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B 102

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PLANO DE SESSÃO DATA: Conforme QTS

OM: 5º GAC AP
Nº2 HORA: Conforme QTS
CURSO: Formação do Soldado
TURMA: CFSd
PERÍODO: Instrução Individual
GRUPAMENTO:Sd EV
FASE: Básica

MATÉRIA: 16–JUSTIÇA E DISCIPLINA

UNIDADE DIDÁTICA: -

ASSUNTO:Transgressões disciplinares, Penas disciplinares e Comportamento

OBJETIVOS: B-102
a. Da sessão:Identificar as transgressões disciplinares e suas conseqüências no comportamento
militar.

b. Intermediários:
1 -Interpretar a transgressão como violação da disciplina;
2 - Identificar as principais transgressões definidas no R4;
3 - Descrever o significado da punição disciplinar;
4 - Descrever as conseqüências das punições disciplinares;
5 - Citar as causas e as conseqüências de mudança de comportamento;
6 - Demonstrar conhecer o significado do comportamento militar.

LOCAL DA INSTRUÇÃO:Sala de Instrução da Bia Cmdo

TÉCNICA(S) DE INSTRUÇÃO:Palestra e Interrogatório

MEIOS AUXILIARES:Quadro Branco

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS:Limpeza e preparação do local de instrução

MEDIDAS DE SEGURANÇA: Não há necessidade.

FONTES DE CONSULTA: Manual R-4 (Regulamento Disciplinar do Exército)

ASSINATURA: VISTO VISTO:

__________________ __________________ __________________


INSTRUTOR CMT BIA S3
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS

1. INTRODUÇÃO

Continuando a matéria de Justiça e Disciplina, apresentaremos as


Transgressões disciplinares, Penas disciplinares e Comportamento
previstos no Regulamento Disciplinar do Exército a que o Soldado está
sujeito.
O nosso objetivo é identificar as transgressões disciplinares e suas
conseqüências no comportamento militar e pra isso seguiremos com os
seguintes objetivos intermediários:
- Interpretar a transgressão como violação da disciplina;
- Identificar as principais transgressões definidas no R4;
- Descrever o significado da punição disciplinar;
- Descrever as conseqüências das punições disciplinares;
- Citar as causas e as conseqüências de mudança de comportamento;
- Demonstrar conhecer o significado do comportamento militar.
Vamos seguir os itens indicados neste roteiro:
1. Introdução;
2. Desenvolvimento;
a. Transgressõesdisciplinares;
b.Penas disciplinares;
c. Comportamento;
3. Conclusão
Quadro
5 min Apesar de uma violação mais branda, a transgressão é uma violação de
branco
disciplina, onde enquadram-se os preceitos éticos, dos deveres e das
obrigações militares. São aplicadas penas disciplinares na expectativa de
coibir a prática de transgressões e para fins educativos à coletividade. O
comportamento militar das praças espelha o seu procedimento civil e
militar sob o ponto de vista da disciplina.

2. DESENVOLVIMENTO

a. Transgressões disciplinares
I) Definição:
Transgressão disciplinar é qualquer violação dos preceitos de ética,
dos deveres e das obrigações militares, na sua manifestação elementar e
simples. Distingue-se do crime, militar ou comum, que consiste na ofensa a
esses mesmos preceitos, deveres e obrigações, mas na sua expressão
complexa e acentuadamente anormal, definida e prevista na legislação
penal. As transgressões são todas as ações ou omissões contrárias à
disciplina militar especificadas no Anexo I ao RDE.
Todas as ações ou omissões, não especificadas na relação do Anexo I,
nem qualificadas como crime nas leis penais brasileiras, que afetem a honra
pessoal, o pundonor militar, o decoro da classe e outras prescrições
estabelecidas no Estatuto dos Militares, leis e regulamentos, bem como
aquelas praticadas contra normas e ordens de serviço emanadas de
autoridade competente.
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
As transgressões relacionadas no Anexo I do RDE, destinam-se por
serem genéricas, a permitir o enquadramento sistemático das ações ou
omissõescontrárias à disciplina.

II) Classificação:
A transgressão da disciplina deve ser classificada, desde que não haja
causa de justificação, em: leve, média e grave.A classificação da
transgressão é de competência de quem couber aplicar a punição
respeitando e análise que considere:
a. a pessoa do transgressor;
b. as causas que a determinam;
c. a natureza dos fatores ou atos que a envolveram;
d. as consequências que dela possam advir.
Será sempre classificada como grave a transgressão da disciplina que
constituir ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da
classe.

III) Causas de justificação:


No julgamento da transgressão podem ser levantadas causas que
justifiquem a falta. Haverá causa de justificação quando a transgressão for
cometida:
a. na prática de ação meritória ou no interesse do serviço, de
ordem ou do sossego público;
b. em legítima defesa, própria ou de outrem; Quadro
5 min c. em obediência a ordem superior; branco
d. para compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu
dever, em caso de perigo, necessidade urgente, calamidade pública
manutenção da ordem e da disciplina;
e. por motivo de força maior, plenamente comprovado;
f. por ignorância, plenamente comprovada, desde que não atende
contra os sentimentos normais de patriotismo, humanidade e probidade.
Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa de
justificação.

IV) Circunstâncias atenuantes: (Art 17 do RDE)


a. bom comportamento;
b. relevância de serviço prestados;
c. ter sido cometida a transgressão para evitar mal maior;
d. ter sido cometida a transgressão em defesa própria, de seus
direitos ou de outrem, não se configurando causa de justificação;
e. falta de prática do serviço.

V) Circunstâncias agravantes:(Art 18 do RDE)


a. mau comportamento;
b. prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
c. reincidência de transgressão, mesmo que a punição anterior
tenha sido verbal;
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
d. conluio de duas ou mais pessoas;
e. ter abusado o transgressor de sua autoridade hierárquica ou funcional;
f. se praticada a transgressão:
I) durante a execução de serviço;
II) em presença de subordinado;
III) com premeditação;
IV) em presença de tropa;
V) em presença de público.

b. Penas Disciplinares
I) Natureza e amplitude
A punição disciplinar objetiva a preservação da disciplina e deve ter
em vista o benefício educativo ao punido e à coletividade que ele pertence.

II) Gradação: (Art. 22 ao Art. 31 do RDE)


A punição disciplinar objetiva a preservação da disciplina e deve ter
em vista o benefício educativo ao punido e á coletividade que ele pertence.
(Art. 21)
Segundo a classificação resultante do julgamento da transgressão, as
punições a que estão sujeitos os militares, em ordem de gravidade
crescente, são as que se seguem: (Art. 22)
a) advertência;
b) repreensão;
c) detenção; Quadro
5 min d) prisão e prisão em separado; branco
e) licenciamento e exclusão a bem da disciplina.
Parágrafo único - As punições disciplinares de detenção e prisão não
podem ultrapassar trinta dias.

a) Advertência - É a forma mais branda de punir. (Art. 23)


Consiste numa admoestacão feita verbalmente ao transgressor,
podendo ser em caráter reservado ou ostensivo.
§ l° - Quando em caráter ostensivo, a advertência poderá ser na
presença de superiores, no círculo de seus pares ou na presença de toda ou
parte da OM.
§ 2° - A advertência, por ser verbal, não constará das alterações do
punido, devendo, entretanto, ser registradas para fins de referência, na
Ficha Individual de Punições, de acordo com o § 6.°, do Art. 32, deste
Regulamento, ficha esta que deverá acompanhar o militar em caso de
movimentação.

b) Repreensão - É a censura enérgica ao transgressor, feita por


escrito e publicada em boletim. (Art. 24)

c) Detenção - Consiste no cerceamento da liberdade do punido, o


qual deve permanecer em local que lhe for determinado pela autoridade que
aplicar a punição, sem que fique, no entanto, encarcerado. (Art 25)
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
§ l° - O detido comparece a todos os atos de instrução e serviço, exceto
ao serviço de escala externo.
§ 2° - Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicar a
punição, o oficial ou aspirante-a-oficial pode ficar detido em sua residência.

d) Prisão - Consiste no encarceramento do punido em local


próprio e designado para tal. (Art. 26)
§ 1° - Os militares de círculos hierárquicos diferentes, não poderão
ficar presos na mesma dependência.
§ 2° - O Comandante designará o local de prisão de oficiais, no
aquartelamento, e dos militares, nos estacionamentos e marchas.
§ 3° - A dependência destinada à prisão de praças é chamada "xadrez",
devendo ser evitada a promiscuidade dos presos recuperáveis com os que já
estão passíveis de serem licenciados a bem, da disciplina.
§ 4° - Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicar a
punição. O oficial ou aspirante-a-oficial pode ter sua residência como local
de cumprimento de punição, quando a prisão não for superior a 48 horas.
§ 5° - Quando a OM não dispuser de instalações apropriadas, cabe à
autoridade que aplicar a punição, solicitar no escalão superior local para
servir de prisão.
§ 6° - Os presos disciplinares devem ficar separados dos presos à
disposição da justiça.
Art 27 - A prisão deve, em princípio, ser cumprida sem prejuízo da
instrução e dos serviços internos e, quando for com prejuízo, esta condição Quadro
5 min deve ser declarada em boletim. branco
Parágrafo único - O punido fará suas refeições onde for determinado
pelo Comandante, em principio, no refeitório da OM.
Art 28 - Em casos especiais, a punição de prisão, para praças de
graduação inferior a Subtenente, pode ser agravada para "prisão em
separado", devendo o punido permanecer encarcerado e isolado, fazendo
suas refeições no local da prisão.
Parágrafo único - A prisão em separado deve constituir, em princípio, a
parte inicial do cumprimento da punição e não deve exceder à metade da
punição aplicada.
Art 29- O recolhimento de qualquer transgressor à prisão, sem nota de
punição publicada em Boletim OM, só poderá ocorrer por ordem das
autoridades referidas nos itens n.° 1) e 2) do Art 9.°
Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica no caso configurado
no § 2.° do Art 10, ou quando houver:
1) presunção ou indício de crime;
2) embriaguez;
3) ação de psicotrópicos;
4) necessidade de averiguações;
5) necessidade de incomunicabilidade.

e) Licenciamento e Exclusão a bem da disciplina consiste no


afastamento, ex-officio, do militar das fileiras do Exército, conforme
prescrito no Estatuto dos Militares. (Art 30)
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
§ 1° - O licenciamento a bem da disciplina será aplicado à praça sem
estabilidade assegurada, mediante análise de suas alterações, pelas
autoridades relacionadas nos itens 1) e 2), do Art. 9.°, quando:
1) a transgressão afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro
da classe e como repressão imediata, assim se torne absolutamente
necessário à disciplina;
2) estando a praça no comportamento MAU, se verifique a
impossibilidade de melhoria de comportamento, como esta prescrito neste
Regulamento;
3) houver condenação por crime militar, excluídos os culposos.
4) houver prática de crime comum, apurado em inquérito, excluídos os
culposos.
§ 2.° - O licenciamento a bem da disciplina aplicar-se-á, também, aos
oficiais da reserva não remunerada, quando convocados, por ordem das
autoridades relacionadas no item 1) do Art 9.° e Comandantes de Exército e
Militares de Área quando houver:
1) sentença condenatória por crime militar, excluídos os culposos;
2) prática de crime comum, apurado em inquérito, excluídos os culposos.
§ 3.° - O licenciamento a bem da disciplina poderá ser ap1icado aos
oficiais da reserva não remendara, quando convocados, e praças sem
estabilidade, em virtude de condenação por crime militar ou prática de
crime comum, de natureza culposa, a critério das autoridades relacionadas
no item l) do Art 9.º e Comandante do Exército e Militares de Área.
§ 4.° - Quando o licenciamento a bem da disciplina for ocasionado Quadro
5 min pela prática de crime comum, o militar deverá ser entregue ao órgão branco
policial com o jurisdição sobre a área em que estiver localizada a OM.
§ 5.° - A exclusão a bem da disciplina será aplicada ex-officio ao
aspirante-a-oficial e à praça com estabilidade assegurada, de acordo do com
o prescrito no Estatuto dos Militares.
Art 31 - A reabilitação dos licenciados ou excluídos, a bem da
disciplina, segue o prescrito no Estatuto dos Militares e Lei do Serviço
Militar e sua concessão obedecerá ao seguinte:
1) a autoridade competente para conceder a reabilitação é o
Comandante da Região Militar em que o interessado tenha prestado serviço
militar, por último.
2) a concessão se fará mediante requerimento do interessado, instruído
com documento passado por autoridade policial do Município de sua
residência, comprovando o seu bom comportamento, como civil, nos o dois
últimos anos que antecederam o pedido;

III) Execução: Art. 46 ao Art. 49 do RDE


Art 46 - O início do cumprimento de punição disciplinar deve ocorrer
com a distribuição do Boletim Interno da OM a que pertence o transgressor
e que publicar a aplicação da punição, ressalvado o disposto no item 8, do §
2.º, do Art 32.
§1º - Nenhum militar deve ser recolhido ao local de cumprimento da
punição do boletim que publicar a nota de punição, salvo nos casos
estabelecidos no Art.29.
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
§2º - O tempo de detenção, sem que haja aplicação de punição, não
deve ultrapassar de 72 horas.
§3º - A contagem do tempo de cumprimento da punição tem início no
momento em que o detido ou recolhido à prisão e termina quando for posto
em liberdade.
§4º - Do Boletim que publicar a punição deve constar a oportunidade
em que o punido será colocado em liberdade.
Art 47 - A autoridade que punir seu subordinado à disposição ou a
serviço de outra autoridade, deve a ela requisitar a apresentação do punido
para o cumprimento da punição.
Parágrafo único - Quando o local determinado para o cumprimento da
punição não for a OM do transgressor, pode solicitar àquela autoridade que
determine o recolhimento do punido diretamente ao local designado.
Art 48 - O cumprimento da punição por militares afastado totalmente
do serviço, em caráter temporário, deve ocorrer após sua apresentação,
pronto na OM.
§1º - O cumprimento da punição será imediato nos casos de
preservação da disciplina e do decoro da Instituição.
§2º - A interrupção ou adiamento de Licença Especial (LE), Licença
para Tratar de Interesse particular (LTIP) ou punição disciplinar é
atribuição do Comandante, cabendo a este fixar as datas de seu início e
término.
§3º - A LE e a LTIP serão interrompidas para cumprimento de punição
disciplinar restritiva da liberdade. Quadro
5 min §4º - Quando a punição disciplinar anteceder a entrada em gozo de LE branco
ou LTIP e o seu cumprimento estender-se além da data prevista para início
da licença, fica esta adiada até que cesse o impedimento.
§5º - O cumprimento de punição disciplinar imposta a militar em gozo
de Licença para Tratamento de Saúde Própria (LTSP) ou Licença para
Tratamento de Saúde de Pessoa da Família (LTSPF), somente ocorrerá
após a sua apresentação por término d licença.
§6º - Comprovada a necessidade de LTSP, LTSPF, baixa a enfermaria
ou hospital, ou afastamento inadiável da OM, do militar cumprindo punição
disciplinar restritiva da liberdade, será esta sustada pelo Comandante da
OM até que cesse a causa da interrupção.
Art 49 - A interrupção da contagem de tempo da punição, nos casos de
baixa a hospital ou enfermaria, tem início no momento em que o punido for
retirado do local do cumprimento da punição e término no retorno a esse
mesmo local.
Parágrafo único - O afastamento e o retorno do punido ao local de
cumprimento de punição devem ser publicados em Boletim Interno,
juntamente com a nova oportunidade em que o mesmo será colocado em
liberdade.

IV) Anulação: Art. 40, 41 e 42 do RDE


A anulação da punição consiste em tornar sem efeito a aplicação da
mesma.
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
§ 1.º - A manutenção da punição deverá ocorrer quando for
comprovado ter havido injustiça ou ilegalidade na sua aplicação.
§ 2º - A anulação poderá ocorrer nos seguintes prazos.
1) em qualquer tempo e em qualquer circunstância, pelas autoridades
especificadas no item 1) do Art 9.º;
2) de dois anos, por chefe do EME, Chefe de Departamento Secretário
de Economia e Finanças, comandante de Exército ou Militar de Área;
3) de um ano, por oficial-general;
4) de sessenta dias, para as demais autoridades com competência para
efetuá-la.
§ 3.º - Ocorrendo a anulação, durante o cumprimento de punição será o
punido posto em liberdade imediatamente.
Art 41 - A anulação de punição deve eliminar toda a qualquer
anotação ou registro nas alterações do militar relativas à sua aplicação na
forma estabelecida no Art.62.
Parágrafo único - A autoridade que anular punição deverá informar ao
Departamento - Geral do Pessoal sobre sua decisão.
Art.42 - A autoridade que tome conhecimento de comprovada
ilegalidade ou injustiça na aplicação de punição e não tenha competência
para anulá-la ou não disponha dos prazos referidos no § 2.º do Art 40. Deve
propor fundamento a sua anulação à autoridade competente.

V)Agravação e atenuação: Art.44 e 45 do RDE


Art 44 - A atenuação ou agravação de punição consiste na Quadro
5 min transformação da punição proposta ou aplicada em outra menos ou mais branco
rigorosa, respectivamente, se assim o exigir o interesse da disciplina e da
ação educativa do punido.
§ 1º - a “prisão em separado” é considerada como uma das formas de
agravação da punição.
§ 2º - O tempo de detenção que tenha sido cumprido antes da punição
de agravação para prisão, será computado como se o tivesse sido nesta
última punição.
Art. 45 - São competentes para anular, revelar, atenuar e agravar as
punições impostas por si ou por seus subordinados, as autoridades
discriminadas nos itens 1) e 2) do Art 9º, devendo esta decisão ser
justificada em boletim.
Parágrafo único - A atenuação e agravação de punição só poderão ser
aplicadas dentro do prazo de quatro dias úteis, contados a partir da data em
que a autoridade tomar conhecimento da punição.

c.Comportamento.
I) Classificação
O comportamento militar das praças deve ser classificado em:
a) Excepcional
1) quando no período de nove anos de efetivo serviço, computados
somente no comportamento “Bom” ou “Ótimo”, não tenha sofrido qualquer
punição disciplinar;
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
2) quando, tendo sido condenada por crime culposo, passe dez anos de
efetivo serviço sem sofrer qualquer punição disciplinar, mesmo que lhe
tenha sido concedida a reabilitação judicial. Neste período somente serão
computados os anos em que a praça estiver classificada nos
comportamentos “Bom” e “Ótimo”;
3) quando, tendo sido condenada por crime doloso, passe doze anos de
efetivo serviço sem sofrer qualquer punição disciplinar, mesmo que lhe
tenha sido concedida a reabilitação judicial. Neste período somente serão
computados os anos em que a praça estiver classificada nos
comportamentos “Bom” e “Ótimo”.
b. Ótimo
1) quando, no período de cinco anos de efetivo serviço, contados a
partir do comportamento “Bom”, tenha sido punido com a pena disciplinar
de até uma detenção;
2) quando tendo sido condenada por crime culposo, passe seis anos de
efetivo serviço, punida, no máximo, com uma detenção disciplinar,
contados a partir do comportamento “Bom”, mesmo que lhe tenha sido
concedida a reabilitação judicial;
3) quando, tendo sido condenada por crime doloso, passe oito anos de
efetivo serviço, punida, no máximo, com uma detenção disciplinar,
contados a partir do comportamento “Bom”, mesmo que lhe tenha sido
concedida a reabilitação judicial.
c. Bom (comportamento inicial)
1) quando, no período de dois anos de efetivo serviço, tenha sido Quadro
5 min punido com a pena disciplinar de até duas prisões; branco
2) quando, tendo sido condenada criminalmente, houver cumprido os
prazos previstos para a melhoria do comportamento e constantes do $ 7.ºdo
Art. 50 do RDE, mesmo que lhe tenha sido concedida a reabilitação
judicial;
d. Insuficiente
1) quando, no período de um ano de efetivo serviço, tenha sido punido
com a pena disciplinar de duas prisões, ou Quando no período de dois anos
tenha sido punida com mais de duas prisões;
2) quando, tendo sido condenada criminalmente, houver cumprido os
prazos para melhoria do comportamento e constantes do $ 7.º do Art. 50 do
RDE.
e. Mau
1) quando, no período de um ano de efetivo serviço tenha sido punida
com mais de duas prisões disciplinares;
2) quando condenada por crime doloso ou culposo, desde a data de sua
condenação em primeira instância, até que satisfaça as condições para a
mudança de comportamento constantes do $ 7.º do Art. 50 do RDE.

A classificação, reclassificação e melhoria de comportamento, são da


competência das autoridades discriminadas nos itens 1) e 2) do Art. 9º do
RDE e necessariamente publicadas em boletim. Ao ser incorporada ao
Exército, a praça será classificada no comportamento “Bom”. É
estabelecida a seguinte equivalência de punição: uma prisão equipara-se a
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS
duas detenções e uma detenção equivale a duas repreensões.A advertência
não será considerada para fins de classificação de comportamento.
A praça, condenada por crime ou punida com prisão em separado,
ingressará automaticamente no comportamento “Mau”. A condenação de
praça por contravenção penal é, para fins de classificação de
comportamento, equiparada a uma prisão.
Incumbe aos militares manter a harmonia e a amizade entre seus
subordinados. As demonstrações de camaradagem, cortesia e consideração,
obrigatórias entre os militares brasileiros, devem ser dispensadas aos
militares das nações amigas.
A civilidade, sendo parte da educação militar, é de interesse vital para
a disciplina consciente. Importa ao superior tratar os subordinados em
geral, e os recrutas em particular, com interesse e bondade. Em
contrapartida, o subordinado é obrigado a todas as provas de respeito e
deferência para com seus superiores hierárquicos.

II) Melhoria
a) do Mau para o Insuficiente
1) punição disciplinar - dois anos de efetivo serviço, sem punição;
2) crime culposo - dois anos e seis meses de efetivo serviço, sem
punição;
3) crime doloso - três anos de efetivo serviço sem punição.
b. do Insuficiente para o Bom
1) punição disciplinar - um ano de efetivo serviço sem punição, Quadro
5 min contados a partir do comportamento “Insuficiente”. branco
2) crime culposo - dois anos de efetivo serviço sem punição, contados
a partir do comportamento “Insuficiente”.
3) crime doloso - três anos de efetivo serviço sem punição, contados a
partir do comportamento “Insuficiente”.
c. do Bom para o Ótimo
1) o mesmo prescrito no comportamento.
d. do Ótimo para o Excelente
1) o mesmo prescrito no comportamento.

III) A carreira de um soldado no exército


Ao ingressar nas fileiras do exército o militar poderá trilhar uma
excelente carreira promissora e de muitos êxodo, dependendo das suas
aptidões e qualidade , no primeiro ano poderá prestar curso de Cabo e até
ser promovido. Após Ter prestado um excelente serviço no ano obrigatório
obterá se quiser o seu engajamento por mais um ano e manutenindo ano a
ano conforme seu desempenho dentro do exército. Se o soldado tiver
aptidões poderá ser matriculado no CFST e exercer o cargo de terceiro Sgt
do exército, poderá também prestar concurso ao CFS.
Dentro desta trajetória que o soldado trilhar no exército dependendo de
suas aptidões e qualidades após o Termino do seu tempo de serviço militar
ele ganhará o diploma de HONRA ao MÉRITO, salvo se cometer
transgressões graves então deverá ser licenciado a bem da disciplina até
mesmo antes do término do seu tempo de serviço.
MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS

3. CONCLUSÃO

a. Avaliação: Farei agora perguntas que serão dirigidas a todos os


instruendos.
- Onde estão listadas as transgressões disciplinares do Exército Brasileiro?
- Quais os aspectos levados em consideração para julgar a gravidade de
uma transgressão disciplinar?
- Cite uma causa de justificação, uma circunstância atenuante e uma
agravante da transgressão disciplinar:
- Qual a classificação das penas disciplinares?
- Quando o militar começa a cumprir a punição disciplinar?
- Quais a classificação do comportamento das praças?
- Qual o comportamento inicial do soldado EV?
- Como que o soldado cai no comportamento MAU?
- Há possibilidade do Sd EV melhorar de comportamento?

b. Retificação da aprendizagem: Farei agora uma recapitulação dos tópicos


da instrução que não tenham sidos bem assimilados.

c. Encerramento: Encerrando esta sessão, quero ressaltar que a pena


disciplinar tem por objetivo a educação do militar com a correção de
atitudes, para ensiná-lo a se portar dentro das regras militares. Todos
estamos subordinados a regras, cabe ao indivíduo escolher se prefere segui-
Quadro
5 min las por vontade própria, ou se será obrigado a segui-las. A suposta verdade
branco
que diz que as regras servem para serem quebradas tornarão a vida do
cidadão muito mais complicada, pois a lei é imposta a todos. A lei só existe
porque no passado alguém percebeu a importância de criá-la para manter o
bem e a ordem da maioria. Se alguém não estiver contente com a mesma,
que use dos meios legais para alterá-la, nunca visando seu interesse, mas
sim o melhor para a sociedade.

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