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Trabalho

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DETEC
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

EDSON RON ALDO PAUTZ


MICHEL BUDKE
JEAN PEREIRA

Engenharia Mecânica
Engenharia da qualidade

Panambi, 2009
Introduçao

Motores elétricos são máquinas destinadas a transformar energia elétrica em mecânica.


A tarefa reversa, aquela de converter o movimento mecânico na energia elétrica, é realizada
por um gerador ou por um dínamo. Em muitos casos os dois dispositivos diferem somente em
sua aplicação e detalhes menores de construção. Seu desenvolvimento começou no seculo
XVIII e continua se desenvolvendo e aprimorando-se ate os dias de hoje, graças ao
desenvolvimento e apoio a ciencia e a tecnologia.
Motores elétricos

Motores elétricos são máquinas destinadas a transformar energia elétrica em mecânica.


É o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da energia elétrica,
como baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando, sua
construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais
diversos tipos e com melhores rendimentos.
A tarefa reversa, aquela de converter o movimento mecânico na energia elétrica, é
realizada por um gerador ou por um dínamo. Em muitos casos os dois dispositivos diferem
somente em sua aplicação e detalhes menores de construção. Os motores de tração usados em
locomotivas executam frequentemente ambas as tarefas se a locomotiva for equipada com os
freios dinâmicos.Normalmente também esta aplicação se dá a caminhões fora de estrada.

História do desenvolvimento das maquinas elétricas

O ano de 1886 pode ser considerado, como o ano de nascimento da máquina elétrica,
pois foi nesta data que o cientista alemão Werner von Siemens inventou o primeiro gerador de
corrente contínua auto-induzido. Entretanto esta máquina que revolucionou o mundo em
poucos anos, foi o último estágio de estudos, pesquisas e invenções de muitos outros
cientistas.

Em 1600 o cientista inglês William Gilbert publicou, em Londres a obra intitulada De


Magnete, descrevendo a força de atracção magnética. O fenómeno da electricidade estática já
havia sido observado antes pelo grego Tales, em 641 a.C., ele verificou que ao friccionar uma
peça de âmbar com um pano, esta adquiria a propriedade de atrair corpos leves, como pêlos,
penas, cinzas, etc.

A primeira máquina electrostática foi construída em 1663 pelo alemão Otto von
Guericke e aperfeiçoada em 1775 pelo suíço Martin Planta.

O físico dinamarquês Hans Christian Oersted, ao fazer experiências com correntes


eléctricas, verificou em 1820 que a agulha magnética de uma bússola era desviada de sua
posição norte-sul quando esta passava perto de um condutor no qual circulava corrente
eléctrica. Esta observação permitiu a Oersted reconhecer a íntima entre o magnetismo e a
electricidade, dando assim, o primeiro passo para em direcção ao desenvolvimento do motor
eléctrico. O sapateiro inglês William Sturgeon – que paralelamente com sua profissão,
estudava electricidade nas horas de folga – baseando-se na descoberta de Oersted constatou,
em 1825, que um núcleo de ferro envolto por um fio condutor eléctrico transformava-se em
um íman quando se aplicava uma corrente eléctrica, observando também que a força do íman
cessava tão logo a corrente fosse interrompida. Estava inventado o eletroíman, que seria de
fundamental importância na construção de máquinas eléctricas girantes.
Em 1832, o cientista italiano S. Dal Negro construiu a primeira máquina de corrente
alternada com movimento de vaivém. Já no ano de 1833, o inglês W. Ritchie inventou o
comutador construindo um pequeno motor eléctrico onde o núcleo de ferro enrolado girava
em torno de um íman permanente. Para dar uma volta completa, a polaridade do eletroíman
era alternada a cada meia volta através do comutador. A inversão da polaridade também foi
demonstrada pelo mecânico parisiense H. Pixii ao construir um gerador com um íman em
forma de ferradura que girava diante de duas bobinas fixas com um núcleo de ferro. A
corrente alternada era transformada em corrente contínua pulsante através de um comutador.

Grande sucesso obteve o motor eléctrico desenvolvido pelo arquitecto e professor de


física Moritz Hermann von Jacobi – que, em 1838, aplicou-o a um bote. Alimentados por
células de baterias, o bote transportou 14 passageiros e navegou a uma velocidade de 4,8
quilômetros por hora.

Somente em 1886 Siemens contruiu um gerador sem a utilização de íman permanente,


provando que a tensão necessária para o magnetismo poderia ser retirado do próprio
enrolamento do rotor, isto é, que a máquina podia se auto-excitar. O primeiro dínamo de
Werner Siemens possuía uma potência de aproximadamente 30 watts e uma rotação de
1200rpm. A máquina de Siemens não funcionava somente como um gerador de electricidade,
mas também podia operar como um motor, desde que se aplicasse aos seus bornes uma
corrente contínua.

Em 1879, a firma Siemens & Halske apresentou, na feira industrial de Berlim, a


primeira locomotiva eléctrica, com uma potência de 2 kW.

A nova máquina de corrente contínua apresentava vantagens em relação à maquina a


vapor, a roda d’água e à força animal. Entretanto, o alto custo de fabricação e a sua
vulnerabilidade em serviço (por causa do comutador) marcaram-na de tal modo que muitos
cientistas dirigira sua atenção para o desenvolvimento de um motor eléctrico mais barato,
mais robusto e de menor custo de manutenção. Entre os pesquisadores preocupados com esta
idéia, destacam-se o jugoslavo Nikola Tesla, o italiano Galileu Ferrarris e o russo Michael
von Dolivo-Dobrovolski. Os esforços não se restringiram somente ao aperfeiçoamento do
motor de corrente contínua, mas também se cogitou de sistemas de corrente alternada, cujas
vantagens já eram conhecidas em 1881.

Em 1885, o engenheiro electrotécnico Galileu Ferraris construiu um motor de corrente


alternada de duas fases. Ferraris, apesar de ter inventado o motor de campo girante, concluiu
erroneamente que os motores construídos segundo este princípio poderiam, no máximo, obter
um rendimento de 50% em relação a potência consumida. E Tesla apresentou, em 1887, um
pequeno protótipo de motor de indução bifásico com rotor em curto-circuito. Também esse
motor apresentou rendimento insatisfatório, mas impressionou de tal modo a firma norte-
americana Westinghouse, que esta lhe pagou um milhão de dólares pelo privilégio da patente,
além de se comprometer ao pagamento de um dólar para cada HP que viesse a produzir no
futuro. O baixo rendimento desse motor inviabilizou economicamente sua produção e três
anos mais tarde as pesquisas foram abandonadas.

Foi o engenheiro electrotécnico Dobrowolsky, da firma AEG, de Berlim, entrou em


1889 com o pedido de patente de um motor trifásico com rotor de gaiola. O motor
apresentado tinha uma potência de 80 watts, um rendimento aproximado de 80% em relação a
potência consumida e um excelente conjugado de partida. As vantagens do motor de corrente
alternada para o motor de corrente contínua eram marcantes: construção mais simples,
silencioso, menos manutenção e alta segurança em operação. Dobrowolsky desenvolveu, em
1891, a primeira fabricação em série de motores assíncronos, nas potências de 0,4 a 7,5 kW.

Introdução

A rotação inerente aos motores elétricos é a base do funcionamento de muitos


eletrodomésticos. Por vezes, esse movimento de rotação é óbvio, como nos ventiladores ou
batedeiras de bolos, mas freqüentemente permanece um tanto disfarçado, como nos agitadores
das máquinas de lavar roupas ou nos 'vidros elétricos' das janelas de certos automóveis.
Motores elétricos são encontrados nas mais variadas formas e tamanhos, cada qual apropriado
á sua tarefa. Não importa quanto torque ou potência um motor deva desenvolver, com certeza,
você encontrará no mercado aquele que lhe é mais satisfatório.

Alguns motores operam com corrente contínua (CC / DC) e podem ser alimentados
quer por pilhas/baterias quer por fontes de alimentação adequadas, outros requerem corrente
alternada (CA / AC) e podem ser alimentados diretamente pela rede elétrica domiciliar. Há
até mesmo motores que trabalham, indiferentemente, com esses dois tipos de correntes.

Princípio de funcionamento

Aqui pretendemos examinar os componentes básicos dos motores elétricos; ver 'o que faz
um motor girar' e como os motores diferem um dos outros. Para fazer isso iremos nos
aproveitar de conceitos já conhecidos sobre os ímãs, forças magnéticas entre ímãs, ação dos
campos magnéticos sobre as correntes etc., e, quando se fizer necessário, revisaremos
algumas dessas importantes relações que existem entre eletricidade e magnetismo.
Nota: Nessa primeira parte, mais elementar, usaremos apenas o conceito de
"repulsão/atração entre pólos magnéticos"; numa segunda parte, mais avançada, usaremos
do conceito da "ação dos campos magnéticos sobre as correntes".
Enquanto não avançamos no assunto, vá pensando: Como as forças magnéticas podem fazer
algo girar? Se as forças magnéticas são as causas do 'por que o motor gira', por que não
podemos fazer um motor construído exclusivamente com ímãs permanentes? O que é que
determina 'para que lado' o motor vai girar?

O que faz girar o rotor do motor elétrico?

O rotor do motor precisa de um torque para iniciar o seu giro. Este torque (momento)
normalmente é produzido por forças magnéticas desenvolvidas entre os pólos magnéticos do
rotor e aqueles do estator. Forças de atração ou de repulsão, desenvolvidas entre estator e
rotor, 'puxam' ou 'empurram' os pólos móveis do rotor, produzindo torques, que fazem o
rotor girar mais e mais rapidamente, até que os atritos ou cargas ligadas ao eixo reduzam o
torque resultante ao valor 'zero'. Após esse ponto, o rotor passa a girar com velocidade
angular constante. Tanto o rotor como o estator do motor devem ser 'magnéticos', pois são
essas forças entre pólos que produzem o torque necessário para fazer o rotor girar. 
Todavia, mesmo que ímãs permanentes sejam freqüentemente usados, principalmente em
pequenos motores, pelo menos alguns dos 'ímãs' de um motor devem ser 'eletroímãs'. 
Um motor não pode funcionar se for construído exclusivamente com ímãs
permanentes!
Isso é fácil de perceber pois, não só não haverá o torque inicial para 'disparar' o movimento,
se eles já estiverem em suas posições de equilíbrio, como apenas oscilarão, em torno dessa
posição, se receberem um 'empurrão' externo inicial. Muitos 'inventores de motos contínuos'
não percebem isso e se envolvem em 'desenhos' de "motores magnéticos" os quais,
obviamente, não saem da fase de 'desenho'. Quando saem, tais protótipos só dá alguns giros
devido à energia inicial do 'empurrão' e assumem suas posições de equilíbrio. Outros
alardeiam:--- ... mas, os japoneses construíram uma motocicleta com motor puramente
magnético! Até o Youtube mostra isso! E tal motocicleta nunca aparece para ser examinada
por um grupo de físicos ou engenheiros!
É condição necessária que algum 'pólo' altere sua polaridade para garantir a rotação do rotor.
Vamos entender melhor isso, através da ilustração abaixo.
Um
motor

simples consiste de uma bobina que gira entre dois ímãs permanentes. (a) Os pólos
magnéticos da bobina (representados como ímã) são atraídos pelos pólos opostos dos
ímãs fixos. (b) A bobina gira para levar esses pólos magnéticos o mais perto possível
um do outro mas, (c) ao chegar nessa posição o sentido da corrente é invertido e (d)
agora os pólos que se defrontam se repelem, continuando a impulsionar o rotor.
Acima esquematizamos um motor simples onde o estator é constituído por ímãs
permanentes e o rotor é uma bobina de fio de cobre esmaltado por onde circula uma corrente
elétrica. Uma vez que as correntes elétricas produzem campo magnéticos essa bobina se
comporta como um ímã permanente, com seus pólos N (norte) e S (sul) como mostrados na
figura.
Comecemos a descrição pela situação ilustrada em (a) onde a bobina apresenta-se
horizontal. Como os pólos opostos se atraem, a bobina experimenta um torque que age no
sentido de girar a bobina 'para a esquerda'. A bobina sofre aceleração angular e continua seu
giro para a esquerda, como se ilustra em (b). Esse torque continua até que os pólos da
bobina alcance os pólos opostos dos ímãs fixos (estator). Nessa situação (c) -- a bobina girou
de 90o -- não há torque algum, uma vez que os braços de alavanca são nulos (a direção das
forças passa pelo centro de rotação); o rotor está em equilíbrio estável (força resultante nula
e torque resultante nulo). Esse é o instante adequado para inverter o sentido da corrente na
bobina. Agora os pólos de mesmo nome estão muito próximos e a força de repulsão é
intensa. Como a bobina já apresenta um momento angular 'para a esquerda', ela continua
girando 'para a esquerda' (algo como uma 'inércia de rotação') e o novo torque (agora
propiciado por forças de repulsão), como em (d), colabora para a manutenção e aceleração
do movimento de rotação.
o
Mas, mesmo após a bobina ter sido girada de 180 -- não ilustrada na figura --, o movimento
continua, a bobina chega na 'vertical' -- giro de 270o --, o torque novamente se anula, a
corrente novamente inverte seu sentido, novo torque e a bobina chega novamente á situação
(a) -- giro de 360o --. E o ciclo se repete.
Essas atrações e repulsões bem coordenadas é que fazem o rotor girar, embora o modo como
tais torques sejam obtidos possam variar entre os vários tipos de motores. A inversão do
sentido da corrente, no momento oportuno, é condição indispensável para a manutenção dos
torques 'favoráveis', os quais garantem o funcionamento dos motores. É por isso que um
motor não pode ser feito exclusivamente com ímãs permanentes!
A seguir, vamos examinar como essa 'condição indispensável para a manutenção dos
torques favoráveis' é implementada nos diferentes tipos de motores. Perceba, por exemplo,
que nas explicações acima, nada foi dito sobre 'como inverter o sentido da corrente'.

Motores CC

Fazer um motor elétrico que possa ser acionado por pilhas ou baterias não é tão fácil como
parece. Não basta apenas colocar ímãs permanentes fixos e uma bobina, pela qual circule
corrente elétrica, de modo que possa girar entre os pólos desses ímãs. 
Uma corrente contínua, como o é a fornecida por pilhas ou baterias, é muito boa para fazer
eletroímãs com pólos imutáveis mas, como para o funcionamento do motor é preciso
periódicas mudanças de polaridade, algo tem que ser feito para inverter o sentido da corrente
nos momentos apropriados.
Na maioria dos motores elétricos CC, o rotor é um 'eletroímã' que gira entre os pólos de
ímãs permanentes estacionários. Para tornar esse eletroímã mais eficiente o rotor contém um
núcleo de ferro, que torna-se fortemente magnetizado, quando a corrente flui pela bobina. O
rotor girará desde que essa corrente inverta seu sentido de percurso cada vez que seus pólos
alcançam os pólos opostos do estator. 
O modo mais comum para produzir essas reversões é usar um comutador.

Em sua forma mais simples, um comutador apresenta duas placas de cobre encurvadas e
fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do enrolamento da bobina são soldados
nessas placas. A corrente elétrica 'chega' por uma das escovas (+), 'entra' pela placa do
comutador, 'passa' pela bobina do rotor, 'sai' pela outra placa do comutador e 'retorna' á fonte
pela outra escova (-). Nessa etapa o rotor realiza sua primeira meia-volta. Eis um visual
completo:
Nessa meia-volta, as placas do comutador trocam seus contatos com as escovas e a corrente
inverte seu sentido de percurso na bobina do rotor. E o motor CC continua girando, sempre
com o mesmo sentido de rotação.
Mas, o motor CC acima descrito tem seus problemas. Primeiro não há nada que determine
qual será o sentido de sua rotação na partida, tanto poderá iniciar girando para a 'esquerda'
como para a 'direita'. Segundo, é que por vezes, as escovas pode iniciar tocando ambas as
placas ou eventualmente nenhuma; o motor 'não dá partida'! Para que a partida se dê com
total confiança e no sentido certo é preciso que as escovas sempre 'enviem' corrente para o
rotor e que não ocorra nenhum curto circuito entre as placas devido às escovas.
Na maioria dos motores CC consegue-se tais exigências colocando-se várias bobinas no
rotor, cada uma com seu par de placas no comutador. Conforme o rotor gira, as escovas
suprem a corrente para as bobinas, uma de cada vez, uma após a outra. A 'largura' das
escovas também deve ser bem planejada.
O rotor de um motor CC gira com velocidade angular que é proporcional à tensão aplicada
em suas bobinas. Tais bobinas têm pequena resistência elétrica e conseqüentemente seriam
percorrida por intensas correntes elétricas se o rotor permanecesse em repouso. Todavia,
uma vez em movimento, as alterações do fluxo magnético sobre tais bobinas, geram uma
força contra-eletromotriz (f.c.e.m.), extraem energia daquela corrente e baixa as tensões
elétricas sobre tais bobinas. O torque resultante se anulará quando essa f.c.e.m. se igualar á
tensão elétrica aplicada; a velocidade angular passa a ser constante.
Em geral, 'carregando-se' o motor (ligando seu eixo a algo que deve ser movimentado) sua
rotação não varia acentuadamente, mas, uma maior potência será solicitada da fonte de
alimentação (aumenta a intensidade de corrente de alimentação). Para alterar a velocidade
angular devemos alterar a tensão aplicada ao motor. 
O sentido de rotação do rotor depende das assimetrias do motor e também do sentido da
corrente elétrica; invertendo-se o sentido da corrente o motor começará a girar 'para trás'. É
assim que fazemos um trenzinho de brinquedo 'andar para trás'; invertemos o sentido da
corrente em seu rotor.
Motores universais

Antes de comentarmos sobre os verdadeiros motores elétricos AC, vejamos um tipo


intermediário de motor denominado motor universal. Esse motor pode funcionar tanto com
alimentação DC como AC. Um verdadeiro motor elétrico DC não aceita alimentação AC
(essa inverte o sentido da corrente a cada meio ciclo e isso apenas causaria trepidações); do
mesmo modo, um verdadeiro motor AC (como veremos) não aceita alimentação DC (essa
não oferecerá as convenientes alterações do sentido da corrente para o correto
funcionamento do motor).
Porém, se substituirmos os ímãs permanentes dos estatores dos motores DC por eletroímãs e
ligarmos (em série) esses eletroímãs no mesmo circuito do rotor e comutador, teremos um
motor universal. Eis a ilustração dessa 'engenhoca':

Este motor 'girará' corretamente quer seja alimentado por corrente contínua ou corrente
alternada. A diferença notável entre motor universal e motor DC é que se você alimentar o
motor universal com fonte DC, ele não inverterá o sentido de rotação se você inverter a
polaridade da fonte (como acontece com o motor DC), continuará a girar sempre no mesmo
sentido. Se você quiser realmente inverter o sentido de rotação de um motor universal
deverá inverter as ligações nos eletroímãs dos estatores para inverter seus pólos.
Motores universais são usados, por exemplo, em batedeiras elétricas,
aspiradores de pó etc. Em tais motores, com o tempo de uso, haverá
desgastes nas escovas de carvão e deverão ser substituídas. Basta você levar
um pedacinho da escova velha até uma loja de ferragens, comprar o par de
escovas novas adequadas e repor no motor; uma operação bastante simples.
Motores AC síncronos
Alguns motores são projetados para operar exclusivamente com corrente alternada. Um tal
motor é esquematizado a seguir:

  Este motor é essencialmente idêntico a um gerador elétrico; realmente, geradores e motores


têm configuração bastante próximas. Um gerador usa do trabalho mecânico para produzir a
energia elétrica enquanto que um motor usa a energia elétrica para produzir trabalho
mecânico. O rotor, na ilustração acima, é um ímã permanente que gira entre dois eletroímãs
estacionários. Como os eletroímãs são alimentados por corrente alternada, seus pólos
invertem suas polaridades conforme o sentido da corrente inverte. O rotor gira enquanto seu
pólo norte é 'puxado' primeiramente para o eletroímã esquerdo e 'empurrado' pelo eletroímã
direito. Cada vez que o pólo norte do rotor está a ponto de alcançar o pólo sul de um
eletroímã estacionário, a corrente inverte e esse pólo sul transforma-se um pólo norte. O
rotor gira continuamente, terminando uma volta para cada ciclo da corrente alternada. Como
sua rotação é perfeitamente sincronizada com as reversões da C.A, este motor é denominado
'motor elétrico síncrono da C. A.'. O motor da bomba d'água de máquinas de lavar roupa,
por exemplo, são desse tipo. Os motores de C.A síncronos são usados somente quando uma
velocidade angular constante é essencial para o projeto.
Entretanto, os motores síncronos ilustram um ponto importante sobre motores e geradores: 
são, essencialmente, os mesmos dispositivos. Se você conectar um motor C.A síncrono à
rede elétrica domiciliar e o deixar girar, extrairá energia do circuito elétrico e fornecerá
trabalho mecânico. Mas, se você ligar uma lâmpada incandescente no cordão de força que
sai desse mesmo motor e girar bem rapidamente seu rotor (com um sistema de rodas
acopladas e manivela), gerará 'eletricidade' e a lâmpada acenderá.  

Motores A.C. de indução

Alguns motores de corrente alternada têm rotores que não são quer imãs permanentes quer
eletroímãs convencionais. Estes rotores são feitos de metais não-magnéticos, como o
alumínio, e não têm nenhuma conexão elétrica. Todavia, o isolamento elétrico deles não os
impede de ficarem 'magnetizados' ou 'imantados'. Quando um rotor feito de alumínio é
exposto a campos magnéticos alternados, correntes elétricas começam a fluir por ele e estas
correntes induzidas tornam o rotor magnético. Esse é um fenômeno básico do
eletromagnetismo denominado indução eletromagnética. Tais motores, que usam desse
fenômeno para tornarem seus rotores magnetizados, são chamados de 'motores A.C de
indução'.
Os motores de indução são provavelmente o tipo o mais comum de motor de C. A.,
comparecendo em muitos eletrodomésticos (ventiladores, motores de toca-discos etc.) e
aplicações industriais. Fornecem bom torque, começam facilmente a girar, e são baratos.
Um motor de indução trabalha ' movendo' um campo magnético em torno do rotor --- o
denominado 'campo magnético girante'. 
O estator que cerca o rotor contem um eletroímã sofisticado. O estator não se movimenta,
mas sim o campo magnético que ele produz! Com um uso inteligente de vários recursos
eletromagnéticos (espiras de curto circuito, capacitores etc.), o estator pode criar pólos
magnéticos de que se deslocam em um círculo e se movimenta em torno do rotor. Na
ilustração abaixo, o pólo norte do estator 'gira' no sentido anti-horário em torno do rotor.

Motores de passo

Muitos dispositivos computadorizados (drives, CDRom etc.) usam motores especiais que
controlam os ângulos de giro de seus rotores. Em vez de girar continuamente, estes rotores
giram em etapas discretas; os motores que fazem isso são denominados 'motores de passo'.
O rotor de um motor de passo é simplesmente um ímã permanente que é atraído,
seqüencialmente, pelos pólos de diversos eletroímãs estacionários, como se ilustra:
  Estes eletroímãs são ligados/ desligados seguindo impulsos cuidadosamente controlados de
modo que os pólos magnéticos do rotor se movam de um eletroímã para outro devidamente
habilitado. 

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