. de Riscos em Máqs., Equip. e Ins
RISCOS EM MÁQUINAS,
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
O modelo industrial da construção civil baseado na sua cadeia produtiva vem, nas
ultimas décadas, aproximando-se das indústrias de outros segmentos ao buscar a
excelência do sistema de segurança e saúde ocupacional.
O que de certa forma era difícil de implantar nos canteiros de obras, nessa última
década, através de redução dos índices de acidentes e também com uma melhor
qualificação profissional, levou a se minimizar essa dificuldade, resultando em
indicadores mais positivos para as empresas.
Longe de estar perto do aceitável, estigmatizado por ser um dos ambientes que mais
produzem situações de riscos e perigos, o programa vem sendo implantado com menor
resistência, caindo assim o legado de que o profissional de segurança é um profissional
não comprometido com a produtividade nas organizações – muito pelo contrário: esse
mesmo profissional comprovou que o binômio segurança–produtividade deve ser
desenvolvido para atender aos quesitos de melhor desempenho.
O que se estabelece como regra é que esse profissional, uma vez comprometido com
o bem fazer e com a missão de manter a integridade física e emocional do colaborador,
necessita conhecer a natureza das atividades e seus riscos iminentes.
Essa lacuna vem sendo preenchida pelo grande número de profissionais que, em pleno
gozo da atividade, não se encastela apenas nas normas e nas obrigações mas também
amplia a leitura no ambiente produtivo. Estabelece-se, dessa forma, a aproximação
Além das barreiras comerciais tão exploradas pela falta de programas de segurança e
saúde ocupacional graças aos altos custos de seguro nas organizações cujos índices
de acidentes ainda são significativos, o que imprime mais força a esse sistema é o fato
de que essas organizações acabam perdendo competitividade. A alta administração já
percebeu que os programas são verdadeiras ferramentas de continuidade de serviços,
assim como de imagem positiva a ser explorada.
Assim, os fatores críticos que alimentam e dão suporte aos acidentes de trabalho na
construção civil perpassam pela condição hereditária, ou seja, de sempre serem
executados daquela forma e sem se achar que isso poderá levar ao efeito indesejável.
Para o sucesso, necessário é qualificar, capacitar e inibir essa atitude, que apresenta
muito mais ignorância do que conhecimento (experiência) por parte do colaborador.
Outro fator que chama atenção é a imprudência na hora de executar uma tarefa.
Quando esse colaborador registra que desconhece os riscos, tal ação se confunde com
uma “coragem” infértil e improdutiva. Para a neutralidade desse fator, é necessário
definir uma relação de harmonia entre a atividade e a capacitação do colaborador.
A relação harmônica entre esses 5Ms pode levar a uma criticidade do profissional em
observar potenciais riscos se esses subelementos não estiverem ajustados.
Cabe ressaltar que mais de 42% dos acidentes apontados nos registros do Ministério
do Trabalho e Emprego têm como uma de suas características serem com jovens com
menos de 29 anos, o que pode servir como uma suposta explicação para essa
“coragem” de pouco valor, própria dos jovens de maneira geral.
Nem sempre o óbvio é alvo de reconhecimento por parte dos colaboradores ou mesmo
da sociedade – e, muitas vezes, no caso da segurança do trabalho na construção civil,
é de não internalizar o trabalho como trabalho de equipe, necessitando quebrar o
paradigma da ênfase individual da sociedade contemporânea em detrimento do
coletivo. Isso é apontado como um fator intrigante de suporte de acidentes do trabalho
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 4
que deve ser fortalecido através do diálogo diário de segurança na obra, ampliando o
contexto coletivo para que inverta essa tendência individual.
Que essa reflexão vá além desses limites físicos (canteiro de obras) para que possamos
buscar resultados através desse programa, como ferramenta e quebra de paradigma
de que a segurança deve ser praticada em qualquer espaço, ultrapassando a condição
limítrofe dos ambientes profissionais.
Para executar suas atividades, esse colaborador nem sempre conta com orientação e
paciência do seu encarregado para aprimorar o seu aprendizado e, consequentemente,
o seu desempenho.
Agravada pela instabilidade econômica no setor que o Brasil notadamente vive nestes
últimos trinta anos, a evolução tímida da segurança do trabalho e sua importância
nesse cenário demonstram o quanto devemos avançar, apesar de os indicadores
apontarem uma redução de acidentes e de afastamentos do trabalho, como também
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 5
dos investimentos em programas de segurança em organizações de prestígio nacional
que sejam líderes nos seus segmentos, como Petrobras e Vale.
O cenário gerado impõe curto tempo para treinar, capacitar – e, a cada aumento de
demanda de emprego na construção civil, assistimos a um aumento de acidentes e de
pressão nos custos sociais e previdenciários no Brasil.
Deve-se levar em conta que estatísticas formuladas pelo MTE nas décadas de 1990,
2000 e 2010 apontam para uma redução de frequência de acidentes do trabalho e
óbitos, mesmo levando-se em consideração o aumento da massa de trabalhadores, o
que nos faz acreditar que os programas de segurança vêm desempenhando seu papel,
mas essa meta de redução deveria ser mais ambiciosa.
Outra leitura que merece atenção é que essas mesmas estatísticas apontam para o
aumento das doenças de trabalho. Por serem menos flagrantes que os denominados
acidentes físicos, essas doenças, como também os acidentes, tanto afastam o
colaborador da atividade como comprometem a sua qualidade de vida.
Esse “jeitinho brasileiro nas obras” nada mais é do que encontrar uma saída para uma
situação não prevista diante de uma dificuldade ou desconhecimento, mesmo diante
daquilo que é normativo ou preestabelecido e que deva ser cumprido.
Desse modo, é comum que haja um esforço, especialmente por parte dos gestores,
em tornar válidos todos os elementos que constituem a “personalidade” de uma
determinada organização, como é denominada a cultura organizacional. Isso
possibilita a canalização de energias na realização de objetivos comuns, objetivos estes
ensinados aos novos membros como a maneira correta de perceber, pensar e sentir
tudo quanto faz parte daquela organização.
Além do mais, e de acordo com Srour (1998), a cultura organizacional seria a própria
identidade da empresa, considerando que ela é construída e reconstruída ao longo do
tempo, e ela serve de referência para distinguir diversas coletividades. Por ter essa
característica, a cultura organizacional forma um sistema coerente de significações e
procura unir todos os membros em torno dos mesmos objetivos e do mesmo modo de
agir dentro da organização.
Dessa forma, a indústria da construção civil, lastreada por essa “história cultural”,
acaba por ser a vítima da própria armadilha quando ela espelha essa divisão intelectual
e cultural, abrindo ainda mais a visão individual na suposta contramão do interesse
coletivo.
Expressar e apontar essa dualidade não é difícil. Ela é alvo de vários debates
em seminários, apontando a necessidade de mudança da cultura organizacional nas
construtoras como forma de reduzir os riscos de acidentes de trabalho e de melhoria
no setor em busca de melhores resultados.
Por essa razão, nosso enfoque aqui é abordar a liderança em um formato de contorno,
cientes da facilidade de encontrar outras fontes que possibilitem aprofundar o tema
para aquele que assim o desejar.
Documentos complementares:
Os fatores internos desse novo tempo são tão importantes como os fatores externos
e devem ser vistos como orientadores de ações nas atividades da obra.
Dessa feita, o limite físico da “fábrica” é mais abrangente do que os limites impostos
pela planta de situação do empreendimento, mesmo que determinado pela condição
limítrofe do canteiro de obras.
Essa fábrica temporária visa a atender o objeto principal de construção, seja uma
edificação, uma rodovia e/ou uma obra de infraestrutura, e tem no seu alicerce a tríade
em que se apoiam a rapidez, a economia e a qualidade de produzir. Para isso, é
importante atentar aos riscos impostos por alguns tópicos de relevância na
implantação do canteiro:
1. Acesso para entrega de materiais e circulação dos mesmos na área externa e
interna do canteiro de obras;
2. Área de carga e descarga dos estoques de agregados e materiais;
3. A correta locação do objeto principal;
4. O estudo para a locação de equipamentos fixos - vertical e horizontal;
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5. O dimensionamento, segundo a NR-18, das instalações provisórias e dos
elementos de apoio como áreas de administração da obra, vestiários e
refeitório, bem como as áreas de vivência;
6. A estimativa da quantidade de mão de obra e do tipo de atividades por fase da
obra;
7. Área de guarda e inventário de ferramentas e equipamentos de proteção
individual (EPIs);
8. A manutenção da organização, revisão e correção periódica, bem como da
preservação e atualização da sinalização coletiva;
9. O entorno e suas rotinas.
O mapa de riscos (MR), com seus agentes (biológicos, físicos, químicos, ergonômicos
e mecânicos), se torna um aliado da segurança laboral nos canteiros de obras pela
forma clara de informação dos riscos que são provocados por seus agentes e que
podem ser fixados em cada setor produtivo e/ou administrativo que o engenheiro de
segurança julgar necessário.
É importante registrar que, por conta de uma legenda simples e de uso de cores de
fácil compreensão, o MR deve ser explorado como um dos temas do Diálogo Diário de
Segurança (DDS) para explorar a visualização e a internalização do conhecimento que
esses mapas de riscos oferecem.
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 16
A elaboração do programa e controle do meio ambiente do trabalho
(PCMAT) na indústria da construção
Aplicado o instrumento de pesquisa com a observação de todas as etapas
recomendadas nas fases da obra, chegamos à análise dos dados coletados. Dessa
análise sai o diagnóstico dos riscos propriamente dito. O passo seguinte é fazer a
devolução dessa análise para todos os setores envolvidos na medida diretamente
proporcional aos riscos inerentes às atividades.
É preciso que se diga que de nada adianta realizar um PCMAT se não houver um
retorno para todos os envolvidos no processo de resultados para que isso seja
assimilado como bem coletivo; do contrário, esses resultados estão sob a pena de não
serem utilizados e aproveitados para elaborar e contribuir para um plano de ação
corretiva com o intuito de mudar os riscos puros (acidentes) apontados na análise
crítica do programa.
Para o resultado ser eficaz tanto na confecção do PCMAT como em sua implantação,
necessário é que a assimilação dos atores envolvidos resulte no processo de absorção
através do aprendizado e da adoção de tradições culturais por parte da construtora na
qual a assimilação ocorre.
Diante das considerações que acabamos de fazer, não restam dúvidas de que há um
árduo e importante caminho a ser percorrido pelos gestores de produção e de
segurança ocupacional nas obras em geral, visando a proporcionar ambientes em que
as mudanças gerem produção com segurança para as empresas. As mudanças são
inevitáveis – e é bom que assim seja, pois são elas que possibilitam o desenvolvimento
de pessoas e organizações.
E, nesse alinhamento, a variável que completa esse ciclo de riscos é a que indica onde
serão executadas as atividades de cada fase da obra, modificando, com isso, o grau
dos riscos laborais.
O período de validação para conhecer o resultado do que foi previsto com o que foi
realizado depende de cada obra e da potencialidade dos riscos que essa obra impõe.
Assim, avaliar e realizar as medidas corretivas são ações necessárias a fim de dar
solução de continuidade aos serviços executados, mitigando seus riscos nas etapas
subsequentes.
Assim, entre os vários caminhos na elaboração do PCMAT dentro dos conceitos que
merecem reflexão dos profissionais envolvidos, o coração do programa está na
elaboração da planilha de riscos e controle, não só como forma preventiva mas
também como ações corretivas apontadas pelas avaliações críticas e periódicas.
Para ilustrar o exemplo, a planilha mestra como sugestão básica dos serviços
que denominamos de família de serviços resulta de que, quanto mais detalhadas forem
as atividades, maior será a compreensão dos riscos e, consequentemente, das medidas
de controle a serem implantadas e que deverão ser monitoradas pela engenharia de
segurança da obra.
Item Atividades que serão Riscos das Controle EPI Controle EPC
executadas atividades
Retirar ou escorar
solidamente
Ataque de árvores, rochas,
animais equipamentos,
Remoção de vegetação
peçonhentos e materiais e -------------------
01 arbustiva com ferramentas
ferimentos por objetos de ---
manuais do terreno.
ferramenta de qualquer natureza
limpeza. quando for
constatado
comprometimento
As colunas à direita podem e devem ser complementadas, como, por exemplo, data
da avaliação do PCMAT, títulos dos treinamentos, os artigos da NR-18 e das demais
normas para a interpretação das atividades e de suas respectivas medidas de controle.
Cabe ressaltar sobre atualização e inclusão de elementos que visam a dar maior
objetividade ao critério de avaliação do PCMAT e, com isso, obter menor grau de
b) Qualificação do contratante:
CNPJ:__________________________________________________;
c) Endereço do contratante:
_______________________________________________________;
d) Tipo de obra:
_______________________________________________________;
Atenciosamente,
Esse quadro de mão de obra também define a cor do capacete (EPI) para cada função,
visando a uma melhor orientação e distribuição das áreas de trabalho.
RISCOS FÍSICOS
Ruídos
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem
ser adotadas as seguintes medidas:
Medidas de proteção coletiva – enclausuramento da máquina produtora de ruído;
isolamento de ruído;
Medida de proteção individual – fornecimento de equipamento de proteção
individual - EPI (no caso, protetor auricular);
O EPI deve ser fornecido na impossibilidade de eliminar o ruído ou como medida
complementar;
Medidas médicas – exames audiométricos periódicos, afastamento do local de
trabalho, revezamento;
Medidas educacionais – orientação para o uso correto do EPI, campanha de
conscientização;
Medidas administrativas – tornar obrigatório o uso do EPI (controlar seu uso).
Vibrações
São formas de energia que se transmitem por ondas eletromagnéticas. A absorção das
radiações pelo organismo é responsável pelo aparecimento de diversas lesões.
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador, é preciso que se
tome:
- Medidas de proteção coletiva – isolamento da fonte de radiação (ex.:
biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte de
radiação (ex.: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de raios x);
- Medidas de proteção individual – fornecimento de EPI adequado ao risco
(ex.: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos para
operadores de forno);
- Medida administrativa – exemplo: dosímetro de bolso para técnicos de raios
x;
- Medida médica – exames periódicos.
Os testes nucleares e os acidentes nas usinas são uma fonte extra de radiação lançada
no ambiente. Há também o problema do armazenamento dos resíduos radioativos
produzidos nas usinas nucleares.
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 32
A radiação provoca a formação no organismo de grande quantidade de radicais livres,
moléculas instáveis que podem combinar-se com partes da célula e prejudicar suas
funções: podem romper a célula, quebrar seus cromossomos e originar as mutações.
Algumas mutações podem provocar câncer ou, se ocorrerem nas células reprodutoras,
provocar mudanças que serão transmitidas às gerações seguintes.
Calor
Existem equipamentos que podem gerar calor ou chama, como, por exemplo, estufas,
banhos de água, bico de Bunsen, lâmpadas infravermelha, manta aquecedora,
agitadores magnéticos com aquecimento, chapas aquecedoras, termociclador,
incubadora elétrica, forno de micro-ondas, esterilizadores de alças ou agulhas de
platina, autoclave; portanto, sua instalação deve ser feita em local ventilado, longe de
materiais inflamáveis, voláteis, termossensíveis.
Ao operar equipamentos geradores de calor, o operador deve se proteger com luvas
adequadas (resistentes ou revestidas com material isolante) e avental. O manuseio de
destiladores com substâncias voláteis ou perigosas deve ser feito dentro da capela de
segurança química e exaustão – e deve-se utilizar máscaras com filtros adequados
para substâncias voláteis.
Muitos trabalhadores passam parte de sua jornada diária diante de fontes de calor. As
pessoas que trabalham em fundições, siderúrgicas e padarias - para citar apenas
algumas indústrias - frequentemente enfrentam condições adversas de calor que
representam certos perigos para a sua segurança e saúde.
Pressões anormais
Há uma série de atividades em que os trabalhadores ficam sujeitos a pressões
ambientais acima ou abaixo das pressões normais, isto é, da pressão atmosférica a
que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões: são as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e
ocorrem com trabalhadores que realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são
raros os trabalhadores expostos a esse risco.
Altas pressões: são as que se situam acima da pressão atmosférica normal.
Ocorrem em trabalhos realizados em tubulações de ar comprimido, máquinas de
perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos executados por mergulhadores. Ex.:
caixões pneumáticos, compartimentos estanques instalados nos fundos dos mares,
rios e represas, onde é injetado ar comprimido que expulsa a água do interior do
caixão, possibilitando o trabalho. São usados na construção de pontes e barragens.
A exposição a pressões anormais pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento
de pressão for brusco, e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos pode
levar à morte. Por ser uma atividade de alto risco, exige legislação específica (NR-15)
a ser obedecida.
Da popa do navio, veem-se duas grandes esferas. Cada qual com sua função, porém
elas trabalham em conjunto. O objetivo é excursionar pelo fundo do mar e levar uma
pequena parte dos tripulantes do navio de socorro submarino a até, 300 metros de
profundidade.
As enormes esferas de metal (chamadas de sino atmosférico de resgate) são um tipo
de casulo usado para resgatar tripulações de submarinos naufragados e também para
realizar atividades de mergulho de interesse da Marinha.
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 36
Umidade
RISCOS QUÍMICOS/GASOSOS
Substâncias
As substâncias químicas são, por isso, elementos químicos, bem como os seus
compostos no estado natural, ou produzidos pela indústria, contendo qualquer aditivo
necessário à preservação da estabilidade do produto e qualquer impureza decorrente
do processo, com exclusão de qualquer solvente que possa ser extraído sem afetar a
estabilidade da substância nem alterar a sua composição.
Exemplos: Acetona, álcool etílico, tricloroetileno, óxido de chumbo etc.
Preparações
A gravidade da situação
Medidas preventivas
Por esses motivos, devem-se tomar medidas de modo a eliminar as poeiras logo nos
locais da sua formação. Caso não se tomem essas medidas, devido ao minúsculo
tamanho das partículas, na ordem do mícron, e por ação das correntes de ar
existentes, elas não sedimentam.
Devem ser também tomadas medidas de limpeza frequentes sobre as partículas
depositadas em máquinas e pavimentos devido ao fato de poderem entrar em
suspensão com muita facilidade pela sua diminuta dimensão.
Deve ser organizado um serviço de limpeza, à semelhança dos outros serviços,
destinando-se pessoal e os meios de ação adequados (aspiradores, limpeza a úmido
etc.), com horário determinado e, se possível, fora das horas normais de
funcionamento produtivo.
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 41
Contaminantes gasosos
Gases
São substâncias que só podem mudar de estado com uma ação conjunta de aumento
de pressão e descida de temperatura.
Vapores
Depois de feita a avaliação de riscos existentes nos locais de trabalho, têm de ser
desenvolvidos programas de prevenção para o seu controle e correção, incrementando
atuações de variada ordem, nomeadamente legal, médica, psicotécnica, organizativa
e técnica.
A ABNT NBR IEC 60079 especifica os requisitos gerais para construção, ensaios e
marcação de equipamentos elétricos e componentes. Exemplo: explosivos destinados
a utilização em atmosferas explosivas.
Considerações gerais
Ventilação local
RISCOS BIOLÓGICOS
Cuidados operacionais
O operador deve ser orientado para não usar equipamento de ar para limpar suas
roupas ou cabelo, pois contém impurezas, tais como partículas de óleo e graxa, que
poderão causar sérias dermatites, além do que um jato de ar proveniente de uma
mangueira poderá romper um tímpano, arrancar um olho de sua órbita e causar
hemorragia. Alguns acidentes com ferramentas pneumáticas são provocados pelo
chicoteamento da mangueira, quando há ruptura ou deslocamento da conexão.
O operador de uma furadeira pneumática deverá estar sempre alerta para uma
possível quebra da broca, pois, além da projeção de fragmentos de metal, essa quebra
poderá desequilibrá-lo e provocar sua queda. Quando da utilização de ferramentas
pneumáticas, faz-se necessário o uso de proteção facial para evitar acidentes nessa
região do corpo.
Uma ferramenta para cortar madeira possui canto de corte fino, e deve ser
utilizado para afiá-la uma pedra de amolar, com um pouco de água;
Compressores – cuidados
Os compressores são dispositivos que elevam a pressão do ar, ou seja, aumentam a
admissão, comprimindo o ar acima da pressão atmosférica, porém sem criar um vácuo.
Isso faz com que uma quantidade maior de ar seja forçada para dentro do motor,
criando uma sobrealimentação. Com esse ar extra, é possível injetar mais combustível
na mistura, aumentando-se a potência do motor.
Existem três tipos de compressores: roots, parafuso duplo e centrífugo. A principal
diferença está em como eles jogam o ar para dentro do coletor de admissão do motor.
Os compressores roots e de parafuso duplo utilizam tipos diferentes de lóbulos
entrelaçados, enquanto o compressor centrífugo utiliza um rotor para aspirar o ar.
O ar comprimido é uma energia utilizada para diversos fins tanto nos segmentos
industriais como no de construção. Se utilizado de maneira indevida, pode causar
sérios ferimentos, infecções e enfisema subcutâneo. Um jato de ar comprimido
suficientemente forte, proveniente de uma mangueira, pode tirar um olho de sua
órbita, romper um tímpano ou causar hemorragia interna ao penetrar nos poros. O ar
comprimido contém impurezas, tais como: partículas de óleo, matérias graxas e outras
partículas minúsculas. Um jato de ar sobre a pele introduz impurezas através dos
poros, podendo causar sérias inflamações nos tecidos.
1. Jamais permita que o jato de ar sob pressão incida sobre o seu corpo ou o de seu
companheiro;
4.2 a. Proteja imediatamente o rosto para evitar que a mangueira chicoteie a face,
causando ferimentos, e para evitar que o ar sob pressão atinja a vista;
7. Tenha muito cuidado com as pessoas presentes e com as que transitam no local. O
ar comprimido pode arremessar todos esses elementos contra partes frágeis de seu
corpo ou de seu companheiro, assim como colocar em suspensão poeiras, partículas
e líquidos que, inalados, poderão causar sérios riscos à saúde;
8. Nunca utilize o ar comprimido para limpeza de roupas ou para limpar pó, sujeira do
cabelo ou ainda qualquer parte do corpo. Partículas microscópicas podem penetrar em
sua corrente sanguínea, o que pode ser mais grave se você tiver algum machucado;
Arranjo físico
Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas
especificas de armazenamento devidamente demarcadas com faixas na cor indicada
pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas externas. Os
espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao seu tipo e
ao tipo de operação de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e doenças
relacionados ao trabalho.
O layout fabril destaca-se pelo posicionamento do maquinário de forma ordenada,
porém com pouco espaço existente à circulação de pessoas, ou seja, com dificuldade
de locomoção e transporte de material.
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 58
Quando a máquina não possuir a documentação técnica exigida, o seu proprietário
deve constituí-la sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado e com
respectiva anotação de responsabilidade técnica do Conselho Regional de Engenharia
e Arquitetura – ART/CREA.
Ela é regulamentada pelos artigos 184 a 186 da CLT.
VASOS DE PRESSÃO
Vasos de pressão: são estruturas fechadas contendo líquidos ou gases sob pressão.
Exemplos: tanques, tubos e cabines pressurizadas em aeronaves e veículos espaciais.
Considere, no interior de certa massa líquida, uma porção de volume V limitada pela
superfície A. Se dA representar um elemento de área e dF a força que nela atua, a
pressão será:
dV
dv dv
dy dy
dv
dy
A constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade é
a viscosidade dinâmica ou simplesmente viscosidade : µ.
dv
dy
Os fluidos, sejam gases ou líquidos, não possuem forma definida. O gás tende a ocupar
o volume do recipiente que o contém, enquanto o líquido se acomoda ao recipiente
mantendo uma superfície plana, acima da qual pode existir vapor também exercendo
uma pressão.
Quanto menor for o volume do espaço vazio, maior será a pressão, pois pressão e
volume são inversamente proporcionais.
Vasos de pressão são todos os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou
finalidades, não sujeitos à chama; são fundamentais nos processos industriais que
contenham fluidos e sejam projetados para resistir à pressão atmosférica, ou
submetidos à pressão externa, cumprindo, assim, a função básica de armazenamento.
Define que os vasos de pressão devem sofrer três inspeções de segurança: inicial,
periódica e extraordinária. As periódicas têm seu intervalo máximo definido em função
do risco de falha com base no produto “PV” e da classificação do fluido.
Essa forma de classificar o risco leva em consideração somente os aspectos
relacionados com a consequência de uma falha estrutural, o que torna a matriz da NR-
13 “estática”, isto é, os equipamentos apresentarão o mesmo risco durante toda a
vida.
Análise
Caldeiras a vapor
Conforme a NR-13 em seu item 13.4.1.1, “Caldeiras a
vapor são equipamentos destinados a produzir e
acumular vapor sob pressão superior à atmosférica,
utilizando qualquer fonte de energia, projetados
conforme códigos pertinentes, excetuando-se
refervedores e similares”.
O vapor pode ser usado em diversas condições, tais como: baixa pressão, alta pressão,
saturado, superaquecido etc. Ele pode ser produzido também por diferentes tipos de
equipamentos nos quais estão incluídas as caldeiras com diversas fontes de energia.
Considerações gerais
As unidades instaladas em veículos como caminhões e navios deverão respeitar a esta
Norma Regulamentadora nos itens que forem aplicáveis e para os quais não exista
normalização ou regulamentação mais específica.
É importante destacar aqui que o vapor d’água é utilizado como agente transportador
de energia em diversos processos industriais e nas centrais termelétricas. Isso se deve
às vantagens a seguir:
Se a vazão com que a bomba alimenta a caldeira for maior que aquela de saída do
vapor, o nível de água sobe e a pressão de trabalho aumenta.
Essas válvulas têm a função de deixar sair o vapor quando a pressão ultrapassa a
PMTA, fazendo diminuir a pressão interna.
As válvulas de segurança são recomendadas para a proteção contra a sobrepressão
em equipamentos, linhas, caldeiras e vasos de pressão que trabalhem com ar
comprimido, gases, líquidos e vapor.
Medidor de pressão
É o instrumento de calibração mais frequentemente usado. Ele é montado em uma
bomba comparadora hidráulica ou pneumática e serve como padrão para o manômetro
submetido à calibração.
Os manômetros padrão devem ter alta precisão, pois são utilizados como padrão para
a calibração de manômetros industriais.
Ruídos
A presença de ruído de baixa frequência dos queimadores e de alta frequência
proporcionada por vazamentos de vapor (acidentais ou intencionalmente provocados
pelas válvulas de segurança) constitui um espectro sonoro peculiar e variável ao longo
da jornada de trabalho.
Desconforto térmico
Desconforto térmico nas operações de caldeiras é muito frequente e de fácil
constatação, porém a sobrecarga térmica, para ser identificada, exige a análise de
cada caso em particular, sendo necessário, para tanto, não só avaliações com
termômetros de globo e de bulbo úmido como também exames médicos e
acompanhamento individual.
Há também riscos de os operadores terem os olhos expostos à radiação
infravermelha em operações de regulagem de chama e em observações prolongadas
de superfícies incandescentes.
Fumaças, gases e vapores expelidos pela chaminé representam, em certas condições,
riscos não somente aos operadores mas também à comunidade, ou seja, pelo risco de
intoxicação por monóxido de carbono, por exemplo.
Caldeiras operantes com carvão, lenha, bagaço de cana, biomassa e outras oferecem,
ainda, riscos inerentes ao manuseio, à armazenagem e ao processamento do
combustível.
Calor específico
Calor específico é uma grandeza física intensiva que define a variação térmica de
determinada substância ao receber determinada quantidade de calor.
Dilatação térmica
ESCOAMENTO TURBULENTO:
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES:
CALDEIRAS FLAMOTUBULARES:
3
2ª passagem
3ª passagem
CALDEIRAS LANCASTER:
Chamimé Saída de
vapor Nível de água
Gases Quentes
Fornalha
Caldeira Multitubular
CALDEIRAS LOCOMÓVEL:
Histórico
No Brasil, desde 1943 a CLT, de forma incipiente, contempla a preocupação com a
segurança em caldeiras. Porém, somente a partir de 1978, foi criada a norma
sobre caldeiras e recipientes de pressão, a NR-13, que estabeleceu as medidas
de segurança para os usuários desses sistemas. No final de 1994, a Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho publicou, no Diário Oficial da União, o novo texto da
NR-13 (vide site: <www.mte.gov.br>), elaborado por uma comissão composta por
representantes das empresas, do governo e trabalhadores.
Pressão em fluidos
Um corpo no estado líquido é caracterizado por apresentar uma distância entre suas
moléculas que permite ao corpo adequar-se ao ambiente em que se encontra.
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 90
As características da pressão nos líquidos são semelhantes às que encontramos nos
gases: o líquido exerce pressão para todos os lados de um recipiente e em qualquer
corpo que for imerso nele. Segundo o princípio de Pascal, ao exercermos pressão em
um fluido confinado em um recipiente, essa é transmitida integralmente a todos os
pontos desse recipiente.
Calor e temperatura
TROCADORES DE CALOR
O que é?
Trocador de calor é o dispositivo usado para realizar o processo da troca térmica
entre dois fluidos em diferentes temperaturas. Esse processo é comum em
muitas aplicações da engenharia. Podemos utilizá-lo no aquecimento e
resfriamento de ambientes, no condicionamento de ar, na produção de
energia, na recuperação de calor e no processo químico. Em virtude das muitas
aplicações importantes, a pesquisa e o desenvolvimento dos trocadores de calor têm
uma longa história, mas ainda hoje se busca aperfeiçoar o projeto e o desempenho de
trocadores baseado na crescente preocupação pela conservação de energia.
Barra material intercalada entre dois reservatórios térmicos a diferentes temperaturas.
Há calor Q através da barra a uma taxa Ø = dQ/dt que depende do comprimento x
= L, bem como da seção reta A da barra; do material do qual a barra é feita; e também
da diferença de temperaturas dos reservatórios. A barra e os reservatórios encontram-
se envoltos por fronteira adiabática (não representada).
B` A`
A B
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene
e segurança;
Os limites dos gases tóxicos em relação ao tempo são dados pela sigla TLV (threshold
limit values) – valores de limites de tolerância:
Unidades: partes por milhão – ppmmg/metro cúbico – mg/m;
TLV-TWA – limite de exposição para um período de 8 horas/dia durante 40
horas/semana;
STEL (short term exposure limit) – limite de exposição por curto período – 15 minutos.
Riscos à Saúde – 0;
Inflamabilidade – 2;
Reatividade – 1;
Riscos Específicos – OXY.
Vermelho/inflamabilidade
4. A substância será rápida ou completamente vaporizada nas condições normais de
temperatura e pressão ou prontamente dispersa pelo ar, queimando-se
instantaneamente (exemplo: propano, com ponto de fulgor menor do que 23 °C);
3. Líquidos e sólidos que podem inflamar-se sobre praticamente todas as condições
de temperatura ambiente (exemplo: gasolina, com ponto de fulgor abaixo de 38 °C e
acima de 23 °C);
2. A substância precisa estar moderadamente quente ou exposta à temperatura
ambiente relativamente alta para inflamar-se (exemplo: diesel, com ponto de fulgor
entre 38 °C e 93 °C);
1. É necessário que esteja pré-aquecida antes de inflamar-se (exemplo: óleo de canola,
com ponto de fulgor acima de 93 °C);
0. Não irá queimar (exemplo: água).
Amarelo/reatividade
4. Instantaneamente capaz de detonar-se ou explodir em condições normais de
temperatura e pressão (exemplo: nitroglicerina);
3. Capaz de detonação ou explosão, mas o material requer uma forte fonte de ignição
e precisa ser pré-aquecido sob confinamento, reagir com a água ou detonado se sofrer
um grande impacto (exemplo: fluorina);
2. Reage ao sofrer mudança química violenta sob elevada temperatura e pressão,
reação violenta ou formando misturas explosivas com a água (exemplo: fósforo);
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 102
1. Normalmente estável, mas pode tornar-se instável em temperaturas e pressão
elevadas (exemplo: cálcio);
0. Normalmente estável, mesmo sob condições de exposição ao fogo, e não é reativo
com a água (exemplo: hélio);
Branco
Sistemas pressurizados
Sistemas pressurizados são equipamentos ou componentes que possuem fluido sob
pressão interna ou externa.
Todo vaso de pressão ou caldeira deve possuir instrumento que indique a pressão de
operação em conformidade com a NR-13.
Os indicadores de pressão de caldeiras e vasos de pressão devem possuir plano de
manutenção e calibração.
Cuidados básicos
As mangueiras e tubulações utilizadas para a pressurização do sistema submetido a
teste hidrostático devem ser fixadas em base resistente.
Norma Brasileira
NBR
Norma Europeia
EN
Norma Americana
NEC
NBR 9518:1997
Equipamentos elétricos para
atmosferas explosivas - requisitos
IEC 60079-0:1998 gerais.
NBR 8447:1989
Equipamentos para atmosferas
IEC 60079-11:1999 explosivas - segurança intrínseca - tipo
EN 50039:1980 de proteção 'i'.
EN 50020:1994
NBR 9883:1995
IEC 60079-7:1990
NBR 6146:1980
IEC 60529:2001
NBR 9884:1987
IEC 60034-5:2001
Marcação brasileira:
Marcação europeia.
Marcação americana:
Área classificada
Área na qual uma atmosfera explosiva está presente ou na qual é provável sua
ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para a construção, instalação e
utilização de equipamento elétrico.
0 • Intrinsecamente seguro
1 • A prova de explosão
• Intrinsecamente seguro
• Segurança aumentada
2 • Intrinsecamente seguro
Poeiras
ZONA 20: área na qual uma mistura explosiva em forma de nuvem de pó está
presente continuamente ou por grandes períodos de tempo (grau contínuo);
ZONA 21: área na qual a mistura explosiva em forma de nuvem de pó pode estar
presente durante o funcionamento normal do processo (grau primário);
ZONA 22: área na qual uma mistura explosiva em forma de nuvem de pó não está
normalmente presente. Caso esteja, será por curtos períodos de tempo (grau
secundário).
IMPORTANTE!
Grupos de classificação
Com essas informações, já é possível imaginar o quanto ficaria caro construir uma
indústria com todos os equipamentos para atmosfera explosiva estando no mais alto
nível de proteção e classificação. Mediante isso, para que ocorra redução no custo, os
equipamentos foram divididos em grupos para que possam atender apenas a
determinada demanda da indústria e se tornarem equipamentos mais específicos, e,
consequentemente, não obtendo funções que não seriam utilizadas e os deixassem
caro.
Portanto, temos os grupos I, II e III e suas subdivisões:
Grupo I
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 113
Equipamento elétrico para minas suscetíveis à liberação de Grisu ou Firedamp
(derivado do metano);
Grupo II
Equipamentos elétricos com aplicações em outros locais, se não o grupo I, com
atmosfera explosiva, sendo ele subdividido em 3 partes que variam de acordo com as
substâncias envolvidas na operação. Essas 3 partes são, conforme NBR IEC 60079-0:
Atenção: a tabela acima é orientativa. Deve-se consultar as normas NBR IEC 60079-
20, NFPA497M, NFPA325M, NFPA499 e ANSI/ASHARE 15 nas aplicações com amônia.
OBJETIVOS:
13.1 Introdução
13.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para gestão
da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 116
interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção,
visando à segurança e à saúde dos trabalhadores.
13.1.2 O empregador é o responsável pela adoção das medidas determinadas nesta
NR.
600
200
101,3kPa
Gases Inflamáveis
13.5.1.2 Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias
segundo a classe de fluido e o potencial de risco.
a) Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a
seguir:
Classe A: Fluidos inflamáveis; fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual
a 200 ºC (duzentos graus Celsius); fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou
inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm); hidrogênio; acetileno.
Classe B: Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus
Celsius); Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por
milhão (ppm).
Classe C: Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
Classe D: outro fluido não enquadrado acima. (Item relacionado com a própria norma
NR 13)
13.3.4 Quando não for conhecido o código de projeto, deve ser respeitada a
concepção original do vaso de pressão, caldeira ou tubulação, empregando-
se os procedimentos de controle prescritos pelos códigos pertinentes.
13.3.11.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após
a ocorrência e deve conter:
a) razão social do empregador, endereço, local, data e hora da ocorrência;
b) descrição da ocorrência;
PREVENÇÃO E CONTR. DE RISCOS EM MÁQS.,EQUIP. E INS. 125
c) nome e função da (s) vítima(s);
d) procedimentos de investigação adotados;
e) cópia do último relatório de inspeção de segurança do equipamento envolvido;
f) cópia da comunicação de acidente de trabalho (CAT).
Pressão – ( Kpa)
CATEGORIA “A”
1960
CATEGORIA “B”
588
CATEGORIA “C”
São consideradas como a última linha (ou o último estágio) de defesa para a proteção
de um equipamento que possa ser exposto a uma pressão superior à atmosférica
quando outros instrumentos destinados a essa proteção falharam ou foram
insuficientes para fornecer essa proteção. Sendo que as válvulas de segurança e/ou
alívio utilizam a própria energia contida num fluido pressurizado para sua operação;
então, as perdas de energia causadas tanto na tubulação de entrada quanto
na de saída podem afetar adversamente seu correto desempenho
operacional.
Durante o processo de alívio pela válvula, a pressão na conexão de entrada é
reduzida devido às perdas de pressão. Sob essas condições de escoamento do
fluxo, a válvula pode abrir e fechar várias vezes, e de forma muito rápida, até que a
À medida que vapor é produzido, é necessário repor a água na caldeira. O sinal para
a reposição é dado por um “identificador” de nível que pode funcionar por eletrodos
de condutividade ou por boia.
13.5.4.6 Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno
ou externo por impossibilidade física devem ser submetidos alternativamente a outros
exames não destrutivos e metodologias de avaliação da integridade, a critério
do PH, baseados em normas e códigos aplicáveis à identificação de mecanismos de
deterioração.
13.5.4.7 Vasos de pressão com enchimento interno ou com catalisador podem
ter a periodicidade de exame interno ampliada, de forma a coincidir com a época
13.6.3.1 Deve ser realizada inspeção de segurança inicial nas tubulações. (Vide
condições na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014)
13.6.3.2 As tubulações devem ser submetidas à inspeção de segurança periódica.
(Vide prazo na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) [...]
13.6.3.4 Os intervalos de inspeção periódica da tubulação não podem exceder os
prazos estabelecidos em seu programa de inspeção, consideradas as tolerâncias
permitidas para as empresas com SPIE.
13.6.3.5 O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, linha ou por
sistema, a critério de PH, e, no caso de programação por sistema, o intervalo a ser
adotado deve ser correspondente ao da sua linha mais crítica.
13.6.3.6 As inspeções periódicas das tubulações devem ser constituídas de exames e
análises definidas por PH, que permitam uma avaliação da sua integridade estrutural
de acordo com normas e códigos aplicáveis.
13.6.3.6.1 No caso de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores envolvidos
na execução da inspeção, a linha deve ser retirada de operação.
Referências bibliográficas
__________. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT. Disponível em:
<www.abnt.br>. Acesso em: 28 set. 2017.