QD121 MARs C 2008 TM 01 P
QD121 MARs C 2008 TM 01 P
QD121 MARs C 2008 TM 01 P
A
^°_ Susana Daniela da Silva Martins
t &o s
PORTO
t FACULDADE DE CIÊNCIAS
UNIVERSIDADE DO PORTO
Departamento de Química
QD121
Porto, Fevereiro 2008
MARs C
2008
=o
SOI
= 0)
Susana Daniela da Silva Martins
PORTO! » "
P
■art.
- CFA ULDADE DE CIÊNCIAS L
Departamento de Química
Ao meu irmão
Agradecimentos
Ao Professor Doutor Victor Freitas, meu co-orientador, pelo apoio dado na fase de
arranque do trabalho e pela disponibilidade sempre demonstrada.
Aos meus amigos (Ana Isabel, Ana Luísa, Ana Margarida, Andreia, Cátia, Cláudia,
Débora, Fred, Gabriela, Isabel, Luís, João, Pedro, Rui, Sónia...) por serem quem são e por
todos os momentos que vivemos juntos.
A todos os meus familiares, principalmente à minha mãe, ao meu pai e ao meu irmão
por terem permitido que eu chegasse até aqui, pelo incentivo e por serem o meu suporte.
vii
extracção por solvente, evitando-se a produção de resíduos. A fibra de SPME continha um
revestimento de polidimetilsiloxano (PDMS).
Uma comparação de declives das rectas obtidas por calibração externa e por adição
de padrão (usando SPME) mostrou que se estava na presença de efeito de matriz, o que
implicou que a quantificação dos diferentes compostos fosse realizada pelo método de
adição de padrão.
O estudo incidiu sobre cigarros comerciais, com filtro, de uma marca americana,
muito difundida na Europa, que será aqui designada por marca A e em cigarros de
referência, produzidos na Universidade de Kentucky (Kentucky Tobacco Research &
Development Center), designados na origem por 2R4F.
Os níveis de concentração dos compostos estudados obedeceram à seguinte ordem:
m/p-xileno < tolueno < benzeno < 2-butanona < acetona, quer nos cigarros de referência
2R4F quer nos de marca A. Nos cigarros de marca A os níveis (e respectivos desvios padrão)
foram, em ug/cigarro, de 155 ± 36 para acetona, 4 7 + 1 9 para 2-butanona, 44 + 8 para
benzeno, 26 + 8 para tolueno e 9 + 2 para m/p-xileno. No caso de cigarros de referência
2R4F, observaram-se níveis (ug/cigarro) de 172 + 45 para acetona, 4 1 + 4 para 2-butanona,
4 1 + 8 para benzeno, 40 + 4 para tolueno e 8 ± 2 para m/p-xileno.
Não se dispondo de materiais de referência com níveis certificados, procurou-se
averiguar a existência de erros sistemáticos recorrendo a um método alternativo de
amostragem de analitos que usa um processo de extracção bastante distinto: adsorção dos
analitos em Tenax-TA contido num tubo de aço, que é depois sujeito a desadsorção térmica
para análise por GC-MSD. Uma comparação dos métodos revelou que os dois
procedimentos conduziram a resultados que foram estatisticamente iguais assumindo um
nível de significância de 5%, para todos os compostos, com excepção dos níveis de tolueno
em cigarros de referência 2R4F cujos resultados foram estatisticamente iguais apenas para
um nível de significância de 1 % e dos níveis de benzeno em cigarros de marca A que foram
estatisticamente diferentes, embora da mesma ordem de grandeza. De referir ainda que as
variâncias associadas às médias não diferem estatisticamente em todos os casos estudados.
Uma comparação dos resultados com outros da literatura, mostrou que os níveis de
concentração dos compostos estudados foram da mesma ordem de grandeza em cigarros de
diferentes marcas.
viii
Abstract
Tobacco is responsible for a very high number of premature deaths. According the
World Health Organization (WHO) tobacco is currently responsible for 5 million deaths per
year. In Portugal it causes about 5 thousand deaths per year (one death in each two hours).
During the smoking of cigarettes thousands of substances are produced that go to the
smoker lung.
There is a lack of standardized analytical methods for smoke components except for
the analysis of tar, nicotine and carbon monoxide and for smoke collection on smoking
machines (FTC, ISO). The aim of this work was to implement a method for analysis of
organic compounds on mainstream cigarette smoke vapour phase. From the complex
cigarette smoke matrix, this work focused fundamentally on benzene, toluene and m/p-
xylene because of their harmful potential for Humans and because analytical conditions
were available to detect this kind of compounds on gas samples. The method was used
afterwards to determine acetone and 2-butanone.
This work started by establishing an effective and compatible sampling method to
couple with the analytical method: the mainstream smoke was collected on a gas sample
bags. Solid phase microextraction (SPME) and gas chromatography-mass spectrometry
(GC-MS) were the analytical techniques used, without employing solvent extraction. SPME
fibers with poly(dimethylsiloxane) (PDMS) were chosen.
The slopes obtained on the external calibration and on the method of standard
addition were compared, indicating matrix effects. Therefore, the method of standard
addition was used to quantify the different compounds.
ix
The study focused commercial cigarettes, with filter, from one american brand, here
defined by brand A. Reference cigarettes 2R4F obtained from the university of Kentucky
(Kentucky Tobacco Research & Development Center) were also used.
The results obtained with 2R4F and brand A cigarettes, ranked the compounds
concentrations in the follow order: m/p-xylene < toluene < benzene < 2-butanone < acetone.
The quantified levels (and standard deviations) in ug/cigarette units were for acetone 155 +
36, for 2-butanone 47 + 19, for benzene 44 + 8, for toluene 26 + 8 and for m/p-xylene 9 + 2,
for brand A smoke cigarettes and were for acetone 172 ± 45, for 2-butanone 4 1 + 4 , for
benzene 41 + 8, for toluene 40 + 4 and for m/p-xylene 8 + 2 for 2R4F smoke cigarettes.
As there is no reference material with certificated levels, the existence of systematic
error was investigated using an alternative method with a different extraction process:
adsorption on Tenax-TA following by thermal desorption and GC-MSD analyse.
The analysis of the results obtained by the two different methods shows that there is
no significant different at 5% significance level, to all compounds, except for toluene on
reference cigarettes 2R4F where the means were no statistical different to 1 % significance
level, and for benzene on cigarettes from brand A that were statistical different for which
level (5% or 1%). The variances of all results showed no significant differences.
The obtained results are in the same order of magnitude of the ones supported in
literature.
x
Résumé
Le tabac est responsable d'un nombre très élevé de décès prématures. Selon
l'Organisation Mondiale de la Santé (OMS), le tabac est actuellement responsable pour 5
millions de décès par an. Au Portugal, il cause environ 5 mille décès par an (un mort dans
chaque deux heures). Au cours de la fumée de cigarettes sont produites des millions des
substances qui sont transporter au poumon du fumer.
Il manque des méthodes analytiques normalisées pour la fumée, sauf pour l'analyse
de la teneur en tar, en nicotine et en monoxyde de carbone et de fumée de tabac sur la
collecte des machines (FTC, ISO). L'objectif de ce travail a été d'appliquer une méthode
d'analyse des composés organiques dans la fumme inhalé de cigarette a partir de la phase
vapeur. Parmi les mélanges très complexes qu'existe dans la fumme du cigarette, ce travail
a porté essentiellement sur le benzène, toluène et m/p-xylène en raison de leur potentiel
nocif pour l'Homme et parce que les conditions analytiques étaient disponibles pour détecter
ce genre de composés sur des échantillons de gaz. La méthode a été utilisée ensuite pour
déterminer l'acétone et 2-butanone.
Ce travail a commencé par la mise au point dune méthode d'échantillonnage efficace
et compatible avec la méthode d'analyse: les composés de la fumme ont été recueillies sur
un sac à gaz et extraits por microextraction en phase solide (SPME), sans employer
extraction par solvant, et finallment analysé por chromatographic en phase gazeuse-
spectrométrie de masse (CG-MS). Pour le SPME ont été choisis des fibres de
poly(dimethylsiloxane) (PDMS).
xi
La comparaison des pents de les charts de calibration externe et pour addition
d'étalon on montre un effet matrice. Par conséquent, l'addition d'étalon a été utilisée pour
quantifier les différents composés.
L'étude a été porté des cigarettes commerciales, avec filtre, d'une marque américaine,
ici définie par référence les cigarettes de marque A, et sur cigarettes fourni pour l'université
du Kentucky (Kentucky Tobacco Research & Development Center), défini comme 2R4F.
Les niveaux de concentrations obtenus pour le composés étudies sont classées dans
ordre suivant: m/p-xylène < toluène < benzène < 2-butanone < acétone, pour les deux
marque de cigarettes. Les niveaux déterminés (et écart type) en unités de ug/cigarette ont été
de 155 + 36 pour l'acétone, 47 + 19 pour le 2-butanone, 44 ± 8 pour le benzène, 26 + 8 pour
le toluène et 9 ± 2 pour le m/p-xylène pour la marque A; et 172 ± 45 pour l'acétone, 4 1 + 4
pour le 2-butanone, 4 1 + 8 pour le benzène, 40 + 4 pour le toluène et 8 + 2 pour le m/p-
xylène pour 2R4F cigarettes.
Comme il n'ya pas de matériaux de référence certifiés avec les niveaux connue,
l'existence d'une erreur systématique a été étudiée en utilisant une méthode alternative
différent d'un processus d'extraction: l'adsorption sur Tenax TA suivant par désorption
thermique et GC-MS analyser.
L'analyse des résultats obtenus par les deux méthodes différentes montre qu'il n'ya
pas de différence significative pour un niveau de signification de 5%, pour tous les
composés, à l'exception de toluène référence sur les cigarettes 2R4F lorsque les moyens
n'étaient statistique différente que por un niveau de signification de 1%, et pour benzène sur
les cigarettes de marque A qui ont été statistiquement different. Les écarts de l'ensemble des
résultats ne montre pas des différences significatives.
Les résultats obtenus sont dans le même ordre de grandeur de ceux décrit dans la
littérature.
Xll
índice Geral
Agradecimentos v
Resumo vii
Abstract ix
Résumé xi
1. Introdução 1
xiii
1.8.1. Microextracção para fase sólida (SPME) 18
1.8.1.1. Descrição da técnica 19
1.8.1.2. Processo de absorção/adsorção 23
1.8.1.3. Termodinâmica do processo de partição/adsorção 26
1.8.1.4. Cinética 30
1.8.1.5. A escolha da fibra 32
1.8.1.6. Aplicação de SPME à análise de tabaco 34
3
1.8.2. Tubos com adsorvente 36
1.8.2.1. Valores do Branco 37
1.8.2.2. Volume de amostragem seguro 37
3
1.8.2.3. Armazenamento de amostras recolhidas 38
1.9. Breve descrição da cromatografia gasosa com detector por espectrometria de massa
(GC-MS) 39
Bibliografia 43
2. Parte Experimental 49
2.1. Geração do fumo de cigarro 50
2.3. Amostragem 56
2.3.1. Recolha da fase de vapor do fumo inalável de cigarro 56
2.3.2. Adsorção / Absorção para fase sólida dos compostos recolhidos 57
2.3.2.1. Microextracção para fase sólida (SPME) 57
2.3.2.2. Tubos com adsorvente 57
2.4. Descontaminação do material utilizado 58
2.4.1. Máquina de fumar 58
2.4.2. Sacos de gases 58
2.4.3. Fibras de SPME 59
2.4.4. Tubos com enchimentos 59
2.4.5. Coluna do cromatógrafo gasoso 59
2.5. Calibração 59
2.5.1. Obtenção de padrões gasosos para calibração 59
2.5.2. Calibração usando fibras de SPME 60
2.5.2.1. Adição de padrão 60
2.5.2.2. Calibração externa 61
2.5.3. Calibração usando tubos com adsorvente 61
XIV
2.6.2. Tubos com adsorvente - GC/MSD 63
2.7. Cálculos 64
21 A. Concentrações de padrão adicionadas 64
2.7.2. Parâmetros das rectas de calibração" 12 66
12
2.7.3. Tratamento dos resultados" 67
2.7.4. Comparação de médias através da aplicação do teste t ' 68
Bibliografia 70
3. Resultados e Discussão 71
3.3. Determinação dos níveis de alguns compostos no fumo inalável de cigarro por
SPME/GC-MS 87
3.3.1. Cigarros comerciais 87
3.3.2. Cigarros de referência 88
3.5. Comparação dos resultados obtidos neste trabalho com outros da literatura 94
Bibliografia 98
Conclusões 101
Anexos 103
XV
índice de Figuras
Figura 1.1. Representação da formação do fumo inalável (mainstream) e do fumo sidestream num cigarro.14.6
Figura 1.2. Representação esquemática de um dispositivo de SPME. (A) Posição com a fibra retraída na
agulha; (B) Posição com a fibra exposta. O detalhe mostra as dimensões típicas da secção com revestimento
de 100 pm de espessura 20
Figura 1.3. (A) Vista interna com a fibra exposta e (B) vista com a fibra exposta e o êmbolo travado pelo pino
no centro da fenda em "Z" 20
Figura 1.4. Modo de usar o dispositivo SPME para o processo de extracção e desadsorção do material
extraído para analise cromatográfica 21
Figura 1.5. Forma de operar com SME: (a) extracção directa, (b) extracção a partir do headspace e(c) SPME
usando membrana protectora 22
Figura 1.7. Perfis de extracção, usando uma fibra PDMS, de 1 ppm de benzeno em água (A) segundo o
teoricamente esperado e sob quatro condições de agitação: (B) 100% de agitação magnética; (C) 75% de
agitação magnética; (D) 50% de agitação magnética e (E) sem agitação.32 31
Figura 2.1. (A) Vista geral da máquina Borgwaldt, modelo RM 1/Plus, usada para gerar o fumo do tabaco' e
(B) respectivo esquema 50
Figura 2.2. Imagem do interior da máquina onde é possível observar o êmbolo e a cavidade cilíndrica onde
ele se desloca em movimento de vai e vem, imitando o funcionamento do pulmão humano 51
Figura 2.3. Fotografias onde se vê o anemómetro que permite controlar a velocidade do ar junto da ponta do
cigarro 52
Figura 2.5. Imagem dos porta filtros existentes na máquina de fumar, (A) sem o filtro colocado, (B) com o
filtro colocado e (C) ligados por um tubo de teflon (tal como acontece no interior da máquina defumar) 53
XV11
Figura 2.7. Representação gráfica da pressão vapor em função da temperatura para cada um dos compostos
utilizados 65
Figura 3.1. Cromatograma referente ao fumo de 6 cigarros recolhido num saco de gases de 2 L onde uma
fibra de SPME foi exposta durante 15 minutos e espectro de massa da zona correspondente ao tempo de
retenção do tolueno 73
Figura 3.2. Cromatograma referente ao fumo de 1 cigarro recolhido num saco de gases de 0,6 L onde uma
fibra de SPME foi exposta durante 10 minutos, e o espectro de massa da zona correspondente ao tempo de
retenção do tolueno 74
Figura 3.3. Cromatograma referente ao fumo de 1 cigarro recolhido num saco de gases de 2 L, que foi de
seguida enchido com diazoto e onde a fibra de SPME foi exposta 10 minutos e espectro de massa da zona
correspondente ao tempo de retenção do tolueno 74
Figura 3.4. Cromatograma referente ao fumo de 1 cigarro recolhido num saco de gases de 1 L, onde foi
exposta uma fibra de SPME durante 10 minutos. Na análise cromatográfica, foi usado split com uma razão de
repartição de 5 75
Figura 3.5. Variação das áreas dos picos obtidos por GC/MS em função do tempo, partir defumo de cigarro
armazenado um saco de gases (usando a fibra PDMS) 76
Figura 3.6. Variação das áreas dos picos obtidos por GC/MS em função do tempo de exposição de uma fibra
de PDMS ao fumo de um cigarro (diluído em azoto) armazenado um saco de gases, para (A) acetona, 2-
butanona, benzeno e tolueno e (B) numa escala diferente para m/p-xileno 77
Figura 3.7. Comparação dos sinais obtidos na análise do fumo de um cigarro usando duas fibras de SPME
diferentes: PDMS-DVB (a verde) e PDMS (a vermelho) 78
Figura 3.8. Curvas obtidas para (A) benzeno e (B) tolueno, usando uma fibra de PDMS-DVB, por adição de
padrão à mistura contida num saco de gases de 1 L constituída pelo fumo de um cigarro 80
Figura 3.9. Curvas obtidas para (A) benzeno e (B) tolueno, usando uma fibra de PDMS-DVB, por adição de
padrão à mistura gasosa, contida num saco de gases 2 L, constituída pelo fumo de um cigarro diluído em 1 L
de diazoto 81
Figura 3.10. Curvas obtidas para (A) benzeno e (B) tolueno, usando uma fibra de PDMS-DVB, por adição de
padrão à mistura gasosa contida num saco de gases de 5 L, constituída pelo fumo de um cigarro e diluído em
3 L de diazoto 82
Figura 3.11. Rectas obtidas, usando uma fibra de PDMS, por adição de padrão à mistura gasosa contida num
saco de gases de 5 L, constituída pelo fumo de um cigarro, diluído em 3 L de diazoto, para (A) benzeno, (B)
tolueno, (C) m/p-xileno, (D) acetona e (E) 2-butanona 83
XV111
Figura 3.12. Rectas obtidas com a fibra de PDMS por calibração externa, usando um saco de gases de 5 L
com 1,8 L de diazoto, para (A) benzeno, (B) tolueno, (C) m/p-xileno, (D) acetona e (E) 2-butanona.
Apresentam-se também os desvios médios associados a cada medição 85
Figura 3.13. Comparação dos níveis observados no fumo inalável de (A) cigarros da marca A e (B) cigarros
de referência Kentucky 2R4F, usando as diferentes técnicas de extracção (Tenax TA e SPME). lncluíram-se os
respectivos desvios padrão 93
xix
índice de Tabelas
Tabela 1.1. Efeitos de alguns dos componentes presentes no fumo inalável dos cigarros, na saúde 5
Tabela 1.3. Parâmetros utilizados na máquina de fumar, referentes às puxadas de ar. ' 16
Tabela 1.4. Revestimentos de SPME comercializados: modo de uso, algumas propriedades e aplicações. ...33
Tabela 2.3. Parâmetros usados no sistema analítico, para amostras recolhidas em tubos com adsorvente 64
Tabela 3.1. Parâmetros das rectas de calibração obtidas por adição de padrão ao fumo de um cigarro para os
diferentes compostos 84
Tabela 3.2. Parâmetros das rectas de calibração externa obtidos para os diferentes compostos 86
Tabela 3.3. Resultados (média e intervalo de confiança) observados em fumo inalável de cigarros de marca A,
após extracção por SPME. Apresentam-se também os valores do desvio padrão (DP) e do desvio padrão
relativo (DPR) 88
Tabela 3.4. Resultados (média e intervalo de confiança) observados em fumo inalável de cigarros 2R4F, após
extracção por SPME. Apresentam-se também os valores do desvio padrão (DP) e do desvio padrão relativo
(DPR) 89
Tabela 3.5. Resultados (média e intervalo de confiança) observados em fumo inalável de cigarros de marca A,
após adsorção em tubos com Tenax TA. Apresentam-se também os valores do desvio padrão (DP) e do desvio
padrão relativo (DPR) 90
Tabela 3.6. Resultados (média e intervalo de confiança) observados em fumo inalável de cigarros 2R4F, após
adsorção em tubos com Tenax TA. Apresentam-se também os valores do desvio padrão (DP), do desvio
padrão relativo (DPR) 91
Tabela 3.7. Comparação dos resultados obtidos por dois métodos de extracção diferentes 92
Tabela 3.8. Níveis de benzeno, tolueno, m/p-xileno, acetona e 2-butanona medidos por diferentes autores no
fumo inalável de cigarros de diferentes marcas 95
XXI
Símbolos e Abreviaturas
Símbolos
[A] Concentração do analito na matriz
Aad Concentração de A na fase sólida por unidade de área
b Ordenada na origem
Co Concentração inicial do analito na amostra (antes da extracção)
Ca" Concentração na amostra
C° Concentração do analito na fase orgânica
Ca Concentração de analito na matriz, em equilíbrio
XXII
Número de moles inicial de analito na amostra (antes da extracção)
"A Número de moles do composto A
" a Número de moles em equilíbrio na amostra aquosa
n\ Número de moles em equilíbrio no headspace
nef Número de moles em equilíbrio na fibra
p Pressão parcial do composto A
1
parcialA
p Pressão vapor do composto A
1
vapor A
r Coeficiente de correlação
ro Raio externo do revestimento da fibra
fad Taxa de adorção
>\l Taxa de desadsorção
n Raio interno do revestimento da fibra
R Constante dos gases perfeitos (0,082057 atm dm3 mol"1 K"')
Rb Raio da barra magnética
[SI Concentração de locais não ocupados na superfície da fase sólida
Si, Desvio padrão da ordenada na origem
Desvio padrão do declive
Erro associado ao resultado da concentração na amostra
Desvio padrão residual da curva de calibração
T Temperatura absoluta
te Tempo requerido para extrair 95% do quantidade de analito em
equilíbrio
Volume da amostra
Volume da fase extractora (fibra)
Vh Volume do headspace
vs Volume de saturação
v
seringa Volume medido na seringa
Resultado da concentração na amostra
Acrónimos
BTEX Benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno
COMVs Compostos orgânicos muito voláteis
CORESTA Centre de Cooperation pour les Recherches Scientifiques Relative
au Tabac
COVs Compostos orgânicos voláteis
CW-DVB Carbowax-divinilbenzeno
D.P. Desvio padrão
XXlll
D.P.R. Desvio padrão relativo
FTC Federal Trade Commission
GC Cromatógrafo gasoso
GC-MS Cromatografia gasosa acoplada com um espectrómetro de massa
GL Graus de liberdade
HC Health Canada
IARC International Agency for Research on Cancer
Int. Conf. Intervalo de confiança
ISO Organização Internacional de Normalização
L.D. Limite de detecção
L.Q. Limite de quantificação
MDPH Massachusetts Department of Public Health
MPT Matéria particulada total
MSD Detector selectivo de massa
PAHs Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
PDMS Polidimetilsiloxano
PDSM-DVB Polidimetilsiloxano - divinilbenzeno
SDT Sistema de desadsorção térmica
SIM Monotorização do ião seleccionado
SPE Solid-phase extraction (extracção em fase sólida)
SPME Solid-phase microextraction (microextracção em fase sólida)
VAS Volume de amostragem seguro
Alfabeto grego
5 Espessura de uma camada fronteira hipotética sem agitação (durante
o processo de SPME)
¥ Constante de equilíbrio em fase adsorvente
XXIV
1. Introdução
1. Introdução
1.9. Breve descrição da cromatografia gasosa com detector por espectrometria de massa
(GC-MS)
Bibliografia
Introdução
2
Introdução
directivas europeias pelos vários estados membro da União Europeia. À semelhança do que
alguns países já fizeram, a partir de Janeiro de 2008 foi introduzida em Portugal uma nova
legislação para a prevenção e controlo do tabagismo donde se salientam as normas de
proibição ou limitação de fumar nos locais públicos e/ou nos locais de trabalho fechados.
3
Introdução.
aumento de peso que se produz ao deixar de fumar constitui um problema para muitos ex-
fumadores.
No caso dos fumadores passivos, expostos a uma combinação do fumo proveniente
da extremidade acesa dos cigarros com o fumo exalado por fumadores, a exposição ao fumo
causa doenças, incluindo o cancro do pulmão e doenças cardíacas, podendo agravar a asma
nos adultos e provocar irritações na vista, garganta e nariz. Nas crianças origina problemas
tais como asma, infecções respiratórias, tosse, pieira, otites médias (infecção do ouvido
médio) e síndroma de morte súbita infantil.
Uma pesquisa na literatura existente revela que dos 227 compostos químicos
classificados pala International Agency for Research on Cancer (IARC) como pertencentes
ao Grupo 2B, ou seja "possíveis carcinogénicos", 48 estão presente no fumo do cigarro
inalado por um fumador durante o processo de queima do mesmo cigarro.
Durante a combustão do tabaco são produzidas milhares de substâncias que são
transportadas até aos pulmões do fumador. Muitas dessas substâncias vão actuar
principalmente sobre o aparelho respiratório, sendo algumas delas absorvidas, passando
assim para a corrente sanguínea, a partir da qual actuam sobre o restante organismo. Os
compostos do tabaco são classificados pela sua actividade biológica como asfixiantes,
irritantes, mutagénicos, carcinogénicos, inibidores de enzimas e farmacologicamente
activos. Quem fuma um maço de tabaco diariamente inala cerca de 840 centímetros cúbicos
de alcatrão por ano, contém benzopireno. Esta é uma substância que lesiona o material
genético das células e produz cancro nos órgãos com quem tem contacto.
Focando constituintes do fumo do tabaco que foram objecto de estudo do presente
trabalho, e as suas consequências na saúde, tem-se o benzeno que afecta o desenvolvimento
do feto, o sistema cardiovascular, o sistema nervoso e o sistema imunológico, provocando
ainda leucemia; o tolueno que afecta o sistema nervoso e o sistema digestivo, os xilenos que
além do sistema nervoso, afectam também o sistema respiratório, a acetona que provoca
irritação ocular e do tracto respiratório superior, assim como afecção do sistema nervoso
central, e a 2-butanona que provoca irritação da pele, olhos e sistema respiratório. São
apresentados na Tabela 1.1 efeitos conhecidos na saúde de alguns dos componentes tóxicos
do fumo inalável dos cigarros.
4
Jntrodução
Tabela 1.1. Efeitos de alguns dos componentes presentes no fumo inalável dos
10
cigarros, na saúde.
Composto Toxicidade
Monóxido de carbono Liga-se á hemoglobina inibindo a respiração
Amoníaco Irritação das vias respiratórias
Óxidos de azoto (NOx) Inflamação do pulmão
Cianeto de hidrogénio Inibe o funcionamento normal do pulmão
Sulfureto de hidrogénio Irritação das vias respiratórias
Acrolina Inibe o funcionamento normal do pulmão
Metanol Tóxico quando inalado e ingerido
Piridina Irritação das vias respiratórias
Nicotina Provoca dependência, afecta os sistemas
cardiovascular e endócrino
Fenol Promotor de tumor em animais de laboratório
Catecol Carcinogénico em animais de laboratório
Anilina Dificulta a respiração
Hidrazina maleica Agente mutagénico
5
Introdução,
mainstream
ar
Figura 1.1. Representação da formação do fumo inalável (mainstream) e do fumo sidestream num
14
cigarro.
6
Introdução
7
lntrodução_
neste trabalho. De referir que a OMS em 1989 introduziu uma classificação dos compostos
orgânicos com base no valor do respectivo ponto de ebulição.18 Segundo essa definição a
designação de COVs aplica-se aos compostos orgânicos com ponto de ebulição entre 50 e
240 °C, no caso de compostos apoiares, e entre 100 e 260 °C, no caso de compostos polares.
Por sua vez, COMVs são todos os compostos orgânicos com ponto e ebulição inferior a 50
°C, no caso de compostos apoiares, e inferior a 100°C, no caso de compostos polares.
Nos anexos 1 e 2 apresentam-se os constituintes principais dos conteúdos da fase
gasosa e os principais constituintes da fase particulada do fumo, respectivamente. Em
ambos os casos, apresentam-se também as suas concentrações que foram observadas no
fumo inalável de cigarros sem filtro.
O desenvolvimento de métodos analíticos cada vez mais sensíveis e reprodutíveis
permitiram a Hoffman e Hoffman,19 identificarem 66 compostos com efeitos carcinogénicos
no fumo de cigarro. Desses compostos, 11 são conhecidos como carcinogénicos para o
Homem (Grupo 1), 8 são provavelmente carcinogénicos para o Homem (grupo 2A) e os
restantes 47 são carcinogénicos para animais que são possivelmente também carcinogénicos
em humanos (grupo 2B).9 A Tabela 1.2 apresenta uma selecção desses compostos.
8
Introdução
9
Introdução -
10
Introdução
II
Introdução,
massa total da fase particulada, tendo Chepiga et al.,n usado a mesma técnica. Steven e
Borgerding27 usaram um método semelhante para determinar a nicotina, sendo a fase
particulada extraída com 10 mL de metanol, com agitação durante 30 minutos. Na
determinação, por GC, foi usado um detector de emissão atómica.
Radovanovic e Misic28 usaram também uma máquina de fumar equipada com um
filtro de fibra de vidro para recolher a fase particulada. Os componentes da fase particulada
foram extraídos num extractor soxhlet durante 10 horas com 250 mL de n-hexano. Os
compostos fenólicos foram extraídos e separados por extracção ácido-base, mas de um
modo que não é explicitado pelos autores. A fracção do alcatrão constituída por PAH's foi
separada por cromatografia em coluna de sílica gel, usando como eluente o n-hexano. As
fracções extraídas foram depois analisadas por cromatografia gasosa com detecção por
ionização de chama (FID) e captura electrónica (ECD).
Desde há muitos anos que os PAHs do fumo do tabaco constituem objecto de estudo.
Sabe-se que os PAHs se encontram principalmente na fase particulada do fumo. A análise
de PAHs no fumo de cigarro envolve geralmente extracção com solventes a partir da
matéria particulada total (MPT), extracção para fase sólida e pré-concentração antes da
análise. Técnicas cromatográficas e espectrométricas são normalmente usadas na análise.
Gmeiner et ai.,30 desenvolveram um método para determinar quantitativamente
PAHs na fase particulada do fumo inalável e aplicaram-no a cigarros de referência
Kentucky 1R4F. Os cigarros foram fumados numa máquina segundo as normas ISO e foram
adicionados à solução PAHs deuterados como padrões internos antes da análise. O processo
envolveu extracção de PAH's com metanol a partir dos filtros, diluição em água, extracção
em fase sólida (SPE) numa coluna Ci8 e eluição com ciclohexano, seguindo-se
quantificação por GC-MS. O método permitiu a análise de 17 PAHs numa amostra
constituída por fumo de 20 cigarros. O desvio padrão relativo encontrado foi inferior a 10%
e os coeficientes de correlação superiores ou iguais a 0,99. Excepto para um composto
(dibenzo[a,h]antraceno) as percentagens de recuperação foram superiores a 70%. Este
método pode ser também aplicado ao fumo libertado directamente na atmosfera pela ponta
do cigarro a arder (sidestream).
Li et ai,29 desenvolveram uma técnica para análise de PAHs em cada aspiração de
ar, a qual permitiu obter informações sobre distribuição dos PAHs no fumo durante o
consumo de um cigarro. O processo consistiu numa armadilha de empacotamento
constituída por um disco laminar de alumínio, onde foi recolhida a MPT presente no fumo
de uma única aspiração. A MPT foi depois pesada e dissolvida numa mistura de tolueno,
12
Introdução
13
Introdução,
14
Introdução
Bloqueamento
Condições Volume (mL) Duração (s) Intervalo (s) da ventilação
(%)
ISO 35 2 60 0
MDPH 45 2 '30 50
HC 55 2 30 100
16
Introdução
17
Introdução _
cloreto de metilo seguindo-se passagem do extracto por uma coluna de alumina à pressão
atmosférica e determinação por cromatografia gasosa com detecção por análise de energia
térmica (TEA)). Os resultados dos estudos de Chepiga et al.,u vieram confirmar a
representatividade dos cigarros 1R4F (hoje em dia substituídos pelos 2R4F) relativamente
aos cigarros do mercado americano light, no que diz respeito à actividade mutagénica da
fase particulada do fumo inalável, corroborando resultados anteriores de Steel et ai..
No estudo de Chepiga et al.,u concluiu-se também que os resultados obtidos da
análise do fumo inalável dos cigarros de referência 1R5F são representativos dos obtidos
para cigarros da categoria ultra-light, desde que as marcas analisados tenham concentrações
de alcatrão similares à dos cigarros de referência, o que não se verifica em todas as marcas
comercializadas. Esse estudo permitiu ainda concluir que a constituição química do fumo
inalável assim como a actividade mutagénica estão relacionadas com a quantidade de
alcatrão nos cigarros. Provavelmente, o resultado com maior importância deste estudo foi a
correlação observada entre os níveis de alcatrão no fumo inalável e os níveis dos
constituintes desse mesmo fumo - os níveis dos constituintes do fumo aumentam à medida
que aumenta também os níveis de alcatrão. Uma relação similar foi observada entre os
níveis de alcatrão a actividade mutagénica da fase particulada do fumo inalável.
18
Introdução
I«J
Introdução,
B Tubo de fixação
da fibra (interno
ao hipodérmico)
Fibra
retraída
Figura 1.2. Representação esquemática de um dispositivo de SPME. (A) Posição com a fibra retraída na
agulha; (B) Posição com a fibra exposta. O detalhe mostra as dimensões típicas da secção com revestimento de
100 um de espessura.
Figura 1.3. (A) Vista interna com a fibra exposta e (B) vista com a fibra exposta e o êmbolo travado
pelo pino no centro da fenda em "Z".
20
Introdução
retirar
Perfurar o septo retirar
Colocar no
extrair cromatógrafo
desadsorção
» » Ï* •
«* J*
» » ♦ • S D ÇZJ
#*
* ■
*
»
r
« » • •
**
** * *j L*
U » . * Víín,./ B
B^K WMW*
Figura 1.4. Modo de usar o dispositivo SPME para o processo de extracção e desadsorção do material extraído
para analise cromatográfica.47
Podem ser considerados três modos de extracção por SPME: extracção directa por
exposição à amostra líquida ou gasosa, extracção no hecidspace de uma amostra líquida e
extracção com protecção de membrana. Na extracção directa (Figura 1.5a) a fibra é imersa
directamente na amostra e os analitos são transportados directamente da matriz para a fase
extractora da fibra. Para fazer extracções mais rápidas em amostras líquidas é necessário
recorrer à agitação. Para amostras gasosas a convecção natural do ar é suficiente para
facilitar um equilíbrio rápido.
21
Introdução,
Fibra Membrana
Figura 1.5. Forma de operar com SME: (a) extracção directa, (b) extracção a partir do headspace e(c) SPME
usando membrana protectora.
22
Introdução
de protecção do que quando a extracção é directa, uma vez que no primeiro caso o analito
tem de se difundir através da membrana antes de alcançar a fibra. O uso de membranas mais
finas e o aumento da temperatura de extracção permitem diminuir o tempo de extracção.48
K=^ - 1.1
c;
Fibras adsorventes extraem os analitos por interacções físicas. A recolha ocorre por
retenção dos analitos dentro dos poros internos. As moléculas podem ser adsorvidas por
várias formas como por exemplo interacções Van der Waal, dipolo-dipolo e outras ligações
intermoleculares fracas. Neste tipo de fibras há um número limitado de locais de adsorção,
ocorrendo competição entre os analitos por esses locais, que a certa altura ficam saturados.
23
Introdução,
A+ S^Aad
KJA][S] 1.2
rd=Kd[Aj 1-3
l-^ad J _ "• ad _ \U j 4
[A][S] K
24
Introdução
25
Introdução
c0va=c'fvf+cya+c'hvh 1.6
26
Introdução
K
*
c:
K
c
Jh -11-e 1.7
c
-Cl
Kha
c:
Sendo que:
KJHXK^^K^ 1.8
K„.K„y
fh ha fC
f nV.
0 a j g
nV KfhKhaVf+KhaVh+Va
27
Introdução,
n}=KfaVfC0 1.11
nef=Cyf^KadC°VaVf{Cfma" C f)
' 1.12
f s s
va+Kudvf(cfmM-q.)
28
Introdução
A
= W« ^— 113
)A
I+KAC:A+KBC:B
nefA=c;Avf= c
XV/^(C/ro c;A) ^
iA fA J
(i + KBc:B)va+KAvf(cfm^-qB)
29
Introdução,
1.8.1.4. Cinética
/ »/ =2(r»^)2 115
30
Introdução
Figura 1.7. Perfis de extracção, usando uma fibra PDMS, de 1 ppm de benzeno em água (A) segundo o
teoricamente esperado e sob quatro condições de agitação: (B) 100% de agitação magnética; (C) 75% de
agitação magnética; (D) 50% de agitação magnética e (E) sem agitação.
. . **(/b-r,)2
? Ó 1 1 6
K ~ 95% -
31
Introdução,
A escolha do tipo de fibra a usar dependerá da estrutura química dos compostos que
se pretende analisar. Geralmente, os compostos voláteis requerem revestimentos espessos,
enquanto que revestimentos com menos espessura são mais eficientes para analitos semi-
voláteis.55 Na Tabela 1.4 são apresentadas as características da fibras de SPME
comercializadas.
Durante o presente trabalho foram usadas duas fibras de SPME, uma de PDMS e
uma de PDMS-DVB. As fibras com revestimento de PDMS encontram-se disponíveis em
três espessuras 7 pm, 30 pm e 100 pm e possuem um revestimento líquido capaz de
suportar elevadas temperaturas (cerca dos 300°C). É uma fibra apolar adequado para
analitos apoiares56'57 podendo, no entanto, também ser utilizada para extrair compostos
polares se forem optimizadas as condições de extracção, tais como pH, concentração de sais
e temperatura.
32
Introdução
Compostos orgânicos
PA 85 GC, HPLC 320 °C polares tais como
triazinas, pesticidas,
organofosforaodos e
fenóis
Compostos orgânicos
CW-PDMS 65 GC 260 °C polares tais como
álcoois, cetonas
Tensoactivos
CW-TR 50 HPLC aniónicos, aminas
aromáticas
33
Introdução.
dos dois revestimentos tem melhor afinidade para analitos polares." Revestimentos
poliméricos com partículas porosas incorporadas, como é caso da PDMS-DVB, apresentam
a desvantagem de possuírem uma menor estabilidade mecânica relativamente às fibras com
revestimentos poliméricos homogéneos, apresentando contudo, uma selectividade mais
elevada. Os analitos são fisicamente retidos nos poros da fibra, ocorrendo uma forte adesão
dos analitos que se encaixam adequadamente nos seus poros, tornando estas fibras
aplicáveis em análises de nível vestigial.
34
Introdução
hidrocarbonetos usando uma rampa de temperaturas entre 100 e 25°C foi quantitativamente
similar com a obtida com injecção líquida da amostra no cromatógrafo. Para avaliar a
amostragem com SPME, usando uma rampa de temperaturas, na colheita de compostos
voláteis do tabaco, foram estudadas duas situações: temperatura constante a 100°C e rampa
de temperatura entre os 100°C e os 25°C. Foram obtidos resultados similares aos anteriores.
A volatilidade de compostos iónicos, tal como a nicotina, é muito dependente do pH.
A nicotina é muito solúvel em soluções aquosas, logo, ao adicionar água a amostras de
tabaco a nicotina existente na fase de vapor é reduzida, sendo assim desfavorável para
amostragem no headspace por SPME. Yang et ai, verificaram que uma maior adsorção de
nicotina se conseguia adicionando uma solução básica às amostras de tabaco. Pelo contrário,
a adição de uma solução ácida convertia a nicotina em iões protonados, levando a uma
diminuição da nicotina absorvida. Nesse estudo60 verificou-se que a fibra mais polar de
CW-DVB adsorvia melhor os compostos mais voláteis, a maioria deles compostos com odor
que eram eluidos em primeiro lugar em GC. Verificaram também que as fibras CW-DVB
eram apropriadas para a análise de ácidos orgânicos. A fibra apolar PDMS-DVB mostrou
ser mais selectiva e sensível que a CW-DVB para compostos orgânicos neutros, tais como
os hidrocarbonetos. Os mesmos autores60 estudaram também a variabilidade entre fibras.
Para isso analisaram tabaco de uma mesma marca usando 5 fibras diferentes de CW-DVB e
verificam que de fibra para fibra ocorria uma variação superior a 20%. No entanto, réplicas
usando uma mesma fibra geram resultados reprodutíveis.
Existem outros estudos que relatam o uso de SPME via headspace seguindo-se
análise via GC-MS, para análise de compostos do tabaco. Um estudo61 onde foram
realizadas análises SPME (headspace)ZGC-MS a três amostras, constituídas cada uma delas
por uma mistura de duas variedades de tabaco, mostrou que a técnica permitia de uma forma
rápida e sensível, identificar qual a variedade de tabaco que constituía cada amostra,
comparando os analitos que constituíam cada amostra. As amostras de misturas de tabaco (1
g) eram colocados num vial onde era adicionado 3 ml de KC1 3M, sendo a amostra
posteriormente aquecida a 95°C para que ocorresse a extracção. Diferentes compostos
presentes no tabaco eram detectados, sendo os mais significativos a nicotina, o neofitadieno,
a geranilacetona e o 6-metil-5-hepten-2-ona.
Clark e Bunch62 usaram SPME/GC-MS para análise qualitativa e quantitativa de
ingredientes adicionados ao tabaco. Foram quantificados mentol, anetol, benzaldeído e
tetrametilpirazina. Para isso, removeram 1 g de tabaco de cigarros de referência e colocaram
num vial, onde adicionaram 2 uL de uma solução 2,6-diclorotolueno em etanol (1 ug/uL) e
35
Introdução.
36
Introdução
adequadamente vários adsorventes que permitam essa recolha. Multiadsorventes típicos são
constituídos por 2 ou 3 camadas sequenciais de adsorventes do tipo Tenax, Carbotrap e
Carbosieve acondicionados em tubos de aço. O adsorvente com menor estabilidade térmica
determina a temperatura máxima de desadsorção e o limite superior do intervalo dos pontos
de ebulição dos compostos que podem ser detectados.
Outros aspectos muito importantes associados aos tubos com adsorventes são o valor
do branco, contaminações devido a reacções químicas que ocorrem no próprio material
adsorvente durante a amostragem ou armazenagem (artefactos), e o volume de amostragem.
M
lntrodução_
38
Introdução
Medidor
de fluxo N»
Bloco do
JJ detector
s:
Regulador D h/is or ,.- injector
de pressão fluxo
Controlador coluna
\
de fluxo
HEL
Botija de fase forno
móvel gasosa
39
lntrodução_
Câmara de ionização
Recolha
r—T r
Armazenamento
Analisador de massas
Tratamento de dados
Amostra /1
->K—
m
or
-j1
y
Detector \ 4,- [
J Amplificador
66
Figura 1.9. Representação esquemática do funcionamento de um detector de massa
Não existe um único método de ionização para todas as amostras, uma vez que a
energia requerida difere de molécula para molécula. Assim, vários métodos de ionização são
utilizados, sendo os mais comuns a ionização por impacto electrónico e a ionização
química.64 Existem também vários métodos para efectuar a separação dos iões, sendo os
espectrómetros de massa classificados de acordo com o método: espectrómetros de massa
de quadrupolo, espectrómetros de massa de sector magnético, e espectrómetros de
armadilha de iões (do inglês, Ion Trap).
Durante o bombardeamento electrónico numa câmara de ionização, uma amostra no
estado gasoso e a muito baixa pressão (em vácuo) é bombardeada com electrões de energia
suficiente para exceder a primeira energia de ionização dos compostos em estudo. Depois da
molécula ter sido bombardeada por um electrão acelerado, pode ser convertida num ou mais
iões positivos ou numa molécula num estado excitado. Se o electrão de bombardeamento
possuir energia suficiente, a molécula pode partir-se em vários fragmentos iónicos. Os
fragmentos mais estáveis estão presentes em maiores quantidades e serão os responsáveis
pelos picos mais intensos do espectro. À medida que iões, radicais e outros fragmentos se
formam, passam por pratos aceleradores (eléctrodos) que aceleram as partículas carregadas
positivamente e por filtros que seleccionam apenas os catiões que se deslocam num
determinado sentido. As partículas neutras e as carregadas negativamente não são
aceleradas e são continuamente removidas pela bomba de vácuo.
40
Introdução
41
lntrodução_
correspondendo a cada pico um espectro de massa. Na técnica MIS não são obtidos
espectros de massa. O espectrómetro é sintonizado para medir a corrente iónica
correspondente a apenas um ou vários iões pré-determinados, o que resulta num aumento de
sensibilidade. O traçado MIS tem um aspecto idêntico de um cromatograma de massa, mas
a sua sensibilidade é muito mais elevada, contudo não conduz à identificação segura do
composto.
42
Introdução
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Chromatography A 1998, 823, (1-2), 211-218.
58. Mani, V., Properties of commercial SPME coatings. In Applications of Solid Phase
Microextraction, Pawliszyn, J., Ed. Cambridge, 1999; pp 57-71.
47
Introdução.
59. Yang, S. S.; Smetena, I., Determination of tobacco alkaloids using solid phase
microextraction and GC-NPD. Chromatographic! 1998, 47, (7-8), 443-448.
60. Yang, S. S.; Huang, C. B.; Smetena, I., Optimization of headspace sampling using
solid-phase microextraction for volatile components in tobacco. Journal of
Chromatography A 2002, 942, (1-2), 33-39.
61. Mindrup, R. F., New applications for SPME/capillary GC: screening for
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Food Chemistry 1997,45, (3), 844-849.
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65. Holler, F. J.; Nieman, T. A.; Skoog, D. A., Principles of Instrumental Analysis. 5 ed.;
Saunders College Publishing: New York, 1998.
48
2. Parte Experimental
2. Parte Experimental
2.3. Amostragem
2.5. Calibração
2.7. Cálculos
Bibliografia
Parte Experimentai
(B)
Figura 2.1. (A) Vista geral da máquina Borgwaldt, modelo RM 1 /Plus, usada para gerar o fumo do tabaco' e
(B) respectivo esquema.2
50
Parte Experimental
Figura 2.2. Imagem do interior da máquina onde é possível observar o êmbolo e a cavidade cilíndrica onde ele
se desloca em movimento de vai e vem, imitando o funcionamento do pulmão humano.
51
Parte Experimentai
Figura 2.3. Fotografias onde se vê o anemómetro que permite controlar a velocidade do ar junto da ponta do
cigarro.
52
Parte Experimental
Figura 2.5. Imagem dos porta filtros existentes na máquina de fumar, (A) sem o filtro colocado, (B) com o
filtro colocado e (C) ligados por um tubo de teflon (tal como acontece no interior da máquina de fumar).
53
Parte Experimentai
Estes filtros têm uma eficiência de 99% para partículas com um diâmetro
aerodinâmico superior a 0,1 um.5 O primeiro filtro está ligado ao suporte onde se coloca o
cigarro para ser queimado, de modo a filtrar imediatamente o fumo produzido. Um segundo
filtro, chamado de segurança, está ligado ao primeiro por um tubo (Figura 2.5) e está
colocado antes da seringa (ou "pulmão" da máquina) e tem como principal função garantir
que a fase particulada fica completamente retida e não passa para o interior do equipamento.
A fase de vapor é então encaminhada para o exterior da máquina.
54
Parte Experimental
no interior da máquina. No caso da fase gasosa do fumo, esta poderá condensar quando em
contacto com os filtros existentes na máquina. Determinações de níveis de alguns
compostos, nomeadamente acetona, benzeno e tolueno, fazendo a recolha apenas das
aspirações necessários para queimar o cigarro e por outro lado fazendo a recolha dessas
aspirações acrescidas das aspirações de limpeza (cerca de duas) mostraram que na realidade
os níveis determinados no primeiro caso eram substancialmente mais baixos (ver Anexo 3).5
No presente trabalho, e apesar da máquina ser descontaminada após cada utilização
tendo mesmo sido desmontada para limpar o seu interior, verificou-se que perdas e falta de
reprodutibilidade começaram a acontecer de uma forma cada vez mais pronunciada,
acabando por inviabilizar o prosseguimento do trabalho. Na realidade, existem peças da
máquina não desmontáveis cuja descontaminação não é possível, e onde se deverá acumular
partículas do fumo. Verificou-se também que essas perdas são inferiores para os compostos
mais voláteis, o que deverá estar relacionada com sua maior capacidade de "fuga".
O uso deste tipo de máquinas de fumar no futuro poderá ter de passar pela recolha
não só das aspirações necessárias para a queima de todo o cigarro, mas também das
aspirações de limpeza da própria máquina. Mesmo assim, a exactidão será sempre
questionável.
No presente estudo a parte experimental deu-se por terminada quando se constatou o
problema e não se conseguiu descontaminar eficientemente a máquina de fumar.
55
Parte Experimentai
2.3. Amostragem
56
Parte Experimental
A recolha das amostras gasosas para análise foi feita através de uma unidade de
SPME (Supelco), provida de uma fibra adsorvente/absorvente apropriada. Ao longo do
trabalho foram usadas fibras com revestimentos diferentes: um de polidimetilsiloxano
(PDMS), com 100 um de espessura do filme de revestimento e outra de polidimetilsiloxano
(PDMS), revestida de divinilbenzeno (DVB), com 65 um de espessura do filme.
A fibra foi exposta à amostra no saco de gases, através do respectivo septo.
57
Parte Experimentai
mL/min para o interior do saco. A recolha de amostra gasosas a partir do saco para os tubos
com enchimento foi efectuada por meio de uma bomba de sucção de baixo caudal de ar
(Casella, modelo Vortex). Acoplado à bomba existia um rotâmetro, Cole-Parmer, com
escala apropriada ao fluxo de 0 a 250 mL/min. O fluxo de amostragem situou-se no
intervalo de 35 a 60 ml/min e os volumes recolhidos foram sempre aproximadamente de 1
L. O sentido da entrada de ar no tubo foi seleccionado, referenciado e mantido em todas as
amostragens. Após amostragem os tubos foram de imediato fechados, sendo analisados no
espaço de tempo máximo de uma semana. Até à análise, os tubos eram conservados no
frigorífico.
58
Parte Experimental
2.5. Calibração
59
Parte Experimentai
Cada um dos padrões foi preparado colocando 4,0 mL (micropipeta Gilson de 5000
uL) num frasco de vidro de 22 mL, (SUPELCO, Ref. 27173), fechado de seguida
hermeticamente com um septo de politetrafluoretileno (PTFE)/silicone também da Supelco.
Em seguida o frasco foi colocado num banho termostático a 30°C, ficando a estabilizar
durante pelo menos 30 minutos, para estabelecimento do equilíbrio entre a fase líquida e a
fase de vapor.
Depois de estabelecido o equilíbrio líquido/vapor no frasco que continha cada um
dos padrões, recolhia-se do headspace do frasco um volume de gás previamente
seleccionado, com a seringa de gases (Supelco - 22268, de 25uL ou 250 uL de capacidade)
por meio da tampa provida de septo. Para tal, a seringa era deixada no frasco, durante 2
minutos com o êmbolo na posição desejada. Seguidamente, colocava-se (através do septo)
esse volume de gás no interior do saco de gases que já continha o fumo de cigarro, sendo o
saco deixado numa sala a 22°C. Após estabilização de cerca de 3 minutos, iniciava-se a
exposição da fibra à mistura gasosa existente no interior do saco.
O cálculo da concentração adicionada foi feito como descrito mais à frente, na
secção 2.7.1.
Na calibração por adição de padrão começou-se por recolher a fase gasosa do fumo
inalável de um cigarro no saco de gases e em alguns casos foi também adicionado diazoto
para diluição, seguindo-se as sucessivas adições de padrão. Antes de iniciar a adição de
padrão e entre cada adição de padrão a fibra era exposta no interior do saco durante 5
minutos, procedendo-se de seguida a desadsorção e análise por GC-MS. Para cada amostra
de fumo de cigarro, assim como para cada adição de padrão efectuada, realizavam-se duas
60
Parte Experimental
medições independentes, a partir de uma mesma mistura gasosa presente no interior do saco
de gases.
Para efectuar uma calibração externa, foram injectados diferentes volumes (25 uL,
50 uL, 75 uL, 100 uL) de cada um dos padrões, na forma de vapor, num saco de gases de 5
L contendo 1,9 L de diazoto. O diazoto era deixado a passar para dentro do saco durante
rigorosamente 8 minutos, com um fluxo de 234 mL/min. A fibra era exposta no interior do
saco durante 5 minutos, procedendo-se de seguida a desadsorção e análise por GC/MS.
Antes de se injectar um novo volume de padrão, procedia-se à descontaminação do saco
(descrito em 2.4.2) seguindo-se o procedimento de recolha de diazoto e nova injecção de
padrão. Para cada adição de padrão efectuada ao diazoto, realizavam-se duas medições
independentes, a partir de uma mesma mistura gasosa presente no interior do saco de gases.
61
Parte Experimentai
2.6.1. SPME-GC/MS
As amostras recolhidas por SPME foram analisadas num cromatógrafo gasoso
(Varian, modelo 3900) acoplado com um espectrómetro de massa (Varian, modelo 2100 T).
O cromatógrafo estava equipado com um injector para SPME e uma coluna de separação
(Varian, CP-SIL 8 CB low bleed/MS), com 60 m de comprimento, 0,250 mm de diâmetro
interno e 0,25 um de espessura de filme. O gás de arraste foi o hélio (99,9999%), a uma
pressão interna de 1 bar. A temperatura da trap foi de 180°C e a da linha de transferência foi
de 200°C. Na Tabela 2.2 são apresentadas as características do método usado.
O equipamento GC/MS era, antes de cada dia de trabalho, verificado e ajustado. Para
se verificar e ajustar o detector era realizado um auto-tune. Durante este procedimento o
aparelho verificava a razão ar/água, calibrava a armadilha de iões, ajustava o multiplicador
de electrões e calibrava o sistema de determinação de massas através de um gás de
calibração.
No processo de cálculo das áreas dos picos contemplou-se todos os iões adquiridos
(entre 40 e 120 m/z) no respectivo tempo de retenção, sendo a única excepção o cálculo da
área do pico cromatográfico correspondente ao m/p-xileno. No caso do m/p-xileno,
observou-se desdobramento do pico cromatográfico o que levou à necessidade da
eliminação de interferentes. Para tal, forneceu-se ao computador a razão massa/carga que
deveria ser usada nos cálculos, tendo o programa usado, dos dados armazenados, apenas
aqueles que interessava considerar (neste caso a intensidade dos sinais para 91 u.m.a, por
corresponder ao sinal mais intenso no respectivo espectro de massa) e desprezando os
restantes. O cromatograma era então refeito, bem como o cálculo das áreas dos picos.
62
Parte Experimental
63
Parte Experimentai
GC
Injector 250
Forno
Valor inicial 40 5
Rampa 6°C/min 40
Valor final 280 5
MSD 280
2.7. Cálculos
64
Parte Experimental
Acetona 2-Butanona
500
S loo
0
270 285 290 310
Temperatura (K) Temperatura (K)
Benzeno Tolueno
| 800 y=4,99E-04e"°5E(,!"
/+
1 100 y.5,89E-07e 5a8E02"
/♦
R2« 0,995 E R2 = 0,991
Pressão Vapor(m
.
E 80
Í
,g
60
40 -
S 20
o.
280 295 310 325 340 355 240 255 270 285 300 315 330
Temperatura (K) Temperatura (K)
m/p-Xileno
50
X
E 40 y=1,58E-07e593E02"
E
R2 = 0,996 y
r 30
5 20
S io
°- 0 ♦
2 >0 270 280 290 300 310 320 3!10
Temperatura (K)
Figura 2.7. Representação gráfica da pressão vapor em função da temperatura para cada um dos compostos
utilizados.
P AxV .
n vaporA seringa
A =
RT
Sendo que nAéo número de moles do composto A, PvaporA é a pressão vapor do composto A
(atm), Vsering a é o volume medido na seringa (dm3), R é a constante dos gases perfeitos
(0,082057 atm dm3 mol"1 K"1) e Té a temperatura em K.
A partir do número de moles e massa molecular de cada padrão calculou-se a massa
adicionada.
65
Parte Experimentai
Yh-~My,-~y)\
2.2
m
b — y — m- x 2.3
y (sinal instrumental).
Os coeficientes m e b são uma estimativa da verdadeira função que é limitada pela
dispersão inevitável do método. A precisão da estimativa é quantificada pelo desvio padrão
residual da recta (Sy/X) da regressão:
ïZb,-(mxl+b)f
S , -iH 2-4
n—i
Sendo que n corresponde ao número de pontos marcados na recta. Este desvio padrão
exprime a dispersão dos valores do sinal instrumental em torno da curva de calibração.
Os desvios padrão do declive m e da ordenada na origem b são dados por:
2.5
P^f
I X;
2
S =S , ■ '■ 2.6
y/
" "' - y ( x -~x)2
66
Parte Experimental
O limite de detecção (L.D.) do método, definido12 como teor mínimo medido a partir
do qual é possível detectar a presença do analito com uma certeza estatística razoável, foi
calculado tal como se apresenta na equação 2.7.
L.D. = 4L 2.7
m
Sendo que Sy/X é o desvio padrão residual da curva de calibração e m é o declive da mesma
recta (atrás definido).
O limite de quantificação (L.Q.) corresponde à menor concentração medida a partir
da qual é possível a quantificação do analito, com uma determinada exactidão e precisão.12
O seu cálculo foi efectuado como se apresenta na equação 2.8.
1 0
-sy/
L.Q. = à. 2.8
m
2.«)
2.10
r n
Associado a essa média está um desvio padrão, s, (equação 2.11) assim como um
intervalo de confiança, /J (equação 2.12).
67
Parte Experimentai
2.11
2.12
Send s2
^exo ~ ~1 ' ° <»l > s2
'»2 2
'13
S ml
Affll Affl2 _ - .
t ex = 2.14
P Í7 \
'< 1 1 ^
— + —
\nm\ n
ml J
68
Parte Experimental
Sendo,
{nml-\)-s2nii+{nm2-l)-s2m2
2.15
nml+nm2-2
Compara-se o texp (em valor absoluto) com o tUlh, para um determinado grau de
confiança e n,„i + nm2 - 2 graus de liberdade.
Por outro lado, quando Fexp > F de Snedecor/Fisher, calcula-se o texp do seguinte
modo:
X m\ Xml
2.16
( 1 2 A
S ml S m2
+
V nm\ n
ml J
Neste caso, a comparação entre o texp (em valor absoluto) com o tu,i„ para um
determinado grau de confiança, é feita com um número de graus de liberdade (GL) dado
por:
/»i. S ml,
GL = -2
2A
„2 2.17
S ml. S ml.
n
'ml ml
+
«ml+1 nm2 +1
69
Parte Experimentai
Bibliografia
1. Borgwaldt KC Produkte.
http://www.borgwaldt.de/cms/front content.php?idart=37&idcat-35&lang=l
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11. Miller, J. C ; Miller, J. N., Statistics for Analytical Chemistry. 3 ed.; 1993.
12. Castro, A., Guia Relacre 13, Validação de métodos internos de ensaio em análise
química. Relacre: Porto, 2000.
70
3. Resultados e Discussão
3. Resultados e Discussão
3.3. Determinação dos níveis de alguns compostos no fumo inalável de cigarro por
SPME/GC-MS
3.5. Comparação dos resultados obtidos neste trabalho com outros da literatura
Bibliografia
Resultados e Discussão_
72
Resultados e Discussão
retenção do tolueno não correspondia ao espectro característico desse composto (no espectro
de massa na Figura 3.1 estão assinalados com uma seta os picos não característicos), o que
terá resultado da presença de substâncias interferentes e muito provavelmente da saturação
do detector de massa, devido à elevada quantidade de tolueno presente na amostra.
Miam
Figura 3.1. Cromatograma referente ao fumo de 6 cigarros recolhido num saco de gases de 2 L onde uma fibra
de SPME foi exposta durante 15 minutos e espectro de massa da zona correspondente ao tempo de retenção do
tolueno.
73
Resultados e Discussão,
-ja»)
8
WIT-'I*!' '
SE?
i ï î l .... =■-.« Mit»* IM »•(•-*•<• >..--».-»
-lã——.1—■■fm^Jsaiiiã!í7iMiTni'7íi. ;ri7Ti7iV".'î'■'
•», I j l
Figura 3.2. Cromatograma referente ao fumo de 1 cigarro recolhido num saco de gases de 0,6 L onde uma
fibra de SPME foi exposta durante 10 minutos, e o espectro de massa da zona correspondente ao tempo de
retenção do tolueno.
^Ifljfl
-1 UHJlgjraaisi *jff? r-tL«Mu aaa ,
"iç •i»**;»?*.'*'».»
»*»*«. M H i t W i M « » * M 1111 HM
il tempo de retejição
do tolueno
jy /UAj ^ W w ^ ^M 1
U.I.Ul.l.ljJ,.,J.I.I,H
V"
•u •• ~ d.fj .'.B-
Figura 3.3. Cromatograma referente ao fumo de 1 cigarro recolhido num saco de gases de 2 L, que foi de
seguida enchido com diazoto e onde a fibra de SPME foi exposta 10 minutos e espectro de massa da zona
correspondente ao tempo de retenção do tolueno.
Realizou-se uma nova experiência usando o split do cromatógrafo com uma razão de
repartição de 5 desde o início da desorção térmica dos analitos a partir das fibras de SPME,
de modo a diluir a amostra que era sujeita a análise. A amostra de fumo de cigarro foi
recolhida num saco de 1 L e não foi adicionado azoto. Desta forma, os picos não
característicos deixaram de se evidenciar, tal como mostra a Figura 3.4.
74
Resultados e Discussão
tempo de .
retenção do tolueno
■
■» -
H
o
...7
*
1, 1 . .
* '*■ ' -
m
\u
■
v^JULAJ ^
•i
-v,
S«
M-
Sb
.a
9*)
,u
ydí
iij
<ia
-;
' - T ^ — ou J JD-
Figura 3.4. Cromatograma referente ao fumo de 1 cigarro recolhido num saco de gases de 1 L, onde foi
exposta uma fibra de SPME durante 10 minutos. Na análise cromatográfica, foi usado split com uma razão de
repartição de 5.
75
Resultados e Discussão,
A benzeno
100000 -
** * ' S a . » ■> . tolueno
" ■ ■ ■ " ■ ■
80000 - X acetona
2" • 2-butanona
§
o
60000 ' ^^^^^^/^½^°
A m/p-xileno
ëCO 40000 -
(O
-cõ <► * ♦ ♦ ♦ * ^ * ♦ ♦ * ♦ ♦
20000 |
0 'I A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A A
Figura 3.5. Variação das áreas dos picos obtidos por GC/MS em função do tempo, partir de fumo de cigarro
armazenado um saco de gases (usando a fibra PDMS).
76
Resultados e Discussão
♦ acetona
60000 -m—2-butanona
c -t,— benzeno
o -X—tolueno
o
40000
M
20000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 12
tempo exposição da fibra (min.)
(A)
-m/p xileno
2600
2100
1600
2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 12
tempo exposição da fibra (min.)
(B)
Figura 3.6. Variação das áreas dos picos obtidos por GC/MS em função do tempo de exposição de uma libra
de PDMS ao fumo de um cigarro (diluído em azoto) armazenado um saco de gases, para (A) acetona, 2-
butanona, benzeno e tolueno e (B) numa escala diferente para m/p-xileno.
77
Resultados e Discussão.
MCojnts'
2ÏT-
Tolueno
m/p-xileno
Benzeno
Acetona 2-Butanona
IkMJjLd
4¾
Figura 3.7. Comparação dos sinais obtidos na análise do fumo de um cigarro usando duas fibras de SPME
diferentes: PDMS-DVB (a verde) e PDMS (a vermelho).
78
Resultados e Discussão
Estes resultados estão de acordo com uma observação anterior em que a quantidade
de COVs extraída por uma fibra de PDMS-DVB após 10 segundos de exposição era muito
maior que a quantidade extraída por uma de PDMS após 10 minutos de exposição. Portanto,
a fibra de PDMS-DVB permite maior sensibilidade. Pôs-se então a hipótese de passar a usar
a fibra de PDMS-DVB e foi-se estudar a resposta quanto ao intervalo de resposta linear.
Começou-se por estudar o método apenas para benzeno e tolueno. Para tal, usou-se
fumo de um cigarro colocado num saco de gases de 1 L a que se adicionou sucessivos
volumes de 10 uL de cada um dos padrões gasosos (equilíbrio gás/líquido existente no
frasco, tal como descrito em 2.5.1). No final, o volume total adicionado de cada um dos
padrões foi de 40 uL, correspondendo a uma massa de padrão adicionada de cerca de 18 ug
para o benzeno cerca 6 ug para o tolueno. Os ensaios foram realizados em duplicado.
Como mostra a Figura 3.8 ocorreu saturação a partir da segunda adição para o
benzeno e logo a partir da primeira adição para o tolueno. Para contornar este problema,
repetiu-se o procedimento após diluição da amostra. Para tal, ao fumo de um cigarro diluído
em 1 L de diazoto num saco de gases de 2 L adicionou-se, sucessivamente, volumes de 20
uL de padrão de cada um dos compostos em estudo na forma de vapor. Continuou a
observar-se saturação da fibra logo após as primeiras adições (Figura 3.9).
79
Resultados e Discussão,
2.0E+06
6 8 10
massa (u.g)
(A)
tolueno
2.0E+07
| 1.5E+07
o
o
m 1.0E+07
(D
5,0E+06
3 4
massa (pg)
(B)
Figura 3.8. Curvas obtidas para (A) benzeno e (B) tolueno, usando uma fibra de PDMS-DVB, por adição de
padrão à mistura contida num saco de gases de 1 L constituída pelo fumo de um cigarro.
80
Resultados e Discussão
Benzeno
9.2E+05
Í2 7.2E+05 ♦
c ♦ ♦ ♦
3
8 5.2E+05
£ t
£ 3.2E+05
4
1 2Ei05
0 5 10 15 20 25 30 35 40
massa (ug)
(A)
Tolueno
3.1E+06
♦ ♦ ♦
£ 2.7E+06 ♦
c
3
8 2.3E+06 <►
2 1.9E+06
1 5E+06
() 2 4 6 8 10 12 14
massa (ng)
(B)
Figura 3.9. Curvas obtidas para (A) benzeno e (B) tolueno, usando uma fibra de PDMS-DVB, por adição de
padrão à mistura gasosa, contida num saco de gases 2 L, constituída pelo fumo de um cigarro diluído em 1 L
de diazoto.
Hl
Resultados e Discussão.
Benzeno
4,0E+05
♦
♦
«J 3.0E+05
c
8 2,0E+05
g 1.0E+05
■ra
0,0E+00
5 10 15 20 25 30 35 40
massa (ng)
(A)
. Tolueno
1.5E+06
♦
♦ ♦ ♦
| 1.0E+06
o
° 4►
"n" 5,4E+05
•ra
0 2 4 6 8 10 12 14
massa (]ig)
(B)
Figura 3.10. Curvas obtidas para (A) benzeno e (B) tolueno, usando uma fibra de PDMS-DVB, por adição de
padrão à mistura gasosa contida num saco de gases de 5 L, constituída pelo fumo de um cigarro e diluído em 3
L de diazoto.
82
o
rxî
(/1
c/í
O
to
14
E
Qi
12
to
1 ft \
-S
10
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to _o
CD <u
8
a.
massa (pg)
6
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4 3
E \
2 aic
2
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LO Ld LO \ C
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LÏJ LÍ LÍÍ \ d
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o
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(s)un oo >|) cajç
5
1 to ^ ^ U
m
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Resultados e Discussão_
Tabela 3.1. Parâmetros das rectas de calibração obtidas por adição de padrão ao
fumo de um cigarro para os diferentes compostos.
declive ± desvio ordenada na origem coef. de Concentração ±
Anahto padrão ± desvio padrão correlação intervalo de confiança
2 3
(xlO ) (xlO ) (r) (ug)
34,3 + 0,2
Tolueno 67 + 1 230 + 2 1,000
4,4 + 0,3
m/p-Xileno 154 ±8 69 + 6 0,996
0,995 36 + 2
2-Butanona 26 + 1 96 + 8
84
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Resultados e Discussão,
Tabela 3.2. Parâmetros das rectas de calibração externa obtidos para os diferentes
compostos.
declive ± ordenada na origem coef. de L.D. L.Q.
Analito desvio padrão + desvio padrão correlação (ug) (ug)
2 2
(xlO ) (xlO ) (r)
Os declives das rectas obtidas por calibração externa foram comparados com os
declives das rectas obtidas por adição de padrão. O teste F foi aplicado para comparar
variâncias,5 tendo-se verificado que as variâncias associadas aos declives, para um mesmo
composto, não diferiam estatisticamente.
Aplicando o teste t,5 verificou-se para todos os compostos que os declives das rectas
obtidas por calibração externa e por adição padrão eram estatisticamente diferentes.
Concluiu-se então, que existia efeito de matriz e, por esse motivo, adoptou-se a adição de
padrão para método de calibração para caracterização do fumo de cigarro.
86
Resultados e Discussão
87
Resultados e Discussão.
Benzeno (n=9) 44 + 9 8 18
Tolueno (n=9) 26 + 9 8 29
m/p-Xileno (n=5) 9±4 2 27
Acetona (n=3) 155 + 91 36 24
2-Butanona (n=5) 47 + 26 19 41
88
Resultados e Discussão
heterogeneidade natural da composição dos cigarros deve ser tida em conta, sendo que neste
caso os cigarros foram adquiridos numa mesma altura mas pertenciam a diferentes volumes.
89
Resultados e Discussão_
Benzeno (n=6) 27 + 8 6 21
Tolueno(n=6) 30 + 7 7 24
m/p-Xileno (n=6) 5+2 2 29
2-Butanona (n=7) 44 + 7 8 18
90
Resultados e Discussão
Benzeno (n=5) 35 + 11 9 25
Tolueno(n=5) 32 + 7 5 16
m/p-Xileno (n=6) 7+3 3 46
2-Butanona (n=6) 47+11 10 21
Da análise das Tabelas 3.5 e 3.6 pode-se concluir que a reprodutibilidade obtida com
Tenax TA foi semelhante à obtida com SPME.
Mais uma vez se faz notar que os desvios padrão associados aos níveis dos diferentes
compostos determinados no presente trabalho deverão contemplar não só os erros
associados à calibração, amostragem e análises, mas também a variabilidade entre amostras
de fumo de cigarro.
(
JI
Resultados e Discussão,
Tabela 3.7. Comparação dos resultados obtidos por dois métodos de extracção
diferentes.
Média ± desvio padrão (jig/cigarro)
Composto Marca A 2R4F
SPME Tenax *exp hab SPME Tenax *exp hab
3,01
(P=0,01)
2,31
0,87 2,20 2,55 (P=0,05)
Tolueno 26 + 8 30 + 7 40 + 4* 32 + 5*
(P=0,05) 3,36
(P=0,01)
92
Resultados e Discussão
Cigarros da marca A
ITenax TA
60 ISPME
cõ 4 0
O)
'o
D)
20
(A)
60,0 ITenax TA
ISPME
o 40,0
O)
O)
a. 20,0
0,0
í
2-butanona benzeno tolueno m/p-xileno
(B)
Figura 3.13. Comparação dos níveis observados no fumo inalável de (A) cigarros da marca A e (B) cigarros de
referência Kentucky 2R4F, usando as diferentes técnicas de extracção (Tenax TA e SPME). Incluíram-se os
respectivos desvios padrão.
Apesar do método alternativo ter sido usado com o simples intuito de despistar
possíveis erros sistemáticos, uma vez que os dois métodos de amostragem conduziram a
resultados muito semelhantes, faz sentido avaliar as vantagens relativas de cada um deles. O
uso de Tenax TA como adsorvente tem a vantagem de as amostras poderem ser
armazenadas (no frigorífico) durante alguns dias, não tendo portanto de se efectuar a análise
imediatamente a seguir à amostragem. Além disso, requer apenas calibração externa, o que
permite a análise de um muito maior número de amostras por dia e é muito menos
dispendioso do que SPME.
A SPME não implica a produção diária de resíduos de solvente, uma vez que a
calibração pode ser feita retirando volumes de padrão gasoso (resultante do equilíbrio
93
Resultados e Discussão,
94
Resultados e Discussão
maiores para constituintes presentes em concentrações mais baixas e nos mais voláteis, em
que as perdas no processo analítico terão maior probabilidade de ocorrer.
Benzeno
41 + 8 Cigarros de referência 2R4F Presente trabalho
44 + 8 Marca A (Portugal) Presente trabalho
48 + 2* Cigarros de referência 2R4F 9
22 + 2 Cigarros de referência 2R4F 10
50 + 3* Cigarros de referência 2R4F 11
44 + 3* Marca A (Europa) 12
42 + 2 Marcai (Austrália) 12
27 + 2 Marca A (Taiwan) 12
24+1 Marca A (Japão) 12
44 + 4 Cigarros comercializados no 13
Reino Unido
Tolueno
40 + 4 Cigarros de referência 2R4F Presente trabalho
26 + 8 Marca/4 (Portugal) Presente trabalho
82 ± 4 Cigarros de referência 2R4F 9
37 + 3 " Cigarros de referência 2R4F 10
88 + 6 Cigarros de referência 2R4F II
66 + 6 Marca A (Europa) 12
63+4 Marca A (Austrália) 12
37 + 3 Marca A (Taiwan) 12
34 + 3 Marca A (Japão) 12
61+6 Cigarros comercializados no 13
Reino Unido
m/p-Xileno
8±2 Cigarros de referência 2R4F Presente trabalho
9+2 Marcai (Portugal) Presente trabalho
10+1 Cigarros comercializados no 13
Reino Unido
95
Resultados e Discussão,
Acetona
172 + 45 Cigarros de referência 2R4F Presente trabalho
155 + 36 Marca A (Portugal) Presente trabalho
206 ± 8* Cigarros de referência 2R4F 14
262 + 42 Cigarros de referência 2R4F 15
277 + 20 Cigarros de referência 2R4F 11
148 + 10* Cigarros de referência 2R4F 10
291 + 2 9 Marca A (Austrália) 12
203 + 22 Marca A ( Taiwan) 12
291 + 18 Marca A (Europa) 12
257 + 14 Marca A (Japão) 12
a b
133 ±24-395±8 Cigarros comercializados nos 16
EUA
a
118 - 242 b Cigarros cedidos por 17
"Technology Center of
ChongQing Tobacco Industrial
Company", China
2-Butanona
41+4 Cigarros de referência 2R4F Presente trabalho
47 + 19 Marca A (Portugal) Presente trabalho
73 + 1 #
Cigarros de referência 2R4F 14
54 a - 88 b Cigarros cedidos por
"Technology Center of 17
ChongQing Tobacco Industrial
Company", China
a
Concentração determinada que apresentou um nível mais baixo. 'Concentração determinada que apresentou
um nível mais elevado.
"determinado em todo o fumo inalável e não apenas na fase gasosa do fumo inalável.
médias são estatisticamente iguais às determinadas no presente trabalho para um nível de significância de
5%;** médias são estatisticamente iguais às determinadas no presente trabalho mas apenas para um nível de
significância de 1%.
96
Resultados e Discussão
97
Resultados e Discussão.
Bibliografia
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99
Conclusões
101
Conclusões^ _
102
Anexos
Anexo 1 _
§
Hoffmann, D. Analysis of toxic smoke constituints; US consumer product safety commission and
US department of health and human services, Toxicity Testing Plan: New York, 1993.
a
Os números entre parêntesis representam o número de compostos individuais identificados no grupo
b
Valores estimados
104
Anexo 1
Hoffmann, D. Analysis of toxic smoke constituints; US consumer product safety commission and
US department of health and human services, Toxicity Testing Plan: New York, 1993.
a
Os números entre parêntesis representam o número de compostos individuais identificados no grupo
b
Valores estimados
105
Anexo 2
§
Hoffmann, D. Analysis of toxic smoke constituints; US consumer product safety commission and
US department of health and human services, Toxicity Testing Plan: New York, 1993.
a
Os números entre parêntesis representam o número de compostos individuais identificados no grupo
b
Valores estimados
N.D. Não disponível
106
Anexo 2
Hoffmann, D. Analysis of toxic smoke constituints; US consumer product safety commission and
US department of health and human services, Toxicity Testing Plan: New York, 1993.
a
Os números entre parêntesis representam o número de compostos individuais identificados no grupo
b
Valores estimados
N.D. Não disponível
107
Anexo 3
§
Adam, T.; Mitschke, S.; Streibel, T.; Baker, R. R.; Zimmermann, R., Quantitative puff-by-puff-
resolved characterization of selected toxic compounds in cigarette mainstream smoke. Chemical
Research Toxicology 2006, 19, (4), 511-520.
108
PORTO
DECLARAÇÃO
Í^33P_ÍÍÊ_
DOUTORAMENTO
MESTRADO
D
PATA DE COIMCLUSÃQ
X 2S IOZUQOA
RAMO/ ESPECIALIDADE
^VA-VrnvGO
TÍTULO
ORIENTADOR (ES)
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OBSERVAÇÕES (*)
DATA
ASSINATURA
16/O6/2GO£
Susana ZLkx^Aq ca SGJG KAaÁw?