DOCUMENTO N°18
DOCUMENTO N°18
DOCUMENTO N°18
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
INQUÉRITO POLICIAL
SR/DPF/MS
SUPERINTENDÊNCIA REGIOi-iAL NO MATO GROSSO DO SUL
INDICIADOS:
AUTUAÇÃO
Ao(s) vinte dia(s) do mês de maio do ano de dois mil e treze, nesta cidade de
Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em cartório, AUTUO a Portaria, cópia da
requisição e decisão judicial - SIAPRO 08335.013871/2013-46, o Relatório
Circunstanciado- SIAPRO 08335.012226/2013-14, o Memorando~013 e
o Relatório Circunstanciado do DPF MARCOS ANDRÉ ARAUJO D O que
adiante se segue(m), do que, para constar, lavro este termo. Eu, "
FRANCISCO ANTONIO GUIMARÃES FILHO, Escrivão de Polícia ederal o subsc
ETIQUETA JUSTIÇA
ETIQUETA JUSTIÇA
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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTÊNCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
PORTARIA
RESOLVE,
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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA '
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTÊNCIA REGIONAL NO MA TO GROSSO DO SUL
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JUSTIÇA FEDERAL
11 Vara Federal de Campo Grande
URGENTE f'l•o* ___
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Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul
15 MAl 2013
Senhor Superintendente:
Atenciosamente,
RENA~SSO
Juir, Federal Titular
r vara
Ilustríssimo Senhor
Superintendente da Polícia Federal
Rua Fernando Luis Fernandes, no 322
Vila Sobrinho- CEP 79.110-503
Nesta Capital
Rua Daleqado carlos Roberto Bastos d~ OUveira. 128- Campo Grande- MS- CEP 79037102
Telefone 67 · 3201·: 00 - Fax 67- 3263223
}R/DPF/MS
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JUSTIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA
18 Vara Federal de Campo Grande
Seçao Judiciaria de Mato Grosso do Sul
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AUTOS N° 0003407-80.2013.403.6000
AUTORES: ESPÓLIO DE AFRÂNIO PEREIRA MARTINS e outros
RÉUS: FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO- FUNAI e outros
DECISÃO
Trata-se de ação de interdito proibitório, com pedido de liminar,
proposta por Espólio de Afrânio Pereira Martins, e outros cinco autores, contra
a FUNAI e a Associação Indígena Terena da Aldeia Buriti, através da qual
busca-se provimento jurisdicional que preserve a posse dos requerentes e
impeç~ o grupo indígena requerido a levar a efeito esbulho que se diz iminente.
Rua Delegado Carlo5 Roberto Bastos de Ollvalta, { 8- Ánt. R das Carolinas,· Campo Graocle ·MS· CEP 79037901
Telefone 67- 3201100 ·Fax 67 • 3263223
SR/DPF/MS
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JUSTIÇA FEDERAL .DE 18 INSTÂNCIA
1a Vara Federal de Campo Grande
Seçao Judiciária de Mato Grosso do Sul
contraditório e da ampla defesa, eis, que não teria tido acesso aos autos nó prazo
estabelecido para manifestação (fls. 154/176).
Decido.
1
..ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO FEDERAL. INTERDITO
PROIBITORIO. INVASÃO. COMUNIDADE DE DESCENDENTES DE INDIO KAIGANG. Nos termos dos artigos
35 e 36 do Estatuto do lndlo (lei n• 6.0o1n3}, a FUNAI e a Unliio Federal s.llo substitutas processuais dos lndios
e. ao lado da comunidade indlgena, são partes legitima ra figurar no pólo passivo de demanda possessória"
1
(TRF da 4 Região- AC 199871040032950- O. E. .::;2=t\li:T;:.:f2=;:9"'-'.------------
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Rua Delegado Carlos Roberto Bastes de OIIV81re, 128- n. daa Carullnas- Campo Grande· MS· CEP 79037901
Telefone 67. 3201100 • Fax 67-3263223
JUSTIÇ-A FEDERAL DE 18 INSTÂNCIA
18 Vara Federal de Campo Grande
Seçao Judic~ria de Mato Grosso do Sul
desnecessários.
Rua Delegado Cerlas Robe!Jo Bastos de Oliveira, 128· • aaa Carollnas- Campo Grande· MS· CEP 79037901
Telefone 67- 3201100- Fax 67- 3263223
JUSTIÇA FEDERAL DE 1a INSTÂNCIA }~r;Q9.~~~
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1a Vara Federal de Campo Grande
SeçAo Judiciária de Mato Grosso do Sul Ru':J..
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aquele entendimento de manutenção da posse em :favor daqueles que a venham
exercendo há anos.
A respeito:
Rua Delegado Carlos Roberto Baalos de Oliveira, 128 l R das Carolina&· campo Grande - MS • CEP 79037901
Telefona 67.3201100 ·Fax 67 • 3263223
SH/Di1F/MS
Citem-se. Intimem-se.
Ciência ao :MP F.
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Juiz Federal Titular;;---..J
Rua Delegado Carlos Roberto Bastos de Oliveira. 128 • Ant. R das Carollnas ·Campo Grande · MS· CEP 79037901
Telefone 67 • 3201100 ·Fax 87-3263223
SR/DPF/MS
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JUSTIÇA FEDERAL DE 18 INSTÂNCIA
1a Vara Federal de Campo Grande
Seção Judiciária de Mato Grosso do Sul
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AUTOS No 0003407-80.2013.403.6000
AUTORES: ESPÓLIO DE AFRÂNIO PEREIRA MARTINS e outros
RÉUS: FUNDAÇÃO NACIONAL DO lNDIO- FUNAI e outros
DECISÃO
Através de decisão proferida no último dia lO, concedi medida
liminar de interdito proibitório, em relação a todos os imóveis rurais tratados
nestes autos (fls. 255/259).
Esse decisum ainda não foi integralmente cwnprido, uma vez que
apenas a parte autora fora intimada.
Rua Delegado Carlos Roberto Bastos de Oliveira, 1 -Ant. R das Carolinas ·Campo Grande· MS· CEP 79037901
Telefone 67.3201100 ·Fax 67 • 3263223
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JUSTIÇA FEDERAL DE 1 INSTÂNCIA
18 Vara Federal de Campo Grande
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Rua Delegado Carloa Roberto Bastos de Oliveira, 128 • Anl R das Carallnas- Campo Grande- MS- CEP 79037901
Telefone 67- 3201100- Fax 67- 3263223
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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
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SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL EM MATO GROSSO DO SUL
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policiais presentes.
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AUTO DE ARRECADAÇÃO
AUTORIDADE ~
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APRESENTANTE:............ ·!l'·- - -
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TESTEMUNNHA:...... ~!f="::.········
TESTEMUNNHA :....... .j/t.J:rzr.~ . .
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AUTO DE ARRECADAÇÃO
TESTEMUNNHA :........i77
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SRJDPF/MS]
FI: 110
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TERMO DE APREENSÃO
N° 861/2013
I .
Referido material foi arrecadado em 18/05/2013 por ocastão de cumpnmento de ord JUdlclal
..
de reintegração de posse da Fazenda Buriti, expedida pela 13 Vara Federal d ta capital,
IPL N° 0215/2013 tls.1/2
SRIDPF/MS
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FI:
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SERVIÇO PÚBLICO.FEDERAL
MJ- DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MJ -DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO
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MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
MS
parte dos lndios que ocupavam tal fazenda, os quais passaram a se deslo~daf=------~
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MJ - DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
Rub.: r
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
da casa, pois do contrário a invadiriam. Vários indios cobriam seus rostos com
balaclavas ou camisetas. Ouvi um barulho de ar vazando e imaginei que era
um spray, contudo vi que se tratava de um dos pneus da caminhonete de
RICARDO BACHA que foi furado. O barulho feito pela gritaria dos índios e
pelas pancadas de bordunas nos móveis externos e na casa era tão violento
que acredito que o sentimento no interior da casa só podia ser o de pavor. Os
índios se afastaram cerca de três metros da casa-sede e disseram para
retirarmos as pessoas de dentro, pois permitiriam que saíssemos da Fazenda.
Gritei a RICARDO BACHA que "pelo amor de Deus" abrisse a porta e saísse
da casa, pois não tínhamos condição de impedir a entrada dos indios, nem de
garantir a segurança deles. O APF WARLEY e a APF DEBORA conversavam
com os ocupantes da casa através das frestas de uma das portas, a qual já
estava praticamente arrombada, com a fechadura muito torta. RICARDO
BACHA abriu a porta. De dentro da casa saiu a cozinheira com seu filho de
aproximadamente 8 anos de idade. Saiu um casal de parentes de RICARDO
BACHA. Salvo engano, sairam dois vigilantes da empresa GASPEN. Ao lado
do APF WARLEY saiu RICARDO BACHA gritando para os índios que estava
saindo preso pela Policia Federal, embora estivesse caminhando sem qualquer
tipo de coação por parte do APF WARLEY. Por fim saiu a ESPOSA DE
RICARDO BACHA ao lado da APF DÉBORA chorando e reclamando, mas
também caminhava sem qualquer tipo de coação por parte da APF DÉBORA.
Todos entraram nas duas viaturas (o casal de parentes entrou em sua
caminhonete) e fomos em direção à sarda da Fazenda com muitos indios nos
seguindo com gritarias. Na entrada da Fazenda estava um trator que impedia a
entrada da outra equipe que havia chegado, chefiada pelo DPF PAGANELLI. O
trator foi retirado e fomos para um posto de gasolina em Sidrolãndia. Vi o
Oficial de Justiça MARCELO em tal posto, não sabendo como se deslocou
para lá. Cerca de uma hora depois chegou ao local o Superintendente EDGAR
MARCON e o DPF ALCIDIO, os quais prepararam nosso retorno à entrada da
Fazenda Buriti. Em tal local o DPF ALCIDIO pediu a desocupação, não sendo
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RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO
PARCIAL
245/2014
Senhor Delegado.
o material
Em cumprimento a OMP 625/2014, venho através deste relatar sobre
99 dos autos do IPI.
encontrado nas mídias acostadas ús fls. 56, 76, 77, 85 e
215/20 13-SR/DPF/MS, conforme segue abaixo.
lcc. com
OI - Fls. 85 - 01 (um) Pcn drivc cor vcnnelha, da marca DancE
os digitalizados: 2S7
capacidade nominal de 4 GB. No referido material foi encontrado: 20 arquiv
vídeos. sendo que todo
documentos de texto; OI e-mail; 531 imagens; 434 planilhas e I O
material faz relação à fàmília BACHA.
referido
02 - Fls. 99 - OI (um) pcn drivc marca Lcxar, 8 GB, cor Azul. No
texto: I c-mail: 3633
material foi encontrado: 12 arquivos digitalizados; 181documcntos de
à nmlilia BACI IA.
imagens: I 94 planilhas c 39 vídeos. sendo que todo material fltz relação
nott:book
03 - Fls. 76 e 77 - OI (um) disco rígido da marca HITACHL retirado do
zar os arquivos visto
da marca Applc. S/N W8926Z9Q66D. Informo que não toi possível visuali
que o formato gravado é Blu-ray.
04 - Fls. 56 - OI (um) dispositivo gravador de áudio PCM
linear de marca
materia l foi encontrado:
Olympus. modelo LS-1 O. número de st!ric I 00136229. No referido
relevante relacionado ú
üudio ( 'lwtulino. Nlul\'era. TI !Joumclos. histária. MP 3, nada de
indígenas situaJas na
investigação em tela - áudio, possivelmente. fazem referência às áreas
o movim ento Kadiwéu;
região de Dourados/MS; f.:adi\1'(!1/ clespd cd/P3. CIME parabeniza
f.,<..,'JfJOl5-1.1\IP J. nada de relevante relacionado à investigação
em tela: TL•n•nu Uuclonwr
"lowrias, TI Cadweiri11lw, ,\ lüe-lt'l'l'a, 7 r1110s de retomcula. MP3. nada
de relevante relacionado à.,.
ú investigação em tela: I ~
investigação em tela; /}i I 00283. ;\/fl3. nada de relevante relacionado
/.SI OIJ28./. MP 3. nada de relevante relacionado à investigação em
tela: .'SI 0025rd/1'3. nada dcq 1
ú investigação em tela; !SI 0025-. M/' 3, não tem áudio: f.:adill'l!t(f
relevante relacio nado
cii!.\'(JC'jo.,\//'3, não tem áudio: Ti!re11a U11domar laCCirias.
TI ( 'admeí rinlw, t\1/ie-term. ~ a11os rk:
nado à investigação em
retomada. i\11'3. não tem áudio; U·i/ 002 58. AI P3. nada de relevante relacio
em tela: /.S/f}()259 .. \!/'3.
tela: I.S/0025lJ. AfP3, nada de relevante relacionado à investigação
fls . 1 /2
SERVIÇO PÜBLICO FEDERAL
MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROS
SO DO SUL
Atenciosamente.
ct'~lE_O G!-~.'-1~-e~~S, 30 dia(s) do mês de junho de 2014
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R~éÃRD0 JOEI: IY1Acf=I7\'DC>-___. -
ESCRIVÃO DE POLÍ~l~ FEDERAL
ClÁsse Espec ial- Mat~. n. I O. 733
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Senhor Delegado,
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LAUDO: 320/2014- SETEC/SRIDPF/MS , de 06/03/2014
MATERIAL EXAMINADO: 01 (uma) mídia óptica contendo dados extraídos
de 01 (um) Pen drive cor vermelha, da marca DaneEiec, com capacidade
nominal de 4 GB, sem modelo aparente, contendo as inscrições:
ED651 NC97503992, sem país de fabricação aparente. (registro no SisCrim:
Material 1926/2013-SETEC/SRIDPF/MS)
LAUD0:1561/2013-SETEC/SRIDPF/MS, de 22/10/2013.
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MATERIAL EXAMINADO: 01 (uma) midia óptica com o conteúdo extraído do
.. _..,.
gravador de áudio PCM linear de marca Olympus, modelo LS-1 o, número de
série 100136229, usado e em bom estado de conservação. O equipamento
foi recebido com abafador de vento, duas pilhas alcalinas AA, e um cartão
de memória flash, tipo SD, com capacidade nominal de armazenamento de 1
GB.
(INÍCIO DO ÁUDIO)
HNI (fndio terena) - "(...) Foram todo articular com o governo pra ir fazer a
errienda constitucional onde que fere os nossos direitos, tentando repassar pra
Embrapa a questão da demarcação, e que estão a! também tentando é... fazer
com que as demarcações de terra passe para o Congresso Nacional. Então é
uma situação... E o que é que eles tão... não, os indios são bobos, nós vamos
tapear eles, né? Nós vamos É... a/... Segurar eles lá embaixo e aqui em cima nós
vamos trabalhar rápida, né? Então, essas ações, não é uma ação somente, é... ,
dizendo pro governo brasileiro, nós estamos prestando atenção nas suas ações
aí... Nós estamos prestando atenção nas suas negociações é... com os
produtores rurais, e nós vamos continuar lutando, tá?! Então essas pessoas, elas
estão ai representando, né? Ai uma organização também, né? É... que nas apeia
nesse sentido de dar essa estrutura no papel pra nós, tá? Então eu queria deixar
aqui com Rui, né? Que é um grande parceiro ... O Flávio, né? Que são os nossos
parceiros nessa luta ai."
FLÁVIO- "Bom dia! Boa tarde, né? Parabéns! É ... porque a luta que vocês estão
S.R,
rJn ::.-.iL!.
é legitima, é ... Pelo futuro de vocês, futuro das crianças... E. .. É com muita ~)E!g;~
que a gente vem aqui hoje... Demonstrar a nossa solidariedade e o nosso
compromisso com a causa de vocês e com a vida de vocês. E a gente não veio
sozinho. Nós trouxemos vários aliados, né? Que também tem compromisso com
vocês, entidades que tem compromisso com vocês, e que hoje vem aqui pra
manifestar essa solidariedade. Nós vamos se manifestar também em carta, né? A
sociedade sul-mato-grossense, enquanto entidades de direitos humanos, de modo
a apoiar, né? Essa luta de vocês aqui, e pra que de uma vez por toda todo o
território do povo terena de Buritis seja devolvido, e seja feita então uma justiça
histórica à vocês. Então, parabéns pelo movimento... de hoje, né? Dessa noite ...
É... Foram vitoriosos... E com certeza vão continuar sendo, porque vocês sabem
que são os primeiros passos, né? Nessa questão da terra enquanto não houver
de fato a total desintrosão e finalização do processo, é uma luta constante, não é
mesmo? Então vou deixar que as entidades se apresente e fale quem são e
também deem uma palavra pra... pra vocês, tá certo?"
EDSON JOSÉ - "Bom/ Sou Edson José, sou presidente da entidade chamada
ONG Azul, que a qui em Mato Grosso do Sul, ela realiza o programa de proteção
às testemunhas, e aí nós atendendo ao chamado do CIMI, estamos aqui, eu e o
Wilton que fazemos parte da equipe, e tamos apoiando a Juta de vocês pra o que
der e vier (aplausos)."
MARTÍ - "Boa tarde! Parabéns a todas às mulheres indfgenas terenas, aos jovens,
às crianças, à todas as pessoas corajosas do povo terena que fizeram esse ato de
justiça. Esse ato, nós consideramos que... A continuidade da luta histórica de
vocês. A continuidade daquela assembleia, Terceira Assembleia do Povo Terena,
que teve aqui, que eu tive a honra de poder participar pelo menos algumas horas,
1
estar com vocês, partilhar com vocês aqueles dias... Meu nome é Martí , sou da
Comissão Pastoral da Terra, é uma entidade é... que é a nível nacional, é
parceira, é irmã, é uma entidade irmã do Conselho lndigenista Missionário, nossa
luta e a luta da CPT aqui no Mato Grosso do Sul, se bem é mais pela reforma
agrária junto aos pequenos agricultores, junto aos camponeses sem terra, nós
também acompanhamos e estamos ao lado da luta dos povos indlgenas de todo o
Mato Grosso do Sul. Ainda que vocês não estejam sozinhos, que muitas
organizações sociais, movimentos sociais e entidades de direitos humanos estão
com vocês, e nós vamos continuar com vocês, solidários, uma questão
fundamental, num momento como este, é a questão da unidade. É preciso estar
muito unido, estar muito juntos, porque é a unidade que fortalece e é a unidade
que garante a vitória e a conquista definitiva dessa terra que é de vocês, que foi
usurpada pelos latifundiários, que foi usurpada pelos fazendeiros. No Mato Grosso
do Sul tem terras devolutas, terras griladas, terras que estão dentro do latifúndio
improdutivo que tem de cumprir uma função social por um lado, e por outro lado,
essas terras tem que ser devolvidas aos seus legltimos donos que são os povos
indfgenas e os povos quilombo/as, as comunidades quilombo/as, e ser feita
reforma agrária com essas terras, fruto da corrupção, para os camponeses sem
terra. No Mato Grosso do Sul, existem os povos da terra, indfgenas, comunidades
quilombo/as e camponeses. Minha entidade, onde nós estamos, a Comissão
Pastoral da Terra, está num processo junto com os indfgenas, camponeses e
quilombo/as, para tentar fazer; dialogar esses povos para fortalecer uma unidade
e fortalecer a luta pela terra, reforma agrária e pela demarcação das terras
indfgenas e quilombo/as. Parabéns, novamente, muita força, muita unidade, muita
espiritualidade, que vocês tem suficiente, e... estamos junto, e a Comissão
Pastoral da Terra está junto como vocês e, é ... os companheiros sabem, tem os
contatos, nós estamos unidos aqui com CIMI e estamos à disposição de vocês.
Muito obrigado e até a vitória sempre (aplausos)."
·'-"='
coragem, nos dá sabedoria, e é Deus que põe o seu espfrito em nós para termos
essa coragem de retomar aquilo que é nosso, né? Então, o povo indígena, o povo
de Mato Grosso do Sul tá mostrando a sua força, né? E essa força é que vem de
Deus, né? É Deus que está no coração de cada um, e quando a gente se deixa
agir por Deus, nada acontece, né? Porque vocês disseram, quantos tiros,
quantas, né? Ameaças, quantas balas, e nenhuma aconteceu de mal pra
ninguém. Então, que Deus continue abençoando, continuem contando com as
nossas forças , continue com as rezas fortes de vocês, porque Deus está nessa
caminhada . O povo de Deus, né? Em busca da sua terra prometida, né? Está, se
revela... Que Deus fortaleça cada passo, cada pensamento de vocês na Juta por
seus direitos. Então, que Deus abençoe a todos, e contem sempre com as nossas
orações, e aquilo que a gente puder estamos af pra abraçarmos juntos esta causa
(aplausos)."
HNI (índio terena) - "Bom, pessoal/ Eu só queria se pedir pro (ininteligfvel)
pessoal aqui da CIMI, né? Nós vamos conversar aqui um pouquinho, né? Aí que
algum... Jorge levasse isso pra li um pouquinho?
JORGE- "Tá ... não! Eu já vou indo embora ... "
HNI (indio tere na) - "Ocê... (lninteligfvel) Não! Fique só um pouquinho ai, só um
SR/I:ZP
j:J;., .,.,..,. •• ""
--..,..~
Ju,o..:
ANUNCIO MARTI MENDEZ: cidadão paraguaio que está na condição de refugiado politlco no Brasil desde
1
2003.
2
CACIQUE BABAU: cacique 'tupinambá' ROSIVALDO FERREIRA DA SILVA, lldemnça da aldeia Serra do
Padeiro, no sul da Bahia. Jé foi preso várias vezes acusado de diversos crimes. A última prisão se deu por
conta de seu envolvimento no assassinato de um agricultor.
3
NAILTON: NAILTON MUNIZ PATAXÓ, liderança lndlgena patax6 hãhahãe, da região de ltaju Colonia, na
Bahia. É uma das lideranças responsáveis pela onda de Invasões e ocupações de fazendas, registrada nos
últimos tempos na Bahia.
-· ·- - - ·---.- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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Polasslum Nitrate (finely ground)
Sugar
Baklng soda
cannon fuse (2 seconcllinch)
matchbox
sealall!e Mon&ter drlnk can or larga plastlc contalner with Hd
saucepan/heal &aurce
duct tape
centerpunch or screwdrlver
Optlonal:
food colorlng powder (baklng supply or splcepleca.com)
cancentrutad wasabl powder (splcaplace.com)
suUur powder
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And a year or so In humld wealher ID .probably mean
you need to replace lha matcha& and tape, bul lhe --· ..
cannon fusa and lhe 1861 I& sealad and· should ·be okay. . -. ~.
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Optional:
Colored Smoka Granada: Make your m1x &o%
pota~um nitrate, 30% iugar, and 10% powdered
food colortng.
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way fuD (space must be aUowett for foam dissóvfing
and expansiort}
2. Tak~ styrofoa m and break into pieces that fit in the jar, and begin to insert
them mto the gasofine, {Jivíng them time to dissol\·e
completely.
to eat anymore.
3. Feed styrofoa m until the mix ba:omes a very slick gel and absolute ly refus~
4. {This is the part which makes it·higher quality than oth~rs) Alfow the mixture
to sit for 3·5 days, away from water or rain.
visi~!e seperat:ion of water and gel), take a rod or stick and jab a
hole
s. After ~e has set (i.e. hard Jayer on top,thepossible
water that has fónned oh. the bottom, and·now you have a oood·nã palm mixture,
through the hard layer on top. Then drain ali
though you may want to mix it a bit ni.ore to get it loosene d and g<e!led agíilill.
Hapalm Dmproved/Uitra-TbiokJ
Hlfun Variano
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oe.scription: A fun variant, though not.too useful. .g. ;:: .:51.
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Materiais: Same as either Stanqard or Ultra Napalm, ftour. Optiona l: Cinnamon, spicest
a good quantity of flour and optional
Procedure: Same as either Standard or Ultra Napalmr except, while moong, start adding
spíces before. it is too oelled. Nix for a white and add -st\•rofoam or ftour as ne.eded until thick.
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• No' a à imprensa esclarece demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul... Página 1 de 5
Acessibilidade (http://www.mpf.mp.br/accessibilitv-infol
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Página Inicial> Notícias> Nota à imprensa esclarece deFtei~Q. de terras indígenas em Mato Gro$o do Sul
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Procuradoria-Geral da República
Ministério Público Federal entende que não há ilegalidade em mecanismos compensatórios aos
o ~ o _Eleitora! (http:/ /w~wwompf.mpobr/eleito"fal) Un1dades (http:/ /wwwompfompobr/unidades)
propnetanos de t1tulos de boa-fe
Em nota oficial, Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) divulga informações
acerca das negociações sobre demarcação de terras indígenas no estado. Reuniões com os
diversos atores envolvidos na questão vêm sendo realizadas, onde se discute a adoção de um
modelo que, não ferindo as disposições constitucionais, acelere o processo de demarcação e o
retorno das comunidades indígenas a suas terras originárias. O MPF entende que não há
ilegalidade em mecanismos compensatórios aos proprietários de títulos de boa-fé. Confira a nota:
"O Ministério Público Federal (MPF) vem a público esclarecer questões referentes à demarcação de
terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Desde o começo do ano foram realizadas reuniões
setoriais, em Mato Grosso do Sul, com os diversos atores envolvidos na questão. Também houve
três reuniões em Brasnia (DF) com representantes do MPF, Ministério da Justiça, Presidência da
República, Governo do Estado, produtores rurais e lideranças indígenas.
As reuniões em Brasnia foram realizadas nos dias 23 de junho e 1 o e 6 de julho. Outras reuniões
devem ser agendadas. O objetivo é buscar uma solução dialogada para a demarcação de terras
indígenas em Mato Grosso do Sul, que promova o apaziguamento das tensões e a solução das
graves questões humanitárias envolvendo os indígenas do estado, que sofrem com o alto índice de
Para o MPF, é preciso um modelo que, não ferindo as disposições constitucionais, acelere o
processo de demarcação e o retorno das comunidades indígenas a suas terras originárias. O
processo litigioso atrasa a definição do quadro e estende o sofrimento daquelas comunidades. Há
casos em que a disputa judicial já dura 27 anos, mesmo que as terras tenham sido declaradas, pelo
governo federal, como de uso e ocupação tradicional pelos indígenas.
Precedente histórico
O MPF entende que a ocupação do território de Mato Grosso do Sul foi fomentada pelo governo
federal, em conjunto com o governo estadual, no período posterior à Guerra do Paraguai, no século
XIX, com o intuito de ocupar e desenvolver esta frontEira produtiva. Historicamente, então, os
descendentes desses colonos são, em sua maioria, detentores de títulos de boa-fé. A Constituição
não veda mecanismos compensatórios para ocupantes de boa-fé, que foram incentivados pelos
governos federal e estadual.
O MPF solicitou que esse entendimento fosse considerado pelo governo federal, nas dscussões
sobre demarcações de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Não se vislumbra ilegalidade nessa
forma de compensação, que pode ser pelo valor integral da terra, para produtores eventualmente
atingidos pela identificação e posterior demarcação.
Outra confusão conceitual decorre do argumento de que, pelos indígenas não estarem na
ocupação física das terras há muito tempo, isso seria suficiente para se concluir pela sua não
caracterização como terras tradicionalmente ocupadas por índios. Este argumento confunde a
posse civil com a posse indígena amparada pelo artigo no 231 da Constituiçã:l Federal.
Até o momento, não há qualquer definição sobre o modelo que será adotado. O que existe de
concreto são quatro propostas apresentadas pelo Ministério da Justiça.
A segunda proposta parte do pressuposto de que a concessão de títulos pela União na região SJI
do estado foi equivocada. Aos proprietários caberia compensação pelo valor da terra Para tanto,
seria necessário que um parecer da consultoria jurídica do Ministério da Justiça fosse aprovado
pela Advocacia Geral da União e encaminhado ao presidente da República. Se homologado, o
parecer teria efeito vinculante. A contestação aos títulos concedidos pelo Estado de Mato Grosso
do Sul caberia à Procuradoria Geral do Estado.
O terceiro modelo é baseado na experiência do Rio Grande do Sul. Lá, a Constituição Estadual
permite o reassentamento dos proprietários, cujas terras foram dema-cadas, em áreas
equivalentes em outras regiões do estado. Também há a possibilidade de indenização em dinheiro
pela terra nua. Já foram regularizadas 1.600 posses por esse modelo, num total de quarenta mil
hectares.
A quarta possibilidade apresentada pelo Ministério da Justiça seria o envio ao Congresso Nacional
de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), prevendo indenização aos proprietários de
títulos de boa fé. Seria estabelecido um marco temporal para a vaidade da indenização. Ela não
seria aplicável para as áreas já homologadas pelo governo federal.
Estas propostas serão discutidas em reuniões a serem agendadas com os produtores que tenham
áreas em litígio- identificadas, declaradas ou homologadas.
http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/nota-a-imprensa-esclarece-demarcacao-de-terr... 11/10/2016
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powdor oi your &hell. 11 thera ls any of duct tape, securlng lhe
space left over In lhe stteU, fill il as match lusa IISSIImbly to lhe
packed as you can. Thread a~nnon sheO In a canlcal formadon,
fuse lhrough lhe hale In lhe c:an lfd careful to leav& lhe match
and aecurely fasten. lhare should be heada exposed. Thla ls to
around 1,6 to two Inches oi !use stablllza, stranthen, and
allposed. (4-S &eCOnd delay)You can WINIIherprcof 11 to a degiee.
hol glua arcuncl lhe lusa and arcund
lhe lld to saat 11 agalnsl humlcllty.
Fold 8 strlp of lhe mau:flbox wllh lha sllfkeface so lhat 11 resembles an angular U shepe. Placa
dghdy arcund lhe maldi headlluse assembly and tape lt up completely 80 lhal there ls no gapa
wilhln lhe cardboard tab you jus! mede. The tsb ahotild noc fali off when roUed upslda dawn, bul
come oH wlten pulled on. (DO NOT DO THIS) Add a safety aystem by acldlng a rubbet band or
festanlng e alngle plece of eleelrlcal tape over lhe pull·tab to lhe maln aheU.
lhe pull tab fuso ls NOT wealherprool, so keep it dry. 1\nd a yuar ar so In humld weatlter nt probably
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TERMO DE DECLARAÇÕES DE
JOEL AQUINO XIMENES:
AO(s) 28 dia(s) do mês de maio de 2013, ·nesta cidade de Campo Grande/MS, na sede da
Superintendência Regional do DPF no Estado de Mato Grosso do Sul, em cartório, onde se
encontrava o Delegado<a>de Polícia Federal MARCELO ALEXANDRINO DE OLIVEIRA, Mat. n°
16.370, compareceu JOEL AQUINO XIMENES, identidade 2.110.761, SSP/MS, data nasc.
('
' 04/10/1980, telefone: {67) 9805-8503, filho de Aurelio Ximenes e Germnina Aquino,
indígena da etnia Kaiowa, residente na Aldeia Campestre, no município de Antonio
João/MS. lnquíridO(a) a respeito dos fatos, RESPONDEU: "QUE é o cacique da Aldeia
Campestre, e está passando vários problemas em sua aldeia com relação a drogas, álcool, e
bandidos que assolam a vida da comunidade; QUE esse bando de usuários de drogas e de
traficantes está cada vez mais violento, e possui armas de fogo, sendo que a semana passada
invadiram a casa do declarante e o ameaçaram de morte, bem como a famllía do declarante;
QUE esses bandidos também são indígenas, e residem dentro da aldeia; QUE a maioria é de
jovens, porém, efetivamente saíram do controle; QUE o chefe da quadrilha chama-se
ROBERTO RIBEIRO, vulgo "LOPEI"; QUE "LOPEI" mora ao lado da escola MARÇAL DE
SOUZA, e a coordenação pedagógica da referida escola procurou o declarante há duas
(. semanas para se queixar que "LOPEI" estava vendendo entorpecentes ao alunos do colégio,
em sua maioria menores de idade; QUE devido à localidade ser área de fronteira, o acesso a
drogas e armas é muito fácil, bem como a facilidade de fugir para o Paraguai; QUE o
declarante já tentou de tudo, inclusive procurou o Procurador da FUNAI RAFAEL, mas o
mesmo não tomou providências; QUE esse grupo ultimamente se aliou ao CIMI - Conselho
Missionário lndigenista, e agora anda incentivando os moradores da comunidade indígena a
invadir fazendas na área e a ameaçar fazendeiros; QUE a aldeia já se localiza em área
retomada, todavia, tudo está em paz; QUE ultimamente foi até a aldeia um professor, chamado
ANASTÁCIO, ligado ao CIMI, e começou a instigar aos indígenas a realizar manifestações de
"30 anos da morte de MARÇAL"; QUE essas manifestações são em forma de invasão; QUE o
CIMI sempre incentivou invasões na área, porém, o declarante, no momento, como tudo está
em paz, o declarante e as demais lideranç da aldeia são contra a realização de novas
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTENDt:NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
invasões, e entendem que devem se manifestar pacificamente; QUE devido à falta de apoio
das lideranças, membros do CIMI têm se aliado à quadrilha de "LOPEI para incentivar as
invasões; QUE tem um individuo não indigena, de nome CLAUDINEI, vulgo "100%", que tem
um "boteco" próximo da entrada da aldeia, e vende cachaça e outras bebidas alcoolicas para
indigenas, inclusive para menores de idade e mulheres; QUE participam da quadrilha de
"LOPEI": ARCEL SOUZA FERNANDES, vulgo "CHOPIN", CRISTINA RAMOS NUNES, vulgo
"BOM-BOM" e LORETITO, que inclusive apoderou-se do trator que foi dado pelo prefeito para
a comunidade; QUE um dia LORETITO foi para a cidade conduzindo o trator e estando
bêbado, e o trator foi apreendido, sendo que LORETITO ainda está com a grade do referido
trator em sua casa, e não quer devolvê-la; QUE LORETITO mandou fazer vários documentos
brasileiros para ele e outros indigenas que na verdade nasceram no Paraguai; QUE
LORETITO foi cacique da aldeia Campestre, e informava à FUNAI esses dados falsos, e não
sabe dizer se havia ou não participação de servidores da FUNAI nessas falsificações; QUE
esses são os líderes da quadrilha, mas existem outros; QUE pede à esta Polícia Federal que
tome providências urgentes, posto que a situação está insustentável. Nada mais disse e nem
lhe foi perguntado. Foi então advertidO(aJ da obrigatoriedade de comunicação de eventuais
mudanças de endereço em face das prescrições do Art. 224 do CPP. Determinou a autoridade
o encerramento do presente ue, lido e achado conforme, assina com o1a1declarante e comigo,
RAPHAEL COUTINHO GUI A cia Federal, 3 8 Classe, Mat. no 18.179,
que o lavrei.
.,
AUTORIDADE
fls. 2/2
SR/D F
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND!:NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
TERMO DE DECLARAÇÕES DE
DARIO PERALTA:
Aocs)28 dia(s) do mês de maio de 2013, nesta cidade de Campo Grande/MS, na sede
da Superintendência Regional do DPF no Estado de Mato Grosso do Sul, em cartório,
onde se encontrava o Delegadocal de Policia Federal MARCELO ALEXANDRINO DE
OLIVEIRA, Mat. n° 16.370, compareceu DARIO PERALTA, filho de Martins Peralta e
Nilza Lopes, rg. 2.089.396, domiciliado na Aldeia Campestre, telefone 67 9955-8668.
lnquiridoca> a respeito dos fatos, RESPONDEU: QUE é o cacique de MARANGATU (na
verdade uma ocupação da fazenda Fronteira); QUE MARANGATU fica muito próximo
à aldeia Campestre, e seus integrantes freqUentam a aldeia campestre, bem como a
escola que fica no interior da mesma, posto de saúde, etc; QUE no entanto, referida
aldeia está passando vários problemas com relação a drogas, álcool, e bandidos que
assolam a vida da comunidade; QUE esse bando de usuários de drogas e de
traficantes está cada vez mais violento, e possui armas de fogo; QUE esses bandidos
também são indígenas, e residem dentro da aldeia; QUE a maioria é de jovens, porém,
efetivamente sa!ram do controle; QUE o chefe da quadrilha chama-se ROBERTO
,.---..
{ · RIBEIRO, vulgo "LOPEI"; QUE "LOPEI" mora ao lado da escola MARÇAL DE SOUZA,
e já viu que "LOPEI" estava vendendo entorpecentes ao alunos do colégio, em sua
maioria menores de idade; QUE devldo à localidade ser área de fronteira, o acesso a
drogas e armas é muito fácil, bem como a facilidade de fugir para o Paraguai; QUE o
declarante, junto ao cacique JOEL, já tentou de tudo, inclusive procuraram o
Procurador da FUNAI RAFAEL, mas o mesmo não tomou providências, ao menos que
fossem eficientes; QUE esse grupo ultimamente se aliou ao CIMI - Conselho
Missionário lndigenista, e agora anda incentivando os moradores da comunidade
ind!gena a invadir fazendas na área e a ameaçar fazendeiros; QUE a aldeia já se
localiza em área retomada, todavia, tudo está em paz; QUE ultimamente foi até a
aldeia um professor, chamado ANASTA , ligado ao CIMI, e começou a instigar aos
.. fls. 1/2
I@·
SR/DPF/MS;
FI:
Rub:
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
AUTORIDADE :.........
DECLARANTE
ADVOGADO(A)
ESCRIVÃOcAl :........................ ..
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II
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL I
f
(
MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO D,O SUL
I
TERMO DE DEPOIMENTO DE
RICARDO AUGUSTO BACHA:
I
I
Aos 26 dias do mês de maio de 2015, nesta cidade de Campo Grande/MS, na sede
da Superintendência Regional do DPF no Estado de Mato Grosso do S~l. em cartório, ,
onde se encontrava o Delegado de Polfcia Federal MARCELO ALEXANDRINO DE :
OLIVEIRA, Mat. n° 16.370, compareceu RICARDO AUGUSTO ~ACHA, sexo I
masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Agostinho !aacha e Nair j
1
Bacha, nascido aos 23/04/1949, natural de Campo Grande/M S, instrução terceiro
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grau completo, profissão. Pecu~rista, ,documento ~e i~entidade no
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599/SEJUSP/MS, CNt;f 000414.70773 DETRANM~, CPF 051.429.621.~68, residente
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na Rua Pernambuco n° 994, apto 1401, Ed. Manchester, bairro! Centro, CEP iI '
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Conselho Missionário ln~~ge~~ist~ ein u~ artig~·:ue escreveu''é' ~~i publ;icado ·no jorn~l I
CORREIO DO ESTADO, publicado no dia ·11/12/2003; QU~ o CIMI - Conselho !
Missionário lndigenista r traoàlha "por debaixo dos· p'anos", ou seja,i não aparece
publicamente,:· não se mostra, •porem, o . declarante 'tól criad~ 'naq~eias: terras, e :
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conh~ce muit~~' indfg~nas .~' fe~to amizade ~c~:~ 1~ui~.~s. deles:, 'já· te~.d~~ ~-ad~· inclusive :
emprego a. mu1tos· desses mdfgenas, em suas· terras; ·e, fi . u.sabendo atraves desses
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indlgenas, da· influência do OIMI J·- Conselho! Missio á 'O'i "lndigen\sta junto aos .
indigenas; QUE niuitos;:indigenas não querem ir.~vadir ter s; QJE ao q'ue tudo indica, I
IPL N~.0215/2013 . ·.. ·. . ~:' • ' :. :é·~.
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e que o declarante ouviu dizer, o que ocorre é que o CIMI - Conselho Missionãrio 1
lndigenista recruta alguns indfgenas, que coloca como lideranÇas, e ihstiga esses a I
liderarem as invasões; QUE essa pequena minoria se beneficia das invJsões, mas não \
a comunidade indigena como um todo; QUE o CIMl - Conselho ~issionbrio lndigenista \
dispõe de recursos para patrocinar o transporte de indígenas :de aldlias de todo o 1
.• estado para se deslocarem para locais de invasão a fim de reforçar a~ o número de 1
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momento; QUE tem certeza 1qoe sem a Jinfluêricia do CIMI - :consel1ho Missionãrio
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lndigenista, haveria muito mais ch~nce que. as ordens judiciais em relação à sua !
propriedade tiveslsem sido respeitadas pelos indigenas .. Nada:méis dissb e nem lhe foi '
perguntado.. Detennlnoll a autoridade o encerramento do· prese I u~ lido e achado j
conforme, assina com: .o - epoente e : comigo, . . 1:' RAPHAEL I
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COUTINHO GUIMARÃES, E cri ão de Polfcia•Feder , Mat.jno 18.179, que '
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RICARDO BACHA *
a : harmoniosa.:Em.l927.
A história dos conflitos em várias regiões do Estado. seguros, indo habitar as pia- são política de ocupar·o oeste quem· primeiro chegaram
Es- · · dro. era esse.!:·.!·_• · · ; : .......
l\.terras ditas indígenas em Os Terena são originários nuras da Vacaria, no planalto do pafs,.-~~endeQdo títulos de . , "muitas das terras. do hoje
propried'ide a ex-:-eombatentes, ...tado . de.Mato_Grosso .do Sul. .-.Thdo·foi bem até o :anC?
1ato Grosso do Sul é com- do Chaco, e foram expulsos Maracaju ~Campo Grande. ;fora,; é.daro,.
Na região ..de Sidrolândia , : ·:2000,
lexa e mo~!Jiza intensamen- durante o processo de ocupa- - • :rodos os-fatos .históricos . aos colqnizaê:lores, desbrava- a.que foram .os.
~~rr~ ,hoje ·questiona das -
.-', ,de .miséria-
~ as atenções:d a sociedade. ção do Paraguai por colonos indicam .que a ocupação da .dores, -q~~ vi~am de M,~nas :-'.•a,s
_ ..
rdegados .p.elas .sucess~
Rio Grande do Sul, .·,. pela Funai foram requeridas .. dias
:Orno em toda questão polê- espanhóis, ao longo dos sécu- parte baixa da serra se ·deu de Gerais, .: administra ções federais.
por ín- .São Paulo,·etc.· .. ,, ·:: ... · . ao-Govemo ·deMT, entre .l910
lica, o assunto divide as opi- los 17 e 18. Migraram para as maneira simultânea, . não .foi culpa·
bem. antes entretanto,
iões de maneira apaixonada margens do rio Paraguai, e, dios e não-índios. Até porque. .. c·cNo,fina l dp s~_culo.. l9 -~-_e 1920, portanto nenhum proprietário IUial.
· · . .., da criação das aldeias Terena
., com isso, estabelece-se a em determina do momento , Com o trabalho efetivtll
- . -. , ,_ .. ,. _.._ ~· . . :• :: . .-. (Buriti, Água Azul e Córrego
•aráalidade e uma certa pro- atravessaram o rio e se instaia-
ram em vários locais não ''N · ·- d S"d .l .. d" ~ · .._.. .. ... ,:._. do Meio). aciqado das ONGs e _
oensão tendenciosa. ~I (Conselho Inõigenil
Por isSo, vou tentar acres- inundáveis da região panta- . a ..:e~~Q._: t-~ 1 p~ . an l_a, as .- .. - ~::. Proprietário
I ,; s e índios sem'-·,
-terras hoJe .question adas- pela·:: ... .. ... .. , pre viveram em paz na· re-- ·.Missionát iQ.1 as coisas
entar elementos de reflexão neira do hoje Mato Grosso do
•esse debate com objetivo de Sul. Estes índios, portanto, di- Funai foram ~requeridas- ao Governo gião. As áreas requeridas por:. ---m~çai._al!l a m~dar. E p
•rapo~ um amplo esclareci- ferentemente das outras etnias de MT entré 1910 e-1920 . ·' ... colon~ad~~es eram medid~s. . garantir, mudaram para
que existem no Estado, a ri- ' . _ •' _ e vendtdas de acordo com a para ambos os lados. Mas
nento público sobre o tema,
entando inclusive manter gor, não são brasileiros, são portanto ~~m antes da c~açao . _ legislação da época. A lei re- so é uma outra história,
índios originário s do Para- - das aldeias Terena" zava que, no processo de de- já foi amplamente divulP-
•eutralidade nas informações, marcação das terras requeri- pela mídia nos últimos
.pesar de saber que isso é pra- guai.
Durante a guerra com o das, se demarcassem também pos, sobre a qual pret~t:u•
icamente impossível, dado o para os indígenas por-: proximamente d~scorrer,
•onto a que tudo chegou. Paraguai, em função dos com- terminada a guerra .do Para- ( por volta de 1870), já exis- _ áreas
. ventura existentes· na região, intuito de ajudar a clarear
Os fatos que narro aqui bates próximos às localidades guai, interessava ao Goyerno , . tiam registros de nascimento
res em para que todos tivessem ga- ·fatos.
ne foram passados por bis- de Albuquerq ue e Miranda, brasileiro colonizar o territó- de filhos de colonizado
daquela região, o rarttida a sua permanência na
criadores, que conhecem a onde haviam se instalado, rio nacional para não correr fazendas • &-deputtulo estadual,
que mostra não terem sido os terra. Assim, foram criadas as ..
tistória dos Terena, que ho- juntamente com a população riscos de sofrer algum revés convi- suretdrio de fazenda de
e ocupam o centro dos con- não-índia da região, nova- dos Países w .inhos. índios os primeiros a chegar. . aldeias. Havia brancos
.com índios de forma Grosso do Sul e produtDT
litos pela posse da terra em mente procuraram locais mais O governo .tomou a deci- A rigor, foram os não-índios vendo
... - - - --
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
PARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
CIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
TERMO DE DEPOIMENTO
DAYANNA AMARILHA ALBINO
n.l;.l!;ll;.'-•""'""
:::;~:::~::~·-~·:~ :.····~:~~:~~:~;··~::.·~~=~:·::·1=~·~··::::.·~:::!~3
Sidrolãndia, para ,..,,..,,,...,..,,.,,..,.t.. r a COPA!; QUE, nenhum outro membro da COPA!
esclarece que como membro da COPA! nunca teve
uma atuação espe nessa causa, especialmente no que tange à Fazenda
Buriti; QUE, todavia, já estagiou em órgãos com atuação na área indígena,
inclusive com o P da República EMERSON KALIF SIQUEIRA, a depoente
. .
SERVIÇO PUBLICO FEDERAL
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EPARTAMENTO DE POLiCIA FEDERAL
REGIÓNAL NO ESTADO MATO GROSSO DO SU!:ç·-~..,_,F,.uS
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Superintendência Regional/
Gertifico edou fé que apresente cópía !"l".~•·n~r~ ..
~~M OORIGINAL apresentado. 3
Em.J!J~~
SERVIÇO PUBLICO FEDERAL
RTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND CIA REGIONAL NO ESTADO MATO GROSSO DO SUL
Continuação ..................................t....... · ··· ................ .. ......... ··· · · ........... ··· ........ ..................... -~~ \
.· Rub.·
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~.QM ORIGINAL apresentado.
EmJLJ..@fJ2..
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Contõn"oçio............ ....
ARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
CIA REGIONAL NO ESTADO MATO GROSSO DO SUL >V/
.... ... ........................ ..................................................................................... ~~~j
Rub.:_ -::-
EMERSON identifican a depoente para alguém; QUE, a depoente se arrepend
de ter ido à fazenda nas duas ocasiões, pois isso acabou lhe gerando muitos
transtornos; QUE, ta o Dr. ALCIDIO, quanto o Dr. EMERSON e o próprio
depoente, orientou-a a não mais se envolver nessas
questões, até que "''"''""'•"' bem de saúde; QUE, não presenciou nenhuma ação
agressiva por parte dos fndios, pois apenas ingressou
na área quando a o já estava controlada, após a reintegração cumprida;
r 1..
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QUE, seu nome ""'n~rn• da certidão lavrada pelo oficial de justiça, porque a
ndo que havia alguns menores de idade dentro do
"camburão", os quais posteriormente colocados em um ônibus; QUE, quando
a depoente estava embora, presenciou diversos indígenas retornando em
a; QUE, acredita que eles não tenham ido embora e sim
se escondido na mata; acre~~enta que os ãnimos estavam muito exaltados
no dia 18/05/2013, por dos indfgenas, acreditando que o desfecho pudesse
ter sido até pior se a o de reintegração tivesse sido cumprida naquele dia. E
mais não disse e nem foi perguntado. Nada mais havendo é encerrado o
presente que lido e ado conforme, vai assinado pelo Sindicarite e pela
Depoente .
...- ...
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SERVIÇO PUBLICO FEDERAL
AMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SUPERINTEND~ REGIONAL NO ESTADO MATO GROSSO DO SUL
TERMO DE DEPOIMENTO
FLÁVIO VICENTE MACHADO
Aos 5 dias do mês de ju do ano de 2013, nesta cidade de Campo Grande/MS, na sede
da Superintendência do DPF no Estado de Mato Grosso do Sul, onde presente se
encontrava a Sindicante IA SILVA FRANCO, Delegada de Policia Federal, mat.
10.265, ai, compareceu VICENTE MACHADO, sexo masculino, nacionalidade
brasileira, casado, filho Mauro Vicente Machado e de Leticia de Fatima Quirino
Machado, nascido aos 1 /1982, natural de Americana/SP, instrução superior completo,
profissão Educador, ente de identidade no 411420409 SSP/SP, CPF 305.905.358-
89, residente na Av. Geisel, n° 1019, casa 10, Col")domlnio Flor de Liz, bairro Jacy,
Campo Grande/MS, comercial na Av. Afonso Pena, n° 1557, bloco B, apto. 208,
Campo Grande/MS, fone I 3384-5551 I 9981-9534. Compromissado na
forma da lei e inquirido. respeito dos fatos, RESPONDEU: QUE, é Coordenador
Conselheiro do CIMI - lndigenista Missionário, :da regional de Mato Grosso do
Sul, desde 2010; QUE, a do CIMI é apoiar os povos indígenas na luta por seus
direitos, abrangendo as de terra, educação, saúde, cultura, religião e a relação com
a sociedade; QUE, quanto à comunidade indígena da terra indígena Buriti,
o CIMI vem sendo por diversas lideranças e caciques, com o intuito de expor a
situação por qual QUE, o CIMl, nesse contexto, presta uma assessoria à
comunidade no sentido intermediar diálogos com os diversos órgãos públicos
envolvidos e também no entido de dar publicidade, por intermédio da Assessoria de
Comunicação do CIMI, à uestão sob o ponto de vista dos indígenas; QUE, a partir da
decisão judicial de reinteg ção de posse, proferida no dia 15/0512013 {fi. 20), a missão do
CIMI, que já acom a questão mesmo anteriormente, foi a de aprofundar nos
aspectos e instrumentos ais, na tentativa de reverter a ordem de reintegração de posse,
perante o TRF, além de publicidade ao caso; QUE, enquanto entidade, o CIMI não
entrou com nenhuma legal, pois já havia em tramitação um recurso intentado pela
Procuradoria Federal da ; QUE, então a atuação do CIMI era a de dar apoio à
medida já em andamento, com a apresentação de documentos, se necessário,
uma vez que o CIMI acesso a profissionais, como por exemplo antropólogos e
historiadores, os quais po auxiliar nas questões de pisputa de terra; QUE, no dia
16/05/2013, ocasião em foi lavrado o termo de acordo de fi. 20-verso, nenhum
representante do CIMI presente no local; QUE, entre os dias 16 e 18/05/2013 a
imprensa noticiou que se e a no dia 18/05/2013 o prazo para a saída dos indlgenas
da Fazenda Buriti; QJB;,, além disso, o depoente recebeu telefonemas de diversos
indfgenas, cujos nomes ~e recorda, também noticiando a situação e solicitando a
presença do CIMI no local QUE, diante disso, no dia 17/05/2013, o depoente contatou
representantes de instituições {CIMI, Comissão Pastoral da Terra, Centro de
Defesa da Cidadania e Direitos Humanos - CDDH, ONG AZUL, CONDEP - Comitê
Nacional de Defesa dos Indígenas do Mato Grosso:do Sul, Comissão Permanente
de Assuntos lndlgenas da - COPAI), a fim de combinarem de se encontrarem no dia
seguinte de manhã, para até a Fazenda Buriti acompanhar, como observadores
ext:~nos, as negpciações m torno da reintegração de posse; QUE, no dia '18/05/20.1 r 3
.....J~Ilamento de Po~f~la Fedo
:l;v~grb,endêncla f~egion:i I M ·
r.;!;::•:::::.•~ clau fé ql!9 aprc~an~ cépla "
.::ç.~! Ç; \}RiG!NAL apresentado. ~
EmJl..j...Q]JJZ
[j]
SERVIÇO PUBLICO FEDERAL
DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
~NCIA REGIONAL NO ESTADO MATO GROSSO DO SUL
pela manhã, houve o locamento dos representantes das instituições acima citada
dois carros, com s, em
à Fazenda Buriti, totalizando seis pessoas: QUE, como
representante da estava a pessoa de prenome REBECCA; QUE, acredita
tenha chegado na que
Buriti por volta das 9h da manhã, tendo encontrado um grupo
de indígenas já na po que dá acesso à sede da fazenda; QUE, havia um sentim
de apreensão bastante ento
por parte da comunidade, uma vez que estava chegando o
momento da QUE, havia um sentimento de revolta na comunidade,
em vista a quebra de tendo
acordo anterior firmado entre os indlgenas e os fazendeiros:
QUE, nesse momento, a ecisão dos indígenas já era de não deixar a terra, em que pese
acordo firmado com o o ~
de Justiça no dia 16/05/2013; QUE, pelo que o depoente
tomou conhecimento, o firmado pelo Oficial de Justiça foi feito com lideranças que
não representavam toda comunidade indígena da terra Buriti, razão pela qual, acabo
havendo conflitos u
acerca da decisão tomada; QUE, o depoente não presenciou
retirada da famllia a
do interior da fazenda; QUE, questionado como poderia não
visto a saída da família ter
interior da fazenda, uma vez que esta se deu por volta das
da manhã, o depoente 11 h
que, na verdade, então chegaram na fazenda apenas após
esse fato, não se contudo o horário; QUE, recorda-se, contudo, que quand
chegaram ao local, já o
um grupo de indlgenas ná sede da fazenda; QUE, tomou
conhecimento da salda família BACHA do interior da fazenda por intermédio
imprensa; QUE, relem da
melhor, :afirma então que tenha saldo de Campo Grand
apenas depois do horário e
almoço; QVE, quando chegaram, os lndios contaram como
o momento da retirada foi
famma BACHA, sendo que neste momento os ânimos estava
muito exaltados; QUE, m
a comunidade estava muito apreensiva, toda a fafa do
depoente foi em um de solidariedade; QUE, cada um dos representantes
entidades presentes fez das
fala neste sentido, de dar apoio à comunidade na garantia
posse da terra, inclusive da
os meios legais existentes; QUE, também foi dito que
os indígenas podiam com aquelas entidades; QUE, questionado sobre qual das
pessoas ali presentes parabenizado os indígenas pela chegada até a sede da
fazenda, o depoente a que não se recorda de uma fala neste sentido; QUE,
verdade, o que há é um na
( : territórios; QUE. viu
reconhecimento dos direitos dos povos indlgenas sobre
o Dr. EMERSON KALIF, Procurador da República, no local,
seus
todavia não sabe que o mesmo chegou; QUE, após 'instado por um Delegado
Policia Federal, o de
se identifico,u e explicou qual era a função do CIMI, tendo
questionado da razão de sido
ali; QUE,' por volta das 16h30min ocorreu a apreensão, por
parte da Policia Federal, computador e gravador do jornalista do CIMJ, RI,JY MARQUES
DE OLIVEIRA NETO; causou estranheza ao depoente os argumentos apresentados
por ocasião da apreensão material, inclusive o argumento de que o CIMI instigaria os
índios no sentido de ao cumprln~ento da ordem judicial; QUE, o depoente explico
que o CIMI na realidade u
é respeit~r as decisões autôriómas das comunidades ~ as
orienta conforme a QUE, o depoente, RUY e outrqs pessoas se deslocaram
a Superintendência da até
Federal: QJJg,, o depoente' afirma que deu ciência aos
indlgenas no sentido da de cumprimento das ordens judiciais; QUE, há
diálogo do CIMI com a , todavia não há apoio relação institucional ou algum tipo de
4
convênio entre
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, ....!ilftamemo ; QJ.re_, desse dia até a audiência de conciliação mar cada
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~:a;perintendêncta v.eg\!)~ 1Pftf.' .
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SUPERINTEN
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RTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
CIA REGIQNAL NO ESTADO MATO GROSSO DO SUL .
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para o dia 29/05/2013, CIMI atuou mais internamente, uma vez que até mesmo a
comunidade teve diminu seu estado de tensão; QUE, não havia representante do CIMI
na audiência do dia 13; QUE, no dia 30/05/2013, por volta das 7h30min, o
depoente recebeu o de uma das lideranças indígenas, cujo não se recorda,
contando que havia m policiais no local e que estava havendo confronto; QUE, mais
tarde, em outra ligação, índios teriam dito inclusive que um lndio teria sido baleado;
QUE, em outro , foi dito que OZIEL havia falecido e que no momento havia uma
trégua; QUE, em outro nema, um índio disse ao depoente que haviam colocado fogo
na sede da fazenda, em da morte de OZIEL; QUE, não sabe dizer quais indígenas
ligaram contando cada , uma vez que foram vários telefonemas; QUE, a notícia que
chegou ao depoente, indígenas, foi de que a policia teria chegado ·à · fazenda já
c .. atirando, sem falar nada; o depoente chegou em Sidrolândla por volta das 16h, não
sabendo ao certo, tendo o direto para o hospital ver os feridos e tentar descobrir onde
estariam os indígenas · Q.JJ.E., .viu que os indlgenas estavam sendo levados .para
Campo Grande/MS, pela qual permaneceu pouco.em Sidrolândia, tendo retornado
para Campo Grande a de dar as'sistência aos presos; QUE, não chegou a ir até a
fazenda Buriti; QUE, foi até a Aldeia Buriti para conversar com os índios sobre o
que havia acontecido. E is não disse e nem lhe foi perguntado. Nada mais havendo é
encerrado o presente lido e achado conforme, vai assinado pelo Sindicante, pelo
Depoente e seu LUIZ HENRIQUE ELOY AMADO, OAB/MS N° 15440, endereço
profissional Av. Afonso na, n° 1557, bloco B, apto. 208, Campo Grande/MS, telefones
67-3384-5551/9616-8645
3
·-·..,...
'
.
1
I~ DOS FATOS
Este grupo foi retirado da estrada de terra que liga a porteira, seguindo
alguns indígenas pela mesma estrada no sentido Sidrolândia-Dois Irmãos do Buriti e outr.o
ingressou na fazenda seguindo em direção à área da sede.
"os indfgenas adentraram na mata e o depoente passou a ouvir estampidos de tiros; QUE
chegou a disparar alguns tiros com muníçlJo de elast6mero em direçlJo a mata; QUE os
estampidos de tiros eram totalmente diferentes dos estouros provocados por fogos de
artiflcio, pois era um barulho mais seco; QUE ouviu várias vezes zunidos de tiros passando
próximo a sua cabeça; QUE para evitar um confronto armado com os lndfgenas, o DPF
Paganeffi deu ordem para a equipe recuar; QUE enquanto recuavam, os indfgenas tomavam
o terreno antes ocupado pela PF e a equipe continuava sendo alvo de disparos de arma de
fogo, pois continuava a ouvir o zunido dos tiros; QUE percebeu que alguns índios
adentraram ao capão enquanto a equipe recuava; QUE a equipe da PF recuou até a lateral
do pelotão da CJGCOE, tendo o capão Jogo a sua frente; QUE era muito grande o número
de tiros disparados contra os policiais, acreditando que a maioria vinha de dentro de capao;
QUE percebeu quando o APF SENNA acusou ter tomado um tiro no peito, pois levou sua
mtlo até a altura do coraçlJo para verificar se havia sangramenton.
no vfdeo "Três /ndios" ao tempo 00:18 min é possfvel visualizar HANAITI esc:om1en,dc:A:!Um
revólver nas costas; QUE no vfdeo "/ndio de blusa cor de rosa.mpg" é posslvel visualizar
HANAITI tirando a camiseta cor de rosa e vestindo-a na cabeça: QUE depois de se abaixar,
ele se levanta portando um revólver na mfio direita encoberta pela jaqueta; QUE no vldeo
"/ndio atirando.mpg" ao tempo de 01:19 min aparece o mesmo indfgena que efetuou o
primeiro disparo de trabuco e que vestia jaqueta preta e shorts, agora fazendo uso de
abafador, disparando novamente o 'Yrabuco" contra os policiais federais
( ...)
no vfdo "/ndios com arma de fogo artesanal.mpg" ao tempo de 00:06 min é possfvel
visualizar o indfgena que vestia jaqueta azul e boné vermelho apontando um trabuco em
direção ao pelotão; QUE no vfdeo "PF revidando agressfio.mpg" é posslvel visualizar que a
PF já havia avançado dispersando os indfgenas em direçBo a cerca da fazenda; QUE até
esse momento o pelotão já havia sido afvo de disparos de arma de fogo pelos indlgenas
vindo de um corredor de mata que ficava a esquerda do pelotllo, ponto onde HANAITI foi
filmado, e tamMm da grande mata localizada na ceroa da fazenda, bem a frente; QUE no
vldeo "fndios atacando PF e PF recuando.mpg" demonstra o inicio do recuo da PF e do
avanço indfgena; QUE o depoente, no Inicio do recuo da PF, ouviu estampidos secos tlpicos
de disparos de calibre .22; QUE durante o avanço o depoente nfio conseguiu visualizar
nenhum lndio portando arma de fogo, acreditando que os fndios responsáveis pelos
disparos contra os policiais estivessem abrigados na grande mata localizada ao fundo; QUE
no vldeo "PF Atirando", como o depoente estava localizado na lateral esquerda do pelotilo e
teve que se deslocar para a lateral direita e ligar a filmadora, acabou filmando um terço dos
( disparos efetuados tanto pelos fndios quanto pelos policiais federais; QUE neste vfdeo
aparece um policial federa/levando um tiro;
...
( )
o CB MARTINS, escudeiro, foi atingido em seu colete baflstico antes do policial federal; QUE
MARTINS reclamou que havia sentido um disparo
( ...)
no vldeo "escudo alvejado.mpg" é posslvel visualizar duas marcas de tiros no escudo
ballstico do 3° Pelotão, não sabendo Informar qual escudeiro o portava; QUE no vldeo "{ndio
apontando arma.mpg" aparece um indfgena vestindo camiseta amarela do Banco do Brasil e
boné azul apontando uma pistola em direção ao pelotão".
Alguns índios que fizeram uso de arma de fogo foram identificados pelos
policiais federais e militares nas diversas filmagens realizadas pela CIGCOE, pela Policia
Federal e pelos próprios indfgenas. Agora a equipe de investigação trabalha com o intuito
de qualificá-los, tendo até o momento logrado êxito de identificar os indfgenas HANAITI·
GUERREIRO e LAUCIR MARQUES PEREIRA.
Respeitosamente,
~~~-
MARIO PAULO MACHÀlXrLEMES BOTIANOMOTO
Delegado de Policia Federal ~~:~
1a Classe - Matr. n° 14.842 ~\\ta~~
Chefe da DELEMAPH/SR/DPF/MS~(.~~~\~~e~~~ ·•·"
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DESPACHO DE INDICIAMENTO
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IPL N° 0215/2013
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MJ -DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTENDêNCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
Nas fls. 24-27 consta outro relatório circunstanciado, desta vez elaborado
pelo Delegado de Policia Federal Marcos André Araújo Damato, o qual coordenou a
equipe da Polícia Federal que esteve guardando o local (sede da fazenda) nos dias 17
e 18/05/2013. Narrou a violência e o verdadeiro terror instaurado pelos indígenas no
IPLN°0215/2013
.
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interior da Fazenda Buriti, onde inclusive ameaçaram colocar fogo na sede da fazenda
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Rub:
Note-se que dita reunião contou com a presença de dois indígenas "Hderes"
de comunidades de outros Estados ("CACIQUE BABAU" e "NAILTON MUNIZ
PATAXÓ), conhecidos pelo ativismo em invasões de fazendas na Bahia, inclusive o
primeiro já foi preso e acusado de diversos crimes, um deles o assassinato de um
agricultor (fi. 122). Isso demonstra que o CIMI financia a visita desses mártires para
.- incentivar a agressividade e o exercício arbitrário das próprias razões das
comunidades, inclusive encorajando os ind!genas a se submeterem aos riscos da
violência.
J
0254/2013-4-SR/DPF/MS (ora juntado). Nessa mesma ação policial de reintegração,
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SUPERINTEND~NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
8. Defiro o pedido de vista dos autos das fls. 146-147 e 151. Ao cartório
para digitalizar os autos e fornecer cópia ao requerente, inclusive dos arquivos
constantes das mfdias anexadas aos laudos.
DANbQ~ LEMOS
Delegado de Polfcia Federal
Classe Especial, Matr. n°. 11.080
DATA
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Rub:
DA~~ LEMOS
Delegado de Polrcia Federal
Classe Especial, Matr. nD.11.080
DATA
dos recursos do PROVITA no Mato Grosso do Sul; QUE como presidente dessa
instituição de defesa dos direitos humanos, e, gostaria de ressaltar que sempre foi um
defensor dos direitos humanos, mesmo antes de presidir a ONG AZUL; QUE como
defensor dos direitos humanos, tem contato com outras entidades civis que tratam de
questões humanitárias, inclusive em relação a indígenas; QUE na época dos fatos
investigados neste inquérito policial, foi convidado por membros de movimentos
sociais, como CIMI, OAB, dentre outros, a comparecer ao local da retomada (Terra
Indígena Buriti), e foi apenas para prestar solidariedade aos indígenas; QUE não sabia
de maiores detalhes sobre os fatos que haviam ocorrido anteriormente ao dia
18/05/2015, quando foi até o referido local e falou as palavras que encontram-se
transcritas em fls. 119; QUE como pode se depreender de sua fala, em nenhum
momento está incentivando quem quer que seja a cometer crime, nem tampouco a
deixar de cumprir ordem judicial; QUE inclusive falou apenas duas ou três frases,
dizendo apenas que "apoiava a luta dos indlgenas para o que desse e viesse"; QUE de
fato, apoia a causa indígena, nos seus direitos de justiça, porém não apeia o
descumprimento de ordens judiciais; QUE nesse dia, ao menos na hora que chegou no
local Oá na parte da tarde) achou o clima tranquilo e pacífico; QUE devido a todo o
exposto, não acha justo o seu indiciamento, e requer à Autoridade Policial que
recor:tsidere, já que sua fala não configura incitação à prática de nenhum crime; QUE
gostaria de deixar claro que não pertence e nunca pertenceu ao CIMI e não estava
envolvido no processo de retomada de terras que estava ocorrendo por parte dos
indígenas, sendo que foi até o local para prestar solidariedade aos indígenas, e, foi a
convite de diversas instituições que trabalham com questões sociais; QUE conhece
ANUNCIO MARTI apenas de movimentos sociais, e sabe de sua condição de
refugiado político; QUE conhece RUY SPOSATI de movimentos sociais, e apenas
superficialmente, não possuindo amizade com o mesmo; QUE não poderia nem
imaginar o que havia gravado no notebook de RUY SPOSATI; QUE, nunca foi preso<a>
ou processadO(a) anteriormente. Nada mais disse nem lhe foi perguntado. Foi então
advertidoca> da ob de comunicação de eventuais mudanças de endereço,
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em face das prescrições dos artigos 366 e 367 do CPP. Nada mais havendo,
determinou a autoridade o encerramento do presente que, lido e achado conforme,
assina com o interrogado, as testemunhas de leitura e comigo MILENA FERREIRA
LIMA, Escrivã de Polfcia F ral, 18 Classe- Mat. .42 , que o lavrei.
AUTORIDADE
ESCRIVÂO<Al
IPLN'021&2013 • ~--: ~ Ir
SRIDPF/MS
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Rub:
conteúdo dos autos a partir de fls. 167; QUE faz parte da Coordenação Regional do
CIMI- Conselho lndigenista Missionário no Estado de Mato Grosso do Sul desde o ano
de 201 O; QUE recorda-se que esteve na 38 Grande Assembléia do Povo terena, que
ocorreu entre os dias 08 e 11/05/2013, ocorrida na Terra lndfgena Buriti; QUE não se
recorda exatamente em quais dias do evento esteve presente; QUE não se recorda se
EDSON JOSÉ DE MORAES, ANUNCIO MARTf MENDEZ, REBECA AZAMBUJA
UJACOW e JOANA ORTIZ estavam presentes no evento, porém, RUY MARQUES DE
OLIVEIRA estava presente; QUE a participação do CIMI nesse tipo de evento é de
divulgação, e apoio; QUE o CIMI às vezes colabçra com questões emergenciais,
porém, na maior parte das vezes não financia esses eventos, que normalmente são
financiados com recursos de órgãos como FUNAI, ou pelos próprios indígenas que se
articulam; QUE o CIMI não recebe recursos públicos de nenhuma espécie; QUE o
objetivo do CIMI na questão indígena passa por várias vertentes: evangelização,
caridade, formação política, dentre outras; QUE o CIMI não orienta os indígenas a
deixarem de cumprir a lei, e não os incentiva a descumprirem ordens judiciais; QUE
apesar disso, reconhece que quando discursou para os indígenas (fls. 119), ao dar os
parabéns aos mesmos, foi com o intuito de demonstrar solidariedade e pois estava
envolvido com a questão humana da comunidade; QUE em relação a ANUNCIO
MARTI, o mesmo já foi jornalista do CIMI, mas, no dia das gravações de áudio,
ANUNCIO não estava no local como representante do CIMI, e sim da CPT- Comissão
Pastoral da Terra, bem como haviam outros membros de outras entidades no local;
QUE em relação a RUY SPOSATI, o mesmo era jornalista do CIMI na época dos fatos;
QUE em relação ao conteúdo que havia gravado no notebook de RUY SPOSATI, tem
a dizer que não tinha conhecimento desse tipo de material, haja vista que o notebook
era de uso pessoal de RUY; QUE além disso, RUY SPOSATI não era MEMBRO do
CIMI, era apenas contratado como jornalista; QUE os Membros do CIMI são
missionários, podendo ser leigos, freiras, padres ou bispos, referendados em
cerimônia religiosa; QUE deixa claro que o discurso que fez aos indígenas (fls. 119)
deu-se no dia 18/05/2013, após a retirada do fazendeiro da sede da faze da, que saiu
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MJ- DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
SUPERINTEND!:NCIA REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
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AUTORIDADE
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INTERROGADO(A> .....
ADVOGADO(A)
18 TESTEMUNHA
28 TESTEMUNHA
ESCRIVÁO<Al
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FI: L
Rub:
Cientificada das imputações que lhe são feitas e de seus direitos constitucionais, inclusive o de
permanecer calada, interrogada, RESPONDEU: QUE é servidora da FUNAI desde 2010, tendo
entrado no órgão através de concurso público para o cargo de lndigenista Especializado; QUE
antes de entrar na FUNAI, já era envolvida na questão indfgena, devido a ter realizado estágio
em instituições públicas, como a AGU - Advocacia Geral da União, que tinha setor onde se
tratava da questão indfgena, onde a interroganda ficou lotada; QUE se não se engana, no
início de 2012, foi convidada a fazer parte COPAI - Comissão Permanente de Assuntos
Indígenas da OAB; QUE porém, não cheg erviços pela COPA!, e n~o viu
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esta comissão da OAB verdadeiramente atuante na questão Indígena, sendo que atuam mais
em estudos, e menos em ações efetivas; QUE apesar disso, no dia 18/05/2013, estava
11
licenciada da FUNAI devido a estar com depressão, porém, recebeu via 'WhatsApp uma
mensagem da Ora. SÂMIA BARBIERI, Presidente da COPAI, solicitando que algum dos
membros da comissão que tivesse disponibilidade se encontrasse com membros do CIMI -
Conselho Missionário lndigenista, na própria sede do CIMI, em frente à lanchonete GUGU
LANCHES, esquina da Avenida Afonso Pena, para ir até a Fazenda Buriti junto aos membros
do CIMI, pois estaria na iminência de ocorrer uma reintegração de posse; QUE a interroganda
se disponibilizou a ir, e encontrou com -os membros do CIMI no local anteriormente
mencionado; QUE foi para a Fazenda Buriti no carro dos membros do CIMI, e nesse carro
estavam FLÁVIO VICENTE MACHADO, RUY SPOSATI e mais duas freiras que não se
recorda o nome; QUE chegaram na Fazenda Buriti aproximadamente ao meio-dia, e os
ind!genas estavam em torno da sede da referida fazenda; QUE não conhecia os indlgenas
daquela região, posto que na FUNAI só havia trabalhado junto aos indlgenas guarani da região
sul do estado; QUE notou que FLAVIO e RUY já conheciam os indigenas da região, pois os
cumprimentaram; QUE então, notou que já haviam outras pessoas ligadas a movimentos de
direitos humanos e outras Instituições no local, como o representante da ONG AZUL; QUE os
membros do CIMI conheciam essas pessoas, mas a declarante não as conhecia, e não sabe
citar seus nomes; QUE então começaram os discursos para os indlgenas que estavam em
volta da sede da fazenda; QUE os lndfgenas haviam resistido o ordem de reintegração de
posse da fazenda dada pela Justiça, e estavam preocupados, querendo saber quais seriam os
próximos passos; QUE então começaram os discursos: primeiro FLÁVIO, depois outros que
não se recorda, e, se recorda que também realizou discurso para os indfgenas nessa data;
QUE não se recorda exatamente do que disse no discurso; QUE confirma que as palavras
constantes da degravação que nesse momento lhe é apresentada, e está em fls. 120, foram
realmente proferidas pela interroganda; QUE não conhece e nunca tinha visto MARTI antes;
QUE também nunca tinha visto FLÁVIO e nem RUY, ambos do CIMI, e foi o primeiro e último
contato que teve com os mesmos; QUE realmente os discursos eram no sentido de
parabenizar os indfgenas por sua resistência, e apoiá-los em sua luta; QUE nesse mesmo dia,
mais tarde, e após os discursos, houve nova tentativa de negociação para que os indígenas se
retirassem voluntariamente e sem violência da fazenda, realizada pela Policia Federal, se não
nesse momento que foi apreendido o notebook e o gravador de RUY SPOSATI, pois a
interroganda assistiu essa apreensão; QUE não participa e nunca participou do CIMI -
Conselho Missionário lndigenista, inclusive, como servidora da FUNAI teve conhecimento de
vários comentários negativos acerca do CIMI, como por exemplo que os mesmos patrocinam
invasões, e financiam a produção de retomadas, fomentando invasões, e talvez até
provocando o enfrentamento de indigenas com autoridades, o que a interroganda é
completamente contra: QUE o CIMI tem dinheiro para isso, tanto é que consegue transporte
para os indígenas de todas as partes do estado de Mato Grosso do Sul irem participar de
retomadas, que às vezes acabam sendo desastrosas; QUE além disso, não concorda com o
fato do CIMI agir sempre "nas sombras", ou seja, deixando seus membros no anonimato. Nada
mais disse nem lhe foi perguntado. Foi então advertida da obrigatoriedade de comunicação de
eventuais mudanças de endereço, em face das prescrições dos artigos 366 e 367 do CPP.
havendo, determinou a autoridade o encerramento do presente que, lido e achado
sina com a interrogada, as testemunhas ao final declaradas e comigo
---~t~9H--- RAPHAEL COUTINHO GUIMARÃES, Escrivão de Polícia Federal, 2
1
Classe
AUTORIDADE
t
'·-
11 TESTEMUNHA
28 TESTEMUNHA
~
SR/DPF/MS
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AUTORIDADE
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28 TESTEMUNHA
ESCRIVÂO(Ã)
mais disse nem lhe foi perguntado. Foi então advertidO(a) da obrigatoriedade de
comunicação de eventuais mudanças de endereço, em face das prescrições dos
artigos 366 e 367 do CPP. Nada mais havendo, determinou a autoridade o
encerramento do presente que, lido e achado conforme, assina com O(a) interrogadO(a)
na presença de seu(sua, s) advogado(a, s) MARIO MORANDI, inscrito na OAB/MS sob
n" 6365, com escritório na Rua da Ilha, n° 855, bairro Coophavila 11, Campo
Grande/MS, comercial(67) 33738043, celular(67) 92412179, as testemunhas de leitura
e e comigo MILENA FERREIRA LIMA, Esc( -O(a)de Polícia Federal, 1a Classe- Mat.
n° 16.427, que o lavrei.
'
AUTORIDADE
ADVOGADO(A)
1a TESTEMUNHA
:.~rgadl) Vasconcelos
2a TESTEMUNHA Eslagiãria
~tricuta: 9900254
ESCRIVÃO(Ãl
RELATÓRIO
Este inquérito policial foi instaurado por portaria em 20/05/2013 (fls. 02/03)
com o escopo de apurar possfvel prática dos crimes de incitação ao crime (art. 286 do
Código Penal) e de desobediência (art. 330 do Código Penal).
Nas fls. 24-27 consta outro relatório circunstanciado, desta vez elaborado
pelo Delegado de Polícia Federal Marcos André Araújo Damato, o qual coordenou a
equipe da PoHcia Federal que esteve guardando o local (sede da fazenda) nos dias 17
e 18/05/2013. Narrou a violência e o verdadeiro terror instaurado pelos indfgenas no
interior da Fazenda Buriti, onde inclusive ameaçaram colocar fogo na sede da fazenda
enquanto os proprietários, funcionários e um menor de aproximadamente oito anos de
idade ainda estavam.
Note-se que dita reunião contou com a presença de dois indígenas "lideres"
de comunidades de outros Estados ("CACIQUE BABAU' e "NAILTON MUNIZ
PATAXÓ), conhecidos pelo ativismo em invasões de fazendas na Bahia, inclusive o
primeiro já foi preso e acusado de diversos crimes, um deles o assassinato de um
agricultor (fi. 122). Isso demonstra que o CIMI financia a visita desses mártires para
IPL N° 0215/2013
J fls.4/7
SRIDJí1S
FI:
Rub:
IPL N' :,:' todo o exposto, há robustas evidências de que RUY JQUE:. ~~
021512
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DA~~~
Delegado de Polícia Federal
LEMOS
Classe Especial- Matr. 11 ,080