Exercícios de Improvisação
Exercícios de Improvisação
Exercícios de Improvisação
POETA/TRADUTOR
(2 ATORES)
Esta peça é interpretada diretamente para o público. Um dos atores recita um poema original, uma fala de cada vez,
em "gromelot", mas como se estivesse falando a língua de um país estrangeiro específico. O outro ator, dividindo o
palco com o poeta, traduz cada fala para o público. O tradutor deve também falar com o sotaque, adequado do país se
assim desejar. Enquanto alternam a fala, a tradução deve refletir a interpretação dramática do poeta, o qual, por sua
vez, deve recomeçar a história do ponto onde o tradutor para. Este exercício traz para os participantes o benefício de
Antes de começar, pegue uma sugestão de uma Primeira fala para um poema original. Se você tem habilidade em
sotaques, pode também pedir uma sugestão de um país estrangeiro. Se não, escolha um sotaque com o qual esteja
familiarizado. O tradutor pode escolher um local para recitação do poema e começar a apresentação apresentando-se a
si mesmo e ao poeta.
LEGENDAS
(4 ATORES)
Este é similar ao do Poeta/Tradutor mas envolve 4 atores. Dois deles interpretam personagens de um filme em língua
estrangeira (falando em gíria). Os outros dois, mantendo-se à distancia do palco, fornecem legendas verbais que
traduzem o filme para o português diante do público. Aqui, ouvir é de suma importância, já que ajuda a criar uma
história impedir que as pessoas falem uma da outra. Tenha em mente que cada fala em gíria deve ser traduzida 'antes
DUBLAGEM
(4 ATORES)
Este exercício tem a mesma organização das Legendas, só que desta vez os personagens no palco simplesmente
movem os lábios para simular que estão falando. Os atores que estão fora do palco fornecem as vozes, atuando para
sincronizar o diálogo com o movimento das bocas dos colegas. Os atores que atuam no palco podem orientar os
dubladores colaborando com atividades físicas o expressões faciais apontando diálogos adequados ou
"apropriadamente" inadequados.
RESTAURANTE ESTRANGEIRO
(3 OU 4 ATORES)
Esta cena é designada para permitir que os atores exercitem seus sotaques e utilizem palavras e diálogos próprios
daquele sotaque. O cenário é um restaurante no qual é servido algum tipo de comida típica. Os fregueses podem ser
brasileiros, mas a equipe do restaurante é composta de pessoas de origem étnica selecionada. Os membros da equipe
podem ser garçons, cozinheiros ou mártires. Se os atores forem hábeis em falar dialetos, deixe que o público escolha o
tipo de restaurante. Esta cena leva em conta a prática em interpretar personagens, a utilização de entradas e saídas e
o uso de dialetos.
CENA DUPLA
(4 ATORES)
O palco é dividido em 2 áreas de modo que 2 cenas possam acontecer ao mesmo tempo. As 2 cenas devem estar
relacionadas uma à outra e devem alternar-se na tomada de foco. Um exemplo deste arranjo é um baile de estudantes
de ginásio. A área do palco é dividida em um banheiro masculino de um lado e um banheiro feminino do outro. No dos
homens, dois rapazes conversam sobre seus encontros enquanto no outro banheiro, as garotas falam sobre os rapazes.
Embora os atores e o público ouçam realmente o que está sendo dito em ambos os banheiros, os personagens não
ouvem. O humor vem do uso da informação que, supostamente, você não ouve para influenciar o que você diz. Pode-
se comentar o que está sendo dito na outra cena sem realmente admitir que ouviu.
MARCA DE ESTILO
(2 A 5 ATORES E APONTADOR)
Neste exercício, é seguramente útil estar familiarizado com o teatro propriamente dito, com os dramaturgos e suas
obras e com os estilos teatrais. O líder do grupo experimental ou um membro da platéia sugere um problema familiar
pequeno e rotineiro tal como decidir de quem é a vez de levar o lixo para fora. Comece a representar a cena até que o
apontador congele a ação a fim de anunciar um estilo teatral ou o nome de um dramaturgo, tais como melodramas,
Kabuki, Commedia dell'arte, Arthur Miller, Ionesco ou Shakespeare. Continue a representar a cena nesse estilo ou do
modo como um determinado dramaturgo a teria escrito (Nelson Rodrigues, por exemplo. N.E.). Ao prosseguir com a
ação no estilo desse dramaturgo, procure evitar o uso de diálogos reais contidos em uma de suas peças ou mesmo a
incorporação de um dos seus enredos. Ao invés, tente captar o sabor e o estilo de sua escrita e adaptá-lo ao enredo
que está sendo desenvolvido em sua cena. Você pode compilar uma lista de estilos teatrais e dramaturgos antes da
cena ou virar-se para as pessoas da platéia cada vez que disser "congele!", pedindo a elas que dêem uma sugestão.
Todo o exercício deve ser feito pelo mesmo grupo de atores, sendo que alguns deles podem fazer entradas e saídas
(EXERCÍCIO DE GRUPO)
Um dos participantes deixa o ambiente e, ao voltar, deve adivinhar que pessoa famosa os outros decidiram que ele é. O
exercício é feito em forma de cena, mas o improvisador que deixou a sala não sabe que personagem está
interpretando. Nessa hora, aparecem as dicas sobre como os outros se referem a ele na cena. Evidentemente, eles não
podem dizer o nome dele ou fazer qualquer referência direta sobre quem ele é. Se aquele que tenta adivinhar, tiver
idéia sobre que pessoa ele é, começar a adotar o modo de agir característico daquela pessoa e dizer as mesmas coisas
que ela diria. Se ficar evidente que está enganado, ele deve atuar como espectador e ouvir um, pouco mais até ter
outra idéia sobre quem pode ser. Continue sempre em forma de uma cena. Evite fazer perguntas como "Eu derrubei
uma cerejeira?" ou "Sou eu George Washington?" (ou similares racionais). Comece com ou um ou dois atores e com
aquele que tenta adivinhar. Outros podem entrar em cena se tiverem idéias para pistas, mas devem sair logo que
tiverem cumprido seu propósito, de modo a não haver muitas pessoas no palco. Ao mesmo tempo, este exercício é
Quem Sou Eu? O Provérbio Sou Eu desafia o ator a adivinhar e usar uma expressão comum ou aforismo, como "A
grama do vizinho é sempre mais verde", que os outros escolheram enquanto ele saiu do ambiente. Interpretado em
forma de cena, o local deve refletir o significado da expressão. Por exemplo, se a expressão for "A grama do vizinho...",
a cena deve ser sobre inveja (ou ciúme). As pistas devem vir através do tema clã cena de modo a levar o ator que
adivinha a dizer a expressão naturalmente no contexto do que está acontecendo à sua volta. Inicie a cena com outro
ator além daquele que está adivinhando, para que depois outros possam entrar e sair e dar pistas subseqüentes. A
cena termina quando o ator que está adivinhando utiliza a expressão como parte de seu diálogo.
FALA OCULTA
(2 ATORES)
Cada ator do grupo pega um pedaço de papel no qual escreve uma fala simples do diálogo, jogando-a depois dentro de
um chapéu. Antes de iniciar a cena, um dos atores pega uma das falas que está no chapéu, devendo incorporá-la à
mesma. Ele deve construir o enredo da cena de modo que a fala do diálogo se encaixe na história sem emendas. De
fato, deve ser difícil para o público adivinhar qual era a fala oculta de diálogo. O outro ator, mesmo não sabendo o
conteúdo da fala oculta, deve atuar em conjunto com o colega a fim de criar a história na direção para a qual ele a
estiver conduzindo. Para tomar este exercício mais desafiador, mande ambos os atores pegarem um pedaço de papel e
(2 A 4 ATORES)
Dividam-se em grupos de 2 a 4 atores. Cada grupo escolhe uma canção bem conhecida e cria uma cena que reflita o
significado de seu título. Evite usar o título ao pé da letra. Use-o como um tema para a cena. Por exemplo, se o título
for "I left My Heart in San Francisco", a cena deve ser sobre alguém que esteja vivendo uma relação a longa distância
ao invés de ser sobre um doador de órgãos.(*) Os demais membros dos grupos pode adivinhar cada título quando a
(*)Optamos por manter o exemplo em inglês "Deixei meu Coração em São Francisco" - apenas por uma questão de
fidelidade ao texto.
ALTER EGO
(4 ATORES)
Neste exercício, que tem estrutura semelhante ao das Legendas, 2 atores estão no palco enquanto 2 outros
permanecem fora dele. Os primeiros criam uma cena juntos, mas após cada fala do diálogo, a voz de um dos atores
que está fora do palco diz simultaneamente o que o personagem está realmente pensando. Aqui, dar e receber é um
elemento integral, como o é a capacidade de ouvir. A mesma técnica utilizada no exercício da Cena Dupla se faz neste.
Os atores no palco, sabedores do que seus alter egos estão dizendo, podem utilizar a informação para influenciar o
(2 ATORES)
Este exercício mostra a quantidade de informações que uma só palavra pode conter. Uma vez que um personagem
proferiu uma determinada palavra, não poderá fazê-lo de novo até que o outro personagem tenha falado. A cena
prossegue com l palavra de cada vez. É um exercício de economia de diálogos. Um erro comum dos improvisadores é a
tendência que eles têm de falar demais em uma cena, dizendo mais coisas do que é necessário. É também uma lição
para que se utilizem ações em uma cena ao invés de confiar que o diálogo a conduza. A cena pode basear-se em uma
(2 ATORES)
Esta cena tem as mesmas regras e arranjo do exercício anterior, só que os atores podem usar apenas 1 frase de cada
vez. Para não frustrar o propósito deste exercício, alterne as falas de modo que os atores não possam proferir duas
SEM PERGUNTAS
(2 ATORES)
Esta é uma cena na qual tomam parte 2 pessoas, tendo como única restrição a não formulação de perguntas. O
propósito é fazer com que os atores se acostumem a acrescentar informações, a expandir a cena e a fazer suposições,
ao invés de lançar sobre os ombros do outro ator o fardo de expandir a cena fazendo-lhe perguntas. A cena pode
basear-se numa premissa simples dada pelo diretor do grupo ou pelo público.
TRANSFORMAÇÃO
(2 ATORES)
Este exercício é de difícil realização e difícil explicação. É mais ou menos como realizar seis deixas consecutivas com os
mesmos 2 atores sem congelar a ação. Escolha ocupações de abertura e de conclusão para ambos os atores. Eles
começam a cena, cada um desempenhando sua ocupação inicial. Então, é a medida que a cena prossegue, eles se
transformarão através de uma série de papéis ou ocupações diferentes até a conclusão da cena, quando os atores
chegarem às suas ocupações de conclusão. As transições podem ser indicadas através de mudanças corporais ou
vocais. Por exemplo, um dos atores pode ser um entregador de pizzas segurando com as duas mãos uma pizza de
tamanho grande. Ele pode então transformar aquela posição corporal tomando-se um médico e estendendo as mãos
como se elas tivessem sido escovadas. Nesse caso, o outro ator pode, de imediato, tornar-se um enfermeiro e começar
Este é um exercício feito para um ator seguir o outro. Quando um deles faz uma transição para um novo personagem
ou ocupação, o outro vem depois e se torna um personagem semelhante. Não existe um enredo contínuo. Qualquer um
dos atores pode mudar de personagem ou ocupação em qualquer tempo combinado. Portanto, ambos devem estar
flexíveis e prontos para mudanças bruscas. Faça um total de cinco ou seis mudanças.
(2 ATORES)
2 atores sobem ao palco sem idéias preconcebidas - sem locais nem personagem e com as mentes em branco. Então,
sem pressa, deixam que a cena se desenvolva. Se os minutos passaram sem nenhum diálogo, tudo bem. Por fim, um
dos atores se sentirá como que estando em algum lugar por alguma razão e começa a relatar esta informação ao outro
ator. Esse outro ator deve então se adaptar de acordo, e juntos criam a cena. Este exercício encoraja os atores a
sentirem-se à vontade para participar da cena de maneira totalmente aberta, a fim de ver o que pode vir a acontecer.
Isso também os ajuda a serem capazes de se ajustar a qualquer informação que se desenvolva.
RASHOMON (3 ATORES)
Neste exercício, a mesma cena básica é repetida 3 vezes consecutivas, uma vez a partir do ponto de vista de cada
personagem. Em cada variação, um dos personagens é a figura dominante enquanto os outros interpretam papéis
secundários na cena. Baseado no filme Rashomon, de Akira Kurosawa, aborda como diferentes personagens vêem o
mesmo acontecimento.
Uma sugestão de um relacionamento entre 2 atores é aproveitada. Uma vez que esse relacionamento e uma locação
tenham sido estabelecidos, o apontador "congela" a ação periodicamente a fim de fazer perguntas específicas aos
espectadores sobre o que eles gostariam que acontecesse depois. Os atores então integram cada idéia nova no sentido
de expandir a ação da cena. Por exemplo, se o relacionamento é entre professor e aluno e a cena se desenvolve na sala
de aula após as horas regulares na escola, o apontador poderá perguntar, "Por que o professor manteve o aluno na
escola depois da hora?" ou "Este aluno tem um segredo; qual é?" Continue até que a cena se esgote.
(3 OU 4 ATORES)
Este exercício é para criar uma idéia em conjunto. O elenco da cena é algum tipo de equipe criativa, como um grupo de
executivos de vendas, desenhistas de automóveis ou produtores de filmes. Eles têm que criar um tipo de produto e
construir uma campanha de publicidade em torno dele. Não deve haver negação, já que cada ator acrescenta coisas
Improvise uma canção, baseada num estilo musical e num título original ou numa primeira fala dada pelo público ou
pelo diretor do grupo. O cantor e o músico devem trabalhar em conjunto, acompanhando um ao outro a fim de criar
uma melodia e uma estrutura para a canção. Para se adquirir habilidade neste exercício, é necessário muita prática.
AUDIÇÃO
Escolha uma situação teatral que requeira uma audição. Pode ser para um musical ou uma peça. Pode ser também por
uma companhia teatral local, para uma produção na Broadway, ou mesmo para escolha do elenco de uma novela. Um
dos atores é designado como diretor e fica responsável pela preparação do ambiente para o público. Cada um que faz a
audição se apresenta, fornece suas credenciais e apresenta algum tipo de audição para o papel ao qual ele se adéqua.
Os que fazem a audição podem executar um monólogo, cantar uma canção, dançar ou bancar o bobo - qualquer coisa
que demonstre seu talento. Quer o personagem seja realmente talentoso ou não, ele sempre deve dar a máximo de si
ao fazer a audição.
LIVRO DE RITMOS
(3 OU 4 ATORES E 1 MAESTRO)
Neste exercício cada ator escolhe um escritor bem conhecido e, quando apontado pelo maestro, conta uma história no
estilo daquele escritor. Lembre-se de não repetir nem sobrepor-se ao diálogo do ator que falou antes. A platéia ou
diretor do grupo pode sugerir uma primeira fala original para começar. Para tornar o exercício mais desafiador, deixe
Este exercício consiste de uma série de mini-cenas. Cada cena começa no escuro com 2 atores que não têm nenhuma
idéia preconcebida de quem são ou onde estão. O apontador anuncia uma locação - tal como uma loja de móveis, um
playground ou uma academia de ginástica - e as luzes se acendem no palco. Tão rápido quanto possível, os dois atores
devem estabelecer quem são e o que está acontecendo entre eles. Termine a cena obscurecendo parcialmente as luzes
em um minuto, esteja ela concluída ou não. Cada grupo de dois atores pode fazer três cenas consecutivas.
ORDEM OCULTA
(2 ATORES)
Escolha um local simples, tal como uma reunião de negócios ou um compromisso social de algum tipo. Um dos
personagens deve então ser designado para ordens ocultas, isto é, é seu objetivo fazer com que a outra pessoa faça
algo. Essa meta deve ser alcançada com tanta sutileza quanto possível de modo que o resto do grupo tenha dificuldade
em adivinhar qual era a ordem oculta no final da cena. Não precisa ser nada muito complicado. Também não é
necessário que a meta seja alcançada para que a cena seja um sucesso. Só o fato de você estar tentando fazer com
que a outra pessoa faça algo sem explicitá-lo dará a você uma perspectiva diferente de como você se comporta em
cena. Alguns possíveis exemplos de ordens ocultas: fazer com que a pessoa abra uma janela, fazer com que ela lhe
ofereça o seu lugar, fazer com que ela lhe ofereça dinheiro.
Antes da cena começar, escolha duas falas de diálogo. Uma é a primeira fala da cena, a outra é a última. As falas,
aparentemente, não devem estar relacionadas uma à outra. O ator que interpreta a primeira fala deve, mais tarde,
assumir a responsabilidade de ajudar o outro ator a chegar à última fala. Este é um exercício para construir uma cena
em conjunto, bem como para aprender a reconhecer para onde o outro improvisador vai e ajudá-lo a chegar lá.
TROCA DE EMOÇÕES
(2 ATORES E 2 APONTADORES)
Este é, pessoalmente, um dos meus exercícios de improvisação preferido. Aparentemente, funciona melhor quando
nele estão envolvidos 2 estranhos que partilham alguma experiência comum, tal como lavar roupa, tomar uma bebida
Dois atores (vamos chamá-los de apontadores), um para cada ator no palco, obtêm primeiro uma lista de emoções ou
estados mentais da platéia (ex: medo, confusão, animação, paranóia, ingenuidade) e um local para iniciar a cena. Uma
vez estabelecido o local e iniciado o relacionamento entre os dois personagens, os apontadores começam a controlá-los
e a seu relacionamento anunciando as emoções da lista, mudando as emoções dos personagens no palco, uma de cada
vez. A função do apontador é operar em seu respectivo ator uma mudança emocional adequada de forma a dar
Neste exercício, ouvir é de suma importância, tanto da parte dos atores do palco quanto dos apontadores. Aqui, o
humor provém da habilidade do ator em mudar sua emoção ao mesmo tempo que mantém o fluxo da cena. Os
apontadores devem revezar-se ao fazer as mudanças a fim de dar tempo para que cada ator apresente sua nova
emoção. Tenha consciência de que não é necessário falar imediatamente após a mudança de emoções. Uma emoção
pode ser retratada com a mesma eficiência através do comportamento físico até o momento certo para a fala.
Material de Apoio
Introdução
Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para
Pense numa rádio, você está ouvindo música, até aí tudo certo, porém, bem na hora
que toca a sua música predileta começa a dar interferência. Você põe “bombril” na
antena, dá uns tapas no rádio, tenta sintonizar a estação, e nada, “A Voz do Brasil”
(aquele programa chato) ou as notícias da CBN insistem em atrapalhar a transmissão
da música.
Sabe porque a ilustração da interferência? Porque uma vez que o mais importante no
teatro evangélico é a mensagem, ela não pode ser passada com “interferências”,
muito pelo contrário, tem de ser espiritual, ungida e nítida.
Mas o que é necessário para se passar uma mensagem espiritual, ungida e nítida?
Cuidar de três aspectos: O espiritual, o grupo e a técnica, e as interferências ocorrem
justamente quando omitimos ou negligenciamos quaisquer destes aspectos.
Espiritual – Como vamos encenar sobre Jesus e Sua Palavra se você não está em
“sintonia” com Ele?
Grupo – Nenhum trabalho é feito sozinho, Deus “ordena a benção” onde há união e
concordância.
Técnica – Você já viu um jogo de futebol onde todo mundo corre atrás da bola e não
sai nada? Pode até ser engraçado no princípio, mas depois se torna entediante, pois
ninguém ali sabe ao certo o que está fazendo. Como as pessoas prestarão atenção se
nos mostrarmos despreparados, tal como o jogo citado?
"Ser bênção para a vida dos outros é criar os meios para que a graça de Deus os
envolva trazendo salvação, reconciliação, cura e libertação. É agir para que o cansado
encontre alívio, para que o doente ache consolo, para que o perdido seja achado. É
usar os dons e talentos que Deus nos deu para criar novas esperanças e para
alimentar a fé de outros" (Pr. Ricardo Barbosa de Souza).
O CARÁTER DO ARTISTA
O Caráter do Artista
O caráter de uma pessoa determina seu modo de agir e pensar, como estamos
falando de arte isso influência em até seu modo de atuar.
Considero que ele é uma dos pontos-chaves de um relacionamento, tanto vertical (Eu e
Deus) como horizontal (Eu e Você), pois iremos trabalhar com esta base.
“O que mais importa é quem você escolha agradar.” Lembro desta frase do livro “O Doador dos Sonhos” de Bruce
Wilkinson, onde Comum, dono da trama, recebe um sonho do Doador dos Sonhos e vai atrás deixando
sua Zona de Conforto, ele luta com Gigantes, encontra Guerreiros, Fé e muitos outros personagens que
provam o seu caráter e o seu coração, em um determinado momento ele chega a perder seu o foco, mas
pelo seu caráter ele se arrepende e volta a percorrer não só seu sonho, mas o próprio Doador dos Sonhos
(recomendo esta leitura).
Nosso caráter não sofre as influências pelo meio em que é submetido, pois o ser humano demonstra sua pessoal
característica desde os primeiros dias, quiçá ainda enquanto dentro do ventre materno. O caráter é
inerente do próprio espírito, e os moldes de educação, adaptação às diferentes condições e fases da vida
humana apenas levam o ser às escolhas que deve fazer obedecendo elas a esse princípio primeiro.
Caráter é a soma de hábitos, virtude e vícios, o caráter faz ver além, as consequências dos atos de hoje, e não pode ser
adquirido ou estudado ou mesmo aprendido.
Mas então porque estamos falando de caráter se ele não pode sofrer alterações?
Ambos, a cultura e o estilo de vida, são transformados, adquiridos e estudados e podem ser esquecidos ou aprimorados.
Mas o caráter faz desses todos seus caminhos. Escolher qual deles seguir e quais consequências irão advir
só o caráter pode identificar, no momento que as decisões - de trabalho, amor, relações sociais, escolares,
de amizade etc. - são tomadas, ou seja, influi no relacionamento.
Mas então porque estamos falando de caráter se ele não pode sofrer alterações?
Por nós mesmos ele acaba sendo imutável, mas Deus tudo pode, ele está no controle e diz na sua palavra acerca de como
devemos ser, Deus diz, “Sede santos.” Ele não disse para fazermos algo para que aparentássemos santos.
Ele diz, “sede” santo. Você não pode fazer a si mesmo santo da mesma forma que não pode salvar-se a si
mesmo, mas quando você recebe a santidade de Deus por dentro, sua vida e conduta serão santas e
agradáveis à Deus.
Traços de bom caráter não são aprendidos em um programa de dez passos ou em livros de autoajuda Eles são mais do
que apenas tentar fazer o melhor. Eles vêm através do trabalho de Deus no coração.
“Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, E à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência
piedade, E à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade.”
Entendo neste versículo, que não é uma sucessão de acontecimentos, mas um conjunto de qualidades
Nosso caráter é algo inegável e não pode ser escondido, diferente da nossa fé que produz milagres, diferente da nossa
salvação que produz frutos, o nosso caráter é algo que rege tudo isso, mas não gera algo visível.
Negar nosso caráter é se negar negligenciar o que Deus pode fazer nele é negar uma vida de santificação.
Isso não serve só para artistas, mas vemos sempre este tema ligado a esta classe, isso se deve a maior sensibilidade que o
artista tem. Na verdade ele é regido emocionalmente, ultrapassando barreiras de seu caráter, e é ai onde
mora o perigo.
Achamos que ao atuar, assumir uma personalidade, viver um personagem,podemos nos desligar de nós mesmos e usar a
nossa “memória”
(leque de situações que nos ligam a algo), e esquecemos que nosso caráter não é mudado, então estaremos apresentando
um personagem com “certas características” mas com nosso próprio caráter.
O que você pretende ao atuar? Seu caráter te permite ser um canal de benção?
Não lute contra si mesmo para camuflar seu caráter, é muito mais fácil pedir a Deus o seu caráter.
Como artistas, o cristianismo nos exige muito, vemos em João 4.23 “ Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
Não deixe que o dom dado por Deus para que você o glorifique seja dominado por seu caráter e acabe perdendo valor.
Tenha uma vida de Adoração, ela é essencial e faz parte do caráter de um artista saber adorar aquilo que realmente ama.
Lembre-se: Um verdadeiro adorador influência através de seu caráter cristão. Talvez você leve uma vida inteira para ter
aperfeiçoado seu caráter, mas é importante que em toda a sua vida você deseje por isso e lute por isso.
A mente é o atributo central da alma humana. Nela se trava a batalha dos pensamentos.
Tenha comunhão pela oração (Fp 4. 6-8.), se encha da palavra (Rm. 12.2), aprenda com a bíblia (2Cor 10. 4 e 5) e
domine a sua mente (Jo 8. 32). Precisamos ter as vontades de Deus como nossas vontades, mas Ele não
coage ou força, Ele nos respeita.
Jesus é nosso exemplo (Jo. 4. 34), temos que ser sinceros (Rm.7.18) e resistir ao diabo (Tiago 4.7b).
SUGESTÕES
1- Faça uma lista de suas qualidades e defeitos (no mínimo 5 de cada) 2- Analise atitudes que você julga boas ou más.
3- Apresente a Deus. Peça forças para perdoar - PERDOE 4- Ore pedindo a Deus que seu caráter seja igual ao dele. 5-
Retenha o que é bom, descarte o que não te edifica.
Dinâmicas
Dinâmica: Medo de Desafios
Dinâmica: do 1, 2, 3
Objetivo: Quebra-gelo
Procedimento:
1º momento: Formam-se duplas e então solicite para que os dois comecem a contar de um a três,
ora um começa, ora o outro. Fica Fácil.
2º momento: Solicite que ao invés de falar o número 1, batam palma, os outros números devem
ser pronunciados normalmente.
3º momento: Solicite que ao invés de falar o número 2, que batam com as duas mãos na barriga,
o número 3 deve ser pronunciado normalmente. Começa a complicar.
4º momento: Solicite que ao invés de falar o número 3, que deem uma "reboladinha".
A situação fica bem divertida
Dinâmica do Amor
Objetivo: Moral: Devemos desejar aos outros o que queremos para nós mesmos.
Procedimento:
Para início de ano Ler o texto ou contar a história do "Coração partido" - Certo homem estava
para ganhar o concurso do coração mais bonito. Seu coração era lindo, sem nenhuma ruga, sem
nenhum estrago. Até que apareceu um velho e disse que seu coração era o mais bonito pois nele
havia. Houve vários comentários do tipo: "Como seu coração é o mais bonito, com tantas marcas?"
O bom velhinho, então explicou que por isso mesmo seu coração era lindo. Aquelas marcas
representavam sua vivência, as pessoas que ele amou e que o amaram. Finalmente todos
concordaram, o coração do moço, apesar de lisinho, não tinha a experiência do velho." Após contar
o texto distribuir um recorte de coração (chamex dobrado ao meio e cortado em forma de coração),
revistas, cola e tesoura. Os participantes deverão procurar figuras que poderiam estar dentro do
coração de cada um. Fazer a colagem e apresentar ao grupo. Depois cada um vai receber um
coração menor e será instruído que dentro dele deverá escrever o que quer para o seu coração. Ou
o que quer que seu coração esteja cheio.. O meu coração está cheio de... No final o instrutor deverá
conduzir o grupo a trocar os corações, entregar o seu coração a outro. Fazer a troca de cartões com
uma música apropriada, tipo: Coração de Estudante.
Uma simples
frase:lá....dó#...MI....dó#...lá.
Quando você emitir a nota MI..bem no meio da frase...aplique uma CONTRAÇÃO ABDOMINAL como se fosse encostar
sua barriga nas costas (contração MÁXIMA).Pode manter o abdomem contraído até o final da frase.
Vá subindo de meio em meio tom, até o agudo que você alcança com conforto...e então, vá descendo novamente, até o
Não precisa iniciar o vocalize na nota LÁ..se esta for muito grave pra você...Inicie de onde for confortável, ok!!
Você estará apoiando a nota mais aguda da frase...para não emiti-la com o apôio errado da garganta e sim, com o
apôio do diafragma.
Estou simplificando ao máximo, que é pra todo mundo entender e conseguir fazer isso com segurança em casa sozinho,
ok!!
Evite falar em ambientes muito ruidozos...isso te obrigaria a falar num volume de voz
acima do habitual....e é realmente péssimo pra saúde vocal!
Respeite seus limites vocais!!! Cante sempre nos tons favoráveis a você.
Não seja auto didata!!! Procure um profissional da voz para ajudá-lo a desenvolver seu
Se perceber que está ficando rouco sempre que faz muito uso da voz, procure um especialista
vocais!!
Eu volto depois com mais dicas pra você manter sua saúde vocal!!!
Deitado de costas numa superfície plana, coloque um livro sobre o abdomem e procure levantar o livro com a
Quando sentir que está dominando esse movimento, trabalhe então sua respiração abdominal em pé.
Com as mãos sobre suas costelas ( logo abaixo do tórax, nas laterais) inspire pelo nariz como se estivesse levando o ar
Agora expire o ar com a boca aberta e vai sentir suas costelas se fechando.
Eclesiastes 9:10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças...
Grupo desanimado?
Vamos começar com um bom diagnóstico:
O comprometimento dos integrantes do grupo com o SENHOR da obra, está
sólido?
O deficit de comprometimento é percebido em relação a responsabilidades com
horário?
Com atividades propostas durante os ensaios?
Em relação as atividades "extra-encontro"?
Durante o tempo de trabalho do grupo há muita dispersão?
Panelinhas se formam?
Em outras atividades, estas mesmas pessoas demonstram interesse?
Alguém já abandonou o grupo?
Grupo de teatro é espaço para pessoas engajadas(Locais para passeios são parques,
praças, cinema...), o local do ensaio é um ambiente de trabalho.