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Revista Adolescer - ABEn Nacional

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27/02/2017 Revista 

Adolescer ­ ABEn Nacional.

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Sumário Geral Capítulo 1 Capítulo2 Capítulo3 Capítulo4 Capítulo5 Capítulo6 Fale Conosco

Capítulo 06 ­ Dinamicas: de Apresentação ­ Integração e Aquecimento ­ Sexualidade ­ Prevenção à DST/AIDS ­ Prevenção ao
uso de drogas ­ Educação para paz ­ Planejamento ­ Encerramento e Avaliação.

DINÂMICAS DE SEXUALIDADE
 

O Semáforo
Objetivo: Identificar temas de maior interesse em sexualidade.

Duração: 20 minutos.

Material:  Sala  ampla  e  confortável,  papel  sulfite,  pincéis  atômicos,  03  círculos  de  papel  cartão  nas  cores
vermelha, amarela e verde.

Desenvolvimento:

Trabalho individual (5 minutos):

1. O facilitador fornecerá folhas de sulfite e pincel atômico para cada
participante.
2. Pedir a cada um que dobre em 3 partes a folha de sulfite, no sentido do
comprimento.
3. Em cada tira de papel (ou ficha), será escrita uma palavra que corresponda
a um tema de interesse próprio sobre sexualidade. Pode­se também
escrever uma pergunta, no caso de não se saber a que assunto ela
pertença.
4. O facilitador colocará 3 círculos distanciados, lado a lado, no chão da sala.
Trabalho grupal (15 minutos):

1. Cada participante distribuirá suas fichas pelos círculos ou "sinais do
semáforo", dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre
os temas.
2. O sinal vermelho representa muita dificuldade sobre o assunto, o amarelo
representa dificuldade média e o verde significa pouca dificuldade.
3. O facilitador pedirá aos jovens que passem pelos círculos e leiam os temas
escolhidos.
4. Solicitar que as fichas sejam enfileiradas abaixo de cada círculo, em ordem
decrescente, e que cada um escolha.
Sugestões para reflexão:

Por que esses assuntos são importantes para os jovens?
Sobre qual dos temas citados é mais difícil falar e por que?
Qual o tema mais fácil? Por que?
Brincadeira do Saco
Objetivo: Auxiliar os adolescentes a manifestarem suas dúvidas sobre
sexualidade e reprodução.
Material: Sala ampla e confortável, folhas de papel, pincéis atômicos e saco de plástico.

Desenvolvimento:
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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

1. O facilitador fornece folhas de papel e pincel atômico para os adolescentes.
2. Cada participante do grupo escreve em tiras de papel, sem colocar seu
nome, os temas ou perguntas que gostaria que fossem tratadas nos
encontros.
3. Todas as tiras são colocadas em um saco.
4. Cada um retira do saco uma tira.
5. Cada pessoa lê, em voz alta, o que contém na tira que retirou.
6. Abre­se um espaço para os comentários e o grupo discute os temas e a
organização dos encontros.
Sugestões para reflexão:

Sentimentos mobilizados.
Facilidades e dificuldades em ouvir sobre os temas escolhidos por outros.
Resultado  esperado:  Estabelecimento,  com  a  participação  dos  adolescentes,  dos  conteúdos  a  serem
tratados nos encontros. 
Espelho Mental
Objetivo: Tomar consciência da imagem do seu próprio corpo.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, folhas de papel sulfite, lápis, toca­fitas e música lenta.

Desenvolvimento:

Orientação geral (5 minutos):

1. Pedir a todos os participantes que andem pela sala (descalços) ao som da música, seguindo as instruções
do facilitador:

Andar na ponta dos pés.
Andar apoiando o corpo no calcanhar.
Andar na chuva.
Andar em uma superfície quente.
Andar passando por uma porta estreita.
Andar em câmara lenta.
Andar em marcha ré.
Os participantes não deverão tocar o corpo do outro colega.

2.  Pedir  a  todos  que  parem  onde  estão,  fechem  os  olhos,  pensem  na  parte  do  seu  corpo  que  acham  mais
bonita e atrativa e guardem mentalmente essa imagem consigo.

Trabalho individual (10 minutos):

1. Solicitar a cada participante a se sentar, a pegar sua folha de papel sulfite e a procurar esquematizar no
papel a imagem captada pelo seu cérebro. Não colocar o nome.

2. Lembrar que é somente um esquema e não um desenho artístico.

Trabalho em grupo (35 minutos):

1. Pedir a cada participante que vire o esquema para baixo e aguarde.

2. Quando todos terminarem, pedir que façam as folhas circularem, com o esquema para baixo.

3. Pedir­lhes que parem de passar quando as folhas atingirem a metade do círculo, e que desvirem­nas.

4. Cada participante, com uma folha nas mãos, comentará ou mostrará o que a pessoa conseguiu passar de
sua imagem mental.

5. Quando todos terminarem a tarefa, pedir que façam circular todos os esquemas, para serem vistos.

6. Cada participante guardará sua folha.

Sugestões para reflexão:

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Mudanças físicas da adolescência.
Satisfação de homens e mulheres com suas formas físicas.
Resultado esperado:
Compreensão dos aspectos anatômicos através do desenho de homens e
mulheres.
Correção das possíveis distorções acerca dos aspectos anatômicos.
Possibilidades de avanço no tema com a montagem da história do
personagem _ a partir dos desenhos produzidos pelos grupos (quem é, o
que faz, o que gostaria que acontecesse na sua vida e família).

Expressando a Sexualidade
Objetivo: Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade.
Duração: 1 hora

Material:  Sala  ampla  e  confortável,  cartolinas,  folhas  de  papel,  canetas  coloridas,  revistas,  jornais  atuais  e
cola.

Desenvolvimento:

Atividade Individual

1. Facilitador pede aos adolescentes para pensarem em algo que tenham
visto, ouvido, falado ou sentido, sobre sexualidade.
2. Solicita aos participantes que guardem esses pensamentos para si. Não é
necessário escrevê­los.
Atividade em pequenos grupos

1. Forma grupo de 5 adolescentes e solicita que conversem sobre as situações
em que a sexualidade é manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2. Entrega revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos
grupos.
3. Solicita aos grupos que montem um painel com figuras, anúncios e textos
relacionados com a sexualidade.
Atividade de grande grupo (todos os participantes)

1. Após a elaboração do painel, pede a cada grupo que eleja um
representante para falar do processo de discussão e montagem do painel.
2. Cada representante de grupo coloca seu painel na parede da sala e explica
para o grande grupo o seu significado.
3. Após as apresentações dos representantes, abre o debate para todos os
participantes.
4. O facilitador pode fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar
a reflexão sobre as manifestações da sexualidade em diferentes culturas.
Sugestões para reflexão:

Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo?
De que maneira a sexualidade pode ser expressada?
Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade?
Que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia?
Resultado  esperado:  Debate  das  concepções  do  grupo  sobre  sexualidade  e  suas  diferentes  maneiras  de
expressão.
Jogo da Auto­estima
Objetivo: Explicar aos jovens o que é auto­estima e o que influi nela.
Duração: 20 a 30 minutos.

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Material: Folhas de papel para cada membro do grupo.

Desenvolvimento:

1. Pergunte ao grupo se alguém sabe o que é "auto­estima". Se ninguém
souber, explique que a auto­estima é a forma como uma pessoa se sente a
respeito de si mesma, e que a auto­estima está estreitamente relacionada
com nossa família e nosso meio ambiente. Mostre que, a cada dia,
enfrentamos situações que afetam o modo como nos sentimos a respeito
de nós mesmos. Por exemplo, se brigarmos com nossos pais ou se um
amigo nos critica, isso pode prejudicar nossa auto­estima.
2. Entregue uma folha de papel para cada participante, explicando que
representa sua auto­estima. Explique que você lerá uma lista de situações
que podem ocorrer, ocasionando prejuízo à nossa auto­estima.
3. Diga que cada vez que você ler uma frase, eles devem arrancar um pedaço
da folha de papel, na mesma proporção em que essa situação afetaria a
auto­estima. Dê um exemplo: leia a primeira frase, rasgue um pedaço de
sua própria folha de papel, dizendo: "Isso me afeta muito, ou isso não me
afeta muito".
4. Leia as frases que julgar adequadas, ou crie suas próprias frases.
5. Depois de ler todas as frase que afetam a auto­estima, explique que agora
eles vão recuperar a auto­estima. Diga que reconstituirão sua auto­estima
aos pedaços, também.
6. Comente os pontos de discussão.
Observação:  Certifique­se  deter  a  mesma  quantidade  de  frases  para  reforçar  a  auto­estima  e  para
enfraquecê­la.  Adapte  ou  crie  frases,  de  forma  que  reflitam  o  mais  fielmente  possível  as  situações  vividas
pelos jovens em sua comunidade.

Afetar a auto­estima (imagine que, na última semana, aconteceu o seguinte:)

1. Uma briga com seu/sua namorado
2. Seu chefe ou seu professor criticou seu trabalho
3. Um grupo de amigos íntimos não o convidou para um passeio
4. Seu pai ou sua mãe o chamou de malcriado
5. Umo amigo revelou um segredo que você contou a ele
6. Surgiu um boato sobre sua reputação
7. Seu/sua namorado o deixou por causa de outro
8. Um grupo de amigos zombou de você por causa de sua roupa ou de seu
penteado
9. 9. Você tirou péssimas notas numa prova, ou fracassou no trabalho
10. 10. Seu time de futebol perdeu um jogo importante
11. 11. Umo menino de quem você gosta recusou um convite para sair com
você
Recuperar a auto­estima (Na última semana, imagine que aconteceu o seguinte:)

1. Algumo colega de trabalho ou da escola pediu seus conselhos sobre um
assunto delicado
2. Um rapaz/uma moça de quem você gosta convidou­o para sair
3. Seu pai ou sua mãe lhe disse que gosta muito de você
4. Você recebeu uma carta ou um telefonema de umo amigo
5. Você tirou boas notas numa prova, ou se saiu bem em seu trabalho
6. Um rapaz/uma moça aceitou seu convite para sair
7. Seu time ganhou um jogo importante
8. Seus colegas da escola o escolheram como líder
9. Você ganhou uma bolsa de estudos
10. Seu/sua namorado mandou­lhe uma carta de amor
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11. Todos os seus/suas amigos elogiaram sua roupa ou seu penteado
Sugestões para reflexão:

Todos recuperaram sua auto­estima?
Qual foi a situação que mais afetou sua auto­estima? Por quê?
E qual causou menos danos?
Qual foi a situação mais importante na recuperação da auto­estima?
Que podemos fazer para defender nossa auto­estima quando nos sentimos
atacados?
Que podemos fazer para ajudar nossos amigos e familiares quando sua
auto­estima está baixa?
Crie alguns pontos de discussão para as perguntas que surgirem.
Atividades Opcionais:

1. Peça aos jovens que façam uma lista sobre como reagiriam a situações que
afetassem sua auto­estima, como poderiam se defender do efeito que
essas situações pudessem causar.
2. Peça aos jovens que elaborem uma lista, durante um dia, sobre coisas ou
fatos que melhoraram sua auto­estima, e que apresentem suas listas em
pequenos grupos.

Adolescer
Objetivo: Possibilitar aos jovens uma reflexão sobre como percebem o processo
da adolescência.
Duração: 1 hora

Material: Sala ampla, aparelho de som, papel sulfite, lápis de cor ou cêra e hidrocor.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicitará ao grupo que faça um desenho representando como
eles percebem a fase da adolescência.
2. Após a realização dos desenhos, solicitar aos jovens que escrevam algo
sobre: Adolescência é...
3. Cada adolescente irá falar a respeito de seu desenho, relatando como
caracterizou a adolescência.
Sugestões para reflexão:

Como o adolescente se percebe?
Como o adolescente é visto pela Sociedade?
De que forma o adolescente contribui com as transformações sociais?

Descobrindo a Adolescência
Objetivo: Conversar sobre o que é ser adolescente hoje e auxiliar os
adolescentes a identificarem suas possibilidades.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla, folhas de papel, pincéis atômicos para cada participante.

Desenvolvimento:

Com o grupo todo reunido, o facilitador solicitará a realização das seguintes tarefas:

1. Falar da infância:
Imagine uma criança, seu nome, idade, o que ele gosta de fazer e de
brincar.
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Representem o que imaginaram através de um objeto.
Falem do seu objeto para o grupo e, juntos, definam (numa frase ou
numa imagem) o que é ser criança.
2. Falar da adolescência:
Pensem que a criança cresceu e entrou na adolescência.
Falem sobre o que aconteceu com ela.
Escolham um objeto que represente o adolescente ou sua própria
adolescência.
os adolescentes apresentam seus objetos, conversam e definem o que
é adolescência.
Discutem qual o objeto que representa melhor a passagem da
adolescência para a vida adulta.
3. Falar do novo na adolescência:
Solicitar que os participantes façam uma lista de acontecimentos
importantes em suas vidas, destacando a "primeira vez" em que
ocorreram.
Sugestões para reflexão:

Refletir se é fácil ser adolescente.
Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras.
Com quem os adolescentes conversam sobre essa etapa de suas vidas.
Resultados esperados:

Verbalização de diferentes e semelhantes histórias de vida.

Oportunidade de reconhecer mudanças físicas e identificar pessoas com quem dividir essa etapa da vida.

Possibilidade  de  avanço  no  tema  com  a  montagem  de  uma  história,  a  partir  da  lista  por  eles  elaborada.
Montam  a  história,  criam  personagens  e  enredos.  Encenam  ou  relatam  para  o  grupo  e  juntos  discutem  as
cenas.

Observação:

Podem surgir situações como o primeiro beijo, o primeiro não, a primeira transa e outras. O facilitador não
deve  sugerir,  ele  deve  esperar  trabalhar  com  o  material  que  surge  do  grupo,  inclusive  com  o  silêncio  e  as
inibições que possam eventualmente aparecer, tentando apontar seu significado.
Jogo das Aparências
Objetivo: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem
na comunicação e percepções sobre outra pessoa.
Duração: 30 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, canetas e música alegre e movimentada.

Desenvolvimento:

1. Facilitador entrega um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em
branco para cada um dos participantes.
2. Pede para cada adolescente escrever no papel 3 características pessoais,
de maneira que, a partir dessas características, elo possa ser identificada
pelos outros participantes.
3. A seguir, os participantes dobram o papel e colocam­no dentro do balão.
4. Cada pessoa enche seu balão e quando estiverem cheios, devem ser todos
jogados para cima, ao mesmo tempo e ao som de música animada.
5. Quando a música parar, cada um pega o balão que estiver na sua frente e
o estoura.
6. Finalmente, cada adolescente lê o papel que encontrou dentro do balão e
tenta identificar a pessoa que tem as características descritas.
Sugestões para reflexão:
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Como adquirimos os estereótipos?
Por que muitas vezes as aparências enganam?
Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das
pessoas? De que maneira?
Tudo o que parece ser é? E o que é parece ser?
Resultado esperado:

Reflexão sobre o modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros e sobre os estereótipos
conhecidos pela comunidade.
Eu era assim fiquei assim
Objetivos: Construir coletivamente o conceito de adolescência e evidenciar o
conhecimento já existente no grupo sobre o tema em pauta.
Duração: 40 minutos.

Material: Folhas grandes de papel pardo, canetas pilot de 4 cores, caixas de gizão de cera, fitas crepe, tubos
de cola branca, tesouras, revistas velhas, sucatas em geral.

Desenvolvimento:

1.  Dividir  o  grupo  em  dois  subgrupos.  Cada  subgrupo,  após  discutir  o  tema  a  ser  desenvolvido,  fará  dois
grandes  cartazes  coletivos  sobre  as  características  de  uma  criança  e  de  umo  adolescente  brasileiro.  Um
subgrupo abordará o sexo masculino e o outro, o sexo feminino.

Sugestões para reflexão:

Os cartazes serão apresentados e discutidos em plenária. A discussão será
aprofundada pelo facilitador, com análise dos tópicos do tema o que é
adolescência, tendo como base o que foi expresso nos cartazes e o que
faltou.
As novas idéias que surgirem deverão ser acrescentadas aos cartazes ou
escritas em uma folha de papel pardo, que será pregada ao lado deles.
Depois da discussão, será construído o conceito coletivo de adolescência,
que deverá ser exposto em local visível.
Refletir com o grupo se as características levantadas são exclusivas dos
adolescentes ou se pertencem também às outras faixas etárias, como a dos
adultos. Ex.: Rebeldia (característica que pode ser do adolescente e do
adulto).
Eu era assim fiquei assim ­ II
Objetivos: Aprofundar a análise e o conhecimento sobre a fase evolutiva da
adolescência e evidenciar o conhecimento já existente no grupo sobre o tema
em pauta.
Duração: 20 minutos.

Material: Cartelas de cartolina amarela, branca e verde, fita crepe e canetas pilot.

Desenvolvimento:

1. Dividir o grupo em 4 subgrupos. Pedir­lhes que observem os cartazes já
prontos e escrevam nas cartelas amarelas as modificações biológicas que
encontrarem nos cartazes, referentes à maturação sexual; nas cartelas
brancas deverão escrever as modificações do crescimento esquelético e nas
verdes as outras que encontrarem e que não se encaixarem nessas duas
modalidades.
2. Unir os subgrupos de dois em dois para que analisem o trabalho que
fizeram, acrescentando nas cartelas as modificações pubertárias que estão
faltando. As cartelas serão pregadas com fita crepe em papel pardo,
separadas por cores.
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 7/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Sugestões para reflexão:

Pregar esses trabalhos em local visível e analisá­los em plenário. Construir
um trabalho coletivo com todas as modificações encontradas, colando­as
sob o título correspondente, cuidando para que essas modificações não
estejam repetidas ou faltando alguma. Colocar esse trabalho em local
visível.
Durante o trabalho coletivo, o facilitador desfará os equívocos e as dúvidas
e aprofundará o tema.
Linguagem Popular
Objetivo: Introduzir a terminologia científica e fazer com que os jovens se
sintam mais à vontade em relação a ela.
Duração: 20 a 35 minutos.

Material: Folhas de papel e canetas.

Observação: Antes de apresentar esta atividade, escreva em cada folha de papel um dos seguintes termos:

Mulher Ato sexual
Homem Masturbação
Seios Testículos
Pênis Menstruação
Vagina Sexo oral
Homossexual
Desenvolvimento:

1. Introduza a atividade dizendo que os adultos e os adolescentes usam
muitos termos populares relacionados com a sexualidade.
2. Espalhe as folhas de papel pelo chão da sala. Em cima de cada uma,
coloque uma caneta.
3. Peça a todos que escrevam nas folhas os termos equivalentes que
conhecem. Devem ter inteira liberdade para escrever qualquer palavra.
4. Marque 15 minutos.
5. Em seguida, reúna o grupo para a discussão.
6. Peça a voluntários que leiam as listas em voz alta. Pergunte ao grupo como
se sentiu e em quê pensava ao desenvolver esta atividade.
7. Comente sobre o significado sóciocultural dos termos identificados e suas
implicações nas relações.
Linha da Vida
Objetivos: Lembrar dos acontecimentos e sentimentos importantes nas
diversas fases da vida.
Duração: 20 minutos.

Material: Aparelho de som CD e fita com músicas que lembram as fases da vida.

Desenvolvimento:

1. 1. Colocar a música e pedir que se movimentem de acordo com o ritmo da
música, procurando fixar as lembranças e sentimentos que vão surgindo.
2. 2. No final, relatar os acontecimentos e sentimentos e relacioná­los ao
período da vida em que ocorreram.
Linha da Vida ­ II
Objetivo: Refletir sobre a vivência da sexualidade nas diferentes fases da vida.
Duração: 1 hora.
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 8/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Material: 08 folhas de papel pardo, caneta hidrocor, fita adesiva, texto Confúcio.

Desenvolvimento:

1. 1. Colocar uma folha na extensão da folha de papel pardo, com uma linha
no meio separando por fases da vida:
CRIANÇA;
ADOLESCENTE ;
ADULTO;
IDOSO;
2. 2. Escrever na folha os fatos que marcaram em cada fase da vida.
3. 3. Apresentação das conclusões do grupo.
4. 4. Leitura e comentários do texto de Confúcio.
Sugestões para reflexão:

Como vivenciamos a sexualidade e as mudanças em cada fase do
desenvolvimento?
Como vivenciamos as vantagens e as limitações em cada fase do
desenvolvimento?
Como vivermos plenamente cada fase de nossa vida?
Leitura do texto:

"Aos quinze anos orientei meu coração para aprender
Aos trinta plantei meus pés firmemente no chão
Aos quarenta, não mais sofria de perplexidade
Aos cinqüenta, sabia quais eram os preceitos do céu
Aos sessenta, eu ouvia com ouvido dócil
Aos setenta, eu podia seguir as indicações do meu próprio coração, pois o que
eu desejava não mais excedia as fronteiras da justiça." (Confúcio)
Conhecimento do Corpo
Objetivo: Fazer uma reciclagem sobre os conhecimentos de anatomia e
fisiologia do sistema reprodutor masculino e feminino.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla, folhas grandes (2 metros) de papel pardo e pincéis atômicos.

Desenvolvimento:

Atividade em pequenos grupos

1. Com o grupo todo reunido, divida os participantes em grupos de 3 ou 4
adolescentes.
2. Distribua o material para a atividade (folha de papel pardo e pincel
atômico) entre os grupos.
3. Peça para os participantes desenharem como se vêem por fora e por
dentro.
4. Peça para destacar o que mudou na adolescência, usando pincel de uma
determinada cor.
5. Explique que os desenhos não precisam ser bonitos e que ninguém vai
corrigí­los.
6. Após a confecção dos desenhos, eles deverão ser guardados sem nenhum
comentário.
7. Inicia­se, então, o grupo de estudos. Após a discussão nos grupos de
estudos, com as novas informações recebidas, cada grupo faz a correção
do seu desenho.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 9/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Sugestões para reflexão:

Mudanças físicas da adolescência.
Satisfação de homens e mulheres com suas formas físicas.
Resultados esperados:

Compreensão dos aspectos anatômicos através do desenho de homens e
mulheres.
Correção das possíveis distorções acerca dos aspectos anatômicos.
Possibilidade de avanço no tema com a montagem da história do
personagem ­ a partir do desenhos produzidos pelos grupos (quem é, o
que faz, o que gostaria que acontecesse na sua vida e família).
Masturbação: Mitos e Realidade
Objetivo: Discutir o que é masturbação e por que tantos mitos cercam esta
prática sexual.
Duração: 50 minutos.

Material: Cópia do Caça­Palavras para todos, cópia dos textos Perguntas e Respostas sobre a Masturbação e
Você sabia que... para todos.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicita que façam o Caça­Palavras

Caçando palavras

Leia o texto abaixo e depois procure e marque as palavras EM DESTAQUE, no texto, no diagrama de letras.
Elas podem estar na horizontal, na vertical e de trás para frente.

P: É verdade que a MASTURBAÇÃO afina o pênis?

Não, não é verdade.
A masturbação não afina o PÊNIS, não deforma a VAGINA, não dá espinha, não
emagrece, não deixa ninguém louco, não faz crescer pêlos na palma da mão e
nem interfere no TESÃO.
Isso tudo são mitos muito antigos. A masturbação é um ato que acompanha a
vida inteira das pessoas e cuja freqüência depende da idade, das experiências e
dos ENCONTROS de cada um.
Os ADOLESCENTES, tanto as meninas quanto os meninos, costumam
masturbar­se mais do que os adultos porque é nessa faixa etária que os
HORMÔNIOS SEXUAIS começam a se desenvolver. Além do mais, a
masturbação nessa fase da vida tem um sentido exploratório, de pesquisa e
experimentação do próprio CORPO na busca das áreas mais PRAZEROSAS.
Enfim, a masturbação é uma prática comum e natural de se buscar PRAZER, de conhecer o próprio corpo e
de se preparar para uma vida sexual gostosa.

D S R O P R O C A E T Z E A E F E Z W P S Q A X E F W C R Y Y
P O I L P P M L K P J G O P P E M O S E M O F L H M B P V R A
R M A D O L E S C E N T E P D P A E P N S P E I O E U O A I E
A H O R M O N U P D P D W P K L A O L I L F J E F F E R P A O
Z V A G I N A P T A B C D E F G H I J S E N C O N T R O S P E
E P H I S I A U X E S S O I N O M R O H P M I P G E P O E I O
R K P L P O O O R P R A Z E R O Z A P E P A P A E I O U P A I
P R M A S T U R B A Ç A O P R Q P A O A S E T J P B H S E Q R

2. Cinco minutos depois, pergunta quem conseguiu achar todas as palavras.

3. Junto com eles, identifica o mito sobre masturbação no texto e levanta outros.

4. Finaliza, definindo o que é masturbação e em seguida solicita que um aluno leia as Perguntas e Respostas
sobre Masturbação e que outro leia o texto Você sabia que...
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 10/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Perguntas e Respostas sobre Masturbação

P: O que é masturbação a dois? Isso é normal?

É, sim. A masturbação a dois é uma prática erótica na qual os namorados ficam se acariciando até chegarem
ao orgasmo. É considerada uma forma de se praticar sexo seguro pois, não existindo a penetração, não
transmite o vírus da aids.

P: Por que me sinto culpado toda vez que me masturbo?

Isso acontece porque muitos de nós receberam uma educação sexual repressora que vê o sexo como uma
coisa feia e suja. Mas não existe motivo nenhum para se sentir culpado: a masturbação é um ato natural e
não traz nenhum tipo de problema, nem físico nem psicológico.

P: Eu me masturbo todo dia. Será que quando eu tiver relações sexuais o meu/minha namorado vai perceber
isso?

Não, nem o menino nem a menina têm como saber se o outro se masturba ou não.

Você sabia que...

A palavra masturbação vem do latim mano stuprare que significa sujar com
as mãos, carregando assim um forte significado negativo? Por este motivo,
alguns/as sexólogos querem mudar o nome masturbação para auto­
erotização.
A masturbação pode ser a primeira maneira de uma pessoa experimentar
prazer sexual?
A masturbação é muito comum entre homens e mulheres de todas as
idades?
A freqüência da masturbação varia de pessoa para pessoa e não existe
nenhum padrão do que é uma quantidade normal ou anormal?
Objetos que possam machucar o próprio corpo ou o corpo do outro não
devem ser usados na masturbação?
A masturbação, seja sozinho ou com umo parceiro, é uma das maneiras de
sentir prazer sexual sem arriscar uma gravidez ou uma doença
sexualmente transmissível, inclusive a aids?
Por quê tanta diferença?
Objetivo: Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre
homens e mulheres na sociedade.
Duração: 40 minutos.

Material: Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas e cartolinas ou papel manilha.

Desenvolvimento:

1. Dividir os participantes em 6 grupos:
02 grupos do sexo masculino.
02 grupos do sexo feminino.
02 grupos mistos.
2. Solicitar a 1 grupo do sexo masculino, 1 do sexo feminino e 1 grupo misto
a discutirem em subgrupos:
As vantagens de ser mulher.
As desvantagens de ser mulher.
3. Solicitar 1 grupo do sexo masculino, 1 do sexo feminino e 1 grupo misto a
discutirem em subgrupos:
As vantagens de ser homem.
As desvantagens de ser homem.
Após a discussão, deverão preparar uma lista com as referidas vantagens e desvantagens de ser homem ou
mulher.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 11/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta seus resultados.

Observação:

Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos pensem sobre as vantagens e, às desvantagens de ser
mulher e vice­versa.

Dessa forma, um sexo se colocará no lugar do outro.

Sugestões para reflexão:

Qual a origem dessas diferenças?
Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em "mulher" e
vice­versa?
O que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e
"fêmea"?
Masculino ou Feminino
Objetivo: Evidenciar as diferenças entre os papéis sexuais dentro do nosso contexto cultural.

Duração: 30 minutos.

Material: Uma caixa, frases com comportamentos, papel pardo, hidrocor e aparelho de som.

Desenvolvimento:

1. Peça ao grupo que se sente em círculo. A seguir, coloque a música e
entregue a caixa com comportamentos escritos em pequenos papéis aos
participantes. Ao parar a música, quem tiver a caixa na mão deverá sortear
um comportamento, sem olhar; deverá lê­lo e classificá­lo enquanto
masculino ou feminino. Esta classificação deverá ser registrada em papel
pardo.
2. Ao final, analise os registros e discuta com o grupo acerca da classificação
dos comportamentos enquanto masculinos ou femininos.

FAZER CURSO DE INFORMÁTICA
TOMAR A INICIATIVA SEXUAL
URINAR EM PÉ
SAIR PARA UM CHOPP
PASSAR A ROUPA DA FAMÍLIA
SER GERENTE DE HOTEL
USAR ROUPAS ÍNTIMAS DELICADAS
TOMAR INICIATIVA PARA NAMORAR
USAR COSMÉTICOS
DIRIGIR CAMINHÃO
ORIENTAR SEXUALMENTE OS FILHOS
SER SENSÍVEL
CHORAR EM FILMES DRAMÁTICOS
USAR BRINCOS
TER FORÇA E CORAGEM
TER DOCILIDADE E ROMANTISMO
LAVAR LOUÇA
TER ESPÍRITO PRÁTICO
FUMAR CHARUTO
Mensagens dos Meios de Comunicação
Objetivo: Reconhecer algumas mensagens transmitidas pela televisão e outros
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 12/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

meios de comunicação, sobre os papéis sexuais e as relações pessoais.
Duração: 50 minutos.

Material: Ficha de Trabalho.

Observação:  Antes  de  propor  esta  atividade,  verifique  se  é  adequada  para  a  comunidade  onde  você  está
trabalhando.  Nas  áreas  rurais,  por  exemplo,  a  televisão  pode  não  ser  muito  comum.  Nesse  caso,  utilize
revistas,  rádio  e  outros  meios  de  comunicação  existentes.  (Leia  "Atividades  Opcionais").  Se  nem  todos  os
participantes  do  grupo  tiverem  televisão,  uma  opção  é  gravar  em  vídeo  alguns  anúncios  e  programas  e
assistir juntamente com o grupo.

Desenvolvimento:

1. Sem muitas explicações, peça ao grupo que assista a programas de TV
durante duas horas.
2. Informe que as duas horas devem incluir pelos menos cinco anúncios, um
programa sobre família e uma novela sobre relações entre casais.
3. Distribua uma Ficha de Trabalho "Mensagens dos Meios de Comunicação" a
cada participante e peça­lhe que a preencha quando terminar de assistir
aos programas. Você pode dar alguns exemplos.
4. Solicite aos jovens que tragam a Ficha de Trabalho na sessão seguinte,
quando serão discutidos os seguintes pontos:
Sugestões para reflexão:

Parte I

1. Em que tipos de atividades estiveram envolvidos os homens e as
mulheres?
2. Você percebeu alguns padrões nos quais homens e mulheres estivessem
representados?
3. Que tipos de produtos eram anunciados pelas mulheres? E pelos homens?
4. Você acha que os anúncios são realistas?
Parte II

1. Que papéis foram desempenhados por homens e mulheres em relação à
família?
2. Quem exercia papel dominante nas famílias? Alguém representou algum
papel não tradicional?
3. A família apresentada no programa parecia real?
4. Quem eram os personagens que estavam envolvidos em relações
românticas no programa sobre casais?
5. Os casais apresentados eram casados?
6. As relações românticas mostradas pareciam realistas?
7. Você acha que a televisão reflete os valores de sua família? Ou de seus
amigos?
Atividades opcionais:

1. Se na comunidade não existe televisão ou se deseja explorar outras fontes de mensagens, o coordenador
pode  propor  uma  "pesquisa  sobre  mensagens  dos  meios  de  comunicação".  Esta  atividade  assemelha­se  à
"pesquisa  sobre  estereótipos"  e  consiste  em  procurar  exemplos  de  estereótipos  e  mensagens  sexuais  na
comunidade, incluindo cartazes, filmes, pessoas e eventos.

A seguir, estão alguns exemplos de imagens que os participantes podem apresentar:

Uma mulher como objeto sexual.
Um homem machista.
Uma mulher vítima de violência.
Uma imagem promovendo a promiscuidade.
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 13/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Uma imagem promovendo a paternidade responsável.
A  discussão  deve  iniciar  o  conteúdo  da  mensagem  e  o  que  podemos  fazer  para  mudar  as  imagens
estereotipadas ou irreais pelos meios de comunicação.

2.  Outra  alternativa  para  esta  atividade  é  solicitar  que  cada  participante  traga  três  dos  seus  anúncios
preferidos. Peça que cada um apresente os anúncios ao grupo e que responda às seguintes perguntas:

Que imagem das mulheres é apresentada?
Que imagem dos homens é apresentada?
O que esses anúncios mostram como sendo "correto" fazer?
Como os anunciantes dizem que você mudará se consumir seus produtos?
Você gostaria de que sua irmã ou seu irmão menor seguisse o modelo no
anúncio? Por quê?
Ficha de Trabalho ­ Mensagens dos meios de comunicação
PARTE I:
Analise 5 comerciais de televisão e preencha as lacunas. Observe o exemplo.

Nome do Produto Papel do Personagem Sexo Local

Exemplo Cera para chão Dona­de­casa ­ Cozinha

Com.1 ______________________________________________________________________

Com.2 ______________________________________________________________________

Com.3 ______________________________________________________________________

Com.4 ______________________________________________________________________

Com.5 ______________________________________________________________________

PARTE II:

Agora, assista a um programa de TV sobre família e descreva os principais personagens:

Nome do Programa: ___________________________________________________________

Personagens Sexo Características e atitudes

1. __________________________________________________________________________

2. __________________________________________________________________________

3. __________________________________________________________________________

4. __________________________________________________________________________

5. __________________________________________________________________________
PARTE III:

Assista a uma novela sobre casais e relações. Que mensagens sobre amor e sexo são veiculadas?

Nome do Programa: ___________________________________________________________

Mensagens de amor e sexo:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

 
Estou Satisfeito como Sou
Objetivo: Conscientizar os participantes do grupo sobre seus sentimentos em
relação ao sexo a que pertencem.
Duração: 30 a 40 minutos.

http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 14/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Material: Papel, canetas e fita adesiva.

Desenvolvimento:

1. 1. Divida o grupo em pequenos subgrupos do mesmo sexo.
2. 2. Peça que pensem em todos os finais possíveis para as seguintes frases:
Grupos de moças: "Estou satisfeita em ser mulher porque..." Grupos de
rapazes: "Estou satisfeito em ser homem porque..."
3. 3. Dê exemplos.
4. 4. Peça que cada subgrupo complete a frase, anotando as respostas numa
folha de papel, durante aproximadamente 10 minutos.
5. 5. A seguir, peça aos grupos que façam o mesmo com outra frase: Grupos
de moças: "Se fosse homem, eu..." Grupos de homem: "Se fosse mulher,
eu..."
6. 6. Peça que anotem os finais para as frases, durante 10 minutos.
7. 7. Peça a voluntários de cada subgrupo que copiem as frases de seu
subgrupo no quadro­negro, na seguinte ordem:
1. Respostas das moças:
Estou satisfeita em ser mulher. "Se fosse homem, eu ... Porque..."
2. Respostas dos rapazes:
Estou satisfeito em ser homem. "Se fosse mulher, eu... Porque..."
8. 8. Promova uma discussão sobre os seguintes pontos:
Algumas das respostas foram iguais para os dois grupos?
Foi difícil pensar em razões pelas quais estão satisfeitos com seu
sexo?
Foi difícil pensar nas vantagens de pertencer ao outro sexo?
Quais das vantagens em ser homem ou mulher são reais e quais são
estereotipadas?
É possível ser homem e ter ou fazer algumas das coisas listadas em
"mulher"? (e vice­versa?)
Podemos pensar em alguma mulher conhecida que apresente algumas
das características listadas em "homem"? (e vice­versa?)
Que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e
"fêmea"? O que significa o termo "andrógino"?
Atividades opcionais: Outra atividade que pode ajudar o grupo a entender qual o papel "atual" do homem
e da mulher é "O Marciano". Consiste em se tentar explicar a um "marciano" as diferenças entre homens e
mulheres. O coordenador do grupo é um "marciano" recém­chegado ao nosso planeta que quer saber quais
são as diferenças entre homens e mulheres, uma vez que em Marte, tais diferenças não existem. O marciano
pede ao grupo que mencione todos os tipos de diferenças: físicas, psicológicas, sentimentos, pensamentos e
de expressão das emoções. Depois, quer saber quais as que não se alteram com o tempo, o lugar, a cultura.
Só devem restar as diferenças físico­sexuais. Como tema de discussão, pede­se ao grupo que reflita como, a
partir de diferenças físicas, o processo de socialização nos leva a comportamentos diferentes para homens e
mulheres (Esta atividade foi adaptada de Peru­Mulher, Lima, Peru).
Relações Masculinas e Femininas
Objetivo: Analisar a maneira pela qual o fato de ser homem ou mulher afeta as
reações das pessoas e suas relações.
Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Ficha de Trabalho.

Desenvolvimento:

1. Distribua a Ficha de Trabalho.
2. Divida o grupo em subgrupos e peça que cada um escolha um relator.
3. Escolha um caso para cada subgrupo.
4. Solicite um jovem de cada subgrupo para que leia o caso indicado, em voz
alta, para o seu subgrupo.
5. Cada subgrupo deverá analisar as seguintes questões:
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Cada subgrupo deverá analisar as seguintes questões:
Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Como você reagiria nesta situação?
Como você acha que seus pais teriam reagido quando eram jovens?
6. Após 10 minutos, reúna todo o grupo para comentar as reações
apresentadas e os pontos de discussão.
Sugestões para reflexão:

Peça a voluntários que expliquem por que teriam aquelas reações e como
acreditam que as pessoas reagiriam 20 anos atrás.
O que mudou?
O que provocou essas mudanças?
De que forma os papéis sexuais afetaram as relações entre homens e
mulheres? Você considera essas mudanças positivas ou negativas?
Atividades  opcionais:  Peça  aos  jovens  que  conversem  com  seus  pais  a  respeito  das  reações  a  essas
situações 20 anos atrás e perguntem a eles que reações teriam. Discuta na sessão seguinte.

Ficha de Trabalho ­ Reações Masculinas e Femininas
Estudo de casos

1.  Miguel  vai  convidar  Laura  para  sair  com  ele  pela  primeira  vez.  Ele  gostaria  de
jantar fora e depois ir ao cinema. Miguel acha que Laura deveria dividir a conta com
ele. O que deve fazer? O que ela deve fazer?

2. Rosa está interessada em Roberto há alguns meses. Ela acha que ele também
está  interessado  nela,  mas  que  é  muito  tímido  para  convidá­la  para  sair.  Rosa
pensa em falar com ele e convidá­lo para sair com ela, mas tem medo de assustá­
lo. O que acontecerá se ela o convidar?

3.  Marina  e  José  estão  casados  há  dois  anos.  Os  dois  sempre  trabalharam  fora.
Agora Marina está grávida, mas quer voltar a trabalhar o mais rápido possível, após
o parto. Seu marido quer que ela fique em casa até que a criança entre na escola.
O que ela deve fazer?

4. Samuel quer comprar uma boneca para seu irmão de 3 anos. Ele já viu algumas
muito  bonitas  na  loja.  Mas,  quando  comenta  isso  com  seu  amigo  João,  este
responde: "Meninos não brincam com bonecas". O que Samuel deve fazer?

5.  Margarida  está  doente  e  Carlos  lava  a  roupa  e  cozinha,  porque  eles  não  têm
dinheiro  para  pagar  uma  empregada.  Carlos  começa  a  perceber  que  seus  amigos
zombam dele e dizem que essas tarefas são para as mulheres. O que Carlos pode
fazer para que seus amigos deixem de aborrecê­lo, sem magoá­los nem brigar com
eles?

6.  Maria  e  Pedro  vivem  no  campo  e  estão  casados  há  pouco  tempo.  Pedro  vai  à
capital para trabalhar durante dois meses. Enquanto ele está fora, a casa tem de
ser  reparada  e  pintada  devido  aos  estragos  provocados  pelas  chuvas.  Como  Pedro
está  ausente,  Maria  tem  de  fazer  o  serviço.  Quando  Pedro  volta,  seus  amigos  o
recriminam  por  não  cuidar  de  sua  mulher.  O  que  ele  deve  fazer?  Maria  agiu
corretamente?

 
Árvore dos Valores
Objetivo: Fazer com que o grupo perceba como se dá a construção e a
reprodução dos papéis de gênero.
Duração: 50 minutos.

Material: Folhas de sulfite/papel ofício divididas em três partes, canetas hidrográficas, fita crepe ou gomada e
cartaz  com  desenho  de  uma  árvore  com  raiz  aparente,  tronco  e  galhos,  com  aproximadamente  2  m  de
altura.

Desenvolvimento:

1. Colar o cartaz com a árvore na parede.
2. O facilitador solicita que o grupo se divida em subgrupos e discuta todas as
instruções, frases, brinquedos e brincadeiras que são dadas para meninos e
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meninas, diferentemente.
3. Pede que escrevam cada uma delas em uma parte da folha de sulfite.
4. Quando terminarem, cada grupo fixa suas folhas na raiz da árvore.
5. Depois, pede que reflitam quem é o responsável pela reprodução destas
instruções. Em geral saem: família, escola, sociedade como um todo,
religião e mídia.
6. O facilitador escreve o nome dessas instituições no tronco.
7. O facilitador solicita que novamente os pequenos grupos pensem quais são
as características psicológicas, as tendências profissionais e o
comportamento em relação a sexualidade e afetividade, dos adultos e de
homens e mulheres, que são criados com essas orientações.
8. Novamente, colocam­se os resultados da discussão na árvore, agora como
frutos.
O Beijo
Objetivo: Auxiliar os adolescentes a se desinibirem e preparar o grupo para
uma discussão sobre sexualidade.
Duração: 30 minutos.

Material: Sala ampla e boneca infantil.

Desenvolvimento:

Atividade em grande grupo:

1. O facilitador pede para o grupo sentar em círculo.
2. Mostra uma boneca e explica que todos devem dar um beijo numa parte da
boneca, uma de cada vez, porém não se pode beijar uma parte que já foi
beijada. Exemplo: o facilitador dá um beijo no dedo do pé da boneca e a
passa para a pessoa que está ao seu lado; essa dá um beijo na nuca e a
passa para outra pessoa e assim por diante.
3. Quando todos tiverem beijado a boneca, a mesma volta para o facilitador.
4. O facilitador solicita, estão, que agora deve ser dado um beijo na colega ao
lado, no mesmo lugar em que foi dado na boneca. Exemplo: o facilitador
dá um beijo no dedo do pé da pessoa ao seu lado e a próxima, na nuca, e
assim por diante.
5. Inicia­se o debate livre sobre o que cada um sentiu e faz­se reflexões sobre
a atividade.
Sugestões para reflexão:

Por que é difícil expressar carinho?
Por que é mais fácil expressar carinho em uma boneca do que em uma
pessoa?
Por que homem não beija homem?
Resultado Esperado: Verbalização dos sentimentos e o papel da sexualidade na vida dos adolescentes.
O Festival dos Dois Minutos
Objetivo: Reconhecer o outro como alguém com diferenças quanto às emoções,
idealizações, sonhos e expectativas.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e confortável, tiras de papel, canetas coloridas e cola.

Desenvolvimento:

1. O facilitador escreverá em tiras de papel uma lista de profissões e o sexo
correspondente. Por exemplo: professor, médico, estudante, cantor,
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político, cozinheiro, vendedor e o sexo:
Professor: estudante homem
Professora: estudante mulher
2. O facilitador distribuirá os papéis entre os adolescentes. Ninguém pode
revelar o sexo.
3. Cada um busca a sua dupla apenas pela profissão.
4. As duplas têm um minuto para combinar uma cena. Improvisam,
apresentam­se como profissionais.
5. Em seguida, cada dupla (por profissão) tem 1 minuto para se apresentar.
6. Todos se apresentam. O grupo tenta identificar o sexo de cada elemento da
dupla.
7. No final, o facilitador abre espaço para comentários e debate sobre
estereótipos.
Sugestões para reflexão:

O que a família, a escola e a sociedade ensinam aos meninos e meninas sobre ser homem e ser mulher?

Resultado esperado: Debate das concepções de gênero e características femininas e masculinas ligadas às
diferentes profissões.
Jogo da Mochila
Objetivo: Reconhecer o outro como alguém singular em desejo, pensamento,
maneira de perceber o mundo; considerar os riscos decorrentes de se guiar
apenas pelo desejo próprio.
Duração: 1 hora.

Material:  Sala  ampla  e  confortável,  cartolinas,  folhas  de  papel,  canetas  coloridas,  revistas,  jornais  atuais  e
cola.

Desenvolvimento:

Atividade em grupo:

1. O facilitador divide os adolescentes em 2 grupos.
2. Um dos grupos monta uma mochila contendo objetos que os homens
costumam usar ou levam para viagem, para a escola, etc...
3. Outro grupo monta uma mochila contendo os objetos das mulheres.
Dicas para o facilitador:

Se não encontrar objetos no local, desenhá­los ou escrever seus nomes
num papel.
Os dois grupos não podem se comunicar nesta hora. É surpresa!
A mochila pode ser um saco de supermercado contendo os objetos.
Atividade com o grande grupo:

1. Os dois grupos tentam adivinhar o que tem dentro das mochilas.
2. Cada grupo ganha pontos pelos acertos.
3. No final, cada grupo mostra todos os objetos de cada mochila, colocando­
os sobre o chão.
Variações:

1. Observar as mochilas;
2. Dar um adjetivo/qualidade para o homem e para a mulher de acordo com o
que tem na mochila. Exemplo: ele/ela é faceira...
3. Fazer uma troca de objetos de uma mochila para a outra (um a um) e ir
nomeando o personagem. Exemplo: agora ele/ela ficará _______ a cada
mudança que ocorre.
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4. Pode­se acrescentar novos objetos.
5. Retirar de cada mochila o que mais caracteriza ser essa mochila de mulher
ou de homem.
6. Ao final da atividade, o facilitador propõe uma síntese que aborde as
semelhanças e diferenças que observarem durante o jogo.
Sugestões para reflexão:

Qual a origem dessas diferenças?
Como essas diferenças afetam mulheres e homens?
Discutir valores, preconceitos, mitos que surgem durante o jogo.
Resultado esperado:

Pensar nas questões de gênero: o que é esperado do homem e o que é esperado da mulher na sociedade.
Estereótipos
Objetivo: Conversar sobre os estereótipos que dificultam a expressão dos
adolescentes; conhecer como um "modelo pronto" interfere nos sentimentos e
na vivência da sexualidade de homens e mulheres.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla, folhas de papel, canetas coloridas e fita crepe.

Desenvolvimento:

1. O facilitador pede ao grupo para lembrar frases que se ouve desde criança
(em casa, na escola, na tv) que têm a ver com sexualidade.
2. Todas as frases são escritas em tiras grandes de papel.
3. O grupo faz um meio­círculo. Um garoto e uma garota ficam de pé, de
frente para o grupo.
4. os adolescentes lêem as tiras de papel e colocam, uma a uma, sobre as
partes do corpo onde se relacionam essas mensagens. Por exemplo:
"Homem que é homem não chora". Onde colocar? Na frente do coração do
garoto?
5. O grupo observa onde ficam as frases e discute semelhanças e diferenças
que há na educação dos meninos e das meninas, as conseqüências deste
modelo e possíveis mudanças.
Sugestões para reflexão:

Quais as possíveis mudanças desse modelo?
Por que homem não pode chorar?
Resultados esperados:

Reconhecimento da construção social das condutas para homens e mulheres.
Vivência da possibilidade de mudanças do modelo de gênero imposto pela sociedade.
Jogos dos Mitos e da Realidade
Objetivo: Refletir sobre os mitos relacionados à anatomia, fisiologia,
anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Duração: 30 a 45 minutos.

Material: Tiras de papel com frases escritas (ver as frases na Folha de Recursos do Coordenador) e quadro­
negro ou folhas grandes de papel.

Observação:  Leve  em  conta  a  sensibilidade  dos  adolescentes.  Se  o  grupo  rir  da  resposta  de  algum  deles,
lembre que todo mundo acredita num mito.

Desenvolvimento:

1. Diga aos jovens que vocês vão participar de um jogo que os ajudará a
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saber a verdade sobre os mitos relacionados com a sexualidade. Esclareça
que, embora sexo e sexualidade estejam presente em todas as áreas de
nossa sociedade (televisão, livros, revistas e filmes), raramente a
informação correta é fornecida. Explique que os mitos, boatos e
superstições freqüentemente são aceitos como realidade.
2. Divida o grupo em duas equipes e peça que fiquem em lados opostos da
sala. Cada subgrupo deverá escolher um nome para si.
3. Apresente as tiras com as frases viradas para baixo. Peça a um voluntário
de uma das equipes que escolha um dos papéis e leia o que está escrito
em voz alta. Os membros da equipe podem falar entre si durante algum
tempo para determinar se a frase é um mito ou uma realidade. O
voluntário que fez a leitura deve anunciar a decisão final do grupo.
4. Em seguida, diga se a resposta está correta e marque um ponto sob o
nome da equipe num cartaz.
5. Continue com os demais voluntários das equipes, até que todas as frases
tenham sido discutidas.
6. Marque um tempo para a discussão de cada frase. Aproveite esse tempo
para dar informações adicionais, caso necessário.
7. Comente os pontos de discussão.
Sugestões para reflexão:

Pergunte ao grupo se tem perguntas sobre alguns dos mitos.
Diga ao grupo que muitas pessoas acreditam em alguns mitos, e que estes
variam de acordo com época e a cultura.
De onde provêm? Onde adquirimos informações sobre a sexualidade? É
correta a informação que adquirimos? Onde podemos obter informações
corretas?
Atividades opcionais: Peça aos adolescentes que discutam os mitos sexuais com seus pais. Além disso, que
verifiquem os mitos em que seus pais acreditavam quando eram jovens. Marque cinco minutos para discutir
os mitos dos pais na sessão seguinte.

Folha de Recurso do Coordenador
Mito ou realidade?

A seguir, apresentamos algumas frases, com instruções para utilização no jogo de
mitos  e  realidade.  Leia  cuidadosamente  cada  uma  das  frases  para  ver  se  são
adequadas  à  sua  comunidade  e  acrescente  informações  relevantes  sobre  as
políticas e as leis que regulam a saúde reprodutiva dos jovens (quando escrever as
frases, não escreva "Mito" ou "Realidade"):

Mito 1 ­ Quase todos os adolescentes já tiveram relações sexuais ao completar 19
anos.  Pesquisas  indicam  que  muitos  adolescentes  brasileiros  tiveram  relações
sexuais  antes  dos  19  anos,  mas,  por  outro  lado,  uma  grande  percentagem  delos
escolheu não ter relações sexuais durante a adolescência, ou antes do casamento.

Realidade  2  ­  Uma  vez  que  uma  menina  tenha  tido  sua  primeira  menstruação,
poderá  ficar  grávida.  Quando  uma  menina  começa  a  ter  os  períodos  menstruais,
significa que seus órgãos reprodutores começaram a funcionar e que, por isso, pode
ficar grávida. Entretanto, isso não quer dizer que esteja pronta para ter um filho,
nem que seu corpo esteja maduro para tê­lo.

Realidade  3  ­  Antes  de  ter  sua  primeira  menstruação,  a  menina  pode  ficar
grávida.  Como  os  ovários  podem  liberar  um  óvulo  antes  de  seu  primeiro  período
menstrual,  é  possível,  mas  não  freqüente,  que  fique  grávida  antes  da  primeira
menstruação.

Mito  4  ­  Não  é  saudável  para  a  menina  lavar  a  cabeça  ou  nadar  durante  o  seu
período  menstrual.  Não  há  razão  nenhuma  para  que  uma  mulher  restrinja  suas
atividades durante a menstruação. Atividade física diminui cólicas menstruais.

Mito  5  ­  Sem  penetração  e  ejaculação  vaginal  não  há  risco  de  gravidez.  Pode
ocorrer  a  gravidez  sem  penetração,  caso  o  rapaz  ejacule  próximo  a  vagina  (sexo
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nas coxas).

Mito 6  ­  Umo  adolescente  precisa  da  autorização  dos  pais  para  solicitar  métodos
anticoncepcionais  num  serviço  de  planejamento  familiar.  Os  serviços  de
planejamento  familiar  geralmente  asseguram  o  sigilo  de  seus  atendimentos
(Observação ao coordenador: verifique se isso ocorre em sua comunidade).

Realidade  7  ­  os  jovens  podem  ter  doenças  sexualmente  transmissíveis  sem


manifestar  sintomas.  Algumas  doenças  sexualmente  transmissíveis  manifestam
sintomas  facilmente  reconhecíveis,  outras  não.  A  gonorréia,  por  exemplo,
geralmente não apresenta sintomas na mulher. É importante consultar um médico
se há suspeita de infecção, ou contato sexual com pessoa infectada.

Mito  8  ­  Uma  moça  não  pode  engravidar  se  teve  poucas  relações  sexuais.  Uma
mulher  pode  ficar  grávida  sempre  que  mantém  relações  sexuais,  inclusive  na
primeira vez.

Realidade 9  ­  Uma  moça  pode  ficar  grávida  se  tiver  relações  sexuais  durante  a
menstruação.  É  possível  que  uma  moça  fique  grávida  durante  seu  período
menstrual.  Se  os  ciclos  menstruais  são  curtos  e  o  período  menstrual  longo,  a
ovulação pode ocorrer no final da menstruação.

Mito  10  ­  As  pílulas  anticoncepcionais  causam  câncer.  As  pílulas,  na  realidade,
protegem as mulheres contra dois tipos de câncer dos órgãos reprodutores (câncer
endometrial  e  câncer  dos  ovários).  Entretanto,  a  pílula  é  um  dos  métodos
anticoncepcionais  mais  seguros  e  eficazes  e  quaisquer  que  sejam  os  efeitos
colaterais e riscos, estes são menores que as conseqüências da gravidez e do parto.

Mito  11  ­  A  ducha  previne  a  gravidez.  A  ducha  vaginal  não  é  um  método
anticoncepcional e deve ser evitada, pois pode provocar infecções vaginais e após a
relação ajuda a levar o sêmen para dentro do útero.

Mito 12  ­  Uma  vez  que  se  tenha  curado  da  gonorréia,  não  se  volta  a  contraí­la.
Uma  pessoa  pode  adquirir  gonorréia  tantas  vezes  quanto  tenha  relações  sexuais
com um parceiro infectado. Por isso, é importante que qualquer pessoa que tenha
sido tratada de gonorréia (ou de qualquer outra doença sexualmente transmissível)
certifique­se de que seu parceiro sexual também seja tratado.

Realidade 13  ­  As  camisinhas  ou  preservativos  ajudam  a  prevenir  a  propagação


das  doenças  sexualmente  transmissíveis.  As  camisinhas  são  um  método
anticoncepcional  efetivo,  e  também  um  modo  eficaz  de  prevenir  a  propagação  de
muitas doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a aids.

Realidade  14  ­  os  adolescentes  podem  receber  tratamento  para  doenças


sexualmente  transmissíveis  sem  permissão  dos  pais.  Como  no  caso  de
fornecimento de métodos anticonceptivos, as clínicas e os médicos geralmente não
exigem  permissão  dos  pais  para  o  tratamento  de  doenças  sexualmente
transmissíveis. (Observação ao coordenador: verifique as leis ou políticas atuais).

Mito  15  ­  O  álcool  e  a  maconha  são  estimulantes  sexuais.  Têm  exatamente  o


efeito  contrário.  O  álcool  e  a  maconha  podem  aumentar  o  desejo  e  reduzir  as
inibições, mas dificultam o ato sexual por reduzir o fluxo de sangue da área genital.

Mito 16 ­ Uma moça pode saber sempre exatamente qual é o seu período fértil, a
fim  de  evitar  a  gravidez.  Ninguém  pode  estar  absolutamente  segura  de  quando
ovula.  Embora  os  métodos  não  naturais  (Billings,  tabela,  temperatura)  possam
funcionar  com  alguns  casais,  são  muito  seguros,  e  implicam  em  muitas  regras
rígidas sobre quando o casal pode ter relações sexuais. Esses métodos podem ser
de difícil utilização pelos jovens.

Mito 17 ­ Há tratamento para o herpes. Existem drogas para evitar os sintomas do
herpes, mas não há cura para essa doença.

Mito  18  ­  As  meninas,  em  geral,  são  estupradas  por  estranhos.  Uma  grande
percentagem  dos  estupros  registrados  é  realizada  por  homens  conhecidos  das
mulheres (amigos ou parentes).

Realidade  19  ­  O  Câncer  dos  testículos  é  mais  comum  entre  homens  jovens.
Realmente,  o  câncer  dos  testículos  é  a  forma  de  câncer  mais  comum  entre  os
homens  de  15  a  34  anos.  O  diagnóstico  precoce  é  importante  para  a  cura;  um
médico pode treinar os jovens no auto­exame dos testículos.

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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Mito 20 ­ Um homem com o pênis maior é sexualmente mais potente do que um
homem com pênis pequeno. O tamanho do pênis não tem relação alguma com a
potência sexual.

Mito  21  ­  Uma  vez  que  o  homem  esteja  excitado  e  tenha  uma  ereção,  deve
continuar  até  o  fim,  porque  pode  ser  perigoso  interromper  o  processo.  Não  é
perigoso  não  ejacular,  depois  do  homem  ter  tido  uma  ereção.  Às  vezes,  o  rapaz
pode  se  sentir  mal  caso  se  mantenha  excitado  durante  um  longo  período.  Isso
passará se ele conseguir relaxar.

Realidade  23  ­  Uma  moça  pode  ficar  grávida  na  primeira  vez  em  que  mantém
relações sexuais. Uma moça pode ficar grávida na primeira vez ou em qualquer das
vezes  em  que  tenha  relações  sexuais,  a  menos  que  utilize  um  método
anticonceptivo eficaz.

Mito 24 ­ A masturbação pode causar doenças mentais. A masturbação não causa
nenhuma doença física ou mental.

Mito 25  ­  Se  um  jovem  ou  uma  jovem  mantém  qualquer  tipo  de  relação  sexual
com  uma  pessoa  do  mesmo  sexo,  significa  que  é  e  sempre  será  homossexual.
Muitos adolescentes tem experiências homossexuais durante seu desenvolvimento,
mas isso não quer dizer que são homossexuais.

Mito  26  ­  Se  uma  pessoa  tem  um  parceiro  e  se  masturba,  é  sinal  de  que  tem
problemas  com  o  parceiro.  Muitas  pessoas  se  masturbam  de  vez  em  quando,  até
mesmo  as  pessoas  casadas,  e  isso  não  significa  que  existem  problemas  entre  o
casal.

 
A Visita do E.T
Objetivo: Auxiliar os adolescentes em questionamentos relativos à sexualidade.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla, 5 cartolinas, 5 pincéis atômicos, fita crepe e adereços para a cabeça.

Desenvolvimento:

1. O facilitador pede a todos que caminhem pela sala.
2. Avisa que chegaram E.T.s na Terra e querem saber sobre a sexualidade
dos humanos.
3. O facilitador comenta que apareceram 5 jornalistas para conversar com os
E.T.s e coloca crachás com a instrução "Imprensa" em 5 participantes.
4. Em seguida, o facilitador pede que formem 5 grupos de E.T.s, com 1
jornalista em cada grupo, sentados no chão.
5. Esses 5 jornalistas registram as perguntas que os E.T.s fazem sobre
sexualidade dos terráquios.
6. Para cada grupo, é dada 1 cartolina e 1 pincel atômico; o jornalista anota
os itens interessantes perguntados pelos E.T.s e procura respondê­los.
7. A prefeitura também pode ajudar a enviar 5 consultores da cidade para
complementar as dúvidas dos E.T.s (nesse caso, poderão ser envolvidos
outros facilitadores da instituição. Por exemplo: alunos do curso de
graduação em enfermagem).
8. Antes de finalizar, o facilitador pergunta se as expectativas dos E.T.s foram
atendidas e pede aos jornalistas que afixem a matéria da reportagem (as
cartolinas) na parede.
Sugestões para reflexão:

Refletir se é fácil ou não falar sobre sexualidade.
Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras?
Com quem os adolescentes sentem­se mais a vontade para conversar
sobre sexualidade.

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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Resultado  esperado:  Verbalização  de  fantasias  e  assuntos  desprovidos  das  "amarras  sociais",  isto  é,  de
preconceitos, estigmas, estereótipos e crenças.
Conhecendo nosso Corpo II
Objetivo: Conhecer o funcionamento do aparelho reprodutor masculino e
feminino, levantando mitos e tabus sobre o assunto.
Duração: 1 hora.

Desenvolvimento:

1. 1. Manter a mesma divisão dos grupos e sortear as turmas: Ovulação ­
menstruação ­ masturbação ­ poluição noturna.
2. 2. Levantar nas discussões conhecimento prévio em mitos e tabus
existentes.
3. 3. Apresentação para o fechamento da atividade.
4. 4. Esclarecer as dúvidas.
5. 5. Falar sobre os mitos e tabus existentes naquela comunidade
O que recebo? E o que Dou?
Objetivo: Refletir sobre a existência de diferentes relações interpessoais que
demonstre as distintas necessidades de reconhecimento, valorização, inclusão,
afeto, atenção e interesse.
Duração: 30 minutos.

Material: Formulário ­ O que recebo? O que dou?

Desenvolvimento:

1. Distribuir a ficha, para ser respondida individualmente
2. Cada treinando vai preencher os espaços em branco, com o nome de
pessoas do seu relacionamento (pai ­ mãe ­ irmão ­ amigo ­ namorado...)
3. Na coluna perpendicular ao nome, marcar com "X" apenas os lugares onde
são compartilhados aquele carinho com a pessoa indicada na linha de cima.
Sugestões para reflexão:

Fale das facilidades e/ou dificuldades para realizar a atividade.
Que critérios você utiliza na hora de dar e receber carinhos?
Como a escolha destes critérios afeta a sua vida?
Ex:

O que recebo? O que dou? Ponha uma cruz no local correspondente:
Eu recebo de Pai Irmão Tio

Beijos X

Frases carinhosas X X

Brincadeiras de mau gosto X _____________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Eu recebo de_________________________________________________________________

Beijos______________________________________________________________________

Abraços _____________________________________________________________________

Frases carinhosas ____________________________________________________________

Brincad. de mau gosto _________________________________________________________

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Maltrato  _____________________________________________________________________

Consolo ____________________________________________________________________

Compreensão ________________________________________________________________

Aborrecimento _______________________________________________________________

Gritos ______________________________________________________________________

Ajuda ______________________________________________________________________

Conversa ___________________________________________________________________

Atenção ____________________________________________________________________

Gestos de carinho ____________________________________________________________

Carícias ____________________________________________________________________

Conquistas _________________________________________________________________

Pedido de opinião ____________________________________________________________

Informação __________________________________________________________________

 
Ficar é... Namorar é....
Objetivo: Refletir sobre a importância da afetividade e do encontro humano nos
relacionamentos amorosos e identificar as diferenças da maneira de se
relacionar dos meninos e das meninas, e como estas diferenças influenciam em
seus comportamentos amorosos.
Duração: 40 minutos.

Gostaria de que meu namorado, Não gostaria de que meu namorado

ou minha namorada fosse: ou minha namorada fosse:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

Material:  Cartolinas,  revistas  velhas,  tesouras,  cola  branca,  gizão  de  cera  e  hidrocor,  canetas  pilot  e  papel
chamex.

Desenvolvimento:

1.  Dividir  o  grupo  em  2  subgrupos.  Solicitar  que  um  deles  discuta  o  que  é  ficar  e  o  que  é  namorar.  Estes
subgrupos apresentarão os seus trabalhos com diferentes formas de comunicação. O 1º fará uma colagem, o
2º fará uma pequena dramatização.

Sugestões  para  reflexão:  Após  as  apresentações,  o  facilitador  discutirá  com  o  grupo  a  importância  do
relacionamento amoroso na adolescência e em todas as idades, ressaltando os fatores individuais e culturais
que nele influenciam, dando ênfase às relações de gênero, e como esses fatores interagem nas idealizações
pessoais  como  a  crença  de  que  existe  alguém  que  corresponderá  a  todas  as  idealizações  criadas,  na
convivência de duas pessoas e na saúde sexual.
Negociação
Objetivo: A instrumentalização para a negociação do uso de anticoncepcionais
com os parceiros, o reconhecimento e a busca de possíveis soluções frente a
conflitos no relacionamento.
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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Duração: 60 minutos.

Material: Um roteiro para cada grupo.

Desenvolvimento:

1. 1. O facilitador explica a dinâmica e pede aos participantes que se
subdividam em grupos de até 6 pessoas.
2. 2. Após, designará um roteiro que deverá ser encenado pelo grupo. O
grupo montará uma encenação usando quantos personagens achar
necessário.
3. 3. Após o tempo estabelecido para o preparo da encenação, reúne os
grupos e pede a cada um que represente para os demais.
4. 4. Depois que todos os grupos se apresentarem, faz as observações
necessárias acerca do trabalho. Explora, também, as sensações
experimentadas por esta vivência.
5. 5. Fecha o exercício informando­os que antes de se iniciar uma negociação,
é necessário pensar:
Quais são os meus argumentos?
Quais serão os argumentos da outra pessoa e como poderei responder
a eles?
Até onde posso ceder?
Qual a solução melhor para as duas partes?

Roteiros
Grupo I
Jade e Daniel estão tendo relação sexuais há três meses e até agora não usaram
nenhum método contraceptivo. Eles têm medo de ir a uma farmácia ou a um posto
de  saúde  porque  acham  que  todo  mundo  vai  ficar  sABEndo  que  eles  estão
transando.

Todo  mês  ficam  nervosíssimos,  morrendo  de  medo  da  menstruação  de  Jade
atrasar.

Representação

Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.
Sugerir uma solução.
Grupo II

Lena  e  Felipe  estão  transando  há  seis  meses.  O  método  que  estão  usando  é  a
tabelinha, só que, mesmo marcando tudo direitinho na sua agenda e sendo super
regulada, Lena está muito insegura.

Ela acha que Felipe poderia usar a camisinha, já que é fácil de comprar e assim ela
não vai dar bandeira em casa. Acontece que Felipe é terminantemente contra.

Representação

Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.
Sugerir uma solução.
Grupo III

Fernando e Dorothy já namoram há três meses. Um dia, os pais de Dorothy foram
viajar e ela convidou Fernando a ir até lá. Ele disse que ia, mas que ficaria só um
pouco porque no dia seguinte tinha prova de matemática e ele estava indo muito
mal nesta matéria. Quando ele chegou Dorothy disse que eles deveriam aproveitar
a ocasião e ficar transando a tarde toda.

Quando  Fernando  disse  que  não  dava  porque  estava  preocupado  com  a  prova,
Dorothy ficou muito brava dizendo que ele não era homem.
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 25/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Representação

Mostrar a situação e o conflito vivido pelos dois.
Sugerir uma solução.

 
Casos e Casos
Objetivo: Encorajar os adolescentes a buscarem soluções decisivas para as
situações da vida real.
Duração: 40 minutos.

Material:  Sala  ampla  e  confortável  que  permita  a  formação  de  grupos,  folhas  de  papel  sulfite,  folhas  com
situações descritas.

Desenvolvimento:

1. Dividir a turma em grupos de cinco participantes.
2. Entregar para cada grupo uma descrição de uma situação diferente, para
que o grupo discuta e tome uma decisão a respeito.
3. Solicitar o grupo a desenvolver as seguintes atividades:
Apontar as vantagens, desvantagens, alternativas e conseqüências
para cada uma das situações propostas na página seguinte.
Identificar uma única decisão sobre o caso.
EXEMPLOS DE SITUAÇÕES

Situação 1

"Quando conheci meu vizinho, éramos só amigos. Com o passar do tempo acabamos saindo juntos e, hoje,
apesar de já ter se mudado, ele vem todos os dias na minha casa. Como está estudando, não quer se prender
a ninguém. Só quer transar, mas não somos namorados. Será que se eu transar, ele fica comigo?" (Revista
Meu Amor, nº 39)

Situação 2

"Tive uma criação muito repressora. Meus pais não me deixam namorar nem sair com meus amigos. Agora,
estou apaixonada por um garoto que me curte um monte, só que ele usa drogas e eu quero ajudá­lo a sair
dessa."

Situação 3

Alex, 16 anos, namora Marina de 17, há quase um ano. Ela está terminando o 2º grau e está em dúvida se
vai  para  a  Universidade  ou  se  começa  a  trabalhar.  Seus  pais  não  são  ricos  e  às  vezes  até  enfrentam
dificuldades. Há uma semana, Marina lhe contou que acha que está grávida. Agora Alex tem que tomar uma
decisão em sua vida.

Situação 4

"Tenho  15  anos,  estudo  e  estou  gostando  de  um  cara  mais  velho.  Minhas  amigas  dão  a  maior  força  para
ficarmos  juntos.  Ele  também  está  a  fim.  Tenho  medo  de  me  envolver  e  depois  não  dar  certo.  O  que  devo
fazer? " (Revista Querida, Ano VI nº 100)

Sugestões para reflexão:

A decisão tomada pode ter conseqüência graves?
Estar seguro de que essa decisão não prejudicaria alguém.
Dificuldade para tomar a decisão.
Fazer uma comparação com a vida real.
Refletindo sobre a Virgindade
Objetivo: Fornecer uma reflexão crítica que favoreça uma tomada de decisão
consciente.
Duração: 1 hora.

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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Desenvolvimento:

1. Temas _ A 1ª vez _ Sentimentos antes e depois.
2. Virgindade _ vantagens e desvantagens.
3. Material _ papel pardo e canetinha hidrocor.
4. Dividir 4 grupos, sendo que dois grupos discutam o mesmo tema.
Sugestões para reflexão:

Quais os fatores que influenciaram estes sentimentos?
Que motivos a pessoa deve ter para continuar a ser virgem?
Que motivos a pessoa deve ter para não continuar a ser virgem?
Existe diferença na virgindade e 1ª vez do homem e da mulher? Por quê?
Que critérios o homem e a mulher devem adotar na hora de decidir?
Frio na Barriga
Objetivo: Estimular a reflexão sobre os sentimentos que as pessoas têm em
relação a um relacionamento sexual e que dificultam o estabelecimento de
atitudes preventivas.
Duração: 50 minutos.

Material: Sala ampla e sem cadeiras fixas, papel e lápis para todos, quadro­negro ou parede lisa e giz.

Desenvolvimento:

1. O facilitador solicita que formem pequenos grupos, só de meninos e só de
meninas. Solicita que cada pessoa, individualmente, imagine uma cena de
transa.
2. Depois de alguns minutos, pede que cada pessoa:
pense em três palavras que mais tem a ver com a cena pensada;
o que teme que aconteça;
o que não pode acontecer de jeito nenhum.
3. Em seguida, pede que cada participante escreva numa folha de papel, sem
se identificar, as respostas a esses três ítens.
4. Os grupos, masculino e feminino, se reúnem, tabulam as respostas e
apresentam para os demais. Enquanto vão sendo apresentadas as
respostas, o educador divide o quadro­negro em duas partes (feminino e
masculino) e vai escrevendo as respostas no quadro. Quando todas as
respostas forem lidas, compara junto com os participantes os pontos
comuns e os diferentes, apresentados pelos grupos de meninos e de
meninas.
As Cores da Prevenção
Objetivos: Identificar todos os métodos contraceptivos e identificar os de uso
mais indicado e sua eficácia.
Duração: 50 minutos.

Material: Papel pardo, pincéis atômicos de várias cores, fita adesiva e etiquetas circulares coloridas (verde,
amarela, vermelha).

Desenvolvimento:

1. O facilitador colará uma folha de papel pardo na parede.
2. Após, solicitará aos participantes listarem individualmente os métodos
contraceptivos conhecidos.
3. Deverá anotar na coluna dos métodos contraceptivos e localizar, conforme
as seguintes categorias:
Métodos de barreira.
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 27/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Métodos comportamentais.
Métodos hormonais.
Dispositivos intra­uterinos.
Métodos cirúrgicos.
4. O facilitador provocará discussão no grupo, para que os participantes
identifiquem cada método dentro das várias categorias.
5. O facilitador apresentará o kit de anticoncepção com todos os métodos.
6. Colocará os adesivos autocolantes das 3 cores sobre a mesa.
7. Solicitará aos participantes pegarem os adesivos e colocarem em cada
método, considerando que:
verde ­ livre uso para o adolescente;
vermelho ­ não recomendável;
amarelo ­ algumas restrições (atuação, considerando que o método a
ser utilizado deve ser monitorado por um profissional do Serviço de
Saúde).
Sugestões para reflexão:

Quem deve usar método anticoncepcional?
O que é planejamento familiar?
Porque os métodos naturais não são recomendados para os adolescentes?
Com quem o adolescente deve esclarecer­se sobre anticoncepção?
Em uma relação, de quem é a responsabilidade da anticoncepção?
Resultado  esperado:  Reflexão  sobre  o  planejamento  familiar  e  os  diferentes  métodos  anticoncepcionais;
modo das pessoas se relacionarem consigo mesmas e com os outros; discussão dos estereótipos conhecidos
pela comunidade.
Paternidade/Maternidade: Agora ou Depois?
Objetivo: Ajudar os adolescentes a refletirem sobre o impacto que um bebê
teria em suas vidas agora e no futuro.
Duração: 30 a 40 minutos.

Material: Folha de papel, jornais e pincéis.

Desenvolvimento:

1. Introduza a atividade, assinalando sobre as responsabilidades na hora da
decisão de se ter um filho. Anime os participantes a pensarem
cuidadosamente nisso, uma vez que ter a responsabilidade de uma vida
gera contínuos ajustes na vida dos pais.
2. Divida os jovens em grupos e dê a cada um, uma folha de papel com as
informações, pedindo que pensem na forma como um filho afetaria suas
vidas.
3. Faça com que as moças compartilhem suas idéias com os rapazes.
4. Comente os pontos de discussão.
Sugestões para reflexão:

Refletir sobre os vários contextos sócio­culturais e características
individuais que podem ocorrer na gravidez na adolescência.
Salientar que a gravidez também tem mudanças positivas.
Haveria diferenças no efeito que um filho pode ter na vida de uma moça e
na de um rapaz?
Atividades opcionais:  Peça  que  os  adolescentes  entrevistem  seus  próprios  pais,  assim  com  pais  de  filhos
pequenos.  Como  os  filhos  mudam  a  vida  das  pessoas?  Em  seguida,  reúna  o  grupo  para  que  compartilhem
suas conclusões.

Ficha de Trabalho (Escreva nos quadros as mudanças que ocorrerão)
http://www.abennacional.org.br/revista/cap6.3.html 28/32
27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

1. Educação/Carreira 2. Amigos/Vida social
mudanças positivas mudanças negativas mudanças positivas mudanças negativas

1. Finanças/Dinheiro 2. Rotina Diária

mudanças positivas mudanças negativas mudanças positivas mudanças negativas

 
Estudo de Caso
Objetivo: Que os participantes do grupo tenham a oportunidade de discutir e se
posicionar frente a um caso de gravidez na adolescência, bem como de refletir
acerca da importância de se planejar uma transa e de fazer contracepção.
Duração: 50 minutos.

Material para cada grupo: Cópia do estudo de caso "A estória de Camila"; lápis ou canetas; folhas em branco
para as respostas.

Desenvolvimento:

1. O instrutor forma subgrupos de até 8 pessoas e solicita­lhes que escolham
alguém para coordenar.
2. Explica a dinâmica, distribui para cada grupo as três folhas com "A estória
de Camila" e esclarece as funções da coordenação no subgrupo.
3. As funções do coordenador serão: distribuir as partes do estudo de caso,
para que todos leiam e respondam as questões ao final de cada página;
permitir que todos os membros do grupo se posicionem e anotar as
respostas em uma folha em branco. Convém ao instrutor se reunir um
pouco antes com quem coordenará, para tirar dúvidas quanto à dinâmica.
Deixar bem claro que só se passa à parte seguinte da estória depois de
discutidas as questões.
4. Após o tempo determinado, pede que as respostas de cada grupo sejam
apresentadas em plenário pelo coordenador.
5. O instrutor encerra a dinâmica, fazendo comentários sobre a iniciação
sexual da população jovem, a gravidez na adolescência, a importância de
planejar a contracepção e que isso não tira o prazer nem do homem, nem
da mulher.
arte 1

A estória de Camila

Camila  tem  15  anos  e  é  a  filha  mais  velha,  numa  família  de  três  irmãos.  A  sua  mãe  é  secretária  em  uma
grande  empresa  e  trabalha  o  dia  inteiro;  à  noite,  mesmo  quando  está  atarefada,  sempre  encontra  um
tempinho para conversar com os filhos e ver se vai tudo bem com eles. O pai também trabalha o dia todo.

Quando terminou a 8ª série, Camila foi com a família de sua melhor amiga passar as férias em Salvador. Era
a  primeira  vez  que  ela  viajava  sem  a  sua  própria  família  e  por  isso  sua  mãe  lhe  fez  mil  recomendações,
mesmo confiando no bom senso da filha e acreditando que havia lhe dado todo tipo de informação possível
sobre sexualidade.

O sol, a praia, o calor, tudo era maravilhoso e Camila sentia que estava vivendo o melhor período da sua vida.
Teve certeza disso quando conheceu Tiago. Um mineiro de Itajubá, 18 anos, olhos cor de mel.

O  namoro  corria  solto,  gostoso,  até  que  um  dia  Tiago  convidou  Camila  a  ir  na  casa  em  que  ele  estava
hospedado  porque  todo  mundo  tinha  ido  a  Itaparica  e  eles  poderiam  ficar  toda  a  tarde  juntos,  sozinhos  e
tranqüilos.

Camila pensou um pouco e resolveu aceitar. Afinal, estava apaixonada e se sentia preparada para iniciar sua
vida sexual.

Quem teria que pensar na contracepção? Camila ou Tiago?
Como vocês imaginam que seria um papo sobre contracepção entre os
dois?
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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Como eles poderiam se prevenir ?
Parte 2

A estória de Camila

Quando  chegou  na  casa  de  Tiago,  Camila  teve  certeza  que  a  transa  ia  rolar.  O  ambiente  cheirava  a  caju
maduro, Tiago estava super romântico. Foram para um canto da sala e começaram a se beijar e a se abraçar.

Um  dado  momento  Camila  disse  que  era  virgem,  que  não  tomava  pílula  e  que  tinha  medo  de  engravidar.
Tiago acalmou­a dizendo que ninguém engravida na primeira vez que transa, que ele tinha certeza.

Camila,  então,  lhe  disse  que  sua  mãe  sempre  lhe  dizia  que  se  cuidasse  e  que  todo  mundo  deveria  usar
camisinha por causa da aids. Tiago ficou nervoso: "Transar com camisinha é o mesmo que chupar bala com
papel" ­ disse ele. "Além do mais eu não sou homossexual, nem tomo drogas. Não ponho camisinha de jeito
nenhum".

A menina pode engravidar na primeira vez que transa?
O que vocês acharam da atitude de Tiago quando Camila lhe pediu que
usasse camisinha?
O que vocês acham que Camila fez quando Tiago se recusou a usar o
preservativo?
O que vocês acham que ela deveria ter feito?
O que vocês acharam da afirmação de Tiago quanto a não ser homossexual
nem tomar drogas e portanto, não ter aids?
Parte 3

A estória de Camila

Camila acabou topando e eles transaram sem prevenção alguma.

As férias acabaram e Camila voltou para casa. Ficava horas pensando naquela tarde, lembrando detalhe por
detalhe e escrevendo longas cartas para Tiago. Tiago, por sua vez, também ia lhe escrevendo cartas e mais
cartas.

Depois de um mês e meio, Camila percebeu que alguma coisa estava acontecendo, tinha enjôos constantes e
sua menstruação estava atrasada.

Ficou desesperada. "E se eu estiver grávida?", pensou.

A mãe de Camila notou que sua filha estava muito agoniada. Nem parecia aquela Camila que tinha voltado
tão  radiante  e  apaixonada  das  férias.  È  noite,  quando  voltou  do  trabalho,  foi  até  o  quarto  da  menina  e
perguntou­lhe o que estava acontecendo.

Quando  Camila  contou,  sua  mãe  começou  a  chorar  e  a  lhe  dizer  que  ela  tinha  lhe  dito  mil  vezes  que  se
prevenisse e que ela tinha que ter tomado esses cuidados.

No dia seguinte foram ao médico e veio a confirmação. Camila estava realmente grávida.

Como vocês encaram a atitude da mãe de Camila?
Como vocês acham que Camila se sentiu com a notícia?
Quais seriam as opções de Camila?
Qual delas vocês acham mais acertada para este caso? Por que?
Qual vocês acham que será a atitude de Tiago?
E do pai de Camila?
Observações:

Contracepção de emergência ­ até 72 horas ­ dosagem de pílula ­ procurar
médico
Aborto legal: risco de vida da mãe, estupro (tentativas ­ anomalia fetal) ­
Cytoteck
Lembrar prevenção ­ conversa inicial sobre métodos ­ uso da camisinha
Idade ideal ­ conversa antes ­ lembrar que o diálogo significa

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amadurecimento
Resgatar "tragédias"

Parando para pensar sobre a violência.
Objetivo: Identificar situações de violência vividas no cotidiano dos
adolescentes; refletir sobre como evitá­las e proteger­se delas.
Duração: 1 hora.

Material: Sala ampla e confortável, folhas grandes de papel pardo, folhas de papel, canetas coloridas e cola.

Desenvolvimento:

Atividade em pequenos grupos

1. Utilizando as informações sobre o Código Penal Brasileiro, os participantes
devem selecionar situações, retiradas de jornais, revistas ou noticiários,
relacionando­as.
2. A partir deste material, deverão trocar idéias sobre:
O que gera estas situações.
Se é possível prevení­las ou prevenir­se delas.
Se sim, de que forma.
Que outras situações deveriam ser incluídas ao Código Penal.
Sugestões para reflexão:

A violência sexual contra homens e mulheres é diferente?
Quais os recursos existentes na comunidade para o atendimento das
vítimas de violência sexual?
Resultados esperados:

Entendimento sobre a violência sexual.
Aprendizagem para identificação de situações de risco de violência sexual e
de como evitá­la.
Gravidez não Planejada
Objetivo: Relacionar as questões e dúvidas que a mulher adolescente tem, no
momento em que descobre uma gravidez não planejada; refletir sobre a
questão do aborto e a legislação vigente.
Duração: 1 hora e meia.

Material: Sala ampla e confortável.

Desenvolvimento:

1. Uma das participantes apresenta­se voluntariamente para a aplicação da
técnica.
2. O facilitador inicia fornecendo as instruções: "Faz de conta que essa jovem
acabou de saber que está grávida. Vocês pensem sobre isso, e em seguida
cada um dará a esta grávida um motivo para que ela tenha esse filho e um
motivo para que ela não tenha esse filho".
3. Em seguida a "grávida" senta­se no centro da sala e em silêncio aguarda
os motivos dos colegas, enquanto os demais caminham em volta, refletindo
sobre o tema abordado.
4. Cabe ao facilitador fazer o registro de todas as opiniões para depois expô­
las ao grupo, ressaltando as prováveis dúvidas que povoam a imaginação
da mulher nessa situação.

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27/02/2017 Revista Adolescer ­ ABEn Nacional.

Pontos para discussão:

A quem cabe a decisão final sobre ter ou não ter esse filho?
A legislação em vigor, em relação ao aborto e à violência sexual.
Resultado esperado:

Entendimento sobre porque evitar a gestação não desejada.
Aprendizagem sobre a legislação sobre o aborto.

Associação Brasileira de Enfermagem ­ ABEn Nacional 
SGAN 603, Conjunto "B". CEP: 70830­030, Brasília­DF 
E­mail: aben@abennacional.org.br 
Fone: (61) 3226­0653

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